Este documento fornece um resumo da exposição "Salvador Dalí" realizada pelo Museu de Arte Infantil (MAI) no Museu de Arte de São Paulo (MASP). O catálogo descreve obras inspiradas em Dalí produzidas por alunos de escolas municipais e fornece informações biográficas básicas sobre o pintor surrealista Salvador Dalí. A exposição apresenta desenhos de crianças de 7 a 12 anos interpretando a obra de Dalí e está aberta ao público no MASP até 16 de junho.
3. 4 5
MAI
Akira Matumoto
Alice Albuquerque
Eduardo Pedran Cardamoni
Sara Souza Oliveira
design
Mayara Rosa Miriuk
Mayara Jovita dos Santos
Nathalia Danziger da Purificação
Samantha Silva Bonfim
Glauberson Nogueira
MASP
Suzane Tereza Neves
Juliana Ramalho Cardoso
Guilherme Aparecido Cordeiro
João Felipe Neto
apresentação
sum
árioO comportamento de Salvador Dalí sem-
pre foi diferente.
Exótico e excêntrico para alguns; genial e ex-
travagante para outros. Sempre foi assim: na sua
arte, no modo de enxergar o mundo e até na sua
maneira de amar.
Este catálogo será um auxílio durante a exposição
das obras inspiradas no artista Salvador Dali, pro-
duzidas com muito carinho e dedicação por alunos
de escolas municipais que participaram do con-
curso de desenhos organizado pelo MAI (Museu de
Arte Infatil) e com colaboração do MASP (Museu
de Arte de São Paulo). Algumas obras mais impor-
tantes e um pouco da biografia de Dalí estão conti-
das neste catálogo.
Você vai conhecer agora um pouco da história
de Salvador Dalí. Um dos pintores mais impor-
tantes do século XX e um dos fundadores do
Movimento Surrealista.
equipe
08 surrealismo
12 salvador dalí
19 exposição
24 escolas participantes
25 alunos participantes
5. 8 9
O movimento surrealista chegou nos anos 20 inspira-
do na teoria da psicanalise de Freud, com o objetivo
de mudar a vida da época, transformar o mundo e
quebrar regras e foi justamente isso que conseguiu:
mostrar uma nova visão de mundo, visão que vem do
inconsciente e não poupa a imaginação.
A principal característica dos artistas surrealistas
é fazer com que o mundo real se misture com o ir-
real, sem limites, deixando a emoção expressar-se
em todas as possibilidades. Os surrealistas deslizam
pelas águas mágicas da irrealidade, desprezando a
realidade concreta e mergulhando na esfera da abso-
luta liberdade de expressão, movida pela energia que
emana da psique (mente). Eles almejam alcançar jus-
tamente o espaço no qual o homem se libera de toda
a repressão exercida pela razão, escapando assim do
controle constante do ego.
Salvador Dalí e René Magritte criaram as mais recon-
hecidas obras pictórias do movimento. Dalí entrou
o que é
“Vocêtemquecriaraconfusãosistematica-
mente, isso liberta a criatividade. Tudo o
que é contraditório cria vida.”
Salvador Dalí
para o grupo em 1929, e participou do rápido esta-
belecimento do estilo visual entre 1930 e 1935.
Surrealismo como movimento visual tinha encon-
trado um método: expor a verdade psicológica ao
despir objetos ordinários de sua significância nor-
mal, a fim de criar uma imagem que ia além da or-
ganização formal ordinária. Em 1932 vários pintores
Surrealistas produziram obras que foram marcos
da evolução da estética do movimento: La Voix des
Airs, de Magritte (à direita), é um exemplo deste
processo, onde são vistas três grandes esferas rep-
resentando sinos pendurados sobre uma paisagem.
Outra paisagem Surrealista deste mesmo ano é
Palais Promontoire, de Tanguy (á esquerda), com
suas formas líquidas.
Palais Promontoire, de Tanguy
Surrealismo?
La Voix des Airs, de René Magritte
7. 12 13
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech
nasceu na Catalunha, na Espanha, em 11 de maio de
1904. Filho de um advogado, Salvador Dalí i Cusí, e
de uma dona de casa, Felipa Domenech Ferrés, era
o segundo filho da família, mas foi criado como se
fosse reencarnação do primeiro. Recebeu o mesmo
nome do irmão e desde criança era levado para visitar
o túmulo do primogênito, que morreu cerca de um
ano antes de seu nascimento.
Por estímulo da mãe, desde muito cedo Salvador
Dalí teve contato com o mundo das artes. Ainda
criança começou a ter noções de pintura na Esco-
la de Desenho Municipal. Aos 12 anos, descobriu
a pintura impressionista durante as férias na casa
de praia da família. Seus desenhos foram expostos
pela primeira vez, em 1917, por intermédio de seu
pai, que criou uma mini-exposição com as obras
do filho. Aos 15 anos Dalí realizou sua primeira ex-
posição pública no Teatro Municipal de Figueres.
Dois anos depois, foi morar em Madri onde estudou
na Academia de San Fernando. Lá, teve contato
com os movimentos Cubista – nessa época pouco
conhecido na Espanha- e Dadaísta.
Porém, em 1926, Dalí foi expulso da Academia antes
das provas finais por desacato: o pintor disse que ali
não havia ninguém com capacidade suficiente para
julgar o trabalho dele. Incompreendido pela maioria
das pessoas, ele foi chamado de louco várias vezes.
Mas, em um ponto todos se rendiam a Dalí: a ex-
celente qualidade plástica de suas obras. O artista
utilizava um pincel bem fino para que as pinceladas
ficassem imperceptíveis nas obras, deixando-as com
aparência de fotografias.
Após esse episódio, Dalí deu uma guinada na vida
artística. Viajou para Paris, onde conheceu o ídolo Pa-
blo Picasso. Influenciado pelo cubista, por Juan Miró
e pelos artistas renascentistas, Dalí começa a expres-
sar no papel o que se passava no inconsciente dele:
sonhos, medos da época de criança, lembranças, de-
quem foi
A tela “A persistência da Memória” (1931) se tornou o trabalho mais con-
hecido do artista. A obra aborda a teoria de Einstein sobre a relatividade
do tempo. A inspiração do pintor veio de um queijo derretendo com o calor
que faz durante o verão europeu.
Salvador Dalí?
9. 16 17
Outro clássico de Dalí é o “Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Re-
dor de uma Romã um Segundo Antes de Acordar” (1944). Esta obra marca a
presença de um elemento recorrente nas obras do espanhol: os elefantes.
“The Royal Heart” (1953): jóia criada pelo artista para a esposa
“Aos seis anos eu queria ser cozinheiro. Aos
sete eu queria ser Napoleão. E minha ambição
foi crescendo firmemente desde então.”
Salvador Dalí
“Uma vez em Paris, tomarei o poder!”
Salvador Dalí
sejos, fantasias, imagens descontextualizadas ou dis-
torcidas. A sexualidade, a morte, o nojo, as paisagens
da Espanha e a religiosidade são temas frequentes
em seus quadros.
Dalí ingressou no grupo Surrealista em 1929. Seu
talento é indiscutível: produziu mais de 1.500 quad-
ros ao longo da carreira, fez ilustrações para livros
(como Dom Quixote e Alice), desenhos para cenários
de teatro, litografias, esculturas e fotografias. Redi-
giu roteiros para cinema e catálogos de exposições.
Criou 39 jóias entre 1941 e 1970, sendo a mais fa-
mosa o The Royal Heart feito em ouro e diamantes
(ao lado). O artista também desenhou frascos de
perfume e roupas para grifes como Christian Dior.
Entre suas criações como estilista estão um sapato
em forma de chapéu e uma rosa para um cinto com
fivela no formato de lábios.
Foi em agosto de 1929, já então com 25 anos e com
a carreira estabilizada, que Dalí conhece o amor de
sua vida: a imigrante russa Elena Ivanovna Diakono-
va, mais conhecida como Gala Éluard. Nem o fato da
diferença de idade (ela era dez anos mais velha que
ele), nem o ato de adultério (era esposa do poeta sur-
realista Paul Éluard) impediram a paixão dos dois.
Um amor verdadeiramente imensurável e raro de se
ver. Gala se tornou a musa dos quadros e o centro
das atenções de Dalí. Quando Gala morre em 1982,
Dalí sofre um baque tão forte que perde a vontade
de viver. Com a saúde já debilitada desde 1980, Dalí
entra em depressão e para de se alimentar. Em 1984,
desorientado, põe fogo no próprio quarto no Castelo
de Pubol (que comprara para Gala e onde ela foi en-
terrada). Até hoje não se sabe as causas do incêndio.
Dali foi salvo e levado de volta para o teatro-museu
onde permaneceu até dezembro de 1989, quando foi
levado ao hospital. No dia 23 de janeiro de 1989, aos
84 anos, Salvador Dalí morre de insuficiência cardíaca
e é sepultado na cripta do seu teatro-museu.
10. 18 19
exposição
Em “A tentação de Santo Antônio” as criaturas das quais o Santo se
proteje, são desproporcionais a qualquer criatura real. Como num sonho,
tomam proporções exageradas, enfatizando sua maldade ou o medo do
Santo com relação as mesmas.
Fazer uma viagem no tempo e conhecer a própria
história da arte desde o início até os dias atuais, uma
retrospectiva, em que os artistas são crianças. Toda
essa experiência vivida pelos pequeninos, está dis-
ponível na exposição “Salvador Dalí” realizada pelo
MAI – Museu de Arte Infantil, até 16 de Junho, das
terças, quartas, sextas, sábados, domingos e feri-
ados, das 11h às 18h (bilheteria aberta até às 17h) e
quintas feiras, das 11h às 20h (bilheteria aberta até
às 19h) no MASP – Museu de Arte de São Paulo.
Ao longo do ano, o MAI realizará diversas exposições
com obras infantis e essas exposições serão feitas
atravésdepropostasculturaiscomescolascadastradas.
Cada período de participação será sorteado um
novo tema, e por meio de redes sociais e anúncios
do site, todos poderão acompanhar as novidades
do museu online.
As obras selecionadas para a exposição foram devi-
damente escolhidas e analisadas em seu contexto e
relação com o tema proposto. Só houve participação
de alunos de 7 a 12 anos de escolas cadastradas no
site organizador MAI.
Por meio de um concurso online, as obras escolhi-
das estarão também no site www.maimuseu.com.br,
para acesso de todos.
11. 20 21
Laura Cardoso de Almeida
11 Anos
Escola Padre José de Carvalho
Vitória Soares
9 Anos
Escola Nossa Senhora da Penha
Matheus Almeida
8 Anos
Escola Maria da Conceição Oliveira Costa
Jéssica Andrade
9 Anos
Escola Santo Dumont
12. 22 23
Yuri Matsumoto
10 Anos
Escola Dom Miguel Kruse
Carlos Miguel
8 Anos
Escola Profª Anna Pontes de Toledo Natali
Pietro Pedran
11 Anos
Escola Dep. Cássio Ciampolini
Marina Estrela
7 Anos
Escola Ermelino Matarazzo
13. 24 25
Alexia Gomes Irio
12 anos
Jardim das Camélias, EE
Jardim das Camélias
Nossa Senhora da Penha
Padre José de Carvalho
Profª Maria da Conceição Oliveira Costa
Santo Dumont
Dom Miguel Kruse
Ermelino Matarazzo
Dep. Cássio Ciampolini
Profª Anna Pontes de Toledo Natali
Prof°. José Bartocci
participantes participantes
Yuri Matsumoto
Carlos Miguel
Pietro Pedran
Marina Estrela
Jéssica Andrade
Vitória Soares
Matheus Almeida
Laura Cardoso de Almeida
Alexia Gomes Irio
Camila Bonner
Yuri Matsumoto
Carlos Miguel
Pietro Pedran
Marina Estrela
Jéssica Andrade
Vitória Soares
Matheus Almeida
Laura Cardoso de Almeida
Alexia Gomes Irio
Camila Bonner
Yuri Matsumoto
Carlos Miguel
Pietro Pedran
Marina Estrela
Jéssica Andrade
Vitória Soares
Matheus Almeida
Laura Cardoso de Almeida
Alexia Gomes Irio
Camila Bonner
Yuri Matsumoto
Carlos Miguel
Pietro Pedran
Marina Estrela
Jéssica Andrade
Vitória Soares
Matheus Almeida
Laura Cardoso de Almeida
Alexia Gomes Irio
Camila Bonner
Yuri Matsumoto
Carlos Miguel
Pietro Pedran
Marina Estrela
Jéssica Andrade
Vitória Soares
Matheus Almeida
Laura Cardoso de Almeida
Alexia Gomes Irio
Camila Bonner
Yuri Matsumoto
Carlos Miguel
Pietro Pedran
Marina Estrela
Jéssica Andrade
Vitória Soares
Matheus Almeida
Laura Cardoso de Almeida
Alexia Gomes Irio
Camila Bonner
Yuri Matsumoto
Carlos Miguel
Pietro Pedran
Marina Estrela
Jéssica Andrade
Vitória Soares
Matheus Almeida
Laura Cardoso de Almeida
Alexia Gomes Irio
Camila Bonner
Yuri Matsumoto
Carlos Miguel
Pietro Pedran
Marina Estrela
Jéssica Andrade
Vitória Soares
Matheus Almeida
alunos
escolas
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catálogo MAI
edição salvador dalí 05/2013, conta com 100 exemplares
capa papel couche fosco 300g
miolo papel offset 150g
fontes multicolore / ubuntu