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                 Atualize Promotora de Cursos e Eventos

              Curso de pós-graduação urgência e emergência




A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar à vítima de trauma: o
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                                    2009



    Michaely Natali
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                       Michaely Natali Mendes Costa




A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar à vítima de trauma: o
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                                       Trabalho de Conclusão de Curso
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                                       Urgência e Emergência da atualize Pós
                                       graduação, como requisito parcial para a
                                       obtenção do título de Enfermeiro
                                       especialista em Urgência e Emergência. Sob
                                       a orientação da Professora. Neusa Pereira
                                       dos Santos.




                                 Umuarama

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    Michaely Natali
SUMARIO




1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................

2 OBJETIVO........................................................................................................

3 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................

4 MÉTODO .........................................................................................................

5 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................

6 HISTÓRICO DO ATENDIMENTOS PRÉ HOSPITALAR.......................................

7 O PAPEL DO ENFERMEIRO ...........................................................................

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................

9 BIBLIOGRAFIAS .........................................................................................................




         Michaely Natali
A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar à vítima de trauma: o
                                papel do enfermeiro


                                                      Michaely Natali Mendes Costa
                                                       Neusa Pereira dos Santos

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo Identificar a importância do
Atendimento Pré Hospitalar pela equipe interdisciplinar à vítima de trauma, e de
forma específica conhecer o papel do enfermeiro junto à equipe interdisciplinar;
classificar equipe interdisciplinar; descrever sobre o protocolo de atendimento do
trauma; definir o atendimento pré hospitalar, básico e avançado. A equipe
interdisciplinar no atendimento pré hospitalar de vítimas de traumas se faz
necessária no tratamento e acompanhamento do paciente traumatizado, sendo de
grande relevância o conhecimento do protocolo de atendimento as vítimas de
trauma pela equipe interdisciplinar, além do conhecimento do conceito de suporte
básico de vida e unidade de tratamento de paciente de auto risco.

Palavras chave: trauma. Papel do enfermeiro. Pré hospitalar




The interdisciplinary team in pre hospital care to victims of trauma: the role of
the nurse

This work aims to identify the importance of interdisciplinary team prepaid hospital by
victims of trauma, and specific knowledge of the role of nurse with interdisciplinary
team; sort interdisciplinary team; describe about trauma care protocol; define pre
hospital care, basic and advanced. The interdisciplinary team in pre hospital care for
victims of trauma is needed in the treatment and patient follow-up traumatized, being
extremely important knowledge service protocol trauma victims, as well as by the
interdisciplinary team of knowledge of the concept of basic life support and patient
treatment unit self risk.
Keywords:Trauma , role of the nurse, pre hospital




      Michaely Natali
1- Introdução


      Qual a importância da equipe interdisciplinar no atendimento a vítimas de
trauma? É óbvia a necessidade de um atendimento eficiente e rápido no local, o que
exige pesados investimentos em atendimento pré-hospitalar, porém isso não seria
possível sem uma equipe interdisciplinar integrada e preparada. Por outro lado, por
mais eficiente que seja o atendimento pré-hospitalar ele nada mais é do que uma
etapa de um processo assistencial muito mais abrangente, um atendimento pré-
hospitalar eficiente resulta no aumento da demanda hospitalar de vítimas em estado
crítico que, até poucos anos atrás, morreriam no próprio local. Eventualmente, estas
vítimas podem ser salvas desde que o atendimento seja de qualidade excepcional.
Para que haja um atendimento adequado necessário que ocorram ações integradas
e complementares de profissionais não oriundos da saúde como bombeiros
militares, policiais militares, rodoviários e a equipe interdisciplinar.(SANTOS, 2008)
      Um atendimento eficaz de emergência necessita de aptidões da equipe, como
coordenação motora no transporte e remoção das vítimas, assim como habilidades
para dar e receber instruções e orientações verbais e escritas, saber avaliar a cena
para identificação do mecanismo de trauma, garantir sua segurança, do local, da
vítima, assim como realizar exame primário e observar sinais e diagnósticos de
forma a avaliar as situações de gravidade para que sejam tomadas as atitudes
cabíveis de forma a sanar ou controlar o trauma até que esse paciente seja atendido
e tratado no hospital. (MANTOVANI, 2005)

2-Objetivo

      Este estudo pretende descrever a importância do Atendimento Pré Hospitalar
pela equipe interdisciplinar à vítima de trauma. Tendo como objetivos específicos: a)
conhecer papel do enfermeiro junto à equipe interdisciplinar; b) classificar equipe
interdisciplinar; c) conceitualizar o trauma, descrever sobre o protocolo de
atendimento ao trauma; d) definição de atendimento pré hospitalar, básico e
avançado.

3- Justificativa


      A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar de vítimas de traumas
se faz necessária no tratamento e acompanhamento do paciente traumatizado,




      Michaely Natali
sendo de grande relevância o conhecimento do protocolo de atendimento as vítimas
de trauma pela equipe interdisciplinar, além do conhecimento do conceito de suporte
básico de vida e unidade de tratamento de paciente de auto risco.


4-Método



      Para atender aos objetivos deste estudo, optou-se realizar pesquisa
bibliográfica, definida como toda aquela elaborada a partir de materiais já existentes
que podem ser livros, artigos científicos e impressos diversos. O material usado foi
obtido por meio de busca bibliográfica manual em livros de leitura corrente, obras de
referência periódicos científicos e meio eletrônico com coleta de dados de forma on-
line Biblioteca Virtual de Saúde (BSV). Foram usados também cinco livros como
referencial bibliográfico de base. O período compreende publicações dos últimos dez
anos (1999 – 2009), restringindo-se aos idiomas Português, Inglês, espanhol
      Para incluir os materiais foi realizada a leitura dos títulos de cada trabalho
assim como a leitura dos resumos das publicações a fim de se definir a inclusão ou
exclusão do material de acordo com o interesse específico da pesquisa, seguida da
leitura na íntegra dos artigos pertinentes a cada expressão de pesquisa. Foram
feitas resenhas criticas desses artigos as quais posteriormente foram encaixadas no
conteúdo do estudo. Cada artigo que foi inserido passou por analise criteriosa em
termos de originalidade.


5- Referencial teórico


      Entendemos por trauma, ou traumatismo, qualquer problema ou lesão de
tecido, órgão ou parte do corpo, causado por agente externo. Muitos usam a palavra
“acidente”, para se referir aos eventos traumáticos. Para HOUAISS (2004) acidente,
contudo, nada mais é que um “acontecimento casual, fortuito, inesperado, que
envolva dano, perda, lesão, sofrimento ou morte”
      O trauma é previsível, não fortuito ou “acidental”.     O trauma é um grave
problema de saúde pública. Afeta todas as faixas etárias, mas incide particularmente
na população jovem. É a terceira causa de morte na população em geral, vindo, em
algumas regiões, logo atrás das doenças cardiovasculares e sendo precedido em
outras também pelas neoplasias.



      Michaely Natali
Para NOVO (2007), quase 50% das mortes devidas ao trauma são
decorrentes de lesões incompatíveis com a vida (mortes inevitáveis), sendo a
prevenção a única forma efetiva de diminuir essa mortalidade. Isto significa que
cerca de metade das pessoas que morrem em decorrência de trauma não poderiam
ser salvas, mesmo que o atendimento fosse absolutamente ideal e perfeito e
executado no momento certo. As lesões são tão graves, que a única maneira de
salvar a pessoa seria impedir que o trauma tivesse ocorrido ou, no mínimo, que, em
ocorrendo, fosse tão grave. (Novo, pag. 3, 2007.)
      O APH caracteriza-se como o conjunto de medidas e procedimentos técnicos
que objetivam o suporte de vida à vítima, podendo ser básico ou avançado. O
Paciente deve estar estabilizado para que seja transportado adequadamente de
forma que sejam evitadas quaisquer tipos de seqüelas ou piora de seu estado de
saúde. Este serviço deve possuir uma equipe interdisciplinar integrada por suas
particularidades, e apta para realizar o melhor atendimento. (CARVALHO, 2004).


6- Histórico do atendimento pré hospitalar


      O Atendimento Pré-Hospitalar (APH) teve início há mais de 30 anos na
América do Norte e Europa, apresentando notável expansão logo após a Guerra do
Vietnã (1962-1973), quando as autoridades norte-americanas perceberam que a
atuação de socorristas nos locais de batalha e nos transportes para hospitais
reduzia significativamente a mortalidade e aumentava o tempo de sobrevida dos
soldados feridos. (VARGAS, 2006, p. 38).
      No Brasil, o APH foi regulamentado somente em 1989, devido ao surgimento
oficial do serviço de atendimento às emergências médicas – resgate na cidade de
São Paulo, sendo inicialmente desenvolvido segundo os moldes norte-americanos e
operacionalizado prioritariamente pelo Corpo de Bombeiros. (SANTOS,2003)
Segundo Malvestio (2000) atualmente, no Brasil, o atendimento pré-hospitalar está
estruturado em duas modalidades: o Suporte Básico à Vida (SBV) e o Suporte
Avançado à Vida (SAV). O SBV consiste na preservação da vida, sem manobras
invasivas, em que o atendimento é realizado por pessoas treinadas em primeiros
socorros e atuam sob supervisão médica. Já o SAV tem como características
manobras invasivas, de maior complexidade e, por este motivo, esse atendimento é
realizado exclusivamente por médico e enfermeira. Assim, a atuação da enfermeira




      Michaely Natali
está justamente relacionada à assistência direta ao paciente grave sob risco de
morte.
         A Resolução nº. 1.529/98 do Conselho Federal de Medicina determinou que a
regulação dos serviços de APH fosse de competência médica, estabelecendo quais
profissionais estariam aptos a atuar no APH (oriundos e não oriundos da área da
saúde), bem como a formação necessária para esses profissionais, delimitando,
inclusive, o conteúdo curricular para cada categoria. (VARGAS, 2006).
Somente em 22 de março de 2001, o Conselho Regional de Enfermagem do Estado
de São Paulo, através da Decisão 001/2001 regulamentou as atividades de
enfermagem no APH e demais situações relacionadas com o suporte básico e
avançado de vida resolvendo que “o Atendimento Pré-Hospitalar, de Suporte Básico
e de Suporte Avançado de Vida, em termos de procedimentos de Enfermagem,
previstos em lei sejam, incondicionalmente, prestados por Enfermeiros, Técnicos de
Enfermagem ou Auxiliares de Enfermagem, observados os dispositivos constantes
na Lei nº 7498/86 e Decreto-lei 94.406/8.)


7- O papel do enfermeiro


         Em 12 de julho de 2001, no intuito de tornar legitima as atividades de
enfermagem no atendimento Pré-hospitalar, o Conselho Federal de Enfermagem,
através da Resolução nº 260/2001, fixou como especialidade de Enfermagem e de
competência do enfermeiro o atendimento pré-hospitalar, sem, no entanto,
especificar sua formação e ações.
         As   funções   do   enfermeiro   de   acordo   com   BRASIL    (2002)   foram
regulamentadas e normatizadas através da portaria nº 2048 do Ministério da Saúde,
de 05 de novembro de 2002, sendo definido, o perfil desse profissional bem como o
de toda a equipe que deve atuar nesse serviço. A equipe interdisciplinar deve ser
composta por médico regulador, médico intervencionista, enfermeiros e técnicos de
enfermagem.
         Dentre as atribuições dos enfermeiros no APH considera-se de fundamental
importância ter formação e experiência profissional, extrema competência,
habilidade e capacidade física, saber lidar com o estresse, tomar decisões
rapidamente, definir prioridades e principalmente saber trabalhar em equipe.
(SANNA E RAMOS, 2005 p.359).




      Michaely Natali
A   enfermagem     baseia-se   num    protocolo   (AHA)   sistematizado   de
atendimento, que consta de uma seqüência de intervenções: avaliação da cena,
mecanismo de trauma, número de vítimas, EPI (equipamento de proteção
individual), exame primário (avaliação do nível de consciência, ABC, exame céfalo-
podal: inspeção, palpação, ausculta e percussão), transporte rápido, exame
secundário (sinais vitais, sintomas; vento; medicação; Passado médico; última
refeição; Alergias), oxigenioterapia, soroterapia, posição de choque no transporte,
curativo compressivo, imobilização e reavaliação periódica
      A preocupação do enfermeiro frente à emergência pré-hospitalar é manter o
funcionamento dos órgãos vitais até a chegada de um atendimento intra-hospitalar,
atentando para técnicas de imobilizações a fim de se evitar um segundo trauma.
“Salvar sem seqüelar.” (SANTOS, 2003)
      De acordo com a portaria 2.048/GM de 05 de novembro de 2002 as
competências e atribuições do enfermeiro são: supervisionar e avaliar as ações de
enfermagem da equipe no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel; executar prescrições
médicas por telemedicina; prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade
técnica a pacientes graves e com risco de vida, que exijam conhecimentos
científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas; prestar a
assistência de enfermagem à gestante, a parturiente e ao recém-nato; realizar partos
sem distócia; participar nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal
de saúde em urgências, particularmente nos programas de educação continuada;
fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão;
subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos para as
necessidades de educação continuada da equipe; obedecer a Lei do Exercício
Profissional e o Código de Ética de Enfermagem; conhecer equipamentos e realizar
manobras de extração manual de vítimas.
      Este estudo teve por finalidade responder às questões ligadas ao
Atendimento Pré-Hospitalar a vítimas de trauma, identificando os marcos históricos
que indicassem a inserção da enfermeira nesse tipo de atendimento. Alguns marcos
históricos, como a atuação da enfermeira nas Guerras Mundiais e outras guerras
entre nações, porém, essa ênfase ficou restrita aos primórdios da criação dessa
modalidade de atenção à saúde.
      Desde a inserção da enfermeira no APH pode-se identificar mudanças e
ampliação de sua atuação, na maior parte, ainda vinculadas á aspectos




      Michaely Natali
assistenciais. Enfocando os aspectos legais, percebe-se que mudanças que
favoreceram a enfermeira ocorreram; tanto na normatização do APH em todo o país,
como na deflagração de um posicionamento das entidades de classe de
enfermagem. Isso só tende a beneficiar o papel da enfermagem, da enfermeira ao
cliente que recebe a assistência por ela proporcionada.


8- Considerações finais


      O Atendimento Pré-Hospitalar no Brasil foi amplamente discutido e
redirecionado por várias esferas do governo, teve um maior impulso com a
implementação da portaria 2048 do Ministério da Saúde em 05/11/2002.
      O trauma é responsável por cerca de 120.000 mortes por ano, o que significa
mais de 300 pessoas mortas por trauma a cada dia ou, em média, uma morte a cada
15 minutos. Embora faltem estatísticas confiáveis no nosso meio, estima-se que,
para cada pessoa que morre por trauma, três outras fiquem com seqüela
incapacitante permanente. Dá para imaginar, assim, o enorme custo social desta
verdadeira doença chamada trauma. Isto sem falar do sofrimento humano
associado, que não pode ser medido objetivamente, mas apenas sentido e
suportado, muitas vezes de forma silenciosa, por suas vítimas e pelos que lhe são
queridos. Não raro os danos são irreparáveis e as seqüelas duradouras.
      Após detalhada pesquisa sobre o assunto, é necessário que se reconheça o
papel da enfermeira como membro importantíssimo da equipe interdisciplinar de
forma que possa ser realizado um diagnóstico precoce e as intervenções de
enfermagem imediatas, numa vítima de trauma, essa atuação pode prevenir ou
amenizar disfunções de múltiplos órgãos, até mesmo falência destes, e
automaticamente conseqüências acarretadas por ele.
      A participação da enfermeira na estruturação dos serviços, desenvolvimento
de ações educativas e gerenciamento desta modalidade de atenção ainda requerem
um esforço organizado para sua ampliação. É necessário expandir a atuação da
enfermeira, não se restringindo puramente à prestação da assistência; mas
estender-se à organização e gerenciamento do atendimento como o Suporta Básico
à Vida, acrescentando um novo olhar aos serviços de APH e propondo nova
distribuição de autoridade e responsabilidade para todos os envolvidos no
funcionamento do APH. A equipe multidisciplinar faz se de grandíssima importância,




      Michaely Natali
de forma harmoniosa pode assim socorrer as vítimas de trauma de forma impecável
e eficaz, porém faz se necessário enfatizar que 50% das vítimas de trauma não
teriam chances de viver devido a gravidade das lesões, a única maneira de mantê-
las vivas seria evitando o trauma em si.


9- Bibliografia


1- BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução do CFM no1.529/98: dispõe
sobre a normatização da atividade médica na área da urgência , emergência na sua
fase pré-hospitalar. [citado em 2009 mar 10]


2- Disponível em:<http://dtr2001.saude.gov.br/samu/legislacao/leg_res1529.htm>
BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Portaria no 2048/GM de 05 de Nov. 2002:
Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. [citado
em 2009 mar 10]. Disponível em: http://www.saude.gov.br/Samu


3- CARVALHO, M.G. Atendimento pré hospitalar para enfermagem: suporte básico e
avançado de vida, São Paulo: Iátria, 2004.
4- HOUAISS, Antonio. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2004.


5- MALVESTIO, M.A.A. Suporte avançado à vida: análise da eficácia do atendimento
a vitimas de acidentes de trânsito em vias expressas. Escola de Enfermagem,
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000.


6- MANTOVANI, Mario. Suporte Básico e Avançado de vida no trauma. São Paulo:
Atheneu, 2005.


7- NOVO, Fernando da Costa Ferreira. Trauma: você pode evitar...Rev.Idéias em trânsito.
Fundação Carlos Chagas, 2007, p.3. [citado em 2009 mar 10]. Disponível em
http://www.portalgeat.com/public_htm/Trauma_artigo_fcc.pdf




      Michaely Natali
8- RAMOS, Viviane Oliveira; SANNA, Maria Cristina. A Inserção da enfermeria no
atendimento pré- hospitalar: histórico e perspectivas atuais. 58 ed.Rev. Brasileira de
Enfermagem, São Paulo, 2005, p. 355-360


9- SANTOS, R.R. Et al Manual de socorro de emergência, São Paulo: Atheneu,
2003, p.345.


10- SANTOS, Nívea C.M. Urgência e emergência para enfermagem: do atendimento
pré-hospitalar (APH) à sala de emergência. 5a Ed. São Paulo: Iátria, 2008.


11- VARGAS, Divane de. Atendimento pré-hospitalar: a formação específica do
enfermeiro na área e as dificuldades encontradas no início da carreira. 25 ed.
Revista Paulista de Enfermagem, São Paulo, 2006, p.38-43




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Monografia michaely

  • 1. Faculdade Integrada Espírita – UNIBEM Atualize Promotora de Cursos e Eventos Curso de pós-graduação urgência e emergência A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar à vítima de trauma: o papel do enfermeiro Umuarama 2009 Michaely Natali Michaely Natali
  • 2. Faculdade Integrada Espírita – UNIBEM Atualize Promotora de Cursos e Eventos Curso de pós-graduação urgência e emergência Michaely Natali Mendes Costa A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar à vítima de trauma: o papel do enfermeiro Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pós graduação de Urgência e Emergência da atualize Pós graduação, como requisito parcial para a obtenção do título de Enfermeiro especialista em Urgência e Emergência. Sob a orientação da Professora. Neusa Pereira dos Santos. Umuarama 2009 Michaely Natali
  • 3. SUMARIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2 OBJETIVO........................................................................................................ 3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 4 MÉTODO ......................................................................................................... 5 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................. 6 HISTÓRICO DO ATENDIMENTOS PRÉ HOSPITALAR....................................... 7 O PAPEL DO ENFERMEIRO ........................................................................... 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 9 BIBLIOGRAFIAS ......................................................................................................... Michaely Natali
  • 4. A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar à vítima de trauma: o papel do enfermeiro Michaely Natali Mendes Costa Neusa Pereira dos Santos Resumo: O presente trabalho tem por objetivo Identificar a importância do Atendimento Pré Hospitalar pela equipe interdisciplinar à vítima de trauma, e de forma específica conhecer o papel do enfermeiro junto à equipe interdisciplinar; classificar equipe interdisciplinar; descrever sobre o protocolo de atendimento do trauma; definir o atendimento pré hospitalar, básico e avançado. A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar de vítimas de traumas se faz necessária no tratamento e acompanhamento do paciente traumatizado, sendo de grande relevância o conhecimento do protocolo de atendimento as vítimas de trauma pela equipe interdisciplinar, além do conhecimento do conceito de suporte básico de vida e unidade de tratamento de paciente de auto risco. Palavras chave: trauma. Papel do enfermeiro. Pré hospitalar The interdisciplinary team in pre hospital care to victims of trauma: the role of the nurse This work aims to identify the importance of interdisciplinary team prepaid hospital by victims of trauma, and specific knowledge of the role of nurse with interdisciplinary team; sort interdisciplinary team; describe about trauma care protocol; define pre hospital care, basic and advanced. The interdisciplinary team in pre hospital care for victims of trauma is needed in the treatment and patient follow-up traumatized, being extremely important knowledge service protocol trauma victims, as well as by the interdisciplinary team of knowledge of the concept of basic life support and patient treatment unit self risk. Keywords:Trauma , role of the nurse, pre hospital Michaely Natali
  • 5. 1- Introdução Qual a importância da equipe interdisciplinar no atendimento a vítimas de trauma? É óbvia a necessidade de um atendimento eficiente e rápido no local, o que exige pesados investimentos em atendimento pré-hospitalar, porém isso não seria possível sem uma equipe interdisciplinar integrada e preparada. Por outro lado, por mais eficiente que seja o atendimento pré-hospitalar ele nada mais é do que uma etapa de um processo assistencial muito mais abrangente, um atendimento pré- hospitalar eficiente resulta no aumento da demanda hospitalar de vítimas em estado crítico que, até poucos anos atrás, morreriam no próprio local. Eventualmente, estas vítimas podem ser salvas desde que o atendimento seja de qualidade excepcional. Para que haja um atendimento adequado necessário que ocorram ações integradas e complementares de profissionais não oriundos da saúde como bombeiros militares, policiais militares, rodoviários e a equipe interdisciplinar.(SANTOS, 2008) Um atendimento eficaz de emergência necessita de aptidões da equipe, como coordenação motora no transporte e remoção das vítimas, assim como habilidades para dar e receber instruções e orientações verbais e escritas, saber avaliar a cena para identificação do mecanismo de trauma, garantir sua segurança, do local, da vítima, assim como realizar exame primário e observar sinais e diagnósticos de forma a avaliar as situações de gravidade para que sejam tomadas as atitudes cabíveis de forma a sanar ou controlar o trauma até que esse paciente seja atendido e tratado no hospital. (MANTOVANI, 2005) 2-Objetivo Este estudo pretende descrever a importância do Atendimento Pré Hospitalar pela equipe interdisciplinar à vítima de trauma. Tendo como objetivos específicos: a) conhecer papel do enfermeiro junto à equipe interdisciplinar; b) classificar equipe interdisciplinar; c) conceitualizar o trauma, descrever sobre o protocolo de atendimento ao trauma; d) definição de atendimento pré hospitalar, básico e avançado. 3- Justificativa A equipe interdisciplinar no atendimento pré hospitalar de vítimas de traumas se faz necessária no tratamento e acompanhamento do paciente traumatizado, Michaely Natali
  • 6. sendo de grande relevância o conhecimento do protocolo de atendimento as vítimas de trauma pela equipe interdisciplinar, além do conhecimento do conceito de suporte básico de vida e unidade de tratamento de paciente de auto risco. 4-Método Para atender aos objetivos deste estudo, optou-se realizar pesquisa bibliográfica, definida como toda aquela elaborada a partir de materiais já existentes que podem ser livros, artigos científicos e impressos diversos. O material usado foi obtido por meio de busca bibliográfica manual em livros de leitura corrente, obras de referência periódicos científicos e meio eletrônico com coleta de dados de forma on- line Biblioteca Virtual de Saúde (BSV). Foram usados também cinco livros como referencial bibliográfico de base. O período compreende publicações dos últimos dez anos (1999 – 2009), restringindo-se aos idiomas Português, Inglês, espanhol Para incluir os materiais foi realizada a leitura dos títulos de cada trabalho assim como a leitura dos resumos das publicações a fim de se definir a inclusão ou exclusão do material de acordo com o interesse específico da pesquisa, seguida da leitura na íntegra dos artigos pertinentes a cada expressão de pesquisa. Foram feitas resenhas criticas desses artigos as quais posteriormente foram encaixadas no conteúdo do estudo. Cada artigo que foi inserido passou por analise criteriosa em termos de originalidade. 5- Referencial teórico Entendemos por trauma, ou traumatismo, qualquer problema ou lesão de tecido, órgão ou parte do corpo, causado por agente externo. Muitos usam a palavra “acidente”, para se referir aos eventos traumáticos. Para HOUAISS (2004) acidente, contudo, nada mais é que um “acontecimento casual, fortuito, inesperado, que envolva dano, perda, lesão, sofrimento ou morte” O trauma é previsível, não fortuito ou “acidental”. O trauma é um grave problema de saúde pública. Afeta todas as faixas etárias, mas incide particularmente na população jovem. É a terceira causa de morte na população em geral, vindo, em algumas regiões, logo atrás das doenças cardiovasculares e sendo precedido em outras também pelas neoplasias. Michaely Natali
  • 7. Para NOVO (2007), quase 50% das mortes devidas ao trauma são decorrentes de lesões incompatíveis com a vida (mortes inevitáveis), sendo a prevenção a única forma efetiva de diminuir essa mortalidade. Isto significa que cerca de metade das pessoas que morrem em decorrência de trauma não poderiam ser salvas, mesmo que o atendimento fosse absolutamente ideal e perfeito e executado no momento certo. As lesões são tão graves, que a única maneira de salvar a pessoa seria impedir que o trauma tivesse ocorrido ou, no mínimo, que, em ocorrendo, fosse tão grave. (Novo, pag. 3, 2007.) O APH caracteriza-se como o conjunto de medidas e procedimentos técnicos que objetivam o suporte de vida à vítima, podendo ser básico ou avançado. O Paciente deve estar estabilizado para que seja transportado adequadamente de forma que sejam evitadas quaisquer tipos de seqüelas ou piora de seu estado de saúde. Este serviço deve possuir uma equipe interdisciplinar integrada por suas particularidades, e apta para realizar o melhor atendimento. (CARVALHO, 2004). 6- Histórico do atendimento pré hospitalar O Atendimento Pré-Hospitalar (APH) teve início há mais de 30 anos na América do Norte e Europa, apresentando notável expansão logo após a Guerra do Vietnã (1962-1973), quando as autoridades norte-americanas perceberam que a atuação de socorristas nos locais de batalha e nos transportes para hospitais reduzia significativamente a mortalidade e aumentava o tempo de sobrevida dos soldados feridos. (VARGAS, 2006, p. 38). No Brasil, o APH foi regulamentado somente em 1989, devido ao surgimento oficial do serviço de atendimento às emergências médicas – resgate na cidade de São Paulo, sendo inicialmente desenvolvido segundo os moldes norte-americanos e operacionalizado prioritariamente pelo Corpo de Bombeiros. (SANTOS,2003) Segundo Malvestio (2000) atualmente, no Brasil, o atendimento pré-hospitalar está estruturado em duas modalidades: o Suporte Básico à Vida (SBV) e o Suporte Avançado à Vida (SAV). O SBV consiste na preservação da vida, sem manobras invasivas, em que o atendimento é realizado por pessoas treinadas em primeiros socorros e atuam sob supervisão médica. Já o SAV tem como características manobras invasivas, de maior complexidade e, por este motivo, esse atendimento é realizado exclusivamente por médico e enfermeira. Assim, a atuação da enfermeira Michaely Natali
  • 8. está justamente relacionada à assistência direta ao paciente grave sob risco de morte. A Resolução nº. 1.529/98 do Conselho Federal de Medicina determinou que a regulação dos serviços de APH fosse de competência médica, estabelecendo quais profissionais estariam aptos a atuar no APH (oriundos e não oriundos da área da saúde), bem como a formação necessária para esses profissionais, delimitando, inclusive, o conteúdo curricular para cada categoria. (VARGAS, 2006). Somente em 22 de março de 2001, o Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo, através da Decisão 001/2001 regulamentou as atividades de enfermagem no APH e demais situações relacionadas com o suporte básico e avançado de vida resolvendo que “o Atendimento Pré-Hospitalar, de Suporte Básico e de Suporte Avançado de Vida, em termos de procedimentos de Enfermagem, previstos em lei sejam, incondicionalmente, prestados por Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem ou Auxiliares de Enfermagem, observados os dispositivos constantes na Lei nº 7498/86 e Decreto-lei 94.406/8.) 7- O papel do enfermeiro Em 12 de julho de 2001, no intuito de tornar legitima as atividades de enfermagem no atendimento Pré-hospitalar, o Conselho Federal de Enfermagem, através da Resolução nº 260/2001, fixou como especialidade de Enfermagem e de competência do enfermeiro o atendimento pré-hospitalar, sem, no entanto, especificar sua formação e ações. As funções do enfermeiro de acordo com BRASIL (2002) foram regulamentadas e normatizadas através da portaria nº 2048 do Ministério da Saúde, de 05 de novembro de 2002, sendo definido, o perfil desse profissional bem como o de toda a equipe que deve atuar nesse serviço. A equipe interdisciplinar deve ser composta por médico regulador, médico intervencionista, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Dentre as atribuições dos enfermeiros no APH considera-se de fundamental importância ter formação e experiência profissional, extrema competência, habilidade e capacidade física, saber lidar com o estresse, tomar decisões rapidamente, definir prioridades e principalmente saber trabalhar em equipe. (SANNA E RAMOS, 2005 p.359). Michaely Natali
  • 9. A enfermagem baseia-se num protocolo (AHA) sistematizado de atendimento, que consta de uma seqüência de intervenções: avaliação da cena, mecanismo de trauma, número de vítimas, EPI (equipamento de proteção individual), exame primário (avaliação do nível de consciência, ABC, exame céfalo- podal: inspeção, palpação, ausculta e percussão), transporte rápido, exame secundário (sinais vitais, sintomas; vento; medicação; Passado médico; última refeição; Alergias), oxigenioterapia, soroterapia, posição de choque no transporte, curativo compressivo, imobilização e reavaliação periódica A preocupação do enfermeiro frente à emergência pré-hospitalar é manter o funcionamento dos órgãos vitais até a chegada de um atendimento intra-hospitalar, atentando para técnicas de imobilizações a fim de se evitar um segundo trauma. “Salvar sem seqüelar.” (SANTOS, 2003) De acordo com a portaria 2.048/GM de 05 de novembro de 2002 as competências e atribuições do enfermeiro são: supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel; executar prescrições médicas por telemedicina; prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a pacientes graves e com risco de vida, que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas; prestar a assistência de enfermagem à gestante, a parturiente e ao recém-nato; realizar partos sem distócia; participar nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde em urgências, particularmente nos programas de educação continuada; fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos para as necessidades de educação continuada da equipe; obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de Enfermagem; conhecer equipamentos e realizar manobras de extração manual de vítimas. Este estudo teve por finalidade responder às questões ligadas ao Atendimento Pré-Hospitalar a vítimas de trauma, identificando os marcos históricos que indicassem a inserção da enfermeira nesse tipo de atendimento. Alguns marcos históricos, como a atuação da enfermeira nas Guerras Mundiais e outras guerras entre nações, porém, essa ênfase ficou restrita aos primórdios da criação dessa modalidade de atenção à saúde. Desde a inserção da enfermeira no APH pode-se identificar mudanças e ampliação de sua atuação, na maior parte, ainda vinculadas á aspectos Michaely Natali
  • 10. assistenciais. Enfocando os aspectos legais, percebe-se que mudanças que favoreceram a enfermeira ocorreram; tanto na normatização do APH em todo o país, como na deflagração de um posicionamento das entidades de classe de enfermagem. Isso só tende a beneficiar o papel da enfermagem, da enfermeira ao cliente que recebe a assistência por ela proporcionada. 8- Considerações finais O Atendimento Pré-Hospitalar no Brasil foi amplamente discutido e redirecionado por várias esferas do governo, teve um maior impulso com a implementação da portaria 2048 do Ministério da Saúde em 05/11/2002. O trauma é responsável por cerca de 120.000 mortes por ano, o que significa mais de 300 pessoas mortas por trauma a cada dia ou, em média, uma morte a cada 15 minutos. Embora faltem estatísticas confiáveis no nosso meio, estima-se que, para cada pessoa que morre por trauma, três outras fiquem com seqüela incapacitante permanente. Dá para imaginar, assim, o enorme custo social desta verdadeira doença chamada trauma. Isto sem falar do sofrimento humano associado, que não pode ser medido objetivamente, mas apenas sentido e suportado, muitas vezes de forma silenciosa, por suas vítimas e pelos que lhe são queridos. Não raro os danos são irreparáveis e as seqüelas duradouras. Após detalhada pesquisa sobre o assunto, é necessário que se reconheça o papel da enfermeira como membro importantíssimo da equipe interdisciplinar de forma que possa ser realizado um diagnóstico precoce e as intervenções de enfermagem imediatas, numa vítima de trauma, essa atuação pode prevenir ou amenizar disfunções de múltiplos órgãos, até mesmo falência destes, e automaticamente conseqüências acarretadas por ele. A participação da enfermeira na estruturação dos serviços, desenvolvimento de ações educativas e gerenciamento desta modalidade de atenção ainda requerem um esforço organizado para sua ampliação. É necessário expandir a atuação da enfermeira, não se restringindo puramente à prestação da assistência; mas estender-se à organização e gerenciamento do atendimento como o Suporta Básico à Vida, acrescentando um novo olhar aos serviços de APH e propondo nova distribuição de autoridade e responsabilidade para todos os envolvidos no funcionamento do APH. A equipe multidisciplinar faz se de grandíssima importância, Michaely Natali
  • 11. de forma harmoniosa pode assim socorrer as vítimas de trauma de forma impecável e eficaz, porém faz se necessário enfatizar que 50% das vítimas de trauma não teriam chances de viver devido a gravidade das lesões, a única maneira de mantê- las vivas seria evitando o trauma em si. 9- Bibliografia 1- BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução do CFM no1.529/98: dispõe sobre a normatização da atividade médica na área da urgência , emergência na sua fase pré-hospitalar. [citado em 2009 mar 10] 2- Disponível em:<http://dtr2001.saude.gov.br/samu/legislacao/leg_res1529.htm> BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Portaria no 2048/GM de 05 de Nov. 2002: Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. [citado em 2009 mar 10]. Disponível em: http://www.saude.gov.br/Samu 3- CARVALHO, M.G. Atendimento pré hospitalar para enfermagem: suporte básico e avançado de vida, São Paulo: Iátria, 2004. 4- HOUAISS, Antonio. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. 5- MALVESTIO, M.A.A. Suporte avançado à vida: análise da eficácia do atendimento a vitimas de acidentes de trânsito em vias expressas. Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000. 6- MANTOVANI, Mario. Suporte Básico e Avançado de vida no trauma. São Paulo: Atheneu, 2005. 7- NOVO, Fernando da Costa Ferreira. Trauma: você pode evitar...Rev.Idéias em trânsito. Fundação Carlos Chagas, 2007, p.3. [citado em 2009 mar 10]. Disponível em http://www.portalgeat.com/public_htm/Trauma_artigo_fcc.pdf Michaely Natali
  • 12. 8- RAMOS, Viviane Oliveira; SANNA, Maria Cristina. A Inserção da enfermeria no atendimento pré- hospitalar: histórico e perspectivas atuais. 58 ed.Rev. Brasileira de Enfermagem, São Paulo, 2005, p. 355-360 9- SANTOS, R.R. Et al Manual de socorro de emergência, São Paulo: Atheneu, 2003, p.345. 10- SANTOS, Nívea C.M. Urgência e emergência para enfermagem: do atendimento pré-hospitalar (APH) à sala de emergência. 5a Ed. São Paulo: Iátria, 2008. 11- VARGAS, Divane de. Atendimento pré-hospitalar: a formação específica do enfermeiro na área e as dificuldades encontradas no início da carreira. 25 ed. Revista Paulista de Enfermagem, São Paulo, 2006, p.38-43 Michaely Natali