O documento discute as abordagens preliminares da disciplina de Enfermagem II, incluindo diretrizes curriculares nacionais, áreas de foco em saúde, legislação, método científico e raciocínio clínico. Também apresenta o processo de enfermagem, com ênfase nas etapas, teorias como as 14 necessidades humanas e pirâmide da motivação, e conceitos como diagnósticos e prescrições de enfermagem.
3. Diretrizes Curriculares Nacionais
(15 Competências do Enfermeiro)/2001
Atenção à Saúde Planejamento e Organização
Liderança Relação Interpessoal
Trabalho em Equipe Negociação
Tomada de Decisão Criatividade
Iniciativa Flexibilidade
Visão Sistêmica Empreendedorismo
Comunicação Educação Permanente
Administração / Gerenciamento
4. Atenção à Saúde
Áreas de Atuação da Equipe: Tipos de Atenção:
Promoção
Prevenção
Diagnóstico Precoce
Tratamento Precoce
Diagnóstico Especifico
Tratamento Específico
Limitação do Dano
Reabilitação , e
Reintegração à Sociedade
Atenção à Saúde:
=da Mulher;
=da Cr. e do Adolescente
=do Homem
=do Idoso
=do Diabético
=do Hipertenso, etc. etc.
6. Exercício
Profissional
Desde 1986 (Lei do Exercício
dos Profissionais de
Enfermagem), o
Planejamento da Assistência
é uma imposição LEGAL: “O
Enfermeiro exerce todas as
atividades de enfermagem,
cabendo-lhe privativamente:
o planejamento, organização,
coordenação, execução e
avaliação dos serviços (das
atividades de cuidar de
enfermagem) da assistência
de enfermagem”.
7. Exercício
Profissional
e a SAE
A Tomada de Decisão do Enfermeiro tem
que ser baseada no Conhecimento
Científico, intensificando o pensamento
crítico e o raciocínio clínico.
Conhecimentos e Procedimentos
teoricamente organizados (POPs /
Protocolos), sistematizados e sempre
reformulados se constituem em base
segura para a ação eficiente.
A aplicação de uma Assistência de
Enfermagem Segura é a ÚNICA
possibilidade do Enfermeiro atingir a sua
AUTONOMIA PROFISSIONAL e constitui a
essência de sua PRÁTICA PROFISSIONAL.
8. A SAE e a implementação do PROCESSO
DE ENFERMAGEM é uma atividade privativa
do enfermeiro, de acordo com a Lei do
Exercício Profissional nº 7498/86.
A Resolução COFEN nº 358/2009, dispõe
sobre a SAE e a implementação do PE em
ambientes públicos e privados , em que
ocorre o cuidado profissional de
enfermagem.
Ou seja nas instituições prestadoras de
serviços de internação hospitalar,
ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas
e associações comunitárias, fabricas e
outros.
9. Etapas do Processo de Enfermagem (PE)
Na Resolução 358/2009, verifica-se que o PE “deve ser realizado,
de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes ,
públicos e privados, em que ocorre o cuidado profissional de
enfermagem”
O PE se organiza em 5 etapas:
1- Coleta de dados de Enfermagem (ou histórico de enfermagem);
2- Diagnóstico de Enfermagem;
3- Planejamento de Enfermagem (Prescrições);
4- Implementação, e
5- Avaliação de Enfermagem.
12. ETAPAS do
Processo de
Enfermagem
– Resolução
cofen nº
358/2009
Art. 3º o PE deve estar baseado
num suporte teórico que oriente a
coleta de dados, o estabelecimento
de diagnósticos de enfermagem e o
planejamento das ações ou
intervenções de enfermagem; e que
forneça a base para a avaliação dos
resultados de enfermagem
alcançados.
13. AS 14
NECESSIDADES
(BÁSICAS)
FUNDAMENTAIS
(VIRGINIA
HENDERSON E A
TEORIA DAS 14
NECESSIDADES)
Respirar normalmente;
Comer e beber adequadamente;
Eliminar os resíduos orgânicos;
Movimentar-se a manter posturas;
Dormir e descansar;
Selecionar roupas adequadas;
Manter temperatura corporal;
Manter higiene;
Evitar perigos ambientais;
Comunicar-se expressando emoções;
Adorar de acordo com a própria fé;
Trabalhar de forma satisfatória;
Participar de diferentes atividades recreativas;
Aprender, satisfazer ou desenvolver as necessidades de saúde utilizando os meios
disponíveis.
21. Teoria de Wanda Horta – NHB- PE
O processo de enfermagem é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-
relacionadas, visando a assistência ao ser humano. Caracteriza-se pelo inter-
relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos.
Distinguem-se seis fases ou passos.
1ºHISTÓRICO de ENFERMAGEM - roteiro sistematizado para o levantamento de
dados (significativos para a enfermeira) do ser humano que tornam possível a
identificação de seus problemas.
2ºDIAGNÓSTICO de ENFERMAGEM - deriva da análise dos dados (a identificação
das necessidades do ser humano que precisa de atendimento e a determinação
pela enfermeira do grau de dependência deste atendimento em natureza e em
extensão.
3ºPLANO ASSISTENCIAL - decorre da avaliação e análise diagnóstico. Nele temos
a determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano deve
receber diante do diagnóstico.
22. Este PLANO ASSISTENCIAL é sistematizado em TORNO do conceito de assistir
em enfermagem FAOSE Grau de dependência T P (AOSE)
F= Fazer -- Grau de Dependência TOTAL (T)
A= Ajudar -- Grau de Dependência Parcial
O= Orientar – Grau de Dependência Parcial
S= Supervisão (observação e controle) – Grau de Dependência Parcial
E=Encaminhar –Grau de Dependência Parcial
23. 4º PLANO DIÁRIO de CUIDADOS / Prescrições de Enfermagem: passo de
implementação do plano assistencial pelo roteiro diário (ou período aprazado)
que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados no
atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano.
5º EVOLUÇÃO de ENFERMAGEM – decorre da avaliação continua dos
RESULTADOS do plano diário de cuidados que fornece os dados necessários para
a evolução: relato das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano
decorrente da implementação do PLANO (molhorou, manteve ou piorou).
24. Pela evolução torna-se possível avaliar a resposta do ser humano em relação
aos cuidados de enfermagem realizados, e assim constituir as EVIDÊNCIAS
CIENTÍFICAS da sua prática profissional.
6ºPROGNÓSTICO DE ENFERMAGEM – progressão positiva no reequilibrio das
NHB a luz dos dados fornecidos pela evolução de enfermagem, bem como da
capacidade do ser humano em atender as demandas das suas Necessidades
Humanas. Decorre do estudo analítico e avaliação dos passos anteriores:
27. Diagnósticos
de
Enfermagem
Os diagnósticos de ENFERMAGEM são os déficits
ou desequilíbrios das NHB que decorrem de uma
patologia FÍSICA ou MENTAL (O ser humano é
complexo bio-psico-sócio-cultural-espiritual).
Nós podemos CLASSIFICAR os DÉFICITS como
INDEPENDENTE; DEPENDENTE PARCIAL ou
DEPENDENTE TOTAL.
Para buscar o reequilíbrio das necessidades com
dependência efetuam-se as PLANEJAMENTO de
Enfermagem / PRESCRIÇÕES e INTERVENÇÕES de
ENFERMAGEM.
Em várias situações temos que solicitar a participação
de outros PROFISSIONAIS (nutricionista, dentista,
fisioterapeuta, psicólogo, etc.), para auxiliar na busca
do equilíbrio.
28. REFERÊNCIAS
• Tannure MC, Pinheiro AM. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia Prático. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2013.
• North American Nursing Diagnosis Association/ NANDA-I. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e
classificação 2015-2017. Tradução de Regina Machado Garcez. Porto Alegre: Artmed; 2015.
• Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução nº. 358, de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência
de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que
ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Brasília: COFEN; 2009.
• Cabral VH, Andrade ÍRC, Melo EM, Cavalcante TMC. Prevalência de diagnósticos de enfermagem em unidade de
terapia intensiva. Revista Rene. 2017;18(1):84-90.
• Chianca TM, Lima APS, Salgado PO. Diagnósticos de enfermagem identificados em pacientes internados em
Unidade de Terapia Intensiva Adulto. Rev Esc Enferm USP 2012;46(5):1102-1108.
• Bittencourt GKGD, Schaurich D, Marini M, Crossetti MGO. Aplicação de mapa conceitual para identificação de
diagnósticos de enfermagem. Rev Bras Enferm, Brasilia 2011;64(5):963-7.
• Bittencourt GKGD, Nóbrega MML, Medeiros ACT, Furtado LG. Mapas conceituais no ensino de pós-graduação em
enfermagem: relato de experiência. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):172-176.
• Bittar DB, Pereira LV, Lemos RCA. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente crítico: proposta de
instrumento de coleta de dados. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006 Out-Dez; 15(4): 617-28.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde Brasil 2014: uma análise da situação de
saúde e das causas externas. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
• Truppel TC, Meier MJ, Calixto RC, Peruzzo AS, Crozeta K. Sistematização da Assistência de Enfermagem em Unidade
de Terapia Intensiva. Rev Bras Enferm, Brasília 2009;62(2):221-7.
• Bertoncello KCG, Cavalcanti CDAK, Ilha P, Nascimento ERP. Diagnósticos de risco e propostas de intervenções de
Enfermagem aos pacientes vítimas de múltiplos traumas. Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 15(2):23-31, abr-jun,
2013.
• RS Silva, MOM Lima, WCO Bandeira, AT Pereira, AAC Sampaio, GPN Paixão. Diagnósticos de enfermagem
prevalentes em pacientes internados na unidade de terapia intensiva: revisão integrativa. Revista enfermagem
contemporânea. 2016.