6. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
AS QUESTÕES DAS PROVAS
SÃO RETIRADA NA
PROPORÇÃO DE 80% AULA
MINISTRADA ( SLIDES
ENTREGUE NO DIA DA AULA )
e 20% LITERATURA
RECOMENDADA.
10. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
OBJETIVOS:
Classificação
Anatomia
Diagnóstico das patologias das glândulas
Tratamento
Hupp J.R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. Rio de Janeiro : Elsevier, 2009
MILORO, M.Tratamento das Complicações em Cirurgia Bucomaxilofacial. São Paulo: Santos, 2013.
RIBEIRO, F.B. Emergências médicas e suporte básico de vida em odontologia. São Paulo: Santos, 2014.
SHEAR, M. Cistos da região bucomaxilofacial. São Paulo: Santos, 2011.
HUPP, J. Cirurgia Oral e Maxilofacial. Mosby. 2011.
BAGHERI, BELL KHAN ed. Saunders - 2013
CAP - 56 e 57
11. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•G l â n d u l a s e x ó c r i n a s
responsáveis pela secreção de
SALIVA.
•Sua função e ação podem ser
prejudicadas por diversos fatores
como as calcificações (pedras),
infecções e tumores.
•Quanto aos tumores, são
encontrados em sua maioria os
benignos, e quando os malignos
são encontrados possuem sua
localização nas glândulas
parotídas.
12. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CLASSIFICAÇÃO
ANATOMIA
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
13. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
CLASSIFICAÇÃO
14. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
CLASSIFICAÇÃO
•Glândulas salivares maiores
Glândulas salivares menores
•Glândula parótida
•Glândula submandibular
•Glândula sublingual
15. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
GLÂNDULAS DO CORPO
Glândulas Endócrinas Glândulas Exócrinas
GLÂNDULAS
SALIVARES
Classificadas:
Glândulas tubuloacinares compostas
Pelo tipo de secreção
16. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
GLÂNDULAS
SALIVARES
MENORES MAIORES
•Parótida
•Submandibular
•Sublingual
•Labial ( sup e inf )
•Vestibular
•Glossopalatina
•Palatina
•Lingual
18. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
TUMORES DE GLÂNDULAS
SALIVARES
80% Parótida
80% Benigno 80% Maligno
80% lobo superficial 20% lobo profundo
20% outros tumores80% Adenoma pleomórfico
80% Maligno 80% Benigno
20% Glândulas S. Menores
19. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
ANATOMIA
20. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Glândulas Parótidas - São encontradas em ambos os lados
da face, abaixo e diante das orelhas. Cerca de 70% dos
tumores de glândulas salivares se iniciam na parótida, a
maioria destes tumores é benigna, no entanto é o local onde
se desenvolvem a maioria dos tumores malignos.
• G l â n d u l a s S u b m a n d i b u l a re s - A s g l â n d u l a s
submandibulares se encontram na parte interna da mandíbula.
Elas secretam a saliva sob a área da língua. Aproximadamente
15% dos tumores se formam nestas glândulas, e cerca de
metade destes tumores são benignos.
• Glândulas Sublinguais - São encontradas sob o assoalho da
boca e por baixo de cada lado da língua. Os tumores em
estágios iniciais nessas glândulas são raros.
23. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Os tumores nestas glândulas
são raros, mas na maioria das
vezes são malignos.
•Os tumores de glândulas
salivares menores ocorrem
com mais frequência no céu
da boca (palato duro e mole).
As glândulas salivares menores, diferentemente das
maiores, não apresentam um sistema de ductos de
drenagem, e sim cada uma um ducto de drenagem
simples
Glândulas salivares menores
24. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Traqueia
• Laringe
• Brônquios
• Faringe
• Base da língua
• Abaixo do revestimento dos
lábios
• Palato
• Língua
• Interior das bochechas
• Nariz,
• Seios paranasais
26. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
DIAGNÓSTICO
27. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
DIAGNÓSTICO
28. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
DIAGNÓSTICO NAS PATOLOGIAS DAS
GLÂNDULAS SALIVARES
• História clínica
• Exame clínico
• Imaginologia
• Relatos de eventos em associação a queixa clínica
• Atividades profissionais que obriguem a criar
grandes pressões de ar na cavidade bucal
• Inspeção
• Palpação
• Ordenha bidigital
29. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• História clínica
Idade do doente: Doente mais jovem tem maior chance de
ter processos não neoclássicos, como uma parotidite viral;
Tempo de evolução: Processo neoplásico geralmente têm
histórias mais longas, ao passo que os não neoclássicos
duram algumas semanas;
Sintomas sistêmicos: Febre, principalmente associada a
um rápido aumento das glândulas, leva a hipóteses de
doenças inflamatórias;
Mudança no padrão de evolução do tumor: é sinal de
alerta para possíveis diferenciação maligna do tumor.
30. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Dor e edema
Xerostomia
Tumores geralmente sua indolores, enquanto que processos
agundos, como as parotidites, costumam gerar dor. Nas
sialolitíases, dor e edema geralmente ocorrem de forma
associada pela obstrução de ductos, especialmente quando
ocorre estímulo à salivação, por exemplo , durante a
alimentação.
Pode ser um sinal ou um sintoma. A boca seca pode
estar relacionada ao uso de várias drogas ou associadas
a síndrome de Sjogren, desidratação , diabetes insípido
ou uremia.
31. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Alteração no sabor
Acometimento uni ou bilateral
Secreção purulenta produzida na glândula afetada pode dar
um sabor desagradável geralmente associado com
sialolitíase.
Quando há uma única glândula acometida, há maior
probabilidade de se tratar de sialolitíase ou de tumor.
32. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Exame clínico
• Inspeção
• Palpação uni ou bimanual
• Oroscopia
• Visualização dos orificios dos
ductos
33. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Exame clínico
• Assimetrias
• Mudança de coloração
• Massas pulsáteis ou
moveis à deglutição
•Apagamento do ângulo da
mandíbula
•Elevação do lóbulo da
orelha
Análise frontal extra oral
•Aumento da região
posterior ao mento e media
ao ângulo da mandpibular
Tumor de parótida Tumor de submandibular
34. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Localização do tumor
Consistência do tumor
Como regra, pode se associar o risco de um tumor ser
benigno com o tamanho da glândula acometida:
quanto maior a glândula, maior a chance de o tumor
ser benigno.
Tumores mais duros e fixos a estruturas profundas ou
à pele têm maior chance de serem malignos
35. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Paralisia ou paresia
Presença de tumores que drenem para
linfonodos intra ou periglandulares.
Pode refletir invasão neural do tumor, principalmente do
nervo facial na parótida ou do nervo marginal da
mandíbula no acometimento da glândula submandibular,
sendo quase sempre neoplasia maligna.
Não é incomum a glândula parótida e a glândula
submandibular serem sede de tumores metastáticos.
Assim, em caso de lesões de parótida, deve-se examinar a
face do doente à procura de lesões de pele como CEC e
melanomas, e , na glândula submandibular, deve-se
procurar por tumores de cavidade oral.
36. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Tempo de manifestação clínica
• Remissões e exacerbações ( retenção de muco )
• Lenta e progressiva ( tumos benigno ou maligno de
baixo grau)
• Com sintomas agudos ( inflamatória )
• Tumefação indolor ( TU maligno )
LONGA
CURTA
37. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Imaginologia ( sialografia )
• Cálculos radiopacos
• 15 a 20% dos cálculos radiolúcidos
• Avaliação do grau de destruição do ducto ou da
glândula .
• Modalidade terapêutica - na dilatação dos duetos as
partículas menores podem ser eliminadas durante a
injeção do contraste.
38. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Este exame permite um boa avaliação dos lobos
superficiais da parótida e submandibular, e permite
também uma boa diferenciação entre massas intra ou
extraglandulares
•Este exame permite a diferenciação de lesões malignas
de benignas em cerca de 90% dos casos, e permite
delinear completamente as lesões em cerca de 95% dos
casos nas glândulas salivares maior.
•A biopsia de lesões das glândulas salivares é
geralmente guiada com auxilio da ecografia, visto ser
um exame em tempo real e esta ter uma boa capacidade
de distinguir os nódulos linfáticos da região.
40. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
É um exame radiológico que estuda as glândulas
salivares com um meio de contraste iodado infundido
no ducto, obtendo se imagem chamadas sialografias.
41. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Ultrassonografia
Sialoadenite
A Ultrassonografia das Glândulas Salivares é um
procedimento não invasivo, utilizado para avaliação,
seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações
das glândulas salivares.
43. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
A ultrassonografia tem se mostrado um método de
alta sensibilidade para o diagnóstico das patologias
das glândulas salivares, complementando e
interagindo com outras especialidades médicas.
É um método que não utiliza nenhum tipo de
radiação e não apresenta efeitos colaterais.
44. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Tomografia.
A TC é o exame de eleição na pesquisa de patologia
inflamatória aguda, e nas dilatações difusas, apesar de
poder ser utilizada na avaliação de massas glandulares, a
RM é preferível devido a sua elevada resolução espacial
e avaliação de danos perineurais na invasão maligna
dos tumores das glândulas salivares.
45. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Ressonância
O exame de ressonância magnética (RM) é de grande valia no
estudo das partes moles da região da cabeça e do
pescoço. Esse exame é indicado, principalmente, para a
avaliação das articulações temporomandibulares e das
g l â n d u l a s s a l i v a r e s m a i o r e s p a r ó t i d a s e
submandibulares.
46. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Corte axial em T1 com contraste e
supressão de gordura, evidenciando
hipossinal nas áreas em que a
gordura foi suprimida.
Corte axial em T1 sem contraste
mostrando hiperssinal em parótidas.
51. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
PATOLOGIAS
&
TRATAM
ENTO
52. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
INFLAMATÓRIAS
NÃO
INFLAMATÓRIAS
CRESCIMENTO EM
VOLUME CELULAR
AGUDAS
CRÔNICAS
CISTOS
TUMORES
METABÓLICAS
ANOMALIAS DE SECREÇÃO
NUTRIÇÃO
PATOLOGIAS
53. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
As glândulas salivares são um local de alta
diferenciação de patologias, sejam ela de ordem
infecciosa, inflamatória ou neoplásica.
Historicamente, as condições infecciosas eram as
mais prevalentes, encabeçadas pela parotidite,
comumente denominada por papeira, no entanto,
devido a imunizações de rotina efectuadas na
maioria dos países desenvolvidos, a taxa de
infecções pelo (paramixovírus) decreceu, tornando
as patologias inflamatórias mais prevalentes
atualmente, tendo a sialolitíase um lugar de
destaque.
54. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Classificação dos
tumores epiteliais das
glândulas salivares
segundo OMS.
(adaptado
OMS, Barnes et al., 2005)
55. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS
DAS GLÂNDULAS SALIVARES
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS E
INFECCIOSAS
•Parotidite epidêmica;
•Parotidite aguda supurativa;
•Parotidite crônica;
•Parotidite recorrente;
•Sialometaplasia necrosante
56. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PAROTIDITE EPIDÉRMICA
•Doença inflamatória causada por um vírus (paramixovírus)
que se aloja nos ductos intercalares das parótidas. A
transmissão se faz por gotículas de saliva durante a
fala, espirro, tosse ou pelo contato direto boca a boca.
•O vírus penetra pela boca ou nariz e atinge a via circulatória,
tendo afinidade pelas glândulas salivares e pelas gônodas,
mas também podem causar lesões no pâncreas, tireóides e
S.N.C.
•O período de incubação é de duas a três semanas.
57. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PAROTIDITE EPIDÉRMICA
O primeiro contato com o
vírus confere imunidade. O
portador da doença é
contagioso a partir de um
dia antes da eclosão da
sintomatologia, até o 14o
dia após o desaparecimento
total dos sinais e sintomas.
58. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O diagnóstico é clínico e o tratamento de
suporte, não existindo uma terapia
específica e eficiente.
DIAGNÓSTICO
59. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•A fisoterapia através de calor é indicada.
•Repouso, alimentação adequada, antiinflamatórios,
analgésicos e antipiréticos são úteis, bem como
antibioticoterapia para prevenir infecções oportunistas,
principalmente pela diminuição do fluxo salivar e,
consequentemente, penetração retrógrada de
microorganismo no ducto parotídeo.
TRATAMENTO
61. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PAROTIDITE AGUDA SUPURATIVA
•A PAS é uma infecção piogênica aguda das glândulas
parótidas, podendo também acometer as outras glândulas
maiores.
•Esta enfermidade aparece geralmente associada a fatores
debilitantes locais ou sistêmicos que causam diminuição
da imunidade ou diminuição do fluxo salivar.
•Ocorre na maioria dos casos em pacientes idosos
debilitados, submetidos a cirurgias gastrointestinais
(parotidite aguda pós-operatória), diabéticos, anêmicos,
dentre outros.
•O Streptococcus aureus e o Streptococcus Viridans são
as bactérias mais comumente isoladas de pacientes com PAS.
63. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•O início da doença é abrupto e caracterizado pelo
aumento de volume da glândula e dos tecidos adjacentes,
acompanhado de dor, febre, anorexia e mal-estar,
usualmente acompanham o processo.
•O aumento da temperatura é um sinal importante,
indicativo de inflamação local.
•A drenagem de pús via ducto parotídeo com flocos
esbranquiçados correspondentes a material necrótico,
provenientes de células lisadas.
•Os pacientes, freqüentemente manifestam toxemia, com
sinais sistêmicos de febre alta e leucocitose, que
podem levar ao óbito. A aspiração de pus pode causar
infecções do trato respiratório.
64. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O diagnóstico é clínico.
Deve-se, no entanto, realizar-se cultura e
antibiograma, principalmente, para orientar o
tratamento. O Streptococcus aureus é penicilino-
resistente de tal maneira que, enquanto se aguarda o
resultado do antibiograma, ministra-se com
antibiótico de largo espectro, em doses iniciais altas
e doses menores (250mg), por um período de 5 dias.
TRATAMENTO
65. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Bochechos com água morna e sal podem ajudar na
drenagem do material purulento.
•Associam-se outros medicamentos, como
analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios.
•O prognóstico é bom, desaparecendo a
sintomatologia em pouco tempo.
TRATAMENTO
67. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PAROTIDITE CRÔNICA
Pode seguir-se à forma aguda (P.A.S.), ou resultar de infecção
glandular por microorganismos menos patogênicos, ou atingir
indivíduos em melhor estado geral de saúde, consequentemente
mais resistentes à infecção. As bactérias envolvidas costumam
ser as mesmas da PAS, porém, é mais freqüente a presença do
Streptococcus viridans. Nota-se clinicamente, uma evolução de
curso lento com aumento progressivo de uma das glândulas
parótidas sem outra sintomatologia, com eventual obstrução do
ducto parotídeo, por acúmulo de coleção purulenta com restos
celulares e bacterianos.
68. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O diagnóstico é clínico, o prognóstico é bem
mais favorável, especialmente por não ocorrerem
complicações gerais como na P.A.S.
DIAGNÓSTICO
69. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
TRATAMENTO
•Bochechos com água morna e sal podem ajudar na
drenagem do material purulento.
•Associam-se outros medicamentos, como
analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios.
71. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
PAROTIDITE RECORRENTE
Consideram-se duas formas clínicas da doença com
fundamento na ocorrência em crianças e adultos.
•A forma infantil acomete pacientes cuja idade
média está entre três e quatro anos, sendo o sexo
masculino o mais atingido.
•Aparece súbita tumefação uni ou bilateral da
parótida, sendo que as submandibulares nunca
são envolvidas.
•Pode durar dias ou meses, apresentando períodos
de remissão e de exacerbação.
72. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Existe redução no fluxo salivar, a saliva apresenta-
se muco-serosa e, ocasionalmente, purulenta,
quando se desenvolve infecção secundária.
•Dor, febre, leucocitose e mal-estar geral, podem
acompanhar as fases mais intensas da doença.
•Não se conhece a etiologia.
•Podem estar associados à etiologia deste processo,
que parece ter origem de uma xerostomia
prolongada, infecções retrógradas do ducto
parotídeo, hipersensibilidade a determinados
compostos, distúrbios hormonais, más
formações, entre outros.
73. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
A terapêutica é apenas sintomática e de suporte.
Dependendo da fase evolutiva em que se encontra o
processo, os procedimentos são os mesmos da fase
que mais se compatibilizar com esta alteração das
anteriormente estudadas.
TRATAMENTO
75. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS
DAS GLÂNDULAS SALIVARES
DISTÚRBIOS AUTO-AGRESSIVOS
•Síndrome de Sjogren
77. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Como distúrbios auto-agressivos ou auto-imune,
existe uma série de lesões descritas por vários autores
que podemos sintetizar na síndrome de Sjögren, que é
uma alteração crônica sistêmica, envolvendo,
principalmente as glândulas salivares maiores e
menores, assim como, as glândulas lacrimais
associadamente com uma doença difusa do tecido
conjuntivo, uma colagenose. De forma que se pode
definir uma tríade clássica para a S.S., que consiste em
xerostomia, ceratoconjuntivite seca e artrite
reumatóide ou lúpus eritematoso.
78. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
A S.S. ocorre quase que exclusivamente em
indivíduos do sexo feminino, cerca de 90%, em
geral de idade avançada. As glândulas parótidas
sofrem um aumento gradativo da sintomatologia
dolorosa, edema e remissão cíclica, acompanhada de
Xeroftalmia. A boca apresenta xerostomia que, pelo
fato de ser intermitente ou mesmo constante, pode, ao
longo do tempo, provocar distúrbios na
alimentação, fala e provocar alterações na
mucosa bucal, ficando sujeita a traumatismos,
desenvolver cárie, distúrbios periodontais e
candidíase.
79. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• É uma síndrome facilmente identificável clinicamente,
que é completada pelo exame histopatológico em
glândulas salivares menores (lábios).
• As alterações presentes nas glândulas labiais,
dependendo da fase em que se encontram as
manifestações da síndrome, mostram diferentes graus
de infiltrado inflamatório periductal focal, inflamação
intersticial, largamente linfocitária, com ocasionais
plasmócitos.
80. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O tratamento é sintomático, através de estimulação salivar,
com fisioterapia, massagens nas glândulas, com
movimentos no sentido do caminho secretório (ordenha:
observa a quantidade e a qualidade da saliva expelida). A
antibioticoterapia pode ser utilizada em caso de infecção
secundária.
Quanto ao prognóstico, é importante alertar o paciente que
esta síndrome não tem cura e que deverá acostumar-se a
conviver com os surtos cíclicos.
TRATAMENTO
83. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS
DAS GLÂNDULAS SALIVARES
ALTERAÇÕES OBSTRUTIVAS
• Fenômeno de extravasamento de
muco;
• Sialolitíase
84. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•O fenômeno de extravasamento
d e m u c o , c l i n i c a m e n t e
chamado de mucocele, é uma
das leões orais mais comum,
principalmente em crianças e
adolescentes.
•Sua etiologia está relacionada
com o rompimento dos ductos
glandulares e extravasamento
do conteúdo salivar para os
t e c i d o s a d j a c e n t e s ,
normalmente esse rompimento
é causado por trauma
MUCOCELE
O lábio inferior é o local mais comum para o
desenvolvimento dessas lesões, principalmente porque
é um local bastante comum aos traumas
85. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• A mucocele normalmente se localiza em lábio inferior,
mas a mucosa jugal e a região anterior do ventre lingual
também pode ser acometida.
• A lesão apresenta-se como um aumento de volume de
consistência amolecida e coloração levemente azulada,
principalmente quando a mucina salivar está localizada mais
superficialmente.
• A lesão não apresenta sintomatologia dolorosa e
frequentemente os pacientes relatam que as mesmas
aumentam e diminuem de tamanho. É comum que essas
lesões tenham no máximo 2 cm de diâmetro.
86. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Uma variante do fenômeno de extravasamento de
muco é a mucocele superficial, que apresenta predileção
por locais como o palato mole, região posterior de
mucosa jugal e região retromolar.
• Essa variante não está relacionada com traumatismos, ao
invés disso, acredita-se que tais lesões ocorram devido a
uma maior pressão na porção externa do ducto
excretor.
Embora as características sejam altamente sugestivas, é necessário
que o profissional considere algumas lesões como diagnósticos
diferenciais, são algumas: Carcinoma mucoepidermóide (devido a
coloração azulada que esse tumor costuma apresentar), variz,
hemangioma, neurofibroma e lipoma.
87. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Lesões mais profundas apresentam a superfície
com coloração normal.
Lesão localizada em ventre lingual, nesse local
encontramos as glândulas de Nuhn-Blandin
88. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Histologicamente
observamos uma área de
extravasamento de
mucina circundada por
u m t e c i d o d e
granulação, contendo
muitos neutrófilos e
macrófagos, além de
d i v e r s o s v a s o s
sanguíneos.
89. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Quanto ao diagnóstico
diferencial histopatológico,
o c a r c i n o m a
mucoepidermoide e o
carcinoma de células
claras, apresentam células
p á l i d a s e m s e u s
c o m p o n e n t e s
microscópicos, embora,
nessas duas patologias
encontramos células
neoplásicas invadindo o
tecido adjacente, o que
não ocorre na mucocele.
90. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Imagem com aumento maior, onde podemos observar a área de
extravasamento de mucina e o tecido de granulação
O diagnóstico da mucocele é obtido facilmente a partir
das características clínicas e história de evento traumático
prévio reportado pelo paciente. O diagnóstico final é
obtido a partir do exame microscópico.
DIAGNÓSTICO
91. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• O tratamento mais indicado é a excisão cirúrgica
simples, é importante que as glândulas salivares
adjacentes também sejam removidas para evitar
recidiva da lesão.
• A s m u c o c e l e s s u p e r fi c i a i s s e ro m p e m
espontaneamente, não havendo necessidade de
remoção cirúrgica.
TRATAMENTO
94. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
RÂNULA
• A Rânula é uma variante do
fenômeno de extravasamento
d e m u c o q u e o c o r re e m
a s s o a l h o b u c a l d e v i d o ,
principalmente, ao rompimento ou
obstrução do ducto da glândula
sublingual ou submandibular.
• Assim como as mucoceles,
a c o m e t e c r i a n ç a s e
a d o l e s c e n t e s c o m m a i s
frequência.
Rânula apresentando coloração semelhante
a da mucosa oral.
95. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Clinicamente, a rânula apresenta-se como um
aumento de volume unilateral em assoalho
bucal, é uma lesão de consistência amolecida,
séssil e coloração levemente azulada devido
ao conteúdo mucinoso em seu interior.
• Normalmente não apresenta sintomatologia
dolorosa, e dependendo do tamanho, pode causar
elevação da língua.
• O cisto dermoide é uma lesão que deve ser
levada em consideração como diagnóstico
diferencial da rânula.
96. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Aumento de volume de coloração azulada em assoalho bucal.
97. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
É comum que as rânula se localizem em apenas um lado do assoalho.
98. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•O diagnóstico da rânula é feito a partir de suas
características clínicas, obtendo-se o diagnóstico
final com o exame histopatológico.
•Nos casos de rânulas mergulhantes é necessário a
solicitação de exames de imagem como a tomografia
computadorizada (TC) e a ressonância magnética
(IRM).
DIAGNÓSTICO
99. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O tratamento consiste na
remoção da lesão juntamente
com a glândula afetada.
O u t r a s f o r m a s m e n o s
i n v a s i v a s c o m o a
m a r s u p i a l i z a ç ã o o u
d e s c o m p r e s s ã o t e m
mostrado bons resultados em
lesões de pequeno diâmetro.
TRATAMENTO
102. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
SIALOLITÍASE
• Os cálculos salivares ou
sialólitos são formados a partir
da precipitação e deposição
de sais de cálcio no interior
da glândula ou de seus
ductos.
•A c r e d i t a - s e q u e r e s t o s
e p i t e l i a i s e b a c t é r i a s
associadas a esses sais possam
formar tais lesões.
Sialólito em glândula salivar menor - Discreto
aumento de volume em
lábio superior.
103. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Quando localizado em glândulas salivares
menores não costuma produzir sintomatologia
dolorosa, embora o aumento de volume esteja
presente.
• As glândulas do lábio superior são as mais afetadas.
• Os sialólitos são estruturas calcificadas de
coloração branco-amarelada, que exibem um
formato oval ou cilíndrico.
104. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• A Sialolitíase acomete tanto as glândulas salivares
menores quanto as maiores, dentre as maiores, a
glândula mais afetada é a submandibular (cerca de
80% dos casos), que apresenta ductos mais longos
e tortuosos, além de uma saliva mais espessa e que
"caminha" contra a gravidade (já que seu ducto tem
uma posição ascendente).
• Quando localizada em glândulas maiores, os
pacientes costumam relatar aumento de volume e
dor, principalmente durante as refeições.
105. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Sialolitíase - Observar o aumento de volume na região de glândula
submandibular. O aumento de volume e a dor são agravados em horários
de refeição
106. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Sialólito de tamanho considerável localizado no óstio do ducto da glândula
submandibular
111. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O sialólito, microscopicamente, apresenta-se como
uma massa disposta em lamelas concêntricas
obstruindo um ducto salivar, que por sua vez,
apresenta-se dilatado e/ou inflamado.
Em "A" podemos observar a presença de uma massa calcificada lamelar no interior de
um ducto dilatado. Em "B" observamos a presença de metaplasia escamosa na superfície
do ducto.
112. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Presença de múltiplas estruturas calcificadas (seta vermelha) no interior
de um ducto salivar.
113. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• A sialolitíase é diagnósticada a partir da associação
da história relatada pelo paciente, exame clínico e
radiográfico.
• Cálculos pequenos localizados nos ductos glandulares
podem ser removidos de forma conservadora, a partir
da massagem glandular, aumento na ingestão de
água, alimentos cítricos. Esses procedimentos visam
aumentar o fluxo salivar no interior do ducto para
eliminação do cálculo.
DIAGNÓSTICO
114. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• S i a l ó l i t o s m a i o re s
necessitam de remoção
cirúrgica, muitas vezes a
glândula salivar afetada deve
ser removida.
•Em glândulas salivares
menores, a remoção da
lesão e da glândula é o
tratamento indicado.
TRATAMENTO
117. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
SIALOMETAPLASIA NECROSANTE
A Sialometaplasia Necrosante, é uma desordem
inflamatória incomum de glândulas salivares
menores.
• Essa doença ainda não apresenta etiologia
conhecida, embora alguns autores relacionem o
acometimento a necrose das glândulas salivares
menores a eventos que possam provocar isquemia
como o trauma local, anestesias locais, tabagismo,
álcool, alterações gástricas, infecções e até
mesmo neoplasias.
118. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
A isquemia provocada pelos anestésicos locais tem
sido vista como uma das principais causas, devido
ao uso de princípios como a adrenalina e noradrenalina,
utilizadas como meios para promover uma
vasoconstrição, isso, aliado a anatomia "bastante aderida
ao osso" do palato duro contribuem para indução da
isquemia dos vasos da região, redução de suprimentos e
consequentemente, morte das glândulas salivares
menores.
119. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
A maior importância da SN para
a área para o diagnóstico é, sem
dúvidas, sua apresentação
clínica, pois essa condição
p o d e m i m e t i z a r o u t r a s
patologias, principalmente
neoplasias malignas como o
carcinoma mucoepidermóide,
carcinoma adenoide cístico e
o de células escamosas.
Sialometaplasia necrosante em estágio inicial
- Aumento de volume eritematoso
em palato duro.
120. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Inicialmente, a Sialometaplasia Necrosante apresenta-
se como um aumento de volume dolorido e de
crescimento rápido em palato duro (maior parte
dos casos). Após isso, forma-se uma área de úlcera
central, medindo entre 1 a 5cm de diâmetro,
normalmente indolor, e de cicatrização bastante
lenta, com cerca de 3 a 12 semanas de duração.
•Essa lesão frequentemente é unilateral, embora em
alguns casos possa ser bilaterial ou estar localizada em
linha média.
•A destruição do osso adjacente é rara e são bem mais
evidenciadas em exames como tomografia
computadorizada e ressonância magnética.
121. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Lesão ulcerada profunda em palato duro
122. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Observar área necrótica no interior da lesão
123. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Sialometaplasia Necrosante - Ulceração extensa
124. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Lesão de grande proporção acometendo palato duro e mole
125. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Microscopicamente, é caracterizada pela presença de
glândulas salivares necróticas, e, algumas dessas,
apresentando metaplasia escamosa.
• Um fator importante, que permite diferenciar essa patologia
de outras (principalmente malignas), é o fato de que a
arquitetura lobular das glândulas permanece
preservada.
• Em alguns casos, geralmente no início da lesão, áreas de
extravasamento de mucina podem ser encontradas,
ocorrendo devido a inflamação local.
O diagnóstico diferencial histológico é feito com o carcinoma
mucoepidermóide, carcinoma de células escamosas e a
sialadenite necrosante aguda (onde é observada necrose das
glândulas salivares, contudo, não há melaplasia escamosa).
126. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
SN - Imagem microscópica em maior aumento evidenciado tecido glandular
pálido e necrótico.
127. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•O diagnóstico da sialometaplasia necrosante é
realizado com a associação das características
clínicas e histopatológicas.
•Essas lesões, muitas vezes, apresentam-se
idênticas a um carcinoma mucoepidermoide ou
outras malignidades, por isso, deve ser sempre
biopsiada, mesmo nos casos que o paciente relate
histórico sugestivo de SN.
DIAGNÓSTICO
128. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
A SN é uma patologia
a u t o l i m i t a d a e
d e s a p a r e c e
espontaneamente entre
3 e 12 semanas, alguns
m e d i c a m e n t o s d e
s u p o r t e p o d e m s e r
prescritos para alívio da
sintomatologia do paciente.
TRATAMENTO
130. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O termo médico para câncer é neoplasia
(neo = novo; plasia = crescimento), pois a
doença nada mais é do que o crescimento
desordenado de células que perderam a
função.
132. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Existem duas categorias de tumor: benigno e maligno.
•O tumor benigno não é câncer, ele é um crescimento
exagerado de células de aspecto normal, que não irão
invadir outros tecidos, nem se disseminar pelo corpo. Às
vezes, ele cresce bastante, mas, normalmente, a remoção
cirúrgica é curativa.
•O tumor maligno é aquele composto por células que
perderam sua função, que crescem desordenadamente e
que têm a capacidade de invadir tecidos vizinhos e de se
deslocar para outras partes do corpo, e de se instalar
nelas (a chamada metástase).
133. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS
DAS GLÂNDULAS SALIVARES
TUMORES DE GLÂNDULAS SALIVARES
•Adenoma pleomórfico
•Carcinoma adenóide cístico
•Carcinoma mucoepidermóide
•Carcinoma em adenoma pleomórfico
Tumor benigno
Tumor maligno
134. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
ADENOMA PLEOMÓRFICO
• O Adenoma Pleomórfico é a neoplasia de glândula salivar
mais comum, chegando a representar de 70% a 90% de
todos os tumores desse grupo. A lesão pode acometer
tanto as glândulas salivares maiores (Parótida e
Submandibular) quanto as menores, principalmente no palato,
lábio superior e mucosa jugal.
•A glândula sublingual raramente é citada em pesquisas, pois
a mesma apresenta baixíssimos índices de desenvolver
neoplasias.
•Estruturalmente o adenoma pleomórfico vai ser formado por
uma proliferação de elementos ductais e células
mioepiteliais.
135. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•O Adenoma pleomórfico, independente de onde está
localizado, vai se apresentar como uma aumento de
volume indolor de crescimento lento, bem
circunscrito, de consistência firme e coberto por
mucosa ou pele de colorações normais (em casos
de traumas secundários, pode haver ulceração da
superfície).
•É mais comum em indivíduos entre 30-60 anos e
possui uma leve predileção por mulheres.
•Em glândulas salivares menores, o tumor além das
características já citadas acima, apresenta uma certa
mobilidade (exceto tumores em palato, que
apresentam pouca ou nenhuma mobilidade, devido a
forte adesão da mucosa palatina no osso).
138. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Em glândula parótida, o adenoma pleomórfico pode
estar localizado em seu lobo superficial ou no lobo
profundo. O tumor se apresenta como um aumento de
volume entre a margem posterior da mandíbula e a
orelha, raramente há o acometimento do nervo facial.
•Se não tratado, o tumor pode assumir proporções grotescas.
Normalmente o adenoma pleomórfico é unilateral, mas já
foram registrados casos da lesão bilateralmente.
141. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Histopatologicamente o Adenoma Pleomórfico é
caracterizado por apresentar uma proliferação de células
ductais e mioepiteliais dispostas em estroma bastante
variável, que pode ser mixomatoso, condroide e hialino
eosinofílico.
O componente epitelial se arranja em cordões, ilhas,
ductos e estruturas císticas, já as células mioepiteliais,
que estão em maior quantidade, podem se apresentar
como células anguladas, fusiformes ou redondas com
núcleo excêntrico (semelhantes aos plasmócitos). A
lesão frequentemente é encapsulada, podendo
esta, ser incompleta ou invadida por células
tumorais.
142. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Células Ductais e Mioepiteliais em estroma mixomatoso
143. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Primeiramente, deve-se haver uma correlação entre
exames clínicos, imaginológicos (recomenda-se
Ultrassonografia ou Ressonância Magnética) e
exames histopatológicos.
• Em tumores pequenos localizados em glândulas
salivares menores, uma biopsia excisional ou
incisional pode ser realizada.
• Em tumores de glândulas maiores podemos optar
pela punção aspirativa por agulha fina.
DIAGNÓSTICO
144. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• Quanto ao tratamento, a remoção cirúrgica é a
opção de escolha, sendo feita adequadamente as
taxas de cura são superiores a 95%.
• Para tumores localizados no lobo superficial ou lobo
profundo da parótida, deve-se realizar uma manobra
chamada de parotidectomia superficial ou total,
respectivamente.
• O nervo facial sempre que possível deve ser
preservado.
TRATAMENTO
148. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO
“ CILINDROMA “
•O termo cilindrome foi utilizado para designar este tumor pelo
aspecto hialinizado do tecido conjuntivo, envolvendo as
estruturas neoplásicas epiteliais, à semelhança de cilindros.
•É um tumor maligno mais freqüente das glândulas
salivares menores, ocupando o segundo lugar de
malignidade na parótida.
149. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Ocorre principalmente no palato em cerca de 50%,
apresentando uma massa nodular consistente à palpação
com superfície lisa ou ulcerada.
•Pode provocar reabsorção do osso palatino ou do rebordo
alveolar.
•Sintomatologia dolorosa, fixação aos planos profundos e
paralisia do facial, no caso da parótida.
•O tumor é mais freqüente entre a quarta e sexta décadas.
150. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Microscopicamente o CAC é composto de grupos de células
pequenas, com núcleo hipercromático e citoplasma escasso,
dispostos em padrão ductiforme, de cordões que se
anastomosam ou de lençóis celulares.
•Entre os elementos epiteliais dispõe-se um estroma conjuntivo,
por vezes hialinizado, conferindo o aspecto de cilindro. Uma
das características histológicas do tumor é a invasão dos
espaços perineurais, o que explica a sintomatologia dolorosa
freqüente e as eventuais paralisias do nervo facial.
DIAGNÓSTICO
151. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•A terapêutica do CAC é a remoção cirúrgica, porém
seu prognóstico é reservado.
•Para justificar tal assertiva, podemos lembrar que a
sobrevida após 5 anos é da ordem de 75%, caindo
para aproximadamente 15% após 20 anos.
•Recorrências locais, metástases regionais e à
distância, em especial para os pulmões e ossos, são
da ordem de 40% dos casos.
TRATAMENTO
154. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE
O Carcinoma Mucoepidermóide (CME) é a neoplasia
de glândula salivar mais comum, acredita-se que essa
doença tenha origem a partir do ducto excretor das
glândulas salivares. A lesão é formada por células
mucosas (contendo glicoproteínas e mucina) e células
epidermóides (contendo filamentos de ceratina).
Um terceiro tipo celular, a célula intermediária,
também é um componente frequente da lesão, que será
abordado mais posteriormente.
155. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O CME pode acometer indivíduos de todas as
idades, sendo mais prevalente entre a terceira e
quinta décadas de vida.
Não existe predileção por gênero e apesar de não
ser uma doença frequente em crianças, é a neoplasia
maligna de glândula salivar mais comum na
infância.
156. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• O local mais comum de acometimento do CME é a
glândula parótida, representando cerca de 60% a
90% dos casos.
• Nesta, a lesão se apresenta como um aumento de
volume assintomático. Sintomatologia dolorosa e
paralisia do nervo facial podem ser relatados pelos
pacientes em casos de tumores de alto grau, que
apresentam um curso clínico mais invasivo.
157. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• As glândulas salivares menores também podem ser
acometidas.
•Nas menores, o CME apresenta-se como um aumento
de volume assintomático de superfície ulcerada
(dependendo do grau da lesão) podendo apresentar
coloração levemente azulada, muitas vezes essas
lesões, quando flutuantes, podem mimetizar uma
mucocele.
158. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Entre os diagnósticos diferenciais podemos citar lesões como o
adenoma pleomórfico, carcinoma adenoide cístico,
sialometaplasia necrosante e outras lesões malignas.
• O CME também pode se desenvolver centralmente, ou seja,
no interior dos maxilares. Acredita-se que a lesão tenha origem
a partir de restos epiteliais odontogênicos, células essas que
apresentam grande potencial para diferenciação, inclusive para
células mucosas. É comum que lesões intraósseas estejam
associadas com cistos e tumores odontogênicos,
principalmente o cisto dentígero. O aumento de volume da
região é o sinal mais comum presente. A mandíbula
(principalmente o ramo) apresenta uma maior predileção para o
desenvolvimento da doença.
159. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CME - Aumento de volume da região parotídea.
Local mais comum de acometimento da lesão.
160. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CME - Aumento de volume de superfície ulcerada em palato duro. Observar uma coloração
discretamente azulada da lesão.
161. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CME - Aumento de volume em palato duro, observar a coloração
azulada da lesão.
162. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CME - Lesão nodular em região retromolar, observar a presença de vasos dilatados (telangiectasia)
achado comum em neoplasias.
163. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CME em dorso posterior de língua, um local incomum de acometimento.
164. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•Radiograficamente, o CME apresenta-se como um imagem
radiolúcida multi ou unilocular de margens bem definidas
e frequentemente localizada no ramo mandibular.
•Algumas lesões podem apresentar margens irregulares, em
aspecto de "roído por traça", sugerindo uma lesão maligna.
165. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•É comum a visualização de um dente incluso no interior da
lesão e a associação com cistos e tumores odontogênicos
também é relatado.
•Lesões como o ameloblastoma, ceratocisto odontogênico e
outras lesões odontogênicas devem ser incluídas no diagnóstico
diferencial.
166. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Imagem radiolúcida multilocular de grande
extensão envolvendo corpo, ramo e o
processo coronoide na mandíbula.
167. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Histologicamente, o CME é formado basicamente por
três tipos celulares:
• As células mucosas apresentam citoplasma claro e
espumoso. Essas células se coram positivamente com
colorações específicas, como o mucicarmim.
• As células epidermóides são semelhantes as escamosas do
epitélio oral, apresentando formato poligonal e junções
intercelulares.
• O terceiro tipo de célula, a célula intermediária apresenta
forma variada que vai desde um aspecto basalóide, de núcleo
pequeno, até células poligonais. Acredita-se que essas células
são precursoras das mucosas e epidermóides.
168. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
• A partir de caraterísticas como a quantidade de
formação cística, grau de atipia celular e a
proporção do tipo celular, os tumores são
classificados em alto, intermediário e baixo grau.
• O CME esclerosante é uma variante microscópica
rara onde podemos observar intensa esclerose em
meio as células tumorais.
169. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CME de baixo grau - Podemos observar a presença de células mais claras e com
citoplasma mais claro (mucosas) e células poligonais (epidermoides). Algumas
estruturas em forma de ductos também podem ser observadas.
170. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
3 tipos celulares - As setas de coloração branca indicam uma célula intermediária (seta
menor) e uma célula epidermoide (seta maior). A seta preta indica uma célula mucosa.
171. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O diagnóstico do CME é obtido a partir do exame clínico
e histopatológico, a classificação em alto, intermediário e
baixo grau é importante para definir o prognóstico e
posterior plano de tratamento da lesão.
Tumores de baixo grau apresentam curso clínico mais
brando, embora já tenha sido relatado casos de
metástase à distancia. As taxas de sobrevida em 5 anos
para esses tumores é de 95%, já nos tumores de alto
grau essa taxa cai para 40%.
DIAGNÓSTICO
172. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
Os tumores de glândula parótida em estágio inicial
podem ser tratados a partir da remoção parcial da
glândula com preservação do nervo facial. Tumores
maiores são removidos com a parótida em sua
totalidade juntamente com o nervo facial. Em glândulas
salivares menores, as lesões são removidas através da
excisão cirúrgica com margem de segurança.
TRATAMENTO
173. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
A radioterapia pós-cirúrgica está indicada em
lesões mais agressivas.
•Os tumores de glândula submandibular
apresentam um pior prognóstico.
•Os mucoepidermóides intraósseos, na sua grande
maioria, são representados por tumores de baixo
grau, sendo tratados por ressecção cirúrgica.
•Manobras mais conservadoras como a curetagem, e
está muito relacionada com os casos de recidiva.
TRATAMENTO
176. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
CARCINOMA ADENOMA PLEOMÓRFICO
Essa denominação foi proposta para substituir o
termo tumor misto maligno, tendo em vista que na
realidade esse tumor exibe transformação maligna de
apenas um componente existente em um adenoma
pleomórfico.
177. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
•O tumor é mais comum entre a 5a e 6a décadas, na
maioria dos casos com localização na parótida e
com predominância no sexo masculino.
•O aspecto microscópico básico consiste em um
adenoma pleomórfico com foco de carcinoma ou
adenocarcinoma.
•Entre todas as características descritas para
diagnosticar a neoplasia, sem dúvida a presença de
metastese é o argumento definitivo e final.
178. Disciplina de Cirurgia 2Fístulas nasais e sinusais
O prognóstico do CAP é sombrio. Entre 30% a 70%
dos pacientes, apresentam metasteses para os
pulmões, ossos, cérebro e fígado. A sobrevida
após 5 anos é estimada em 50%.