O documento discute os processos cognitivos subjacentes às relações interpessoais. Aborda conceitos como formação de impressões, categorização social, expectativas e atitudes. Explica que a cognição social estuda como as pessoas constroem sentido do mundo social, percebendo, representando e interpretando informações sobre si mesmas e outros.
2. Compreender os processos fundamentais de
relação com osoutros
• Definir impressão
• Explicar o sentido de
categorização social
• Descrever os estudos
de Asch sobre a
formação de
impressões.
3. Cognição social: o conceito
Origens
• psicologia social, que pode ser entendida
sucintamente como o estudo do modo como
os pensamentos, sentimentos e acções das
pessoas são influenciados pelo ambiente
social.
• Cfr. da psicologia social de Milgram (1974),
sobre a obediência.
4. Cognição social: o conceito
Origens
• Psicologia cognitiva, que é o estudo das
habilidades mentais, como a percepção, a
linguagem, a memória, a aprendizagem, a
resolução de problemas.
8. • A cognição social nasceu da soma da psicologia
social com a psicologia cognitiva, e é o estudo
de como as pessoas constroem o sentido do
seu mundo social: como percebem,
representam, interpretam e lembram de
informação sobre elas mesmas e sobre outros
indivíduos e grupos.
• As teorias e as metodologias da psicologia
cognitiva são aplicadas às questões da psicologia
social clássica.
p. 153
9.
10. • Cognição social é o conjunto dos processos
que estão subjacente ao modo como
encaramos os outros, a nós próprios e ao
modo como interagimos.
• Refere-se ao papel desempenhado por
factores cognitivos no nosso comportamento
social, procurando conhecer o modo como
afectam o nosso comportamento social.
11. Dada a
capacidade
limitada de
processament
o da
informação
relativa ao
mundo social
Recorrência a
esquemas que
representam o
nosso
conhecimento
sobre nós,
sobre os outros
e sobre os
nossos papeis
no mundo
social
Processamento
da informação
sobre o
mundo,
formação de
opiniões sobre
nós e sobre os
outros.
“ESQUEMAS”
12. • A tentativa de compreender como outra
pessoa é resume-se a um esforço para notar
as consistências existentes naquilo que faz
ao longo do tempo e em diferentes
circunstâncias.
• Como abstrair essa consistência a partir de
pequenas amostras de comportamentos de
outras pessoas que são tudo o que
efectivamente conseguimos observar?
13. PROCESSOS DE COGNIÇÃO SOCIAL
• IMPRESSÕES
• EXPECTATIVAS
• ATITUDES
• REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
14. Formação de impressões
• Para criar uma
impressão acerca de
alguém não
necessitamos de muita
informação.
• O que é criar uma
impressão?
«Criar uma impressão
significa organizar a
informação disponível
acerca de uma pessoa
de modo a integrá-la
numa categoria
significativa para nós»
Asch, 1946
15. IMPRESSÕES
IMPRESSÃO
Processo cognitivo que
permite a organização
de diversos traços
particulares num todo
coerente que
caracteriza o indivíduo
• Traduz-se na
construção de uma
imagem, uma ideia
sobre uma pessoa a
partir de algumas
características, alguns
indícios que
apreendemos no
primeiro contacto.
153
16. Nas pessoas, a produção da
impressão é mútua.
A minha impressão afecta o
meu comportamento para
com o outro e, portanto, o seu
comportamento para comigo.
T 45, 154
17. • Não é possível recolher
e armazenar toda a
informação referente
aos objectos, às
pessoas com quem
contactamos
Simplificamos!
Isto é, procedemos a
um processo de
categorização
18. Categorização 154
«Conjunto de processos psicológicos que
tendem a ordenar o ambiente em categorias:
grupos de pessoas, de objectos, de
acontecimentos … enquanto equivalentes uns
aos outros pela acção, as intenções, as atitudes
de um indivíduo»
Henri Tajfel
• A categorização permite generalizar as características de uma
categoria a todos os objectos, pessoas ou situações que a
compõem.
• Orienta e serve de guia para a nossa acção, reduzindo a
complexidade do mundo social
19. Categorizar…
• Pessoas, coisas e acontecimentos singulares em conjuntos familiares
previamente organizados
É incluir
• Aos objectos categorizados um complexo de ideias e emoções que passa
a permanecer em cada um deles.
atribuir
• Num conjunto o máximo de informação, economizando estratégias de
pensamentos e facilitando a actuação na realidade
Integrar
• Rapidamente objectos e acontecimentos portadores de marcas ou sinais
próprios das categorias ou grupos em questão.
identificar
Abrunhosa et alli, in Psicologia 12, Areal
21. Processo de formação de impressões
Do ponto de vista conceptual:
A. Processamento conceptualmente guiado –
perspectiva construtivista.
B. Processamento guiado pelos dados –
perspectiva associacionista
C. Abordagens recentes:
A. Integram os dois tipos de processamento;
B. Abordagem da memória das pessoas.
22. • Anos 50 --- Solomon Asch -- Gestalt
• Anos 60 – meados 70 -- Linear
• Final dos anos 70… -- memórias das pessoas
ou cognição social
23. • Na formação de impressões, as pessoas
integram os vários elementos informacionais
reinterpretando-os, se necessário, de modo
a constituírem um todo coerente.
• O significado de cada elemento é construído
em função das suas relações contextuais
com os restantes.
Cfr Solomon Asch
24. • Cada elemento da informação tem um valor
próprio, contribuindo independentemente, à
medida que é conhecido, para a impressão
geral. A impressão será o resultado da
combinação dos valores de cada item, sem
subordinação ao contexto.
25. • Passa por uma actualização da perspectiva
de Asch, mas que apela para conceitos mais
próximos das teorias modernas da memória
e pensamento que de princípios da
percepção visual.
26. Formação das impressões
Grelha de Avaliação
Conhecimentos,
Valores e Experiências
Pessoais
Interpretação
Impressão
Indícios Físicos
Indícios Verbais
Indícios Não
Verbais
Indícios
Comportamentais
155
29. • As impressões dos outros são construções
cognitivas baseadas em diversos esquemas:
– Conjuntos organizados de expectativas sob a
forma como os diferentes tipos de
comportamentos humanos se encontram
associados
30.
31. Teoria implícitada personalidade
Teoria implícita
da personalidade
Características
ou Traços
De que nos
informam
Formação de
uma ideia geral
sobre a pessoa
Que observamos
T 46, 156
32. Experiência de SolomonAsch
Formação de impressões
Perspectiva gestaltista do processo de formação
de impressões;
• A nossa percepção dos outros é mais do que a
soma da informação (traços) que temos acerca
deles;
• As pessoas procuram a consistência - os traços
individuais são avaliados em relação a outros
traços conhecidos sendo construída uma
imagem global onde todos os traços encaixam
de forma consistente.
33. Experiência de SolomonAsch
Formação de impressões
É um traço central que determina a percepção do todo.
• Inteligente
• Habilidosa
• Diligente
• Calorosa
• Determinada
• Prática
• Cautelosa
• Inteligente
• Habilidosa
• Diligente
• Fria
• Determinada
• Prática
• Cautelosa
34. O efeito das primeiras impressões.
Os últimos atributos ganham graduação de significado em
função do contexto que é fornecido pelos traços
encontrados no princípios da sequência
Pessoa A
• Inteligente
• Trabalhadora
• Impulsiva
• Crítica
• Obstinada
• Invejosa
Pessoa B
• Obstinada
• Crítica
• Invejosa
• Impulsiva
• Inteligente
• Trabalhadora
157
35. Experiência de SolomonAsch
Formação de impressões
• Primeira Impressão
tem maior influência
sobre a impressão
• Logo, não é indiferente
a ordem pela qual
conhecemos as
características de uma
pessoa.
Impressão
Categorização
Apreciação
Global
36. Experiência de SolomonAsch
Formação de impressões
Pressupostos básicos (1):
• Alguns traços adquirem maior importância na
formação da impressão – traços centrais,
enquanto que outros traços – traços periféricos,
têm menos importância no processo de
formação da impressão.
• Os traços centrais influenciam o significado de
outros traços e a própria relação entre os
traços. Os traços centrais são responsáveis
pela formação integrada da impressão.
37. Experiência de SolomonAsch
Formação de impressões
Pressupostos básicos (2):
• A mudança de um traço central pode alterar
completamente a impressão, enquanto que
a mudança de um traço periférico tem um
efeito mais fraco;
• Tanto o conteúdo cognitivo de um traço,
como o seu valor funcional são
determinados pela sua relação com o
contexto.
39. Primeiras Impressões
As impressões podem ainda ser influenciadas
por outros factores como o Humor:
• Pessoas com bom humor formam impressões
positivas dos outros
• Pessoas com mau humor formam impressões
negativas dos outros
40. Efeito de halo
Thurstone, 1920
• Formada uma
impressão global sobre
uma pessoa, tendemos
a captar as
características que
confirmam a impressão
formada.
• A primeira impressão
afecta as avaliações
das características da
pessoa observada
41. ALGUNS CARACTERES DO SUJEITO OBSERVADO
PODEM INDUZIR NO OBSERVADOR QUANTO A
DIVERSAS CARACTERÍSTICAS DO SUJEITO
OBSERVADO
SCHWEITZER
42. EXEMPLO
Entrada num recinto
festivo (casamento).
Avistamos uma pessoa
de vestido preto.
Concluímos que é
convidada.
Formação de
expectativas sobre a
pessoa
43. Expectativas
• Podemos caracterizar as expectativas como
modos de caracterizar as pessoas através
dos indícios e das informações, prevendo o
seu comportamento e as suas atitudes.
44. EXPECTATIVAS
• Esquemas interpretativos que organizam a
informação relativa ao futuro. Têm na sua
base:
– Processos dedutivos (impressões)
– Processos indutivos (atribuições)
– Atitudes
45. Entrada num recinto
festivo (casamento)
Avistamento de uma
pessoa de vestido
preto
Conclusão de que é
convidada
Formação de
expectativas sobre a
pessoa
Indução
Dedução
49. Expectativas, Estatuto e Papel
• Estatuto: o conjunto de
comportamentos com que
legitimamente o indivíduo
pode contar da parte dos
outros;
• Papel: conjunto dos
comportamentos com que
legitimamente os outros
contam da parte dele
Estatuto
Papel
51. Efeito das Expectativas
… o efeito Pigmaleão
Expectativas
elevadas em
relação a alguns
alunos
Influencia positiva
Produção de
rendimento
Auto-realização das profecias.
52. Efeito das Expectativas
… o efeito Pigmaleão
• As expectativas dos
professores afectam de
forma significativa o que
os alunos aprendem.
• Os alunos em que têm
altas expectativas
geralmente apresentam
progressos.
• Os alunos sobre os quais
não há expectativas
tendem a não realizar
tantos progressos como
os anteriores.
• Os alunos sobre os quais
não há expectativas que
fazem progressos são
vistos de forma negativa.
54. • Definir atitude
• Distinguir os
componentes da
atitude
• Esclarecer o conceito
de dissonância
cognitiva
55. ATITUDES
ATITUDE posição mental, particularmente
estável, sustentada relativamente a uma
ideia, objecto ou pessoas. Gleitman
Toda a atitude é uma combinação de
crenças, sentimentos, avaliações e uma
predisposição para agir em consonância
58. AS ATITUDES
As atitudes não são directamente observáveis; são
inferidas a partir de comportamentos.
São o suporte intencional de grande parte dos nossos
comportamentos.
59. Formação emudança deatitudes
Formam-se e
aprendem-se durante o
processo de
socialização.
• Os pais e a família
• A educação escolar
• Os grupo de pares
• Os mass media
60. Formação emudança deatitudes
• É através da observação, identificação e
imitação de modelos, que se aprendem, que
se formam as atitudes.
• Esta aprendizagem ocorre ao longo da vida
mas tem particular prevalência na infância e
na adolescência
• Podendo ocorrer mudanças de atitude estas
têm uma grande tendência para a
estabilidade
62. Formação/mudança deatitudes
Fonte da
mensagem
• Credibilidade
• Fidedignidade
Mensagem
• Conteúdo e
informação
• Via central para a
persuasão
mensagem
• Quem – Como --
Contexto
• Via periférica para a
persuasão
64. Dissonância cognitiva – mudança deatitude
• Dissonância cognitiva designa o
estado de tensão criado pela contradição de
diferentes cognições , isto é, diferentes
conhecimentos, opiniões ou crenças
relativas ao meio social, ao ambiente físico
ou aos próprios sentimentos e condutas.
La mayoría de nosotros contestaremos rápidamente el nombre del color en que está escrita la palabra rojo, ya que coincide con el significado de la palabra. En cambio, con la palabra casa tardaremos algo más en responder, pues nos provoca una interferencia, aunque baja, su verdadero significado semántico. Pero la que nos produce mayor complicación de todas es la última, pues tenderemos a decir verde cuando el color en que está escrita es el azul. Nuestra atención es selectiva, esto quiere decir que la controlamos según nos interese, por lo que podremos prestar voluntariamente más atención a unas cosas que a otras en un momento dado, pero en ocasiones sufrimos interferencias como es el caso del efecto Stroop.
O efeito Stroop mostra como o cérebro lida com informações conflituantes. É interferência na conclusão de uma tarefa causada por uma área do cérebro que domina e da resposta da inibição de outras áreas funcionais. Dê uma olhada na seguinte lista de palavras: amarelo, vermelho, verde, roxo, marrom, azul. Nome das cores de cada palavra é apresentada na tão rápido quanto você puder. Você pode achar que você hesita, ou tropeça, porque seu cérebro está tentando processar duas partes em conflito de informações: uma cor, e uma palavra de nomeação de uma cor.A maioria Teste de Stroop inclui uma lista muito mais longa.Essa interferência é causado pela dominância da área funcional do cérebro que interpreta a linguagem escrita, onde o cérebro determina o significado das palavras. Interpretar a linguagem escrita e fala são classificados pelos cientistas como um "estímulo local."
Capacidade limitada de processamento da informação relativa ao mundo social
Recorrência a esquemas que representam o nosso conhecimento sobre nós, sobre os outros e sobre os nossos papeis no mundo social
Processamento da informação sobre o mundo, formação de opiniões sobre nós e sobre os outros.
Impressões – noções que se criam no contacto com as pessoas e que nos dão um quadro interpretativo para as avaliarmos.
Através da impressão torna-se possível organizar a informação disponível acerca de outra pessoa numa categoria significativa para nós. A partir do primeiro momento em que realiza uma leitura dos comportamentos através de uma grelha simplificada, torna-se possível ao sujeito interpetar e fixar certos traços como variáveis relativamente estáveis.