Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Introdução História de Pomerode
1. PEQUENA HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE POMERODE ESCOLA E.B.M. “PROF. VIDAL FERREIRA” ALUNOS DA 8ª SERÍE PROFESSOR JOÃO A. SOARES DOS SANTOS http://projetopomeranosnobrasil.blogspot.com/ PROJETO DE INTERCAMBIO ETNICO-CULTURAL ENTREE AS CIDADES DE COLONIZAÇÃO POMERANA: POMERODE/SC E SÂO LOURENÇO DO SUL/RG
3. Escola Prof. Vidal Ferreira Ficar localizada aqui - 4 km do centro da cidade Mapa da Cidade de Pomerode Centro
4. O primeiro projeto colonial com a presença de imigrantes alemães em Santa Catarina foi instalado em 1829 pelo Governo Provincial e foi denominado de Colônia de São Pedro de Alcântara.
5. A partir de 1836, o estado de Santa Catarina permitiu colonização por empresa particular, companhia brasileira ou estrangeira. Deste modo as algumas famílias alemãs migraram da Colônia São Pedro de Alcântara para as terras próximas do atual município de Gaspar, no Vale do Itajaí.
6. Antes da chegada do imigrantes alemães , as margens do rio Itajaí-Açú foram ocupadas espontaneamente por caboclos ou luso-brasileiros, esparsos ou reunidos em pequenos povoados de Itajaí até a região da atual Blumenau.
7. Fundação da Colônia Blumenau em 02 de setembro de 1850 como sendo um empreendimento particular de colonização, organizado pelo farmacêutico alemão Hermann Bruno Otto Blumenau no Vale do Itajaí Dr. Blumenau
8. Chegada do primeiro grupo de imigrantes alemães à Colônia Blumenau, em 2 de Setembro de 1850 – Fonte: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva.
9. Em 1859, Dr. Blumenau vendeu o empreendimento particular ao Governo Imperial, pois se encontrava arruinado financeiramente com o projeto colonial. D. Pedro II nomeou diretor administrativo da colônia. Como diretor organizou a administração, contratou mais funcionários e modificou propaganda na Alemanha e na Áustria para aumentar o número de imigrantes para o Vale do Itajaí. A abertura de novas estradas impulsionou a expansão para além dos limites da sede da colônia sempre margeando o rio Itajaí-Açú e os seus afluentes e o povoamento se estendeu por todo o Vale do Itajaí
10. O Vale do Rio do Testo (rio afluente do Rio Itajaí – margem esquerda - onde está localizado o município de Pomerode) fazia parte do território da Colônia Blumenau e sua colonização começou efetivamente em 1861. Para este vale vieram imigrantes de muitos Estados Alemães, como de Baden, da Prússia, de Schleswig-Holstein e Mecklemburgo, mas a maioria eram da Pomerânia: do distrito de Belgard no vale do rio Persante, das aldeias de Pollnow, Bulgrin, Varzin, Quisbernow e Belz; do distrito de Regenwalde no vale do rio Rêga, das aldeias de Teschendorf e Jarchlin. Para este Vale também vieram algumas famílias alemãs da Colônia São Pedro de Alcântara assim como italianos e poloneses depois de 1875.
11. O ano de 1863 é tomado como marco inicial da história de Pomerode, pois foi o ano em que se estabeleceu na localidade de Ribeirão Luebke a família do imigrante pomerano João Fernando Luebke, que foi a única família vinda nesse ano para a região localidade de Ribeirão Luebke Centro de Blumenau Centro de Pomerode
12. O mapa da Colônia e Blumenau de 1850-1883, data nome de Pommeroda em 1865 na área que hoje é conhecida como o centro do município. Entretanto, nos registros documentais, quando se faz referência a esta área colonial encontra-se o nome de Rio do Testo.
13. No Vale do Rio do Testo, assim como em outros lugares da Colônia Blumenau, os imigrantes e seus descendentes enfrentaram na mata virgem um clima e um solo que lhes eram desconhecidos. Desenvolveram atividades para as quais não estavam habituados.
14. Da terra tiravam o sustento, adaptaram seus hábitos culinários aos alimentos tropicais e colocaram em prática o que sabiam fazer. Dotados de habilidades técnicas, foram oleiros, carpinteiros, tanoeiros, funileiros, entre outros ofícios, pequenos trabalhadores da indústria doméstica, e também responsáveis pelo surgimento das incipientes indústrias familiares, embrionárias de empreendimentos que se projetaram nos diversos segmentos econômicos .
15. As tradições, a cultura e os costumes que trouxeram de sua terra natal foram adaptados para o novo ambiente e surgiu a partir daí a cultura teuto-brasileira ou cultura brasileira de origem alemã. De modo geral, estruturaram a comunidade no tripé: ESCOLA-RELIGIÃO-ASSOCIAÇÕES RECREATIVAS .
16. A maioria dos imigrantes do Rio do Testo era da religião luterana, mas também havia aqueles que professavam o catolicismo
17. A escola foi organizada em seu meio, uma vez que o governo Imperial e Provincial não lhes oferecia nenhum sistema educacional capaz de atendê-los em seus núcleos coloniais.
18. Para ter uma vida recreativa organizaram Schützenverein, ou Sociedades de Atiradores. Estes eram espaços de lazer nos quais além da competição de tiro, eram promovidos também bailes, encontros de corais, apresentações teatrais, bolão, ginástica .
19. Em toda a vida comunitária e familiar, o principal elo de ligação entre o Brasil e a Alemanha foi a manutenção do idioma alemão através da oralidade e da literatura impressa. Entretanto, toda a estrutura comunitária moldada nos padrões alemães trazidos com a imigração e perpetuada por longos anos pelos descendentes no Vale do Rio do Testo foi abruptamente interrompida com a aplicação da Campanha de Nacionalização em 1937. Este tema pode ser aprofundado através do documentário “ Sem Palavras” Todos os setores da vida foram afetados, desde a vivência familiar até as atividades sociais e culturais, pois o principal meio de comunicação entre as pessoas estava proibido de ser exercido. Tudo o que revelava ser alemão deveria ser abandonado, silenciado e esquecido.
20. Rio do Testo foi elevado à categoria de Distrito de Blumenau em 26 de janeiro de 1934. Na final da década de 1950, a população percebeu que havia condições de o Distrito de Rio do Testo transformar-se em município e exigiu das lideranças políticas locais a emancipação político-administrativa. O município foi oficialmente instalado, em 21 de janeiro de 1959. O nome escolhido foi Pomerode, como homenagem aos imigrantes alemães, a maioria dos quais veio do Estado Alemão da Pomerânia na segunda metade do século XIX, para aqui no Vale do Rio do Testo tornar-se dono de um pedaço de terra.