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OS TUPINAMBÁS “ sou Tupinambá,tenho Orgulho de dizer.Sou índio, sou guerreiro, sou forte pra valer”  Canto do Poranci
O Termo  Tupinambá  provavelmente significa "o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere a uma grande nação de índios.Estão dentre os grupos tribais Tupi que, na época da colonização do Brasil, entraram em contato com os homens brancos no Rio de Janeiro e na Bahia, e os grupos tribais Tupis que depois povoaram o Maranhão, o Pará e a Ilha dos Tupinambarana.Todos as tribos Tupis constituíam ramos de um mesmo tronco  e provavelmente tiveram um mesmo centro de dispersão.  Eles tiveram um relevante papel na conquista e colonização do litoral brasileiro. .   A Etnia  Tupinambá
Membros de um subgrupo do povo Tupi e pertencentes à família lingüística dos Tupi-Guarani estavam distribuídos pela costa brasileira, nas regiões dos atuais estados da Bahia e Rio de Janeiro. Foram os primeiros indígenas a entrar em contato com os viajantes franceses no decorrer do século XVI, sendo objeto de uma série de relatos, devido a surpresa que o  modo de vida e a cultura indígena despertaram nesses viajantes. Os índios tupinambás foram dados como extintos desde o século XVII, mas tiveram o seu reconhecimento oficial pela FUNAI, em maio de 2002, e agora querem resgatar a cultura e preservar a história da tribo. Atualmente existem 3.700 índios cadastrados em 23 diferentes comunidades que compõem a Aldeia Tupinambá de Olivença (Vieira, 2003).  
É praticamente consenso, embora ainda se discutam alguns aspectos relativos ao período de ocorrência, que os Tupinambá  passaram a habitar a região do Maranhão e Pará, tenha chegado a ela em função da fuga que empreenderam pela costa sul-norte e leste-oeste devido ao avanço dos portugueses nos seus antigos territórios. Este movimento de fuga teria ocorrido em algumas levas. A chegada dos Tupinambá à região norte teria acontecido ainda no século XVI. A  MIGRAÇÃO
Francisco Noelli contesta em parte esta afirmativa com base em dados arqueológicos, lingüísticos e antropológicos, defendendo que o movimento de migração na realidade foi um surto de expansão que e aconteceu ao longo de um tempo muito mais amplificado. Vincula-se necessariamente à discussão sobre o seu centro de origem que acredita ter ocorrido na região Amazônica, mas especificamente no baixo Amazonas. Segundo ele, os Tupinambá teriam atravessado a foz do Amazonas em direção ao litoral brasileiro na direção de norte, indo para sul até alcançarem o Trópico de Capricórnio. Ao mesmo tempo, outros grupos do mesmo tronco lingüístico teriam subido pelas bacias que deságuam no Atlântico.
Noelli afirma que por falta de pesquisas arqueológicas mais consistentes na região do Rio Grande do Norte e do Maranhão os pesquisadores seriam induzidos a se apoiar nas informações históricas sistematizadas por Alfred Métraux e Florestan Fernandes sobre a fuga dos Tupinambá em direção ao Maranhão e Amazonas. Esta hipótese de Noelli de expansão lenta e contínua, mais ainda, a idéia de que os povos Tupi se expandiram ao longo de séculos por boa parte do território do atual Brasil mantendo sempre relações complexas e longas com os povos que subjugavam ou mantinham contato, induz à perspectiva de que os vínculos entre os povos deste tronco e outras etnias era mais forte e antigo do que se poderia supor, mesmo e principalmente na Amazônia de onde teriam se originado.  
RIO DE  JANEIRO  - BAHIA  MARANHÃO -  PARA
RIO DE JANEIRO  -Os Tupinambás que habitavam esta região,exerciam domínio sobre amplos territórios. Não há concordância absoluta quanto à extensão da área costeira que ocupavam   NA BAHIA - Quando os portugueses iniciaram a colonização na Bahia, os Tupinambás dominavam extensas áreas desta região. Toda a zona costeira do São Francisco até junto a Ilhéus estava sujeita ao domínio de tribos locais. Também dominavam o interior, pela margem direita do São Francisco e alguns territórios situados ao longo do rio. Os índios que ficaram vivendo entre os brancos, no litoral sofreram um processo letal de amplas proporções.    MARANHÃO E PARÁ -Os índios Tupis que povoaram estes territórios procediam provavelmente da Bahia e Pernambuco. Tiveram contato com os portugueses e adquiriram um conhecimento íntimo do processo da colonização portuguesa. As migrações ocorreram em ondas sucessivas depois de 1562. Primeiro o movimento caminhou para o interior e depois tomou a direção do norte, detendo-se na foz do Amazonas. Durante a migração, os Tupinambás dividiram-se em três bandos. Os que se fixaram no Amazonas atingiram primeiramente o rio Madeira. Contudo, alguns conflitos com os espanhóis obrigaram-nos a emigrar novamente. Neste movimento atingiram a ilha dos Tupinambaranas,    
CULTURA Religião -  As descrições dos viajantes no século XVI e, sobretudo, dos missionários, são iluminadoras da atitude do ocidente evangelizador frente aos habitantes da terra dos papagaios. Com efeito, os cronistas não vêem fatos de ordem religiosa onde a Escolástica não manda encontrá-los; Por isso, os Tupinambás são tão “bárbaros” que não tem religião. Entre os Tupinambás os missionários não encontraram nenhum sinal de “idolatria” ou “paganismo”. Nos relatos, não apenas de missionários de diversas ordens religiosa, ou até de diversas confissões, mais também de viajantes leigos, esta ausência de crença, seja mesmo idólatra, junto com a ausência de crença, seja mesmo idólatra, junto com ausência de outros princípios de civilização. Já Pero Vaz de Caminha, poucos dias depois do “achamento”(1500).
Declarava que “...eles,segundo parece, não tem e nem entendem de nenhuma crença”. Também depois de sua chega o padre Manoel da Nóbrega afirma  categoricamente “é gente que nenhum conhecimento tem de Deus, nem ídolos”(10/04/1549)e, em sua informação das terras do Brasil . Pero Magalhães de Gândavo,em 1570, e Gabriel Soares de Souza, em 1587 escreviam que os Tupinambás não tem “nem fé, nem lei , nem rei”.Também Cardim. Os Tupinambás não tinham religião, mas, porém - como era obvio em um povo “natural”- uma vaga noção de divindade.O homem natural trazia consigo em baixo relevo, a possibilidade de uma religião,e de uma religião monoteísta,conforme a teoria da “degeneração”, devido ao isolamento das tribos do Brasil.
Língua -  Os Tupinambás foram a etnia que possibilitou esta base Tupi comum. Tupi corresponde a um tronco lingüístico que engloba cerca de 41 línguas que foram se expandindo ao longo de milênios pelo leste da América do Sul, envolvendo o território dos atuais países: Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Das línguas utilizadas por este tronco, destacaram-se principalmente o guarani e o tupinambá, quando da chegada dos europeus na América. Neste sentido, há uma utilização indevida do termo tupi para designar apenas a língua tupinambá. Ainda, ao mesmo tempo, tomando por base que a língua e etnia dos Tupinambá foi a mais representada pelas fontes coloniais e que eram eles, como visto acima, que povoavam boa parte do estado do Maranhão e Grão-Pará
Guerra-   era outro elemento fundamental da cultura tupinambá, na qual a bravura e a vingança exerciam importantes papéis. Considerada uma atividade sagrada, reservada para alguns, de acordo com sua idade, sexo e aptidões físicas. Dança-  A dança do Toré é uma louvação ao pai Tupã e a mãe Tamain, onde também são invocados os espíritos dos antepassados. O Toré para os índios representa a vida, um ato de louvor, como uma purificação de tudo àquilo que os cerca. Para sua realização, os índios se enfeitam de pinturas e vestimentas (cocares, tangas, anéis, colares), numa harmonia de comunicação entre o mundo dos homens e  o mundo sobrenatural.
. Arte- Iconográfia-   O índio em busca de uma marca que sintetize e agregue o conteúdo interior  (idéia de si) com o conteúdo exterior( forma reconhecível) criando uma linguagem visual. Em pesquisas feitas a cerca de ornamentação de corpo  entre a sociedade  indígenas  do Brasil  , fica claro a diferença  que se impõem  entre o estudo de um grupo tido como integrado os  Tupinambás é  o  que se apresentam  mais  “resguardados” em  relação a continuidade  de suas práticas gráficas. Enquanto os primeiros utilizaram mensagens visuais por  meio de conteúdo praticamente estético . Outros  a utilizaram, por vezes, com  o sentido de construção  de “noção de pessoa” remetendo quase  sempre a símbolos cosmológicos que é  por si mesmo algo bem diverso do foco que observamos.  
. O corpus gráfico Tupinambá de Olivença é objeto de abordagem tão nova quanto à retomada do processo pelo reconhecimento oficial dessa sociedade indígena, ambas apresentando-se tão intrincadas que torna-se quase impossível distanciar uma coisa da outra. Contudo, não podemos considerar tal corpus como algo já estabelecido, estático e imutável ao longo do tempo, pois se deve levar em conta o processo de assimilação e reprodução destes elementos gráficos que partiria, desde o incipiente continuísmo das práticas tradicionais até as recentes incorporações e ressignificações de símbolos intertribais e extraculturais. Assim, se apresenta a arte gráfica Tupinambá, entre a tradição e a contemporaneidade, sintetizando, de forma ilustrativa, os percalços transpostos por este grupo étnico no estabelecimento da sua indianidade.    
    TUPINAMBÁ  DE OLIVENÇA O   Povo Tupinambá de Olivença foi obrigado a viver por décadas, e décadas no anonimato sem ter direito a mostrar seu rosto e sua voz a fim de preservar à vida, ameaçada de extinção. Ressurgiram com toda força depois que a Região Cacaueira sofreu ataque do fungo denominado Vassoura de Bruxa, os chamados Coronéis do Cacau viram seu império desmoronar, e o poderio ser levado ao vento, mas, parece que eles estão adormecidos, esperando a qualquer momento contra atacar novamente. São formados por 3.700 índios cadastrados pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e distribuídos em 23 diferentes comunidades: Olivença, Acuipe, Acuipe de Cima, Acuipe do Meio, Acuipe de Baixo, Sapucaeira, Cururupe, Pixixica, entre outras. Os índios tupinambás foram dados como extintos desde o século XVII, mas tiveram o seu reconhecimento oficial pela FUNAI, em maio de 2002, e agora querem preservar a história da tribo, buscando resgatar o máximo possível a sua cultura. Vieira, 2003
Trata-se de um povo que, devido ao distanciamento do cotidiano indígena, deixou para trás suas tradições que necessitam ser resgatadas. São inúmeros os relatos de massacre contra os índios e muitos povos desapareceram ao longo de séculos de dominação. A falta de trabalho é um dos problemas que os tupinambás enfrentam. Como não possuem terras para cultivar, os índios são obrigados a trabalhar como empregados em fazendas vizinhas à aldeia. A renda média é inferior a um salário mínimo por família. A devastação da floresta impede o extrativismo de consumo e a miséria está presente na maioria das casas e na aldeia.
Outro problema enfrentado pelos tupinambás refere-se à educação escolar. Eles esperam a construção de uma escola para colocar em prática o ensino específico e comportar todos os estudantes de 1ª a 8ª série em salas distintas, pois as salas atuais são de séries mistas. Os tupinambás estudam em escolas normais espalhadas por diversas localidades da região. Eles não utilizam livros didáticos diferenciados, mas os mesmos utilizados por escolas não indígenas da rede pública. Com o recente reconhecimento pela FUNAI dos índios de Olivença como tupinambás, ressurge a necessidade de uma reorganização dessa tribo, tanto sob o ponto de vista cultural como escolar. Com o recente reconhecimento pela FUNAI dos índios de Olivença como  tupinambás,  ressurge a necessidade de uma reorganização dessa tribo,tanto sob o ponto de vista cultural como escolar.
quem  desconhece a história do Povo Tupinambá, acreditava que estavam extintos desde o século XVIII, uma mentira que vinha se sustentando ao longo de três séculos, todas às tentativas que foram feitas no sentido de retomar nosso Território Sagrado foi abortada pelo sistema, muitos líderes foram mortos, ou desapareceram com eles. Foi feito um estudo antropológico, onde foram encontrados sítios arqueológicos de cerâmica tupi, e cemitérios indígenas, e a nossa presença física. Garantindo assim o nosso direito originário. Daí surge a maior problemática dos Tupinambás  o luta para recuperar a terra.  
.  “ A TERRA É NOSSA E MAIS UMA VEZ ESTAMOS SENDO EXPULSOS DELA, MAIS VAMOS CONTINAUR LUTANDO PARA QUE A FUNAI DEMARQUE DE IMEDIATO NOSSAS TERRAS PARA QUE POSSAMOS VIVER EM PAZ’, “   Cacique Ramon
Mistura  de  Referências Boné de hip hop, bermuda praieira, pinturas de jenipapo no corpo, alargadores de madeira nas orelhas. É uma mistura curiosa de referências culturais. Mas, depois de meia hora de conversa com Jaborandy Yandê,  a impressão de que ele é um surfista tirando onda de índio vai embora. O responsável pela transformação é o discurso contundente e seguro sobre sua identidade e seu povo. Como um dos jovens líderes indígenas da região Sosígenes do Amaral e Silva Junior, que escolheu o nome Jaborandy, viaja pelo País, debate com a Fundação Nacional do Índio [Funai], discute a política pedagógica da escola indígena com a Diretoria Regional de Educação e parece conhecer cada um dos parentes distribuídos nas 23 comunidades tupinambás de Olivença. Não gosto de pedir nada, mas só estamos exigindo o que é nosso por direito. Jaborandy Yandê, 24 Anos
Se o assunto é brigar por direitos, Lorena Gonçalves [ou Iracema Yandê], 23 anos, que trabalha ensinando cultura indígena para as crianças da tribo, não pensa duas vezes. Com quatro filhos, já esteve em três retomadas e viveu três meses na Suíça, participando de encontros para divulgar a cultura. Ela podia estar na casa da mãe, na cidade, com laje e tudo, mas prefere ficar na aldeia. Minha mãe diz que deve ser o sangue de índio   Lorena Gonçalves  ou Iracema Yandê], 23 anos,
RAMINELLI, Ronald.Imagens da colonização.Tese de doutorado defendida no Departamento de História da Universidade de São Paulo. FERNANDES, João Azevedo. De cunha a mameluca: a mulher Tupinambá e o nascimento do Brasil - João Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 2003. SOARES DE SOUZA, Gabriel. Notícia do Brasil. (1587). Direção e comentário de Luís de Albuquerque. Lisboa:Publicações Alfa, 1989, p. 221. RAMINELLI, Ronald.Imagens da colonização.Tese de doutorado defendida no Departamento de História da Universidade de São Paulo. FERNANDES, João Azevedo. De cunha a mameluca: a mulher Tupinambá e o nascimento do Brasil - João Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 2003. SOARES DE SOUZA, Gabriel. Notícia do Brasil. (1587). Direção e comentário de Luís de Albuquerque. Lisboa:Publicações Alfa, 1989, p. 221. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Referências
RAMINELLI, Ronald.Imagens da colonização.Tese de doutorado defendida no Departamento de História da Universidade de São Paulo. FERNANDES, João Azevedo. De cunha a mameluca: a mulher Tupinambá e o nascimento do Brasil - João Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 2003. SOARES DE SOUZA, Gabriel. Notícia do Brasil. (1587). Direção e comentário de Luís de Albuquerque. Lisboa:Publicações Alfa, 1989, p. 221. RAMINELLI, Ronald.Imagens da colonização.Tese de doutorado defendida no Departamento de História da Universidade de São Paulo. FERNANDES, João Azevedo. De cunha a mameluca: a mulher Tupinambá e o nascimento do Brasil - João Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 2003. SOARES DE SOUZA, Gabriel. Notícia do Brasil. (1587). Direção e comentário de Luís de Albuquerque. Lisboa:Publicações Alfa, 1989, p. 221. ,[object Object],[object Object],[object Object],Referências

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íNdios

  • 1. OS TUPINAMBÁS “ sou Tupinambá,tenho Orgulho de dizer.Sou índio, sou guerreiro, sou forte pra valer” Canto do Poranci
  • 2. O Termo Tupinambá provavelmente significa "o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere a uma grande nação de índios.Estão dentre os grupos tribais Tupi que, na época da colonização do Brasil, entraram em contato com os homens brancos no Rio de Janeiro e na Bahia, e os grupos tribais Tupis que depois povoaram o Maranhão, o Pará e a Ilha dos Tupinambarana.Todos as tribos Tupis constituíam ramos de um mesmo tronco e provavelmente tiveram um mesmo centro de dispersão. Eles tiveram um relevante papel na conquista e colonização do litoral brasileiro. . A Etnia Tupinambá
  • 3. Membros de um subgrupo do povo Tupi e pertencentes à família lingüística dos Tupi-Guarani estavam distribuídos pela costa brasileira, nas regiões dos atuais estados da Bahia e Rio de Janeiro. Foram os primeiros indígenas a entrar em contato com os viajantes franceses no decorrer do século XVI, sendo objeto de uma série de relatos, devido a surpresa que o modo de vida e a cultura indígena despertaram nesses viajantes. Os índios tupinambás foram dados como extintos desde o século XVII, mas tiveram o seu reconhecimento oficial pela FUNAI, em maio de 2002, e agora querem resgatar a cultura e preservar a história da tribo. Atualmente existem 3.700 índios cadastrados em 23 diferentes comunidades que compõem a Aldeia Tupinambá de Olivença (Vieira, 2003).  
  • 4. É praticamente consenso, embora ainda se discutam alguns aspectos relativos ao período de ocorrência, que os Tupinambá passaram a habitar a região do Maranhão e Pará, tenha chegado a ela em função da fuga que empreenderam pela costa sul-norte e leste-oeste devido ao avanço dos portugueses nos seus antigos territórios. Este movimento de fuga teria ocorrido em algumas levas. A chegada dos Tupinambá à região norte teria acontecido ainda no século XVI. A MIGRAÇÃO
  • 5. Francisco Noelli contesta em parte esta afirmativa com base em dados arqueológicos, lingüísticos e antropológicos, defendendo que o movimento de migração na realidade foi um surto de expansão que e aconteceu ao longo de um tempo muito mais amplificado. Vincula-se necessariamente à discussão sobre o seu centro de origem que acredita ter ocorrido na região Amazônica, mas especificamente no baixo Amazonas. Segundo ele, os Tupinambá teriam atravessado a foz do Amazonas em direção ao litoral brasileiro na direção de norte, indo para sul até alcançarem o Trópico de Capricórnio. Ao mesmo tempo, outros grupos do mesmo tronco lingüístico teriam subido pelas bacias que deságuam no Atlântico.
  • 6. Noelli afirma que por falta de pesquisas arqueológicas mais consistentes na região do Rio Grande do Norte e do Maranhão os pesquisadores seriam induzidos a se apoiar nas informações históricas sistematizadas por Alfred Métraux e Florestan Fernandes sobre a fuga dos Tupinambá em direção ao Maranhão e Amazonas. Esta hipótese de Noelli de expansão lenta e contínua, mais ainda, a idéia de que os povos Tupi se expandiram ao longo de séculos por boa parte do território do atual Brasil mantendo sempre relações complexas e longas com os povos que subjugavam ou mantinham contato, induz à perspectiva de que os vínculos entre os povos deste tronco e outras etnias era mais forte e antigo do que se poderia supor, mesmo e principalmente na Amazônia de onde teriam se originado.  
  • 7. RIO DE JANEIRO - BAHIA MARANHÃO - PARA
  • 8. RIO DE JANEIRO -Os Tupinambás que habitavam esta região,exerciam domínio sobre amplos territórios. Não há concordância absoluta quanto à extensão da área costeira que ocupavam   NA BAHIA - Quando os portugueses iniciaram a colonização na Bahia, os Tupinambás dominavam extensas áreas desta região. Toda a zona costeira do São Francisco até junto a Ilhéus estava sujeita ao domínio de tribos locais. Também dominavam o interior, pela margem direita do São Francisco e alguns territórios situados ao longo do rio. Os índios que ficaram vivendo entre os brancos, no litoral sofreram um processo letal de amplas proporções.   MARANHÃO E PARÁ -Os índios Tupis que povoaram estes territórios procediam provavelmente da Bahia e Pernambuco. Tiveram contato com os portugueses e adquiriram um conhecimento íntimo do processo da colonização portuguesa. As migrações ocorreram em ondas sucessivas depois de 1562. Primeiro o movimento caminhou para o interior e depois tomou a direção do norte, detendo-se na foz do Amazonas. Durante a migração, os Tupinambás dividiram-se em três bandos. Os que se fixaram no Amazonas atingiram primeiramente o rio Madeira. Contudo, alguns conflitos com os espanhóis obrigaram-nos a emigrar novamente. Neste movimento atingiram a ilha dos Tupinambaranas,    
  • 9. CULTURA Religião - As descrições dos viajantes no século XVI e, sobretudo, dos missionários, são iluminadoras da atitude do ocidente evangelizador frente aos habitantes da terra dos papagaios. Com efeito, os cronistas não vêem fatos de ordem religiosa onde a Escolástica não manda encontrá-los; Por isso, os Tupinambás são tão “bárbaros” que não tem religião. Entre os Tupinambás os missionários não encontraram nenhum sinal de “idolatria” ou “paganismo”. Nos relatos, não apenas de missionários de diversas ordens religiosa, ou até de diversas confissões, mais também de viajantes leigos, esta ausência de crença, seja mesmo idólatra, junto com a ausência de crença, seja mesmo idólatra, junto com ausência de outros princípios de civilização. Já Pero Vaz de Caminha, poucos dias depois do “achamento”(1500).
  • 10. Declarava que “...eles,segundo parece, não tem e nem entendem de nenhuma crença”. Também depois de sua chega o padre Manoel da Nóbrega afirma categoricamente “é gente que nenhum conhecimento tem de Deus, nem ídolos”(10/04/1549)e, em sua informação das terras do Brasil . Pero Magalhães de Gândavo,em 1570, e Gabriel Soares de Souza, em 1587 escreviam que os Tupinambás não tem “nem fé, nem lei , nem rei”.Também Cardim. Os Tupinambás não tinham religião, mas, porém - como era obvio em um povo “natural”- uma vaga noção de divindade.O homem natural trazia consigo em baixo relevo, a possibilidade de uma religião,e de uma religião monoteísta,conforme a teoria da “degeneração”, devido ao isolamento das tribos do Brasil.
  • 11. Língua - Os Tupinambás foram a etnia que possibilitou esta base Tupi comum. Tupi corresponde a um tronco lingüístico que engloba cerca de 41 línguas que foram se expandindo ao longo de milênios pelo leste da América do Sul, envolvendo o território dos atuais países: Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Das línguas utilizadas por este tronco, destacaram-se principalmente o guarani e o tupinambá, quando da chegada dos europeus na América. Neste sentido, há uma utilização indevida do termo tupi para designar apenas a língua tupinambá. Ainda, ao mesmo tempo, tomando por base que a língua e etnia dos Tupinambá foi a mais representada pelas fontes coloniais e que eram eles, como visto acima, que povoavam boa parte do estado do Maranhão e Grão-Pará
  • 12. Guerra- era outro elemento fundamental da cultura tupinambá, na qual a bravura e a vingança exerciam importantes papéis. Considerada uma atividade sagrada, reservada para alguns, de acordo com sua idade, sexo e aptidões físicas. Dança- A dança do Toré é uma louvação ao pai Tupã e a mãe Tamain, onde também são invocados os espíritos dos antepassados. O Toré para os índios representa a vida, um ato de louvor, como uma purificação de tudo àquilo que os cerca. Para sua realização, os índios se enfeitam de pinturas e vestimentas (cocares, tangas, anéis, colares), numa harmonia de comunicação entre o mundo dos homens e o mundo sobrenatural.
  • 13. . Arte- Iconográfia- O índio em busca de uma marca que sintetize e agregue o conteúdo interior (idéia de si) com o conteúdo exterior( forma reconhecível) criando uma linguagem visual. Em pesquisas feitas a cerca de ornamentação de corpo entre a sociedade indígenas do Brasil , fica claro a diferença que se impõem entre o estudo de um grupo tido como integrado os Tupinambás é o que se apresentam mais “resguardados” em relação a continuidade de suas práticas gráficas. Enquanto os primeiros utilizaram mensagens visuais por meio de conteúdo praticamente estético . Outros a utilizaram, por vezes, com o sentido de construção de “noção de pessoa” remetendo quase sempre a símbolos cosmológicos que é por si mesmo algo bem diverso do foco que observamos.  
  • 14. . O corpus gráfico Tupinambá de Olivença é objeto de abordagem tão nova quanto à retomada do processo pelo reconhecimento oficial dessa sociedade indígena, ambas apresentando-se tão intrincadas que torna-se quase impossível distanciar uma coisa da outra. Contudo, não podemos considerar tal corpus como algo já estabelecido, estático e imutável ao longo do tempo, pois se deve levar em conta o processo de assimilação e reprodução destes elementos gráficos que partiria, desde o incipiente continuísmo das práticas tradicionais até as recentes incorporações e ressignificações de símbolos intertribais e extraculturais. Assim, se apresenta a arte gráfica Tupinambá, entre a tradição e a contemporaneidade, sintetizando, de forma ilustrativa, os percalços transpostos por este grupo étnico no estabelecimento da sua indianidade.    
  • 15.     TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA O Povo Tupinambá de Olivença foi obrigado a viver por décadas, e décadas no anonimato sem ter direito a mostrar seu rosto e sua voz a fim de preservar à vida, ameaçada de extinção. Ressurgiram com toda força depois que a Região Cacaueira sofreu ataque do fungo denominado Vassoura de Bruxa, os chamados Coronéis do Cacau viram seu império desmoronar, e o poderio ser levado ao vento, mas, parece que eles estão adormecidos, esperando a qualquer momento contra atacar novamente. São formados por 3.700 índios cadastrados pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e distribuídos em 23 diferentes comunidades: Olivença, Acuipe, Acuipe de Cima, Acuipe do Meio, Acuipe de Baixo, Sapucaeira, Cururupe, Pixixica, entre outras. Os índios tupinambás foram dados como extintos desde o século XVII, mas tiveram o seu reconhecimento oficial pela FUNAI, em maio de 2002, e agora querem preservar a história da tribo, buscando resgatar o máximo possível a sua cultura. Vieira, 2003
  • 16. Trata-se de um povo que, devido ao distanciamento do cotidiano indígena, deixou para trás suas tradições que necessitam ser resgatadas. São inúmeros os relatos de massacre contra os índios e muitos povos desapareceram ao longo de séculos de dominação. A falta de trabalho é um dos problemas que os tupinambás enfrentam. Como não possuem terras para cultivar, os índios são obrigados a trabalhar como empregados em fazendas vizinhas à aldeia. A renda média é inferior a um salário mínimo por família. A devastação da floresta impede o extrativismo de consumo e a miséria está presente na maioria das casas e na aldeia.
  • 17. Outro problema enfrentado pelos tupinambás refere-se à educação escolar. Eles esperam a construção de uma escola para colocar em prática o ensino específico e comportar todos os estudantes de 1ª a 8ª série em salas distintas, pois as salas atuais são de séries mistas. Os tupinambás estudam em escolas normais espalhadas por diversas localidades da região. Eles não utilizam livros didáticos diferenciados, mas os mesmos utilizados por escolas não indígenas da rede pública. Com o recente reconhecimento pela FUNAI dos índios de Olivença como tupinambás, ressurge a necessidade de uma reorganização dessa tribo, tanto sob o ponto de vista cultural como escolar. Com o recente reconhecimento pela FUNAI dos índios de Olivença como tupinambás, ressurge a necessidade de uma reorganização dessa tribo,tanto sob o ponto de vista cultural como escolar.
  • 18. quem desconhece a história do Povo Tupinambá, acreditava que estavam extintos desde o século XVIII, uma mentira que vinha se sustentando ao longo de três séculos, todas às tentativas que foram feitas no sentido de retomar nosso Território Sagrado foi abortada pelo sistema, muitos líderes foram mortos, ou desapareceram com eles. Foi feito um estudo antropológico, onde foram encontrados sítios arqueológicos de cerâmica tupi, e cemitérios indígenas, e a nossa presença física. Garantindo assim o nosso direito originário. Daí surge a maior problemática dos Tupinambás o luta para recuperar a terra.  
  • 19. . “ A TERRA É NOSSA E MAIS UMA VEZ ESTAMOS SENDO EXPULSOS DELA, MAIS VAMOS CONTINAUR LUTANDO PARA QUE A FUNAI DEMARQUE DE IMEDIATO NOSSAS TERRAS PARA QUE POSSAMOS VIVER EM PAZ’, “ Cacique Ramon
  • 20. Mistura de Referências Boné de hip hop, bermuda praieira, pinturas de jenipapo no corpo, alargadores de madeira nas orelhas. É uma mistura curiosa de referências culturais. Mas, depois de meia hora de conversa com Jaborandy Yandê, a impressão de que ele é um surfista tirando onda de índio vai embora. O responsável pela transformação é o discurso contundente e seguro sobre sua identidade e seu povo. Como um dos jovens líderes indígenas da região Sosígenes do Amaral e Silva Junior, que escolheu o nome Jaborandy, viaja pelo País, debate com a Fundação Nacional do Índio [Funai], discute a política pedagógica da escola indígena com a Diretoria Regional de Educação e parece conhecer cada um dos parentes distribuídos nas 23 comunidades tupinambás de Olivença. Não gosto de pedir nada, mas só estamos exigindo o que é nosso por direito. Jaborandy Yandê, 24 Anos
  • 21. Se o assunto é brigar por direitos, Lorena Gonçalves [ou Iracema Yandê], 23 anos, que trabalha ensinando cultura indígena para as crianças da tribo, não pensa duas vezes. Com quatro filhos, já esteve em três retomadas e viveu três meses na Suíça, participando de encontros para divulgar a cultura. Ela podia estar na casa da mãe, na cidade, com laje e tudo, mas prefere ficar na aldeia. Minha mãe diz que deve ser o sangue de índio   Lorena Gonçalves ou Iracema Yandê], 23 anos,
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