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Andava mijando errado
Com as urina em atraso
Era uma gota no vaso
Três ou quatro na lajota
Quando não era nas bota
Na bombacha ou no
scarpim
Eu mesmo mijando em
mim
Que tamanha porcaria
E o meu tico parecia
Uma mangueira de jardim
O pensamento mandava
O pau não obedecia
Quando a bexiga se enchia
Eu mijava à prestação
Pro banheiro em procissão
Uma ida atrás da ôtra
Numa mijada marota
Contrastando com meu zelo
Pra beber era um camelo
E pra mijar um conta-gota
Depois de passar um bom tempo
Convivendo com esse horror
Me fui atrás de um doutor
Que atendesse meu pedido
Me desse algum comprimido
Pra mim empurrar goela abaixo
Tenho certeza não acho
Que bem antes que eu prossiga
É importante que eu diga
Que não deixei de ser macho
Mas buenas voltando ao
causo
Que é natural que eu reclame
Depois de um monte de
exame
De urina e ecografia
E até fotografia
Da minha arma de trepá
Me obrigaro desaguá
Ajoelhado num pinico
E me enfiaro um troço no tico
Que me dói só de lembrá
Ainda dei o meu sangue
Pros vampiro diplomado
Pensei que tinha acabado
Só me faltava a receita
Já tinha uma idéia feita
Me trato e adeus doutor
Recupero o mijador
Nem sonhava em concluir
Que alguém iria invadir
Meu buraco cagador
 
Fiquei bem contrariado
Tomei um baita dum choque
Quando me falaram em toque
Achei bem desagradável
Pra um macho é coisa impensável
Um dedão campeando vaga
No lugar que a gente caga
Vejam só o meu dilema
O pau é que dá problema
E o meu cú é que paga
Tentei todos argumentos
Me esquivei o quanto pude
Mas se é pra o bem da saúde
Não deve me fazer mal
Expor assim meu anal
Fazer papel de mulher
Nem tudo que a gente quer
Tá de acordo com os planos
Fui derrubando meus panos
E se salve quem puder
 
De cotovelo na mesa
A bunda véia empinada
No cú não passava nada
Nem piscava de apertado
Mas era um dedo treinado
Acostumado na bosta
E eu que nunca dei as costa
Pra desaforo de macho
Pensava de pinto baixo
O pior é se a gente gosta
Pra mim foi mais que um
estupro
Aquilo me entrou ardendo
E então eu fiquei sabendo
Como se caga pra dentro
Aquele dedo nojento
Me atolando sem piedade
Me judiou barbaridade
Que alívio quando saiu
Garanto pra quem não viu
Que não vou sentir saudade
Enfiei a roupa ligeiro
Com vergonha e
desconfiado
Vai que o doutor abusado
Sem pena das minhas
prega
Chamasse um outro colega
Pra uma segunda opinião
Apertei o cinturão
Fiz uma cara de brabo
Dois mexendo no meu rabo
Aí seria diversão
Depois daquela tragédia
Que pior pra mim não tem
Não comentei com ninguém
Pra evitar o falatório
Se alguém fala em consultório
Me bate um pouco de medo
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Dessa macheza que eu trago
Mas cada vez que eu cago
Me lembro daquele dedo
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  • 1.
  • 2. Andava mijando errado Com as urina em atraso Era uma gota no vaso Três ou quatro na lajota Quando não era nas bota Na bombacha ou no scarpim Eu mesmo mijando em mim Que tamanha porcaria E o meu tico parecia Uma mangueira de jardim
  • 3. O pensamento mandava O pau não obedecia Quando a bexiga se enchia Eu mijava à prestação Pro banheiro em procissão Uma ida atrás da ôtra Numa mijada marota Contrastando com meu zelo Pra beber era um camelo E pra mijar um conta-gota
  • 4. Depois de passar um bom tempo Convivendo com esse horror Me fui atrás de um doutor Que atendesse meu pedido Me desse algum comprimido Pra mim empurrar goela abaixo Tenho certeza não acho Que bem antes que eu prossiga É importante que eu diga Que não deixei de ser macho
  • 5. Mas buenas voltando ao causo Que é natural que eu reclame Depois de um monte de exame De urina e ecografia E até fotografia Da minha arma de trepá Me obrigaro desaguá Ajoelhado num pinico E me enfiaro um troço no tico Que me dói só de lembrá
  • 6. Ainda dei o meu sangue Pros vampiro diplomado Pensei que tinha acabado Só me faltava a receita Já tinha uma idéia feita Me trato e adeus doutor Recupero o mijador Nem sonhava em concluir Que alguém iria invadir Meu buraco cagador  
  • 7. Fiquei bem contrariado Tomei um baita dum choque Quando me falaram em toque Achei bem desagradável Pra um macho é coisa impensável Um dedão campeando vaga No lugar que a gente caga Vejam só o meu dilema O pau é que dá problema E o meu cú é que paga
  • 8. Tentei todos argumentos Me esquivei o quanto pude Mas se é pra o bem da saúde Não deve me fazer mal Expor assim meu anal Fazer papel de mulher Nem tudo que a gente quer Tá de acordo com os planos Fui derrubando meus panos E se salve quem puder  
  • 9. De cotovelo na mesa A bunda véia empinada No cú não passava nada Nem piscava de apertado Mas era um dedo treinado Acostumado na bosta E eu que nunca dei as costa Pra desaforo de macho Pensava de pinto baixo O pior é se a gente gosta
  • 10. Pra mim foi mais que um estupro Aquilo me entrou ardendo E então eu fiquei sabendo Como se caga pra dentro Aquele dedo nojento Me atolando sem piedade Me judiou barbaridade Que alívio quando saiu Garanto pra quem não viu Que não vou sentir saudade
  • 11. Enfiei a roupa ligeiro Com vergonha e desconfiado Vai que o doutor abusado Sem pena das minhas prega Chamasse um outro colega Pra uma segunda opinião Apertei o cinturão Fiz uma cara de brabo Dois mexendo no meu rabo Aí seria diversão
  • 12. Depois daquela tragédia Que pior pra mim não tem Não comentei com ninguém Pra evitar o falatório Se alguém fala em consultório Me bate um pouco de medo Não faço nenhum segredo Dessa macheza que eu trago Mas cada vez que eu cago Me lembro daquele dedo Autor desconhecido