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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA
2/27
Sumário
• Introdução;
• Leptospira;
– Classificação;
– Caracterização;
• Leptospirose;
– Espécies Susceptíveis;
• Leptospirose em cães;
– Etiologia;
– Características clínicas;
– Transmissão;
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
3/27
Sumário
– Patogenia;
– Patologia;
– Diagnóstico;
– Tratamento;
– Imunização;
• Conclusão.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
4/27
Introdução
• Leptospirose é uma zoonose susceptível a qualquer espécie de
mamífero, causada por uma bactéria do gênero Leptospira;
• A leptospirose tem no rato o seu principal reservatório,
seguido pelo cão. Os cães representam uma fonte comum de
infecção para o homem;
• A doença ocorre tanto na zona rural quanto na zona urbana e
está intimamente relacionada aos períodos de chuva.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
5/27
Leptospira
• Classificação:
– O gênero Leptospira juntamente com Leptonema e Turneria pertence a
família Leptospiraceae. O gênero leptospira tem 20 espécies;
– Os principais sorovares associados às infecções de carnívoros são:
Canicola e Icterohaemorrhagiae.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
6/27
Leptospira
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
• Caracterização:
– A Leptospira é uma bactéria classificada como espiroqueta devido sua
forma helicoidal;
7/27
Leptospira
– São organismos filamentosos, helicoidais e móveis (FAINE;
STALLMAN, 1982);
– Tem aproximadamente 10 a 20 µm de comprimento e 0,1 a 0,2 µm de
largura (FAINE; STALLMAN, 1982);
– São Gram negativas e vivem em tecidos de animais, no solo úmido, na
lama e em águas paradas (FAINE; STALLMAN, 1982);
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
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Leptospira
– Apresentam nas extremidades endoflagelos;
– Apresentam uma membrane externa.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
FONTE: www.lookfordiagnosis.com
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Leptospirose
• Susceptível a qualquer espécie de mamíferos (BHARTI et al.,
2013);
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
10/27
Leptospirose em cães
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
• Em cães, a doença é frequentemente fatal e, desde meados da
década de 1990 recebeu o status de reemergente na América
(SYKES et al., 2011);
• Afeta cães de ambos os sexos, de todas as raças, independente
da idade;
11/27
Etiologia
• Sorovares comuns entre cães: L. Canicola e L.
Icterohaemorrhagiae;
• As leptospiras penetram no organismo pela pele lesada ou
mucosa intactas;
• Após a penetração multiplicam-se rapidamente na circulação
sanguínea;
• Período de incubação de 4 a 12 dias;
• Alvos primários são os rins, fígado e placenta.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
12/27
Características clínicas
• Sintomas iniciais:
– Febre;
– Depressão;
– Letargia;
– Sede constante;
– Perda de apetite;
– Andar encurvado;
– Taquipnéia;
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
13/27
Características clínicas
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
• Sintomas posteriores:
– Úlceras na boca e língua;
– Fezes escurecidas;
– Vômito;
– Diarréia;
– Mialgia;
– Icterícia;
14/27
Características clínicas
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
• Em filhotes ocorre septicemia fulminante de no máximo 3 dias
de evolução, é observado:
– Tendência a hemorragias;
– Hematêmese;
– Melena;
– Epistaxe;
– Petéquias nas membranas mucosas.
15/27
Transmissão
• Segundo BOLIN (1996), a transmissão pode ser:
– Direta: Ocorre através do contato com urina infectada, através do
sangue, de envoltórios e líquidos fetais;
– Indireta: Quando cães são expostos ao solo e água contaminada.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
16/27
Patogenia
• O período de incubação da doença dura de 4-12 dias;
• As leptospiras multiplicam-se ativamente a nível intersticial e
nos humores orgânicos (sangue, linfa e liquor), caracterizando
um quadro agudo septicêmico denominado de leptospiremia;
• Inflamação generalizada durante o período de invasão tecidual;
• Colonização renal ocorre na maioria dos animais infectados;
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
17/27
Patogenia
• Leptospirúria e imunidade;
– Estabelecimento das leptospiras em locais de difícil acesso aos
mesmos;
– Pode ser intermitente e durar de meses a anos.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
18/27
Patologia
• Na necropsia os cães apresentavam icterícia;
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
19/27
Patologia
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
• O fígado apresentava alterações macroscópicas em vários cães:
– Mudança na cor do órgão, acentuação do padrão lobular e aumento
difuso de volume
20/27
Patologia
• Alterações renais macroscópicas:
– Descolorações, estriações brancas, aumento difuso de volume, e
discreta irregularidade da superfície capsular;
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
21/27
Patologia
• No pulmão ocorreu edema e hemorragia:
– Apresentavam variável quantidade de espuma amarela, rósea ou
vermelha no interior da traqueia.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
22/27
Diagnóstico
• Material coletado para diagnóstico:
– Sangue;
– Urina;
– Líquor;
– Tecidos: rim e fígado;
– Sêmen.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
23/27
Diagnóstico
• Método de detecção de anticorpo:
– ELISA.
• Métodos de detecção de antígeno:
– Imunofluorescência;
– Microscopia de campo escuro;
– Reação em cadeia de polimerase (PCR);
– Histoquímica e imuno-histoquímica.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
24/27
 Leptospira canicola ;
 Leptospira icterohaemorrhagiae;
 Leptospira grippotyphosa;
 Leptospira pomona.
Imunização
• Vacina administrada em três doses quando o cão estiver com
respectivamente 45, 66 e 87 dias de vida;
• É indicado reforço a cada 6 meses para animais que estão
altamente expostos ao risco de infecção;
• A vacina protege contra o desenvolvimento da doença, mas
nem sempre previne contra instalação das leptospiras no rim.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
 Leptospira canicola ;
 Leptospira icterohaemorrhagiae.
25/27
Tratamento
• O tratamento para leptospirose canina consiste basicamente em
antibiótico terapia e tratamento de suporte. Os antibióticos de
escolha utilizados no tratamento da leptospirose, são:
penicilina G procaína na dose de 40. 0000 U/Kg a
80.000U/Kg, a cada 12 horas, na fase de leptospiremia e
doxiciclina na dose de 2,5 a 5,0 mg/Kg,
• Tratamentos para aumentar o fluxo sanguíneo renal:
fluidoterapia, manitol, furosemida ou dopamina.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
26/27
Conclusão
• A leptospirose é de fácil transmissão para o cão;
• O manejo adequado pode evitar a contaminação;
• Leptospirose é responsável por 2,2% das causas de morte ou
razão para eutanásia de cães e corresponde à quarta doença
infecciosa mais frequente diagnosticada nessa espécie, com
prevalência de 6,4%.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
OBRIGADO!
michelolliveira@live.com

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Leptospirose em cães

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA
  • 2. 2/27 Sumário • Introdução; • Leptospira; – Classificação; – Caracterização; • Leptospirose; – Espécies Susceptíveis; • Leptospirose em cães; – Etiologia; – Características clínicas; – Transmissão; LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 3. 3/27 Sumário – Patogenia; – Patologia; – Diagnóstico; – Tratamento; – Imunização; • Conclusão. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 4. 4/27 Introdução • Leptospirose é uma zoonose susceptível a qualquer espécie de mamífero, causada por uma bactéria do gênero Leptospira; • A leptospirose tem no rato o seu principal reservatório, seguido pelo cão. Os cães representam uma fonte comum de infecção para o homem; • A doença ocorre tanto na zona rural quanto na zona urbana e está intimamente relacionada aos períodos de chuva. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 5. 5/27 Leptospira • Classificação: – O gênero Leptospira juntamente com Leptonema e Turneria pertence a família Leptospiraceae. O gênero leptospira tem 20 espécies; – Os principais sorovares associados às infecções de carnívoros são: Canicola e Icterohaemorrhagiae. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 6. 6/27 Leptospira LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES • Caracterização: – A Leptospira é uma bactéria classificada como espiroqueta devido sua forma helicoidal;
  • 7. 7/27 Leptospira – São organismos filamentosos, helicoidais e móveis (FAINE; STALLMAN, 1982); – Tem aproximadamente 10 a 20 µm de comprimento e 0,1 a 0,2 µm de largura (FAINE; STALLMAN, 1982); – São Gram negativas e vivem em tecidos de animais, no solo úmido, na lama e em águas paradas (FAINE; STALLMAN, 1982); LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 8. 8/27 Leptospira – Apresentam nas extremidades endoflagelos; – Apresentam uma membrane externa. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES FONTE: www.lookfordiagnosis.com
  • 9. 9/27 Leptospirose • Susceptível a qualquer espécie de mamíferos (BHARTI et al., 2013); LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 10. 10/27 Leptospirose em cães LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES • Em cães, a doença é frequentemente fatal e, desde meados da década de 1990 recebeu o status de reemergente na América (SYKES et al., 2011); • Afeta cães de ambos os sexos, de todas as raças, independente da idade;
  • 11. 11/27 Etiologia • Sorovares comuns entre cães: L. Canicola e L. Icterohaemorrhagiae; • As leptospiras penetram no organismo pela pele lesada ou mucosa intactas; • Após a penetração multiplicam-se rapidamente na circulação sanguínea; • Período de incubação de 4 a 12 dias; • Alvos primários são os rins, fígado e placenta. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 12. 12/27 Características clínicas • Sintomas iniciais: – Febre; – Depressão; – Letargia; – Sede constante; – Perda de apetite; – Andar encurvado; – Taquipnéia; LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 13. 13/27 Características clínicas LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES • Sintomas posteriores: – Úlceras na boca e língua; – Fezes escurecidas; – Vômito; – Diarréia; – Mialgia; – Icterícia;
  • 14. 14/27 Características clínicas LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES • Em filhotes ocorre septicemia fulminante de no máximo 3 dias de evolução, é observado: – Tendência a hemorragias; – Hematêmese; – Melena; – Epistaxe; – Petéquias nas membranas mucosas.
  • 15. 15/27 Transmissão • Segundo BOLIN (1996), a transmissão pode ser: – Direta: Ocorre através do contato com urina infectada, através do sangue, de envoltórios e líquidos fetais; – Indireta: Quando cães são expostos ao solo e água contaminada. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 16. 16/27 Patogenia • O período de incubação da doença dura de 4-12 dias; • As leptospiras multiplicam-se ativamente a nível intersticial e nos humores orgânicos (sangue, linfa e liquor), caracterizando um quadro agudo septicêmico denominado de leptospiremia; • Inflamação generalizada durante o período de invasão tecidual; • Colonização renal ocorre na maioria dos animais infectados; LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 17. 17/27 Patogenia • Leptospirúria e imunidade; – Estabelecimento das leptospiras em locais de difícil acesso aos mesmos; – Pode ser intermitente e durar de meses a anos. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 18. 18/27 Patologia • Na necropsia os cães apresentavam icterícia; LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 19. 19/27 Patologia LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES • O fígado apresentava alterações macroscópicas em vários cães: – Mudança na cor do órgão, acentuação do padrão lobular e aumento difuso de volume
  • 20. 20/27 Patologia • Alterações renais macroscópicas: – Descolorações, estriações brancas, aumento difuso de volume, e discreta irregularidade da superfície capsular; LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 21. 21/27 Patologia • No pulmão ocorreu edema e hemorragia: – Apresentavam variável quantidade de espuma amarela, rósea ou vermelha no interior da traqueia. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 22. 22/27 Diagnóstico • Material coletado para diagnóstico: – Sangue; – Urina; – Líquor; – Tecidos: rim e fígado; – Sêmen. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 23. 23/27 Diagnóstico • Método de detecção de anticorpo: – ELISA. • Métodos de detecção de antígeno: – Imunofluorescência; – Microscopia de campo escuro; – Reação em cadeia de polimerase (PCR); – Histoquímica e imuno-histoquímica. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 24. 24/27  Leptospira canicola ;  Leptospira icterohaemorrhagiae;  Leptospira grippotyphosa;  Leptospira pomona. Imunização • Vacina administrada em três doses quando o cão estiver com respectivamente 45, 66 e 87 dias de vida; • É indicado reforço a cada 6 meses para animais que estão altamente expostos ao risco de infecção; • A vacina protege contra o desenvolvimento da doença, mas nem sempre previne contra instalação das leptospiras no rim. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES  Leptospira canicola ;  Leptospira icterohaemorrhagiae.
  • 25. 25/27 Tratamento • O tratamento para leptospirose canina consiste basicamente em antibiótico terapia e tratamento de suporte. Os antibióticos de escolha utilizados no tratamento da leptospirose, são: penicilina G procaína na dose de 40. 0000 U/Kg a 80.000U/Kg, a cada 12 horas, na fase de leptospiremia e doxiciclina na dose de 2,5 a 5,0 mg/Kg, • Tratamentos para aumentar o fluxo sanguíneo renal: fluidoterapia, manitol, furosemida ou dopamina. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
  • 26. 26/27 Conclusão • A leptospirose é de fácil transmissão para o cão; • O manejo adequado pode evitar a contaminação; • Leptospirose é responsável por 2,2% das causas de morte ou razão para eutanásia de cães e corresponde à quarta doença infecciosa mais frequente diagnosticada nessa espécie, com prevalência de 6,4%. LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES