1. A região do Vale do Tejo precisa de uma estratégia de desenvolvimento sustentado que valorize seus recursos naturais e identidade para ganhar mais peso político.
2. A estratégia deve criar redes de atividades econômicas e sociais entre os municípios e regiões vizinhas baseadas no turismo, setor primário e terciário.
3. Isso aumentará a competitividade da região e qualidade de vida de seus habitantes.
Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos (25 Abril)
PS MAIS FORTE, PORTUGAL COM MAIS COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL. NOVOS CAMINHOS DO VALE DO TEJO
1. PS MAIS FORTE, PORTUGAL COM MAIS COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL.
NOVOS CAMINHOS DO VALE DO TEJO
A presente Moção de Estratégia Regional é apresentada de forma sintética e
assenta no sucesso da implementação de três linhas de ação fundamentais:
1. Novas Políticas de desenvolvimento do território e afirmação económica e social
da Região no País;
2. A ambição autárquica de conquistar as Câmaras Municipais de Santarém e
Tomar e de manter as restantes Câmaras Municipais do PS, no Distrito de
Santarém;
3. Modernização das Estruturas do PS e maior proximidade destas não só aos
militantes, como também aos simpatizantes e aos cidadãos.
Nesta Moção Política vamos concentrar a nossa atenção na 1ª linha de acção,
acreditando que as restantes serão objeto de ampla análise e discussão e das
conclusões adequadas neste Congresso do PS.
Vale do Tejo, enquanto região, pela sua centralidade no País, e forte eixo de
acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e fluviais, tem potencialidades de
desenvolvimento notáveis.
A sua proximidade da Capital do País é também um ativo excecional, atuando todo
o Vale do Tejo como um fator de diferenciação estratégico da nossa Região em
relação à Grande Área Metropolitana de Lisboa.
Pela riqueza das suas culturas agrícolas, nos férteis campos da Lezíria e do Médio
Tejo.
Pela diversidade gastronómica e patrimonial existente, valorizadoras do turismo
natural e ativo.
Pela tipologia da nossa indústria, caracterizada por sectores bastante dinâmicos e
competitivos dentro do País e além-fronteiras (como sejam a agro-indústria,
curtumes e peles, construção civil, madeira e mobiliário, metalomecânica, minerais
não metálicos, entre outros).
Pela diversidade de formação prestada pelas inúmeras Instituições, públicas e
privadas, ligadas à educação e ao Ensino Superior, existentes na nossa Região,
geradora de mão-de-obra qualificada e altamente produtiva.
Pela garra e determinação dos nossos empresários (aliada a uma Associação
Empresarial muito dinâmica), geradora de uma competitividade acrescida nos
mercados globais, não obstante o predomínio da micro e da pequena empresa no
tecido empresarial regional, à semelhança do País.
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2. O grande mal da nossa Região é o de que nunca se conseguiu conceber e
implementar uma estratégia de desenvolvimento sustentado própria. Por
incapacidade política e porque nunca existiu a concertação de ações entre os
agentes económicos e sociais, necessária para concretizar essa estratégia e para
garantirmos um bem-estar acrescido dos muitos de habitantes que aqui vivem.
Para ganharmos mais peso e influência em Lisboa, a região do Vale do Tejo precisa
assim, urgentemente, de um quadro de referência estratégico que potencie o seu
desenvolvimento.
Baseado no eixo diferenciador da nossa tipicidade de desenvolvimento
relativamente à Grande Área Metropolitana de Lisboa.
Os municípios do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo devem valorizar as suas
especificidades mas, simultaneamente, de cooperar entre si, aproveitando as
vantagens comparativas de um espaço geográfico que goza de uma centralidade
única no País e de factores de competitividade, também, excecionais (boas
acessibilidades, plano hidrológico e ambiental muito equilibrado e dinâmica
empresarial e social).
Estamos convictos que a massa crítica existente na nossa Região vai abraçar este
desafio conjunto.
Com a condicionante fundamental de que os habitantes da região só conseguirão
valorizar a sua identidade, no País e na Europa, com dimensão; com peso
qualitativo, que assuma como eixo o aproveitamento dos recursos naturais de que
dispomos.
Somos defensores de um modelo de desenvolvimento da região que crie duas
redes, complementares, de valor acrescentado:
Uma primeira rede de desenvolvimento que agregue, com as especificidades
e características distintas da Lezíria e do Médio Tejo, os Municípios do Vale
do Tejo;
Uma segunda rede de desenvolvimento que se baseie, de forma mais
abrangente, no fortalecimento das relações do Médio Tejo com o Centro
Interior do País e da Lezíria do Tejo com o Oeste, Alentejo e a Grande Área
de Lisboa.
A centralidade da Região permite, através da valorização dos nossos recursos e da
afirmação da nossa identidade, a criação destas duas redes complementares de
actividades económicas e sociais.
Acreditamos que, num futuro a médio prazo, o funcionamento e aproveitamento
destas redes permitirá aumentar a competitividade do Vale do Tejo e dos seus
Municípios, distinguindo-o no seio de uma Grande Região Maior que agrega todo o
espaço geográfico acima referido.
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3. Existem dois vectores de força deste quadro de referência estratégico:
Uma aposta clara na consolidação de uma economia de serviços, com
especial ênfase para a área do turismo, potenciando também o sector
primário e terciário (sectores estes onde possuímos vantagens
comparativas notáveis e de fácil exploração);
Aproveitando a dinâmica empresarial da região, apostar na consolidação
dos parques de negócio e localização empresarial na região, privilegiando,
especificamente, três tipos de atividades: a agro-indústria, a indústria de
produtos complementares aos sectores de maior valor acrescentado
(componente tecnológica elevada) e agarrar o grande desafio das
indústrias de ponta, reforçando a inovação e o conhecimento, como
questões básicas de produtividade acrescida.
Conjuntamente com a conclusão de um conjunto de equipamentos sociais
fundamentais para o bem-estar das populações (da educação e da ação social, da
saúde, segurança e dos transportes e comunicações), é nossa convicção, de que
estaríamos no caminho certo para distinguir, na Grande Região de Lisboa, o eixo de
grande qualidade de vida que pode representar todo o Vale do Tejo, associado ao
Oeste, no respeito do ambiente e do desenvolvimento sustentado.
Acreditamos que, daqui, resultam também o emprego qualificado e a emancipação
jovem, o combate à exclusão social, o direito à habitação e a uma vida condigna,
princípios fundamentais e tão queridos ao Partido Socialista e a uma Esquerda
Moderna e Próxima dos Cidadãos, como referido nos debates do Parlamento
Europeu em Setembro de 2010.
Para concretizar este projeto ambicioso precisamos de ter a consciência de que
todos os agentes políticos, económicos e sociais da região são contribuintes desta
acção integradora das nossas complementaridades.
Sem protagonismos e sem protagonistas.
É este o nosso grande desafio conjunto.
Potenciar a força do Vale do Tejo!
Para afirmar o PS na Região e para afirmar a Região no País.
Para construirmos um Portugal para além da austeridade. Que cresce
economicamente e de forma competitiva. Um Portugal com coesão económica e
social, portanto mais justo e solidário.
Para construirmos uma Europa que se afirma no Mundo, económica e socialmente,
pela diversidade dos seus territórios, pela riqueza do seu património e pela
educação, cultura e bem-estar das suas gentes.
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4. Por um PS mais forte, junto das pessoas, na Região e no País.
Por um Portugal melhor!
Subscritores:
Fernando Ramos, militante n.º 100512;
José Gameiro, militante n.º 9081;
Rita Gameiro, militante n.º 68270;
Maria de la Salette, militante n.º131164;
Fernando Pereira, militante n.º95512;
Élia Figueiredo, militante n.º 121535;
Fernando Domingos, militante n.º121605.
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