1. Disciplina: Informática III Profª: Micheli Wink
G2: MAPAS CONCEITUAIS
A teoria a respeito dos Mapas Conceituais foi desenvolvida na década de 70
pelo pesquisador norte-americano Joseph Novak. Ele define mapa conceitual como uma
ferramenta para organizar e representar o conhecimento.
O mapa conceitual, foi originalmente baseado na teoria da aprendizagem
significativa de David Ausubel. A aprendizagem pode ser dita significativa quando uma
nova informação adquire significado para o aprendiz através de uma espécie de
‘ancoragem’ em aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do indivíduo.
Na aprendizagem significativa há uma interação entre o novo conhecimento e o já
existente, na qual ambos se modificam. À medida que o conhecimento prévio serve de
base para a atribuição de significados à nova informação, ele também se modifica. A
estrutura cognitiva está constantemente se reestruturando durante a aprendizagem
significativa. O processo é dinâmico; o conhecimento vai sendo construído.
Podemos dizer que mapa conceitual é uma representação gráfica em duas
dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre
eles sejam evidentes. Os conceitos aparecem dentro de caixas enquanto que as relações
entre os conceitos são especificadas através de frases de ligação nos arcos que unem os
conceitos. As frases de ligação têm funções estruturantes e exercem papel fundamental
na representação de uma relação entre dois conceitos. A dois conceitos, conectados por
uma frase de ligação chamamos de proposição. As proposições são uma característica
particular dos mapas conceituais se comparados a outros tipos de representação como os
mapas mentais.
O que são mapas conceituais?
Segundo Novak e Cañas, Mapas Conceituais são ferramentas gráficas visando a
organizar e representar o conhecimento. São estruturados a partir de conceitos
fundamentais e suas relações. Usualmente, os conceitos são destacados em caixas de
texto. A relação entre dois conceitos é representada por uma linha ou seta, contendo
uma "palavra de ligação" ou "frase de ligação". Sendo assim, Mapas Conceituais têm
por objetivo reduzir, de forma analítica, a estrutura cognitiva subjacente a um dado
conhecimento, aos seus elementos básicos.
Os Conceitos ligados por frases de ligação formam "Proposições", que
representam as unidades fundamentais do conhecimento, as unidades semânticas que
compõem a Estrutura Cognitiva.
Mapas Conceituais são estruturados a partir de uma Questão Focal e a ela se
relacionam. A Questão Focal representa o contexto do problema que pretende-se
compreender ou representar. A Questão Focal determina, de forma específica, o
domínio do conhecimento a que se relaciona o Mapa Conceitual, bem como a
abordagem. Uma característica fundamental dos Mapas Conceituais é a sua estrutura
hierárquica, partindo dos conceitos mais gerais posicionados no topo da estrutura, para
os conceitos menos gerais em sua base. Tal estrutura, naturalmente, dependerá da
Questão Focal que o Mapa Conceitual pretende responder.
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Mapas conceituais podem ser representações da estrutura mental subjacente ao
indivíduo ou uma representação do próprio conhecimento. Podem assim ser utilizados
em processos de ensino-aprendizagem tanto na pré- e pós-avaliação conceitual do
indivíduo, quanto na apresentação global da área de uma área do conhecimento.
Técnica de construção de Mapas Conceituais
Uma possível técnica de construção de um mapa conceitual pode seguir as seguintes
etapas:
a) ter, antes, uma boa pergunta inicial cuja resposta estará expressa no mapa
conceitual construído;
b) escolher um conjunto de conceitos (palavras-chave) dispondo-os
aleatoriamente no espaço onde o mapa será elaborado;
c) escolher um par de conceitos para estabelecimento da(s) relação(ões) entre
eles;
d) decidir qual a melhor e escrever uma frase de ligação para esse par de
conceitos escolhido;
e) a repetição das etapas c) e d) tantas vezes quanto se fizer necessário (em geral
até que todos os conceitos escolhidos tenham, ao menos, uma ligação com outro
conceito).
Resumidamente, os conceitos se relacionam da seguinte forma:
"conceito" - ligação - "conceito".
Avaliação de mapas conceituais
A idéia principal do uso de mapas na avaliação dos processos de aprendizagem é
a de avaliar o aprendiz em relação ao que ele já sabe, a partir das construções
conceituais que ele conseguir criar, isto é, como ele estrutura, hierarquiza, diferencia,
relaciona, discrimina e integra os conceitos de um dado minimundo em observação, por
exemplo.
Isso significa que não existe mapa conceitual “correto”. Um professor nunca
deve apresentar aos alunos o mapa conceitual de um certo conteúdo e sim um mapa
conceitual para esse conteúdo segundo os significados que ele atribui aos conceitos e às
relações significativas entre eles. Da mesma maneira, nunca se deve esperar que o aluno
apresente na avaliação o mapa conceitual “correto” de um certo conteúdo. Isso não
existe. O que o aluno apresenta é o seu mapa e o importante não é se esse mapa está
certo ou não, mas sim se ele dá evidências de que o aluno está aprendendo
significativamente o conteúdo.
A análise de mapas conceituais é essencialmente qualitativa. O professor, ao
invés de preocupar-se em atribuir um escore ao mapa traçado pelo aluno, deve procurar
interpretar a informação dada pelo aluno no mapa a fim de obter evidências de
aprendizagem significativa. Explicações do aluno, orais ou escritas, em relação a seu
mapa facilitam muito a tarefa do professor nesse sentido.
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