1. O documento discute a mensagem de Jesus para a igreja de Éfeso no livro de Apocalipse. 2. A igreja de Éfeso era dedicada, guardiã da fé e perseverante, mas tinha abandonado seu primeiro amor por Cristo e deixado de ser uma testemunha zelosa. 3. Jesus pede que voltem a ter o amor original e a missão de testemunhar sobre ele para o mundo.
9. O termo grego usado para descrever
o trabalho (árduo) sublinha a
profundidade ou grau de sua força
no serviço prestador ao Senhor
Uma igreja
Dedicada
10. GUARDIÃ DA FÉ
Uma igreja
Os presbíteros guardaram a
fé e protegeram a igreja dos
falsos mestres.
11. Suportavam as provas e venciam
os obstáculos por causa do nome
de Jesus
Uma igreja
Perseverante
12. 1. Uma igreja Dedicada
ELOGIOS
Versos2,3e6
2. Uma igreja Guardiã da fé
3. Uma igreja Perseverante
13. você abandonou
o seu primeiro amor
O que eles estev am
abandonando era algo
séri o aos ol hos de Jesus
Tenho contra ti
14. você abandonou
o seu primeiro amor
O que eles abandonaram?
1 . A m o r p o r C r i s t o ?
2 . A m o r p e l o i r m ã o s ?
3 . A m o r p e l a s e s c r i t u r a s ?
4 . A m o r p e l a s c o i s a s d e D e u s ?
Tenho contra ti
15. você abandonou
o seu primeiro amor
O que eles abandonaram?
E l e s n ã o m a i s m a n i f e s t a v a m o
s e u a n t i g o a m o r z e l o s o p e l a
m i s s ã o d e t e s t e m u n h a r C r i s t o
p a r a o m u n d o .
Tenho contra ti
16. você abandonou
o seu primeiro amor
A ideia, segundo G. K. Beale, é que eles não
manifestavam o seu antigo amor zeloso a Jesus,
testemunhando-o no mundo. É por isso que Cristo
escolhe apresentar-se no verso 1 como sendo aquele
que “anda no meio dos sete candelabros de ouro” e no
verso 5 como aquele que viria e tiraria “o candelabro do
lugar dele”.
Tenho contra ti
17. você abandonou
o seu primeiro amor
Essas imagens visam lembrar os leitores introvertidos
(da igreja de Éfeso) que seu papel principal em relação
ao seu Senhor deve ser de uma luz para o mundo
exterior. Assim tinha sido a igreja de Éfeso, a qual era
conhecida como “a luz da Ásia”.
Tenho contra ti
18. você abandonou
o seu primeiro amor
Como certamente afirmou Willian Barclay “há muito
poucos lugares que demonstram de maneira mais clara
o poder do Evangelho para conquistar os corações dos
homens e transformar a sociedade.”
Tenho contra ti
19. você abandonou
o seu primeiro amor
Na mesma linha, R. C. Trench escreveu: “em nenhum
outro lugar a mensagem foi recebida com maior anelo,
nem feito raízes tão profundas, nem deu frutos tão
belos de fé e amor”. O presente já não é igual ao
passado, pois o amor se esfriou e a igreja deixou de ser
luz.
Tenho contra ti
20. você abandonou
o seu primeiro amor
Neste sentido, exegeticamente, voltar ao “primeiro
amor” era o mesmo que tornar-se novamente uma
testemunha zelosa de Cristo Jesus. Segundo Beale, isso
já tinha sido sugerido por Jesus Mateus 24. 12-14:
Tenho contra ti
21. você abandonou
o seu primeiro amor
“Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos
esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será
salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo
o mundo como testemunho a todas as nações, e então
virá o fim”
(Mateus 24: 12-14).
Tenho contra ti
22. você abandonou
o seu primeiro amor
Isto explicaria a perda do amor como infidelidade à
tarefa da aliança de perseverar na pregação do
evangelho, como segundo Beale, pode ser percebido
neste texto de Mateus 24.
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BEALE, G. K.: The Book of Revelation : A Commentary on the Greek Text. Grand Rapids,
Mich.; Carlisle, Cumbria: W.B. Eerdmans; Paternoster Press, 1999.
Tenho contra ti
Divisão do Livro:
“Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que acontecerão”. Apocalipse 1.19
Com base no sumário de Apocalipse 1.19, Revelação pode ser vista em três divisões:
As coisas do passado, são as coisas que João tinha visto a partir do versículo 9-19 incluindo o versículo 20, que é uma explicação de parte desta visão, a visão do Cristo glorificado (1.9-20).
(2) As coisas do presente, são as mensagens às sete igrejas, as quais possuem lições e princípios que se estendem para toda era cristã entre a primeira e segunda vinda de Cristo (2.1-3.22).
(3) Finalmente, “e as que hão de acontecer depois destas”, leva o leitor para o futuro ou as coisas futuras, e lida com as coisas que já estão acontecendo nos últimos dias (4-22) e se consumaram no último dia.
Trazer ESPERANÇA para os perseguidos
Os leitores originais de João estavam suportando o martírio na época do apóstolo. Houve grandes perseguições nos primeiros séculos contra a igreja. Essa perseguição vinha de todos os lados e, de forma mais cruel, aconteciam nos âmbitos políticos e sociais. Na esfera politica os cristãos da Ásia menor sofreram perseguições dos imperadores, tais como: 1) Nero (64 d.C); 2) Domiciano (95 d.C); 3) Trajano (112 d.C); 4) Marco Aurélio (117 d.C); 5) Sétimo Severo (fim do segundo século); 6) Décio (250 d.C); 7) Diocleciano (303 d.C). Dentre estes imperadores, particularmente Nero (54-68 d.C) e Domiciano (81-96 d.C) passaram a exigir do povo reverências que se aproximavam muita da adoração, pois, chamavam a si mesmo de “Senhor” e “Deus”.
Frank Thielman, citando Price, apresenta o decreto do século I, oriundo da assembleia provincial da Ásia, no qual há um descrição de como acontecia estas cerimônias:
Todos deviam fazer uma manifestação pública de sua fé, em todos os santuários, com intenções adequadas, em relação à casa imperial, os corais da Ásia reuniram-se em Pérgamo para o mais santo aniversário do deus Tibério César, e realizaram um culto que contribuiu grandemente para a glória do Augustus, louvando a glória imperial e fazendo sacrifícios aos deus Augustus, com celebrações e festas.
Segundo Merril C. Tenney, “os cristãos se recusavam a prestar esta adoração se expunham às acusações de antipatriotíssimo, quando não de subversão”. Um exemplo, desta perseguição pode ser vista na própria vida do autor, o qual, ao que parece foi exilado por causa de sua fé. Nesse sentido, para entender a mensagem do apocalipse deve-se olhar para os dilemas e esperanças da época.
Nesse sentido, a mensagem principal do livro é que os cristãos sofrem cruéis perseguições, e muitos são mortos. Mas os que continuam fiéis a Deus e ao Messias que Deus escolheu receberão como prêmio a vida eterna (2.10) e, vitoriosos, reinarão para sempre com Deus no “novo céu e na nova terra” (22.1).
Segundo Hendriksen, no geral, o propósito do livro do Apocalipse é confortar a Igreja militante nas lutas contra as forças malignas que se manista fisicamente por meio de homens impios. O Apocalipse foi destinado a encorajar os crentes no meio da perseguição romana, revelando que o seu Messias estava no controle e seria o vencedor final.
João visava, portanto, que os cristãos entendessem que a eles foi dada a segurança de que Deus vê suas lágrimas (7.17; 21.4); suas orações são influentes nos negócios do mundo (8.3, 4) e suas mortes eram preciosa aos olhos do Senhor. A vitória final lhes é assegurada (15.2); seu sangue será vingado (19.2); seu Cristo vive e reina para sempre e sempre. Ele governa o mundo e os interesses da sua Igreja (5.7, 8). Ele está voltando de novo para tomar seu povo para si mesmo na “festa das bodas do Cordeiro” e para viver para sempre com ele em “um novo céu e uma nova terra” (21.1).
Trazer CONSOLO para os que sofrem
Cristo “conversa” a igreja com sua mão. A versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) assim traduziu este verso: “Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro.” Esta frase é uma referência da autoridade soberana e controle de Jesus Cristo. A palavra que na tradução em português se traduz por “conserva” (ARA) é em grego verbo kratein.
O verbo kratein, “conservar”, normalmente está seguido por uma palavra no caso genitivo; mas quando o objeto que a mão sustenta é o suficientemente pequeno para poder ser abrangido pela mão, o caso da palavra que segue ao verbo é acusativo. Em nosso texto a palavra que segue ao verbo está no acusativo. Isso significa que Jesus Cristo não somente “sustenta” as sete estrelas, mas também estas cabem totalmente dentro de sua mão. Ele cobre a sua igreja com seus dedos. Os ventos contrários não podem arrancá-la das suas mãos. Devemos ser otimistas quando ao futuro da verdadeira igreja, pois ela se encontra aparada pelo Senhor: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10:28).
Além disso, a frase que completa este versículo (e anda entre os sete candelabros de ouro) é uma referência à presença íntima de Cristo. A palavra “anda” é uma palavra de conforto e de advertência. É um lembrete assustador de que Jesus não só está “no meio dos candeeiros” (ver Apocalipse 1.13), mas Ele também busca-nos ativamente a fim de ter comunhão profunda com a gente. Isso nos lembra que Jesus nos ama e cuida de nós. Ele é o que mais encontrar-se preocupado com a sua igreja.
Finalmente, Ele é o responsável pela sobrevivência da igreja. A palavra “anda” também é equivalente a “exercer domínio sobre” (Lv. 26.12). “Quem anda”, na visão do capítulo um, está evidentemente em pé e ação. Assim, aqui vemos não só a presença constante de Cristo em nosso meio, mas seu ministério ativo. Jesus, também, está dizendo que Ele é o único pode oferecer autoridade, controle, posse e provisão para os mensageiros das igrejas locais que têm a responsabilidade de liderar e ensinar a Palavra de Deus. Eles estão na mão do Salvador ressuscitado, a quem todo o poder no céu e na terra foi dada (Mt. 28.18). Como a pessoa que os detém, Ele irá fornecer, proteger e capacitá-los para o seu ministério. Logo, a igreja pode ter esperança no futuro, pois é Cristo que soberanamente cuida dela.
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LOPES, Hernandes Dias. Apocalipse: o futuro chegou, as coisas que em breve devem acontecer. reimp. São Paulo: Hagnos, 2006.
THIELMAN, Frank. Teologia do Novo Testamento: uma abordagem canônica e sintética. São Paulo: Shedd Publicações, 2007, p. 744
HENDRIKSEN, William. Mais que vencedores: uma interpretação do livro do Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 1987, p. 16.
WALLACE, Daniel. Revelation: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The Word
HENDRIKSEN, William. Mais que vencedores: uma interpretação do livro do Apocalipse. p. 16.
“Seu trabalho árduo” . O termo grego usado aqui descreve o trabalho que faz suar a ponto de deixar uma pessoa exausta.
Em particular, a igreja tinha percebido inconsistência doutrinaria de um grupo que estava reivindicando o título de apóstolo, mas que não era. Depois de examinar este grupo, a igreja determinou que eles eram falsos mestres. Seus falsos ensinamentos provavelmente não eram muito diferentes da dos Nicolaítas, o grupo de Balaão, e os seguidores de Jezebel. Na igreja primitiva falsos profetas foram detectados principalmente através do exame do comportamento ou de ensino (cf. 1 Ts 5: 19-21; 1 João 4: 1-3.; Didaquê 11: 1-12: 1).
A igreja instruída por Paulo em Atos 20: 29-31 permaneceu firme na doutrina e guardou a fé: Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos. Por isso, vigiem! Lembrem-se de que durante três anos jamais cessei de advertir cada um de vocês disso, noite e dia, com lágrimas.
A quem muito é dado muito será cobrado
A igreja de Éfeso foi abençoada por Deus.
Deus foi generoso ao distribuir os dons
Éfeso foi a terceira mais importante do mundo antigo, ficando atrás apenas de Jerusalém e Antioquia.
Apóstolo Paulo pregou ali por 3 anos seguidos
Apolo, talvez o maior orador da Igreja do primeiro século, também passou por lá
Timóteo, discípulo de Paulo foi pastor em Éfeso
João antes de ir para a ilha de Patmos lá.
Muito foi dado para esta igreja e por isso Jesus é tão exigente.
Se uma comunidade deixar de ser luz, perdeu-se o sentido de ser igreja
É por isso que ele diz que vai arrancar o Candelabro. Um candelabro sem luz não tem razão de existe. Abra sua Bíblia em Mateus 5. 13-16. Antes de dizer estas palavras Jesus estava perto do Mar da Galileia. Menos de 160 km ao sul estava o rio Jordão, que corria para um outro mar, conhecido como mar morto. E do lado ocidental vivia uma comunidade monástica do Mar Morto, devotados a reproduzirem e guardarem manuscritos bíblicos. Eram conhecidos como Essênios, mas se auto intitulavam “Os filhos da luz”. Entretanto não tomavam providencia para que a Luz brilhasse pois viviam reclusos da sociedade, isolados. Com este pano de fundo em mente Jesus afirma: 13 Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. 14 Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. 15 E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. 16 Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus (Mateus 5. 13-16). Veja que teologicamente nossa Identidade e Missão são aspectos inseparáveis da vida Cristã. Assim, se uma comunidade deixar de ser luz, perdeu-se o sentido de ser igreja