1) O documento descreve a evolução da teoria e prática organizacional desde a teoria clássica de Taylor e Fayol até as abordagens mais modernas dos sistemas abertos e contingenciais. 2) Inclui as contribuições da escola das relações humanas e da abordagem estruturalista. 3) Finalmente, discute as tendências atuais da teoria organizacional em direção a abordagens mais flexíveis e contingenciais aos diferentes ambientes e mercados.
1. ORGANIZAÇÃO, MÉTODOS E SISTEMAS
Marisa Aparecida Corrêa Batista
Matrícula: 120129256
Arquivologia UNB
2º Período
Resumo Capítulo 1
Evolução da Teoria e da Prática nas Organizações
Para se entender a gestão de processos como a mais moderna abordagem nas dinâmicas das
organizações é importante relatar as teorias e consequentes práticas nas organizações desde os
primórdios dessa ciência.
1) A evolução da teoria e da prática nas organizações
A) Teoria Clássica - Frederik Winslow Taylor e Henri Fayol
Taylor é, rigorosamente, aquele que mais contribuiu para a formação da tecnologia de
Organização, Sistema e Métodos, ou seja, simplificação do trabalho.
Ainda que de forma rudimentar, Taylor deu os primeiros passos em direção a uma gestão de
processos.
Alguns estudiosos são contrários ao uso do termo científico, pois praticava-se, apenas, tentativa e
erro.
Quatro elementos do Taylorismo:
1. O desenvolvimento - aperfeiçoando e padronizando todas as ferramentas e condições de
trabalho.
2. Seleção cuidadosa e treinamento de operários, eliminando aqueles que recusassem o adotar os
novos métodos.
3. Adaptação desses operários, sob constante ajuda e fiscalização de superiores à ciência de
assentar tijolos, premiando aqueles que realizassem o trabalho com depressa e de acordo com as
instruções.
4. Revisão equitativa do trabalho e responsabilidade entre o operário e a direção.
Taylor estava preocupado com o uso da metodologia e é reponsável pelos primeiros estudos
relativos à necessidade de divisão do trabalho. Foi o primeiro a descaracterizar a subordinação a
um só chefe, estabeleceu a supervisão funcional, paralela à Administração hierárquica.
Para Fayol, administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
2. Sua preocupação mais acentuada e com a organização e o comando.
A Organização, Sistemas e Métodos recebeu grande influência Fayolista.
Sua constante preocupação com a organização é retratada em seus 14 princípios de
administração:
Divisão do trabalho;
Autoridade;
Disciplina;
Unidade de Comando;
Unidade de Direção;
Subordinação dos interesses particulares ao geral;
Remuneração;
Centralização;
Hierarquis;
Ordem;
Equidade;
Estabilidade do pessoal;
Iniciativa;
União do pessoal.
Não se pode negar à Escola Clássica o papel de iniciadora do tratamento científico das
organizações.
B) A Escola das Relações Humanas
Mary Parker Follet é considerada a fundadora da Escola de Relações Humanas. Foi a primeira a
pesquisar e analisar a motivação humana partindo de valores individuais e sociais.
Foram elaborados quatro princípios que tratam da evolução da teoria das organizações:
a) Contato direto;
b) Planejamento;
c) Relações recíprocas;
d) Processo contínuo.
3. A Lei da Situação, segundo a qual uma pessoa não deve dar ordens a outra pessoa, mas ambas
devem concordar em receber ordens da situação, ou seja, prevalece o momento, é outra
contribuição que se somaria aos quatro princípios.
C) Abordagem Estruturalista
O Termo Estruturalismo foi cunhado por AmitaiEtzioni em seu livro Organizações modernas e é
uma síintese dos postulados da Escola Clássica, ao defender a organização formal, com a Escola
das Relações Humanas, que estabelece as variáveis da organização informal. Teve ainda a
contribuição de Max weber em direção à organização burocrática das organizações.
Etzioni relaciona e discute as seguintes variáveis:
a) Formal e Informal;
b) O campo dos grupos informais;
c) A organização e seu ambiente;
d) Recompensa material e social.
e) Fábricas, igrejas, prisões e escolas.
O grande mérito do Estruturalismos é o equilíbrio que pretenderam dar aos estudos das
organizações que não pendiam para a administração superior, nem para o quadro funcional e sim
para a organização como um todo.
D) A abordagem dos Sistemas Abertos
O trabalho dos psicólogos Katz e Kahn deu projeção à Abordagem dos Sistemas abertos.
A abordagem dá ênfase à relação entre organização(estrutura) e o meio que lhe dá sustentação,
pois sem entradas contínuas a estrutura termina por se deteriorar. Fortalecer os recursos
humanos, sua principal fonte motivadora, é a forma de manter essa estrutura. Os indivíduos são
portadores da entrada de energia para as organizações.
Principais características dos Sistemas abertos:
a) Importação de energia;
b) A transformação;
c) A saída (output);
d) Sistemas como ciclo de eventos;
e) Entropia Negativa;
f) Entrada de Informaçãp;
g) Estado firme e homeostase dinâmica;
h) Diferenciação;
i) Equifinalidade.
Um dos pontos importantes da perspectiva sistêmica da organização é a compreensão dos
conceitos sobre papéis, normas e valores.
Papéis: descrevem formas específicas de comportamento associadas com dados e tarefas;
Normas: são expectativas gerais de caráter reivindicativos;
Valores: são justificações e aspirações ideológicas mais gerais.
4. O Sistema aberto precisa de constante e apurada informação do ambiente. O feedback é
indispensável à organização que funciona sob supervisão do ambiente onde opera.
O ciclo de eventos formado por entradas, transformação e saídas e consequente retro-
alimentação foi um estágio muito importante para a nova gestão de processos. Quando bem
realizada, conduz as organizações a busca mais rápida de soluções e consequentemente a uma
excelência organizacional geradora de grandes saltos de qualidade.
E) Abordagem Contingencial
Ao abordar a problemática do ambiente a Abordagem da Contingência vai além da abordagem de
sistemas. Na abordagem da Contingência o ambiente provoca o fenômeno organizacional.
Uma característica relevante da abordagem da contingência é que segundo seus estudiosos a
aplicação de um só modelo de dinâmica organizacional não garante um alto n ível de sofisticação
organizacional. Ou seja, não uma só forma de tornar uma organização eficaz.
2. Tendência da teoria das organizações
Segundo o autor, a evolução de OSM não acompanhou a evolução da teoria das organizações da
qual deriva, mas revela-se hoje uma possibilidade para seu progresso e adaptação. O que vem
ocorrendo desde a década de 70. Há uma busca por parte dos estudiosos de alguma forma de
compatibilização que possa produzir igualdade teórica e prática no tratamento das organizações.
Vê-se na teoria das organizações uma tendência marcadamente fora dos limites tradicionais das
estruturas organizacionais.
O autor acredita que nas primeiras décadas deste século o surgimento de muitas abordagens que
buscarão expandir a capacidade das organizações de competirem, vencerem nos mercados,
garantirem espaços e assegurarem a sobrevivência. E que se pode afirmar com razoável segurança
que estamos no estágio da abordagem contingencial, que, embora seja de 1967, é presença
marcante nos estudos atuais em boa parte do mundo ocidental.