1. 2º Encontro de Professores Formadores – 3 ano
Secretaria Municipal de Educação
São José do Rio Preto- SP
2013
2. Leitura de deleite
Dona Licinha
A senhora não me conhece. Faz tanto tempo e me
lembro de detalhes do seu jeito, sua voz, seu penteado e
roupas... A senhora ensinava na 3a série B e eu era aluna
da 3ª série C no Grupo Escolar do Tatuapé... Passava no
corredor fazendo figa para mudar de classe, pra minha
professora viajar e nunca mais voltar, pra diretora
implicar e me mandar pra 3a B... Nunca tive tanta inveja
na minha vida como tive das crianças da série B...
3. Lembro que na sua sala se ouviam risadas quase o
tempo todo. Maior gostosura! De vez em quando, um
enorme silêncio quebrado por uma voz suave...era hora
de contar histórias. Suspirando, eu grudava na janela e
escutava o que podia... Também muitos piques e hurras,
brincadeiras correndo solto. Esconde-esconde, telefone
sem fio, campeonato de Geografia. Tanto fazia a
aprontação inventada. Importava era sentir a redonda
contenteza dos alunos.
4. A sua sala era colorida com desenhos das crianças, um
painel com recortes de revistas e jornais, figurinhas
bailando em fios pendurados, mapas e fotos... Uma
lindeza rodopiante mudada toda semana! Vi pela janela
seus alunos fantasiados, pintados, emperucados,
representando cenas da História do Brasil! Maior
maravilhamento! Demorei, entendi. Quem nunca
entendeu foi a minha professora... Seu segredo era
ensinar brincando. Na descoberta! Na contenteza!
5. Nunca ouvi berros, um "Cala boca", "Aqui quem manda
sou eu" e outras mansidões que a minha professora dizia
sem cansar. Não escutei ameaças de provas de sopetão,
castigos, dobro da lição de casa, chamar a diretora, com
que a minha professora me aterrorizava o tempo todo...
6. Dona Licinha, eu quis tanto ser sua aluna quando fiz a
3a série. Não fui... Hoje, tanto tempo depois, sou
professora. Também duma 3a série. Agora sou sua
colega... Só não esqueço que queria estar na sua classe,
seguir suas aulas risonhas, sem cobranças, sem
chateações, sem forçar barras, sem fazer engolir o
desinteressante. Numa sala colorida, iluminada,
bailante. Também quero ser uma professora assim.
Do seu jeito abraçante.
7. Hoje, vi uma garotinha me espiando pela janela.
Arrepiei. Senti que estava chegando num jeito legal de
estar numa sala de aula... Por isso resolvi escrever para a
senhora. Vontadona engolida por décadas. Tinha que
dizer que continuo querendo muito ser aluna da Dona
Licinha. Agora, aluna de como ser professora. Fazendo
meus alunos viverem surpresas inventivas.
Um abraço apertado, cheinho de gostosuras, da Ciça
Conto de Fanny Abramovich
Ilustrado por Carlo Giovani
Foto de Leo Feltran
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/dona-licinha-634216.shtml
9. Fanny Abramovich
Escritora de literatura infantil e juvenil, pedagoga e
atriz. Filha de mãe brasileira e pai argentino, é
descendente de família judaica que imigra para o
Brasil aos 14 anos de idade, Fanny começa a trabalhar
dando aulas particulares.
Com 16, matricula-se no curso normal, em 1958 inicia
o curso normal, passa a lecionar no Ginásio Israelita
Brasileiro Scholem Aleichem, onde atua por 11 anos.
Em 1963 termina o curso de Pedagogia e tem seus
primeiros contatos com a literatura infantil e juvenil.
10. Fanny Abramovich
Em 1965 ganha bolsa de estudo do governo francês, e
se especializa em arte e educação em Paris.
Em 1977, começa a escrever sobre educação infantil
para o Jornal da Tarde e outros periódicos.
Seu primeiro livro na área de pedagogia, O Estranho
Mundo que Se Mostra às Crianças
Estréia na literatura infantil e juvenil em 1986, com
Deixa Isso pra Lá e Vamos Brincar, que é reformulado
dez anos depois, ganhando novo título: Brincando de
Antigamente.
14. Encontro Mês dia
1º junho 08
2º julho 13
3º e 4º agosto 17 e 31
5º setembro 28
6º outubro 26
7º novembro 23
8º dezembro 07
2º e 3º ano
15. Portfólio
Pasta com as atividades desenvolvidas no
Pnaic (físico e digital)
Memórias, Relatório dos encontros, tarefas, fotos,
relato das atividades com alunos
Utilizar diferentes recursos: desenhos, textos
literários, músicas, dobraduras, etc.
16. Critérios de avaliação
• Registrar ao menos 75% das aulas (valendo 2,5)
• Estabelecer relações entre o conteúdo discutido
e a representação proposta (valendo 2,5)
• Relacionar o conteúdo desenvolvido e a prática
profissional (valendo 2,5)
• Criatividade (valendo 2,5)
17.
18. PRÁTICA DA REFLEXIVIDADE
Capacidade que deve fazer parte da prática cotidiana
do professor, favorece as tomadas de decisões na sala
de aula;
Fundamentada em análises conceituais, construídas
a partir dos estudos científicos;
Caminho é alternância entre a
PRÁTICA/TEORIA/PRÁTICA
19. CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE
PROFISSIONAL
É sempre importante revisitar nossas experiências
profissionais e de formação, para, por meio delas,
analisar a nossa atuação no presente.
De acordo com Bosi (1994, p.55), “na maior parte das
vezes, lembrar não é reviver, mas refazer, reconstruir,
repensar com imagens de hoje, as experiências do
passado. A memória não é sonho, é trabalho”.
Relembrar e refletir sobre o próprio caminho
percorrido pode ser revelador de práticas que
precisam ser superadas, reconstruídas e/ou
modificadas.
20. PROCESSO FORMATIVO
Compreender que um processo formativo não pode
ter a pretensão de ser algo que vai, da noite para o dia,
como um remédio ou uma receita, vencer todos os
males da educação.
Um processo formativo não ocorre de forma linear e
simples.
Pensar uma formação de professores é desenvolver
ações e emoções que possam promover o desejo, o
entusiasmo, a solidariedade e o conhecimento. É
tatear em um terreno – do fazer/saber docente – que
queremos mudar e melhorar, sempre e mais.
21. FORMAÇÃO CONTINUADA
Ao integrar-se a um programa de formação
continuada é importante saber que essa decisão
associa-se à ideia de que esse processo visa a
contribuir tanto para o seu crescimento pessoal, como
profissional e não que essa seja apenas uma exigência
ou formalidade institucional a ser cumprida.
22. TAREFAS DE CASA E ESCOLA
A formação é um processo contínuo. Ela não ocorre
apenas nos momentos dos encontros presenciais. Ela
se estende para as situações em que o que é discutido
nos encontros é posto em ação em casa ou na escola.
Cada etapa é a continuidade de um conhecimento que
já foi construído e precisa ser retomado para a
construção de novos conhecimentos. Essa retomada
envolve, inclusive, a formação inicial.
23. PLANEJAMENTO E REFLEXÃO
Refletir sempre a respeito do que é possível fazer em
sala de aula, a partir do que foi trabalhado na
formação, é muito importante. Para isso é preciso
analisar de maneira organizada as condições e
possibilidades de modificação ou readequação de
procedimentos e intervenções em sua prática.
35. Avaliamos para
favorecer aprendizagens
e não para legitimar as
desigualdades (exclusão
e a competitividade).
A Avaliação: forma de
compreender o que os
alunos já sabem ou
ainda não sabem sobre
determinados
conhecimentos escolares
Avaliação para Inclusão:
alfabetização para todos
36. Cruza o trabalho
pedagógico desde seu
PLANEJAMENTO até a
EXECUÇÃO;
Relação entre o
PLANEJAMENTO,
ENSINO E A
APRENDIZAGEM para
orientar a
INTERVENÇÃO
DIDÁTICA
Avaliação...
37. Não é reprovação em uma mesma etapa escolar, mas
sim garantir que as aprendizagens não consolidadas
em uma determinada etapa escolar, que pode
corresponder a um mês, um semestre ou um ano de
escolaridade, sejam garantidas em outra etapa
posterior.
Objetivo de Avaliar nessa
abordagem...
38. Não é apenas o estudante que precisa ser avaliado.
Ferreira e Leal (2006 p. 14) destacam que “(...)avaliar
as próprias estratégias didáticas é fundamental para
que possamos redimensionar o ensino, tendo como
norte a avaliação do que os alunos fazem e dizem.
Avaliação para Inclusão...
39. “... Ouvir o aluno e tentar entender as
respostas que eles nos dão a partir dos
instrumentos de avaliação é o primeiro passo
para pensar sobre os procedimentos didáticos
que usamos no nosso cotidiano.”
40. Favorece bastante a possibilidade de rever estratégias
didáticas e posturas que assumimos em sala de aula;
As práticas avaliativas que estimulam a criança a
analisar seus próprios percursos, como por exemplo
analisarem Portifólios.
Avaliação pelas crianças...
41. De maneira que o processo avaliador independente
de seu objeto de estudo, tem que observar as
diferentes fases de uma intervenção que deverá ser
estratégica.
Avaliação Formativa...
42. Sem dúvida a produção de Textos escritos nos dá
muitas informações sobre o processo de apropriação
da língua, mas também podemos estruturar
instrumentos com objetivos específicos.
Quanto ao domínio do Sistema de
Escrita Alfabética e da Ortografia
43. É necessário após delimitar claramente o que se
pretende ensinar, criar situações favoráveis à fala e a
escuta, tanto entre o professor e as crianças quanto
entre elas mesmas e criar critérios para análise de
como interagiram nas situações.
Quanto à oralidade
44. Investigar quais conhecimentos ou capacidades a
turma já construiu e se é preciso retomar com todos
ou com alguns e o que o grupo não consolidou.
Instrumento de Acompanhamento
de Acompanhamento da
Aprendizagem
45. A ousadia, e não o medo; a solidariedade, e não o
individualismo; o prazer, e não o sofrimento são os
pilares de um CURRÍCULO INCLUSIVO.
Ensinamos para que todos possam
aprender...
46. TAREFA- 1ºencontro
Aplicar o instrumento de avaliação sugerido,
preencher os quadros: “Acompanhamento de
Aprendizagem” e “Quadro de Perfil da turma”.
Explorar o site do Pacto Nacional pela Alfabetização
na Idade Certa: http://pacto.mec.gov.br
blog: pnaicrp.blogspot.com
51. Iniciando a conversa
O planejamento do ensino na alfabetização é o
tema principal dessa unidade.
Serão foco das reflexões temas, como: a rotina
no ciclo da alfabetização, a integração entre os
diferentes componentes curriculares no
cotidiano das crianças, os recursos didáticos
na prática alfabetizadora.
52. Iniciando a conversa
Tais temas serão discutidos tendo como ponto de
partida as reflexões sobre o currículo iniciadas na
unidade 1, assim como os conceitos e os princípios
sobre alfabetização, debatidos nos encontros de
formação.
O pressuposto, portanto, é que para planejar as
situações didáticas de modo autônomo e consciente,
é preciso ter clareza sobre o que se quer ensinar e o
que os aprendizes pensam sobre o que se pretende
ensinar.
53. Objetivos da Unidade 2
• aprofundar os conhecimentos sobre a concepção
de alfabetização na perspectiva do letramento;
• conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo
Ministério da Educação (livros didáticos e obras
complementares aprovados no PNLD; livros do
PNBE e PNBE Especial; jogos distribuídos pelo
MEC) e planejar situações didáticas em que tais
materiais sejam usados;
54. Objetivos da Unidade 2
• planejar o ensino na alfabetização, analisando e
criando propostas de organização de rotinas da
alfabetização na perspectiva do letramento;
• criar um ambiente alfabetizador, que favoreça a
aprendizagem das crianças;
• compreender a importância da literatura nos
anos iniciais do Ensino Fundamental e planejar
situações de uso de obras literárias em sala de
aula.
57. Planejar...
•Segundo Libâneo (1994), o planejamento é
um processo de racionalização, organização
e coordenação da ação docente, articulando
a atividade escolar e a problemática do
contexto social.
59. Planejar para ...
• Tomar decisões
• organizar ações
• fazer escolhas coerentes
• organizar rotinas
• delimitar objetivos
• saber onde se quer chegar
• saber o que que devemos ensinar
• garantir os direitos de aprendizagens
60. Eixos direcionadores em Língua
portuguesa
1- leitura
2- produção de texto escrito
3- oralidade
4- análise linguística, incluindo a apropriação do
Sistema de Escrita Alfabética - SEA.
61. Leitura
• A leitura envolve a aprendizagem de diferentes habilidades,
• Quanto maior for a experiência de ouvir e ler textos, mais
elaborada será a produção
• No processo inicial de apropriação do SEA, cabe ao
professor ser o mediador da turma
• Ler para nossos alunos é prática fundamental para
despertar o gosto e o desejo pela leitura
• Utilizar a leitura com diferentes objetivos
62. É importante considerar
•o professor tem um papel de modelo de
ações, atitudes e expressões
• é imprescindível selecionar os textos e
material de leitura; planejar o ensino, a
aprendizagem e a avaliação da leitura, bem
como organizar o tempo pedagógico a ser
dedicado para cada atividade.
63. Produção de texto
• O texto a ser escrito pelas crianças pode ser longo ou
curto, conhecido ou não. A letra de uma cantiga, uma
quadrinha... são alguns exemplos de textos a serem
escritos em sala de aula.
• Toda criança pode e deve escrever espontaneamente
desde as primeiras semanas de aula.
• Despertar nas crianças o desejo de escrever é papel da
escola
• A produção de textos, pode se dar de diferentes formas:
coletivamente, por meio de um escriba que geralmente é
o professor; em dupla; ou individualmente.
64. Na escolhas de textos...
• Qual é meu objetivo ao escolher este texto para esta turma?
• O que espero de meus alunos com a leitura deste texto?
• Qual seria um bom texto para desenvolver determinada
habilidade de leitura que meus alunos ainda não dominam bem?
• Qual a relação deste texto com o projeto pedagógico da escola,
ou com meu próprio projeto para esta turma?
• Minhas escolhas levam em consideração os interesses de meus
alunos?
• Quais foram as dificuldades encontradas por meus alunos para a
compreensão do texto lido?
• Se eu planejei alguma atividade para desenvolver a partir do
texto lido, essa atividade contribuiu para a melhor compreensão
do texto?
65. Um desafio para professores...
• “o trabalho didático é organizado levando em
conta os textos que circulam entre diversos
grupos sociais, no dia a dia.” (KLEIMAN, 2005,
p.34
•Um ensino voltado para os gêneros textuais
promove um ensino voltado para a vida, com a
formação do cidadão participativo as práticas
sociais que envolvem a cultura escrita. É um
direito de nossos alunos e cabe aos professores
garantir este direito de aprendizagem a cada um.
66. Oralidade
•Importante adequar sua linguagem ao
contexto ou ao evento em que estamos
inseridos, saber monitorar a fala e a escuta
em situações formais
• trabalhar com atividades sistemáticas que
envolvam os gêneros orais como, por
exemplo, apresentação de trabalhos,
participação em entrevistas, contação de
histórias.
67. Análise linguística - apropriação do
SEA
• Os alunos precisam conhecer todas as letras do alfabeto
respectivos nomes e diferentes formas de grafá-las;
perceber as relações que existem entre som-letra, por
meio do desenvolvimento da consciência fonológica e
por fim, precisa aprender sobre a ortografia
• Na prática, apropriação do SEA pode se dar por meio de
jogos, atividades lúdicas
• A escrita de palavras é importante de modo que possam
refletir sobre suas hipóteses
• É importante pensar em atividades que envolvam ações
de comparar, montar e desmontar palavras, discutir
promovendo a apropriação e a consolidação da
alfabetização
68. O bom planejamento
•Todas as formas de organização do trabalho de
sala de aula favorecem múltiplas
aprendizagens desde que tenham sido
elaborados planos de ação.
70. Currículo
•O currículo é construído na prática diária de
professores e, portanto, nem sempre reflete
exatamente o que os documentos oficiais
orientam, mas também não pode ser entendido
como decisão de cada um.
•Desse modo, é o que é praticado no cotidiano
da escola que constitui, de fato, o currículo.
•O documento curricular, constitui-se de
orientações que podem reger o trabalho do
professor.
71. Princípios didáticos
Quanto mais consciência o professor tiver
acerca dos princípios que regem sua prática,
maior autonomia terá no processo de
planejamento e realização da ação didática.
72. Princípios didáticos
1. ensino reflexivo – as professoras
estimulavam as crianças a refletir sobre os
conhecimentos, evitando situações em que
estes eram simplesmente transmitidos por elas;
73. Princípios didáticos
2- ensino centrado na problematização – as
professoras planejavam atividades em que as
crianças eram desafiadas a resolver problemas
diversos; havia desafios que motivavam as
crianças a querer aprender;
74. Princípios didáticos
3- ensino centrado na interação em pares –
as professoras priorizavam situações em que a
aprendizagem se dava por meio da interação em
grandes grupos, em pequenos grupos, em
duplas; as atividades individuais sempre
culminavam em momentos de socialização e
discussão;
75. Princípios didáticos
4- ensino centrado na explicitação verbal –
as crianças eram estimuladas a falar sobre o
que pensavam, a responder perguntas; elas não
tinham medo de errar porque sabiam que
podiam dizer o que pensavam sem passar por
constrangimentos; entendiam que todos
estavam aprendendo;
76. Princípios didáticos
5- favorecimento da argumentação – as
crianças eram estimuladas a expor e justificar
suas opiniões; os diferentes pontos de vista na
sala de aula eram confrontados; as professoras
valorizavam as posturas de respeito, mas com
explicitação das diferentes possibilidades de
pensar sobre os conhecimentos;
77. Princípios didáticos
6-sistematização dos saberes – as
professoras realizavam atividades de
sistematização dos conhecimentos ensinados;
havia momentos de sínteses em relação aos
conhecimentos acumulados, seja por meio de
exposições breves, seja por meio de registro
coletivo das aprendizagens realizadas;
78. Princípios didáticos
7- valorização dos conhecimentos dos alunos
– as docentes frequentemente realizavam
atividades para saber o que as crianças pensavam
sobre os conteúdos que estavam sendo
ensinados; utilizavam tais conhecimentos para
planejar as atividades e como ponto de partida
nos momentos de resolução de problemas; as
professoras estimulavam as crianças a expor seus
conhecimentos, valorizando o que elas diziam;
investiam também no aumento da autoestima das
crianças;
79. Princípios didáticos/ na perspectiva
sociointeracionista de ensino
8- incentivo à participação dos alunos – as
professoras se dirigiam às crianças quando
percebiam que elas estavam apáticas,
sobretudo as crianças mais tímidas ou que não
tinham iniciativa de participação nas atividades;
80. Princípios didáticos/ na perspectiva
sociointeracionista de ensino
9- diversificação de estratégias didáticas –
as professoras realizavam vários tipos de
atividades para contemplar um determinado
conteúdo; elas diversificavam tanto os recursos
didáticos quanto as atividades;
81. Princípios didáticos
10- ensino centrado na progressão – as
docentes contemplavam um mesmo conteúdo
em aulas diferentes, aumentando o grau de
dificuldade.
82. professor...
Utilizando esses princípios nas aulas, pode
gerar momentos de aprendizagem muito ricos,
em que as crianças são motivadas a participar,
tendo-se sempre em mente o direito à
aprendizagem dos estudantes.
83. Organização
Algumas formas de organização têm sido mais
recorrentes nos dias atuais, como, por
exemplo:
•atividades permanentes,
•sequências didáticas,
•projetos didáticos.
84. Atividades permanentes
•As atividades permanentes são aquelas que
se repetem durante um determinado período
de tempo (semana, mês, ano).
•A hora da novidade, presente em muitas
rotinas escolares, a hora da leitura
(biblioteca), em que a professora lê textos
literários para as crianças, ou mesmo a hora
da brincadeira.
85. Sequências didáticas
•sequências didáticas ou atividades sequenciais, que são
as situações em que as atividades são dependentes
umas das outras e a ordem das atividades é importante.
• Por meio das atividades didáticas, um mesmo conteúdo
pode ser revisitado em diferentes aulas, de modo
articulado e integrado.
•Analise, leitura, interdisciplinaridade
86. Projetos didáticos
•um determinado problema precisa ser
resolvido pelo grupo e para isso diferentes
atividades são desenvolvidas.
•A culminância com a socialização das
produções é outra característica que marca
os projetos didáticos
87. FINALIZANDO
• Avaliação inicial (avaliação diagnóstica)
• Compreender o que eles já sabem
• Determinar o que eles vão aprender
89. Diretrizes Nacionais
A educação brasileira é norteada por diretrizes
nacionais, fixadas pelo Conselho Nacional de
Educação (CNE).
Trata-se de normas obrigatórias que orientam o
planejamento curricular das escolas e sistemas de
ensino, visando assegurar uma formação básica
comum.
Os discursos oficiais destes documentos vêm
enfatizando e valorizando metodologias que atribuem
um papel ativo ao aluno e o uso de problemas como
ponto de partida para o conhecimento.
89
90. Diretrizes Gerais Ed. Básica
O parecer que originou as Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica (BRASIL,
2010) propõe explicitamente a necessidade de superar
concepções tradicionais de ensino-aprendizagem em
favor de metodologias que valorizam a pesquisa e
levem em consideração características de uma
geração que vive na era da informação e da
comunicação.
Defende o uso de metodologias problematizadoras e
da organização interdisciplinar do conhecimento no
currículo.
90
91. Como concretizar estas
orientações
Os recentes documentos norteadores da educação nacional
apontam para a importância de:
Privilegiar os processos de aprendizagem;
Problematizar a realidade;
Trabalhar conceitos de maneira articulada com a realidade
(relação escola X vida);
Fomentar o pensamento investigativo e científico;
Atribuir um papel ativo ao estudante (não apenas como
receptor de conhecimentos transmitidos por meio de aulas
expositivas).
COMO FAZER ISSO? Quais os caminhos?
91
92. ABP
A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP),
tradução para o português de Problem Based-
Learning (PBL) parte do uso de problemas reais para a
construção de conhecimentos e tem como foco o
processo de aprendizagem dos alunos.
92
93. Aprendizagem
colocamos o sujeito que aprende como figura central
do processo e isso implica também na consideração
de seus desejos e na modificação de seus modos de
interpretar a realidade e se relacionar com o mundo.
Por isso, não podemos reduzir a aprendizagem à mera
apreensão de conteúdos.
93
94. Aprendizagem
Estudo promovido pela Socony-Vacuum Oil
Company (in: J. E. Stice, 1987) demonstra que os
estudantes aprendem:
10% do que leem;
26% do que ouvem;
30% do que veem;
50% do que veem e ouvem;
70% do que dizem;
90% do que dizem e fazem.
94
95. ABP
A ABP apresenta problemas com dados da realidade aos
estudantes e estes, por sua vez, devem investigá-los.
Esta ação envolve etapas sucessivas: levantamento do que
os integrantes do grupo já sabem sobre o problema em
questão, o que é necessário investigar para compreender
melhor o problema e quais são as fontes de informação
que podem ser utilizadas.
Com isso, instigam-se os estudantes a olhar criticamente
para a realidade, a utilizar novos conhecimentos que os
ajudem a compreender os fenômenos e a buscar soluções
ou formas mais complexas e aprofundadas de
interpretação da realidade.
95
96. Informações
A Metodologia ABP (Aprendizagem baseada em
problema) vem sendo apresentada como aprendizagem
que concentra o aprendizado no aluno, que é
confrontado com problemas contextualizados e deve
apresentar soluções através de pesquisas,
desenvolvendo uma visão crítica e ação proativa.
O professor atua somente como facilitador
96
97. Fases - ABP
1. Problema,
2. Justificativa (argumentos e conceitos centrais)
3. Hipóteses,
4. Ações
5. Avaliação
6. Registro
98. ABP- Situação problema
Mariana tem 7 anos, cursa o segundo ano, e
encontra-se na hipótese silábica. Só utiliza vogais para
escrever e não conhece todas as letras do Alfabeto.
Em sua sala há 30 crianças, 12 com hipótese
Alfabética, 10 Pré-silábicas e 8 silábicas
99. ABP-Situação problema
Lúcia é Professora de uma sala de 3º Ano, em uma
Escola Municipal. A sala constitui-se de alunos com
hipótese de escritas bem diferentes. De um total de
trinta alunos, vinte apresentam escrita Alfabética,
cinco Silábicos com o uso do valor sonoro, três
Silábicos sem o uso do Valor Sonoro e dois alunos que
recebeu em transferência do Estado da Bahia estão
Pré-silábicos.
100. ABP-Situação problema
Henrique é aluno do terceiro Ano do Ensino
Fundamental. Em sua sala todas as crianças já
escrevem Alfabeticamente e a Professora está
iniciando o trabalho com as regularidades
ortográficas. Apenas Henrique está na hipótese
Silábica com o uso do Valor Sonoro. Durante as
atividades diárias, ele não consegue acompanhar com
os demais alunos e na maioria dos dias somente
realiza a cópia do cabeçalho.
101. Vídeo
Programa “Alfabetização e Letramento (TVE – Salto
para o Futuro – anos iniciais do Ensino Fundamental
– pgm 2).
http://tvescola.mec.gov.br/index.php?item_id=5582&optio
102.
103. O planejamento
é uma das responsabilidades do professor, mas é mais que
uma obrigação, é uma maneira de garantir a sua
autonomia como profissional.
Ao situarmos nosso debate nos direitos de aprendizagem e
nos princípios didáticos discutidos, consideramos que
alguns tipos de recursos didáticos são essenciais no ciclo
de alfabetização:
104. 1- Livros que aproximem as crianças do universo literário,
ajudando-as a se constituírem como leitoras, tais como os
livros literários de contos, poemas, fábulas, dentre outros;
2- Livros que ampliem o contato com diferentes gêneros e
espaços sociais, tais como os livros de reflexão sobre o
mundo da ciência, as biografias, os dicionários, os livros de
receitas,dentre outros;
105. 3- Livros que estimulem a brincadeira com as palavras e
promovam os conhecimentos sobre o SEA;
4- Revistas e jornais variados que promovam a diversão
e o acesso a informações
5- Os livros didáticos;
6- Materiais que estimulem a reflexão sobre palavras,
com o propósito de ensinar o sistema alfabético e as
convenções ortográficas, tais como os jogos de
alfabetização, abecedários, pares de fichas de palavras e
figuras, dentre outros;
7- Os materiais que circulam nas ruas, estabelecimentos
comerciais, residências, tais como os panfletos, cartazes
educativos e embalagens;
106. 8- Os materiais do cotidianos com os quais nos
organizamos no tempo e no espaço, como calendários,
relógios, agendas, quadros de horários, catálogos de
endereços e de telefones, mapas, itinerários de transporte
públicos, etc.
9- Os registros materiais a respeito da vida da criança e
dos membros de sua família: registro de
nascimento/batismo, boletim escolar, cartões de
saúde/vacinação, fotografias, cartas ou emails, contas
domésticas, carnês, talões de cheque, cartões de crédito
etc.
10- Recursos disponíveis na sociedade que inserem as
crianças em ambientes virtuais, tais como a televisão, o
rádio, o computador, dentre outros.
107. Alguns destes materiais fazem parte do Programas de
Recursos Didáticos do Ministérios da Educação:
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)
108. Programa Nacional do Livro Didático –
Obras Complementares (PNLD Obras
Complementares)
109. Programa Nacional da Biblioteca da Escola (PNBE)
Programa Nacional da Biblioteca da Escola – Especial
(PNBE Especial)
112. 1- Jogos que contemplam atividades de análise
fonológica, sem fazer correspondência com a escrita:
• Bingo dos sons iniciais;
• Caça rimas;
• Dado sonoro;
• Trinca mágica;
• Batalha de palavras;
Auxiliam as crianças a tomar os sons como objeto de
reflexão. De modo que os estudantes podem mais
facilmente perceber que, para escrever, precisam refletir
sobre como se constituem as palavras e quais são as
semelhanças e diferenças entre as palavras quanto à
dimensão sonora.
113. 2- Jogos que levam a refletir sobre os princípios do
SEA:
• Mais uma
• Troca letras;
• Bingo de letra inicial;
• Palavra dentro e palavra;
• Favorece a reflexão sobre o funcionamento do sistema
de escrita, ou seja os princípios que constituem a base
alfabética, promovendo reflexões sobre as
correspondências entre letras ou grupos de letras e
fonemas.
114. 3- Jogos que ajuda a sistematizar as
correspondências entre letras ou grupos de letras e
fonemas:
• Quem escreve sou eu
Este jogo é importante, sobretudo, para as crianças que já
entendem o funcionamento do sistema de escrita e estão em
fase de consolidação dos conhecimentos das correspondências
entre letras e os fonemas.
PNBE do Professor
Coleção Explorando o Ensino
Formado por obras pedagógicas para aprofundamento de
estudos dos professores e estão disponíveis na internet e podem
ser acessados no Portal do MEC
115.
116. DENTRE OUTROS DIREITOS, A COMPREENSÃO
DO AMBIENTE NATURAL E SOCIAL É
NECESSÁRIA, TAL COMO PREVISTO NO ARTIGO
32
117. ENSINO DE HISTÓRIA
Deve ser garantido para que possa asseverar a
compreensão do ambiente social, do sistema político
e dos valores em que se fundamenta a sociedade
Nos quadros propostos, alguns direitos de
aprendizagem estão descritos e podem ser postos
como pontos de partida para o estabelecimento do
debate acerca do ensino de História nos anos iniciais
do Ensino Fundamental.
118. NOS QUADROS SÃO DESCRITOS
DIREITOS DE APRENDIZAGEM:
GERAIS
QUE PERMEIAM TODA
A AÇÃO PEDAGÓGICA
ESPECÍFICOS
RELACIONADOS AOS
CONCEITOS
FUNDAMENTAIS DA
DISCIPLINA NOS ANOS
INICIAIS:
FATOS HISTÓRICOS;
SUJEITOS HISTÓRICOS E
TEMPO HISTÓRICO.
120. Inicialmente modelo de rotina escolar, foi
importado pela perspectiva da revolução
industrial baseado na produção em massa,
pois com a democratização era preciso a
formação de muitos e o dia a dia da sala de
aula era transformado em uma sucessão de
atividades repetitivas que queriam garantir a
absorção máxima do que era proposto. Cabia
ao professor ser um mero executor de planos
definidos por especialistas.
121. Na década de 80, com uma
interpretação equivocada da teoria
construtivista, passou-se a criticar o
trabalho que vinha sendo realizado, com
a justificativa de que era tradicional,
velho e ultrapassado. Considerando o
professor mediador da aprendizagem do
aluno que deveria partir sempre do
contexto real, a sala de aula tornou-se
um lugar de improvisos.
122. Hoje sabemos que é preciso que o professor
saiba conteúdos, procedimentos de ensino e
conheça seus alunos, e o que eles sabem
sobre determinados conteúdos para que
possam planejar atividades que os faça evoluir
em suas aprendizagens, na interação com os
docentes e com os pares em sala de aula. E a
organização desse trabalho precisa envolver
um conjunto de procedimentos intencionais,
planejados e organizados para serem
executados durante um período.
123. A rotina escolar envolve interação entre os alunos,
reflexão constante sobre a prática, com as atividades
diagnósticas, as que possuem regularidades
(atividades permanentes) envolvendo leitura em seus
diferentes contextos e funções etc.
Embora a organização da rotina privilegia a
sistematização do trabalho de alfabetização
contemplando os diferentes eixos de ensino da língua
por meio de planejamento, o foco nessa fase é o
trabalho no eixo da apropriação da escrita alfabética,
portanto, todos os dias os alunos são levados a
refletir sobre as unidades menores das palavras.
125. Para organizar a rotina da sala de aula é
preciso ter claro os objetivos da
alfabetização, os conceitos, ações e técnicas
para atingir os objetivos: levar a criança a
reflexão e ajuda-la se apropriar do sistema de
escrita. Para isso o tempo pedagógico deve
garantir cada eixo de ensino e que o
professor reflita sobre o que ensina, por que
ensina e o tempo que precisa para ensinar.
126. Pesquisas indicam a importância do estabelecimento
de atividades regulares de ensino na rotina de
alfabetização e sua contribuição para aprendizagem
da criança, onde o quadro de rotinas é montado
considerando atividades reflexivas de alfabetização
(s.e.a.), a diversificação do ensino, formas de
intervenção e tipos de atividades da rotina, o
planejamento, com objetivos considerando a
organização espacial e temporal e o modo de
organização das atividades, situações didáticas
(sequências didáticas, projetos didáticos, atividades
permanentes, jogos...).
127. A organização do quadro de rotinas deve
contemplar diferentes atividades que
dependem das aprendizagens esperadas
para a turma e devem ser distribuídas de
foram equilibrada e progressiva na rotina
semanal, contemplando ações como
reflexão, sistematização e consolidação
dos direitos de aprendizagem, além das
condições didáticas.
136. Elaborar um quadro de rotina
Dividir em grupos
Elaborar um quadro de rotina
Registro em grupo e uma pessoa do grupo digitar e
enviar por email para o orientador
(Problema/ Justificativa e Hipóteses /Ações /Avaliação e
o quadro de rotina)
(não esquecer o nome dos participantes do grupo)
137. TarefaLer materiais didáticos no clico de alfabetização
(ano 3- unidade 2 – pg 31) e fazer um levantamento dos
materiais descritos no texto que estão na sua escola.
Listar os materiais a serem usados nas turmas de 3 º Ano.
Anexar fotos dos materiais.
Reler o texto 1 – Planejamento do ensino: princípios
didáticos e modos de organização do trabalho
pedagógico. Refletir sobre a questão: “Considerando os
10 princípios didáticos apresentados, como você avalia a
sua prática?
Ler o livro do Ano 3 - Unidade 3 ( para conhecer o
assunto)