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Ministério da Saúde do Brasil
Brasília, 2008
DEBI Brasil
Líderes de Opinião Popular-LOP
Estratégia de Prevenção para as DST-HIV
GUIA prático de avaliação
tGuia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 i
AGRADECIMENTOS
O Guia Prático de Avaliação da Intervenção com Líderes de Opinião Popular (LOP)
(Popular Opinion Leader - POL) foi desenvolvido com financiamento do Centers for
Disease Control and Prevention (CDC). Dra. Aisha Gilliam, do Setor de Fortalecimento de
Capacidades (Capacity Building Branch), Divisão de Prevenção do HIV/Aids (Division of
HIV/AIDS Prevention - DHAP), do CDC, liderou a conceitualização, o desenvolvimento e a
distribuição deste documento. David Knapp Whittier, da Equipe de Aplicação da Ciência,
participou do desenvolvimento e revisão do guia prático, além de contribuir com
recomendações valiosas quanto ao conteúdo.
Gostaríamos de agradecer o empenho da equipe de desenvolvimento da Macro International
Inc., bem como o apoio de seu Diretor de Projetos de HIV, Dr. David Cotton.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 ii
ÍNDICE
INTRODUÇÃO................................................................................................................1
Objetivo........................................................................................................................1
Modificação dos Materiais............................................................................................2
Sobre a Organização deste Documento.......................................................................3
SEÇÃO 1: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO LOP ..................................4
Fundamentação Teórica e Elementos Centrais............................................................5
Elementos Centrais da Intervenção LOP......................................................................7
Características Essenciais da Intervenção LOP ...........................................................9
SEÇÃO 2: OBJETIVOS PROGRAMÁTICOS E PERGUNTAS DE AVALIAÇÃO..........................10
Elaborando Objetivos “SMART” .................................................................................10
Pré-Implementação (Pré-financiamento,Planejamento,Mapeamento)........................12
Implementação...........................................................................................................18
Monitoramento (Manutenção).....................................................................................26
SEÇÃO 3: COLETA DE DADOS – ATIVIDADES E PROGRAMAÇÃO .....................................30
Atividades de Coleta de Dados ..................................................................................30
Programação da Coleta de Dados .............................................................................34
Principais Passos para a Elaboração de um Plano de Avaliação ...............................36
SEÇÃO 4: RELATÓRIOS PARA O CDC SOBRE A INTERVENÇÃO LOP...............................37
Dados do Planejamento-Programa LOP Conforme o Conjunto de Dados NHM&E ... 38
Dados de Implementação (Serviços Prestados aos Participantes) ............................49
SEÇÃO 5: PROTOCOLOS PARA A COLETA DE DADOS ....................................................56
INSTRUMENTOS DA ETAPA DE PRÉ-IMPLEMENTAÇÃO (PRÉ-FINANCIAMENTO,
PLANEJAMENTO, MAPEAMENTO E TREINAMENTO)
Roteiro para Grupos Focais
Roteiro para Entrevistas com Informantes-Chave
Formulário para Indicação de Líder de Opinião
Relatório de Reunião de Indicação de Líderes de Opinião Popular
Exemplo de Planilha de Estimativa de Custos
Lista de Verificação da Prontidão para Implementação
Levantamento Pré-Implementação- Dados Demográficos e de Risco da Comunidade
Lista de Verificação da Elaboração do Plano de Treinamento
Formulário para Avaliação de Local ou Contexto de Encontro Social
Roteiro para Observação da Comunidade
Ficha de Resumo das Avaliações da Comunidade e do Risco
INSTRUMENTOS DA ETAPA DE IMPLEMENTAÇÃO
Ficha de Cadastro de Líder de Opinião Popular em Potencial
Pré-teste/Pós-teste para a 1ª Sessão do Treinamento
Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento
Fichas de Avaliação das Sessões de Treinamento pelos Participantes
Formulário para Registro de Conversa com Amigo/Conhecido
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 iii
Ficha de Resumo dos Dados das Conversas com Amigos/Conhecidos
Formulário para Observação de Facilitador(es)
INSTRUMENTOS DA ETAPA DE MANUTENÇÃO (MONITORAMENTO)
Relatório das Atividades dos Encontros dos Líderes de Opinião
Avaliação da Garantia de Qualidade
Roteiro para Entrevistas Pontuais em Encontros/Sessões de Reforço com LOPs
Ficha de Resumo das Entrevistas Pontuais com Líderes de Opinião
Levantamento Pós-Implementação-Dados Demográficos e de Risco da Comunidade
ANEXOS
A. Matriz de Análise de Comportamentos de Risco
B. Matriz Conceitual
C. Marco Lógico
D. Requisitos para as Variáveis do Conjunto de Dados Nacionais para o
Monitoramento e a Avaliação de Programas de Prevenção do HIV, 2008
E. Referências
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 1
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
O Guia Prático de Avaliação da Intervenção com Líderes de Opinião Popular (LOP) foi
desenvolvido a fim de proporcionar a organizações de base comunitária (OBC) que
implementam a Intervenção LOP métodos sistemáticos para a realização de atividades de
monitoramento e avaliação capazes de subsidiar, orientar e avaliar as atividades realizadas
por meio da mesma. O guia prático fornece a base a partir da qual a instituição pode
documentar os objetivos da avaliação, bem como ajuda a garantir a coleta dos dados mais
relevantes e úteis para a implementação da intervenção LOP. O guia prático recomenda as
responsabilidades do pessoal; indica como a instituição deve monitorar as atividades de
intervenção e coletar e gerir dados; informa como os dados podem ser analisados; e sugere
planos para a divulgação das informações aos atores envolvidos com a intervenção LOP. O
plano de avaliação deve ser adaptado para atender às necessidades da instituição e deve
contemplar o máximo possível de informações específicas sobre a intervenção. O plano de
avaliação deve definir quais objetivos do programa serão monitorados e avaliados, quais
perguntas de avaliação serão feitas, quais dados serão coletados, quando e como serão
coletados e como serão analisados.
O guia prático foi elaborado para ser um suplemento do Guia de Capacitação em Avaliação
(Evaluation Capacity Building Guide) desenvolvido para o Setor de Fortalecimento de
Capacidades (Capacity Building Branch - CBB), Divisão de Prevenção do HIV/Aids
(Division of HIV/AIDS Prevention - DHAP), Centro Nacional para a Prevenção de HIV,
Hepatites, DST e Tuberculose (National Center for HIV, Hepatitis, STD, and TB
Prevention), do CDC, por meio de um contrato com a Macro International (CDC, 2008a).
Este guia faz parte de uma série de documentos disponibilizados pela DHAP com
informações e orientações sobre a avaliação de programas de prevenção de HIV, a coleta e a
utilização de dados, bem como a utilização das variáveis do Conjunto de Dados Nacionais
para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de Prevenção do HIV do CDC (National
HIV Prevention Program Monitoring and Evaluation Data Set - NHM&E DS). Os
documentos relacionados incluem:
■ O Guia de Capacitação em Avaliação (Evaluation Capacity Building Guide). O guia fornece uma
visão geral sobre o monitoramento e a avaliação de intervenções baseadas em evidências, com
enfoque especial em atividades, ferramentas e modelos para o monitoramento e a avaliação de
processo (CDC, 2008a).
■ As Orientações Nacionais para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de Prevenção do
HIV (National Monitoring and Evaluation Guidance for HIV Prevention Programs - NMEG). O
manual contém uma matriz e orientações específicas sobre a utilização das variáveis do
Conjunto de Dados NHM&E para o monitoramento e a avaliação de programas de prevenção do
HIV (CDC, 2008b).
■ O Manual do Usuário do Sistema de Avaliação e Monitoramento de Programas (Program
Evaluation and Monitoring System – PEMS – User Manual). Este manual prático descreve as
funções do software PEMS (acessado pela internet) e contém instruções passo a passo para
cada módulo do mesmo. Imagens de telas, exemplos de dados e relatórios são utilizados para
ilustrar os principais recursos do software PEMS. O manual está disponível no site do PEMS
(http://team.cdc.gov) no item ‘Trainings/PEMS User Manual’ (CDC, 2008c).
■ O Conjunto de Dados Nacionais para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de
Prevenção do HIV (National HIV Prevention Program Monitoring and Evaluation - NHM&E - Data
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 2
Set). Contém a lista completa e a descrição de todas as variáveis de monitoramento e avaliação
(M&A) necessárias para submeter relatórios ao CDC, e facultativas para o M&A no âmbito local e
específicas para determinadas intervenções (CDC, 2008d).
■
Os documentos acima mencionados proporcionam uma base para o monitoramento e a
avaliação de programas de prevenção do HIV e a apresentação de relatórios com os dados
necessários utilizando o software PEMS. As Secretarias de Saúde e as organizações
financiadas diretamente pelo CDC podem solicitar auxílio técnico em monitoramento e
avaliação por meio do sistema virtual de Solicitação de Informações sobre Capacitação
(Capacity Request Information System - CRIS), do Setor de Fortalecimento de Capacidades.
Para informações adicionais sobre o CRIS e para acessá-lo, visite
http://www.cdc.gov/hiv/cba. Informações adicionais ou assistência técnica em relação ao
Plano Nacional de Monitoramento e Avaliação de Programas de Prevenção do HIV e sobre o
software PEMS podem ser acessadas por meio do Centro Nacional de Atendimento em
Monitoramento e Avaliação de Programas de Prevenção do HIV, do Setor de Avaliação de
Programas, pelo telefone 1-888-PEMS-311 (1-888-736-7311) ou pelo e-mail
pemsservice@cdc.gov; pelo site do PEMS (https://team.cdc.gov); ou pelo serviço de apoio
da DHAP (1-877-659-7725 ou dhapsupport@cdc.gov).
MODIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
As perguntas de avaliação e os formulários para a coleta de dados contidos neste documento
são de natureza bastante genérica. Os formulários visam à coleta de dados a serem utilizados
para planejar, implementar, monitorar e aprimorar o programa. Refletem os requisitos para os
relatórios do CDC1
, assim como os requisitos básicos de monitoramento e avaliação da
intervenção LOP. Pode ser que sua instituição tenha requisitos adicionais para relatórios ou
precise de informações que não estejam refletidas nas perguntas de avaliação ou nos
formulários para coleta de dados. Os formulários e as perguntas contidos neste guia podem
ser modificados a fim de refletir as necessidades de sua instituição. O Guia de Capacitação
em Avaliação (Evaluation Capacity Building Guide, CDC, 2008a) contém informações
adicionais sobre o desenvolvimento de planos de avaliação para atender às necessidades
específicas de uma instituição.
1
As variáveis do Conjunto de Dados NHM&E relativas ao planejamento de programas, à testagem para HIV, e a dados
institucionais foram finalizadas em tempo para serem utilizadas a partir de 1º de janeiro de 2008, conforme a Carta Circular
Prezado Colega. Os instrumentos de avaliação neste guia são modelos criados para captar dados que possibilitem avaliar
integralmente a intervenção POL. Também foram criados para captar a maioria das variáveis do Conjunto de Dados
NHM&E relativas ao planejamento de programas e à prestação de serviços aos participantes. As instituições devem verificar
com o responsável por seu projeto no CDC ou com o responsável de outra agência financiadora, se for o caso, quanto aos
requisitos específicos para a prestação de informações sobre a intervenção POL.
Isenção de Responsabilidade:
O Conjunto de Dados Nacionais para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de
Prevenção do HIV (NHM&E) apresentado neste documento está em conformidade com os
requisitos para a submissão de relatórios em vigor em setembro de 2008. O site do PEMS
(https://team.cdc.gov) deve ser consultado para verificar a existência de requisitos atualizados.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 3
SOBRE A ORGANIZAÇÃO DESTE DOCUMENTO
A Seção 1 contém um resumo sobre o M&A para a intervenção LOP, além de proporcionar
uma visão geral da fundamentação teórica da intervenção, seus elementos centrais, suas
principais características e atividades. A Seção 2 contém uma visão geral das etapas de M&A
que podem ser relevantes para a implementação da intervenção LOP pela instituição –
avaliação formativa, monitoramento e avaliação de processo, e monitoramento de resultados.
A Seção 2 contém exemplos de perguntas de avaliação. Em seguida a cada pergunta há um
breve texto que descreve como a pergunta resultará em informações úteis para a avaliação da
intervenção LOP. A Seção 2 também contém tabelas que descrevem como cada objetivo está
relacionado às perguntas de avaliação sugeridas. Cada tabela também contém indicadores
relacionados, sugestões quanto aos dados a serem coletados e recomendações quanto a
métodos para a análise dos dados. A Seção 3 traz um resumo na forma de uma tabela com
uma descrição das atividades da intervenção LOP e recomendação de fontes de coleta de
dados. A tabela apresenta instrumentos relevantes para a coleta de dados incluídos no guia,
bem como os dados obtidos por meio dos mesmos. Também inclui sugestões sobre quando
os dados devem ser coletados, os recursos necessários, bem como sugestões para a utilização
dos dados. Além da tabela com o resumo das fontes recomendadas para a coleta de dados, a
Seção 3 também contém uma tabela com uma síntese do cronograma para a aplicação de
cada instrumento, quem o aplica e quem deve preenchê-lo. A seção 4 do plano contém uma
visão geral dos requisitos para relatórios do CDC em relação à intervenção LOP. A Seção 5
inclui sugestões de modelos e protocolos para a coleta de dados de acordo com as atividades
da intervenção LOP.
Os anexos tratam da análise de risco comportamental (Anexo A), a matriz conceitual (Anexo
B), o marco lógico (Anexo C), e uma lista das variáveis do Conjunto de Dados NHM&E para
o ano de 2008 (sendo que não são todas exigidas para esta intervenção específica) (Anexo
D).2
A análise de risco examina fatores que podem colocar integrantes da população-alvo sob
risco de contrair ou transmitir o HIV, bem como fatores que possam contribuir para esse
risco. A matriz conceitual faz a ligação entre os tipos de atividades da intervenção LOP e os
fatores de risco e de proteção identificados na análise de comportamentos de risco. O marco
lógico descreve as relações entre os comportamentos de risco, as atividades da intervenção e
os resultados esperados. Estas ferramentas de avaliação servirão para nortear o
desenvolvimento do plano de avaliação da intervenção LOP e se baseiam nos materiais da
intervenção e em consultas com integrantes da Equipe de Aplicação da Ciência do Setor de
Fortalecimento de Capacidades - CBB.
2
Os requisitos relativos às variáveis contidos no Anexo D dizem respeito aos períodos de coleta de dados iniciando em 1º de
janeiro e 1º de julho de 2008, excluindo os requisitos para variáveis sobre Serviços de Testagem em HIV e Serviços de
Aconselhamento e Encaminhamento de Parceiros (Partner Counseling and Referral Services - PCRS). Visto que o presente
documento contém apenas um resumo dos requisitos, solicitamos que consulte o Conjunto de Dados NHM&E (CDC, 2008d)
para obter uma descrição mais detalhada das definições, opções de valores e requisitos atualizados.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 4
SEÇÃO 1: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA
INTERVENÇÃO LOP
É importante que a instituição monitore e avalie a implementação da intervenção LOP. As
atividades de monitoramento e avaliação (M&A) ajudam a determinar como o plano da
intervenção foi implementado, e até que ponto foi bem implementado, manteve a lógica
própria da intervenção e alcançou as metas e os objetivos da mesma. A instituição pode
utilizar essas informações valiosas para monitorar e aprimorar a implementação da
intervenção. Conforme indicado no Guia de Capacitação em Avaliação (Evaluation Capacity
Building Guide, CDC, 2008a), há cinco etapas ou tipos de monitoramento e avaliação
(Apresentação 1).
Apresentação 1. Tipos de Avaliação
1 Avaliação
Formativa
A avaliação formativa é utilizada para entender as necessidades da população
e/ou comunidade alvo da intervenção. As respostas às perguntas de avaliação
formativa podem ser utilizadas para orientar a elaboração do plano de
implementação do programa. As perguntas de formação avaliativa tratam de
questões como:
• Quais são as atitudes dos integrantes da comunidade em relação ao uso do
preservativo?
• Onde os integrantes da população-alvo buscam informações sobre a prevenção
do HIV?
• Quais fatores influenciam os comportamentos de risco da população-alvo?
2 Monitoramento
de Processo
As informações obtidas por meio do monitoramento de processo permitem
visualizar as atividades implementadas, as populações atendidas, os serviços
prestados ou os recursos utilizados. Essas informações podem ser utilizadas
para aprimorar o programa e para avaliar o processo. As informações obtidas
por meio do monitoramento de processo muitas vezes proporcionam respostas
a perguntas como:
• Quais são as características da população atendida?
• Quais atividades da intervenção foram implementadas?
• Quais recursos foram utilizados para realizar essas atividades?
3 Avaliação de
Processo
A avaliação de processo envolve uma análise dos dados de processo que
facilita a comparação entre o que foi previsto e o que de fato foi realizado
durante a implementação. A avaliação de processo permite determinar se será
possível alcançar os objetivos, além de proporcionar informações que possam
orientar o planejamento e o aprimoramento. As perguntas de avaliação de
processo tratam de questões como:
• A intervenção foi implementada conforme previsto?
• A intervenção alcançou o público previsto?
• Quais barreiras foram encontradas pela população-alvo e pelo pessoal da
instituição no decorrer da intervenção?
4 Monitoramento
de Resultados
O monitoramento de resultados envolve a análise de mudanças que tenham
ocorrido após a exposição à intervenção, como mudanças de conhecimento,
atitudes, comportamentos ou no acesso a serviços por parte dos indivíduos que
participaram da intervenção; ou mudanças nas normas da comunidade ou
mudanças em fatores estruturais. As respostas às perguntas de monitoramento
de resultados permitem determinar se os resultados esperados foram
alcançados. Os resultados incluem mudanças em conhecimentos, atitudes,
habilidades ou comportamentos. O monitoramento de resultados responde à
pergunta, “Os resultados esperados foram alcançados?”
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 5
Apresentação 1. Tipos de Avaliação
5 Avaliação de
Resultados
A avaliação de resultados procura determinar se foi a intervenção que provocou
a mudança nos comportamentos, atitudes, habilidades, intenções e convicções
dos indivíduos que participaram dela, ou das comunidades em que a
intervenção foi implementada. É necessário ter um segundo grupo de
indivíduos que não participaram da intervenção, ou uma segunda comunidade
que não foi objeto de uma intervenção semelhante, com características
parecidas às dos indivíduos ou da comunidade que sofreram a intervenção,
para poder realizar uma comparação e demonstrar que as mudanças que
ocorreram foram provocadas pela intervenção e que não aconteceram “por
acaso”. Idealmente, a avaliação de resultados envolve a comparação com um
grupo de indivíduos que não participaram da intervenção.
A maioria das atividades de M&A de sua instituição se concentrará na avaliação formativa,
no monitoramento e avaliação de processo, e – num grau menor – no monitoramento de
resultados. A realização dessas atividades fornecerá à instituição informações programáticas
valiosas que podem ser utilizadas não somente em relatórios a serem apresentadas aos
financiadores, como também no aprimoramento da atual implementação da intervenção LOP.
Embora seria ideal se as instituições pudessem realizar uma avaliação abrangente das
atividades e dos componentes da intervenção LOP envolvendo as cinco etapas descritas
acima, o CDC reconhece que isto pode ser difícil e inviável para muitas organizações de base
comunitária, visto que a maioria não possui a capacidade ou os recursos para realizar
avaliações formais de resultados.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ELEMENTOS CENTRAIS
Trata-se de uma intervenção comunitária de prevenção de HIV baseada na teoria da difusão
de inovações. A intervenção visa a promover normas para a redução de riscos relacionados
ao HIV dentro de uma rede de grupos de amizade que compartilham uma cultura de risco,
como atitudes, convicções, normas, opiniões, conhecimentos e comportamentos. Pessoas que
criam tendências, ou “Líderes de Opinião Popular” (LOP), dentro de grupos de amizade
endossam ou referendam uma nova norma social que promove uma cultura mais protetora
para a rede. Com o passar do tempo, o comportamento entre grupos de amizade muda por
causa do endosso da nova norma social pelos Líderes de Opinião Popular.
A teoria da difusão de inovações sugere que tendências e inovações muitas vezes são
iniciadas por um subgrupo de formadores de opinião em uma população. Uma vez
visivelmente demonstradas e aceitas, as inovações (ex. normas, ideias e práticas) passam a
ser difundidas em uma população inteira, influenciando seus integrantes. A teoria da difusão
de inovações propõe que contatos interpessoais resultam na transmissão de informações e
influenciam opiniões. Rogers (1995) sugere que a teoria da difusão de inovações consiste de
quatro etapas: inovação, difusão, tempo e consequências e que as informações, nessas etapas,
fluem dentro de diversas redes. Os tipos de redes e o papel que certos indivíduos, que podem
ser descritos como formadores ou líderes de opinião, desempenham dentro das redes
determinam a probabilidade da adoção da inovação. Segundo Rogers (1995), a difusão é o
processo por meio do qual uma inovação é comunicada entre os integrantes de uma rede por
meio de diversos canais durante um período de tempo. Uma inovação é uma nova ideia,
prática ou objeto que um integrante de uma rede pode vir a adotar. A comunicação é um
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 6
processo por meio do qual os integrantes de uma rede criam e compartilham informações
entre si a fim de chegar a um entendimento comum. A teoria da difusão de inovações e os
materiais do programa LOP serviram de fundamentação para o marco lógico e para outras
ferramentas e instrumentos incluídos neste plano de avaliação. Todos estes elementos
nortearão as atividades de monitoramento e avaliação de sua instituição na implementação da
intervenção LOP.
Tem sido demonstrada a efetividade da intervenção LOP em colaborar para a mudança de
normas relativas à redução de risco em redes sociais de grupos de amizade que compartilham
uma cultura de normas de risco e normais sociais quanto ao risco associado ao HIV. Trata-se de
uma das intervenções comportamentais efetivas divulgadas pelo CDC. As pessoas que
inicialmente desenvolveram a intervenção LOP identificaram nove elementos centrais da mesma.
“Os elementos centrais são as partes de uma intervenção que têm que ser realizados e não podem
ser modificados. Foram construídos a partir da teoria comportamental em que a intervenção ou a
estratégia se baseia; considera-se que são responsáveis pela efetividade da intervenção. Os
elementos centrais são essenciais e não podem ser ignorados ou modificados” (CDC, abril de
2006). Os nove elementos centrais da intervenção LOP são elencados a seguir.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 7
ELEMENTOS CENTRAIS DA INTERVENÇÃO LOP
1. A intervenção LOP é direcionada a uma população-alvo identificável em locais
comunitários bem definidos nos quais é possível estimar o tamanho da população.
2. São utilizadas sistematicamente técnicas etnográficas para identificar segmentos da
população-alvo e para identificar as pessoas que são as mais benquistas, respeitadas e
detêm a confiança de outras pessoas em cada segmento da população.
3. No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de
intervenção são treinados como Líderes de Opinião Popular.
4. Por meio do treinamento, os Líderes de Opinião Popular aprendem habilidades
necessárias para iniciar mensagens sobre a redução de risco para amigos e conhecidos
durante conversas cotidianas.
5. Por meio do treinamento, os Líderes de Opinião Popular aprendem as características
de mensagens efetivas sobre mudança de comportamento direcionadas para atitudes,
normas, intenções e autoeficácia relativas ao risco. Em conversas, os Líderes de
Opinião Popular endossam ou referendam pessoalmente os benefícios de
comportamentos mais seguros e recomendam passos práticos necessários para
implementar mudanças.
6. Grupos de Líderes de Opinião Popular se encontram semanalmente em sessões que
envolvem aprendizagem, modelos de facilitação e exercícios aprofundados com
dramatizações para que possam aprimorar suas habilidades e ganhar confiança quanto
à trnnsmissão para outras pessoas de mensagens efetivas sobre a prevenção do HIV.
O tamanho dos grupos é suficientemente pequeno para permitir que todos os Líderes
de Opinião Popular tenham oportunidades amplas para fazer exercícios que
aprofundam suas habilidades de comunicação e os proporcionam tranquilidade na
transmissão de mensagens por meio de conversas.
7. Os Líderes de Opinião Popular estabelecem metas para a realização de conversas
sobre a redução de risco com amigos e conhecidos na população-alvo nos intervalos
entre as sessões semanais.
8. Os resultados das conversas dos Líderes de Opinião Popular são analisados,
discutidos e reforçados nas sessões subsequentes.
9. Logos, símbolos ou outros dispositivos são utilizados como meios para iniciar
conversas entre os Líderes de Opinião Popular e outras pessoas.
Estes nove elementos centrais ajudam a orientar as etapas da intervenção, desde a etapa anterior
ao recebimento do financiamento, o planejamento, o mapeamento e a definição quanto ao
direcionamento das ações (ou seja, a etapa de pré-implementação); a etapa da implementação; até
a etapa do monitoramento da intervenção LOP. Os elementos centrais são essenciais para poder
pôr em prática as atividades do programa. A Apresentação 2 contém um resumo das principais
atividades da intervenção LOP.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 8
Apresentação 2. Principais Atividades da Intervenção LOP
Etapa anterior ao recebimento do financiamento
• Identificar uma população sob risco dentro da qual a intervenção LOP será direcionada
• Iniciar o desenvolvimento de relações relevantes com a comunidade
• Avaliar a aplicabilidade e a viabilidade da intervenção LOP na comunidade (iniciar a avaliação da comunidade e
do risco)
• Obter financiamento ou recursos suficientes para realizar a intervenção LOP
Etapa de Planejamento, Mapeamento e Direcionamento
• Definir a relação entre os recursos disponíveis e a abrangência e o tamanho do projeto
• Quantos Líderes de Opinião Popular será possível treinar e ter atuando com os recursos disponíveis?
• Com os recursos disponíveis, qual é o tamanho da rede na qual será possível fazer a intervenção?
• Treinar o pessoal do projeto
• Iniciar o processo de elaboração das ferramentas de planejamento e monitoramento da intervenção LOP
(www.effectiveinterventions.org)
• Envolver lideranças e a comunidade específica alvo da intervenção LOP
• Concluir a avaliação da comunidade e do risco a fim de poder direcionar a intervenção LOP; identificar e estimar o
tamanho da(s) rede(s) social/sociais alvo(s), a norma relacionada ao risco que será alvo da intervenção, bem
como a primeira turma de Líderes de Opinião Popular
• Elaborar materiais e planos específicos para o projeto local de intervenção LOP
• Logo/dispositivo que desperta conversas
• Plano de treinamento
• Planos e procedimentos para recrutamento de Líderes de Opinião Popular
• Plano para treinar Líderes de Opinião Popular em turmas
• Plano de procedimentos de retenção
• Plano de apoio e manutenção de Líderes de Opinião Popular na comunidade
• Finalizar as ferramentas de planejamento e monitoramento da intervenção LOP
Etapa de Implementação e Monitoramento (Manutenção)
• Iniciar o recrutamento dos Líderes de Opinião Popular
• Realizar a identificação contínua de Líderes de Opinião Popular (se apropriado)
• Iniciar o treinamento contínuo dos Líderes de Opinião Popular (em levas)
• Iniciar as atividades contínuas de retenção, seguimento e apoio
• Monitorar a consecução dos objetivos do programa
A avaliação do programa LOP executado por sua instituição deve incluir a verificação da
observância dos elementos centrais na implementação das atividades previstas, assim como a
observância de várias características essenciais para a realização da intervenção sugeridas
pela equipe que desenvolveu a intervenção original. As características essenciais são as
atividades e os métodos de sua realização que, embora considerados de grande valor para a
intervenção, possam ser alteradas sem que isto resulte na alteração dos resultados esperados.
Podem ser adaptados e customizados de acordo com sua instituição ou as populações-alvo
(CDC, 2003). Basicamente, os elementos centrais e as características essenciais formam a
matriz dentro da qual das atividades da intervenção LOP devem idealmente ser realizadas. A
seguir há um resumo das características essenciais da intervenção LOP.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 9
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA INTERVENÇÃO LOP
■ Conseguir o envolvimento, o apoio e a cooperação de lideranças-chave da comunidade
■ Identificar e caracterizar os vários grupos de amizade dentro da rede social alvo da intervenção
■ Por meio de informantes-chave, identificar um número suficiente de Líderes de Opinião Popular
correspondente a pelo menos 15% de cada grupo de amizade dentro da rede social
■ Recrutar Líderes de Opinião Popular, enfatizando seu papel positivo em potencial na prevenção
da aids junto a outras pessoas
■ Explicar para os Líderes de Opinião Popular que foram indicados com base na sua popularidade,
credibilidade e capacidade de influenciar outras pessoas
■ Explicar a teoria e a filosofia da intervenção para os Líderes de Opinião Popular
■ Enfatizar o papel dos Líderes de Opinião Popular na mudança de normas entre grupos de pares
por meio de mensagens sobre a prevenção do HIV/aids em conversas com amigos e conhecidos
■ Fornecer aos Líderes de Opinião Popular informações corretas sobre a redução do risco de
infecção pelo HIV
■ Fornecer orientações práticas aos Líderes de Opinião Popular sobre como implementar
mudanças de comportamento para reduzir o risco de infecção pelo HIV
■ Fornecer aos Líderes de Opinião Popular informações sobre como se comunicar efetivamente
com outras pessoas informações sobre a redução do risco de infecção pelo HIV
■ Facilitar grupos envolvendo técnicas de solução de problemas, com enfoque em como cada
Líder de Opinião Popular poderá conversar com seus pares, permitindo que cada pessoa tenha
tempo suficiente para discutir as questões que surgirem
■ Recrutar Líderes de Opinião Popular adicionais, solicitando que cada um dos atuais Líderes de
Opinião Popular traga amigos para participar da segunda leva da intervenção
■ Treinar uma nova, segunda, leva de Líderes de Opinião Popular para manter o ímpeto do
programa
■ Organizar “encontros” com todos os Líderes de Opinião Popular (a primeira leva e as levas
sucessivas) e lideranças-chave para discutir a manutenção da intervenção LOP.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 10
SEÇÃO 2: OBJETIVOS PROGRAMÁTICOS E PERGUNTAS
DE AVALIAÇÃO
Este guia prático de avaliação vai ajudar a documentar como a instituição pretende avaliar a
intervenção LOP e também a estabelecer uma matriz para a realização da avaliação.
Idealmente, o plano de avaliação deve fazer parte do plano de implementação da intervenção
LOP para que as atividades de monitoramento e avaliação integrem a própria execução do
programa. O plano de avaliação deve contemplar todos os aspectos da intervenção, desde o
mapeamento da comunidade até os resultados. Com um plano detalhado será possível
registrar cada etapa do processo, identificando quais aspectos do programa estão funcionando
bem e quais precisam ser melhorados. O plano de avaliação deve incluir:
■ Programação e processos – quando e como a intervenção será elaborada, implementada e
avaliada
■ Responsabilização – quem será responsável pelos diversos aspectos do trabalho
■ Gestão de dados – quais instrumentos serão utilizados para coletar os dados e como as
atividades de coleta de dados serão acompanhadas e monitoradas
■ Plano e cronograma para a análise dos dados – como e quando os dados serão analisados
■ Elaboração de relatórios – como e quando os relatórios serão elaborados e divulgados para os
atores envolvidos
■ Plano e cronograma de divulgação – quando os relatórios, a análise dos dados e outros produtos
serão divulgados para os atores envolvidos
O plano de avaliação da intervenção LOP deve ser organizado em torno de cada etapa da
intervenção (pré-implementação, implementação e monitoramento). O primeiro passo é a
identificação dos objetivos a serem monitorados e avaliados em cada etapa da intervenção.
O manual de implementação da intervenção LOP e o marco lógico (Anexo C) também
podem ajudar a determinar as atividades de intervenção para as quais devem existir objetivos.
É importante definir com clareza objetivos “SMART”, significando ‘inteligente’ em inglês
(eSpecífico; Mensurável; Apropriado; Realista; Tempo definido) para nortear esse processo.
Se os objetivos existentes não têm esse formato, os mesmos devem ser reelaborados para que
os tenham.
ELABORANDO OBJETIVOS “SMART”
Ao elaborar objetivos “SMART”, há vários pontos essenciais a serem considerados para garantir
que sejam específicos, mensuráveis, apropriados, realistas e com o tempo definido:
■ Um objetivo específico identifica eventos ou ações que serão realizados. Para verificar isso,
pode-se perguntar, “O objetivo especifica claramente o que será realizado?”
■ Um objetivo mensurável informa uma quantidade (quantos recursos ou atividades, ou
quanta mudança). Para verificar isso, pode-se perguntar,“É possível medir a quantidade?”
■ Um objetivo apropriado mostra sua relevância em relação ao problema como um todo e em
relação aos efeitos desejados do programa LOP. Para verificar isso, pode-se perguntar, “O
objetivo faz sentido em termos daquilo que o programa está tentando conseguir?”
■ Um objetivo realista pode ser alcançado com os recursos disponíveis e os planos de
implementação. Para verificar isso, pode-se perguntar, “O objetivo pode ser alcançando
levando em consideração os recursos e a experiência disponíveis?”
■ Um objetivo com tempo definido specifica em quanto tempo o objetivo será alcançado.
Para verificar isso, pode-se perguntar, “O objetivo especifica quando será alcançado?”
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 11
Os objetivos de processo elaborados utilizando a metodologia SMART contemplam as
principais atividades ou processos que precisam ocorrer para alcançar os resultados
esperados da intervenção. As principais atividades são as ações programáticas necessárias
para implementar a intervenção. Os objetivos de processo devem permitir avaliar até que
ponto os elementos centrais e as características essenciais da intervenção LOP foram
incorporados e seguidos (ver a Seção 1) durante a implementação dos componentes das
atividades principais do programa (isto é, se a intervenção foi fiel aos elementos centrais e às
características essenciais). Os objetivos de processo são os planos específicos para as ações
do programa. São enunciados de ações que precisam ser realizadas, quando, onde, por quem,
como e em que quantidade.
■ Pergunte, Quais são as principais atividades ou processos programáticos da intervenção LOP
em cada etapa de sua implementação (especialmente em uma determinada fase do programa)?
Os resultados esperados elaborados utilizando a metodologia SMART identificam o que
deve mudar em decorrência da implementação das principais atividades ou processos. Os
resultados programáticos são o que se espera como consequência da implementação das
principais atividades, tais como mudanças nas normas ou nos comportamentos da rede social.
■ Pergunte, Quais são os resultados esperados das atividades da intervenção para cada etapa de
sua implementação?
O próximo passo é a elaboração de perguntas de avaliação para verificar até que ponto os
objetivos foram alcançados. O plano de avaliação também deve definir quais dados devem
ser coletados e como serão analisados. As decisões sobre os métodos de coleta dos dados
devem ser baseadas no que a instituição precisa em termos de dados e também na
disponibilidade de recursos. Refletir sobre como a instituição vai utilizar os dados ajudará a
justificar a importância da coleta dos mesmos, além de ajudar na elaboração de um plano
para sua análise e divulgação.
Nas páginas a seguir há exemplos de objetivos e perguntas para cada etapa da intervenção
LOP. Para cada objetivo, constam sugestões de perguntas de avaliação, bem como a
fundamentação das perguntas. Também constam os tipos de informações necessárias para
poder responder à pergunta (indicadores), possíveis ferramentas e fontes de coleta de dados e
como estes podem ser analisados. Esses exemplos são organizados na forma de uma tabela
de planejamento da avaliação. Utilize os exemplos para elaborar ou aprimorar o plano de
avaliação.
Os objetivos e as perguntas contidos neste Guia podem ser utilizados para subsidiar o plano
de avaliação da intervenção LOP; no entanto, os exemplos não são exaustivos e servem
apenas como orientação para elaboração do plano próprio de avaliação. O plano de avaliação,
inclusive os objetivos e as perguntas de avaliação, deve ser elaborado para refletir a forma
como a instituição realizará a implementação e também para fornecer as informações que a
instituição precisa. Para informações adicionais sobre a elaboração de um plano de avaliação
específica para sua instituição, bem como a elaboração de objetivos SMART e perguntas de
avaliação, consulte o Guia de Capacitação em Avaliação (Evaluation Capacity Building
Guide, CDC, 2008a).
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 12
PRÉ-IMPLEMENTAÇÃO (PRÉ-FINANICAMENTO, PLANEJAMENTO, MAPEAMENTO
E DIRECIONAMENTO)
A etapa de pré-implementação envolve a coleta de informações sobre as redes sociais
existentes dentro de uma população maior sob risco e a seleção de uma rede social específica
para ser o alvo da intervenção LOP. A etapa de pré-implementação também envolve a
obtenção de apoio da comunidade, a identificação de um local para o recrutamento e a
identificação de indivíduos que possam atuar como Líderes de Opinião Popular. A seguir há
exemplos de objetivos para a etapa de pré-implementação:
■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa realizará uma avaliação da
comunidade e do risco em redes sociais que têm o potencial de ser alvos do projeto dentro da
população maior sob risco.
■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará um local,
ambiente ou contexto de encontro social comunitário bem definido no qual os tamanhos das
redes sociais podem ser estimados.
■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa selecionará uma rede
social cujo tamanho seja compatível com os recursos que a instituição tem para a intervenção
LOP.
■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa realizará uma avaliação
comunitária e de risco para identificar pelo menos três normas sociais culturalmente específicas
da rede social alvo da intervenção.
■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa terá modificado os
materiais de treinamento e intervenção do programa LOP para garantir sua adequação cultural à
rede social alvo da intervenção.
■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará 15% dos
integrantes da rede social que poderão atuar como Líderes de Opinião Popular.
A seguir há exemplos de perguntas de avaliação formativa para cada objetivo. Em seguida a
cada pergunta há uma breve fundamentação de sua importância. Depois da fundamentação há
uma tabela que descreve os tipos de dados necessários (ou seja, indicadores), métodos em
potencial de coleta de dados, e como os dados podem ser analisados a fim de obter uma
resposta para cada pergunta
Objetivo Formativo 1
Durante os primeiros 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa realizará uma
avaliação comunitária e do risco em redes sociais que têm o potencial de ser alvos do projeto
dentro da população maior sob risco.
Pergunta de Avaliação Formativa:
Quantas redes sociais potencialmente alvos da intervenção existem dentro da população
maior sob risco?
Fundamentação: Para implementar a intervenção LOP, as instituições precisam decidir qual
rede social específica com grupos de amizade que precisam da intervenção será selecionada
dentre as muitas redes existentes dentro da população maior sob risco. Ter informações sobre
as redes sociais ajudará a identificar para quais delas é preciso coletar dados de avaliação
comunitária e de risco.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Características
sociodemográficas (idade, raça,
etnia, gênero, orientação sexual)
• Entrevistas com
informantes-chave
• Observações da
• Estabelecer critérios para distinguir
uma rede social da outra
• Contar o número de redes sociais
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 13
da população maior sob risco
• Número de redes sociais
existentes dentro da população
maior sob risco
comunidade
• Análise de documentos
(ex. dados da vigilância
local)
identificadas por meio de
observações, entrevistas com
informantes-chave e a análise dos
documentos
Pergunta de Avaliação Formativa:
Quais são os costumes, normas, convicções e comportamentos das redes sociais
potencialmente alvos da intervenção em relação ao seu grau de risco?
Fundamentação: Para implementar a intervenção LOP, as organizações precisam decidir qual
rede social específica com grupos de amizade que precisam da intervenção será selecionada
dentre as muitas redes existentes dentro da população maior sob risco. Ter informações sobre
as redes sociais ajudará a orientar decisões eficientes e efetivas quanto a qual (quais) delas
deve ser alvo da intervenção.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Para cada rede social
potencialmente alvo da
intervenção:
• Comportamentos de risco
• Grau de risco
• Costumes sociais que
influenciam o risco
• Normas sociais sobre
comportamentos de proteção e
de risco
• Convicções sobre o HIV e sobre
comportamentos de proteção e
de risco
• Entrevistas com informantes-
chave
• Observações da comunidade
• Grupos focais
• Análise de documentos (ex.
dados da vigilância local)
• Para cada rede social, analisar
os dados coletados para
identificar temas comuns
relacionados a:
• Comportamento(s) que põem
integrantes da rede social em
risco de infecção pelo HIV
• Quando e com que frequência
os integrantes da rede
praticam o(s)
comportamento(s) de risco
• Costumes, normas e
convicções sobre o HIV e
quais deles influenciam a
prática de comportamentos de
risco
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quais técnicas etnográficas foram utilizadas para identificar a rede social potencialmente
alvo da intervenção?
Fundamentação: Visto que pode haver muitas redes sociais potencialmente alvos da
intervenção, as instituições devem utilizar sistematicamente técnicas etnográficas para ajudar
na decisão sobre qual grupo deve ser selecionado. As técnicas etnográficas podem ser uma
maneira rápida de se fazer uma avaliação aproximada dos costumes, normas, convicções e
comportamentos das redes sociais em relação ao seu grau de risco.
A utilização sistemática de técnicas etnográficas para identificar uma rede social potencialmente
alvo da intervenção LOP também faz parte dos nove elementos centrais nos quais a
intervenção se baseia.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Para cada rede social
potencialmente alvo da
intervenção:
• Número e tipos de técnicas
etnográficas utilizadas
• Número de tipos de indivíduos
com os quais as técnicas
etnográficas foram utilizadas
• Análise de documentos
• Observações da comunidade
• Entrevistas com informantes-
chave
• Grupos focais
• Contar o número de tipos de
técnicas etnográficas
utilizadas para identificar a
população sob risco
• Contar o número de indivíduos
com os quais cada técnica
etnográfica foi utilizada
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 14
Objetivo Formativo 2
Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará um local,
ambiente ou contexto de encontro social comunitário bem definido no qual os tamanhos das
redes sociais podem ser estimados.
Pergunta de Avaliação Formativa:
Em quais locais, ambientes ou contextos de encontro social os integrantes da rede
social potencialmente alvo da intervenção se reúnem com frequência?
Fundamentação: Para implementar a intervenção LOP, as instituições precisam de um
contexto em que todos os grupos de amizade podem ser concretamente identificados,
estimados e, por fim, ser alvos da intervenção. Para poder explicar por que um determinado
local, ambiente ou contexto de encontro social comunitário foi selecionado, a instituição precisa
saber quais destes são mais frequentados por integrantes das redes sociais potencialmente
alvos da intervenção e quando frequentam. Além disso, o primeiro elemento central da
intervenção LOP estabelece, “A intervenção LOP é direcionada a uma população-alvo
identificável em locais comunitários bem definidos nos quais é possível estimar o tamanho da
população.”
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Para cada rede social
potencialmente alvo da
intervenção:
• Número e nomes dos locais,
ambientes ou contextos
frequentados regularmente por
integrantes da rede social
• Os dias da semana e os
horários em que o maior
número de integrantes de uma
rede social está no local,
ambiente ou contexto de
encontro social
• Entrevistas com
informantes-chave
• Observações da
comunidade
• Grupos focais
• Formulário para
Avaliação de Local ou
Contexto de Encontro
Social
• Para cada rede social potencialmente
alvo da intervenção e para cada local,
ambiente ou contexto em potencial,
analisar dados de múltiplas fontes para
chegar ao consenso sobre:
• Quando integrantes da rede social
estão presentes com frequência
• Em quais dias da semana integrantes
da rede social podem ser encontrados
com frequência
• Em quais horários o maior número de
integrantes da rede social pode ser
encontrado
Pergunta de Avaliação Formativa:
Em quais locais, ambientes ou contextos de encontro social o pessoal do programa tem
mais acesso a integrantes da rede social potencialmente alvo da intervenção?
Fundamentação: Para implementar a intervenção LOP, as instituições precisam de um
contexto em que todos os grupos de amizade de uma rede podem ser concretamente
identificados, estimado e, por fim, ser alvos da intervenção.
Indicadores Fonte(s) de Coleta
de Dados
Análise
Para cada rede social
potencialmente alvo da
intervenção e para cada
local, ambiente ou contexto
em potencial:
• Acessibilidade do local
quando há o maior número
de integrantes da rede social
presentes
• Relacionamento do pessoal
da instituição com lideranças
ou gerentes
• Observações da
comunidade
• Entrevistas com
informantes-chave
Para cada rede social potencialmente alvo
da intervenção e para cada local, ambiente
ou contexto em potencial, analisar os
dados para chegar ao consenso sobre:
• Acesso do pessoal da instituição
• Relacionamento do pessoal da instituição com
lideranças ou gerentes
Avaliar os locais, ambientes e contextos
sociais em termos da adequação do
acesso do pessoal da instituição e
observar as redes sociais em potencial a
fim de estimar seu tamanho.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 15
Objetivo Formativo 3
Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa selecionará uma rede
social cujo tamanho seja compatível com os recursos da instituição para a intervenção LOP.
Pergunta de Avaliação Formativa:
Qual é o tamanho estimado de cada rede social potencialmente alvo da intervenção?
Fundamentação: A quantificação e a descrição das redes sociais e dos grupos de amizade
que podem ser alvos da intervenção LOP são um dos primeiros passos essenciais da mesma.
Responder a esta pergunta ajudará a determinar se o tamanho da rede social, dos grupos de
amizade relacionados a ela, bem como os 15% de Líderes de Opinião Popular dentro de cada
grupo de amizade são realistas tendo em vista os fundos e recursos que a instituição tem
disponível
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
Para cada rede social
potencialmente alvo da
intervenção:
• Número de indivíduos na rede
social
• Observações da
comunidade
• Entrevistas com
informantes-chave
Para cada rede social
potencialmente alvo da
intervenção:
• Mapear os grupos de amizade
dentro da rede social
• Contar o número de integrantes
identificados dentro da rede social
Pergunta de Avaliação Formativa:
O valor do financiamento e os recursos disponíveis são suficientes para permitir a
implementação da intervenção LOP com base no tamanho da rede social alvo da
mesma?
Fundamentação:
Determinar se os recursos financeiros, materiais e humanos disponíveis são suficientes para
permitir a implementação da intervenção LOP pela instituição ajudará a identificar se faltam
recursos específicos, bem como agir para supri-los ou modificar os objetivos e atividades de
implementação do projeto para que correspondam melhor às limitações dos recursos. Também
pode ser necessário a instituição redefinir a rede social alvo, de modo a escolher uma cujo
tamanho estimado seja apropriado para os fundos e recursos disponíveis.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Quantidade de
financiamento e recursos
disponíveis
• Número de Líderes de
Opinião Popular que
podem ser treinados com
os fundos e recursos
disponíveis
• Tamanho estimado das
redes sociais de grupos de
amizade
• Planilha de estimativa
de custos (disponível
no manual de
implementação da
intervenção LOP)
• Observações da
comunidade
• Entrevistas com
informantes-chave
• Utilizando a planilha de estimativa de
custos, calcular o número de Líderes de
Opinião Popular que a instituição pode
treinar com os fundos e recursos
disponíveis
• Calcular o número de Líderes de Opinião
Popular que precisam ser treinados e estar
atuando para alcançar 15% da rede social
de grupos de amizade (ou seja, multiplicar o
tamanho estimado de cada rede social por
0,15).
• Comparar o número de Líderes de Opinião
Popular que a instituição tem condições de
treinar com o número que precisa ser
treinado em cada rede social (15%).
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 16
Objetivo Formativo 4
Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará pelo
menos três normas sociais culturalmente específicas da rede social alvo da intervenção.
Pergunta de Avaliação Formativa:
Quais são as normas sociais, especificamente relacionadas a comportamentos de risco de
infecção pelo HIV, da rede social alvo da intervenção?
Fundamentação: Os dados coletados sobre as normas sociais durante o processo de avaliação
comunitária e de risco (ex. atitudes, convicções, opiniões) servirão como subsídio para a adequação
e a adaptação das atividades da intervenção LOP para a rede social selecionada. É muito provável
que haja muitas normas sociais relacionadas ao risco identificadas pela instituição dentro da rede
social. No entanto, as limitações de recursos e capacidade não permitirão que a instituição possa
direcionar ações a cada norma relacionada ao risco.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Normas sociais sobre
comportamentos de
proteção e de risco
• Entrevistas com
informantes-chave
• Observações da
comunidade
• Grupos focais
• Analisar os dados da avaliação comunitária
e de risco para encontrar temas comuns
relacionados a normas sociais culturalmente
específicas a respeito do HIV e
comportamentos de risco de infecção pelo
HIV
• Descrever pelo menos 3 normas sociais
culturalmente específicas a serem alvos em
potencial da intervenção LOP
Objetivo Formativo 5
Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa terá modificado os
materiais de treinamento e intervenção do programa LOP para garantir sua adequação
cultural à rede social alvo da intervenção.
Pergunta de Avaliação Formativa:
Quais são as influências culturais sobre normas, valores e convicções que
desincentivam comportamentos de alto risco entre integrantes da população-alvo
selecionada?
Fundamentação: A cultura influencia os valores, as normas e as convicções compartilhados
entre os integrantes de uma rede social a respeito de comportamentos que aumentam ou
reduzem o risco. Se a intervenção não for adequada e adaptada para refletir a cultura do grupo-
alvo, é possível que não responda apropriada e diretamente às necessidades específicas
daquela população. Neste sentido, a instituição também pode ter dificuldade em convencer os
Líderes de Opinião Popular sobre a importância deles referendarem normas de redução de
risco. A resposta a esta pergunta importante ajudará a instituição a definir quais conteúdos dos
treinamentos e dos materiais de intervenção (ex. logo ou dispositivo que desperta conversas)
precisam ser modificados.
Indicadores Fonte(s) de Coleta
de Dados
Análise
• Costumes sociais que
influenciam o risco
• Normas sociais sobre
comportamentos de
proteção e de risco
• Convicções sobre
comportamentos de
proteção e de risco para HIV
• Entrevistas com
informantes-chave
• Observações da
comunidade
• Grupos focais
• Utilizar os dados da avaliação da comunidade
para descrever costumes, normas e
convicções culturalmente específicos a
respeito do HIV e que influenciam a prática de
comportamentos de risco
• Identificar quais desses costumes, normas e
convicções devem ser abordados ou
integrados nos conteúdos dos treinamentos e
nos materiais de intervenção.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 17
Objetivo Formativo 5 (cont.)
Pergunta de Avaliação Formativa:
Quais componentes do plano de treinamento (ex. terminologia) e dos materiais de
intervenção (ex. logos, dispositivos que despertam conversas) podem ser modificados
sem comprometer os elementos centrais da intervenção LOP?
Fundamentação: A cultura influencia os valores, as normas e as convicções compartilhados
entre os integrantes de uma rede social a respeito de comportamentos que aumentam ou
reduzem o risco. Se a intervenção não for adequada e adaptada para refletir a cultura do grupo-
alvo, é possível que não responda apropriada e diretamente às necessidades específicas
daquela população. Neste sentido, a instituição também pode ter dificuldade em convencer os
Líderes de Opinião Popular sobre a importância deles referendarem normas de redução de
risco. A resposta a esta pergunta importante ajudará a instituição a definir quais conteúdos dos
treinamentos e dos materiais de intervenção (ex. logo ou dispositivo que desperta conversas)
precisam ser modificados. Também é importante identificar os componentes que não podem
ser modificados sem comprometer os nove elementos centrais da intervenção LOP.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Plano de treinamento para Líderes
de Opinião Popular
• Elementos centrais relacionados
ao plano de treinamento e aos
materiais de intervenção
• Influências culturais sobre normas,
valores e convicções que apoiem
ou desincentivem
comportamentos de risco entre os
integrantes da rede social
• Anotações de
discussões do pessoal
do programa
• Comparação do plano
de treinament e dos
materiais de intervenção
com os elementos
centrais
• Analisar o plano de treinamento e
os materiais de intervenção que
podem ser modificados para que
tenham mais relevância cultural
para a rede social alvo da
intervenção
• Certificar-se de que os
componentes modificados não
sejam elementos centrais da
intervenção LOP.
Objetivo Formativo 6
Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará 15%
dos integrantes da rede social que poderão atuar como Líderes de Opinião Popular.
Pergunta de Avaliação Formativa:
Quem são os 15% de Líderes de Opinião Popular dentro de cada um dos grupos de
amizade identificados que podem ser recrutados, treinados e que podem atuar na
realização da intervenção?
Fundamentação: É importante que as instituições definam claramente os indivíduos que
atendam aos critérios da intervenção LOP (ex. influentes, respeitados, confiáveis e que tenham
credibilidade) e que documentem como chegaram a essa definição (entrevistas com
informantes-chave, questionários pontuais). Isto ajudará a garantir que os Líderes de Opinião
Popular em potencial selecionados dentre um determinado grupo de amizade não tenham sido
escolhidos simplesmente porque eram os mais benquistos sem levar em consideração se
também têm credibilidade e se são confiáveis e compreensivos. Para garantir que cada grupo
de amizade seja alvo da intervenção e a norma de redução de risco seja absorvida pela rede
social, também é importante identificar o grupo de amizade do qual cada líder de opinião
popular é recrutado. Isto exige que a instituição tenha uma estimativa precisa do número de
pessoas em cada grupo de amizade e do número de Líderes de Opinião Popular necessários
para alcançar a meta de 15% das estimativas.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 18
Objetivo Formativo 6 (cont.)
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número e tamanho de cada
grupo de amizade dentro da
rede social alvo da intervenção
• Nomes dos Líderes de
Opinião Popular dentro de
cada grupo de amizade
• Observações da comunidade
• Grupos focais
• Entrevistas com informantes-
chave
• Formulário para indicação de
Líder de Opinião
• Mapear os grupos de amizade
dentro da rede social alvo da
intervenção e contar o número
de indivíduos em cada grupo
• Multiplicar o número de
integrantes de cada grupo de
amizade por 0,15
• Analisar os dados quanto às
características de cada
indivíduo identificado como um
Líder de Opinião Popular em
potencial
• Contar o número de indivíduos
que atendem aos critérios para
serem Líderes de Opinião
Popular
• Comparar o número de
Líderes de Opinião Popular em
potencial identificados para
cada grupo de amizade com o
número necessário para obter
saturação (15%)
IMPLEMENTAÇÃO
A implementação envolve o recrutamento e treinamento de Líderes de Opinião Popular
utilizando o plano de treinamento e materiais de intervenção. A seguir há exemplos genéricos
de objetivos de processo e resultados esperados para a etapa de implementação. A instituição
deve modificar esses objetivos e resultados esperados para que sejam mais específicos e para
que atendam à metodologia “SMART.”
Objetivos de processo:
■ Durante o ano do projeto, o pessoal do projeto treinará Líderes de Opinião Popular utilizando o
plano de treinamento e os materiais de intervenção modificados, sem comprometer os elementos
centrais.
■ Durante o ano do projeto, entre a 3ª e 4ª sessão de treinamento os Líderes de Opinião Popular
terão pelo menos quatro conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendarão a
nova norma de redução de risco.
■ Durante o ano do projeto, depois da 4ª sessão de treinamento, os Líderes de Opinião terão pelo
menos 10 conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendarão a nova norma de
redução de risco.
■ Durante o ano do projeto, os Líderes de Opinião Popular utilizarão técnicas para despertar
conversas e outros dispositivos especificados para iniciar conversas sobre a redução de risco.
Resultados esperados:
■ Ao final das quatro sessões, os Líderes de Opinião Popular terão aumentado seus
conhecimentos sobre a transmissão e a prevenção do HIV.
■ Ao final das quatro sessões, os Líderes de Opinião Popular terão aumentado sua autoeficácia na
realização de conversas sobre redução de risco.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 19
Objetivo de Processo 1
Durante o ano do projeto, o pessoal do projeto treinará Líderes de Opinião Popular
utilizando o plano de treinamento e os materiais de intervenção modificados, sem
comprometer os elementos centrais.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quais das atividades das sessões de treinamento foram realizadas conforme previsto?
Fundamentação: Os conteúdos e as atividades das sessões de treinamento foram elaborados
para serem culturalmente apropriados e para produzir resultados específicos. Em especial os
elementos centrais 4, 5, 6 e 8 especificam os conteúdos e tipos de atividades que devem ser
realizados nas sessões. A fim de poder entender os resultados obtidos, é importante saber
quais das atividades foram realizadas conforme previsto, quais foram modificadas e por quê.
Essas informações podem ajudar no planejamento de futuras sessões de treinamento.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número e frequência das
sessões por leva de Líderes de
Opinião Popular
• Descrição das atividades
realizadas nas sessões
• Relatórios do Facilitador
sobre a Realização das
Sessões de Treinamento
• Comparar as atividades realizadas
nas sessões com o plano de
treinamento
• Identificar as atividades que são
sempre ou frequentemente
realizadas conforme previsto
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais atividades das sessões de treinamento foram modificadas e por quê?
Fundamentação: Os conteúdos e as atividades das sessões de treinamento foram elaborados
para serem culturalmente apropriados e para produzir resultados específicos. A fim de poder
entender os resultados obtidos, é importante saber quais das atividades foram realizadas
conforme previsto, quais foram modificadas e por quê. Essas informações podem ajudar no
planejamento de futuras sessões de treinamento.
Indicadores Fonte(s) de Coleta
de Dados
Análise
• Número e frequência das
sessões por leva de Líderes de
Opinião Popular
• Descrição das atividades
realizadas nas sessões
• Justificação da modificação das
atividades
• Relatórios do
Facilitador sobre a
Realização das
Sessões de
Treinamento
• Comparar as atividades realizadas nas
sessões com o plano de treinamento
• Identificar as atividades não realizadas
conforme previsto
• Analisar os dados para encontrar
tendências ou temas que justifiquem a
modificação das atividades
Objetivo de Processo 1 (cont.)
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais dificuldades houve na realização do treinamento dos Líderes de Opinião Popular, e
o que mais influenciou na superação dessas dificuldades?
Fundamentação: Entender os desafios para a realização do treinamento e explorar estratégias
para superá-los contribui para aprimorar os treinamentos. Documentar rotineiramente os
desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. A documentação
descrevendo as estratégias utilizadas na tentativa de superar os desafios pode ser analisada
para identificar o que funcionou ou não funcionou. Essas informações podem ser utilizadas para
aprimorar os treinamentos. Esses dados também podem ajudar a identificar informações
adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar o plano de treinamento e os materiais de
intervenção.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 20
Indicadores Fonte(s) de Coleta
de Dados
Análise
• Número e tipos de desafios
encontrados
• Descrição das estratégias
utilizadas para tentar superar
os desafios
• Relatórios do
Facilitador sobre a
Realização das
Sessões de
Treinamento
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas nos desafios à
realização dos treinamentos
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relacionados a
estratégias que permitiram superar com
sucesso esses desafios
• Identificar as informações necessárias
para orientar a superação dos desafios
que ainda permanecem
Objetivo de Processo 2
Durante o ano do projeto, entre a 3ª e 4ª sessão de treinamento os Líderes de Opinião
Popular terão pelo menos quatro conversas diferentes sobre redução de risco nas quais
referendarão a nova norma de redução de risco.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular tiveram pelo menos quatro conversas diferentes nas
quais referendaram a nova norma de redução de risco entre a 3ª e 4ª sessão de
treinamento?
Fundamentação: O sétimo elemento central estabelece, “Os Líderes de Opinião Popular
estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e
conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais.” Ao terem pelo
menos quatro conversas, os Líderes de Opinião Popular ganharão experiência em iniciar e
realizar conversas sobre redução de risco. É importante que tenham a oportunidade de ensaiar
antes da 4ª sessão para que possam discutir suas experiências e dificuldades, bem como
receber retorno (feedback) (elemento central 8).
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número de Líderes de Opinião
Popular treinados
• Número de Líderes de Opinião
Popular que tiveram pelo menos
quatro conversas diferentes sobre
redução de risco nas quais
referendaram a nova norma de
redução de risco entre a 3ª e 4ª
sessão
• Formulário para Registro de
Conversa com
Amigo/Conhecido
• Ficha de Resumo dos Dados
das Conversas com
Amigos/Conhecidos
• Relatórios do Facilitador sobre a
Realização das Sessões de
Treinamento
• Calcular a proporção de
Líderes de Opinião Popular
que tiveram pelo menos
quatro conversas
diferentes sobre redução
de risco nas quais
referendaram a nova
norma de redução de risco
entre a 3ª e 4ª sessão
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais dificuldades os Líderes de Opinião Popular encontraram em ter pelo menos quatro
conversas diferentes sobre redução de risco entre a 3ª e 4ª sessão?
Fundamentação: O sétimo elemento central estabelece, “Os Líderes de Opinião Popular
estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e
conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais.” Ao terem pelo
menos quatro conversas, os Líderes de Opinião Popular ganharão experiência em iniciar e
realizar conversas sobre redução de risco. É importante que tenham a oportunidade de ensaiar
antes da 4ª sessão para que possam discutir suas experiências e dificuldades, bem como
receber retorno (feedback) (elemento central 8). As estratégias discutidas pelo pessoal do
programa e por outros Líderes de Opinião Popular podem ajudar a orientar o aprimoramento do
plano de treinamento.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número e tipos de
desafios encontrados
• Relatórios do Facilitador sobre
a Realização das Sessões de
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas nos desafios
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 21
• Descrições das
recomendações de
melhorias
Treinamento
• Fichas de avaliação das
sessões de treinamento pelos
participantes
• Conversas informais com
Líderes de Opinião Popular
encontrados pelos Líderes de
Opinião Popular
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relacionados a
recomendações para a superação
dos desafios
Objetivo de Processo 3
Durante o ano do projeto, dentro de 1 mês depois de concluir a 4ª sessão de treinamento,
os Líderes de Opinião terão pelo menos 10 conversas diferentes sobre redução de risco
nas quais referendarão a nova norma de redução de risco.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular tiveram pelo menos 10 conversas diferentes sobre
redução de risco nas quais referendaram a nova norma de redução de risco dentro de 1
mês depois de concluir a 4ª sessão de treinamento?
Fundamentação: O sétimo elemento central estabelece, “Os Líderes de Opinião Popular
estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e
conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais.” Ao terem pelo
menos 10 conversas adicionais, as mensagens dos Líderes de Opinião Popular podem ser
absorvidas suficientemente por cada grupo de amizade. A intervenção LOP depende da
realização dessas das conversas sobre redução de risco por 15% dos Líderes de Opinião
Popular de cada grupo-alvo.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número de Líderes de Opinião
Popular treinados
• Número de Líderes de Opinião
Popular que tiveram pelo
menos 10 conversas diferentes
sobre redução de risco nas
quais referendaram a nova
norma de redução de risco
dentro de um mês depois de
concluir a 4ª sessão
• Formulário para Registro de
Conversa com
Amigo/Conhecido
• Ficha de Resumo dos Dados
das Conversas com
Amigos/Conhecidos
• Calcular a proporção de
Líderes de Opinião Popular
que tiveram pelo menos 10
conversas diferentes sobre
redução de risco nas quais
referendaram a nova norma de
redução de risco dentro de um
mês depois de concluir a 4ª
sessão
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais dificuldades os Líderes de Opinião Popular encontraram em ter pelo menos quatro
conversas diferentes sobre redução de risco entre a 3ª e 4ª sessões?
Fundamentação: O sétimo elemento central estabelece, “Os Líderes de Opinião Popular
estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e
conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais.” Ao terem pelo
menos quatro conversas, os LOPs ganharão experiência em iniciar e realizar conversas sobre
redução de risco. É importante que tenham a oportunidade de ensaiar antes da sessão 4 para
que possam discutir suas experiências e dificuldades, bem como receber retorno (feedback)
(elemento central 8). As estratégias discutidas pelo pessoal do programa e por outros Líderes
de Opinião Popular podem ajudar a orientar o aprimoramento do plano de treinamento.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número e tipos de desafios
encontrados
• Descrições das
recomendações de melhorias
• Relatórios do Facilitador
sobre a Realização das
Sessões de Treinamento
• Fichas de avaliação das
sessões de treinamento
pelos participantes
• Conversas informais com
LOPsr
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relativos aos
desafios encontrados pelos Líderes
de Opinião Popular
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relacionados
a recomendações para a
superação dos desafios
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 22
Objetivo de Processo 4
Durante o ano do projeto, os Líderes de Opinião Popular utilizarão técnicas para
despertar conversas e outros dispositivos especificados para iniciar conversas sobre a
redução de risco.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular utilizaram dispositivos para despertar conversas
sobre redução de risco?
Fundamentação: O nono elemento central estabelece, “Logos, símbolos ou outros dispositivos
são utilizados como meios de iniciar conversas entre os Líderes de Opinião Popular e outras
pessoas.” Esses dispositivos que despertam conversas são ferramentas para ajudar os Líderes
de Opinião Popular a realizar conversas sobre redução de risco. É importante saber se os
Líderes de Opinião Popular estão utilizando esses dispositivos. Se não estão utilizando, isso
significa que a organização precisa obter informações adicionais para aprimorá-los para que
sejam mais úteis para os Líderes de Opinião Popular.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número de Líderes de Opinião
Popular treinados
• Número de Líderes de Opinião
Popular autorrelatando a
utilização de dispositivos que
despertam conversas
• Relatórios do Facilitador
sobre a Realização das
Sessões de Treinamento
• Fichas de avaliação das
sessões de treinamento
pelos participantes
• Conversas informais com
Líderes de Opinião Popular
• Calcular o número total de Líderes
de Opinião Popular que
autorrelataram a utilização de
dispositivos que despertam
conversas
• Dividir o número obtido pelo
número total de Líderes de
Opinião Popular treinados para
poder identificar a proporção que
está utilizando dispositivos que
despertam conversas
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais dificuldades os Líderes de Opinião Popular encontraram na utilização de
dispositivos que despertam conversas?
Fundamentação: O nono elemento central estabelece, “Logos, símbolos ou outros dispositivos
são utilizados como meios de iniciar conversas entre os Líderes de Opinião Popular e outras
pessoas.” Esses dispositivos que despertam conversas são ferramentas para ajudar os Líderes
de Opinião Popular a realizar conversas sobre redução de risco. Documentar rotineiramente os
desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. Esses dados podem
ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar os
dispositivos que despertam conversas
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número e descrições dos
desafios encontrados
• Relatórios do Facilitador sobre
a Realização das Sessões de
Treinamento
• Fichas de avaliação das
sessões de treinamento pelos
participantes
• Conversas informais com
Líderes de Opinião Popular
• Analisar os dados para
identificar tendências ou temas
relativos aos desafios
encontrados pelos Líderes de
Opinião Popular
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 23
Objetivo de Processo 4 (cont.)
Pergunta de Avaliação de Processo:
O que os Líderes de Opinião Popular recomendaram para a melhoria dos dispositivos
que despertam conversas?
Fundamentação: O nono elemento central estabelece, “Logos, símbolos ou outros dispositivos
são utilizados como meios de iniciar conversas entre os Líderes de Opinião Popular e outras
pessoas.” Esses dispositivos que despertam conversas são ferramentas para ajudar os Líderes
de Opinião Popular a realizar conversas sobre redução de risco. Documentar rotineiramente os
desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. A documentação
contendo as recomendações dos Líderes de Opinião Popular pode ser analisada a fim de ter
ideias sobre como tornar os dispositivos mais úteis. Essas informações podem ser utilizadas
para aprimorar os treinamentos. Esses dados também podem ajudar a identificar informações
adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar os dispositivos que despertam
conversas
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número e tipos de desafios
encontrados
• Descrições das
recomendações de melhorias
• Relatórios do Facilitador
sobre a Realização das
Sessões de Treinamento
• Fichas de avaliação das
sessões de treinamento
pelos participantes
• Conversas informais
com Líderes de Opinião
Popular
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relativos aos
desafios encontrados pelos Líderes
de Opinião Popular
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relacionados a
recomendações para a superação
dos desafios
• Identificar as informações
necessárias para orientar a
superação dos desafios que ainda
permanecem
Objetivo de Processo 5
Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa treinará pelo menos 15% dos
integrantes de cada grupo de amizade.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular foram recrutados de cada grupo de amizade?
Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da
população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião
Popular.” Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos
integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre
redução de risco que referendam a nova norma.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número de Líderes de Opinião
Popular recrutados de cada
grupo de amizade
• Fichas de Inscrição de Líderes
de Opinião em Potencial
• Calcular o número total de
Líderes de Opinião Popular
recrutados de cada grupo de
amizade
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular de cada grupo de amizade concluíram todas as
quatro sessões?
Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da
população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião
Popular.” As instituições devem monitor o progresso a fim de determinar se é necessário voltar
ao campo para recrutar mais LOPs e de quais grupos de amizade precisam ser recrutados.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 24
Indicadores Fonte(s) de Coleta
de Dados
Análise
• Número de Líderes de Opinião
Popular recrutados de cada
grupo de amizade
• Número de Líderes de Opinião
Popular recrutados de cada
grupo de amizade que
concluíram todas as quatro
sessões
• Tamanho estimado de cada
grupo de amizade
• Fichas de Inscrição
de Líderes de
Opinião em Potencial
• Listas de presença
das sessões
• Relatórios do
Facilitador sobre a
Realização das
Sessões de
Treinamento
• Para cada grupo de amizade,
• Comparar o número de Líderes de
Opinião Popular necessários (15% de
cada grupo de amizade) com o número
recrutado e com o número daqueles que
concluíram todas as quatro sessões
• Calcular a diferença entre o número
necessário e o número que concluiu
todas as quatro sessões
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais dificuldades houve com a retenção dos Líderes de Opinião Popular em todas as
quatro sessões?
Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da
população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião
Popular.” Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos
integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre
redução de risco que referendam a nova norma. Entender os desafios para a retenção e explorar
estratégias para superá-los faz parte do aprimoramento da implementação da intervenção.
Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está
funcionando. A documentação descrevendo as estratégias utilizadas na tentativa de superar os
desafios pode ser analisada para identificar o que funcionou ou não funcionou. Essas
informações podem ser utilizadas para aprimorar os treinamentos. Esses dados também podem
ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar a
intervenção LOP.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número e
descrições dos
desafios
encontrados
• Descrição das
estratégias
utilizadas para
aumentar a
retenção
• Fichas de Inscrição de Líderes
de Opinião em Potencial
• Listas de presença das sessões
• Relatórios do Facilitador sobre a
Realização das Sessões de
Treinamento
• Conversas informais com
Líderes de Opinião Popular
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relativos a desafios
com a retenção
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relativos a
estratégias para aumentar a retenção
• Identificar necessidades de informações
adicionais para aprimorar as estratégias
de recrutamento e retenção
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 25
Resultado Esperado 1
Ao final das quatro sessões, os Líderes de Opinião Popular terão aumentado seus
conhecimentos sobre a transmissão e a prevenção do HIV.
Pergunta de Monitoramento de Resultado:
Após concluir as quatro sessões, qual proporção de Líderes de Opinião Popular
demonstrou um aumento de conhecimento de informações sobre a transmissão e
prevenção do HIV?
Fundamentação: Para que os Líderes de Opinião Popular possam referendar as normas de
redução de risco, precisam ter conhecimento de informações básicas sobre a transmissão e
prevenção do HIV. Este conhecimento serve com base para a construção do seu apoio para a
nova norma e para o fortalecimento de sua capacidade e segurança na prática de
comportamentos de redução de risco. Essas informações podem subsidiar o aprimoramento do
plano de treinamento.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número de Líderes de Opinião
Popular concluindo todas as quatro
sessões
• Número de respostas corretas a
perguntas sobre os meios de
transmissão do HIV e sobre
estratégias de redução de risco
antes da 1ª sessão (pré-teste).
• Número de respostas corretas a
perguntas sobre os meios de
transmissão do HIV e sobre
estratégias de redução de risco no
final da 4ª sessão (pós-teste)
• Questionário Pré-
teste/Pós-teste
• Para cada Líder de Opinião
Popular, calcular a diferença no
número de respostas corretas entre
o pré-teste e o pós-teste.
• Contar o número de Líderes de
Opinião Popular com número maior
de respostas corretas no pós-teste
quando comparado com o pré-teste
Resultado Esperado 2
Ao final das quatro sessões, os Líderes de Opinião Popular terão aumentado sua
autoeficácia na realização de conversas sobre redução de risco.
Pergunta de Monitoramento de Resultado:
Após concluir as quatro sessões, qual proporção de Líderes de Opinião Popular
autorrelatou aumento na autoeficácia na realização de conversas sobre redução de
risco?
Fundamentação: Para que os Líderes de Opinião Popular possam referendar as normas de
redução de risco, precisam estar seguros de sua capacidade de fazer isso. A resposta a esta
perguntas pode subsidiar o aprimoramento do plano de treinamento.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número de Líderes de
Opinião Popular concluindo
todas as quatro sessões
• Grau de confiança
(pontuação da resposta)
quanto à autoeficácia
• Fichas de avaliação das
sessões de treinamento pelos
participantes (sessões 2, 3 e
4)
• Para cada Líder de Opinião Popular
que conclui todas as quatro
sessões, calcular a alteração nos
itens relativos à autoeficácia nas
sessões 2, 3 e 4.
• Contar o número de Líderes de
Opinião Popular cujas respostas
indicam o aumento da autoeficácia.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 26
MONITORAMENTO (MANUTENÇÃO)
O monitoramento, ou a manutenção, dos Líderes de Opinião Popular envolve o recrutamento,
a retenção e o apoio contínuos aos mesmos até conseguir treinar 15% de cada grupo de
amizade. A seguir há exemplos genéricos de objetivos de processo e resultados esperados
para a etapa de manutenção. A instituição deve modificar esses objetivos e resultados
esperados para que sejam mais específicos e para que atendam à metodologia “SMART.”
Objetivos de Processo:
■ Cada integrante de cada leva de Líderes de Opinião Popular identificará mais dois Líderes de
Opinião Popular em potencial para recrutamento.
■ Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa realizará pelo menos dois encontros com a
primeira leva de Líderes de Opinião Popular.
■ Durante o ano do projeto, o pessoal do programa entrevistará e recrutará os indivíduos
recomendados pelos Líderes de Opinião Popular.
■ Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa realizará pelo menos dois encontros com a
primeira leva de Líderes de Opinião Popular.
■ Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa treinará pelo menos 15% dos integrantes de
cada grupo de amizade.
Objetivo de Processo 1
Cada integrante de cada leva de Líderes de Opinião Popular identificará mais dois
Líderes de Opinião Popular em potencial para recrutamento.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular identificaram pelo menos outros dois Líderes de
Opinião Popular em potencial para recrutamento?
Fundamentação: O sucesso da intervenção LOP depende do recrutamento de um número
suficiente de Líderes de Opinião Popular para alcançar 15% dos integrantes de cada grupo de
amizade. A indicação pelos atuais Líderes de Opinião Popular é uma estratégia para a
identificação desses indivíduos. Caso os Líderes de Opinião Popular não consigam identificar
outros líderes em potencial para comporem as levas futuras, será necessário o pessoal do
programa retornar ao campo para recrutar mais líderes dos grupos de amizade.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número de novos
Líderes de Opinião
Popular identificados por
cada Líder de Opinião
Popular treinado
• Relatórios do Facilitador
sobre a Realização das
Sessões de Treinamento
• Formulário para Indicação
de Líder de Opinião
• Para cada grupo de amizade,
• Calcular o número total de Líderes de
Opinião Popular em potencial
identificados pelos Líderes de Opinião
Popular treinados
• Subtrair do número necessário para
alcançar 15% o número identificado pelos
Líderes de Opinião Popular treinados
Objetivo de Processo 2
■ Durante o ano do projeto, o pessoal do programa entrevistará e recrutará os indivíduos
recomendados pelos Líderes de Opinião Popular.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular foram recrutados de cada grupo de amizade?
Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da
população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como LOPs. Para poder
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 27
mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo
de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre redução de risco que
referendam a nova norma. Entender até que ponto os LOPs recém-recrutados sejam
identificados por seus pares pode ajudar as instituições a determinarem os grupos de amizade
dos quais mais líderes precisam ser identificados.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número de novos
Líderes de Opinião
Popular identificados
por cada Líder de
Opinião Popular
treinado
• Fichas de Inscrição de
Líderes de Opinião em
Potencial
• Somar o número de LOPs identificados para
cada grupo de amizade
• Somar o número de LOPs recrutados de cada
grupo de amizade
• Calcular a proporção de LOPs identificados e
recrutados através dos atuais Líderes de
Opinião Popular
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais foram as dificuldades no recrutamento de LOPs identificadas por outros LOPs?
Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da
população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como LOPs. Para poder
mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo
de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre redução de risco que
referendam a nova norma. Entender as dificuldades no recrutamento de LOPs identificadas por
seus pares pode ajudar as instituições a identificarem a necessidade de ter orientação adicional
em relação das estratégias de recrutamento ou de aprimorá-las.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número e tipos de
desafios encontrados
• Descrição das
estratégias utilizadas
para tentar superar
os desafios
• Fichas de Inscrição de
Líderes de Opinião em
Potencial
• Relatórios do Facilitador
sobre a Realização das
Sessões de Treinamento
• Analisar os dados para identificar tendências
ou temas relativos à dificuldade em recrutar
líderes de opinião identificadas pelos LOPs
• Analisar os dados para identificar tendências
ou temas relativos a estratégias que tiveram
êxito na superação dos desafios
• Identificar as informações necessárias para
orientar a superação dos desafios que ainda
permanecem
Objetivo de Processo 3
■ Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa realizará pelo menos dois encontros
com a primeira leva de Líderes de Opinião Popular.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
De quantos enc
Fundamentação: Os encontros fazem parte da etapa de manutenção – proporcionam aos
LOPs o apoio e a motivação necessários para continuar tendo conversas sobre redução de
risco em sua vida cotidiana.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número de encontros realizados
com a primeira leva de Líderes de
Opinião Popular
• Número de LOPs da primeira leva
presentes em cada encontro
• Relatórios das Atividades
dos Encontros
• Comparar o número de
encontros realizados com o
número previsto
• Calcular a proporção de LOPs
presentes em cada encontro
em relação ao número de
LOPs da primeira leva
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 28
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais dificuldades houve com a realização dos encontros, e o que mais influenciou na
superação das mesmas?
Fundamentação: Os encontros fazem parte da etapa de manutenção – proporcionam aos
Líderes de Opinião Popular o apoio e a motivação necessários para continuar tendo conversas
sobre redução de risco em sua vida cotidiana.Entender os desafios para a realização dos
encontros e explorar estratégias para superá-los faz parte do aprimoramento da manutenção.
Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está
funcionando. A documentação descrevendo as estratégias utilizadas na tentativa de superar os
desafios pode ser analisada para identificar o que funcionou ou não funcionou. Essas
informações podem ser utilizadas para aprimorar o planejamento e a realização dos encontros.
Esses dados também podem ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser
feito para aprimorar a intervenção LOP.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de
Dados
Análise
• Número e tipos de desafios
encontrados
• Descrição das estratégias
utilizadas para tentar superar
os desafios
• Relatórios do
Facilitador sobre a
Realização das
Sessões de
Treinamento
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relativos aos
desafios para a realização dos
encontros
• Analisar os dados para identificar
tendências ou temas relativos a
estratégias que superaram os desafios
com êxito
• Identificar as informações necessárias
para orientar a superação dos desafios
que ainda permanecem
Objetivo de Processo 4
Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa treinará pelo menos 15% dos
integrantes de cada grupo de amizade.
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular de cada grupo de amizade foram recrutados?
Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da
população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião
Popular.” Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos
integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre
redução de risco que referendam a nova norma.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número de Líderes de Opinião
Popular recrutados de cada
grupo de amizade
• Fichas de Inscrição de Líderes
de Opinião em Potencial
• Calcular o número total de
Líderes de Opinião Popular
recrutados de cada grupo de
amizade
Pergunta de Monitoramento de Processo:
Quantos Líderes de Opinião Popular de cada grupo de amizade concluíram todas as
quatro sessões?
Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da
população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião
Popular.” As instituições devem monitor o progresso a fim de determinar se é necessário voltar
ao campo para recrutar mais Líderes de Opinião Popular e de quais grupos de amizade
precisam ser recrutados.
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 29
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número de Líderes de Opinião
Popular recrutados de cada
grupo de amizade
• Número de Líderes de Opinião
Popular recrutados de cada
grupo de amizade que
concluíram todas as quatro
sessões
• Tamanho estimado de cada
grupo de amizade
• Fichas de Inscrição de Líderes
de Opinião em Potencial
• Listas de presença das
sessões
• Relatórios do Facilitador sobre
a Realização das Sessões de
Treinamento
Para cada grupo de amizade:
• Comparar o número de
Líderes de Opinião Popular
necessários (15% de cada
grupo de amizade) com o
número recrutado e com o
número daqueles que
concluíram todas as quatro
sessões
• Calcular a diferença entre o
número necessário e o
número que concluiu todas as
quatro sessões
Pergunta de Avaliação de Processo:
Quais dificuldades houve com a retenção dos Líderes de Opinião Popular em todas as
quatro sessões?
Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da
população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião
Popular.” Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos
integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre
redução de risco que referendam a nova norma. Entender os desafios para a retenção e explorar
estratégias para superá-los faz parte do aprimoramento da implementação da intervenção.
Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está
funcionando. A documentação descrevendo as estratégias utilizadas na tentativa de superar os
desafios pode ser analisada para identificar o que funcionou ou não funcionou. Essas
informações podem ser utilizadas para aprimorar o recrutamento e os treinamentos. Esses
dados também podem ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito
para aprimorar a intervenção LOP.
Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise
• Número e descrições dos
desafios encontrados
• Descrição das estratégias
utilizadas para aumentar a
retenção
• Fichas de Inscrição de Líderes
de Opinião em Potencial
• Listas de presença das
sessões
• Relatórios do Facilitador sobre
a Realização das Sessões de
Treinamento
• Conversas informais com
Líderes de Opinião Popular
• Analisar os dados para
identificar tendências ou temas
relativos aos desafios com a
retenção
• Analisar os dados para
identificar tendências ou temas
relativos a estratégias para
aumentar a retenção
• Identificar necessidades de
informações adicionais para
aprimorar as estratégias de
recrutamento e retenção
Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 30
SEÇÃO 3: COLETA DE DADOS – ATIVIDADES E
PROGRAMAÇÃO
Esta seção descreve os processos e instrumentos para a coleta de dados para a intervenção
LOP. As tabelas a seguir (Tabelas 1 a 3) descrevem cada etapa das atividades recomendadas
em relação às fontes de coleta de dados e em relação aos exemplos de instrumentos contidos
neste Guia. As tabelas definem os dados em potencial que podem ser obtidos, bem como
sugestões gerais sobre a periodicidade da coleta dos dados, quais recursos podem ser
necessários, além de sugestões para a utilização dos dados. As tabelas subsequentes (Tabelas
4 a 6) resumem especificamente quando cada exemplo de instrumento deve ser aplicado,
quem deve aplicá-lo e quem preenche cada instrumento.
ATIVIDADES DE COLETA DE DADOS
Tabela 1. Atividades de Coleta de Dados Pré-Implementação
Fontes de
Coleta de
Dados
• Entrevistas
• Observações
• Grupos focais
• Análise dos dados do censo
• Levantamentos
• Listas de verificação
• Análise de documentos
• Análise dos dados epidemiológicos locais
Instrumentos • Roteiro para Grupos Focais
• Roteiro para Entrevistas com Informantes-Chave
• Formulário para Indicação de Líder de Opinião
• Relatório de Reunião de Indicação de Líderes de Opinião Popular
• Planilha de Estimativa de Custos da Intervenção LOP
• Lista de Verificação da Prontidão para Implementação
• Levantamento de Dados Demográficos e de Risco da Comunidade
• Lista de Verificação da Elaboração do Plano de Treinamento
• Formulário para Avaliação de Local ou Contexto de Encontro Social
• Roteiro para Observação da Comunidade
• Ficha de Resumo das Avaliações da Comunidade e do Risco
Dados Obtidos • Características da rede social alvo da intervenção, grupos de amizade, e líderes de
opinião popular
• Características da cultura de risco, normas sociais, atitudes, comportamentos,
convicções sobre a redução de risco
• Necessidades, questões e percepções da comunidade em relação ao risco de
infecção pelo HIV
Quando Coletar
os Dados
• Durante as etapas de pré-financiamento e planejamento, mapeamento e
direcionamento
• Nos 12 meses antes da implementação do programa
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Lop guia prático de avaliação

  • 1. Ministério da Saúde do Brasil Brasília, 2008 DEBI Brasil Líderes de Opinião Popular-LOP Estratégia de Prevenção para as DST-HIV GUIA prático de avaliação
  • 2. tGuia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 i AGRADECIMENTOS O Guia Prático de Avaliação da Intervenção com Líderes de Opinião Popular (LOP) (Popular Opinion Leader - POL) foi desenvolvido com financiamento do Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Dra. Aisha Gilliam, do Setor de Fortalecimento de Capacidades (Capacity Building Branch), Divisão de Prevenção do HIV/Aids (Division of HIV/AIDS Prevention - DHAP), do CDC, liderou a conceitualização, o desenvolvimento e a distribuição deste documento. David Knapp Whittier, da Equipe de Aplicação da Ciência, participou do desenvolvimento e revisão do guia prático, além de contribuir com recomendações valiosas quanto ao conteúdo. Gostaríamos de agradecer o empenho da equipe de desenvolvimento da Macro International Inc., bem como o apoio de seu Diretor de Projetos de HIV, Dr. David Cotton.
  • 3. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 ii ÍNDICE INTRODUÇÃO................................................................................................................1 Objetivo........................................................................................................................1 Modificação dos Materiais............................................................................................2 Sobre a Organização deste Documento.......................................................................3 SEÇÃO 1: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO LOP ..................................4 Fundamentação Teórica e Elementos Centrais............................................................5 Elementos Centrais da Intervenção LOP......................................................................7 Características Essenciais da Intervenção LOP ...........................................................9 SEÇÃO 2: OBJETIVOS PROGRAMÁTICOS E PERGUNTAS DE AVALIAÇÃO..........................10 Elaborando Objetivos “SMART” .................................................................................10 Pré-Implementação (Pré-financiamento,Planejamento,Mapeamento)........................12 Implementação...........................................................................................................18 Monitoramento (Manutenção).....................................................................................26 SEÇÃO 3: COLETA DE DADOS – ATIVIDADES E PROGRAMAÇÃO .....................................30 Atividades de Coleta de Dados ..................................................................................30 Programação da Coleta de Dados .............................................................................34 Principais Passos para a Elaboração de um Plano de Avaliação ...............................36 SEÇÃO 4: RELATÓRIOS PARA O CDC SOBRE A INTERVENÇÃO LOP...............................37 Dados do Planejamento-Programa LOP Conforme o Conjunto de Dados NHM&E ... 38 Dados de Implementação (Serviços Prestados aos Participantes) ............................49 SEÇÃO 5: PROTOCOLOS PARA A COLETA DE DADOS ....................................................56 INSTRUMENTOS DA ETAPA DE PRÉ-IMPLEMENTAÇÃO (PRÉ-FINANCIAMENTO, PLANEJAMENTO, MAPEAMENTO E TREINAMENTO) Roteiro para Grupos Focais Roteiro para Entrevistas com Informantes-Chave Formulário para Indicação de Líder de Opinião Relatório de Reunião de Indicação de Líderes de Opinião Popular Exemplo de Planilha de Estimativa de Custos Lista de Verificação da Prontidão para Implementação Levantamento Pré-Implementação- Dados Demográficos e de Risco da Comunidade Lista de Verificação da Elaboração do Plano de Treinamento Formulário para Avaliação de Local ou Contexto de Encontro Social Roteiro para Observação da Comunidade Ficha de Resumo das Avaliações da Comunidade e do Risco INSTRUMENTOS DA ETAPA DE IMPLEMENTAÇÃO Ficha de Cadastro de Líder de Opinião Popular em Potencial Pré-teste/Pós-teste para a 1ª Sessão do Treinamento Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento Fichas de Avaliação das Sessões de Treinamento pelos Participantes Formulário para Registro de Conversa com Amigo/Conhecido
  • 4. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 iii Ficha de Resumo dos Dados das Conversas com Amigos/Conhecidos Formulário para Observação de Facilitador(es) INSTRUMENTOS DA ETAPA DE MANUTENÇÃO (MONITORAMENTO) Relatório das Atividades dos Encontros dos Líderes de Opinião Avaliação da Garantia de Qualidade Roteiro para Entrevistas Pontuais em Encontros/Sessões de Reforço com LOPs Ficha de Resumo das Entrevistas Pontuais com Líderes de Opinião Levantamento Pós-Implementação-Dados Demográficos e de Risco da Comunidade ANEXOS A. Matriz de Análise de Comportamentos de Risco B. Matriz Conceitual C. Marco Lógico D. Requisitos para as Variáveis do Conjunto de Dados Nacionais para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de Prevenção do HIV, 2008 E. Referências
  • 5. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 1 INTRODUÇÃO OBJETIVO O Guia Prático de Avaliação da Intervenção com Líderes de Opinião Popular (LOP) foi desenvolvido a fim de proporcionar a organizações de base comunitária (OBC) que implementam a Intervenção LOP métodos sistemáticos para a realização de atividades de monitoramento e avaliação capazes de subsidiar, orientar e avaliar as atividades realizadas por meio da mesma. O guia prático fornece a base a partir da qual a instituição pode documentar os objetivos da avaliação, bem como ajuda a garantir a coleta dos dados mais relevantes e úteis para a implementação da intervenção LOP. O guia prático recomenda as responsabilidades do pessoal; indica como a instituição deve monitorar as atividades de intervenção e coletar e gerir dados; informa como os dados podem ser analisados; e sugere planos para a divulgação das informações aos atores envolvidos com a intervenção LOP. O plano de avaliação deve ser adaptado para atender às necessidades da instituição e deve contemplar o máximo possível de informações específicas sobre a intervenção. O plano de avaliação deve definir quais objetivos do programa serão monitorados e avaliados, quais perguntas de avaliação serão feitas, quais dados serão coletados, quando e como serão coletados e como serão analisados. O guia prático foi elaborado para ser um suplemento do Guia de Capacitação em Avaliação (Evaluation Capacity Building Guide) desenvolvido para o Setor de Fortalecimento de Capacidades (Capacity Building Branch - CBB), Divisão de Prevenção do HIV/Aids (Division of HIV/AIDS Prevention - DHAP), Centro Nacional para a Prevenção de HIV, Hepatites, DST e Tuberculose (National Center for HIV, Hepatitis, STD, and TB Prevention), do CDC, por meio de um contrato com a Macro International (CDC, 2008a). Este guia faz parte de uma série de documentos disponibilizados pela DHAP com informações e orientações sobre a avaliação de programas de prevenção de HIV, a coleta e a utilização de dados, bem como a utilização das variáveis do Conjunto de Dados Nacionais para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de Prevenção do HIV do CDC (National HIV Prevention Program Monitoring and Evaluation Data Set - NHM&E DS). Os documentos relacionados incluem: ■ O Guia de Capacitação em Avaliação (Evaluation Capacity Building Guide). O guia fornece uma visão geral sobre o monitoramento e a avaliação de intervenções baseadas em evidências, com enfoque especial em atividades, ferramentas e modelos para o monitoramento e a avaliação de processo (CDC, 2008a). ■ As Orientações Nacionais para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de Prevenção do HIV (National Monitoring and Evaluation Guidance for HIV Prevention Programs - NMEG). O manual contém uma matriz e orientações específicas sobre a utilização das variáveis do Conjunto de Dados NHM&E para o monitoramento e a avaliação de programas de prevenção do HIV (CDC, 2008b). ■ O Manual do Usuário do Sistema de Avaliação e Monitoramento de Programas (Program Evaluation and Monitoring System – PEMS – User Manual). Este manual prático descreve as funções do software PEMS (acessado pela internet) e contém instruções passo a passo para cada módulo do mesmo. Imagens de telas, exemplos de dados e relatórios são utilizados para ilustrar os principais recursos do software PEMS. O manual está disponível no site do PEMS (http://team.cdc.gov) no item ‘Trainings/PEMS User Manual’ (CDC, 2008c). ■ O Conjunto de Dados Nacionais para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de Prevenção do HIV (National HIV Prevention Program Monitoring and Evaluation - NHM&E - Data
  • 6. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 2 Set). Contém a lista completa e a descrição de todas as variáveis de monitoramento e avaliação (M&A) necessárias para submeter relatórios ao CDC, e facultativas para o M&A no âmbito local e específicas para determinadas intervenções (CDC, 2008d). ■ Os documentos acima mencionados proporcionam uma base para o monitoramento e a avaliação de programas de prevenção do HIV e a apresentação de relatórios com os dados necessários utilizando o software PEMS. As Secretarias de Saúde e as organizações financiadas diretamente pelo CDC podem solicitar auxílio técnico em monitoramento e avaliação por meio do sistema virtual de Solicitação de Informações sobre Capacitação (Capacity Request Information System - CRIS), do Setor de Fortalecimento de Capacidades. Para informações adicionais sobre o CRIS e para acessá-lo, visite http://www.cdc.gov/hiv/cba. Informações adicionais ou assistência técnica em relação ao Plano Nacional de Monitoramento e Avaliação de Programas de Prevenção do HIV e sobre o software PEMS podem ser acessadas por meio do Centro Nacional de Atendimento em Monitoramento e Avaliação de Programas de Prevenção do HIV, do Setor de Avaliação de Programas, pelo telefone 1-888-PEMS-311 (1-888-736-7311) ou pelo e-mail pemsservice@cdc.gov; pelo site do PEMS (https://team.cdc.gov); ou pelo serviço de apoio da DHAP (1-877-659-7725 ou dhapsupport@cdc.gov). MODIFICAÇÃO DOS MATERIAIS As perguntas de avaliação e os formulários para a coleta de dados contidos neste documento são de natureza bastante genérica. Os formulários visam à coleta de dados a serem utilizados para planejar, implementar, monitorar e aprimorar o programa. Refletem os requisitos para os relatórios do CDC1 , assim como os requisitos básicos de monitoramento e avaliação da intervenção LOP. Pode ser que sua instituição tenha requisitos adicionais para relatórios ou precise de informações que não estejam refletidas nas perguntas de avaliação ou nos formulários para coleta de dados. Os formulários e as perguntas contidos neste guia podem ser modificados a fim de refletir as necessidades de sua instituição. O Guia de Capacitação em Avaliação (Evaluation Capacity Building Guide, CDC, 2008a) contém informações adicionais sobre o desenvolvimento de planos de avaliação para atender às necessidades específicas de uma instituição. 1 As variáveis do Conjunto de Dados NHM&E relativas ao planejamento de programas, à testagem para HIV, e a dados institucionais foram finalizadas em tempo para serem utilizadas a partir de 1º de janeiro de 2008, conforme a Carta Circular Prezado Colega. Os instrumentos de avaliação neste guia são modelos criados para captar dados que possibilitem avaliar integralmente a intervenção POL. Também foram criados para captar a maioria das variáveis do Conjunto de Dados NHM&E relativas ao planejamento de programas e à prestação de serviços aos participantes. As instituições devem verificar com o responsável por seu projeto no CDC ou com o responsável de outra agência financiadora, se for o caso, quanto aos requisitos específicos para a prestação de informações sobre a intervenção POL. Isenção de Responsabilidade: O Conjunto de Dados Nacionais para o Monitoramento e a Avaliação de Programas de Prevenção do HIV (NHM&E) apresentado neste documento está em conformidade com os requisitos para a submissão de relatórios em vigor em setembro de 2008. O site do PEMS (https://team.cdc.gov) deve ser consultado para verificar a existência de requisitos atualizados.
  • 7. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 3 SOBRE A ORGANIZAÇÃO DESTE DOCUMENTO A Seção 1 contém um resumo sobre o M&A para a intervenção LOP, além de proporcionar uma visão geral da fundamentação teórica da intervenção, seus elementos centrais, suas principais características e atividades. A Seção 2 contém uma visão geral das etapas de M&A que podem ser relevantes para a implementação da intervenção LOP pela instituição – avaliação formativa, monitoramento e avaliação de processo, e monitoramento de resultados. A Seção 2 contém exemplos de perguntas de avaliação. Em seguida a cada pergunta há um breve texto que descreve como a pergunta resultará em informações úteis para a avaliação da intervenção LOP. A Seção 2 também contém tabelas que descrevem como cada objetivo está relacionado às perguntas de avaliação sugeridas. Cada tabela também contém indicadores relacionados, sugestões quanto aos dados a serem coletados e recomendações quanto a métodos para a análise dos dados. A Seção 3 traz um resumo na forma de uma tabela com uma descrição das atividades da intervenção LOP e recomendação de fontes de coleta de dados. A tabela apresenta instrumentos relevantes para a coleta de dados incluídos no guia, bem como os dados obtidos por meio dos mesmos. Também inclui sugestões sobre quando os dados devem ser coletados, os recursos necessários, bem como sugestões para a utilização dos dados. Além da tabela com o resumo das fontes recomendadas para a coleta de dados, a Seção 3 também contém uma tabela com uma síntese do cronograma para a aplicação de cada instrumento, quem o aplica e quem deve preenchê-lo. A seção 4 do plano contém uma visão geral dos requisitos para relatórios do CDC em relação à intervenção LOP. A Seção 5 inclui sugestões de modelos e protocolos para a coleta de dados de acordo com as atividades da intervenção LOP. Os anexos tratam da análise de risco comportamental (Anexo A), a matriz conceitual (Anexo B), o marco lógico (Anexo C), e uma lista das variáveis do Conjunto de Dados NHM&E para o ano de 2008 (sendo que não são todas exigidas para esta intervenção específica) (Anexo D).2 A análise de risco examina fatores que podem colocar integrantes da população-alvo sob risco de contrair ou transmitir o HIV, bem como fatores que possam contribuir para esse risco. A matriz conceitual faz a ligação entre os tipos de atividades da intervenção LOP e os fatores de risco e de proteção identificados na análise de comportamentos de risco. O marco lógico descreve as relações entre os comportamentos de risco, as atividades da intervenção e os resultados esperados. Estas ferramentas de avaliação servirão para nortear o desenvolvimento do plano de avaliação da intervenção LOP e se baseiam nos materiais da intervenção e em consultas com integrantes da Equipe de Aplicação da Ciência do Setor de Fortalecimento de Capacidades - CBB. 2 Os requisitos relativos às variáveis contidos no Anexo D dizem respeito aos períodos de coleta de dados iniciando em 1º de janeiro e 1º de julho de 2008, excluindo os requisitos para variáveis sobre Serviços de Testagem em HIV e Serviços de Aconselhamento e Encaminhamento de Parceiros (Partner Counseling and Referral Services - PCRS). Visto que o presente documento contém apenas um resumo dos requisitos, solicitamos que consulte o Conjunto de Dados NHM&E (CDC, 2008d) para obter uma descrição mais detalhada das definições, opções de valores e requisitos atualizados.
  • 8. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 4 SEÇÃO 1: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO LOP É importante que a instituição monitore e avalie a implementação da intervenção LOP. As atividades de monitoramento e avaliação (M&A) ajudam a determinar como o plano da intervenção foi implementado, e até que ponto foi bem implementado, manteve a lógica própria da intervenção e alcançou as metas e os objetivos da mesma. A instituição pode utilizar essas informações valiosas para monitorar e aprimorar a implementação da intervenção. Conforme indicado no Guia de Capacitação em Avaliação (Evaluation Capacity Building Guide, CDC, 2008a), há cinco etapas ou tipos de monitoramento e avaliação (Apresentação 1). Apresentação 1. Tipos de Avaliação 1 Avaliação Formativa A avaliação formativa é utilizada para entender as necessidades da população e/ou comunidade alvo da intervenção. As respostas às perguntas de avaliação formativa podem ser utilizadas para orientar a elaboração do plano de implementação do programa. As perguntas de formação avaliativa tratam de questões como: • Quais são as atitudes dos integrantes da comunidade em relação ao uso do preservativo? • Onde os integrantes da população-alvo buscam informações sobre a prevenção do HIV? • Quais fatores influenciam os comportamentos de risco da população-alvo? 2 Monitoramento de Processo As informações obtidas por meio do monitoramento de processo permitem visualizar as atividades implementadas, as populações atendidas, os serviços prestados ou os recursos utilizados. Essas informações podem ser utilizadas para aprimorar o programa e para avaliar o processo. As informações obtidas por meio do monitoramento de processo muitas vezes proporcionam respostas a perguntas como: • Quais são as características da população atendida? • Quais atividades da intervenção foram implementadas? • Quais recursos foram utilizados para realizar essas atividades? 3 Avaliação de Processo A avaliação de processo envolve uma análise dos dados de processo que facilita a comparação entre o que foi previsto e o que de fato foi realizado durante a implementação. A avaliação de processo permite determinar se será possível alcançar os objetivos, além de proporcionar informações que possam orientar o planejamento e o aprimoramento. As perguntas de avaliação de processo tratam de questões como: • A intervenção foi implementada conforme previsto? • A intervenção alcançou o público previsto? • Quais barreiras foram encontradas pela população-alvo e pelo pessoal da instituição no decorrer da intervenção? 4 Monitoramento de Resultados O monitoramento de resultados envolve a análise de mudanças que tenham ocorrido após a exposição à intervenção, como mudanças de conhecimento, atitudes, comportamentos ou no acesso a serviços por parte dos indivíduos que participaram da intervenção; ou mudanças nas normas da comunidade ou mudanças em fatores estruturais. As respostas às perguntas de monitoramento de resultados permitem determinar se os resultados esperados foram alcançados. Os resultados incluem mudanças em conhecimentos, atitudes, habilidades ou comportamentos. O monitoramento de resultados responde à pergunta, “Os resultados esperados foram alcançados?”
  • 9. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 5 Apresentação 1. Tipos de Avaliação 5 Avaliação de Resultados A avaliação de resultados procura determinar se foi a intervenção que provocou a mudança nos comportamentos, atitudes, habilidades, intenções e convicções dos indivíduos que participaram dela, ou das comunidades em que a intervenção foi implementada. É necessário ter um segundo grupo de indivíduos que não participaram da intervenção, ou uma segunda comunidade que não foi objeto de uma intervenção semelhante, com características parecidas às dos indivíduos ou da comunidade que sofreram a intervenção, para poder realizar uma comparação e demonstrar que as mudanças que ocorreram foram provocadas pela intervenção e que não aconteceram “por acaso”. Idealmente, a avaliação de resultados envolve a comparação com um grupo de indivíduos que não participaram da intervenção. A maioria das atividades de M&A de sua instituição se concentrará na avaliação formativa, no monitoramento e avaliação de processo, e – num grau menor – no monitoramento de resultados. A realização dessas atividades fornecerá à instituição informações programáticas valiosas que podem ser utilizadas não somente em relatórios a serem apresentadas aos financiadores, como também no aprimoramento da atual implementação da intervenção LOP. Embora seria ideal se as instituições pudessem realizar uma avaliação abrangente das atividades e dos componentes da intervenção LOP envolvendo as cinco etapas descritas acima, o CDC reconhece que isto pode ser difícil e inviável para muitas organizações de base comunitária, visto que a maioria não possui a capacidade ou os recursos para realizar avaliações formais de resultados. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ELEMENTOS CENTRAIS Trata-se de uma intervenção comunitária de prevenção de HIV baseada na teoria da difusão de inovações. A intervenção visa a promover normas para a redução de riscos relacionados ao HIV dentro de uma rede de grupos de amizade que compartilham uma cultura de risco, como atitudes, convicções, normas, opiniões, conhecimentos e comportamentos. Pessoas que criam tendências, ou “Líderes de Opinião Popular” (LOP), dentro de grupos de amizade endossam ou referendam uma nova norma social que promove uma cultura mais protetora para a rede. Com o passar do tempo, o comportamento entre grupos de amizade muda por causa do endosso da nova norma social pelos Líderes de Opinião Popular. A teoria da difusão de inovações sugere que tendências e inovações muitas vezes são iniciadas por um subgrupo de formadores de opinião em uma população. Uma vez visivelmente demonstradas e aceitas, as inovações (ex. normas, ideias e práticas) passam a ser difundidas em uma população inteira, influenciando seus integrantes. A teoria da difusão de inovações propõe que contatos interpessoais resultam na transmissão de informações e influenciam opiniões. Rogers (1995) sugere que a teoria da difusão de inovações consiste de quatro etapas: inovação, difusão, tempo e consequências e que as informações, nessas etapas, fluem dentro de diversas redes. Os tipos de redes e o papel que certos indivíduos, que podem ser descritos como formadores ou líderes de opinião, desempenham dentro das redes determinam a probabilidade da adoção da inovação. Segundo Rogers (1995), a difusão é o processo por meio do qual uma inovação é comunicada entre os integrantes de uma rede por meio de diversos canais durante um período de tempo. Uma inovação é uma nova ideia, prática ou objeto que um integrante de uma rede pode vir a adotar. A comunicação é um
  • 10. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 6 processo por meio do qual os integrantes de uma rede criam e compartilham informações entre si a fim de chegar a um entendimento comum. A teoria da difusão de inovações e os materiais do programa LOP serviram de fundamentação para o marco lógico e para outras ferramentas e instrumentos incluídos neste plano de avaliação. Todos estes elementos nortearão as atividades de monitoramento e avaliação de sua instituição na implementação da intervenção LOP. Tem sido demonstrada a efetividade da intervenção LOP em colaborar para a mudança de normas relativas à redução de risco em redes sociais de grupos de amizade que compartilham uma cultura de normas de risco e normais sociais quanto ao risco associado ao HIV. Trata-se de uma das intervenções comportamentais efetivas divulgadas pelo CDC. As pessoas que inicialmente desenvolveram a intervenção LOP identificaram nove elementos centrais da mesma. “Os elementos centrais são as partes de uma intervenção que têm que ser realizados e não podem ser modificados. Foram construídos a partir da teoria comportamental em que a intervenção ou a estratégia se baseia; considera-se que são responsáveis pela efetividade da intervenção. Os elementos centrais são essenciais e não podem ser ignorados ou modificados” (CDC, abril de 2006). Os nove elementos centrais da intervenção LOP são elencados a seguir.
  • 11. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 7 ELEMENTOS CENTRAIS DA INTERVENÇÃO LOP 1. A intervenção LOP é direcionada a uma população-alvo identificável em locais comunitários bem definidos nos quais é possível estimar o tamanho da população. 2. São utilizadas sistematicamente técnicas etnográficas para identificar segmentos da população-alvo e para identificar as pessoas que são as mais benquistas, respeitadas e detêm a confiança de outras pessoas em cada segmento da população. 3. No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião Popular. 4. Por meio do treinamento, os Líderes de Opinião Popular aprendem habilidades necessárias para iniciar mensagens sobre a redução de risco para amigos e conhecidos durante conversas cotidianas. 5. Por meio do treinamento, os Líderes de Opinião Popular aprendem as características de mensagens efetivas sobre mudança de comportamento direcionadas para atitudes, normas, intenções e autoeficácia relativas ao risco. Em conversas, os Líderes de Opinião Popular endossam ou referendam pessoalmente os benefícios de comportamentos mais seguros e recomendam passos práticos necessários para implementar mudanças. 6. Grupos de Líderes de Opinião Popular se encontram semanalmente em sessões que envolvem aprendizagem, modelos de facilitação e exercícios aprofundados com dramatizações para que possam aprimorar suas habilidades e ganhar confiança quanto à trnnsmissão para outras pessoas de mensagens efetivas sobre a prevenção do HIV. O tamanho dos grupos é suficientemente pequeno para permitir que todos os Líderes de Opinião Popular tenham oportunidades amplas para fazer exercícios que aprofundam suas habilidades de comunicação e os proporcionam tranquilidade na transmissão de mensagens por meio de conversas. 7. Os Líderes de Opinião Popular estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais. 8. Os resultados das conversas dos Líderes de Opinião Popular são analisados, discutidos e reforçados nas sessões subsequentes. 9. Logos, símbolos ou outros dispositivos são utilizados como meios para iniciar conversas entre os Líderes de Opinião Popular e outras pessoas. Estes nove elementos centrais ajudam a orientar as etapas da intervenção, desde a etapa anterior ao recebimento do financiamento, o planejamento, o mapeamento e a definição quanto ao direcionamento das ações (ou seja, a etapa de pré-implementação); a etapa da implementação; até a etapa do monitoramento da intervenção LOP. Os elementos centrais são essenciais para poder pôr em prática as atividades do programa. A Apresentação 2 contém um resumo das principais atividades da intervenção LOP.
  • 12. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 8 Apresentação 2. Principais Atividades da Intervenção LOP Etapa anterior ao recebimento do financiamento • Identificar uma população sob risco dentro da qual a intervenção LOP será direcionada • Iniciar o desenvolvimento de relações relevantes com a comunidade • Avaliar a aplicabilidade e a viabilidade da intervenção LOP na comunidade (iniciar a avaliação da comunidade e do risco) • Obter financiamento ou recursos suficientes para realizar a intervenção LOP Etapa de Planejamento, Mapeamento e Direcionamento • Definir a relação entre os recursos disponíveis e a abrangência e o tamanho do projeto • Quantos Líderes de Opinião Popular será possível treinar e ter atuando com os recursos disponíveis? • Com os recursos disponíveis, qual é o tamanho da rede na qual será possível fazer a intervenção? • Treinar o pessoal do projeto • Iniciar o processo de elaboração das ferramentas de planejamento e monitoramento da intervenção LOP (www.effectiveinterventions.org) • Envolver lideranças e a comunidade específica alvo da intervenção LOP • Concluir a avaliação da comunidade e do risco a fim de poder direcionar a intervenção LOP; identificar e estimar o tamanho da(s) rede(s) social/sociais alvo(s), a norma relacionada ao risco que será alvo da intervenção, bem como a primeira turma de Líderes de Opinião Popular • Elaborar materiais e planos específicos para o projeto local de intervenção LOP • Logo/dispositivo que desperta conversas • Plano de treinamento • Planos e procedimentos para recrutamento de Líderes de Opinião Popular • Plano para treinar Líderes de Opinião Popular em turmas • Plano de procedimentos de retenção • Plano de apoio e manutenção de Líderes de Opinião Popular na comunidade • Finalizar as ferramentas de planejamento e monitoramento da intervenção LOP Etapa de Implementação e Monitoramento (Manutenção) • Iniciar o recrutamento dos Líderes de Opinião Popular • Realizar a identificação contínua de Líderes de Opinião Popular (se apropriado) • Iniciar o treinamento contínuo dos Líderes de Opinião Popular (em levas) • Iniciar as atividades contínuas de retenção, seguimento e apoio • Monitorar a consecução dos objetivos do programa A avaliação do programa LOP executado por sua instituição deve incluir a verificação da observância dos elementos centrais na implementação das atividades previstas, assim como a observância de várias características essenciais para a realização da intervenção sugeridas pela equipe que desenvolveu a intervenção original. As características essenciais são as atividades e os métodos de sua realização que, embora considerados de grande valor para a intervenção, possam ser alteradas sem que isto resulte na alteração dos resultados esperados. Podem ser adaptados e customizados de acordo com sua instituição ou as populações-alvo (CDC, 2003). Basicamente, os elementos centrais e as características essenciais formam a matriz dentro da qual das atividades da intervenção LOP devem idealmente ser realizadas. A seguir há um resumo das características essenciais da intervenção LOP.
  • 13. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 9 CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA INTERVENÇÃO LOP ■ Conseguir o envolvimento, o apoio e a cooperação de lideranças-chave da comunidade ■ Identificar e caracterizar os vários grupos de amizade dentro da rede social alvo da intervenção ■ Por meio de informantes-chave, identificar um número suficiente de Líderes de Opinião Popular correspondente a pelo menos 15% de cada grupo de amizade dentro da rede social ■ Recrutar Líderes de Opinião Popular, enfatizando seu papel positivo em potencial na prevenção da aids junto a outras pessoas ■ Explicar para os Líderes de Opinião Popular que foram indicados com base na sua popularidade, credibilidade e capacidade de influenciar outras pessoas ■ Explicar a teoria e a filosofia da intervenção para os Líderes de Opinião Popular ■ Enfatizar o papel dos Líderes de Opinião Popular na mudança de normas entre grupos de pares por meio de mensagens sobre a prevenção do HIV/aids em conversas com amigos e conhecidos ■ Fornecer aos Líderes de Opinião Popular informações corretas sobre a redução do risco de infecção pelo HIV ■ Fornecer orientações práticas aos Líderes de Opinião Popular sobre como implementar mudanças de comportamento para reduzir o risco de infecção pelo HIV ■ Fornecer aos Líderes de Opinião Popular informações sobre como se comunicar efetivamente com outras pessoas informações sobre a redução do risco de infecção pelo HIV ■ Facilitar grupos envolvendo técnicas de solução de problemas, com enfoque em como cada Líder de Opinião Popular poderá conversar com seus pares, permitindo que cada pessoa tenha tempo suficiente para discutir as questões que surgirem ■ Recrutar Líderes de Opinião Popular adicionais, solicitando que cada um dos atuais Líderes de Opinião Popular traga amigos para participar da segunda leva da intervenção ■ Treinar uma nova, segunda, leva de Líderes de Opinião Popular para manter o ímpeto do programa ■ Organizar “encontros” com todos os Líderes de Opinião Popular (a primeira leva e as levas sucessivas) e lideranças-chave para discutir a manutenção da intervenção LOP.
  • 14. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 10 SEÇÃO 2: OBJETIVOS PROGRAMÁTICOS E PERGUNTAS DE AVALIAÇÃO Este guia prático de avaliação vai ajudar a documentar como a instituição pretende avaliar a intervenção LOP e também a estabelecer uma matriz para a realização da avaliação. Idealmente, o plano de avaliação deve fazer parte do plano de implementação da intervenção LOP para que as atividades de monitoramento e avaliação integrem a própria execução do programa. O plano de avaliação deve contemplar todos os aspectos da intervenção, desde o mapeamento da comunidade até os resultados. Com um plano detalhado será possível registrar cada etapa do processo, identificando quais aspectos do programa estão funcionando bem e quais precisam ser melhorados. O plano de avaliação deve incluir: ■ Programação e processos – quando e como a intervenção será elaborada, implementada e avaliada ■ Responsabilização – quem será responsável pelos diversos aspectos do trabalho ■ Gestão de dados – quais instrumentos serão utilizados para coletar os dados e como as atividades de coleta de dados serão acompanhadas e monitoradas ■ Plano e cronograma para a análise dos dados – como e quando os dados serão analisados ■ Elaboração de relatórios – como e quando os relatórios serão elaborados e divulgados para os atores envolvidos ■ Plano e cronograma de divulgação – quando os relatórios, a análise dos dados e outros produtos serão divulgados para os atores envolvidos O plano de avaliação da intervenção LOP deve ser organizado em torno de cada etapa da intervenção (pré-implementação, implementação e monitoramento). O primeiro passo é a identificação dos objetivos a serem monitorados e avaliados em cada etapa da intervenção. O manual de implementação da intervenção LOP e o marco lógico (Anexo C) também podem ajudar a determinar as atividades de intervenção para as quais devem existir objetivos. É importante definir com clareza objetivos “SMART”, significando ‘inteligente’ em inglês (eSpecífico; Mensurável; Apropriado; Realista; Tempo definido) para nortear esse processo. Se os objetivos existentes não têm esse formato, os mesmos devem ser reelaborados para que os tenham. ELABORANDO OBJETIVOS “SMART” Ao elaborar objetivos “SMART”, há vários pontos essenciais a serem considerados para garantir que sejam específicos, mensuráveis, apropriados, realistas e com o tempo definido: ■ Um objetivo específico identifica eventos ou ações que serão realizados. Para verificar isso, pode-se perguntar, “O objetivo especifica claramente o que será realizado?” ■ Um objetivo mensurável informa uma quantidade (quantos recursos ou atividades, ou quanta mudança). Para verificar isso, pode-se perguntar,“É possível medir a quantidade?” ■ Um objetivo apropriado mostra sua relevância em relação ao problema como um todo e em relação aos efeitos desejados do programa LOP. Para verificar isso, pode-se perguntar, “O objetivo faz sentido em termos daquilo que o programa está tentando conseguir?” ■ Um objetivo realista pode ser alcançado com os recursos disponíveis e os planos de implementação. Para verificar isso, pode-se perguntar, “O objetivo pode ser alcançando levando em consideração os recursos e a experiência disponíveis?” ■ Um objetivo com tempo definido specifica em quanto tempo o objetivo será alcançado. Para verificar isso, pode-se perguntar, “O objetivo especifica quando será alcançado?”
  • 15. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 11 Os objetivos de processo elaborados utilizando a metodologia SMART contemplam as principais atividades ou processos que precisam ocorrer para alcançar os resultados esperados da intervenção. As principais atividades são as ações programáticas necessárias para implementar a intervenção. Os objetivos de processo devem permitir avaliar até que ponto os elementos centrais e as características essenciais da intervenção LOP foram incorporados e seguidos (ver a Seção 1) durante a implementação dos componentes das atividades principais do programa (isto é, se a intervenção foi fiel aos elementos centrais e às características essenciais). Os objetivos de processo são os planos específicos para as ações do programa. São enunciados de ações que precisam ser realizadas, quando, onde, por quem, como e em que quantidade. ■ Pergunte, Quais são as principais atividades ou processos programáticos da intervenção LOP em cada etapa de sua implementação (especialmente em uma determinada fase do programa)? Os resultados esperados elaborados utilizando a metodologia SMART identificam o que deve mudar em decorrência da implementação das principais atividades ou processos. Os resultados programáticos são o que se espera como consequência da implementação das principais atividades, tais como mudanças nas normas ou nos comportamentos da rede social. ■ Pergunte, Quais são os resultados esperados das atividades da intervenção para cada etapa de sua implementação? O próximo passo é a elaboração de perguntas de avaliação para verificar até que ponto os objetivos foram alcançados. O plano de avaliação também deve definir quais dados devem ser coletados e como serão analisados. As decisões sobre os métodos de coleta dos dados devem ser baseadas no que a instituição precisa em termos de dados e também na disponibilidade de recursos. Refletir sobre como a instituição vai utilizar os dados ajudará a justificar a importância da coleta dos mesmos, além de ajudar na elaboração de um plano para sua análise e divulgação. Nas páginas a seguir há exemplos de objetivos e perguntas para cada etapa da intervenção LOP. Para cada objetivo, constam sugestões de perguntas de avaliação, bem como a fundamentação das perguntas. Também constam os tipos de informações necessárias para poder responder à pergunta (indicadores), possíveis ferramentas e fontes de coleta de dados e como estes podem ser analisados. Esses exemplos são organizados na forma de uma tabela de planejamento da avaliação. Utilize os exemplos para elaborar ou aprimorar o plano de avaliação. Os objetivos e as perguntas contidos neste Guia podem ser utilizados para subsidiar o plano de avaliação da intervenção LOP; no entanto, os exemplos não são exaustivos e servem apenas como orientação para elaboração do plano próprio de avaliação. O plano de avaliação, inclusive os objetivos e as perguntas de avaliação, deve ser elaborado para refletir a forma como a instituição realizará a implementação e também para fornecer as informações que a instituição precisa. Para informações adicionais sobre a elaboração de um plano de avaliação específica para sua instituição, bem como a elaboração de objetivos SMART e perguntas de avaliação, consulte o Guia de Capacitação em Avaliação (Evaluation Capacity Building Guide, CDC, 2008a).
  • 16. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 12 PRÉ-IMPLEMENTAÇÃO (PRÉ-FINANICAMENTO, PLANEJAMENTO, MAPEAMENTO E DIRECIONAMENTO) A etapa de pré-implementação envolve a coleta de informações sobre as redes sociais existentes dentro de uma população maior sob risco e a seleção de uma rede social específica para ser o alvo da intervenção LOP. A etapa de pré-implementação também envolve a obtenção de apoio da comunidade, a identificação de um local para o recrutamento e a identificação de indivíduos que possam atuar como Líderes de Opinião Popular. A seguir há exemplos de objetivos para a etapa de pré-implementação: ■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa realizará uma avaliação da comunidade e do risco em redes sociais que têm o potencial de ser alvos do projeto dentro da população maior sob risco. ■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará um local, ambiente ou contexto de encontro social comunitário bem definido no qual os tamanhos das redes sociais podem ser estimados. ■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa selecionará uma rede social cujo tamanho seja compatível com os recursos que a instituição tem para a intervenção LOP. ■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa realizará uma avaliação comunitária e de risco para identificar pelo menos três normas sociais culturalmente específicas da rede social alvo da intervenção. ■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa terá modificado os materiais de treinamento e intervenção do programa LOP para garantir sua adequação cultural à rede social alvo da intervenção. ■ Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará 15% dos integrantes da rede social que poderão atuar como Líderes de Opinião Popular. A seguir há exemplos de perguntas de avaliação formativa para cada objetivo. Em seguida a cada pergunta há uma breve fundamentação de sua importância. Depois da fundamentação há uma tabela que descreve os tipos de dados necessários (ou seja, indicadores), métodos em potencial de coleta de dados, e como os dados podem ser analisados a fim de obter uma resposta para cada pergunta Objetivo Formativo 1 Durante os primeiros 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa realizará uma avaliação comunitária e do risco em redes sociais que têm o potencial de ser alvos do projeto dentro da população maior sob risco. Pergunta de Avaliação Formativa: Quantas redes sociais potencialmente alvos da intervenção existem dentro da população maior sob risco? Fundamentação: Para implementar a intervenção LOP, as instituições precisam decidir qual rede social específica com grupos de amizade que precisam da intervenção será selecionada dentre as muitas redes existentes dentro da população maior sob risco. Ter informações sobre as redes sociais ajudará a identificar para quais delas é preciso coletar dados de avaliação comunitária e de risco. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Características sociodemográficas (idade, raça, etnia, gênero, orientação sexual) • Entrevistas com informantes-chave • Observações da • Estabelecer critérios para distinguir uma rede social da outra • Contar o número de redes sociais
  • 17. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 13 da população maior sob risco • Número de redes sociais existentes dentro da população maior sob risco comunidade • Análise de documentos (ex. dados da vigilância local) identificadas por meio de observações, entrevistas com informantes-chave e a análise dos documentos Pergunta de Avaliação Formativa: Quais são os costumes, normas, convicções e comportamentos das redes sociais potencialmente alvos da intervenção em relação ao seu grau de risco? Fundamentação: Para implementar a intervenção LOP, as organizações precisam decidir qual rede social específica com grupos de amizade que precisam da intervenção será selecionada dentre as muitas redes existentes dentro da população maior sob risco. Ter informações sobre as redes sociais ajudará a orientar decisões eficientes e efetivas quanto a qual (quais) delas deve ser alvo da intervenção. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Para cada rede social potencialmente alvo da intervenção: • Comportamentos de risco • Grau de risco • Costumes sociais que influenciam o risco • Normas sociais sobre comportamentos de proteção e de risco • Convicções sobre o HIV e sobre comportamentos de proteção e de risco • Entrevistas com informantes- chave • Observações da comunidade • Grupos focais • Análise de documentos (ex. dados da vigilância local) • Para cada rede social, analisar os dados coletados para identificar temas comuns relacionados a: • Comportamento(s) que põem integrantes da rede social em risco de infecção pelo HIV • Quando e com que frequência os integrantes da rede praticam o(s) comportamento(s) de risco • Costumes, normas e convicções sobre o HIV e quais deles influenciam a prática de comportamentos de risco Pergunta de Monitoramento de Processo: Quais técnicas etnográficas foram utilizadas para identificar a rede social potencialmente alvo da intervenção? Fundamentação: Visto que pode haver muitas redes sociais potencialmente alvos da intervenção, as instituições devem utilizar sistematicamente técnicas etnográficas para ajudar na decisão sobre qual grupo deve ser selecionado. As técnicas etnográficas podem ser uma maneira rápida de se fazer uma avaliação aproximada dos costumes, normas, convicções e comportamentos das redes sociais em relação ao seu grau de risco. A utilização sistemática de técnicas etnográficas para identificar uma rede social potencialmente alvo da intervenção LOP também faz parte dos nove elementos centrais nos quais a intervenção se baseia. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Para cada rede social potencialmente alvo da intervenção: • Número e tipos de técnicas etnográficas utilizadas • Número de tipos de indivíduos com os quais as técnicas etnográficas foram utilizadas • Análise de documentos • Observações da comunidade • Entrevistas com informantes- chave • Grupos focais • Contar o número de tipos de técnicas etnográficas utilizadas para identificar a população sob risco • Contar o número de indivíduos com os quais cada técnica etnográfica foi utilizada
  • 18. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 14 Objetivo Formativo 2 Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará um local, ambiente ou contexto de encontro social comunitário bem definido no qual os tamanhos das redes sociais podem ser estimados. Pergunta de Avaliação Formativa: Em quais locais, ambientes ou contextos de encontro social os integrantes da rede social potencialmente alvo da intervenção se reúnem com frequência? Fundamentação: Para implementar a intervenção LOP, as instituições precisam de um contexto em que todos os grupos de amizade podem ser concretamente identificados, estimados e, por fim, ser alvos da intervenção. Para poder explicar por que um determinado local, ambiente ou contexto de encontro social comunitário foi selecionado, a instituição precisa saber quais destes são mais frequentados por integrantes das redes sociais potencialmente alvos da intervenção e quando frequentam. Além disso, o primeiro elemento central da intervenção LOP estabelece, “A intervenção LOP é direcionada a uma população-alvo identificável em locais comunitários bem definidos nos quais é possível estimar o tamanho da população.” Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Para cada rede social potencialmente alvo da intervenção: • Número e nomes dos locais, ambientes ou contextos frequentados regularmente por integrantes da rede social • Os dias da semana e os horários em que o maior número de integrantes de uma rede social está no local, ambiente ou contexto de encontro social • Entrevistas com informantes-chave • Observações da comunidade • Grupos focais • Formulário para Avaliação de Local ou Contexto de Encontro Social • Para cada rede social potencialmente alvo da intervenção e para cada local, ambiente ou contexto em potencial, analisar dados de múltiplas fontes para chegar ao consenso sobre: • Quando integrantes da rede social estão presentes com frequência • Em quais dias da semana integrantes da rede social podem ser encontrados com frequência • Em quais horários o maior número de integrantes da rede social pode ser encontrado Pergunta de Avaliação Formativa: Em quais locais, ambientes ou contextos de encontro social o pessoal do programa tem mais acesso a integrantes da rede social potencialmente alvo da intervenção? Fundamentação: Para implementar a intervenção LOP, as instituições precisam de um contexto em que todos os grupos de amizade de uma rede podem ser concretamente identificados, estimado e, por fim, ser alvos da intervenção. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise Para cada rede social potencialmente alvo da intervenção e para cada local, ambiente ou contexto em potencial: • Acessibilidade do local quando há o maior número de integrantes da rede social presentes • Relacionamento do pessoal da instituição com lideranças ou gerentes • Observações da comunidade • Entrevistas com informantes-chave Para cada rede social potencialmente alvo da intervenção e para cada local, ambiente ou contexto em potencial, analisar os dados para chegar ao consenso sobre: • Acesso do pessoal da instituição • Relacionamento do pessoal da instituição com lideranças ou gerentes Avaliar os locais, ambientes e contextos sociais em termos da adequação do acesso do pessoal da instituição e observar as redes sociais em potencial a fim de estimar seu tamanho.
  • 19. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 15 Objetivo Formativo 3 Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa selecionará uma rede social cujo tamanho seja compatível com os recursos da instituição para a intervenção LOP. Pergunta de Avaliação Formativa: Qual é o tamanho estimado de cada rede social potencialmente alvo da intervenção? Fundamentação: A quantificação e a descrição das redes sociais e dos grupos de amizade que podem ser alvos da intervenção LOP são um dos primeiros passos essenciais da mesma. Responder a esta pergunta ajudará a determinar se o tamanho da rede social, dos grupos de amizade relacionados a ela, bem como os 15% de Líderes de Opinião Popular dentro de cada grupo de amizade são realistas tendo em vista os fundos e recursos que a instituição tem disponível Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise Para cada rede social potencialmente alvo da intervenção: • Número de indivíduos na rede social • Observações da comunidade • Entrevistas com informantes-chave Para cada rede social potencialmente alvo da intervenção: • Mapear os grupos de amizade dentro da rede social • Contar o número de integrantes identificados dentro da rede social Pergunta de Avaliação Formativa: O valor do financiamento e os recursos disponíveis são suficientes para permitir a implementação da intervenção LOP com base no tamanho da rede social alvo da mesma? Fundamentação: Determinar se os recursos financeiros, materiais e humanos disponíveis são suficientes para permitir a implementação da intervenção LOP pela instituição ajudará a identificar se faltam recursos específicos, bem como agir para supri-los ou modificar os objetivos e atividades de implementação do projeto para que correspondam melhor às limitações dos recursos. Também pode ser necessário a instituição redefinir a rede social alvo, de modo a escolher uma cujo tamanho estimado seja apropriado para os fundos e recursos disponíveis. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Quantidade de financiamento e recursos disponíveis • Número de Líderes de Opinião Popular que podem ser treinados com os fundos e recursos disponíveis • Tamanho estimado das redes sociais de grupos de amizade • Planilha de estimativa de custos (disponível no manual de implementação da intervenção LOP) • Observações da comunidade • Entrevistas com informantes-chave • Utilizando a planilha de estimativa de custos, calcular o número de Líderes de Opinião Popular que a instituição pode treinar com os fundos e recursos disponíveis • Calcular o número de Líderes de Opinião Popular que precisam ser treinados e estar atuando para alcançar 15% da rede social de grupos de amizade (ou seja, multiplicar o tamanho estimado de cada rede social por 0,15). • Comparar o número de Líderes de Opinião Popular que a instituição tem condições de treinar com o número que precisa ser treinado em cada rede social (15%).
  • 20. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 16 Objetivo Formativo 4 Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará pelo menos três normas sociais culturalmente específicas da rede social alvo da intervenção. Pergunta de Avaliação Formativa: Quais são as normas sociais, especificamente relacionadas a comportamentos de risco de infecção pelo HIV, da rede social alvo da intervenção? Fundamentação: Os dados coletados sobre as normas sociais durante o processo de avaliação comunitária e de risco (ex. atitudes, convicções, opiniões) servirão como subsídio para a adequação e a adaptação das atividades da intervenção LOP para a rede social selecionada. É muito provável que haja muitas normas sociais relacionadas ao risco identificadas pela instituição dentro da rede social. No entanto, as limitações de recursos e capacidade não permitirão que a instituição possa direcionar ações a cada norma relacionada ao risco. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Normas sociais sobre comportamentos de proteção e de risco • Entrevistas com informantes-chave • Observações da comunidade • Grupos focais • Analisar os dados da avaliação comunitária e de risco para encontrar temas comuns relacionados a normas sociais culturalmente específicas a respeito do HIV e comportamentos de risco de infecção pelo HIV • Descrever pelo menos 3 normas sociais culturalmente específicas a serem alvos em potencial da intervenção LOP Objetivo Formativo 5 Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa terá modificado os materiais de treinamento e intervenção do programa LOP para garantir sua adequação cultural à rede social alvo da intervenção. Pergunta de Avaliação Formativa: Quais são as influências culturais sobre normas, valores e convicções que desincentivam comportamentos de alto risco entre integrantes da população-alvo selecionada? Fundamentação: A cultura influencia os valores, as normas e as convicções compartilhados entre os integrantes de uma rede social a respeito de comportamentos que aumentam ou reduzem o risco. Se a intervenção não for adequada e adaptada para refletir a cultura do grupo- alvo, é possível que não responda apropriada e diretamente às necessidades específicas daquela população. Neste sentido, a instituição também pode ter dificuldade em convencer os Líderes de Opinião Popular sobre a importância deles referendarem normas de redução de risco. A resposta a esta pergunta importante ajudará a instituição a definir quais conteúdos dos treinamentos e dos materiais de intervenção (ex. logo ou dispositivo que desperta conversas) precisam ser modificados. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Costumes sociais que influenciam o risco • Normas sociais sobre comportamentos de proteção e de risco • Convicções sobre comportamentos de proteção e de risco para HIV • Entrevistas com informantes-chave • Observações da comunidade • Grupos focais • Utilizar os dados da avaliação da comunidade para descrever costumes, normas e convicções culturalmente específicos a respeito do HIV e que influenciam a prática de comportamentos de risco • Identificar quais desses costumes, normas e convicções devem ser abordados ou integrados nos conteúdos dos treinamentos e nos materiais de intervenção.
  • 21. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 17 Objetivo Formativo 5 (cont.) Pergunta de Avaliação Formativa: Quais componentes do plano de treinamento (ex. terminologia) e dos materiais de intervenção (ex. logos, dispositivos que despertam conversas) podem ser modificados sem comprometer os elementos centrais da intervenção LOP? Fundamentação: A cultura influencia os valores, as normas e as convicções compartilhados entre os integrantes de uma rede social a respeito de comportamentos que aumentam ou reduzem o risco. Se a intervenção não for adequada e adaptada para refletir a cultura do grupo- alvo, é possível que não responda apropriada e diretamente às necessidades específicas daquela população. Neste sentido, a instituição também pode ter dificuldade em convencer os Líderes de Opinião Popular sobre a importância deles referendarem normas de redução de risco. A resposta a esta pergunta importante ajudará a instituição a definir quais conteúdos dos treinamentos e dos materiais de intervenção (ex. logo ou dispositivo que desperta conversas) precisam ser modificados. Também é importante identificar os componentes que não podem ser modificados sem comprometer os nove elementos centrais da intervenção LOP. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Plano de treinamento para Líderes de Opinião Popular • Elementos centrais relacionados ao plano de treinamento e aos materiais de intervenção • Influências culturais sobre normas, valores e convicções que apoiem ou desincentivem comportamentos de risco entre os integrantes da rede social • Anotações de discussões do pessoal do programa • Comparação do plano de treinament e dos materiais de intervenção com os elementos centrais • Analisar o plano de treinamento e os materiais de intervenção que podem ser modificados para que tenham mais relevância cultural para a rede social alvo da intervenção • Certificar-se de que os componentes modificados não sejam elementos centrais da intervenção LOP. Objetivo Formativo 6 Durante os 6 meses antes da implementação, o pessoal do programa identificará 15% dos integrantes da rede social que poderão atuar como Líderes de Opinião Popular. Pergunta de Avaliação Formativa: Quem são os 15% de Líderes de Opinião Popular dentro de cada um dos grupos de amizade identificados que podem ser recrutados, treinados e que podem atuar na realização da intervenção? Fundamentação: É importante que as instituições definam claramente os indivíduos que atendam aos critérios da intervenção LOP (ex. influentes, respeitados, confiáveis e que tenham credibilidade) e que documentem como chegaram a essa definição (entrevistas com informantes-chave, questionários pontuais). Isto ajudará a garantir que os Líderes de Opinião Popular em potencial selecionados dentre um determinado grupo de amizade não tenham sido escolhidos simplesmente porque eram os mais benquistos sem levar em consideração se também têm credibilidade e se são confiáveis e compreensivos. Para garantir que cada grupo de amizade seja alvo da intervenção e a norma de redução de risco seja absorvida pela rede social, também é importante identificar o grupo de amizade do qual cada líder de opinião popular é recrutado. Isto exige que a instituição tenha uma estimativa precisa do número de pessoas em cada grupo de amizade e do número de Líderes de Opinião Popular necessários para alcançar a meta de 15% das estimativas.
  • 22. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 18 Objetivo Formativo 6 (cont.) Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e tamanho de cada grupo de amizade dentro da rede social alvo da intervenção • Nomes dos Líderes de Opinião Popular dentro de cada grupo de amizade • Observações da comunidade • Grupos focais • Entrevistas com informantes- chave • Formulário para indicação de Líder de Opinião • Mapear os grupos de amizade dentro da rede social alvo da intervenção e contar o número de indivíduos em cada grupo • Multiplicar o número de integrantes de cada grupo de amizade por 0,15 • Analisar os dados quanto às características de cada indivíduo identificado como um Líder de Opinião Popular em potencial • Contar o número de indivíduos que atendem aos critérios para serem Líderes de Opinião Popular • Comparar o número de Líderes de Opinião Popular em potencial identificados para cada grupo de amizade com o número necessário para obter saturação (15%) IMPLEMENTAÇÃO A implementação envolve o recrutamento e treinamento de Líderes de Opinião Popular utilizando o plano de treinamento e materiais de intervenção. A seguir há exemplos genéricos de objetivos de processo e resultados esperados para a etapa de implementação. A instituição deve modificar esses objetivos e resultados esperados para que sejam mais específicos e para que atendam à metodologia “SMART.” Objetivos de processo: ■ Durante o ano do projeto, o pessoal do projeto treinará Líderes de Opinião Popular utilizando o plano de treinamento e os materiais de intervenção modificados, sem comprometer os elementos centrais. ■ Durante o ano do projeto, entre a 3ª e 4ª sessão de treinamento os Líderes de Opinião Popular terão pelo menos quatro conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendarão a nova norma de redução de risco. ■ Durante o ano do projeto, depois da 4ª sessão de treinamento, os Líderes de Opinião terão pelo menos 10 conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendarão a nova norma de redução de risco. ■ Durante o ano do projeto, os Líderes de Opinião Popular utilizarão técnicas para despertar conversas e outros dispositivos especificados para iniciar conversas sobre a redução de risco. Resultados esperados: ■ Ao final das quatro sessões, os Líderes de Opinião Popular terão aumentado seus conhecimentos sobre a transmissão e a prevenção do HIV. ■ Ao final das quatro sessões, os Líderes de Opinião Popular terão aumentado sua autoeficácia na realização de conversas sobre redução de risco.
  • 23. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 19 Objetivo de Processo 1 Durante o ano do projeto, o pessoal do projeto treinará Líderes de Opinião Popular utilizando o plano de treinamento e os materiais de intervenção modificados, sem comprometer os elementos centrais. Pergunta de Monitoramento de Processo: Quais das atividades das sessões de treinamento foram realizadas conforme previsto? Fundamentação: Os conteúdos e as atividades das sessões de treinamento foram elaborados para serem culturalmente apropriados e para produzir resultados específicos. Em especial os elementos centrais 4, 5, 6 e 8 especificam os conteúdos e tipos de atividades que devem ser realizados nas sessões. A fim de poder entender os resultados obtidos, é importante saber quais das atividades foram realizadas conforme previsto, quais foram modificadas e por quê. Essas informações podem ajudar no planejamento de futuras sessões de treinamento. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e frequência das sessões por leva de Líderes de Opinião Popular • Descrição das atividades realizadas nas sessões • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Comparar as atividades realizadas nas sessões com o plano de treinamento • Identificar as atividades que são sempre ou frequentemente realizadas conforme previsto Pergunta de Avaliação de Processo: Quais atividades das sessões de treinamento foram modificadas e por quê? Fundamentação: Os conteúdos e as atividades das sessões de treinamento foram elaborados para serem culturalmente apropriados e para produzir resultados específicos. A fim de poder entender os resultados obtidos, é importante saber quais das atividades foram realizadas conforme previsto, quais foram modificadas e por quê. Essas informações podem ajudar no planejamento de futuras sessões de treinamento. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e frequência das sessões por leva de Líderes de Opinião Popular • Descrição das atividades realizadas nas sessões • Justificação da modificação das atividades • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Comparar as atividades realizadas nas sessões com o plano de treinamento • Identificar as atividades não realizadas conforme previsto • Analisar os dados para encontrar tendências ou temas que justifiquem a modificação das atividades Objetivo de Processo 1 (cont.) Pergunta de Avaliação de Processo: Quais dificuldades houve na realização do treinamento dos Líderes de Opinião Popular, e o que mais influenciou na superação dessas dificuldades? Fundamentação: Entender os desafios para a realização do treinamento e explorar estratégias para superá-los contribui para aprimorar os treinamentos. Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. A documentação descrevendo as estratégias utilizadas na tentativa de superar os desafios pode ser analisada para identificar o que funcionou ou não funcionou. Essas informações podem ser utilizadas para aprimorar os treinamentos. Esses dados também podem ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar o plano de treinamento e os materiais de intervenção.
  • 24. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 20 Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e tipos de desafios encontrados • Descrição das estratégias utilizadas para tentar superar os desafios • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Analisar os dados para identificar tendências ou temas nos desafios à realização dos treinamentos • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relacionados a estratégias que permitiram superar com sucesso esses desafios • Identificar as informações necessárias para orientar a superação dos desafios que ainda permanecem Objetivo de Processo 2 Durante o ano do projeto, entre a 3ª e 4ª sessão de treinamento os Líderes de Opinião Popular terão pelo menos quatro conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendarão a nova norma de redução de risco. Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular tiveram pelo menos quatro conversas diferentes nas quais referendaram a nova norma de redução de risco entre a 3ª e 4ª sessão de treinamento? Fundamentação: O sétimo elemento central estabelece, “Os Líderes de Opinião Popular estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais.” Ao terem pelo menos quatro conversas, os Líderes de Opinião Popular ganharão experiência em iniciar e realizar conversas sobre redução de risco. É importante que tenham a oportunidade de ensaiar antes da 4ª sessão para que possam discutir suas experiências e dificuldades, bem como receber retorno (feedback) (elemento central 8). Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular treinados • Número de Líderes de Opinião Popular que tiveram pelo menos quatro conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendaram a nova norma de redução de risco entre a 3ª e 4ª sessão • Formulário para Registro de Conversa com Amigo/Conhecido • Ficha de Resumo dos Dados das Conversas com Amigos/Conhecidos • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Calcular a proporção de Líderes de Opinião Popular que tiveram pelo menos quatro conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendaram a nova norma de redução de risco entre a 3ª e 4ª sessão Pergunta de Avaliação de Processo: Quais dificuldades os Líderes de Opinião Popular encontraram em ter pelo menos quatro conversas diferentes sobre redução de risco entre a 3ª e 4ª sessão? Fundamentação: O sétimo elemento central estabelece, “Os Líderes de Opinião Popular estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais.” Ao terem pelo menos quatro conversas, os Líderes de Opinião Popular ganharão experiência em iniciar e realizar conversas sobre redução de risco. É importante que tenham a oportunidade de ensaiar antes da 4ª sessão para que possam discutir suas experiências e dificuldades, bem como receber retorno (feedback) (elemento central 8). As estratégias discutidas pelo pessoal do programa e por outros Líderes de Opinião Popular podem ajudar a orientar o aprimoramento do plano de treinamento. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e tipos de desafios encontrados • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de • Analisar os dados para identificar tendências ou temas nos desafios
  • 25. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 21 • Descrições das recomendações de melhorias Treinamento • Fichas de avaliação das sessões de treinamento pelos participantes • Conversas informais com Líderes de Opinião Popular encontrados pelos Líderes de Opinião Popular • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relacionados a recomendações para a superação dos desafios Objetivo de Processo 3 Durante o ano do projeto, dentro de 1 mês depois de concluir a 4ª sessão de treinamento, os Líderes de Opinião terão pelo menos 10 conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendarão a nova norma de redução de risco. Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular tiveram pelo menos 10 conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendaram a nova norma de redução de risco dentro de 1 mês depois de concluir a 4ª sessão de treinamento? Fundamentação: O sétimo elemento central estabelece, “Os Líderes de Opinião Popular estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais.” Ao terem pelo menos 10 conversas adicionais, as mensagens dos Líderes de Opinião Popular podem ser absorvidas suficientemente por cada grupo de amizade. A intervenção LOP depende da realização dessas das conversas sobre redução de risco por 15% dos Líderes de Opinião Popular de cada grupo-alvo. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular treinados • Número de Líderes de Opinião Popular que tiveram pelo menos 10 conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendaram a nova norma de redução de risco dentro de um mês depois de concluir a 4ª sessão • Formulário para Registro de Conversa com Amigo/Conhecido • Ficha de Resumo dos Dados das Conversas com Amigos/Conhecidos • Calcular a proporção de Líderes de Opinião Popular que tiveram pelo menos 10 conversas diferentes sobre redução de risco nas quais referendaram a nova norma de redução de risco dentro de um mês depois de concluir a 4ª sessão Pergunta de Avaliação de Processo: Quais dificuldades os Líderes de Opinião Popular encontraram em ter pelo menos quatro conversas diferentes sobre redução de risco entre a 3ª e 4ª sessões? Fundamentação: O sétimo elemento central estabelece, “Os Líderes de Opinião Popular estabelecem metas para a realização de conversas sobre a redução de risco com amigos e conhecidos na população-alvo nos intervalos entre as sessões semanais.” Ao terem pelo menos quatro conversas, os LOPs ganharão experiência em iniciar e realizar conversas sobre redução de risco. É importante que tenham a oportunidade de ensaiar antes da sessão 4 para que possam discutir suas experiências e dificuldades, bem como receber retorno (feedback) (elemento central 8). As estratégias discutidas pelo pessoal do programa e por outros Líderes de Opinião Popular podem ajudar a orientar o aprimoramento do plano de treinamento. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e tipos de desafios encontrados • Descrições das recomendações de melhorias • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Fichas de avaliação das sessões de treinamento pelos participantes • Conversas informais com LOPsr • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos aos desafios encontrados pelos Líderes de Opinião Popular • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relacionados a recomendações para a superação dos desafios
  • 26. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 22 Objetivo de Processo 4 Durante o ano do projeto, os Líderes de Opinião Popular utilizarão técnicas para despertar conversas e outros dispositivos especificados para iniciar conversas sobre a redução de risco. Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular utilizaram dispositivos para despertar conversas sobre redução de risco? Fundamentação: O nono elemento central estabelece, “Logos, símbolos ou outros dispositivos são utilizados como meios de iniciar conversas entre os Líderes de Opinião Popular e outras pessoas.” Esses dispositivos que despertam conversas são ferramentas para ajudar os Líderes de Opinião Popular a realizar conversas sobre redução de risco. É importante saber se os Líderes de Opinião Popular estão utilizando esses dispositivos. Se não estão utilizando, isso significa que a organização precisa obter informações adicionais para aprimorá-los para que sejam mais úteis para os Líderes de Opinião Popular. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular treinados • Número de Líderes de Opinião Popular autorrelatando a utilização de dispositivos que despertam conversas • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Fichas de avaliação das sessões de treinamento pelos participantes • Conversas informais com Líderes de Opinião Popular • Calcular o número total de Líderes de Opinião Popular que autorrelataram a utilização de dispositivos que despertam conversas • Dividir o número obtido pelo número total de Líderes de Opinião Popular treinados para poder identificar a proporção que está utilizando dispositivos que despertam conversas Pergunta de Avaliação de Processo: Quais dificuldades os Líderes de Opinião Popular encontraram na utilização de dispositivos que despertam conversas? Fundamentação: O nono elemento central estabelece, “Logos, símbolos ou outros dispositivos são utilizados como meios de iniciar conversas entre os Líderes de Opinião Popular e outras pessoas.” Esses dispositivos que despertam conversas são ferramentas para ajudar os Líderes de Opinião Popular a realizar conversas sobre redução de risco. Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. Esses dados podem ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar os dispositivos que despertam conversas Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e descrições dos desafios encontrados • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Fichas de avaliação das sessões de treinamento pelos participantes • Conversas informais com Líderes de Opinião Popular • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos aos desafios encontrados pelos Líderes de Opinião Popular
  • 27. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 23 Objetivo de Processo 4 (cont.) Pergunta de Avaliação de Processo: O que os Líderes de Opinião Popular recomendaram para a melhoria dos dispositivos que despertam conversas? Fundamentação: O nono elemento central estabelece, “Logos, símbolos ou outros dispositivos são utilizados como meios de iniciar conversas entre os Líderes de Opinião Popular e outras pessoas.” Esses dispositivos que despertam conversas são ferramentas para ajudar os Líderes de Opinião Popular a realizar conversas sobre redução de risco. Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. A documentação contendo as recomendações dos Líderes de Opinião Popular pode ser analisada a fim de ter ideias sobre como tornar os dispositivos mais úteis. Essas informações podem ser utilizadas para aprimorar os treinamentos. Esses dados também podem ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar os dispositivos que despertam conversas Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e tipos de desafios encontrados • Descrições das recomendações de melhorias • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Fichas de avaliação das sessões de treinamento pelos participantes • Conversas informais com Líderes de Opinião Popular • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos aos desafios encontrados pelos Líderes de Opinião Popular • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relacionados a recomendações para a superação dos desafios • Identificar as informações necessárias para orientar a superação dos desafios que ainda permanecem Objetivo de Processo 5 Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa treinará pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade. Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular foram recrutados de cada grupo de amizade? Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião Popular.” Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre redução de risco que referendam a nova norma. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular recrutados de cada grupo de amizade • Fichas de Inscrição de Líderes de Opinião em Potencial • Calcular o número total de Líderes de Opinião Popular recrutados de cada grupo de amizade Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular de cada grupo de amizade concluíram todas as quatro sessões? Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião Popular.” As instituições devem monitor o progresso a fim de determinar se é necessário voltar ao campo para recrutar mais LOPs e de quais grupos de amizade precisam ser recrutados.
  • 28. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 24 Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular recrutados de cada grupo de amizade • Número de Líderes de Opinião Popular recrutados de cada grupo de amizade que concluíram todas as quatro sessões • Tamanho estimado de cada grupo de amizade • Fichas de Inscrição de Líderes de Opinião em Potencial • Listas de presença das sessões • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Para cada grupo de amizade, • Comparar o número de Líderes de Opinião Popular necessários (15% de cada grupo de amizade) com o número recrutado e com o número daqueles que concluíram todas as quatro sessões • Calcular a diferença entre o número necessário e o número que concluiu todas as quatro sessões Pergunta de Avaliação de Processo: Quais dificuldades houve com a retenção dos Líderes de Opinião Popular em todas as quatro sessões? Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião Popular.” Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre redução de risco que referendam a nova norma. Entender os desafios para a retenção e explorar estratégias para superá-los faz parte do aprimoramento da implementação da intervenção. Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. A documentação descrevendo as estratégias utilizadas na tentativa de superar os desafios pode ser analisada para identificar o que funcionou ou não funcionou. Essas informações podem ser utilizadas para aprimorar os treinamentos. Esses dados também podem ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar a intervenção LOP. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e descrições dos desafios encontrados • Descrição das estratégias utilizadas para aumentar a retenção • Fichas de Inscrição de Líderes de Opinião em Potencial • Listas de presença das sessões • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Conversas informais com Líderes de Opinião Popular • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos a desafios com a retenção • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos a estratégias para aumentar a retenção • Identificar necessidades de informações adicionais para aprimorar as estratégias de recrutamento e retenção
  • 29. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 25 Resultado Esperado 1 Ao final das quatro sessões, os Líderes de Opinião Popular terão aumentado seus conhecimentos sobre a transmissão e a prevenção do HIV. Pergunta de Monitoramento de Resultado: Após concluir as quatro sessões, qual proporção de Líderes de Opinião Popular demonstrou um aumento de conhecimento de informações sobre a transmissão e prevenção do HIV? Fundamentação: Para que os Líderes de Opinião Popular possam referendar as normas de redução de risco, precisam ter conhecimento de informações básicas sobre a transmissão e prevenção do HIV. Este conhecimento serve com base para a construção do seu apoio para a nova norma e para o fortalecimento de sua capacidade e segurança na prática de comportamentos de redução de risco. Essas informações podem subsidiar o aprimoramento do plano de treinamento. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular concluindo todas as quatro sessões • Número de respostas corretas a perguntas sobre os meios de transmissão do HIV e sobre estratégias de redução de risco antes da 1ª sessão (pré-teste). • Número de respostas corretas a perguntas sobre os meios de transmissão do HIV e sobre estratégias de redução de risco no final da 4ª sessão (pós-teste) • Questionário Pré- teste/Pós-teste • Para cada Líder de Opinião Popular, calcular a diferença no número de respostas corretas entre o pré-teste e o pós-teste. • Contar o número de Líderes de Opinião Popular com número maior de respostas corretas no pós-teste quando comparado com o pré-teste Resultado Esperado 2 Ao final das quatro sessões, os Líderes de Opinião Popular terão aumentado sua autoeficácia na realização de conversas sobre redução de risco. Pergunta de Monitoramento de Resultado: Após concluir as quatro sessões, qual proporção de Líderes de Opinião Popular autorrelatou aumento na autoeficácia na realização de conversas sobre redução de risco? Fundamentação: Para que os Líderes de Opinião Popular possam referendar as normas de redução de risco, precisam estar seguros de sua capacidade de fazer isso. A resposta a esta perguntas pode subsidiar o aprimoramento do plano de treinamento. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular concluindo todas as quatro sessões • Grau de confiança (pontuação da resposta) quanto à autoeficácia • Fichas de avaliação das sessões de treinamento pelos participantes (sessões 2, 3 e 4) • Para cada Líder de Opinião Popular que conclui todas as quatro sessões, calcular a alteração nos itens relativos à autoeficácia nas sessões 2, 3 e 4. • Contar o número de Líderes de Opinião Popular cujas respostas indicam o aumento da autoeficácia.
  • 30. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 26 MONITORAMENTO (MANUTENÇÃO) O monitoramento, ou a manutenção, dos Líderes de Opinião Popular envolve o recrutamento, a retenção e o apoio contínuos aos mesmos até conseguir treinar 15% de cada grupo de amizade. A seguir há exemplos genéricos de objetivos de processo e resultados esperados para a etapa de manutenção. A instituição deve modificar esses objetivos e resultados esperados para que sejam mais específicos e para que atendam à metodologia “SMART.” Objetivos de Processo: ■ Cada integrante de cada leva de Líderes de Opinião Popular identificará mais dois Líderes de Opinião Popular em potencial para recrutamento. ■ Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa realizará pelo menos dois encontros com a primeira leva de Líderes de Opinião Popular. ■ Durante o ano do projeto, o pessoal do programa entrevistará e recrutará os indivíduos recomendados pelos Líderes de Opinião Popular. ■ Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa realizará pelo menos dois encontros com a primeira leva de Líderes de Opinião Popular. ■ Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa treinará pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade. Objetivo de Processo 1 Cada integrante de cada leva de Líderes de Opinião Popular identificará mais dois Líderes de Opinião Popular em potencial para recrutamento. Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular identificaram pelo menos outros dois Líderes de Opinião Popular em potencial para recrutamento? Fundamentação: O sucesso da intervenção LOP depende do recrutamento de um número suficiente de Líderes de Opinião Popular para alcançar 15% dos integrantes de cada grupo de amizade. A indicação pelos atuais Líderes de Opinião Popular é uma estratégia para a identificação desses indivíduos. Caso os Líderes de Opinião Popular não consigam identificar outros líderes em potencial para comporem as levas futuras, será necessário o pessoal do programa retornar ao campo para recrutar mais líderes dos grupos de amizade. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de novos Líderes de Opinião Popular identificados por cada Líder de Opinião Popular treinado • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Formulário para Indicação de Líder de Opinião • Para cada grupo de amizade, • Calcular o número total de Líderes de Opinião Popular em potencial identificados pelos Líderes de Opinião Popular treinados • Subtrair do número necessário para alcançar 15% o número identificado pelos Líderes de Opinião Popular treinados Objetivo de Processo 2 ■ Durante o ano do projeto, o pessoal do programa entrevistará e recrutará os indivíduos recomendados pelos Líderes de Opinião Popular. Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular foram recrutados de cada grupo de amizade? Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como LOPs. Para poder
  • 31. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 27 mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre redução de risco que referendam a nova norma. Entender até que ponto os LOPs recém-recrutados sejam identificados por seus pares pode ajudar as instituições a determinarem os grupos de amizade dos quais mais líderes precisam ser identificados. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de novos Líderes de Opinião Popular identificados por cada Líder de Opinião Popular treinado • Fichas de Inscrição de Líderes de Opinião em Potencial • Somar o número de LOPs identificados para cada grupo de amizade • Somar o número de LOPs recrutados de cada grupo de amizade • Calcular a proporção de LOPs identificados e recrutados através dos atuais Líderes de Opinião Popular Pergunta de Avaliação de Processo: Quais foram as dificuldades no recrutamento de LOPs identificadas por outros LOPs? Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como LOPs. Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre redução de risco que referendam a nova norma. Entender as dificuldades no recrutamento de LOPs identificadas por seus pares pode ajudar as instituições a identificarem a necessidade de ter orientação adicional em relação das estratégias de recrutamento ou de aprimorá-las. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e tipos de desafios encontrados • Descrição das estratégias utilizadas para tentar superar os desafios • Fichas de Inscrição de Líderes de Opinião em Potencial • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos à dificuldade em recrutar líderes de opinião identificadas pelos LOPs • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos a estratégias que tiveram êxito na superação dos desafios • Identificar as informações necessárias para orientar a superação dos desafios que ainda permanecem Objetivo de Processo 3 ■ Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa realizará pelo menos dois encontros com a primeira leva de Líderes de Opinião Popular. Pergunta de Monitoramento de Processo: De quantos enc Fundamentação: Os encontros fazem parte da etapa de manutenção – proporcionam aos LOPs o apoio e a motivação necessários para continuar tendo conversas sobre redução de risco em sua vida cotidiana. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de encontros realizados com a primeira leva de Líderes de Opinião Popular • Número de LOPs da primeira leva presentes em cada encontro • Relatórios das Atividades dos Encontros • Comparar o número de encontros realizados com o número previsto • Calcular a proporção de LOPs presentes em cada encontro em relação ao número de LOPs da primeira leva
  • 32. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 28 Pergunta de Avaliação de Processo: Quais dificuldades houve com a realização dos encontros, e o que mais influenciou na superação das mesmas? Fundamentação: Os encontros fazem parte da etapa de manutenção – proporcionam aos Líderes de Opinião Popular o apoio e a motivação necessários para continuar tendo conversas sobre redução de risco em sua vida cotidiana.Entender os desafios para a realização dos encontros e explorar estratégias para superá-los faz parte do aprimoramento da manutenção. Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. A documentação descrevendo as estratégias utilizadas na tentativa de superar os desafios pode ser analisada para identificar o que funcionou ou não funcionou. Essas informações podem ser utilizadas para aprimorar o planejamento e a realização dos encontros. Esses dados também podem ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar a intervenção LOP. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e tipos de desafios encontrados • Descrição das estratégias utilizadas para tentar superar os desafios • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos aos desafios para a realização dos encontros • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos a estratégias que superaram os desafios com êxito • Identificar as informações necessárias para orientar a superação dos desafios que ainda permanecem Objetivo de Processo 4 Até o final do ano do projeto, o pessoal do programa treinará pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade. Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular de cada grupo de amizade foram recrutados? Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião Popular.” Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre redução de risco que referendam a nova norma. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular recrutados de cada grupo de amizade • Fichas de Inscrição de Líderes de Opinião em Potencial • Calcular o número total de Líderes de Opinião Popular recrutados de cada grupo de amizade Pergunta de Monitoramento de Processo: Quantos Líderes de Opinião Popular de cada grupo de amizade concluíram todas as quatro sessões? Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião Popular.” As instituições devem monitor o progresso a fim de determinar se é necessário voltar ao campo para recrutar mais Líderes de Opinião Popular e de quais grupos de amizade precisam ser recrutados.
  • 33. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 29 Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número de Líderes de Opinião Popular recrutados de cada grupo de amizade • Número de Líderes de Opinião Popular recrutados de cada grupo de amizade que concluíram todas as quatro sessões • Tamanho estimado de cada grupo de amizade • Fichas de Inscrição de Líderes de Opinião em Potencial • Listas de presença das sessões • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento Para cada grupo de amizade: • Comparar o número de Líderes de Opinião Popular necessários (15% de cada grupo de amizade) com o número recrutado e com o número daqueles que concluíram todas as quatro sessões • Calcular a diferença entre o número necessário e o número que concluiu todas as quatro sessões Pergunta de Avaliação de Processo: Quais dificuldades houve com a retenção dos Líderes de Opinião Popular em todas as quatro sessões? Fundamentação: O terceiro elemento central estabelece, “No decorrer do programa, 15% da população-alvo encontrada nos locais de intervenção são treinados como Líderes de Opinião Popular.” Para poder mudar uma norma dentro de uma rede social, pelo menos 15% dos integrantes de cada grupo de amizade precisam ser treinados para realizar conversas sobre redução de risco que referendam a nova norma. Entender os desafios para a retenção e explorar estratégias para superá-los faz parte do aprimoramento da implementação da intervenção. Documentar rotineiramente os desafios ajudará a instituição a entender o que não está funcionando. A documentação descrevendo as estratégias utilizadas na tentativa de superar os desafios pode ser analisada para identificar o que funcionou ou não funcionou. Essas informações podem ser utilizadas para aprimorar o recrutamento e os treinamentos. Esses dados também podem ajudar a identificar informações adicionais sobre o que precisa ser feito para aprimorar a intervenção LOP. Indicadores Fonte(s) de Coleta de Dados Análise • Número e descrições dos desafios encontrados • Descrição das estratégias utilizadas para aumentar a retenção • Fichas de Inscrição de Líderes de Opinião em Potencial • Listas de presença das sessões • Relatórios do Facilitador sobre a Realização das Sessões de Treinamento • Conversas informais com Líderes de Opinião Popular • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos aos desafios com a retenção • Analisar os dados para identificar tendências ou temas relativos a estratégias para aumentar a retenção • Identificar necessidades de informações adicionais para aprimorar as estratégias de recrutamento e retenção
  • 34. Guia Prático de Avaliação—Setembro de 2008 30 SEÇÃO 3: COLETA DE DADOS – ATIVIDADES E PROGRAMAÇÃO Esta seção descreve os processos e instrumentos para a coleta de dados para a intervenção LOP. As tabelas a seguir (Tabelas 1 a 3) descrevem cada etapa das atividades recomendadas em relação às fontes de coleta de dados e em relação aos exemplos de instrumentos contidos neste Guia. As tabelas definem os dados em potencial que podem ser obtidos, bem como sugestões gerais sobre a periodicidade da coleta dos dados, quais recursos podem ser necessários, além de sugestões para a utilização dos dados. As tabelas subsequentes (Tabelas 4 a 6) resumem especificamente quando cada exemplo de instrumento deve ser aplicado, quem deve aplicá-lo e quem preenche cada instrumento. ATIVIDADES DE COLETA DE DADOS Tabela 1. Atividades de Coleta de Dados Pré-Implementação Fontes de Coleta de Dados • Entrevistas • Observações • Grupos focais • Análise dos dados do censo • Levantamentos • Listas de verificação • Análise de documentos • Análise dos dados epidemiológicos locais Instrumentos • Roteiro para Grupos Focais • Roteiro para Entrevistas com Informantes-Chave • Formulário para Indicação de Líder de Opinião • Relatório de Reunião de Indicação de Líderes de Opinião Popular • Planilha de Estimativa de Custos da Intervenção LOP • Lista de Verificação da Prontidão para Implementação • Levantamento de Dados Demográficos e de Risco da Comunidade • Lista de Verificação da Elaboração do Plano de Treinamento • Formulário para Avaliação de Local ou Contexto de Encontro Social • Roteiro para Observação da Comunidade • Ficha de Resumo das Avaliações da Comunidade e do Risco Dados Obtidos • Características da rede social alvo da intervenção, grupos de amizade, e líderes de opinião popular • Características da cultura de risco, normas sociais, atitudes, comportamentos, convicções sobre a redução de risco • Necessidades, questões e percepções da comunidade em relação ao risco de infecção pelo HIV Quando Coletar os Dados • Durante as etapas de pré-financiamento e planejamento, mapeamento e direcionamento • Nos 12 meses antes da implementação do programa