O documento descreve as escavações arqueológicas realizadas em uma vila romana localizada na Herdade dos Alfares em São Matias, Beja, Portugal. As escavações revelaram diversas estruturas edificadas e níveis associados datados entre os séculos III-IV d.C., fornecendo novos insights sobre o assentamento rural romano no interior de Alentejo.
1. Beja, Portugal. 24/25/26 Fevereiro 2010
4º Colóquio de Arqueologia do Alqueva
4ºCAA
A villa da Herdade dos Alfares
A villa da Herdade dos Alfares
(S. Matias, Beja)
(S. Matias, Beja)
no contexto do povoamento rural romano
no contexto do povoamento rural romano
do Interior Alentejano
do Interior Alentejano
Mónica CORGA
monica.corga@dryas-arqueologia.pt
Miguel ALMEIDA
mjoao.neves@dryas-arqueologia.pt
Gina DIAS Dryas Arqueologia
gina.dias@dryas-arqueologia.pt Rua Aníbal de Lima, 168
Catarina MENDES 3000-030 COIMBRA (Portugal)
catarina.mendes@dryas-arqueologia.pt http://www.dryas-arqueologia.pt
UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO
2. localização, condições e enquadramento da
165
intervenção + +
163
Localização geográfica: +
São Matias, Beja, Beja
Enquadramento dós trabalhos:
159
IAP Troço Alvito-Pisão (EDIA)
+
Condições contratuais:
RESTRIÇÃO RIGOROSA À
ÁREA DE AFECTAÇÃO
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+
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166 +
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+ +
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+
+
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100m
0 100km
3. trabalhos anteriores e indícios de
superfície
Observação preliminar do local:
Elementos de Geomorfologia: VERTENTE SUAVE EXPOSTA A SUL
Elementos de Arqueologia: PROFUSÃO DE MATERIAL E INDÍCIOS DE SUPERFÍCIE
JC Caninas
Estratificação da vala
da conduta, aberta a
50 metros do sítio
Vestígios da “Villa” à superfície
Acumulação de material arqueológico
Dispersão de e elementos pétreos de grandes
material arqueológico dimensões no topo da vertente
Outros indícios Sondagens
de superfície Mythica
Intervenção
Dryas
Trabalhos anteriores à obra:
TRABALHOS DE SUPERFÍCIE DE
Conceição Lopes
Trabalhos preventivos da obra:
EIA (JC Caninas)
SONDAGENS PRÉVIAS (Mythica)
RESULTADOS NEGATIVOS
100m
4. área D
ESTRUTURAS EDIFICADAS
diversidade de soluções arquitectónicas
criação de espaços funcionais diferenciados
complexa organização interna
5. área D: diversidade de estruturas
ESTRUTURAS EM CERÂMICA DE CONSTRUÇÃO
ASSOCIADAS A MURETES TECNICAMENTE DIVERSOS
6. área D: diversidade de estruturas
ESTRUTURAS EM CERÂMICA DE CONSTRUÇÃO
ASSOCIADAS A MURETES TECNICAMENTE DIVERSOS
7. área D: diversidade de estruturas
ESTRUTURAS NEGATIVAS PARA INSTALAÇÃO
DE RECIPIENTES DE ARMAZENAMENTO
8. área D: diversidade de estruturas
ESTRUTURAS NEGATIVAS PARA INSTALAÇÃO
DE RECIPIENTES DE ARMAZENAMENTO
9. área D: diversidade de estruturas
ESTRUTURAS NEGATIVAS PARA INSTALAÇÃO
DE RECIPIENTES DE ARMAZENAMENTO
12. área E: canal de escoamento
ACREÇÃO ATRAVÉS DE DINÂMICAS
ELUVIAIS E ELÚVIO-COLUVIAIS:
estratificação interna do depósito
e regularização progressiva da
L0
vertente
L1
L3 A3’
MATERIAL ROMANO DESDE A
BASE DO DEPÓSITO = colmatação posterior ao
início da ocupação romana
13. área F COMPLEXO EDIFICADO
conjunto em melhor estado de preservação
unidades ortogonais de planta sub-rectangular
aparelho em alvenaria de maior robustez
selecção criteriosa de materiais de construção
recurso esporádico a argamassas de preenchimento
coberturas cerâmicas
pavimentos em terra batida e cimentícios
18. área H
VESTÍGIOS PONTUAIS DE
REFORMULAÇÃO /
AMPLIAÇÃO
TECNOLOGIA E ORIENTAÇÃO
CONCORDANTES COM AS
RESTANTES ESTRUTURAS
PEQUENA PLATAFORMA APLANADA
NA FRACÇÃO INFERIOR DA VERTENTE
Estruturas edificadas
DIFICULDADES DE INTERPRETAÇÃO:
elevado grau de destruição
… por ablação profunda da estratificação
homogeneização da estratificação
… por evolução edáfica recente
19. área B
ZONA APLANADA NO TOPO DA VERTENTE
Estruturas negativas
20. área B: estruturas negativas
Inexistência de relações estratigráficas
directas
ENCHIMENTOS INTRA-ESTRATIFICADOS Provável AUSÊNCIA DE
UTILIZAÇÃO ELEMENTOS DE
MORFOLOGIA SEMELHANTE CIRCUNSCRITA CRONOLOGIA
CRONOLOGIA ROMANA: NO TEMPO RELATIVA E
Posição estratigráfica DURANTE A RELAÇÃO COM
Tipo de preenchimento OCUPAÇÃO AS DEMAIS
Material arqueológico idêntico ROMANA ESTRUTURAS
21. repartição espacial do material
arqueológico
Distribuição diferencial do material arqueológico…
… incluído em níveis coluvionados
TOPO
cerâmicas finas e materiais
de construção nobres
MEIA-VERTENTE
concentrações de escórias
objectos em ferro
BASE
cerâmica de armazenamento
cerâmica comum doméstica
numismas
100m
22. estruturas edificadas e níveis associados: componente artefactual
Material cerâmico muito fragmentado
(dificuldade de determinação morfológica)
Arestas e superfícies pouco erodidas
Presença de concreções
Percentagem significativa de importações
Ânforas:
Produções lusitanas (Tejo/Sado) e béticas, com
predomínio das primeiras
Maioria de contentores de produtos piscícolas
Ausência de contentores vinários
Almagro 50 (finais séc.II/ inícios III d.C. –
séc.IV)
Almagro 51 C (finais séc.II/ inícios III d.C. –
séc.V d.C.)
Dressel 20 (séc.I d.C.– finais séc.III/ meados
séc.IV d.C.)
Terra Sigillata:
Predomínio de TSCl
Formas sem decoração
TSCl A (Hayes 14/17 – séc.II-III d.C.)
TSCl D (Hayes 61 – séc.IV-V d.C.)
BAIXO-IMPÉRIO
(séc.III-IV)
23. estruturas negativas: componente artefactual
Material cerâmico muito fragmentado
(dificuldade de determinação morfológica)
Amostragem reduzida
Material de longa pervivência
Arestas e superfícies pouco erodidas
Ânfora Almagro 51 C (finais séc.II/ inícios III – séc.V)
Almofariz tipo IV-D-2, S.Cucufate (Pinto, 2003) (séc.III -
séc.IV)
Predomínio de TSCl D (Hayes 61 – séc.IV-V A.D.)
BAIXO-IMPÉRIO
(séc.III-IV)
24. modelo da estratificação e registo arqueológico
Material arqueológico romano em
POSIÇÃO SECUNDÁRIA!!!
DESCONTINUIDADE EROSIVA
3 conjuntos edificados
Níveis arqueológicos preservados
“VILLA” 1 núcleo de estruturas negativas
ROMANA planta ortogonal
alvenaria de pedra local
Séc. III-IV utilização de argamassas de preenchimento
coberturas cerâmicas
maioria de pavimentos em terra batida
materiais de importação
presença de pisos cerâmicos e cimentícios
vestígios de opus tesselatum
indícios de estuque e opus marmoreum
25. reconstituição do processo de fossilização dos níveis arqueológicos
INSUFICIÊNCIA DE CORRELAÇÕES LIMITAÇÃO DA ÁREA
ESTRATIGRÁFICAS DIRECTAS DE ESCAVAÇÃO
diacronia de ritmos de tipologia e planta
pormenor edificação / ocupação arquitectónica
RECONSTRUÇÃO ARQUEO-ESTRATIGRÁFICA DA HISTÓRIA DO SÍTIO
ANTES DA OCUPAÇÃOPRIMEIRA REMOBILIZAÇÃO DE MATERIAIS ROMANOS DA VERTENTE
EXPLORAÇÃO DEGRADAÇÃO DASCONSTITUIÇÃO DEOCUPAÇÃONÍVEIS ARQUEOLÓGICOS DA VERTENTE
ACREÇÃO, COLUVIONAMENTO E ESTRUTURAS DA LIXEIRAS DE SUPERFÍCIE LONGONO TOPO
OCUPAÇÃO ROMANA: POSSÍVEL DISPERSÃO POLIFASEADA DE MATERIAIS AO NO TOPO SUBJACENTES
ABANDONO E AGRÍCOLA E REMEXIMENTO DE ESTRUTURAS E ROMANA NEGATIVAS DA VERTENTE
CONSTRUÇÃO DE ESTRUTURAS EM DIVERSOS PONTOS
ESCAVAÇÃO E PREENCHIMENTO DE ESTRUTURAS
ROMANA
26. organização interna do espaço
“villa” e alinhamentos à superfície repartição diferencial de conjuntos artefactuais
morfotipologicamente e funcionalmente distintos
estruturas negativas
reforço das observações
acerca da divisão funcional
do espaço ocupado
diversidade de técnicas e
materiais de construção
canal de
escoamento reformulações e reconversão
de espaços
…sem indícios de
descontinuidade
+ 3 zonas c/ estruturas técnicas
núcleo com edificações
orientação e diferenciação funcional de espaços
tecnologia provável articulação complementar:
concordantes
pars urbana, pars rustica, pars fructuaria
estruturas habitacionais segmentação espacial pre-existente
27. envolvente
Continuação de trabalhos sobre o sítio
Trabalhos de campo;
Estudos laboratoriais;
Articulação com
IAP;
Levantamentos arqueológicos;
Projectos de investigação;
Contributo para o conhecimento do povoamento rural romano
no Interior Alentejano
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4ºCAA
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4º Colóquio de Arqueologia do Alqueva
4ºCAA
A villa da Herdade dos Alfares
A villa da Herdade dos Alfares
(S. Matias, Beja)
(S. Matias, Beja)
no contexto do povoamento rural romano
no contexto do povoamento rural romano
do Interior Alentejano
do Interior Alentejano
Mónica CORGA
monica.corga@dryas-arqueologia.pt
Miguel ALMEIDA
mjoao.neves@dryas-arqueologia.pt
Gina DIAS Dryas Arqueologia
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Catarina MENDES 3000-030 COIMBRA (Portugal)
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UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO
Notes de l'éditeur
Desenho do corte
Juntar foto 1ª fase e implantação das sondagens Dryas
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