Este documento fornece estratégias para ensinar crianças disléxicas, incluindo começar focando na criança, usar materiais multi-sensoriais de acordo com as preferências visuais, auditivas ou cinestésicas da criança, e fornecer dicas para trabalhar números, escrita, leitura com apoio individualizado sempre que possível.
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Estratégias para ensinar crianças disléxicas
1. ESTRATÉGIAS PARA ENSINAR
CRIANÇAS DISLÉXICAS
Há inúmeras técnicas para ensinar
crianças disléxicas. Nem todas reagem
da mesma forma às mesmas técnicas,
pelo que é importante perceber o que
funciona com cada criança em
particular. Eis algumas sugestões.
2. Começar pela criança
É provável que os alunos disléxicos já tenham
“chumbado” ou tido “maus resultados”, por isso é
muito importante conversar com o aluno e escutá-lo.
Isto permite-nos conhecer o aluno, que interesses
tem, e permite-lhe conhecer-nos e ganhar confiança
em nós, ao mesmo tempo que estamos a avaliar as
suas competências de comunicação oral.
3. Que materiais usar?
Existem inúmeros programas e materiais,
mas é importante que o apoio seja multi-
sensorial envolvendo ver, ouvir, falar, tocar,
etc., o mais variadamente possível. Como
cada um de nós é único, importa observar se
o aluno é predominantemente:
4. VISUAL – Aprende melhor vendo
AUDITIVO – Aprende melhor ouvindo
CINESTÉSICO – Comunica e aprende
melhor pela acção física.
5. VISUAL
Usar imagens e materiais multi-média
Colar papelinhos com vocabulário novo à vista do
aluno
Antes de ler, dar-lhe um livro ou uma série de imagens
alusivas ao texto
Usar jogos para desenvolver a memória
Desenhar mapas mentais *
Usar cores diferentes para separar as sílabas nas
palavras
Usar bons programas de software de imagem
Ter uma área de trabalho limpa, arrumada e
organizada.
* Diagramas usados para organizar visualmente a informação
6. AUDITIVO
Ter uma conversa prévia sobre o texto a ser lido
ou a informação a aprender
Assegurar-se de que as instruções orais são
transmitidas de forma clara
Fazer com que o aluno grave a informação ou a
anote, para poder voltar a escutá-la ou para que a
possa consultar posteriormente.
Usar software com boa qualidade sonora
7. CINESTÉSICO
Desenhar as letras ou palavras na areia ou
no ar
Usar objectos concretos ou formas que
possam ser manipulaods
Decorar factos e matérias enquanto faz
outras coisas
8. Dicas para trabalhar números
Falar de números, i.e. datas, números da porta, etc.
Contar os degraus ao subir a escada, um a um, ou dois a dois
Mexer em dinheiro e fazer exercícios com dinheiro a sério
Falar do tempo– dia/noite, cedo/tarde
Enunciar sequências de dias, meses, aniversários
Usar jogos de tabuleiro, dominós dados, etc.
Usar frequentemente expressões matemáticas, i.e. quantos,
igual, maior, menor, etc.
Falar de símbolos e sinais
Ensinar a usar uma calculadora com confiança.
Ensinar normas de organização. Os disléxicos têm tendência
para saltar perguntas. Precisam de ser ensinaods a concentrar-
se no que estão a fazer.
9. Dicas para trabalhar a escrita
Usar papel pautado
Usar um prontuário
Usar um banco de palavras
Usar cloze (exercícios com espaços para
preencher)
Elogiar o conteúdo sempre que possível.
10. Dicas para trabalhar a leitura
Limitar as solicitações de leitura
Assegurar que o nível e o material são
adequados
Fazer leitura a pares
Preparar uma lista de palavras relacionadas
com o tema
Recorrer a audiolivros/audiotextos sempre
que possível
11. Professor de apoio na aula
Se for possível arrolar a colaboração de
um professor de apoio, este pode:
explicar instruções e tarefas a realizar
manter o aluno concentrado
organizar os materiais de trabalho
ler e/ escrever
tomar nota do trabalho de casa
ajudar na realização de tarefas práticas
12. Professor de apoio na aula
Pode ajudar o professor a preparar
materiais individualizados. Além disso,
pode informar o professor sobre:
que tarefas estão a causar problemas
quais os pontos fortes do aluno
se o trabalho de casa está a exercer
demasiada pressão
se existem problemas com colegas.
13. Professor de apoio na aula
As dificuldades em processar informação
significam que o aluno disléxico se debate
frequentemente com falta de tempo. Sentirá
que falha se, por norma, não conseguir
completar as tarefas.
O apoio individual de um professor extra
pode permiir que o aluno termine as tarefas
antes de ser forçado a prosseguir e
acompanhar o resto da turma.