A protecção de menores face aos jogos digitais por António Xavier
Projeto De Iniciação Cientifica
1. Luiz Fernando Cordeiro
A influência dos videogames no comportamento humano.
Ante-projeto de pesquisa apresentado à
disciplina Pesquisa em Comunicação I
como exigência parcial. Orientação:
Rodrigo Toledo.
Centro Universitário Central Paulista
2005
2. Introdução
Videogame: um bem ou um mal ao comportamento humano? Essa pergunta é
feita por quem nunca jogou, mas acha que os jogos eletrônicos são uma ameaça à mente das
pessoas. Antes de falar desse assunto, vamos conhecer um pouco da história do videogame:
O primeiro jogo eletrônico da história foi criado em 1958 pelo físico Willy Higinbotham para
atrair visitantes ao Brookhaven National Laboratories, no estado de Nova Iorque. O jogo era
muito simples: um jogo de tênis, com uma visão lateral, onde uma linha horizontal
representava o piso, uma pequena linha vertical representava a rede e minúsculo quadrado, a
bola. Infelizmente, seu projeto não foi patenteado, e Willy morreu, no ano de 1995 sem ter
ganho dinheiro algum com seu pioneiro projeto. Apenas ficou mais conhecido por ter
ajudado a inventar a bomba atômica. Como esse jogo não foi patenteado, o primeiro jogo da
história oficialmente é o jogo chamado Spacewar, criado por Martin Graetz, Stephen Russel e
Wayne Wiitanen.
O primeiro videogame caseiro lançado mundialmente foi o Odyssey 100,
desenvolvido por Ralph Baer e fabricado pela Philips holandesa. Foram vendidos 100 mil
desse console no primeiro ano de lançamento.
Mas o auge dos jogos eletrônicos começou mesmo em 1977, com o lançamento
do Atari Vídeo Computer System. Até hoje, os jogos do console fabricado pela Warner
Communications (que comprou a Atari naquele ano) são referências para todos os jogos que
são lançados até hoje. Mas o Atari não obteve vendas satisfatórias logo no início. Somente no
começo dos anos 80 que as vendas aumentaram, fazendo com que outras versões do console
fossem lançadas.
Outro marco na história dos games foi o lançamento do videogame Nintendo
Entertainment System, conhecido até hoje como “Nintendinho” . Era um console de 8 bits,
3. com jogos de gráficos mais avançado que o Atari. Originalmente lançado no Japão, o NES
fez a empresa Nintendo alavancar suas vendas e se tornar a empresa número um em
videogames. O tempo foi passando e vários videogames foram sendo lançados, até
chegarmos em uma geração muito avançada, com gráficos que chegam a ser comparados
com filmes.
Mas com esse avanço nos gráficos, os jogos foram ganhando inovações, e muitos
jogos violentos foram ganhando espaço entre os jogos eletrônicos. Hoje em dia, é difícil falar
de videogame sem falar de Resident Evil, Doom, Duke Nuken e outros. Esses jogos citados
são sinônimos de violência ao extremo, com o objetivos de matar o inimigo, atirando sem
parar. Os gráficos são tão realistas que confundem a ficção com a realidade. O jogo Duke
Nuken foi acusado de ter influenciado até um jovem que entrou em uma sala de cinema e
atirou nas pessoas que viam o filme, cena que aparece em uma parte do jogo. Mas, claro,
muitas pessoas que jogam esse tipo de jogo ficaram revoltadas com tal acusação, pois como
pode um jogo influenciar uma pessoa e não todos que o jogam? Bom, isso também vai
depender de como anda o comportamento da pessoa que está jogando, certo? Pode até ser.
Objetivos
Essa pesquisa será elaborada para saber se é ou não possível um simples jogo de
videogame ou computador mudar o comportamento das pessoas que jogam esse tipo de jogo
4. regularmente. Vamos tentar entender a influência desses jogos, se são boas ou se são ruins.
Casos que levaram pessoas a cometerem crimes por serem influenciados por jogos violentos
já aconteceram muitos, mas ainda assim não foram comprovados cientificamente se foram
realmente os jogos eletrônicos que influenciaram tal atitude.
Se os videogames influenciam tanto assim no comportamento humano, o que
vamos dizer sobre o cinema e a tv? E a convivência de uma pessoa do bem junto com pessoas
que pregam o mal? O videogame teria o mesmo efeito que tem uma novela, por exemplo?
Especialistas tentam entender tais ações cometidas por pessoas que jogam excessivamente
jogos do estilo violento.
O escritor Steve Johnson, que escreveu o livro “Everything bad is good for you”
(tudo que é ruim é bom para você) diz que o videogame deixa as pessoas mais inteligentes,
pois estimulam a mente das pessoas, e fazem elas pensaram cada vez mais rápido. Em jogos
de estratégia, por exemplo, a pessoa tem que pensar bastante para poder passar de um estágio
até outro. Mas alguns jornalistas dizem que, mesmo nesse tipo de jogo, em tempo excessivo,
é um mal que está causando para a saúde de quem está jogando, como aconteceu em Outubro
de 2005 na China, onde uma menina jogou por muito tempo um jogo de estratégia no
computador e acabou morrendo, tendo seu velório feito através do próprio jogo, por pessoas
que estavam conectadas em vários locais do mundo.
O jogo em si pode ajudar bastante a mente das pessoas, mas o tempo em excesso
pode prejudicar. E essa pesquisa será elaborada para esclarecer essas dúvidas que várias
pessoas ainda têm.
Referências bibliográficas
• JOHNSON, Steven. Everything bad is good for you (Tudo que é ruim é bom pra você).
EUA. Editora Riverhead, 2005.
5. • JONES, Gerard. Brincando de Matar Monstros - Por que as crianças precisam de
fantasias, videogames e violência de faz-de-conta. São Paulo. Editora Conrad, 2002.
Revista: EGM Brasil, edição 45, Novembro de 2005.
Site: Outerspace (www.outerspace.com.br)