1) O documento discute a consulta de enfermagem como parte da assistência básica à saúde, que integra os primeiros cuidados ao paciente para acompanhamento, proteção e promoção do bem-estar.
2) A consulta de enfermagem é um processo padronizado de prestação de cuidados feito por um enfermeiro que inclui avaliação do paciente, recomendações e acompanhamento de condições.
3) O processo de enfermagem é o método científico utilizado na consulta e inclui coleta de dados, diagn
3. Consulta de enfermagem
1. A consulta de enfermagem faz parte da assistência
prestada durante a atenção básica à saúde.
1. Ou seja, ela integra os primeiros cuidados dedicados
ao paciente, servindo para acompanhamento,
proteção e promoção do bem-estar físico e mental.
4. O que é a consulta de enfermagem?
• Consulta de enfermagem é um processo padronizado de
prestação de cuidados feito por um enfermeiro.
• Embora a consulta mais popular seja aquela conduzida pelo
médico, a assistência em enfermagem tem grande
contribuição para o tratamento e a recuperação do doente.
• Além, é claro, do acompanhamento de condições especiais
para evitar crises e agravos à saúde.
• Isso porque o enfermeiro está habilitado a fazer entrevista
com o paciente, verificar sinais vitais e sintomas de
complicações, bem como planejar intervenções.
5. O papel do enfermeiro se estende por diversas
etapas do cuidado de saúde:
“Por meio de intervenções e acompanhamento,
ele está presente nas etapas de diagnóstico
médico, adesão e compreensão do tratamento
medicamentoso, prescrição e indicação de
tratamentos não medicamentosos, atuação
nos fatores de risco, acompanhamento de
sinais e sintomas e intervenções nos aspectos
sociais da pessoa.”
6. O que o enfermeiro faz na consulta de
enfermagem?
• Durante a consulta, o profissional de enfermagem presta
serviços de escuta qualificada, avaliação do paciente e
recomendações visando à promoção da saúde.
• Dependendo da finalidade da assistência e necessidades do
paciente, as ações podem ser adaptadas.
• Também podem ser feitas em diferentes locais, como
unidades de saúde, postos itinerantes ou na própria residência
das pessoas atendidas.
.
7. De acordo com o Artigo 4.2 da Política
Nacional de Atenção Básica do
Ministério da Saúde, compete ao
enfermeiro membro das equipes
de atenção primária:
• Realizar consulta de enfermagem
• Procedimentos como anamnese e exame físico
• Solicitar exames complementares
• Prescrever medicações conforme protocolos,
diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor
federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal, observadas as disposições legais da
profissão.
8. Quais são as etapas da consulta de enfermagem?
• Geralmente, a consulta de enfermagem segue o
padrão de outros processos do segmento, sendo
formada por alguns passos.
• O objetivo dessas fases é manter uma estrutura
única que otimize o tempo e a coleta de
informações necessárias para um atendimento de
qualidade.
10. 1. Histórico de enfermagem
• A primeira fase é representada por uma entrevista com o paciente, a
fim de captar dados além da queixa principal.
• Se ele chega no hospital ou clínica com tontura, por exemplo, saber
que já passou por episódios de pressão alta dá pistas sobre a raiz do
problema.
• Da mesma forma, verificar a história familiar sinaliza maior risco a
algumas patologias.
• Durante a entrevista, um dos diferenciais do atendimento em
enfermagem é a atenção ao contexto social da pessoa e
a humanização na assistência.
• Essa premissa parte da máxima de que o acolhimento em saúde é
capaz de acelerar o diagnóstico e elevar as chances de sucesso de
qualquer tratamento.
11. 2. Exame físico
• Você pode até não ter passado por uma consulta em
enfermagem, mas certamente já foi examinado durante
a triagem antes de um atendimento médico.
• Nesse momento, o profissional de enfermagem mede a
temperatura, pressão, saturação de oxigênio e outros
sinais importantes para avaliar a condição clínica.
• Na consulta, o enfermeiro soma a essa dinâmica a
observação de manchas, alergias, problemas para se
movimentar, dores, etc.
12. 3. Diagnóstico de enfermagem
• Com base nas informações coletadas durante o histórico e
exame físico, o enfermeiro levanta e investiga
diferentes suspeitas clínicas.
• Nessa fase, ele avalia exames anteriores, doenças
preexistentes e, se for preciso, pede auxílio a colegas para
construir um diagnóstico assertivo.
13. 4. Prescrição e implementação da assistência
• Considerando o diagnóstico, o enfermeiro faz as
primeiras recomendações terapêuticas.
• Elas serão aperfeiçoadas com o suporte de uma equipe
de enfermagem e/ou multidisciplinar.
• Mas, ao longo da consulta, é possível administrar um
medicamento para aliviar dores ou solicitar testes
complementares.
• Se for um encontro para monitoramento, as equipes
podem programar outras medidas de combate ou
controle da doença.
14. 5. Evolução de enfermagem
• Por fim, vem o registro das informações na ficha do
paciente para que possam ser consultadas
posteriormente.
• Essa etapa é fundamental para o controle de
qualidade e melhoria contínua do padrão da
consulta, a fim de corrigir falhas e aprimorar o
processo.
• O ideal é que os dados sejam armazenados em
sistemas como softwares de gestão e prontuário
eletrônico do paciente arquivados na nuvem.
• Desse modo, ficam protegidos de pessoas não
autorizadas e acessíveis com facilidade para
comparações, recuperação de histórico
e cruzamento de dados.
17. PERIGOS PARA A PROFISSÃO
• “TAREFISMO”
• BUROCRATIZAÇÃO
• DESCARACTERIZAÇÃO
• INVISIBILIDADE DO
ENFERMEIRO
18. O Papel do Enfermeiro
Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986.
•Art. 11 - O enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe:
• I - privativamente:
• planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos
• serviços da assistência de enfermagem;
• consulta de enfermagem;
• prescrição da assistência de enfermagem;
22. PROCESSO DE ENFERMAGEM
Horta (1979) define Processo de Enfermagem, como a
dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas
que visam a prestação de assistência ao ser humano.
23. Para uma teoria de Enfermagem ser
implementada na prática é necessário utilizar-se
de um método científico denominado
Processo de Enfermagem.
(Tannure e Gonçalves, 2008)
24. RESOLUÇÃO 358 (COFEn, 2009)
Dispõe sobre a Sistematização da
Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de
Enfermagem em ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado
profissional de Enfermagem, e dá outras
providências.
25. Quando realizado em instituições prestadoras de
serviços ambulatoriais de saúde, domicílios,
escolas, associações comunitárias, entre outros,
o Processo de Saúde de Enfermagem
corresponde ao usualmente denominado nesses
ambientes como Consulta de Enfermagem.
26. SAE
• Processo de
Enfermagem
• Manual
• Protocolos
• Rotinas
• Sistema de
registro
Processo de
Enfermagem
• Sistemático
• Teoria de
Enfermagem
• Linguagem específica
de enfermagem –
sistemas de
classificação/
nomenclaturas
27. RESOLUÇÃO 358 (COFEn, 2009)
• O Processo de Enfermagem é um
instrumento metodológico que orienta
o cuidado profissional de Enfermagem
e a documentação da prática
profissional;
Processo de
Enfermagem
• a Sistematização da Assistência de
Enfermagem organiza o trabalho
profissional quanto ao método, pessoal e
instrumentos, tornando possível a
operacionalização do processo de
Enfermagem;
SAE
28. PROCESSO DE ENFERMAGEM
1)Coleta de dados ou Histórico
de Enfermagem
2) Diagnóstico de Enfermagem
3) Planejamento de
Enfermagem
4) Implementação
5) Avaliação de
Enfermagem
29. PRIMEIRA ETAPA – HISTÓRICO DE
ENFERMAGEM
Histórico de
Enfermagem
Entrevista Exame Físico
Inspeção Palpação Percussão Ausculta
30. SEGUNDA ETAPA –
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina
com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam,
com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado
momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou
intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
“Integridade da pele prejudicada na região sacral”.
31. TERCEIRA ETAPA –PLANEJAMENTO DE
ENFERMAGEM
• Determinação dos resultados que se espera alcançar; e
das ações ou intervenções de enfermagem que serão
realizadas face às respostas da pessoa, família ou
coletividade humana em um dado momento do processo
saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de
Enfermagem.
"Integridade da pele melhorada na região
sacral”
32. TERCEIRA ETAPA –PLANEJAMENTO DE
ENFERMAGEM
Integridade da
pele
prejudicada
na região
sacral
"Integridade
da pele
melhorada na
região sacral”
33. QUARTA ETAPA - IMPLEMENTAÇÃO
• Realização das ações ou intervenções
determinadas na etapa de Planejamento de
Enfermagem.
(Prescrição de Enfermagem)
ITENS NECESSÁRIOS EM UMA PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
PRESCRIÇÕES DEVEM SER COMPLETAS E OBJETIVAS
O que fazer? Como fazer? Quando
fazer?
Onde fazer? Com que
frequência
fazer?
Por quanto
tempo fazer?
Tannure e Pinheiro,2010
34. QUARTA ETAPA - IMPLEMENTAÇÃO
Pra quem o Enfermeiro
prescreve?
Cliente
Auxiliar ou
Técnico
de Enfermagem
Ele mesmo
35. QUINTA ETAPA –AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de
mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade
humana em um dado momento do processo saúde doença,
para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem
alcançaram o resultado esperado; e de verificação da
necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do
Processo de Enfermagem.
Progresso Novas
Necessidades
? ?
Revisão
?
36. QUINTA ETAPA – AVALIAÇÃO DE
ENFERMAGEM
"Integridade
da pele
melhorada na
região sacral”
"Pele
íntegra”
“Manutenção
da
integridade
da pele na
regiãosacral”.
Integridade da
pele
prejudicada na
região sacral
37. A execução do Processo de Enfermagem deve ser
registrada formalmente:
•Um resumo dos dados coletados sobre a pessoa,
família ou coletividade humana.
•Os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas
da pessoa , família ou coletividade humana.
•As ações ou intervenções de enfermagem realizadas
face aos diagnósticos de enfermagem identificados.
•Os resultados alcançados como consequência das ações ou
intervenções de enfermagem realizadas.
38. TAXONOMIAS E SISTEMAS DE
CLASSIFICAÇÃO
• “Sãoconhecimentosestruturados nosquaisos elementos substantivos
de uma disciplina são
organizados em grupos ou classes com bases em suassemelhanças”.
(BLEGEN;REIMER;apud NÓBREGA; GUTIERREZ, 2000).
• NIC –Nursing Intervention Classification;
• NOC –Nursing Outcomes Classification;
• CIPE –Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem;
39. Por que a necessidade de uma
terminologia em saúde?
• Revela o impacto do cuidado clínico sobre o
paciente;
• Promove uma estrutura para as avaliações
clinicamente focalizadas ao paciente;
• Integra a equipe de saúde;
• Captura atividades de vigilância
prevenir complicações.
utilizadas para
40. Por que é importante ter uma
terminologia de enfermagem?
• Sem um acordo sobre (padrão) terminologia, não há:
• Capacidade de troca de informação
(interoperabilidade funcional)
• Capacidade de "compreender" ou usar a
informação (interoperabilidade) semântica.
41. O NASCIMENTO DA CIPE®
•NO FINAL DA DÉCADA DE 80 A OMS APONTOU A NECESSIDADE
DE UM SISTEMA BASEADO EM UMA LINGUAGEM UNIFICADA,
PARTILHADA NO ÂMBITO MUNDIAL, E CUJOS COMPONENTES
EXPRESSASSEM
OS ELEMENTOS DA PRÁTICA DE ENFERMAGEM.
Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
42. Motivado por múltiplos fatores:
• Implementação dos sistemas computadorizados
clínica,
• Reembolso para os serviços de enfermagem;
• Documentação das contribuições da enfermagem
resultados dos pacientes;
• Ensino;
• Aumento do corpo do conhecimento deenfermagem.
43. CIPE®
o Desenvolvida como um marco unificador dos diversos sistemas
de classificação em Enfermagem;
o Permite a configuração cruzada dos termos das classificações
existentes e de outras que forem desenvolvidas;
o Compartilhar dados de Enfermagem;
o Principal critério: poder ser suficientemente ampla e sensível à
diversidade cultural, de modo que sirva para os múltiplos fins e
propósitos requeridos pelos distintos países onde será utilizada;
o Constante atualização.
44. CLASSIFICAÇÃO
INTERNACIONA
L PARA A
PRÁTICA DE
ENFERMAGEM
1989
1996
1999
2001
2005
CIPE®
VERSÃO
ALPHA
CIPE®
VERSÃO
BETA
CIPE®
VERSÃO
BETA 2
CIPE®
VERSÃO
1.0
2008
CIPE®
VERSÃO
1.1
2009...
CIPE 2.0
45. ISO 18.104:2003 –Modelo de Terminologia de Referência de
Enfermagem
•Implementação em um sistema de base computacional;
•Reembolso pelos serviços executados pela enfermagem;
•Documentação das contribuições de enfermagem;
• Aumento do conhecimento produzido.
Padronização da Ação
46. Reconhecimento Internacional
• A partir de janeiro de 2009, a CIPE foi
oficialmente incluída na Família
Internacional de Classificações da OMS,
como a terminologia da enfermagem
mundial.
47. CIPE - Classificação Internacional para a
Prática de Enfermagem
• Compreende uma relação de termos utilizados na prática de
enfermagem organizados por 7 eixos que podem ser combinados
para formar enunciado de:
• Diagnóstico de enfermagem
• Resultado de enfermagem
• Intervenções de enfermagem
48. • Foco: Área de atenção que é relevante para a enfermagem (exemplos: dor,
eliminação, expectativa de vida, conhecimento);
• Julgamento: Opinião clínica ou determinação relativamente ao foco da
prática de enfermagem (exemplos: nível decrescente, risco, melhorado,
interrompido, presente);
• Cliente: Sujeito a quem o diagnóstico se refere e que é o beneficiário da
intervenção (exemplos: recém- nascido, cuidador, família ou comunidade).
• Meios: Forma ou método de concretizar uma intervenção (exemplos:
atadura, caderneta de vacinação);
O RACIOCÍNIO CLÍNICO PELA CIPE
49. O RACIOCÍNIO CLÍNICO PELA CIPE
• Ação: Processo intencional aplicado a um cliente (exemplos:
educar, mudar, administrar ou monitorar);
• Tempo: O ponto, período, instante, intervalo ou duração de uma
ocorrência (exemplos: administração, nascimento ou crônico);
• Localização: Orientação anatômica ou espacial de um diagnóstico ou
intervenção (exemplos: posterior, abdômen, escola ou centro de saúde
na comunidade);
50. Eixo Foco + Eixo Julgamento
AMAMENTAÇÃO INADEQUADA
DICA: Você poderá incluir qualquer eixo para complementar a
formulação de diagnóstico ou resultado menos o eixo ação. Não
esqueça que os eixos foco e julgamento são obrigatórios!
Como construir um diagnóstico de enfermagem
utilizando a CIPE®?
51. Foco OBRIGATÓRIO (1)
Julgamento OBRIGATÓRIO (1 ou 2)
Meio Complementar
Ação Não utilizado
Tempo Complementar
Local Complementar
Cliente Complementar
Diagnóstico de enfermagem pela CIPE®
52. Dor lombar moderada
Dor: Eixo Foco Moderada:
Eixo Julgamento
Região Lombar:
Eixo Localização
Como construir um diagnóstico de
enfermagem utilizando a CIPE®?
53. Ação
+
Foco + Localização
DOR
DICA: Você poderá acrescentar qualquer eixo ao da ação exceto o
eixo julgamento. Não esqueça que o eixo ação é obrigatório!
AVALIAR
MAMILO
Como construir uma intervenção de
enfermagem utilizando a CIPE®?
54. Foco Complementar
Julgamento Não Utilizado
Meio Complementar
Ação Obrigatório (1)
Tempo Complementar
Local Complementar
Cliente Complementar
Como construir uma intervenção de
enfermagem utilizando a CIPE®?
55. Estimular aumento de ingestão de líquidos.
Estimular:
Eixo Ação
Aumento de Ingestão de
líquidos:
Eixo Foco
Como construir uma intervenção de enfermagem
utilizando a CIPE®?
56. Como construir uma intervenção de
enfermagem utilizando a CIPE?
Avaliar dor no
quadril
Avaliar
Eixo
Ação
Quadril
Eixo
Localização
Dor
Eixo
Foco
57. Exemplo de composição de diagnóstico,
intervenção e resultado
Ação Cliente Foco Julgamento Localização Meio Tempo
Diagnóstico Estado
vacinal
atualizado
Intervenção Parabenizar mãe Estado
vacinal
atualizado
Resultado Estado
vacinal
atualizado
60. NANDA
• Domínios são uma esfera do conhecimento,
influência ou indagação.
• Do mais abstrato ao mais concreto:
13 domínios;
47 classes;
234 diagnósticos.
61. NANDA
• Os diagnósticos da NANDA-I são constituídos por
meio de um sistema multiaxial. É um sistema que
consiste em eixos, nos quais os componentes são
combinados para tornar os diagnósticos de
enfermagem, substancialmente, iguais na forma,
coerentes com o modelo ISO.
62. • É uma dimensão da resposta humana que é
considerada no processo de diagnóstico.
Eixo 1: Foco do diagnóstico de enfermagem
Eixo 2: Sujeito do diagnóstico de enfermagem (indivíduo,
família, grupo, cuidador, comunidade, etc.);
64. Eixo 6: Tempo (agudo, crônico, contínuo, intermitente);
Eixo 7: Situação do diagnóstico (voltado a um problema, de
risco, real, promoção da saúde).
65. Componentes do diagnóstico de Enfermagem
Afirmação: nome do diagnóstico de
enfermagem.
Etiologia: fatores relacionados.
Sintomatologia: características definidoras.
66. Cada eixo corresponde a uma dimensão da
resposta humana que é levada em consideração no
processo de diagnóstico.
A construção do enunciado de um diagnóstico é
estabelecida a partir da combinação de valores dos
eixos 1, 2 e 3, e, quando necessário maior clareza,
acrescenta-se valores dos demais eixos.
67. Como encontrar os títulos de diagnóstico na
NANDA-I
Os D.E. são compostos por domínios e em cada
um encontra-se classes, inserido nessas classes
estão os títulos dos diagnósticos.
68. Como encontrar os títulos de diagnóstico na
NANDA-I
Após identificar as características definidoras do
paciente e separá-lo por necessidade, encontre o
domínio referente a elas e nele a classe mais
adequada, e em seguida o titulo do diagnostico
mais adequado a essa classe
69.
70.
71.
72. COMPONENTES DO DE
Título Características definidoras
(representado pelos sinais e sintomas);
Fatores relacionados (de riscos, fatores que
podem causar ou contribuir para o problema)
73.
74. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM REAL
Descreve respostas humanas a condições de
saúde/processos vitais que existem em um
indivíduo, família ou comunidade.
É sustentado pelas características definidoras
(manifestações, sinais e sintomas) que se agrupa
em padrões de sugestões ou inferências
relacionadas.
75.
76. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DE RISCO
Descreve respostas humanas a condições de
saúde/processos vitais que podem desenvolver-se
em um indivíduo, família ou comunidade
vulneráveis.
É sustentado por fatores de risco que contribuem
para uma vulnerabilidade aumentada.
77.
78.
79. IMPORTANTE LEMBRAR
O título do diagnóstico de enfermagem, assim como a definição, será
fornecido pela NANDA-I, e sempre deve ser escrito na íntegra, conforme
taxonomia. Para escrever o diagnóstico devem-se usar as seguintes
expressões:
“Relacionado a” para ligar o fator ao título;
“Caracterizado por” ou “evidenciado por” para ligar a característica definidora
ao fator relacionado. Dor relacionada a condição isquêmica caracterizada
por relato de dor
80.
81. CASO
Identificação: DN, 54 anos , motorista de ônibus, casado.
Queixas: Cansaço aos médios esforços físicos há oito meses; há 1 dia
apresentou dor no peito em pontada, de leve intensidade desencadeada
pelo esforço com melhora após 15 minutos.
Hoje por volta das 09:00h , iniciou com dor no peito em aperto, com
irradiação para MSE e dorso, associado com sudorese intensa, procurando
a emergência do ICSC, e levado diretamente ao laboratório da
hemodinâmica
82. Informações sobre as queixas, doenças e tratamentos anteriores
Doenças pré-existentes: dislipidemia, DM II, HAS há 8 anos.
Tratamentos anteriores: não relata
Antecedentes familiares: pai hipertenso.
Fatores de risco: DM II, Tabagista desde os 14anos um maço por dia.
Medicamentos: Sinvastatina 40 mg/dia, Captopril 75 mg/dia, Insulina NPH
12 UI manhã e 6 UI à noite.
83. Exame físico
PA = 120/80 cm Hg
P = 88 bat/min
T = 36,5 C
FR = 20 mov/min
Estado nutricional = eutrófico;
Nível de consciência = consciente
Movimentação: ativo em restrição por introdutor em MID;
Pele, mucosas e anexos = Hidratado, corado;
Face, crânio, olhos, ouvidos, nariz e boca = sem alterações;
Tórax = expansibilidade torácica preservada bilateralmente.
84. Exame físico
Ausculta = MV normais;
Ausculta = BRNF 2T sem sopros
Abdome = inspeção = semigloboso, RHA + , flácido indolor à palpação
Genito – urinário = não refere alterações
Membros = introdutor arterial em MID, pulso pedioso D pouco reduzido em
relação ao E e dispositivo intra venoso em MSD com fluidoterapia para manter
acesso venoso. Resultado de exames
ECG com corrente de lesão em parede anterior. Cateterismo cardíaco lesão
na ADA de 99%
85. Necessidades humanas/auto cuidado
Moradia: casa de alvenaria;
Higiene: banho 1 x dia;
Nutrição e hidratação: come arroz, feijão, carne magra, leite e pouca verdura,
com pouco sal, não usa açúcar nem come doces;
Sono e repouso: + ou – 8 horas;
Eliminações: presentes 1 x ao dia;
Recreação e lazer: baralho com amigos;
Interação Social: comunicativo
Equilíbrio emocional: calmo e colaborativo.
Conhecimento sobre a doença: relata que não sabe muito sobre sua
doença..
86.
87. Diagnósticos de enfermagem sugeridos
Dor relacionada a condição isquêmica caracterizada por relato de
dor
MOBILIDADE física prejudicada
Definição: Limitação no movimento físico independente e voluntário do
corpo de uma ou mais extremidades.
CD: Capacidade limitada para desempenhar as habilidades motoras
grossas e finas com MID.
FR: Restrições de movimentos prescritas
88. Diagnósticos de enfermagem sugeridos
Risco de PERFUSÃO TISSULAR ineficaz : periférica
Definição: Diminuição na oxigenação resultando na incapacidade de
nutrir os tecidos no nível capilar.
FR: Interrupção do fluxo arterial- introdutor AFD.
Risco de PERFUSÃO TISSULAR ineficaz : renal
Definição: Diminuição na oxigenação resultando na incapacidade de
nutrir os tecidos no nível capilar.
FR: Intoxicação por fármacos – contraste.
89. Diagnósticos de enfermagem sugeridos
Risco de INFECÇÃO
Definição: Estar em risco aumentado de ser invadido por germes patogênicos.
FR: Procedimentos invasivos.
Risco de SANGRAMENTO
Definição: risco de redução no volume de sangue capaz de comprometer a saúde .
FR: efeitos secundários relacionados ao tratamento (terapia com drogas anticoagulantes,
antiagregantes plaquetárias).
90. Diagnósticos de enfermagem sugeridos
Intolerância à ATIVIDADE
Definição: Energia fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou completar as atividades
diárias requeridas ou desejadas.
CD: Relato verbal de fadiga e dispneia de esforço, sibilos difusos.
FR: Desequilíbrio entre oferta e demanda de O2.
CONTROLE ineficaz DO REGIME TERAPÊUTICO
Definição: padrão de regulação e integração na vida diária de um programa de tratamento de doenças e
sequelas de doenças que é insatisfatório para atingir objetivos específicos de saúde.
CD: Verbaliza que não agiu para reduzir fatores de risco para a progressão de doenças e sequelas.
FR: Conflitos de decisão.
91. A aplicação de uma assistência de
enfermagem sistematizada é a única
possibilidade dos enfermeiros atingirem
sua autonomia profissional e constitui a
essência de sua prática profissional
(Barros, Lopes2010).