O documento discute o empreendedorismo social, definido como gerar retorno direto para a sociedade melhorando a vida de pessoas marginalizadas. Explica que essas organizações sem fins lucrativos são apoiadas por doações e apresenta o exemplo de uma corretora de seguros que capacitou jovens carentes. Finalmente, analisa esse caso como uma inovação de serviços que melhora o uso e funções para os clientes.
2. 2
Empreendedorismo Social
O empreendedorismo social possui, além da forma de processos criativos e
inovadores comum à definição de empreendedorismo, uma característica singular que
é gerar retorno direto para a sociedade, melhorando a vida e as oportunidades de
pessoas que geralmente ficam a margem do sistema capitalista focado em geração
de lucro. Essa atitude gera um equilíbrio estável numa situação social que era por
princípio injusta.
Nessa ideia, pode-se questionar sobre como se sustenta o empreendedor
social, uma vez que seu foco é o impacto positivo na sociedade e não a busca por
lucros. Geralmente são organizações sem fins lucrativos apoiadas por organizações
filantrópicas e governamentais. Sua principal proposta de valor é levar o benefício
transformador para as parcelas mais carentes e negligenciadas da sociedade, que por
si só não teriam essa oportunidade.
Além disso, é possível que o empreendedorismo social se desenvolva dentro
de uma organização já estruturada, forma conhecida como intraempreendedorismo.
A exemplo da matéria no site Pequenas Empresas e Grandes Negócios, o empresário
corretor de seguros Luiz Mistieri trouxe uma proposta de valor para a inclusão social
de jovens com pouca escolaridade, usando o capital e a estrutura operacional da
empresa. Foi realizada uma prestação de serviços na qual esses jovens foram
capacitados para conseguir um emprego e a ideia é buscar investimentos para
expandir o projeto e impactar mais jovens.
Dessa forma, com base no exemplo acima de empreendedorismo social, é
possível analisar o tipo de inovação oferecido. Segundo o Manual de Oslo (2010) trata-
se de inovação de produtos/serviços que aponta para melhora significativa do uso e
das funções do serviço. Possolli (2012) complementa que essa inovação altera o
modo como os clientes percebem o serviço, a exemplo da corretora de seguros que
prestou serviço de capacitação para o mercado de jovens carentes, trazendo o
benefício transformador para essa realidade.
3. 3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FONTES, B. M. 9 ideias de empreendedores sociais inspirados em Yunus. Pequenas
Empresas & Grandes Negócios, 2014. Disponível em:
<https://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/01/9-ideias-de-
empreendedores-sociais-inspirados-em-yunus.html>. Acesso em: 04 set. 2019.
MORICONI, P. Manual de Oslo. Disponível em: <http://www.uesc.br/nucleos/nit/
manualoslo.pdf>. Acesso em: 03 set. 2019.
POSSOLLI, E. G. Gestão da inovação e do conhecimento. Curitiba: Intersaberes,
2012. Disponível em: <https://senac.bv3.digitalpages.com.br/users/sign_in>. Acesso
em: 03 set. 2019.