O documento fornece dicas sobre erros gramaticais comuns em redações, incluindo a confusão entre mais e mas, verbos no infinitivo, uso inadequado de tempos verbais e abreviações.
2. Certamente os professores já corrigiram um mais ou
mas na sua redação. As duas palavras são de classes
gramaticais diferentes e têm funções diferentes.
MAIS (advérbio): dá ideia de soma, adicionar. e.g.
“Isso é mais difícil do que eu pensei.
MAS (conjunção/conectivo de oposição). O mas,
geralmente, introduz uma ideia oposta a anterior ou
corrige a informação anterior. e.g. “Maria não é
secretária, mas cabelereira.” ou “O Brasil se alegra com
a copa, mas se revolta contra a corrupção.”
3. Muitos candidatos também confundem os verbos. Isso ocorre com
mais frequência em verbos infinitivos, que tem a terminação –AR
(planejar), -ER (cometer) ou –IR (infligir);
A confusão: é comum os alunos escreverem planeja ao invés de
planejar, porque confundem os sons. Basta lembrar que o
infinitivo, geralmente, se usa em três casos:
1. Verbos principais no infinitivo juntos de um primeiro verbo
auxiliar: “O que as autoridades querem colocar é que há muito a
ser feito. Então, a população pode cobrar e reivindicar seus
direitos.”
2. Depois de preposição, quando fazem parte de uma locução:
“Situações como esta são complicadas de resolver
3. Após o conectivo “que” em alguns casos como estes a seguir:
“aquele que seguir após mim...”, “o consumidor que quiser
denunciar...”
4. Usar palavras como “bom”, “bem”, “olha” em
redações, no início de períodos, é altamente
desrecomendável.
Corruptelas da fala, como “pra”, “pro”, “tá”,
“tava” entre outras, são pecados na redações.
Não correspondem à norma culta da língua.
Não use o internetês. Não utilize as
corruptelas vc, tmb, rsrsrs ou kkkk. Você não
está em um bate-papo.
5. Qual a diferença entre pesquisaram e pesquisarão?
Além da pronuncia, um dos verbos indica o tempo
passado ou presente e o outro o futuro. Mas tem
gente que ainda teima de trocar um pelo outro.
Cuidado com o –ão no final dos verbos. Ele indica o
tempo futuro. (pesquisarão, olharão, estudarão).
Verbos que não tem a antepenúltima da palavra “r”
não aceitam a desinência “ão”. Outros casos trata-se
apenas de um aumentativo. Cuidado. E.g. Peçam (e
não peção, que é uma peça grande), ou compram (que
se você colocar o –ão vira comprão).
6. Ser redundante, repetir ideias, repetir
palavras ou conectivos faz com que você
perca uma quantidade considerável de
pontos na redação. (re)leia sempre que
escrever um período novo e faça a leitura do
início ao final, para evitar cometer repetições.
Procure usar palavras sinônimas, paráfrases,
introduzir informações novas que sejam
estreitamente relacionadas ao que você está
escrevendo.
7. O artigo de opinião não é uma conversa. O
seu leitor é distante e você não precisa
dialogar com ele no seu texto.
Não se dirija ao leitor, não use verbos no
imperativo (faça, vamos fazer...). Artigo de
opinião é campanha publicitária.
8. As pessoas gostam de usar abreviações para
economizar tempo. Usamos com tanta
frequência que às vezes nós não nos damos
conta. Não use abreviações de nenhum tipo
no seu texto. Escreva sempre tudo por
extenso.
“como, por exemplo, ....” e não “ex.:”
9. Usar “hoje em dia”, “atualmente”, “nos dias de
hoje” é tão clichê quanto superhomem com
cueca por cima do uniforme. Evite.
Prefira expressões do tipo “é comum”, “é
frequente”, “comumente”, “recentemente”
(se for relatar algo que circulou na imprensa
há pouco tempo).
10. Cuidado! Muito cuidado! Colocar advérbios
de lugar com moderação. Recomenda-se
escrever algo diferente de “No país”, “No
nosso país”, “No nosso Brasil”.
Por favor, não precisa dizer onde você mora
para o corretor da banca. Ele não vai te
mandar uma carta. “Onde eu moro”, “Aqui na
minha cidade”, “No nosso estado”, “Aqui na
minha rua”. Por favorzão... Não põe isso.
11. Talvez um dos tópicos de
gramática que você mais vai
precisar numa redação é a
colocação pronominal correta.
Não escreva, numa redação, algo
do tipo “eu mim lembro”. Você
está indo pra faculdade, não pra
selva do Tarzan. Use o me quando
o verbo for reflexivo.
“Nós precisamos se conscientizar”
é uma aberração da língua
portuguesa. O correto é “Nós
precisamos nos conscientizar”.
TARZAN
12. Esses são
o agente
Mulder e
a agente
Scully, do
FBI.
Essa aí é
uma
agente
de
trânsito