SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  33
Utilitarismo
s     Princípios Fundamentais do Utilitarismo

s     Critérios de Utilidade / História do utilitarismo

s     O cálculo utilitarista

s     Utilitarismo de Atos e de Regras

s     As críticas ao utilitarismo

s     Conclusões

02-06-12                       © CEFi - MH                1
1

           Fundamentos
                  do
            Utilitarismo


02-06-12       © CEFi - MH   2
Princípios do Utilitarismo

s   Devemos fazer tudo o que traga maior 
    benefício (ou seja, valor 
    intrínseco) para toda a humanidade.
s   A moralidade consiste em 
    produzir boas consequências, mesmo 
    sem boas intenções.
s   O objetivo da moral é tornar o mundo 
    um lugar melhor.
02-06-12           © CEFi - MH              3
A finalidade da Moral

s O utilitarista tem uma resposta 
   simples para esta pergunta.
   A finalidade da moral é guiar as 
   acções das pessoas, de modo 
   a criar a maior utilidade para o 
   maior número.

02-06-12        © CEFi - MH          4
O Imperativo Fundamental

s   O imperativo fundamental do
    utilitarismo é:
     Age sempre de modo a produzir a maior
       quantidade de bem para todos.
     – O ênfase é nas consequências, e não
       nas intenções.



02-06-12            © CEFi - MH              5
O ênfase no bem de todos

s   Falamos muitas vezes em soluções
    "utilitaristas" em tom depreciativo.
s   Na verdade, o utilitarismo é uma posição
    moral exigente que nos pede para deixar
    de lado o interesse próprio e procurar o
    bem de todos.
s   Utilitarismo é moralmente exigente por
    duas razões:
    Pede-nos para maximizar a utilidade.
    Pede para anular o interesse pessoal.

02-06-12            © CEFi - MH                6
O Sonho do Utilitarismo:
           Conferir certeza científica à ética
s   O utilitarismo oferece uma visão poderosa
    da vida moral, pois promete reduzir ou
    eliminar a discordância moral.
    - Se concordamos que o propósito da
    moral é tornar o mundo melhor, e..
    - Se pudermos avaliar cientificamente
    várias opções para determinar quais terão
    o maior efeito positivo sobre o mundo,
    então…
    Podemos fornecer uma resposta científica
    à questão do que devemos fazer.
02-06-12              © CEFi - MH            7
2
           Critérios de Utilidade /
           História do utilitarismo




02-06-12            © CEFi - MH       8
- Critérios - Valor Intrínsico
s   Muitas coisas têm valor instrumental, isto é, têm 
    valor como meios para um fim.
    No entanto, há coisas que não são meramente 
    instrumentais mas têm valor em si mesmas, ou valor 
    intrínseco.
s   O que pode ter valor intrínseco, e segundo quem? 
     – Prazer
         • Jeremy Bentham (séc.XVIII)
     – Felicidade
         • John Stuart Mill (séc.XIX)
     – Ideais
         • G. E. Moore (séc.XX)
     – Preferências
         • Kenneth Arrow (séc.XXI)


02-06-12                   © CEFi - MH                9
Jeremy Bentham
                                1748-1832
s   Bentham acreditava 
    que devemos 
    tentar aumentar a 
    quantidade total 
    de prazer no 
    mundo.




02-06-12            © CEFi - MH         10
O critério do Prazer

s   Definição: O prazer é o  s Críticas
    sentimento agradável que    – Ficou 
    experimentamos quando          conhecido como a 
    um estado de privação é     "filosofia do porco“
    substituído pela posse.
                                – Ignora valores 
                                   superiores
s   Vantagens                   – Poderia 
     – Fácil de quantificar        justificar viver com 
       - Curta duração             uma máquina 
       - Refere-se ao corpo        de prazer


02-06-12                 © CEFi - MH                       11
John Stuart Mill
                                    1806-1873
s   Afilhado de
    Bentham
s   A felicidade é o
    critério de utilidade




02-06-12              © CEFi - MH            12
Felicidade

s   Vantagens                    s      Desvantagens
     – Critério mais                    – Mais difícil de
       humano que o                       medir
       prazer                           – Cada um é que
     – Refere-se a fins                   sabe




02-06-12                  © CEFi - MH                       13
- Critério - Valores e Ideais
                   s   Moore sugeriu que devemos 
                       nos esforçar por maximizar 
                       valores tais como a 
                       liberdade, conhecimento, justiça 
                       e beleza e qualidade de vida.
                   s   O mundo não fica um lugar 
                       melhor através do  prazer, mas 
                       certamente será um lugar 
                       melhor, com 
                       mais liberdade, mais 
                       conhecimento, mais justiça e 
                       mais beleza
     G. E. Moore
                   s   Quem segue Moore nesta 
                       procura do bem intrínseco?
      1873-1958
02-06-12               © CEFi - MH                   14
Kenneth Arrow, (n.1921)
s
    Nobel de Economia, 
                                        Preferências
    argumentou que o 
    que tem valor intrínseco é 
    a satisfação das 
    preferências.
s   Esta abordagem permite 
    às pessoas escolher o 
    que tem valor 
    intrínseco. Valor 
    intrínseco é o que 
    que satisfaz as 
    preferências de uma  
    pessoa.

02-06-12                  © CEFi - MH              15
3
           O cálculo utilitarista




02-06-12           © CEFi - MH      16
O cálculo utilitarista
s   Matemática e ética
    unidas: todas as
    consequências
    devem ser medidas
    e pesadas.
    Unidades de
    medida:
    Hedões: positivos
    Dores:: negativos

02-06-12            © CEFi - MH         17
Calcular o quê?
s   Hedões / Dores podem ser definidos em termos
    de
s   prazer
s   Felicidade
s   Ideais
s   preferências
s   Para qualquer ação, devemos calcular:
     – Quantas pessoas serão afetadas, negativamente
       (Dores), e positivamente (hedões)
       Com que intensidade serão afectadas
       Cálculos similares para as alternativas disponíveis
       Escolher a ação que produz a maior quantidade de
       utilidade ( +hedões - Dores)


02-06-12                   © CEFi - MH                       18
s
Exemplos a dramatizar:
       caso Pingo Doce - O almoço na cantina
Utilitaristas teriam que calcular:
  benefícios
  Nutrição aumentou para um número x de jovens
  O aumento de desempenho, de longo alcance
  chances de sucesso
  Benefícios incidentais para contratantes, etc
  custos
  Custo de cada contribuinte
  Contraste com outros programas que poderiam ter
  sido financiados e com impostos mais baixos (sem
  programa)
  Multiplique cada fator pelo:
  Número de pessoas afetadas
  Intensidade dos efeitos
 02-06-12             © CEFi - MH               19
How much can we quantify?
s   Pleasure and preference satisfaction are easier to
    quantify than happiness or ideals
s   Two distinct issues:
     – Can everything be quantified?
           • Some would maintain that some of the most important
             things in life (love, family, etc.) cannot easily be quantified,
             while other things (productivity, material goods) may get
             emphasized precisely because they are quantifiable.
           • The danger: if it can’t be counted, it doesn’t count.
     – Are quantified goods necessarily commensurable?
           • Are a fine dinner and a good night’s sleep
             commensurable? Can one be traded or substituted for the
             other?



02-06-12                          © CEFi - MH                              20
“…the problems of three little
           people don’t amount to a hill of
               beans in this crazy world.”
                             s      Utilitarianism
                                    doesn’t always
                                    have a cold and
                                    calculating face—
                                    we perform
                                    utilitarian
                                    calculations in
                                    everyday life.


02-06-12              © CEFi - MH                       21
4

     Utilitarismo de Regras
             e de Atos


02-06-12      © CEFi - MH     22
Utilitarismo de Regras e de Atos
s   utilitarismo de atos
     – Verifica as consequências de cada ato
       individual e cálculo utilitário cada vez
       que o acto é praticado.
           utilitarismo de regras-
           Verifica as consequências de todos
           seguirem uma determinada regra e
           calcula a utilidade geral de aceitar ou
           rejeitar essa regra.


02-06-12                  © CEFi - MH                23
An Example
s   Imagine the following scenario. A prominent and much-loved
    leader has been rushed to the hospital, grievously wounded by
    an assassin’s bullet. He needs a heart and lung transplant
    immediately to survive. No suitable donors are available, but
    there is a homeless person in the emergency room who is being
    kept alive on a respirator, who probably has only a few days to
    live, and who is a perfect donor. Without the transplant, the
    leader will die; the homeless person will die in a few days anyway.
     Security at the hospital is very well controlled. The transplant
    team could hasten the death of the homeless person and carry out
    the transplant without the public ever knowing that they killed the
    homeless person for his organs. What should they do?
     – For rule utilitarians, this is an easy choice. No one could approve a
       general rule that lets hospitals kill patients for their organs when they
       are going to die anyway. The consequences of adopting such a
       general rule would be highly negative and would certainly undermine
       public trust in the medical establishment.
     – For act utilitarians, the situation is more complex. If secrecy were
       guaranteed, the overall consequences might be such that in this
       particular instance greater utility is produced by hastening the death
       of the homeless person and using his organs for the transplant.



02-06-12                           © CEFi - MH                                 24
The Continuing Dispute
s   Rule utilitarians claim:
     – In particular cases, act utilitarianism can justify
       disobeying important moral rules and violating
       individual rights.
     – Act utilitarianism also takes too much time to calculate
       in each and every case.
s   Act utilitarians respond:
     – Following a rule in a particular case when the overall
       utility demands that we violate the rule is just rule-
       worship. If the consequences demand it, we should
       violate the rule.
     – Furthermore, act utilitarians can follow rules-of-thumb
       (accumulated wisdom based on consequences in the
       past) most of the time and engage in individual
       calculation only when there is some pressing reason for
       doing so.

02-06-12                    © CEFi - MH                       25
5
                Críticas
             ao Utilitarismo
       1. Responsibilidade
       2. Integridade
       3. Intenções
       4. Sorte
       5. Quem calcula?
       6. Quem é incluído?
02-06-12                © CEFi - MH   26
1. Responsibilidade
s   Utilitarismo sugere que nós somos responsáveis ​ por todas
    as consequências de nossas escolhas.
s   O problema é que às vezes podemos prever consequências
    das acções de outras pessoas em resposta a nossos
    próprios atos. Somos responsáveis ​ por essas ações,
    mesmo sem as escolher ou aprovar?
s   Os terroristas dizem que vão matar os reféns se
    não atender suas exigências. Nós recusamos a
    atender suas exigências. Somos responsáveis ​
    pelo que acontece aos reféns?

s   Imagine alguém que coloca crianças em
    prováveis ​ alvos para serem bombardeados. Se
    bombardearmos, somos responsáveis ​ se as
    crianças são mortas por bombardeio?

02-06-12                   © CEFi - MH                      27
2. Integridade moral
s   O utilitarismo muitas vezes exige colocar de lado
    o interesse próprio. Às vezes, isso significa
    colocar de lado as nossas convicções morais.
    A violação desses compromissos implica uma
    violação do que somos em nossa essência.
s   EX. Objeção de consciência . Pessoa recusa-se a
    ser soldado porque não quer matar




02-06-12               © CEFi - MH                  28
3. Intenções
s   O utilitarismo é quase exclusivamente
    sobre as consequências, e não intenções.
s   As Intenções também contam …..
s   … importante avaliar moralmente as
    pessoas.




02-06-12            © CEFi - MH             29
4. Sorte
s   Ao concentrar-se nas consequências, o
    utilitarismo faz depender da sorte o valor moral
    de nossas ações
s   Temos de esperar pelas conseqüências, antes de
    descobrir se a acção foi boa ou má.
    Isto faz a vida moral uma questão de sorte, o que
    contraria as intuições morais básicas.
s
    Ex. Podemos imaginar ações com boas intenções
    que têm más conseqüências imprevisíveis e não
    desejadas
    Ex. Podemos também imaginar ações com más
    intenções que têm conseqüências boas
    imprevisíveis e não desejadas.


02-06-12               © CEFi - MH                  30
5. Quem calcula?
s   Historicamente, África foi um problema
    para Portugal.
    Os portugueses achavam que estavam a 
    fazer o que era melhor para África mas 
    eram os únicos a julgar assim.

s   O cálculo depende de quem o faz
    No Iraque, os americanos nunca entenderam 
    o que a independência contava para os 
    iraquianos.

02-06-12             © CEFi - MH              31
6. Quem é incluído?
s   Quando consideramos a questão das 
    consequências, devemos perguntar quem é 
    incluído ou afectado por elas.

s   Os que pertencem ao nosso grupo (coletivismo)?
    Os que pertencem ao nosso país (nacionalismo)?
    Os que partilham a nossa cor de pele (racismo)?
    Todos os seres humanos (humanismo)?
    Todos os seres que sentem?( pessoas e animais)

s   O utilitarismo clássico afirma que devemos 
    reconhecer a dor e sofrimento dos animais e 
    não restringir apenas aos seres humanos.


02-06-12                © CEFi - MH                32
Conclusão

s   O utilitarismo é apropriado para as 
    decisões políticas, desde que haja que 
    os direitos humanos fundamentais 
    garantam os direitos das minorias.




02-06-12           © CEFi - MH            33

Contenu connexe

Tendances (20)

A teoria ética utilitarista de mill
A teoria ética utilitarista de millA teoria ética utilitarista de mill
A teoria ética utilitarista de mill
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medieval
 
Hume
HumeHume
Hume
 
Filosofia 10ºa
Filosofia 10ºaFilosofia 10ºa
Filosofia 10ºa
 
A teoria ética de kant
A teoria ética de kantA teoria ética de kant
A teoria ética de kant
 
Os pré-socráticos
Os pré-socráticosOs pré-socráticos
Os pré-socráticos
 
O que é conhecimento - filosofia
O que é conhecimento - filosofiaO que é conhecimento - filosofia
O que é conhecimento - filosofia
 
Fundamentação da Moral: Kant e o Imperativo Categórico
Fundamentação da Moral: Kant e o Imperativo CategóricoFundamentação da Moral: Kant e o Imperativo Categórico
Fundamentação da Moral: Kant e o Imperativo Categórico
 
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os Valores
 
Juízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valorJuízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valor
 
Hume_tipos_conhecimento
Hume_tipos_conhecimentoHume_tipos_conhecimento
Hume_tipos_conhecimento
 
Popper
PopperPopper
Popper
 
Racionalismo - Filosofia
Racionalismo - FilosofiaRacionalismo - Filosofia
Racionalismo - Filosofia
 
1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento
 
A necessidade de fundamentação da moral introdução
A necessidade de fundamentação da moral   introduçãoA necessidade de fundamentação da moral   introdução
A necessidade de fundamentação da moral introdução
 
Filosofia moderna
Filosofia modernaFilosofia moderna
Filosofia moderna
 
John Rawls
John RawlsJohn Rawls
John Rawls
 
Rm vs objetivismo moral
Rm vs objetivismo moralRm vs objetivismo moral
Rm vs objetivismo moral
 
Teorias do conhecimento
Teorias do conhecimentoTeorias do conhecimento
Teorias do conhecimento
 

En vedette (20)

Utilitarismo
UtilitarismoUtilitarismo
Utilitarismo
 
Comparação entre as éticas de kant e de mill
Comparação entre as éticas de kant e de millComparação entre as éticas de kant e de mill
Comparação entre as éticas de kant e de mill
 
Utilitarismo, Bentham, Mill
Utilitarismo, Bentham, MillUtilitarismo, Bentham, Mill
Utilitarismo, Bentham, Mill
 
Filosofia 10ºano
Filosofia   10ºanoFilosofia   10ºano
Filosofia 10ºano
 
A teoria ética utilitarista de mill
A teoria ética utilitarista de millA teoria ética utilitarista de mill
A teoria ética utilitarista de mill
 
Power Point Utilitarismo
Power Point UtilitarismoPower Point Utilitarismo
Power Point Utilitarismo
 
Teoria Deontológica de Kant
Teoria Deontológica de KantTeoria Deontológica de Kant
Teoria Deontológica de Kant
 
Sociologia apontamentos
Sociologia  apontamentosSociologia  apontamentos
Sociologia apontamentos
 
Teorias econc3b4micas
Teorias econc3b4micasTeorias econc3b4micas
Teorias econc3b4micas
 
Apostilaeconomiabasica
ApostilaeconomiabasicaApostilaeconomiabasica
Apostilaeconomiabasica
 
Filosofia - Exercício de Conceptualização
Filosofia - Exercício de ConceptualizaçãoFilosofia - Exercício de Conceptualização
Filosofia - Exercício de Conceptualização
 
Etica hedonista
Etica hedonistaEtica hedonista
Etica hedonista
 
Moral & Felicidade: Possibilidades para uma Sociedade Justa e Feliz
Moral & Felicidade: Possibilidades para uma Sociedade Justa e FelizMoral & Felicidade: Possibilidades para uma Sociedade Justa e Feliz
Moral & Felicidade: Possibilidades para uma Sociedade Justa e Feliz
 
Aborto
AbortoAborto
Aborto
 
Albert Camus: A Revolta do Homem Absurdo
Albert Camus: A Revolta do Homem AbsurdoAlbert Camus: A Revolta do Homem Absurdo
Albert Camus: A Revolta do Homem Absurdo
 
Ensaio
EnsaioEnsaio
Ensaio
 
Utilitarismo ético
Utilitarismo ético Utilitarismo ético
Utilitarismo ético
 
Teoria fisiocrata
Teoria fisiocrataTeoria fisiocrata
Teoria fisiocrata
 
Utilitarismo - Stuart Mill (texto)
Utilitarismo - Stuart Mill (texto)Utilitarismo - Stuart Mill (texto)
Utilitarismo - Stuart Mill (texto)
 
Jeremy bentham utilitarismo
Jeremy bentham utilitarismoJeremy bentham utilitarismo
Jeremy bentham utilitarismo
 

Similaire à Utilitarismo

ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemosÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemosisacamel
 
O caminho da consciencia ecologica. Superando os bloqueios
O caminho da consciencia ecologica. Superando os bloqueiosO caminho da consciencia ecologica. Superando os bloqueios
O caminho da consciencia ecologica. Superando os bloqueiosAfonso Murad (FAJE)
 
Moral utilitarista versão final
Moral utilitarista versão finalMoral utilitarista versão final
Moral utilitarista versão finalHelena Serrão
 
Gestão ambiental unidade VI
Gestão ambiental unidade VIGestão ambiental unidade VI
Gestão ambiental unidade VIHarutchy
 
Aula1 INTRODUCO A ECONOMIA.pptx
Aula1 INTRODUCO A ECONOMIA.pptxAula1 INTRODUCO A ECONOMIA.pptx
Aula1 INTRODUCO A ECONOMIA.pptxrildonnogueira
 
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millA filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millMABETA_
 
Moral Utilitarista VersãO Final
Moral Utilitarista VersãO FinalMoral Utilitarista VersãO Final
Moral Utilitarista VersãO FinalHelena Serrão
 
Etica nas Organizações - profª. Paulette Albéris A. Melo – PHD
Etica nas Organizações - profª. Paulette   Albéris  A. Melo – PHDEtica nas Organizações - profª. Paulette   Albéris  A. Melo – PHD
Etica nas Organizações - profª. Paulette Albéris A. Melo – PHDCra-es Conselho
 
7 Habitos_Compacto.ppt
7 Habitos_Compacto.ppt7 Habitos_Compacto.ppt
7 Habitos_Compacto.pptssusere041f5
 
Modulo 6 deontologia e ASC parte I
Modulo 6  deontologia e ASC   parte IModulo 6  deontologia e ASC   parte I
Modulo 6 deontologia e ASC parte IDaniela Fernandes
 
Economia estado jackson_detoni
Economia estado jackson_detoniEconomia estado jackson_detoni
Economia estado jackson_detoniJackson De Toni
 
O que torna uma ação moralmente correta.pptx
O que torna uma ação moralmente correta.pptxO que torna uma ação moralmente correta.pptx
O que torna uma ação moralmente correta.pptxFreiheit Ribeiro
 
As éticas de stuart mill e de kant
As éticas de stuart mill e de kantAs éticas de stuart mill e de kant
As éticas de stuart mill e de kantFilipe Prado
 
Filosofia Dimensões da ação humana e dos valores
Filosofia Dimensões da ação humana e dos valores Filosofia Dimensões da ação humana e dos valores
Filosofia Dimensões da ação humana e dos valores Sara Cacais
 

Similaire à Utilitarismo (20)

ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemosÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
 
Teorias da Economia - Aula 02
Teorias da Economia - Aula 02Teorias da Economia - Aula 02
Teorias da Economia - Aula 02
 
O caminho da consciencia ecologica. Superando os bloqueios
O caminho da consciencia ecologica. Superando os bloqueiosO caminho da consciencia ecologica. Superando os bloqueios
O caminho da consciencia ecologica. Superando os bloqueios
 
éTica de kant e de stuart mill
éTica de kant e de stuart milléTica de kant e de stuart mill
éTica de kant e de stuart mill
 
Palestra introdução à economía consciente
Palestra introdução à economía conscientePalestra introdução à economía consciente
Palestra introdução à economía consciente
 
Moral utilitarista versão final
Moral utilitarista versão finalMoral utilitarista versão final
Moral utilitarista versão final
 
Gestão ambiental unidade VI
Gestão ambiental unidade VIGestão ambiental unidade VI
Gestão ambiental unidade VI
 
Aula1 INTRODUCO A ECONOMIA.pptx
Aula1 INTRODUCO A ECONOMIA.pptxAula1 INTRODUCO A ECONOMIA.pptx
Aula1 INTRODUCO A ECONOMIA.pptx
 
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millA filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
 
Stuart – mill – ideias básicas
Stuart – mill  – ideias básicasStuart – mill  – ideias básicas
Stuart – mill – ideias básicas
 
Moral Utilitarista VersãO Final
Moral Utilitarista VersãO FinalMoral Utilitarista VersãO Final
Moral Utilitarista VersãO Final
 
Etica nas Organizações - profª. Paulette Albéris A. Melo – PHD
Etica nas Organizações - profª. Paulette   Albéris  A. Melo – PHDEtica nas Organizações - profª. Paulette   Albéris  A. Melo – PHD
Etica nas Organizações - profª. Paulette Albéris A. Melo – PHD
 
7 Habitos_Compacto.ppt
7 Habitos_Compacto.ppt7 Habitos_Compacto.ppt
7 Habitos_Compacto.ppt
 
Modulo 6 deontologia e ASC parte I
Modulo 6  deontologia e ASC   parte IModulo 6  deontologia e ASC   parte I
Modulo 6 deontologia e ASC parte I
 
Economia estado jackson_detoni
Economia estado jackson_detoniEconomia estado jackson_detoni
Economia estado jackson_detoni
 
O que torna uma ação moralmente correta.pptx
O que torna uma ação moralmente correta.pptxO que torna uma ação moralmente correta.pptx
O que torna uma ação moralmente correta.pptx
 
ENCOAD 2016 - A Ética no Contexto Nacional
ENCOAD 2016 - A Ética no Contexto NacionalENCOAD 2016 - A Ética no Contexto Nacional
ENCOAD 2016 - A Ética no Contexto Nacional
 
As éticas de stuart mill e de kant
As éticas de stuart mill e de kantAs éticas de stuart mill e de kant
As éticas de stuart mill e de kant
 
Ética nas organizações e sustentabilidade
Ética nas organizações e sustentabilidadeÉtica nas organizações e sustentabilidade
Ética nas organizações e sustentabilidade
 
Filosofia Dimensões da ação humana e dos valores
Filosofia Dimensões da ação humana e dos valores Filosofia Dimensões da ação humana e dos valores
Filosofia Dimensões da ação humana e dos valores
 

Utilitarismo

  • 1. Utilitarismo s Princípios Fundamentais do Utilitarismo s Critérios de Utilidade / História do utilitarismo s O cálculo utilitarista s Utilitarismo de Atos e de Regras s As críticas ao utilitarismo s Conclusões 02-06-12 © CEFi - MH 1
  • 2. 1 Fundamentos do Utilitarismo 02-06-12 © CEFi - MH 2
  • 3. Princípios do Utilitarismo s Devemos fazer tudo o que traga maior  benefício (ou seja, valor  intrínseco) para toda a humanidade. s A moralidade consiste em  produzir boas consequências, mesmo  sem boas intenções. s O objetivo da moral é tornar o mundo  um lugar melhor. 02-06-12 © CEFi - MH 3
  • 4. A finalidade da Moral s O utilitarista tem uma resposta  simples para esta pergunta. A finalidade da moral é guiar as  acções das pessoas, de modo  a criar a maior utilidade para o  maior número. 02-06-12 © CEFi - MH 4
  • 5. O Imperativo Fundamental s O imperativo fundamental do utilitarismo é: Age sempre de modo a produzir a maior quantidade de bem para todos. – O ênfase é nas consequências, e não nas intenções. 02-06-12 © CEFi - MH 5
  • 6. O ênfase no bem de todos s Falamos muitas vezes em soluções "utilitaristas" em tom depreciativo. s Na verdade, o utilitarismo é uma posição moral exigente que nos pede para deixar de lado o interesse próprio e procurar o bem de todos. s Utilitarismo é moralmente exigente por duas razões: Pede-nos para maximizar a utilidade. Pede para anular o interesse pessoal. 02-06-12 © CEFi - MH 6
  • 7. O Sonho do Utilitarismo: Conferir certeza científica à ética s O utilitarismo oferece uma visão poderosa da vida moral, pois promete reduzir ou eliminar a discordância moral. - Se concordamos que o propósito da moral é tornar o mundo melhor, e.. - Se pudermos avaliar cientificamente várias opções para determinar quais terão o maior efeito positivo sobre o mundo, então… Podemos fornecer uma resposta científica à questão do que devemos fazer. 02-06-12 © CEFi - MH 7
  • 8. 2 Critérios de Utilidade / História do utilitarismo 02-06-12 © CEFi - MH 8
  • 9. - Critérios - Valor Intrínsico s Muitas coisas têm valor instrumental, isto é, têm  valor como meios para um fim. No entanto, há coisas que não são meramente  instrumentais mas têm valor em si mesmas, ou valor  intrínseco. s O que pode ter valor intrínseco, e segundo quem?  – Prazer • Jeremy Bentham (séc.XVIII) – Felicidade • John Stuart Mill (séc.XIX) – Ideais • G. E. Moore (séc.XX) – Preferências • Kenneth Arrow (séc.XXI) 02-06-12 © CEFi - MH 9
  • 10. Jeremy Bentham 1748-1832 s Bentham acreditava  que devemos  tentar aumentar a  quantidade total  de prazer no  mundo. 02-06-12 © CEFi - MH 10
  • 11. O critério do Prazer s Definição: O prazer é o  s Críticas sentimento agradável que  – Ficou  experimentamos quando  conhecido como a  um estado de privação é  "filosofia do porco“ substituído pela posse. – Ignora valores  superiores s Vantagens – Poderia  – Fácil de quantificar justificar viver com  - Curta duração uma máquina  - Refere-se ao corpo de prazer 02-06-12 © CEFi - MH 11
  • 12. John Stuart Mill 1806-1873 s Afilhado de Bentham s A felicidade é o critério de utilidade 02-06-12 © CEFi - MH 12
  • 13. Felicidade s Vantagens s Desvantagens – Critério mais – Mais difícil de humano que o medir prazer – Cada um é que – Refere-se a fins sabe 02-06-12 © CEFi - MH 13
  • 14. - Critério - Valores e Ideais s Moore sugeriu que devemos  nos esforçar por maximizar  valores tais como a  liberdade, conhecimento, justiça  e beleza e qualidade de vida. s O mundo não fica um lugar  melhor através do  prazer, mas  certamente será um lugar  melhor, com  mais liberdade, mais  conhecimento, mais justiça e  mais beleza G. E. Moore s Quem segue Moore nesta  procura do bem intrínseco? 1873-1958 02-06-12 © CEFi - MH 14
  • 15. Kenneth Arrow, (n.1921) s Nobel de Economia,  Preferências argumentou que o  que tem valor intrínseco é  a satisfação das  preferências. s Esta abordagem permite  às pessoas escolher o  que tem valor  intrínseco. Valor  intrínseco é o que  que satisfaz as  preferências de uma   pessoa. 02-06-12 © CEFi - MH 15
  • 16. 3 O cálculo utilitarista 02-06-12 © CEFi - MH 16
  • 17. O cálculo utilitarista s Matemática e ética unidas: todas as consequências devem ser medidas e pesadas. Unidades de medida: Hedões: positivos Dores:: negativos 02-06-12 © CEFi - MH 17
  • 18. Calcular o quê? s Hedões / Dores podem ser definidos em termos de s prazer s Felicidade s Ideais s preferências s Para qualquer ação, devemos calcular: – Quantas pessoas serão afetadas, negativamente (Dores), e positivamente (hedões) Com que intensidade serão afectadas Cálculos similares para as alternativas disponíveis Escolher a ação que produz a maior quantidade de utilidade ( +hedões - Dores) 02-06-12 © CEFi - MH 18 s
  • 19. Exemplos a dramatizar: caso Pingo Doce - O almoço na cantina Utilitaristas teriam que calcular: benefícios Nutrição aumentou para um número x de jovens O aumento de desempenho, de longo alcance chances de sucesso Benefícios incidentais para contratantes, etc custos Custo de cada contribuinte Contraste com outros programas que poderiam ter sido financiados e com impostos mais baixos (sem programa) Multiplique cada fator pelo: Número de pessoas afetadas Intensidade dos efeitos 02-06-12 © CEFi - MH 19
  • 20. How much can we quantify? s Pleasure and preference satisfaction are easier to quantify than happiness or ideals s Two distinct issues: – Can everything be quantified? • Some would maintain that some of the most important things in life (love, family, etc.) cannot easily be quantified, while other things (productivity, material goods) may get emphasized precisely because they are quantifiable. • The danger: if it can’t be counted, it doesn’t count. – Are quantified goods necessarily commensurable? • Are a fine dinner and a good night’s sleep commensurable? Can one be traded or substituted for the other? 02-06-12 © CEFi - MH 20
  • 21. “…the problems of three little people don’t amount to a hill of beans in this crazy world.” s Utilitarianism doesn’t always have a cold and calculating face— we perform utilitarian calculations in everyday life. 02-06-12 © CEFi - MH 21
  • 22. 4 Utilitarismo de Regras e de Atos 02-06-12 © CEFi - MH 22
  • 23. Utilitarismo de Regras e de Atos s utilitarismo de atos – Verifica as consequências de cada ato individual e cálculo utilitário cada vez que o acto é praticado. utilitarismo de regras- Verifica as consequências de todos seguirem uma determinada regra e calcula a utilidade geral de aceitar ou rejeitar essa regra. 02-06-12 © CEFi - MH 23
  • 24. An Example s Imagine the following scenario. A prominent and much-loved leader has been rushed to the hospital, grievously wounded by an assassin’s bullet. He needs a heart and lung transplant immediately to survive. No suitable donors are available, but there is a homeless person in the emergency room who is being kept alive on a respirator, who probably has only a few days to live, and who is a perfect donor. Without the transplant, the leader will die; the homeless person will die in a few days anyway. Security at the hospital is very well controlled. The transplant team could hasten the death of the homeless person and carry out the transplant without the public ever knowing that they killed the homeless person for his organs. What should they do? – For rule utilitarians, this is an easy choice. No one could approve a general rule that lets hospitals kill patients for their organs when they are going to die anyway. The consequences of adopting such a general rule would be highly negative and would certainly undermine public trust in the medical establishment. – For act utilitarians, the situation is more complex. If secrecy were guaranteed, the overall consequences might be such that in this particular instance greater utility is produced by hastening the death of the homeless person and using his organs for the transplant. 02-06-12 © CEFi - MH 24
  • 25. The Continuing Dispute s Rule utilitarians claim: – In particular cases, act utilitarianism can justify disobeying important moral rules and violating individual rights. – Act utilitarianism also takes too much time to calculate in each and every case. s Act utilitarians respond: – Following a rule in a particular case when the overall utility demands that we violate the rule is just rule- worship. If the consequences demand it, we should violate the rule. – Furthermore, act utilitarians can follow rules-of-thumb (accumulated wisdom based on consequences in the past) most of the time and engage in individual calculation only when there is some pressing reason for doing so. 02-06-12 © CEFi - MH 25
  • 26. 5 Críticas ao Utilitarismo 1. Responsibilidade 2. Integridade 3. Intenções 4. Sorte 5. Quem calcula? 6. Quem é incluído? 02-06-12 © CEFi - MH 26
  • 27. 1. Responsibilidade s Utilitarismo sugere que nós somos responsáveis ​ por todas as consequências de nossas escolhas. s O problema é que às vezes podemos prever consequências das acções de outras pessoas em resposta a nossos próprios atos. Somos responsáveis ​ por essas ações, mesmo sem as escolher ou aprovar? s Os terroristas dizem que vão matar os reféns se não atender suas exigências. Nós recusamos a atender suas exigências. Somos responsáveis ​ pelo que acontece aos reféns? s Imagine alguém que coloca crianças em prováveis ​ alvos para serem bombardeados. Se bombardearmos, somos responsáveis ​ se as crianças são mortas por bombardeio? 02-06-12 © CEFi - MH 27
  • 28. 2. Integridade moral s O utilitarismo muitas vezes exige colocar de lado o interesse próprio. Às vezes, isso significa colocar de lado as nossas convicções morais. A violação desses compromissos implica uma violação do que somos em nossa essência. s EX. Objeção de consciência . Pessoa recusa-se a ser soldado porque não quer matar 02-06-12 © CEFi - MH 28
  • 29. 3. Intenções s O utilitarismo é quase exclusivamente sobre as consequências, e não intenções. s As Intenções também contam ….. s … importante avaliar moralmente as pessoas. 02-06-12 © CEFi - MH 29
  • 30. 4. Sorte s Ao concentrar-se nas consequências, o utilitarismo faz depender da sorte o valor moral de nossas ações s Temos de esperar pelas conseqüências, antes de descobrir se a acção foi boa ou má. Isto faz a vida moral uma questão de sorte, o que contraria as intuições morais básicas. s Ex. Podemos imaginar ações com boas intenções que têm más conseqüências imprevisíveis e não desejadas Ex. Podemos também imaginar ações com más intenções que têm conseqüências boas imprevisíveis e não desejadas. 02-06-12 © CEFi - MH 30
  • 31. 5. Quem calcula? s Historicamente, África foi um problema para Portugal. Os portugueses achavam que estavam a  fazer o que era melhor para África mas  eram os únicos a julgar assim. s O cálculo depende de quem o faz No Iraque, os americanos nunca entenderam  o que a independência contava para os  iraquianos. 02-06-12 © CEFi - MH 31
  • 32. 6. Quem é incluído? s Quando consideramos a questão das  consequências, devemos perguntar quem é  incluído ou afectado por elas. s Os que pertencem ao nosso grupo (coletivismo)? Os que pertencem ao nosso país (nacionalismo)? Os que partilham a nossa cor de pele (racismo)? Todos os seres humanos (humanismo)? Todos os seres que sentem?( pessoas e animais) s O utilitarismo clássico afirma que devemos  reconhecer a dor e sofrimento dos animais e  não restringir apenas aos seres humanos. 02-06-12 © CEFi - MH 32
  • 33. Conclusão s O utilitarismo é apropriado para as  decisões políticas, desde que haja que  os direitos humanos fundamentais  garantam os direitos das minorias. 02-06-12 © CEFi - MH 33

Notes de l'éditeur

  1. 06/02/12
  2. 06/02/12
  3. 06/02/12
  4. 06/02/12
  5. 06/02/12
  6. 06/02/12
  7. 06/02/12
  8. 06/02/12
  9. 06/02/12
  10. 06/02/12
  11. 06/02/12
  12. 06/02/12
  13. 06/02/12
  14. 06/02/12
  15. 06/02/12
  16. 06/02/12
  17. 06/02/12
  18. 06/02/12
  19. 06/02/12
  20. 06/02/12
  21. 06/02/12
  22. 06/02/12
  23. 06/02/12
  24. 06/02/12
  25. 06/02/12
  26. 06/02/12
  27. 06/02/12
  28. 06/02/12
  29. 06/02/12
  30. 06/02/12
  31. 06/02/12
  32. 06/02/12
  33. 06/02/12