O documento discute diretrizes para atendimento educacional especializado de alunos com altas habilidades ou superdotação, definindo-os como aqueles com potencial elevado em áreas do conhecimento. Estabelece que suas atividades de enriquecimento curricular serão desenvolvidas na escola regular com interface de núcleos de atividades para altas habilidades. Apresenta fundamentação teórica sobre habilidades, competências e inteligência segundo diversos autores.
2. Resolução nº4, de 02 de outubro de 2009
Diretrizes Operacionais para atendimento educacional
especializado na Educação Básica, modalidade
Art 4º para fins de Diretrizes, considera-se publico -alvo do AEE:
III – aluno com altas habilidade/ superdotação: aqueles que apresentam
um potencial elevado e grande envolvimento com áreas do
conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança,
psicomotora, artes e criatividade.
Art. 7 º os alunos com altas habilidades/ superdotação terão suas
atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito das
escolas publicas de ensino regular em interface com núcleos de
atividades para altas habilidades/ superdotação, com as instituições de
ensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoção de
pesquisa das artes e dos esportes
3. Fundamentação Teórica
Segundo Prof. Vasco Moretto:
HABILIDADES:
As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental
que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis,
compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-
problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de
habilidades.
COMPETÊNCIAS:
“Já as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente
desenvolvidas e que caracterizam por exemplo uma função/profissão
específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades
devem ser desenvolvidas na busca das competências”.
4. Fundamentação Teórica
“Se toda educação deve partir da busca, partindo de um
problema, isso é tanto mais verdade quando se trata dos bem
dotados, que não se contentam em receber lições
dogmáticas. Sua curiosidade intelectual leva-os a pesquisar,
descobrir, deduzir e abstrair”
HELENA ANTIPOFF, (1992).
5. Fundamentação Teórica
Renzulli (1986) vem da sua Teoria dos Três
Anéis. Este conceito atribui aos sujeitos com
altas Habilidades um conjunto constante de
características que se mantém estáveis ao
longo de suas vidas. Habilidade acima da
média, alta criatividade e um grande
envolvimento com as tarefas, ou seja uma alta
motivação. Estes grupos se entrelaçam entre si,
precisando haver uma interseção destes três
"anéis" para que se possa afirmar que alguém é
portador de altas habilidades.
6. Fundamentação Teórica
Gardner (1994) considera a inteligência como
potencial biológico e psicológico e sugere que
esse potencial realiza-se, mais ou menos, como
conseqüência de fatores culturais e motivacionais
que afetam um indivíduo.
Ele propõe a existência de oito inteligências
(lingüística, lógico-matemática, musical, espacial,
cinestésica, interpessoal, intrapessoal e
naturalística).
7. Fundamentação Teórica
Sternberg (2006) a inteligência envolve a interação de três
subteorias. A subteoria componente especifica do conjunto
potencial de processos mentais que sustenta o
comportamento (aquele que é gerado), enquanto a subteoria
contextual relaciona inteligência com o mundo exterior em
termos de quais comportamentos são inteligentes e onde. A
subteoria experimental aborda a relação entre o
comportamento em uma determinada tarefa / situação e da
quantidade de experiência do indivíduo nessa tarefa /
situação.
8. Fundamentação Teórica
Landau (2002) superdotado é uma criança como
qualquer outra, mas há algo que o distingue: o
talento. Todo talento deve ser estimulado, regado
como se fosse uma planta. Entretanto, existe uma
teoria antiquada, segundo a qual a criança
superdotada, sozinha, encontra um caminho para
desenvolver seus potenciais sobre quaisquer
circunstâncias.
9. Fundamentação teórica
Alencar. Criatividade se constitui em uma habilidade
de sobrevivência para as próximas décadas. Nesse
sentido, o papel do pensamento criativo se torna
crescente na solução de problemas futuros – em
campos como os da ciência, da tecnologia, dos
negócios, da política etc.
10. Fundamentação Teórica
Os conceitos de competência e sensibilidade desenvolvidos na
teoria piagetiana também são importantes para a análise da
questão das altas habilidades/superdotação. Segundo Piaget a
cada nova experiência de contato com um estímulo, as estruturas
cognitivas passam por mudanças e adquirem uma sensibilidade
que ele chamou de competência. Graças a essa competência um
indivíduo pode demonstrar maior facilidade do que outras pessoas
para assimilar um ou mais tipos de conhecimento, bem como
resolver problemas de forma mais rápida e criativa.
11. Características / Indicadores
Confira algumas características de superdotados:
Rapidez e facilidade para aprender, abstrair ou fazer associações;
Criatividade;
Capacidade para analisar e resolver problemas;
Independência de pensamento;
Habilidade excepcional para esportes, música, artes, dança,
informática ou outros talentos;
Curiosidade e senso crítico exagerados;
Senso de humor;
Investimento nas atividades de interesse e descuido com as
demais;
Bom relacionamento social e liderança;
Aborrecimento com a rotina;
Hipersensibilidade.
12. Mitos
O superdotado tem recursos intelectuais suficientes para
desenvolver por conta própria o seu potencial superior;
O potencial superior se desenvolve apenas em contextos de nível
socioeconômico médio ou elevado;
Identificado equivocadamente como autista, hiperativo ou
portador de algum distúrbio de aprendizagem, como déficit de
atenção, ou de problemas de conduta comportamental;
Superdotados constituem um grupo homogêneo em termos
cognitivos e afetivos” (Fleith).
13. Atendimento aos alunos
com Altas Habilidades
• Não existe um modelo ideal, mas podemos
considerar que o método adequado é um conjunto
de combinações entre alternativas de atendimentos
possíveis.
• Agrupamento, aceleração e enriquecimento.
• Necessidade de flexibilização.
• Tutorias especificas;
• Monitorias.