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Análise das atividades de dispensação de
medicamentos no Instituto Municipal de Assistência
à Saúde Nise da Silveira, visando à implantação
da atenção farmacêutica a grupos de risco
Drug utilization review to allow
the pharmaceutical care program development
in the Nise da Silveira Institute
Castilho,S.R.1
& Venture,J.2
Recebido em 18/12/2003
1
Curso de Especialização em Farmácia Hospitalar nos Moldes de Residência; Faculdade de Farmácia – UFF/MS – ERERJ - Residentes do Instituto Phillipe Pinel
2
Faculdade de Farmácia – Universidade Federal Fluminense, Rua Mário Vianna, 523 – Santa Rosa – Niterói – RJ - CEP 24 241-000
INTRODUÇÃO
A o longo da história, tem-se demonstrado que uma
das melhores armas contra a enfermidade é o em-
prego de medicamentos através do processo denomi-
nado farmacoterapia. Geralmente, o processo para a
utilização de medicamentos começa com um diagnós-
tico da enfermidade pelo médico que, na maioria das
vezes baseado neste diagnóstico, instaura um trata-
mento farmacológico com o objetivo de curar a enfer-
midade e/ou aliviar seus sintomas.
Nas últimas décadas, os medicamentos evoluíram
enormemente contribuindo para o aumento da ex-
pectativa de vida do ser humano. No entanto, todo o
esforço científico e econômico não se traduz, em
muitos casos, em resultados positivos. Vários auto-
res demonstram que em muitas ocasiões a farmaco-
terapia falha por não conseguir curar a enfermidade
ou aliviar os sintomas, e inclusive produzir efeitos
indesejados (Cipolle et al., 1998; Manasse, 1989 a,b).
Sendo o diagnóstico correto, a prescrição adequada
e a dispensação exata, o não alcance dos objetivos
terapêuticos nestas situações, na maioria das vezes,
é atribuído ao mal uso de medicamentos, podendo o
uso incorreto ocasionar a perda de vidas humanas,
danos à saúde do paciente e desperdício de dinhei-
ro.
Strand et al (1990) definiram como Problema Re-
lacionado com Medicamentos (PRM), “uma circuns-
tância para um paciente e um momento concreto, que
poderia interferir com o êxito de sua farmacoterapia”.
Estes problemas podem ocorrer por diversas causas,
tais como doses subterapêuticas ou tóxicas para o pa-
ciente, reações adversas, interações com outros me-
dicamentos ou com o hábito de vida do paciente, não
adesão ao tratamento, administração do medicamen-
to sem necessidade ou, no caso de necessidade, não
acesso aos medicamentos A esse panorama, soma-se
o fato de que em mais de 50% dos casos em que se
instaura uma farmacoterapia, não se consegue os
RESUMO – O uso irracional de medicamentos é na atualidade um problema de grande magnitude, como decla-
ram muitos especialistas e que precisa ser solucionado. Uma estratégia de abordagem deste problema é o melhor
controle da farmacoterapia através do seguimento dos tratamentos farmacológicos dos pacientes, realizado por
um profissional capacitado para tal propósito. O profissional farmacêutico figura entre aqueles mais bem prepa-
rados para realizar o controle da farmacoterapia, não apenas em virtude de seus conhecimentos sobre os medica-
mentos mas, sobretudo, pela acessibilidade para com os pacientes. No entanto, a implantação da atenção farma-
cêutica em uma unidade de saúde pressupõe um estudo prévio problemas relacionados ao uso destes produtos que
são mais prevalentes nesta comunidade, além do adequado dimensionamento de recursos para a implantação do
serviço. Este trabalho objetivou a realização de um estudo de utilização de medicamentos no Nise da Silveira
visando reunir subsídios para o desenvolvimento de um projeto para a implantação da atenção farmacêutica.
PALAVRAS-CHAVE – Estudo de utilização de medicamentos, farmácia hospitalar, uso racional de medicamen-
tos, atenção farmacêutica
ABSTRACT – Irrational use of drugs is a major public health problem. A possible strategy to face that problem is
a better pharmacotherapy control. Pharmacists are among the best professionals to implement that strategy, not
only because their background in terms of pharmacology but also because they are usually available for the
patients. To implement a good pharmaceutical care program, it is necessary to know the most prevalent problems
related to drug therapy in a specific community. Besides that knowledge it is important to assure human and
material resources to the correct functioning of the system. This job aimed to develop a drug utilization review to
allow the of a pharmaceutical care programdevelopment in the Nise da Silveira Institute.
KEYWORDS – Drug utilization study, hospital pharmacy, rational use of drugs, pharmaceutical care.
8 1Rev. Bras. Farm., 85(3): 81-83 2004
Nota Técnica
8 2 Rev. Bras. Farm., 85(3), 2004
objetivos terapêuticos propostos devido ao não cum-
primento (Cipolle et al. 1998).
O mal uso de medicamentos é na atualidade um
problema de grande magnitude, como declaram mui-
tos especialistas e que precisa ser solucionado. Uma
estratégia de abordagem deste problema é o melhor
controle da farmacoterapia através do seguimento dos
tratamentos farmacológicos dos pacientes, realizado por
um profissional capacitado para tal propósito. O pro-
fissional farmacêutico figura entre aqueles mais bem
preparados para realizar o controle da farmacoterapia,
não apenas em virtude de seus conhecimentos sobre
os medicamentos mas, sobretudo, pela acessibilidade
para com os pacientes (Hepler e Strand, 1999).
Um novo modelo de prática farmacêutica, em que
o farmacêutico se responsabiliza pelo alcance dos ob-
jetivos terapêuticos traçados para aquele tratamento
específico é denominado Atenção Farmacêutica. Seu
cujo objetivo final é contribuir com a melhoria da qua-
lidade de vida dos pacientes, além de previnir a mor-
bidade e a mortalidade relacionada a estes produtos
através da busca de uma farmacoterapia apropriada,
segura e efetiva para todos os pacientes.
Este trabalho teve por objetivo traçar um perfil da
utilização de medicamentos no Hospital Nise da Sil-
veira, visando subsidiar o processo de discussão da
implantação da Atenção Farmacêutica nesta Unidade.
METODOLOGIA
Numa 1ª etapa, buscou-se caracterizar a clientela
hospitalizada. Para tanto, foram utilizados os regis-
tros informatizados de atendimento hospitalar no mês
de outubro de 1999. Foram coletadas informações so-
bre 3 (três) clínicas do setor masculino e 3 (três) clíni-
cas do setor feminino.
Em seguida, deu-se início a um estudo de utiliza-
ção de medicamentos, baseado na análise das pres-
crições médicas dos pacientes internados por um pe-
ríodo de 6 meses. Foram acompanhados 24 pacientes
(10 do sexo feminino e 14 do sexo masculino) e 29
prescrições médicas. Entre os aspectos analisados
encontram-se a adequação do esquema posológico, a
correção da indicação dos medicamentos, a existência
de interação entre os medicamentos. Este estudo teve
por objetivo levantar os principais problemas relacio-
nados à utilização de medicamentos no hospital, o que
permitiria a avaliação da oportunidade de implanta-
ção da atenção farmacêutica nesta unidade, além de
fornecer os subsídios para que fossem traçadas as es-
tratégias de intervenção farmacêutica.
Com este mesmo objetivo, foi realizada, paralela-
mente à análise das prescrições médicas, a observa-
ção direta do processo de dispensação de medicamen-
tos no hospital no período de outubro a dezembro de
2000. Ao todo, 200 atendimentos foram acompanha-
dos. Estes atendimentos foram selecionados de forma
aleatória, tendo sido observados, entre outros aspec-
tos, o nível de conhecimento do paciente sobre seu
tratamento e a adequação dos formulários emprega-
dos no processo de dispensação. O número de pres-
crições médicas atendidas por dia foi levantado vi-
sando permitir estimar os recursos necessários para
prestação da atenção farmacêutica a esta clientela.
RESULTADOS
A Tabela 1 apresenta os resultados da caracterização
da clientela hospitalar no período do estudo. Cabe sali-
entar que todos os pacientes apresentaram-se em situa-
ção de permanência ultrapassada e idade superior a 60
anos em 48% dos pacientes. Desta forma, pode-se consi-
derar que o Nise da Silveira, à época do estudo, apresen-
tava hospitalização com duração elevada, cuja clientela,
em sua maioria, era formada por pacientes da terceira
idade.
Com base no acompanhamento das 29 prescrições dos
24 pacientes acompanhados, observou-se que o número
médio de medicamentos consumidos por paciente foi de
5,16 (Figura 1). Uma parcela importante das prescrições
continha mais de 5 medicamentos, o que constitui, por si
só, um risco para interações medicamentosas e não-ade-
são ao tratamento. Cabe salientar que em 75% das pres-
crições não constava o regime posológico, havendo des-
crição apenas do nome do medicamento e da quantidade
total a ser dispensada. Das que continham a indicação do
regime posológico, apenas 13% atendiam às recomenda-
ções mínimas da Organização Mundial da Saúde para a
boa prescrição médica (OMS, 1998). Os principais pro-
blemas encontrados referiram-se à legibilidade das pres-
crições, e especificação da concentração e do regime po-
sológico.
Como apontado anteriormente, foram acompanhadas
200 dispensações de medicamentos, no período de outu-
bro a dezembro de 2000. No momento do recebimento
dos medicamentos, a maioria dos pacientes apresentava
dúvidas com relação ao horário da administração, além
de dificuldade de aceitação de medicamentos quando
estes apresentavam diferenças em embalagens ou nas
características organolépticas em função de serem fabri-
cados por outros laboratórios. Embora o hospital dispu-
sesse de um cartão próprio para registro do horário de
administração dos fármacos, este formulário não se mos-
trou adequado às necessidades do pacientes uma vez que
não se adequavam a muitas das receitas dispensadas e
de não incluir os medicamentos que não se enquadram
na categoria de psicofármacos.
TABELA ITABELA ITABELA ITABELA ITABELA I
Caracterização da clientela hospitalarCaracterização da clientela hospitalarCaracterização da clientela hospitalarCaracterização da clientela hospitalarCaracterização da clientela hospitalar
Clínica
Masculina
A B C
Nº de pacientes 19 12 28
Idade (22-73) (32-63) (36-85)
% pacientes c/ idade > 60 anos 15,8 8,3 32,1
22%(N=59)
Faixa de tempo de internação (emdias) (71-3290) (241-3515) (307-7014)
Clínica
Feminina
A B C
Nº de pacientes 19 28 29
Idade (31-70) (44-86) (21-63)
% pacientes c/ idade > 60 anos 21,0 50,0 6,9
26,3% (N=76)
Faixa de tempo de internação (emdias) (86-1368) (180-9845) (7-487)
Fonte: Sistema de Gerenciamento Hospitalar – MS/DATA-SUS;Out/1999
8 3Rev. Bras. Farm., 85(3), 2004
cimento da forma correta de utilização dos medicamen-
tos, sua interação com alimentos e outros medicamen-
tos constitui um fator predisponente aos problemas com
a utilização racional destes produtos e são passíveis
de minimização com a adoção da prática da atenção
farmacêutica.
Outro aspecto importante é a inadequação dos for-
mulários preconizados para a dispensação de medica-
mentos. Tais formulários devem ser revisados visando
não só a simplificação do processo de registro das orien-
tações farmacêuticas mas, sobretudo, a facilidade de lei-
tura por parte do usuário.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao CNPq e ao Município do
Rio de Janeiro.
REFERÊNCIAS
1. Cipolle, R.J., Strand, L.M., ,Morley, P.C. (1998) Pharmaceutical Care Practice.
New York: MacGraw-Hill.
2. Manasse, H.R. (1989a) Medication use in an imperfect world: drug misadven-
turing as an issue of public policy, part 1. Am. J. Hosp. Pharm, 46: 929-944
3. Manasse, H.R. (1989) Medication use in an imperfect world: drug misadventu-
ring as an issue of public policy, part 2. Am. J. Hosp. Pharm, 46: 1141-1152
4. Strand, L.M., Cipolle, R.Y. e Morley,P.C.(1990) Drug related problems: their struc-
ture and function. Ann. Pharmacother, 24:1093-1097.
5. Hepler C.D, Strand, L.M. (1999) Opotunidades y responsabilidades en la Aten-
ción Farmacêutica. Pharm. Care Esp.1: 35-47.
6. OMS (Organização Mundial da Saúde) (1998). Guia da Boa Prescrição Médica,
Porto Alegre, Artmed.
Endereço para correspondência
e-mail: mafselma@vm.uff.br
FIG.2 - Distribuição dos medicamentos segundo grupo farmacológico.
FIG.1 - Número de medicamentos por paciente
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Os resultados permitem considerar oportuna a im-
plantação de um programa de atenção farmacêutica no
Instituto Nise da Silveira. Os pacientes ambulatoriais
desta unidade recebem, em média, 5,6 medicamentos
por receita. Seu conhecimento sobre o tratamento pre-
conizado se mostrou bastante limitado, como comprova
o grande volume de dúvidas diagnosticadas na obser-
vação direta do atendimento ambulatorial. O desconhe-

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Atenção farmacêutica a grupos de risco

  • 1. Análise das atividades de dispensação de medicamentos no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, visando à implantação da atenção farmacêutica a grupos de risco Drug utilization review to allow the pharmaceutical care program development in the Nise da Silveira Institute Castilho,S.R.1 & Venture,J.2 Recebido em 18/12/2003 1 Curso de Especialização em Farmácia Hospitalar nos Moldes de Residência; Faculdade de Farmácia – UFF/MS – ERERJ - Residentes do Instituto Phillipe Pinel 2 Faculdade de Farmácia – Universidade Federal Fluminense, Rua Mário Vianna, 523 – Santa Rosa – Niterói – RJ - CEP 24 241-000 INTRODUÇÃO A o longo da história, tem-se demonstrado que uma das melhores armas contra a enfermidade é o em- prego de medicamentos através do processo denomi- nado farmacoterapia. Geralmente, o processo para a utilização de medicamentos começa com um diagnós- tico da enfermidade pelo médico que, na maioria das vezes baseado neste diagnóstico, instaura um trata- mento farmacológico com o objetivo de curar a enfer- midade e/ou aliviar seus sintomas. Nas últimas décadas, os medicamentos evoluíram enormemente contribuindo para o aumento da ex- pectativa de vida do ser humano. No entanto, todo o esforço científico e econômico não se traduz, em muitos casos, em resultados positivos. Vários auto- res demonstram que em muitas ocasiões a farmaco- terapia falha por não conseguir curar a enfermidade ou aliviar os sintomas, e inclusive produzir efeitos indesejados (Cipolle et al., 1998; Manasse, 1989 a,b). Sendo o diagnóstico correto, a prescrição adequada e a dispensação exata, o não alcance dos objetivos terapêuticos nestas situações, na maioria das vezes, é atribuído ao mal uso de medicamentos, podendo o uso incorreto ocasionar a perda de vidas humanas, danos à saúde do paciente e desperdício de dinhei- ro. Strand et al (1990) definiram como Problema Re- lacionado com Medicamentos (PRM), “uma circuns- tância para um paciente e um momento concreto, que poderia interferir com o êxito de sua farmacoterapia”. Estes problemas podem ocorrer por diversas causas, tais como doses subterapêuticas ou tóxicas para o pa- ciente, reações adversas, interações com outros me- dicamentos ou com o hábito de vida do paciente, não adesão ao tratamento, administração do medicamen- to sem necessidade ou, no caso de necessidade, não acesso aos medicamentos A esse panorama, soma-se o fato de que em mais de 50% dos casos em que se instaura uma farmacoterapia, não se consegue os RESUMO – O uso irracional de medicamentos é na atualidade um problema de grande magnitude, como decla- ram muitos especialistas e que precisa ser solucionado. Uma estratégia de abordagem deste problema é o melhor controle da farmacoterapia através do seguimento dos tratamentos farmacológicos dos pacientes, realizado por um profissional capacitado para tal propósito. O profissional farmacêutico figura entre aqueles mais bem prepa- rados para realizar o controle da farmacoterapia, não apenas em virtude de seus conhecimentos sobre os medica- mentos mas, sobretudo, pela acessibilidade para com os pacientes. No entanto, a implantação da atenção farma- cêutica em uma unidade de saúde pressupõe um estudo prévio problemas relacionados ao uso destes produtos que são mais prevalentes nesta comunidade, além do adequado dimensionamento de recursos para a implantação do serviço. Este trabalho objetivou a realização de um estudo de utilização de medicamentos no Nise da Silveira visando reunir subsídios para o desenvolvimento de um projeto para a implantação da atenção farmacêutica. PALAVRAS-CHAVE – Estudo de utilização de medicamentos, farmácia hospitalar, uso racional de medicamen- tos, atenção farmacêutica ABSTRACT – Irrational use of drugs is a major public health problem. A possible strategy to face that problem is a better pharmacotherapy control. Pharmacists are among the best professionals to implement that strategy, not only because their background in terms of pharmacology but also because they are usually available for the patients. To implement a good pharmaceutical care program, it is necessary to know the most prevalent problems related to drug therapy in a specific community. Besides that knowledge it is important to assure human and material resources to the correct functioning of the system. This job aimed to develop a drug utilization review to allow the of a pharmaceutical care programdevelopment in the Nise da Silveira Institute. KEYWORDS – Drug utilization study, hospital pharmacy, rational use of drugs, pharmaceutical care. 8 1Rev. Bras. Farm., 85(3): 81-83 2004 Nota Técnica
  • 2. 8 2 Rev. Bras. Farm., 85(3), 2004 objetivos terapêuticos propostos devido ao não cum- primento (Cipolle et al. 1998). O mal uso de medicamentos é na atualidade um problema de grande magnitude, como declaram mui- tos especialistas e que precisa ser solucionado. Uma estratégia de abordagem deste problema é o melhor controle da farmacoterapia através do seguimento dos tratamentos farmacológicos dos pacientes, realizado por um profissional capacitado para tal propósito. O pro- fissional farmacêutico figura entre aqueles mais bem preparados para realizar o controle da farmacoterapia, não apenas em virtude de seus conhecimentos sobre os medicamentos mas, sobretudo, pela acessibilidade para com os pacientes (Hepler e Strand, 1999). Um novo modelo de prática farmacêutica, em que o farmacêutico se responsabiliza pelo alcance dos ob- jetivos terapêuticos traçados para aquele tratamento específico é denominado Atenção Farmacêutica. Seu cujo objetivo final é contribuir com a melhoria da qua- lidade de vida dos pacientes, além de previnir a mor- bidade e a mortalidade relacionada a estes produtos através da busca de uma farmacoterapia apropriada, segura e efetiva para todos os pacientes. Este trabalho teve por objetivo traçar um perfil da utilização de medicamentos no Hospital Nise da Sil- veira, visando subsidiar o processo de discussão da implantação da Atenção Farmacêutica nesta Unidade. METODOLOGIA Numa 1ª etapa, buscou-se caracterizar a clientela hospitalizada. Para tanto, foram utilizados os regis- tros informatizados de atendimento hospitalar no mês de outubro de 1999. Foram coletadas informações so- bre 3 (três) clínicas do setor masculino e 3 (três) clíni- cas do setor feminino. Em seguida, deu-se início a um estudo de utiliza- ção de medicamentos, baseado na análise das pres- crições médicas dos pacientes internados por um pe- ríodo de 6 meses. Foram acompanhados 24 pacientes (10 do sexo feminino e 14 do sexo masculino) e 29 prescrições médicas. Entre os aspectos analisados encontram-se a adequação do esquema posológico, a correção da indicação dos medicamentos, a existência de interação entre os medicamentos. Este estudo teve por objetivo levantar os principais problemas relacio- nados à utilização de medicamentos no hospital, o que permitiria a avaliação da oportunidade de implanta- ção da atenção farmacêutica nesta unidade, além de fornecer os subsídios para que fossem traçadas as es- tratégias de intervenção farmacêutica. Com este mesmo objetivo, foi realizada, paralela- mente à análise das prescrições médicas, a observa- ção direta do processo de dispensação de medicamen- tos no hospital no período de outubro a dezembro de 2000. Ao todo, 200 atendimentos foram acompanha- dos. Estes atendimentos foram selecionados de forma aleatória, tendo sido observados, entre outros aspec- tos, o nível de conhecimento do paciente sobre seu tratamento e a adequação dos formulários emprega- dos no processo de dispensação. O número de pres- crições médicas atendidas por dia foi levantado vi- sando permitir estimar os recursos necessários para prestação da atenção farmacêutica a esta clientela. RESULTADOS A Tabela 1 apresenta os resultados da caracterização da clientela hospitalar no período do estudo. Cabe sali- entar que todos os pacientes apresentaram-se em situa- ção de permanência ultrapassada e idade superior a 60 anos em 48% dos pacientes. Desta forma, pode-se consi- derar que o Nise da Silveira, à época do estudo, apresen- tava hospitalização com duração elevada, cuja clientela, em sua maioria, era formada por pacientes da terceira idade. Com base no acompanhamento das 29 prescrições dos 24 pacientes acompanhados, observou-se que o número médio de medicamentos consumidos por paciente foi de 5,16 (Figura 1). Uma parcela importante das prescrições continha mais de 5 medicamentos, o que constitui, por si só, um risco para interações medicamentosas e não-ade- são ao tratamento. Cabe salientar que em 75% das pres- crições não constava o regime posológico, havendo des- crição apenas do nome do medicamento e da quantidade total a ser dispensada. Das que continham a indicação do regime posológico, apenas 13% atendiam às recomenda- ções mínimas da Organização Mundial da Saúde para a boa prescrição médica (OMS, 1998). Os principais pro- blemas encontrados referiram-se à legibilidade das pres- crições, e especificação da concentração e do regime po- sológico. Como apontado anteriormente, foram acompanhadas 200 dispensações de medicamentos, no período de outu- bro a dezembro de 2000. No momento do recebimento dos medicamentos, a maioria dos pacientes apresentava dúvidas com relação ao horário da administração, além de dificuldade de aceitação de medicamentos quando estes apresentavam diferenças em embalagens ou nas características organolépticas em função de serem fabri- cados por outros laboratórios. Embora o hospital dispu- sesse de um cartão próprio para registro do horário de administração dos fármacos, este formulário não se mos- trou adequado às necessidades do pacientes uma vez que não se adequavam a muitas das receitas dispensadas e de não incluir os medicamentos que não se enquadram na categoria de psicofármacos. TABELA ITABELA ITABELA ITABELA ITABELA I Caracterização da clientela hospitalarCaracterização da clientela hospitalarCaracterização da clientela hospitalarCaracterização da clientela hospitalarCaracterização da clientela hospitalar Clínica Masculina A B C Nº de pacientes 19 12 28 Idade (22-73) (32-63) (36-85) % pacientes c/ idade > 60 anos 15,8 8,3 32,1 22%(N=59) Faixa de tempo de internação (emdias) (71-3290) (241-3515) (307-7014) Clínica Feminina A B C Nº de pacientes 19 28 29 Idade (31-70) (44-86) (21-63) % pacientes c/ idade > 60 anos 21,0 50,0 6,9 26,3% (N=76) Faixa de tempo de internação (emdias) (86-1368) (180-9845) (7-487) Fonte: Sistema de Gerenciamento Hospitalar – MS/DATA-SUS;Out/1999
  • 3. 8 3Rev. Bras. Farm., 85(3), 2004 cimento da forma correta de utilização dos medicamen- tos, sua interação com alimentos e outros medicamen- tos constitui um fator predisponente aos problemas com a utilização racional destes produtos e são passíveis de minimização com a adoção da prática da atenção farmacêutica. Outro aspecto importante é a inadequação dos for- mulários preconizados para a dispensação de medica- mentos. Tais formulários devem ser revisados visando não só a simplificação do processo de registro das orien- tações farmacêuticas mas, sobretudo, a facilidade de lei- tura por parte do usuário. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao CNPq e ao Município do Rio de Janeiro. REFERÊNCIAS 1. Cipolle, R.J., Strand, L.M., ,Morley, P.C. (1998) Pharmaceutical Care Practice. New York: MacGraw-Hill. 2. Manasse, H.R. (1989a) Medication use in an imperfect world: drug misadven- turing as an issue of public policy, part 1. Am. J. Hosp. Pharm, 46: 929-944 3. Manasse, H.R. (1989) Medication use in an imperfect world: drug misadventu- ring as an issue of public policy, part 2. Am. J. Hosp. Pharm, 46: 1141-1152 4. Strand, L.M., Cipolle, R.Y. e Morley,P.C.(1990) Drug related problems: their struc- ture and function. Ann. Pharmacother, 24:1093-1097. 5. Hepler C.D, Strand, L.M. (1999) Opotunidades y responsabilidades en la Aten- ción Farmacêutica. Pharm. Care Esp.1: 35-47. 6. OMS (Organização Mundial da Saúde) (1998). Guia da Boa Prescrição Médica, Porto Alegre, Artmed. Endereço para correspondência e-mail: mafselma@vm.uff.br FIG.2 - Distribuição dos medicamentos segundo grupo farmacológico. FIG.1 - Número de medicamentos por paciente DISCUSSÃO E CONCLUSÕES Os resultados permitem considerar oportuna a im- plantação de um programa de atenção farmacêutica no Instituto Nise da Silveira. Os pacientes ambulatoriais desta unidade recebem, em média, 5,6 medicamentos por receita. Seu conhecimento sobre o tratamento pre- conizado se mostrou bastante limitado, como comprova o grande volume de dúvidas diagnosticadas na obser- vação direta do atendimento ambulatorial. O desconhe-