O poema descreve as memórias de uma mulher chamada Maria sobre sua infância feliz em sua casa rodeada por um grande jardim com um sobreiro favorito. O poema fala da saudade que Maria sente depois de se casar e sair de sua casa de infância, e da saudade que o sobreiro sente por ela.
1. Mote: Canção que minha Mãe costumava cantar: Ai que saudades eu tenho Do sobreiro sobranceiro De frondosa ramaria! Já não se escuta o murmúrio Do susurro da folhagem Quer de noite, quer de dia… Avanço automático
2. Menina e moça vivia Com Seu Pai, Suas Irmãs, Todas elas tão louçãs, Tão amigas da Maria Que, no Minho, não havia Casa com mais alegria Quer de noite, quer de dia…
3. Era a casa rodeada De uma quinta sem ter fim E nela havia um jardim De que Maria era a fada… Quando Maria passava, Logo o jardim lhe sorria Quer de noite, quer de dia…
4. Destacava-se um sobreiro Da Sua predilecção E Ela abria o coração Àquele Seu companheiro Frondoso e tão sobranceiro Que, de lá de cima, via A Maria, noite e dia…
5. Casou Maria e saiu Um dia, de Valdevez E desde que Ela partiu, Por longo tempo se ouviu A Canção: “Era uma vez…” E a frondosa ramaria Gemia um nome: “Maria…”
6. E ao sobreiro que morria De saudades e de pena, Na ramagem que bulia, Por longo tempo se ouvia Um nome: “Maria Helena!...” E a saudade assim vivia No sobreiro que morria…