O documento discute a importância da sustentabilidade dos oceanos e da conservação de espécies marinhas como a sardinha e o carapau. Ele fornece detalhes sobre as características, habitat, reprodução e métodos de captura dessas espécies, além de medidas de gestão aplicadas. A conclusão enfatiza a necessidade de diminuir o consumo de certas espécies e agir por um oceano sustentável.
2. Introdução
O que é a sustentabilidade?
É um conceito usado para definir ações e atividades
humanas que visam atender às necessidades atuais dos
seres humanos, sem comprometer as gerações futuras.
A sustentabilidade implica um desenvolvimento isento
de consequências negativas para o meio ambiente, o que
significa um uso dos recursos naturais de forma
inteligente, para que estes se mantenham no futuro.
3. Conservação de espécies
marinhas
A procura e o aumento do consumo de animais marinhos
deixou algumas espécies em estado vulnerável. Por isso,
necessita-se cada vez mais de defender e agir por um
oceano sustentável. Através de uma escolha adequada e
respeitando o oceano, podemos fazer a diferença e
garantir a sustentabilidade das pescas e dos oceanos.
Duas espécies bastante pescadas em Portugal, são o
carapau e a sardinha. Contudo, estes, muitas vezes, são
pescados “ilegalmente” – por exemplo, o tamanho mínimo
de ambos, muitas vezes, não é respeitado.
4. Características: As sardinhas são peixes de pequenas
dimensões, que formam grandes cardumes, deslocam-se
à superfície e efetuam grandes migrações sazonais para
o norte no Verão e para sul no Inverno.
Habitat: mar aberto, águas costeiras.
- Uma sardinha pode viver até aos 7 anos e (além do
homem) tem como predadores, os peixes (carnívoros)
maiores e as aves marinhas.
Alimentação: alimentam-se de plâncton – os jovens de
fitoplâncton e os adultos de zooplâncton.
Nome científico:
Sardina Pilchardus
Petinga – sardinha de tamanho pequeno
5. Reprodução: ocorre na Primavera e no Verão,
preferencialmente, próximo da costa, onde a
temperatura da água é maior, voltando depois para alto
mar (a pesca da sardinha é proibida durante a fase de
reprodução – época/período de defeso).
Captura da sardinha: (principal método) pesca por
arte de cerco.
Tamanho mínimo legal para a captura
da espécie: 11 cm.
6. Características: são peixes bastante “musculados” e
com barbatanas fortes (que lhes permitem nadar rápida
e constantemente), que formam grandes cardumes.
- Habitat: Vivem em fundos arenosos entre 100 e
200m de profundidade.
- Os carapaus mais novos, são chamados, normalmente,
de “jaquinzinhos”.
Alimentação: Refugiam-se junto ao fundo durante o dia
e alimentam-se à noite, próximo da superfície,
geralmente de peixes mais pequenos, crustáceos e
inveterados.
Nome científico:
Trachurus trachurus
Jaquinzinhos- carapau de tamanho reduzido
7. Reprodução: reproduzem-se na Primavera e Verão,
alturas em que se aproximam da costa (passam o
Inverno afastados da costa).
Captura do carapau: (principais métodos) “ao fundo”
ou “à boia”, com mais de um anzol .
- Iscos usados: artificiais ou naturais –
preferencialmente, camarão ou pequenos pedaços de
peixe.
Tamanho mínimo legal para a captura
da espécie: 15 cm.
8. Medidas de gestão
aplicáveis
» Espécie sujeita a TAC/quota
» Regras aplicáveis à pesca com
arrasto - espécie-alvo com malha
65-69mm;
» Regras aplicáveis à pesca com
redes de emalhar - espécie-alvo
com malha 60-79 mm;
» Espécie-alvo do cerco.
» Proibida a pesca dirigida ao fim
de semana. Para as embarcações
não associadas em Organizações
de produtores o limite máximo
diário de captura é de 3 toneladas
ou de 1,5 toneladas em função do
tamanho da embarcação;
» Regras aplicáveis à pesca com
arrasto: apenas como captura
acessória até 10% do total a bordo.
CARAPAU SARDINHA
9. Conclusão
O futuro dos oceanos depende da nossa escolha. Torna-se
urgente diminuir o consumo de determinadas espécies,
garantir o equilíbrio dos ecossistemas marinhos e agir por
um oceano sustentável.
Para isso, e para não reduzir a capacidade das espécies em
manter níveis de população saudáveis e evitar impactos
negativos noutras espécies do ecossistema (ao remover as
suas fontes de alimentação, prejudicar o seu ambiente
físico ou capturá-las acidentalmente), é necessário
desenvolver a pesca sustentável, contribuindo para a
manutenção dos recursos marinhos existentes.