O documento discute o poder exercido pelo Império Romano na época de Jesus e como Ele lidou com isso. Pilatos e os líderes judeus pensavam controlar o julgamento de Jesus, mas Ele demonstrou que só Deus tem todo o poder e conduziu tudo segundo Sua vontade. Embora o poder opressor continue operando no mundo, os cristãos podem confiar que Deus está acima de tudo.
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
O Poder e os Reinos Deste Mundo_2019 LBJ 2 TRI Lição 10
1.
2.
3. “Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim,
se de cima te não fosse dado” (Jo 19.11a).
T E X T O D O D I A
4. O poder que opera no mundo aparentemente está
estabilizado, mas terá que se dobrar diante de quem
tem todo o poder sobre tudo e todos, o Deus Todo
Poderoso.
S Í N T E S E
5. João 19.1-6
1 - Pilatos, pois, tomou, então, a Jesus e o açoitou.
2 - E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram sobre a
cabeça e lhe vestiram uma veste de púrpura.
3 - E diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.
4 - Então, Pilatos saiu outra vez fora e disse-lhes: Eis aqui vo-lo trago fora,
para que saibais que não acho nele crime algum.
5 - Saiu, pois, Jesus, levando a coroa de espinhos e a veste de púrpura. E
disse-lhes Pilatos: Eis aqui o homem.
6 - Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, gritaram,
dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós e
crucificai-o, porque eu nenhum crime acho nele.
Leitura bíblica
6. João 19.7-11
7 - Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e, segundo a nossa
lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.
8 - E Pilatos, quando ouviu essa palavra, mais atemorizado ficou.
9 - E entrou outra vez na audiência e disse a Jesus: De onde és tu? Mas
Jesus não lhe deu resposta.
10 - Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho
poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?
11 - Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te
não fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.
Leitura bíblica
7. • Poder, um bem a ser preservado para a justiça,
um mal necessário e inevitável ou um mal por
natureza a ser eliminado?
• Não há como viver sem se relacionar com o
poder. Mal ou bem, depende da motivação de
quem o detém.
• Nesta lição iremos analisar o texto joanino do
julgamento de Jesus.
• Veremos como Jesus lidou com o poder
dominante de sua época e o que podemos
aprender com o episódio.
INTRODUÇÃO
8. I – O PODER QUE IMPERA
NO MUNDO
Pr. Natalino das Neves
www.natalinodasneves.blogspot.com.br
(41) 98409 8094
9. • O modo de dominação imposto pelo império
romano afetou profundamente o modo de vida
dos judeus (legiões e impostos).
• A comercialização romana era bem mais
invasiva do que dos impérios que oprimiram os
judeus antes.
• Os romanos apropriavam não somente dos
excedentes agrícolas dos camponeses, como
também de suas terras pelas dívidas contraídas
devido aos tributos excessivos.
1. O poder do Império Romano
no primeiro século
10. • Eles tiravam a própria dignidade do
campesinos, uma grave ameaça a própria
existência.
• Toda a situação de injustiça sistêmica e
opressão institucionalizada era “legitimada”
pela firme crença de ser esse império
universal, desejado e protegido pelos deuses.
• Uma dominação sustentada por um exército
considerado invencível e sob o pretexto de uma
paz garantida, a Pax Romana.
1. O poder do Império Romano
no primeiro século
11. • A terceira e última tentação de Jesus narrada
por Mateus (Mt 4.8-11) tem muito a nos ensinar
a respeito do poder e sua utilização.
• O risco de dar lugar ao impulso de desfrutar das
glórias do mundo, em detrimento da adoração
ao Deus verdadeiro.
• O lugar da tentação é um monte muito alto com
visão de todos os reinos do mundo. A grande
altura e reinos dão a sensação do poder.
• Todos querem o poder, a diferença é que alguns
têm equilíbrio, enquanto outros não se
importam com os meios para conquistá-lo.
2. O poder dos reinos do mundo e
a glória deles na tentação de Jesus (Mt 4.8-11)
12. • O texto dá a entender que o Adversário do
Reino dos céus domina os reinos do mundo.
“fulano(a) fez um pacto com o Diabo”.
• O poder ocorre quando a liberdade é
centralizada na mão de uma pessoa ou de um
grupo de pessoas.
• Esse é o modelo dos impérios mundiais, que é
a combinação do poder militar, econômico,
político e ideológico.
• O oposto ao projeto solidário de Jesus.
2. O poder dos reinos do mundo e
a glória deles na tentação de Jesus (Mt 4.8-11)
13. • Pessoas boas e bem intencionadas podem ser
influenciadas ou manipuladas por quem detém o
poder.
• Talvez uma das mais perigosas tentações é
quando se pensa estar fazendo o bem e na
realidade está sendo usado para fazer o mal.
• Muitas pessoas já perderam o alvo de sua
missão dessa forma. Por isso, a importância de
estar sincronizado com a vontade de Deus.
• Infelizmente, muitas pessoas, em nome de Deus,
usa o poder para oprimir.
3. A força manipuladora do poder
14. • Jesus chegou à glorificação porque passou pela
cruz. Jesus não priorizou o imediato, mas a
eternidade.
• A vida é feita de escolhas, elas devem ser
pautadas pelos princípios da Palavra de Deus:
cruz de Cristo e glória de Deus.
• O poder que opera no mundo continua sendo
opressor e manipulador e o modelo vencedor
de Jesus continua atual para sua igreja.
3. A força manipuladora do poder
15. Jovem, para obter poder você já humilhou ou
prejudicou alguém?
Enquanto o referencial do Império Romano era a
dominação e exploração, Jesus tinha por base o
caminho da cruz.
APLICAÇÃO PRÁTICA
16. II – DEUS ESTÁ ACIMA
DE TODOS E QUALQUER
PODER
Pr. Natalino das Neves
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17. • Pilatos era um procurador nomeado pelo
imperador Tibério (14 a 37 d. C.), um tipo de
governador da Judéia.
• Conhecido pelos judeus como sanguinário e
autoritário.
• Certa vez, ele tentou introduzir uma imagem do
imperador no templo e se apropriou dos
tesouros ali depositados para construir um
aqueduto na capital.
• A relação entre eles pode ser percebida em Lc
13.1.
1. O poder de Pôncio Pilatos,
a quem Jesus foi entregue para ser julgado
18. • O sinédrio antes do domínio romano tinha o
poder de infligir sentença de morte, mas na
época de Jesus essa sentença tinha que ser
sancionada pelos romanos.
• Assim, a crucificação de Jesus foi resultado de
um mix de julgamento religioso e civil.
• Em Jo 19.11, Jesus aponta Caifás como
responsável pela sua condenação, mas “poder”
para tomar a decisão sobre a vida e morte de
Jesus estava nas mãos de Pilatos.
1. O poder de Pôncio Pilatos,
a quem Jesus foi entregue para ser julgado
19. • João utiliza o termo os judeus de forma
diferenciada dos demais evangelistas.
• Opositores de Jesus: autoridades político-
religiosas, que exerciam o poder político por
intermédio do Sinédrio e religioso por meio do
Templo e culto oficial (Jo 1.19; 2.18; 5.10; 5.15;
7.13; 8.22; 8.59; 9.40-41).
• João evidencia que mesmo entre os fariseus
existiam pessoas que havia crido em Jesus, mas
não o seguiam para não serem expulsos da
sinagoga (Jo 2.23; 8.31; 12.10-11; 12.42).
2. O poder político-religioso opositor a Jesus
20. • Entre as principais causas da oposição desse
grupo à Jesus estavam: sua messianidade, sua
origem, suas pretensões de reino, sua posição
em relação ao sábado e a divindade (Jo 8.52;
10.30,31).
• A influência e popularidade de Jesus com o
povo levou-os a planejar a morte de Jesus.
2. O poder político-religioso opositor a Jesus
21. • João desenvolve o evangelho de Jesus
destacando o contraste entre a realeza de
Jesus e o modus operandi do poder imperial.
• Os representantes do poder imperial vão sendo
gradativamente desmascarados.
• No julgamento de Jesus (Jo 19.1-15), Pilatos até
aparenta estar impressionado com a postura de
Jesus, mas demonstra sua leviandade.
• Primeiro ele manda açoitar e humilhar Jesus
(vv. 1-3), sendo que tinha a intenção de soltá-lo
(v. 4) e até o reconhece como rei (vv. 14,15).
3. O contraste entre a realeza de Jesus
e o poder imperial
22. • Além disso, fica entrando e saindo do pretório
para conversar com os judeus e Jesus.
• Os judeus, em busca da morte de Jesus, traem a
própria tradição e aliança com Deus: afirmam
que o único rei deles é César (v. 15).
• Eles não entram no pretório para se manterem
“puros” e participar da páscoa, mas não se
preocupam em induzir à morte um justo.
• Jesus e a multidão assistem a desmoralização
desse poder arrogante e degradante.
3. O contraste entre a realeza de Jesus
e o poder imperial
23. • No 1º século o Império Romano empunhava
sobre os liderados a chamada teologia
“augustana”, centrada na divindade do
Imperador.
• Os títulos atribuídos a César Augusto: Divino,
Filho de Deus, Deus, Deus de Deus, Senhor,
Redentor, Libertador, Salvador do Mundo.
• Pilatos, quando ele se depara com a
informação dos judeus de que Jesus teria se
afirmado filho de Deus, o evangelista assevera
que ele “mais atemorizado ficou” (v. 8).
4. Pilatos fica inseguro diante da afirmação
da divindade de Jesus
24. • A ansiedade o faz voltar novamente para dentro
do pretório para dialogar com Jesus. Ele quer
saber a origem de Jesus (v. 9), mas dessa vez
Jesus se “impõe” por meio do silêncio.
• Pilatos, o “poderoso”, se apequena diante de
Jesus, aparentemente indefeso.
• Pilatos tenta fazer uso de seu “poder e a
autoridade”, mas Jesus afirma que acima do
“todo poderoso Império Romano” há um poder
maior, que é o Deus que tem o poder sobre tudo
e todos.
4. Pilatos fica inseguro diante da afirmação
da divindade de Jesus
25. Jovem, que exemplo pode ser extraído do jogo
de poder presente na cena do julgamento de
Jesus por Pilatos e os líderes judaicos?
Pilatos e os líderes judeus pensavam estar no
controle de tudo no julgamento de Jesus. Jesus
demonstra que ele é o verdadeiro juiz que
conduziu tudo segundo a vontade de Deus.
APLICAÇÃO PRÁTICA
26. 1. O poder exercido pelo Império Romano de
opressão e desumanização do ser humano
continua sendo o modelo genérico que opera
no mundo;
2. Todo poder emana de Deus, ele está acima
de tudo e todos. Confiar nesse poder foi
motivo da vitória de Jesus sobre os
representantes do poder de sua época e
continua sendo o caminho da vitória para o
cristão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
28. Pr. Natalino das Neves
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