Este documento fornece diretrizes para a implementação de reuniões de discipulado e devocionais nos lares. Ele descreve os papéis e responsabilidades dos líderes, as etapas sugeridas para as reuniões, e considerações sobre a preparação, funcionamento e multiplicação dos grupos. O objetivo é promover o crescimento espiritual dos membros por meio do estudo bíblico, adoração e apoio mútuo em pequenos grupos.
1. IEADSJP
Pr. Presidente: Ival Teodoro da Silva
DEPARTAMENTO DE
DISCIPULADO NOS LARES
Coordenador Geral: Natalino das Neves
2. DEPARTAMENTO DE
DISCIPULADO NOS LARES
DISCIPULADO
NOS LARES
REUNIÕES DEVOCIONAIS
NOS LARES
REUNIÕES DE DISCIPULADO E DEVOCIONAL NOS
LARES
3. Premissas básicas:
• Responsável: Dirigente Local.
• Líder do discipulado nos lares indicado pelo dirigente.
• Reunião nos lares dos novos convertidos, sempre que
possível.
• A reunião terá em média 1 hora de duração.
• Material didático: curso bíblico “Conhecendo o amor
de Deus – IEADJO”.
• Oração breve, louvor opcional, estudo da palavra,
momento de tirar dúvidas, oração final (membros da
casa, necessidades dos presentes, campanhas, entre
outros).
• Não pedir ofertas.
REUNIÕES DE DISCIPULADO NOS LARES
4. Premissas básicas:
• Responsável: Dirigente Local.
• Líder da reunião devocional do lar indicado pelo dirigente.
• Reunião realizada preferencialmente em local permanente,
podendo ser rotativa se realidade ou condição local exigir.
• A reunião terá em média 1 hora de duração.
• Referencial de quantidade de pessoas por grupo sugerido
de no máximo 15 pessoas.
• Liturgia flexível: oração breve, quebra-gelo (dinâmica,
apresentação pessoal, entre outros) louvor, exposição da
Palavra de forma participativa, momento de tirar dúvidas,
oração final (membros da casa, necessidades dos
presentes, campanhas, entre outros).
• Não pedir ofertas.
REUNIÕES DEVOCIONAIS NOS LARES - RDL
5. Formação de grupos possíveis:
• Mista (gênero, faixa etárias, entre outros);
• Adultos (homens e mulheres);
• Mulheres;
• Jovens;
• Adolescentes;
• Sugestões?
REUNIÕES DEVOCIONAIS NOS LARES - RDL
6. COMO ALCANÇAR AS PESSOAS?
“ [...] entra em cena uma das maiores estratégias
organizacionais do mundo: pequenos grupos de crentes e
muita comunhão uns com os outros e com a comunidade
não crente”.
(ASSIS, 2001, P. 20)
7. Com objetivo de avaliar os resultados com a implantação
do discipulado e das reuniões devocionais nos lares, serão
realizadas reuniões periódicas com os líderes
(coordenadores, dirigentes, supervisor, líder da reunião,
entre outros), visando melhorias no modelo.
ACOMPANHAMENTO PERÍODICO
9. BASE BÍBLICA PARA O MODELO
• Os primeiros grupos de crescimento foram formados
pelo próprio Jesus.
• Os primeiros discípulos, após conhecerem o
evangelho anunciado por Jesus foram atrás de
parentes e amigos para se reunirem para aprenderem
aos pés de Jesus (Jo 1.35).
• Estes discípulos receberam um treinamento intensivo,
teoria e prática (Mc 4.2,34; Mt 10.1), por
aproximadamente três anos.
• Recepção, acomodação e processo logístico =
multiplicação de pães, ensinos ao pé das montanhas,
entre outros.
10. BASE BÍBLICA PARA O MODELO
• Durante o período da primeira expansão da igreja (dia
de pentecostes até 48 d. C.) a igreja cresceu quase que
exclusivamente entre os judeus palestinos.
• A partir da perseguição na igreja de Jerusalém, os
crentes se dispersaram e passaram a divulgar o
evangelho para fora da região central de Judá.
• Templo e reuniões nas casas: At 2.2; 46-47; 5.42; 8.3;
12.12; 16.40; Rm 16.5; 1 Co 16.19; Fp 4.22; Cl 4.15; Fl
1.2.
• At 9 – exemplo de Pedro: acostumado a se reunir com
os judeus cristãos e no ambiente exclusivo deles, mas
Deus muda essa realidade.
11. PROPÓSITO DAS RDLs
• Evangelização;
• Edificação;
• Ministério eficaz;
• Expansão da liderança
12. 7 RAZÕES PARA IMPLANTAÇÃO
(ASSIS, 2014, P.54)
1. Envolve e compromete membros e congregados;
2. Desenvolve a comunhão;
3. Realiza efetiva evangelização;
4. Traz integração ao grupo;
5. Capacita a formação de novos líderes;
6. Propicia a beneficência e assistência social; e
7. Faz com que os participantes fiquem experientes
nas atividades da igreja.
13. ESTRUTURAÇÃO DO
MODELO DE CRESCIMENTO INTEGRAL
• A equipe deve estar preparada para a sobrecarga na
estrutura organizacional, pois os compromissos irão
aumentar.
• “Eu não tenho tempo”.
• Os líderes envolvidos precisam compreender e
estarem comprometidos com a visão do projeto, de
outra forma poderão comprometer o sucesso na
implantação do modelo.
• Modelo tradicional de gestão Vs modelo de
crescimento integral de igrejas.
16. PREPARATIVOS
QUE ANTECENDEM A PRIMEIRA RDL
• Para que o projeto seja bem sucedido é necessário um
investir na preparação das equipes de recepção e
integração da igreja: “a primeira impressão é que fica”.
• Todos os visitantes (ainda não convertidos ou
afastados da fé) deverão ser bem recepcionados e
terem seus nomes e contatos registrados para
posterior contato – não somente os que “aceitarem a
Cristo”.
• Algumas atitudes podem contribuir de forma
significativa na eficácia no alcance das almas para
Cristo, com segue:
17. PREPARATIVOS
QUE ANTECENDEM A PRIMEIRA RDL
1. Registrar os dados de todos(as) visitantes em um
formulário específico;
2. Fazer contato com os visitantes, na semana que suceder a
visita preferencialmente por meio de ligação telefônica,
informando e convidando para participar das reuniões
devocionais e discipulado nos lares. Todavia, também ...
3. Orientar, também, sobre o discipulado da escola bíblica
dominical e culto de ensino.
4. Após implantação do discipulado nos lares, esse deverá ser
priorizado, visando um acompanhamento pessoal do novo
convertido;
5. Integrar o novo convertido à igreja. Para isso é importante
implantar um programa de integração do novo convertido
aos departamentos da igreja e de forma gradativa.
18. PREPARATIVOS
QUE ANTECENDEM A PRIMEIRA RDL
• Treinamento básico (treinamento de líderes e
orientação para utilização da literatura a ser utilizada
nas reuniões) para os líderes e equipe de apoio.
• Conseguir casas para a realização das reuniões nem
sempre é uma tarefa fácil.
• Por isso, não se deve solicitar ao público da igreja sem
uma apresentação e sensibilização planejado do
projeto.
• Não há restrição para que as reuniões sejam realizadas
nas casas de pessoas não evangélicas, entretanto
devem-se tomar os cuidados de que a situação requer.
19. PREPARATIVOS
QUE ANTECENDEM A PRIMEIRA RDL
• Visita prévia na casa para explicar como serão
conduzidas as reuniões, como para verificar as
condições físicas do ambiente.
• Assis (2001, p. 90) cita alguns aspectos do ambiente
físico que podem afetar negativamente ou
positivamente o andamento das reuniões:
20. PREPARATIVOS
ATÉ A PRIMEIRA REUNIÃO
Negativamente:
• Grandes distâncias entre as pessoas;
• Pessoas sentadas em fila, sem se ver;
• Telefone tocando e sendo atendido no local;
• Animais soltos entre os participantes;
• Crianças pedindo atenção;
• Objetos obstruindo a visão dos participantes;
• Televisão ou rádio ligados, mesmo que seja em outro
ambiente da casa.
Positivamente
• Arranjo físico em círculo ou semicírculo;
• Local silencioso.
21. PRIMEIRA REUNIÃO
• Agradecimento aos proprietários da casa;
• Apresentação da equipe de apoio;
• Atividade “quebra-gelo” (1 minuto) , com participação
facultativa:
• O que mais admira em uma pessoa?
• O que você acha que é ser amigo?
• O que você gosta de ler?
• Qual desejo você ainda não realizou e gostaria de realizar?
• Na sua opinião o que é ser cristão?
• Entre outras.
• Definição, em consenso, do calendário de reuniões
(dias da semana, horário, entre outros).
23. ALGUNS CUIDADOS A SEREM TOMADOS:
• Evitar encontros com café e lanches. Pode constranger a
pessoas a sentirem-se obrigadas de servir em todas reuniões;
• Pontualidade no início e fim das reuniões;
• Oração realizada somente por uma pessoa, em voz baixa e sem
manifestação de dons;
• Louvor com hinos com facilidade para cantar;
• Espaço para testemunhos, desde que sejam rápidos e
objetivos.
24. PERFIL ESPERADO DO LÍDER
• Ter o coração comprometido com Deus (ser obediente e
dependente de Deus);
• Ter compromisso com as pessoas ( servir as pessoas em vez
de se servir delas; desenvolver as pessoas em vez de usá-las;
encorajar as pessoas em vez de criticá-las; e procurar as
pessoas problemáticas em vez de evita-las);
• Ter compromisso com a Palavra (dedicar-se ao estudo
sistemático da Bíblia);
• Prova de disciplina (fiel nas contas, hospitaleiro, apto para
ensinar, entre outros requisitos explícitos em 1 Tm 3.2 e Sl
37.21);
• Liderança por meio de serviço (pessoas atraídas mais pelo
serviço do que pela liderança – exemplo de João Batista em
Jo 3.20).
26. CUIDADOS QUE O LÍDER DEVE TER
• Estudo preliminar do livro texto a ser utilizado nas
reuniões.
• Importante que o líder tenha o controle de todo
conteúdo e demonstre empolgação ao repassá-lo aos
ouvintes.
• Pessoas oriundas das mais diversas origens religiosas:
bom senso nos comentários e exemplos.
• O líder deverá tomar cuidado para não monopolizar a
conversa, mas promover a participação.
• Importante fazer anotações de fatos importantes
(questionamentos, problemas diversos, peculiaridades
pessoais).
28. FUNCIONAMENTO – DISCIPULADO NOS LARES
Boas vindas – duração 05 minutos (de pessoa para pessoa):
• Abertura com uma breve oração;
• Leitura de um texto bíblico;
• Quebra-gelo (primeira reunião).
Opcional (bom senso) – 05 minutos (da pessoa para Deus):
• Louvor
• Testemunho pessoal breve.
Estudo – 45 minutos (de Deus para as pessoas):
• Lição da semana;
• Perguntas e respostas.
Fechamento – 05 minutos (de pessoa para pessoa):
• Oração final para pedidos específicos e agradecimentos.
30. FUNCIONAMENTO DAS REUNIÕES
• Estudo preliminar do texto bíblico a ser utilizado nas
reuniões.
• Importante que o líder tenha o controle de todo
conteúdo e demonstre empolgação ao repassá-lo aos
ouvintes.
• Participantes das mais diversas origens religiosas: bom
senso nos comentários e exemplos.
• O líder deverá tomar cuidado para não monopolizar a
reunião, mas promover uma reunião participativa.
• Secretário deverá preencher a “Folha de Frequência
das reuniões”.
31. ESPECTATIVAS E CUIDADOS:
• Entre outras características o líder precisa saber
delegar tarefas, saber ouvir, mentorear novos líderes e
incentivar a multiplicação do grupo, quando
necessário.
• A multiplicação dos locais de reuniões devocionais e
discipulado nos lares é um resultado esperado.
• Sempre deve ocorrer no momento adequado (bom
senso).
• Estágios:
• Descoberta;
• Conflitos
• Maturidade.
• Possíveis perdas.
32. FUNCIONAMENTO DAS REUNIÕES
As reuniões deverão ter duração de uma hora,
obedecendo aos seguintes estágios e critérios:
33. ORIENTAÇÕES DE FUNCIONAMENTO:
Boas vindas – duração 10 minutos (de pessoa para pessoa):
• Abertura com uma breve saudação;
• Leitura do texto bíblico;
• Oração breve;
• Quebra-gelo (objetivo principal: novos integrantes).
Louvor e adoração – 10 minutos (da pessoa para Deus):
• Cânticos;
• Testemunho pessoal breve.
Estudo – 30 minutos (de Deus para as pessoas):
• Exposição do texto bíblico lido (evitar tom de pregação – foco ensino). Lembrar que
não é ponto de pregação, mas sim uma RDL.
• Abertura breve para perguntas.
Fechamento – 10 minutos (de pessoa para pessoa):
• Oração final para pedidos específicos e agradecimentos;
• Atividade de relacionamento entre os participantes.
35. REFERÊNCIAS
BART, Karl. Chamado ao Discipulado. São Paulo: Fonte
Editorial, 2005.
BONHOEFFER, Dietrich. Discipulado. 8ª Edição. São
Leopoldo: Sinodal, 2004.
BOYER, Orlando. Esforça-te para ganhar almas. São Paulo:
Editora Vida, 2005.
BRINER, Bob. Os métodos de administração de Jesus. 5ª
Edição. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999.
GUSSO, Antônio Renato. Discípulos fazendo discípulos:
auxílio para obedecer à ordem do mestre. Curitiba: FatoÉ,
2000.
MAXWELL, John C. As 21 irrefutáveis leis da liderança.
São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
36. REFERÊNCIAS
MAXWELL, John C. As 21 indispensáveis qualidades de um líder.
São Paulo: Mundo Cristão, 2000.
MELFIOR, Sérgio; CARLESSO, Joary Josué. Curso Bíblico:
conhecendo o amor de Deus. 3ª Edição. Joinville: IEADJO,
2011.
MOFFIT, Robert C. Discipulado Integral 1. Curitiba: FatoÉ,
2002.
PHILIPS, Keith. A formação de um discípulo. São Paulo: Editora
Vida, 1992.
PRICE, J. M. A pedagogia de Jesus. Trad. De Waldemar W. Wey.
Rio de Janeiro: JUERP, 1980.