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Jornalismo e Comunicação
Ano Letivo 2016/2017
Semiótica Textual
1 | P á g i n a
Jornalismo e Comunicação
A Propaganda Nazi
Eliane Ferreira, Joana Simão, Lígia Neves
Índice
Introdução ....................................................................................................................... 2
O Partido Nazi ................................................................................................................ 3
Propaganda Nazi nos Meios de Comunicação e nas Artes.................................... 4
A Propaganda Nazi contra os Judeus ........................................................................ 9
O Culto do Chefe .........................................................................................................10
Conclusão .....................................................................................................................11
Webliografia..................................................................................................................12
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A Propaganda Nazi
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Introdução
Neste trabalho no âmbito da Unidade Curricular de Semiótica Textual
vamos analisar a Propaganda Nazi. Iremos fazer uma breve apresentação ao
Partido Nazi, referindo a simbologia de alguns símbolos nazis. Em seguida
iremos falar da Propaganda Nazi nos meios de comunicação e nas artes,
falando acerca de jornais, rádio, cartazes e cinema. De seguida iremos falar
acerca da Propaganda Nazi contra os Judeus. Por fim, iremos abordar o Culto
do Chefe e, consecutivamente, a adoração a Hitler.
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O Partido Nazi
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais
conhecido como Partido Nazi, foi um partido político de extrema-direita, que
existiu entre 1919 e 1954, na Alemanha. O Partido surgiu da junção do
nacionalismo alemão com a cultura paramilitar racista e populista dos
Freikorps. Foi criado com o objetivo de afastar os trabalhadores do comunismo
e enriquecer o nacionalismo Volkisch.
Os Nazistas queriam manter a pureza e força da raça ariana,
exterminando os degenerados: judeus, homossexuais, ciganos, negros,
deficientes físicos e mentais, jeovás e adversários políticos.
Desde 1921, o Partido foi liderado por Adolf Hitler, nomeado chanceler
da Alemanha. Hitler estabeleceu um regime totalitário, o terceiro Reich.
O Partido foi abolido após a derrota no final da segunda guerra mundial.7
Simbologias Nazi:
A Suástica originalmente simbolizava o Sol, sendo que
os quatro “braços” representavam os quatro ventos.
Alguns estudiosos acreditam que a suástica foi usada
pelos nazis com o objetivo de utilizar o poder cósmico
em termos de magia negra.
A águia também foi usada pelos Nazis por ser um
símbolo de força, poder, austeridade e vitória.
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Propaganda Nazi nos Meios de
Comunicação e nas Artes
Uma das formas de espalhar os ideais nazistas foi feita através dos
filmes, cartazes, jornais, entre outras formas de realizar a propaganda. A
eficácia nazista derivava de conseguir convencer as pessoas de que os judeus
eram de fato, responsáveis pelo estado caótico do país e da população.
As pessoas eram convencidas que matar judeus era bom para elas e
também para a nação. Diziam às pessoas que os judeus estavam espalhados
e organizados pelo mundo inteiro, com o intuito de acumular dinheiro e enganar
as pessoas e assim conseguirem dominar o mundo, tornando toda a gente
escravos deles.
Joseph Goebbels foi um político e grande mentor na elaboração da
propaganda nazista, apesar de não ter sido um profissional de comunicação
social com a especialidade de publicidade e propaganda, era o maior no poder
do terceiro Reich, com grande criatividade e um enorme poder de manipulação
do espectador. Sua doutrina era fundamentada na base da famosa frase, “Uma
mentira cem vezes dita, torna-se verdade.”
Jornais e Rádio
Os jornais e revistas foram considerados
“meios frios”, pela forma como criticavam os
judeus, eles transmitiam mensagens conativas
de forma a atingir a população, usando a
discriminação contra judeus, pois estes
mostravam o lado negativo desta comunidade,
visto que ela era retratada como portadora de
doenças contagiosas, nariz grande e eram
gordos, enquanto os alemães tinham o corpo
perfeito e atlético, loiros e de olhos azuis com
isso influenciavam a população alemã a se
afastar dos judeus.
O Der Stürmer, O atacante, foi o jornal
anti-semita mais conhecido da Alemanha. Era
um líder nazista, o seu nome era Julius Streicher, que foi um antigo professor
de uma escola secundária que se tinha transformado em ativista nazista e que
veio a ser o editor e diretor do jornal.
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Este jornal foi publicado por mais de 20 anos, propriamente de 1923 a
1945, este divulga histórias sensacionalistas de "assassinatos rituais", crimes
sexuais e fraudes financeiras teoricamente cometidos por judeus.
O jornal Völkischer Beobachter,
Observador nacional, teve inicio a 1923 e
terminou em 1945. Este jornal tornou-se
num jornal diário anti-semita de fofocas,
que criticava os judeus. Alfred Rosenberg
foi o seu editor tornando-o um fórum para
Hitler e para a propaganda nazi.
O rádio era um dos meios de
comunicação mais barato, este tinha o
alcance de acesso maior e o Hitler aproveitou esta vantagem para usar a sua
tática persuasiva pelo uso da voz, soando por toda Alemanha. Sem o rádio,
Hitler não chegaria a ter o papel histórico que lhe teve. Hitler proferia suas
palavras de forma contundente, e fez um uso inteligente da propaganda, o que
o auxiliou a influenciar o povo alemão.
Cartazes
Os cartazes foram uma forma de propaganda que foi essencial para
atingir o cidadão alemão de baixa escolaridade. Estes tinham imagens de
homens e mulheres arianos, com o físico perfeito, cabelos loiros para reforçar a
atenção da população. Era necessário mostrar o lado positivo da Alemanha e
para isso a propaganda deveria ser compreensiva e desenvolvida com o
máximo possível de informação, para que o leitor pudesse captar as
mensagens com rapidez.
Os cartazes foram
reproduzidos para lançar
incessantemente que os inimigos
tinham que ser atingidos, sem,
contudo, incitar o ódio nas
massas. O objectivo dos cartazes
era conquistar o povo alemão,
atingindo suas emoções pelas
informações disseminadas no
território germânico
Alguns cartazes usados foram:
"1933: Estudantes e professores judeus expulsos das escolas"
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"Cada garota pertence a nós"
“ O Estudante alemão luta pelo Führer e pelas pessoas”
Cinema
O cinema foi um meio de comunicação de massa que
teve o poder de persuadir a população nas décadas de
1930 e 1940. Pelos movimentos e do som nas telas do
cinema existia o efeito hipodérmico de atingir os
sentimentos do povo. Sabe-se que a população ia ao
cinema para se atualizar das notícias internas e externas
e também para assistir filmes que eram elaborados pela
equipe de Goebbels, grande influenciador do povo alemão,
a ser simpatizante do nazismo.
Nos filmes foram outra forma de propaganda, onde os
judeus eram retratados como seres fracos e repugnantes, eles
eram uma raça perigosa para sociedade que se aproveitava dos outros. Os
filmes alemães nos anos 1930 e 1940 faziam a análise do regime e sugeriam
uma solução final para os judeus.
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Uma grande cineasta alemã foi Leni Riefenstahl que nasceu em Berlim a
22 de agosto de 1902 e faleceu em Pöcking a 8 de Setembro de 2003, ela
antes de ser cineasta alemã já era uma atriz famosa e muito talentosa.
As suas obras mais conhecidas são os filmes de propaganda que ela realizou
para o Partido Nazista alemão.
Filmes realizados por ela:
Das Blaue Licht em 1932;
Der Sieg des Glaubens em 1933;
Triumph des Willens em 1934;
Tag der Freiheit - Unsere Wehrmacht em 1935;
Festliches Nürnberg em 1937;
Olympia em 1938;
Tiefland em 1954.
O filme "The Eternal Jew", O Judeu Eterno, retratava
os judeus da maneira como os nazistas queriam que as
pessoas na Alemanha pensassem sobre os judeus em
geral.
O filme “Hitlerjunge Quex”, O Jovem Hitlerista Quex,
foi lançado em 1933 por Hans Steinhoff. Ao mesmo tempo
em que o filme foi intitulado "Hitlerjunge Quex", ele também
foi subtitulado como "um filme sobre o espírito de sacrifício
dos jovens" e essas palavras estavam nos cartazes que
anunciavam o filme retratava os socialistas / comunistas
como os maus, enquanto a Juventude Hitlerista era o
oposto.
O filme, “Triumph des Willens”,
O Triunfo da Vontade, é considerado
um documentário que fala sobre os muitos encontros dos
membros do partido nazista, este inclui excertos sonoros
dos discursos dados por vários conselheiros a Adolf Hitler,
e pedaços dos discursos do próprio Hitler.
"Estamos convencidos de que os filmes constituem
um dos meios mais modernos e científicos de
influenciar a massa. Portanto, o governo não deve
negligenciá-los."
-Joseph Goebbels
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A relação com a Semiótica textual
Nos jornais, nos cartazes e nos filmes temos presente a semiótica,
nestes casos em particular a semiótica é mostrada através da publicidade, ou
seja, o produto a ser mostrado é nazismo, a forma como é mostrada é feita
pelos jornais, rádios, filmes e cartazes. Nós focamo-nos principalmente na
interpretação dos cartazes "Cada garota pertence a nós" e o meio do cartaz “O
Estudante alemão luta pelo Führer e pelas pessoas”.
Na imagem denotada temos presente que as personagens dos cartazes
ocupam grande parte do lado direito, como podemos ver no cartaz, "Cada
garota pertence a nós" e o meio do cartaz, como está evidente no cartaz,“O
Estudante alemão luta pelo Führer e pelas pessoas”, ambos os cartazes
possuem uma bandeira com o símbolo nazista. Em relação às cores usadas,
podemos ver que no cartaz, “Cada garota pertence a nós" as cores em
evidência são o vermelho, o branco, o preto e o amarelo, no cartaz, “O
Estudante alemão luta pelo Führer e pelas pessoas” as cores usadas são o
bege, o preto, o amarelo, o vermelho e o verde. Os cartazes mostram-nos uma
rapariga ou rapaz vestidos com roupas nazistas segurando a bandeira nazi.
Na imagem conotada temos presente a nacionalidade ou seja a alusão ao
nazismo e patriotismo através das roupas e da bandeira e mesmo através dos
personagens por serem de raça ariana. O público-alvo nestes cartazes são
principalmente os jovens. A mensagem metalinguística que os cartazes
pretendem passar é que os jovens devem apoiar o nazismo e pertencer aos
grupos de estudantes nazistas e que as frases importantes são destacadas
com cores vivas, nestes casos o vermelho e preto.
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A Propaganda Nazi contra os Judeus
As audiências que recebiam as propagandas nazis eram
constantemente relembrados das lutas dos alemães contra inimigos
estrangeiros, nomeadamente judaicos. No período que antecedeu a criação
das medidas executivas contra os judeus, as campanhas mostravam-se
tolerantes para com os atos de violência contra os judeus. A propaganda
também era um incentivo à passividade e à aceitação das medidas contra os
judeus. De certa maneira, preparava o povo para uma guerra, insistindo na
ideia de perseguição contras as etnias. O objetivo destas propagandas era
gerar lealdade política e estabelecer a “consciência racial”.
Esta propaganda racista inventou um elo entre o comunismo soviético e
o judaísmo europeu. Isto serviu como instrumento de persuasão dos alemães.
Inclusive no cinema, os filmes retratavam os judeus como seres “sub-
humanos”. O filme “O Eterno”, de Fritz Hippler, retratava os judeus como
parasitas culturais ambulantes, consumidos pelo sexo e pelo dinheiro. Jornais
como o Der Sturmer e O Tufão publicavam caricaturas antissemitas para
descrever os judeus.
A radicalização do antissemitismo oficial obrigou a que metade da
população judaico-alemã deixasse o país. Às vésperas da Segunda Guerra
Mundial, restavam apenas 250 mil judeus na Alemanha. Com a Guerra, tanto
estes quanto os judeus dos países ocupados por Hitler foram enviados para os
campos de extermínio, o que resultou no holocausto - o massacre de 6 milhões
de pessoas.
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O Culto do Chefe
O Culto do Chefe consiste numa estratégia política onde as virtudes do
líder partidário são exaltadas. Na Alemanha Nazi o culto do chefe era usado
frequentemente, havendo até uma saudação chamada “Heil Hitler” (Salve
Hitler), usada especialmente nos exércitos como continência.
Nesta imagem Hitler aparece como um salvador da
pátria, que carrega a sua bandeira com orgulho. Atrás
podemos ver a águia, que simboliza poder e vitória.
A saudação Heil Hitler. Muitas vezes aparece
como 88, porque a pronúncia do número 8
em inglês é similar à da letra H.
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Conclusão
Neste trabalho aprofundamos os nossos conhecimentos sobre a
propaganda nazi, aprendemos as simbologias nazistas, que a propaganda era
bastante utilizada nos jornais, cartazes, rádios e filmes, que um dos objetivos
destas propagandas era gerar lealdade política e estabelecer a “consciência
racial” e que o número 88 era associado ao Hitler devido à similaridade da
pronúncia da letra H em inglês.
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