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Antecedentes
• Luta dos Países Baixos pela sua independência do reino Espanhol iniciada
em 1568 e oficializada em 1648.
• União Ibérica (1598 - 1640)
Espanha “recebe” o domínio de todas as possessões
portuguesas, no entanto, administrativamente as coroas
permanecem separadas.
O principal motivo da luta pela independência foi o descontentamento com o
Duque de Alba - responsável por administrar essa parte do império espanhol.
1630 1637 1638 1645 1654
Conquista para os holandeses,
resistência para os luso-
brasileiros
Governo
Nassoviano
Restauração na perspectiva luso-
brasileira, repressão do levante
restaurador na ótica neerlandesa
Fases
Em 24 anos de domínio holandês,
nada menos de 16 de luta contínua.
Pelas
especiarias
asiáticas
Pelo
comércio
escravista
da África
ocidental
Pelo
açúcar
brasileiro
Lutas
Conquista para os holandeses,
resistência para os luso-
brasileiros (1630-1637)
Os holandeses não queriam atacar PORTUGAL e sim a ESPANHA
lembrando que estavam lutando pela sua independência, logo,
os ataques enfraqueceriam o império.
Das duas coroas, Portugal era a mais fraca e também mais fácil de ser atacada visto que
as colônias espanholas estavam "protegidas" pela Cordilheira dos Andes
O que deveria ser um conquista fácil mostrou-se como uma
empreitada que custou muito dinheiro e vidas.
Conquista para os holandeses, resistência para os luso-brasileiros (1630-1637)
Estratégia Holandesa
Bloqueio naval das praças-fortes, cuja rendição
provocaria automaticamente o controle do
interior do país e dos centros de produção
açucareira, que eram os grandes alvos da
empreitada neerlandesa.Arruinados pelo
colapso das suas comunicações marítimas com
Portugal, os habitantes ver-se-iam na
contingência de chegar a um entendimento
com os novos senhores da colônia.
Estratégia hispano-portuguesa
Guerra de usura, baseada primordialmente na
defesa local, com emprego marginal do poderio
naval.A ‘guerra lenta’, como se dizia na época, não
tinha a veleidade de restaurar o Nordeste da noite
para o dia; ela apenas buscava manter o controle
do interior e das áreas de produção, isolando os
invasores nas suas praças-fortes por meio de uma
guerra de guerrilhas e induzindo-os a reconsiderar
a contabilidade da sua aventura brasileira.
Conquista para os holandeses,
resistência para os luso-
brasileiros (1630-1637)
Características da colonização portuguesa
Principais motivos que possibilitaram Portugal conservar o Brasil e outros territórios
• Língua portuguesa mais fácil de ser aprendida
• Vivência portuguesa no local quase independente da Coroa
• Holandeses eram mal vistos devido sua política de destruição
• Papel dos Jesuítas portugueses (Guerra Santa = Católicos x Calvinistas)
• Portugueses usavam a mão de obra local nos trabalhos
• Relação comercial entre portugueses e colonizados
Conquista para os holandeses,
resistência para os luso-
brasileiros (1630-1637)
Com a invasão holandesa em Pernambuco
(1630-1635) percebeu-se que sem escravos
não há produção de açúcar então mesmo
sendo contra a escravidão (calvinismo), os
holandeses atacaram as praças da África
Ocidental para manter o abastecimento de
escravos para a região.
Dependência
Governo
Nassoviano
(1638-1645)
Objetivo principal: Reorganização da produção açucareira
Companhia Holandesa de Comércio
Atribuía-se exclusivamente a esta o comércio de escravos, de pau-brasil e de munições, deixando-se o comércio de outros
produtos, inclusive o do principal produto, o açúcar, a todos os mercadores neerlandeses (desde que fossem também acionistas
da Companhia) e aos habitantes luso- brasileiros do Brasil holandês.
Animação tanto dos
comerciantes
holandeses quanto de
alguns senhores de
engenho brasileiros.
Leilão dos engenhos
abandonados;
abertura e extensão
de crédito
Fase de ouro da
produção e também do
custo de vida por causa
da monocultura
Governo Nassoviano (1638-1645) | Frans Post
Governo Nassoviano (1638-1645) | Albert Eckhout
Governo
Nassoviano
(1638-1645)
A euforia do período 1638-1642 sofreu um rude golpe com a crise do preço do
açúcar no mercado de Amsterdã. Na realidade, a queda começara precisamente
em 1638, o que indica a natureza manifestamente artificial e especulativa do
boom pernambucano, que se iniciou também naquele ano.
Crise
Sem suspeitá-lo, a administração neerlandesa criara, desde 1638, com o confisco e
revenda dos engenhos, as condições econômicas e sociais que tornarão mais fácil, à
Coroa portuguesa e aos seus representantes na Bahia, a tarefa de fomentar uma rebelião
de proprietários endividados contra o Brasil holandês.
Restauração na perspectiva luso- brasileira,
repressão do levante restaurador na ótica
neerlandesa (1645-1654)
Ex-senhores e novos senhores – ambas as
camadas viriam a participar da luta contra os
invasores para evitar que o grupo contrário o
fizesse sozinho, predispondo em seu favor a
posição da Coroa no dia da reintegração do
Nordeste ao domínio português.
Dívidas
Reaver suas
propriedades
Os motivos centrais do levante, segundo documentos dos próprios revoltosos, foram a “tirania” dos
holandeses e sua falta de palavra em relação à liberdade da religião católica, o abuso econômico com
que os holandeses venderam suas mercadorias e derrubaram o preço do açúcar, as dificuldades que
colocaram aos engenhos para vender sua produção, deslealdade nos contratos, “insolências” e
“ignomínias” dos capitães holandeses contra as mulheres, furtos cometidos nas casas dos portugueses,
os tributos abusivos que cobraram sobre o povo, a interferência nos negócios entre judeus e
portugueses do Recife.
Restauração na perspectiva luso- brasileira,
repressão do levante restaurador na ótica
neerlandesa (1645-1654)
Depois da insurreição, a partir de setembro de 1645, os luso-
brasileiros passaram a controlar o interior do Nordeste, reduzindo a
presença holandesa ao Recife e às guarnições litorâneas de Itamaracá,
da Paraíba, de Fernando de Noronha e do Rio Grande do Norte.
Restauração na perspectiva luso- brasileira,
repressão do levante restaurador na ótica
neerlandesa (1645-1654)
Na primeira batalha, em 1648, em uma campina margeada pelos montes Guararapes e os mangues e alagados
que chegavam até a praia, em uma única manhã de combates o exército holandês bateu em retirada, deixando
cerca de quinhentos mortos, enquanto as perdas luso-brasileiras foram de não mais que oitenta mortos.
Na segunda batalha dos Guararapes, em 1649, a vitória dos luso-brasileiros foi ainda mais incontestável. Os
holandeses perderam mil homens de uma tropa de 1.500.A defesa da capital e das guarnições litorâneas ficou
reduzida a 3.500 homens e o exército da Companhia das Índias Ocidentais perdeu seu poder ofensivo.A armada
holandesa se viu imersa em disputas internas devido às condições precárias de manutenção, aprovisionamento e
ânimo das tropas.
Desconhecido (1756)
Victor Meirelles (1872)
Consequências
• Portugal perdeu concessões na Ásia
• Perda do monopólio açucareiro devido a competição holandesa e francesa nas
Antilhas
• Aumentou a competição no litoral africano
• Brasil tornou-se a principal colônia que sustentava o Império Português
• Criou-se o nativismo pernambucano que teve reflexos por exemplo na Guerra dos
Mascates (1710-1711); as insurreições de 1817, 1821, 1824 e Revolução Praieira
(1848)
Indicações
Doce Brasil Holandês
Obra de Evaldo Cabral de Mello
Imagens do Brasil holandês 1630-1654
Capítulo das Invasões Holandesas em História do Brasil de Boris Fausto
Os holandeses e o nordeste brasileiro: 1630-1654 de Thiago Santos
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Brasil holandês

  • 1.
  • 2. Antecedentes • Luta dos Países Baixos pela sua independência do reino Espanhol iniciada em 1568 e oficializada em 1648. • União Ibérica (1598 - 1640) Espanha “recebe” o domínio de todas as possessões portuguesas, no entanto, administrativamente as coroas permanecem separadas. O principal motivo da luta pela independência foi o descontentamento com o Duque de Alba - responsável por administrar essa parte do império espanhol.
  • 3.
  • 4. 1630 1637 1638 1645 1654 Conquista para os holandeses, resistência para os luso- brasileiros Governo Nassoviano Restauração na perspectiva luso- brasileira, repressão do levante restaurador na ótica neerlandesa Fases Em 24 anos de domínio holandês, nada menos de 16 de luta contínua.
  • 6. Conquista para os holandeses, resistência para os luso- brasileiros (1630-1637) Os holandeses não queriam atacar PORTUGAL e sim a ESPANHA lembrando que estavam lutando pela sua independência, logo, os ataques enfraqueceriam o império. Das duas coroas, Portugal era a mais fraca e também mais fácil de ser atacada visto que as colônias espanholas estavam "protegidas" pela Cordilheira dos Andes O que deveria ser um conquista fácil mostrou-se como uma empreitada que custou muito dinheiro e vidas.
  • 7. Conquista para os holandeses, resistência para os luso-brasileiros (1630-1637) Estratégia Holandesa Bloqueio naval das praças-fortes, cuja rendição provocaria automaticamente o controle do interior do país e dos centros de produção açucareira, que eram os grandes alvos da empreitada neerlandesa.Arruinados pelo colapso das suas comunicações marítimas com Portugal, os habitantes ver-se-iam na contingência de chegar a um entendimento com os novos senhores da colônia. Estratégia hispano-portuguesa Guerra de usura, baseada primordialmente na defesa local, com emprego marginal do poderio naval.A ‘guerra lenta’, como se dizia na época, não tinha a veleidade de restaurar o Nordeste da noite para o dia; ela apenas buscava manter o controle do interior e das áreas de produção, isolando os invasores nas suas praças-fortes por meio de uma guerra de guerrilhas e induzindo-os a reconsiderar a contabilidade da sua aventura brasileira.
  • 8. Conquista para os holandeses, resistência para os luso- brasileiros (1630-1637) Características da colonização portuguesa Principais motivos que possibilitaram Portugal conservar o Brasil e outros territórios • Língua portuguesa mais fácil de ser aprendida • Vivência portuguesa no local quase independente da Coroa • Holandeses eram mal vistos devido sua política de destruição • Papel dos Jesuítas portugueses (Guerra Santa = Católicos x Calvinistas) • Portugueses usavam a mão de obra local nos trabalhos • Relação comercial entre portugueses e colonizados
  • 9. Conquista para os holandeses, resistência para os luso- brasileiros (1630-1637) Com a invasão holandesa em Pernambuco (1630-1635) percebeu-se que sem escravos não há produção de açúcar então mesmo sendo contra a escravidão (calvinismo), os holandeses atacaram as praças da África Ocidental para manter o abastecimento de escravos para a região. Dependência
  • 10. Governo Nassoviano (1638-1645) Objetivo principal: Reorganização da produção açucareira Companhia Holandesa de Comércio Atribuía-se exclusivamente a esta o comércio de escravos, de pau-brasil e de munições, deixando-se o comércio de outros produtos, inclusive o do principal produto, o açúcar, a todos os mercadores neerlandeses (desde que fossem também acionistas da Companhia) e aos habitantes luso- brasileiros do Brasil holandês. Animação tanto dos comerciantes holandeses quanto de alguns senhores de engenho brasileiros. Leilão dos engenhos abandonados; abertura e extensão de crédito Fase de ouro da produção e também do custo de vida por causa da monocultura
  • 12. Governo Nassoviano (1638-1645) | Albert Eckhout
  • 13. Governo Nassoviano (1638-1645) A euforia do período 1638-1642 sofreu um rude golpe com a crise do preço do açúcar no mercado de Amsterdã. Na realidade, a queda começara precisamente em 1638, o que indica a natureza manifestamente artificial e especulativa do boom pernambucano, que se iniciou também naquele ano. Crise Sem suspeitá-lo, a administração neerlandesa criara, desde 1638, com o confisco e revenda dos engenhos, as condições econômicas e sociais que tornarão mais fácil, à Coroa portuguesa e aos seus representantes na Bahia, a tarefa de fomentar uma rebelião de proprietários endividados contra o Brasil holandês.
  • 14. Restauração na perspectiva luso- brasileira, repressão do levante restaurador na ótica neerlandesa (1645-1654) Ex-senhores e novos senhores – ambas as camadas viriam a participar da luta contra os invasores para evitar que o grupo contrário o fizesse sozinho, predispondo em seu favor a posição da Coroa no dia da reintegração do Nordeste ao domínio português. Dívidas Reaver suas propriedades
  • 15. Os motivos centrais do levante, segundo documentos dos próprios revoltosos, foram a “tirania” dos holandeses e sua falta de palavra em relação à liberdade da religião católica, o abuso econômico com que os holandeses venderam suas mercadorias e derrubaram o preço do açúcar, as dificuldades que colocaram aos engenhos para vender sua produção, deslealdade nos contratos, “insolências” e “ignomínias” dos capitães holandeses contra as mulheres, furtos cometidos nas casas dos portugueses, os tributos abusivos que cobraram sobre o povo, a interferência nos negócios entre judeus e portugueses do Recife. Restauração na perspectiva luso- brasileira, repressão do levante restaurador na ótica neerlandesa (1645-1654)
  • 16. Depois da insurreição, a partir de setembro de 1645, os luso- brasileiros passaram a controlar o interior do Nordeste, reduzindo a presença holandesa ao Recife e às guarnições litorâneas de Itamaracá, da Paraíba, de Fernando de Noronha e do Rio Grande do Norte. Restauração na perspectiva luso- brasileira, repressão do levante restaurador na ótica neerlandesa (1645-1654) Na primeira batalha, em 1648, em uma campina margeada pelos montes Guararapes e os mangues e alagados que chegavam até a praia, em uma única manhã de combates o exército holandês bateu em retirada, deixando cerca de quinhentos mortos, enquanto as perdas luso-brasileiras foram de não mais que oitenta mortos. Na segunda batalha dos Guararapes, em 1649, a vitória dos luso-brasileiros foi ainda mais incontestável. Os holandeses perderam mil homens de uma tropa de 1.500.A defesa da capital e das guarnições litorâneas ficou reduzida a 3.500 homens e o exército da Companhia das Índias Ocidentais perdeu seu poder ofensivo.A armada holandesa se viu imersa em disputas internas devido às condições precárias de manutenção, aprovisionamento e ânimo das tropas.
  • 19. Consequências • Portugal perdeu concessões na Ásia • Perda do monopólio açucareiro devido a competição holandesa e francesa nas Antilhas • Aumentou a competição no litoral africano • Brasil tornou-se a principal colônia que sustentava o Império Português • Criou-se o nativismo pernambucano que teve reflexos por exemplo na Guerra dos Mascates (1710-1711); as insurreições de 1817, 1821, 1824 e Revolução Praieira (1848)
  • 20. Indicações Doce Brasil Holandês Obra de Evaldo Cabral de Mello Imagens do Brasil holandês 1630-1654 Capítulo das Invasões Holandesas em História do Brasil de Boris Fausto Os holandeses e o nordeste brasileiro: 1630-1654 de Thiago Santos Playlist sobre Invasões Holandesas