1) O documento apresenta um programa eleitoral para a direção da Federação Portuguesa de Xadrez para o mandato de 2012-2016.
2) O programa destaca a importância de gerir os recursos de forma sustentável, angariar patrocínios, e realizar um congresso para discutir as competições.
3) O plano inclui o desenvolvimento do xadrez nas escolas, a organização de eventos internacionais em Portugal, e o apoio a árbitros e treinadores.
2. Programa Eleitoral
O mandato de 2012-2016 representa um grande desafio para o xadrez em Portugal.
Numa altura em que a crise económica determina fortes cortes orçamentais por parte da
Tutela, mais do que nunca é necessária determinação, trabalho e empenho para levar a bom
porto os destinos do xadrez nacional.
É por isso fulcral que exista uma direcção consciente dos problemas que o xadrez
enfrenta, com provas dadas da sua capacidade organizativa e de uma gestão sustentável
que permita o crescimento da modalidade.
Sabemos da grande pluralidade de opiniões que abundam no panorama xadrezístico
nacional e que tem dado origem sobretudo a desunião e desmotivação. No sentido de
inverter esta tendência e criar consensos que favoreçam a conjugação de esforços, temos
como objectivo a criação de um congresso que incluirá todos os agentes activos da
modalidade, em que se discutam os regulamentos das competições, em particular o modelo
do Campeonato Nacional por Equipas. Queremos igualmente elaborar um plano nacional
de desenvolvimento do xadrez para os próximos 4 anos. Não se tratando de fugir às nossas
responsabilidades, este congresso visa antes integrar as diferentes sensibilidades do
xadrez nacional: as associações distritais, treinadores, xadrez escolar, jogadores, árbitros
dirigentes e clubes. De uma forma democrática, encontraremos um modelo adequado aos
desafios que se aproximam.
Temos ideias claras para o futuro que sintetizamos nos seguintes tópicos:
1 – Administração e gestão da FPX
2 – Marketing e angariação de fundos
3 – Comunicação, Media e Informação
4 – Competições
5 – Plano Nacional de Desenvolvimento do Xadrez
6 - Eventos Internacionais
7 – Arbitragem
8 – Treinadores
9 – Representação Internacional
10- Formação
11- Associações Territoriais
3. Presidente e Direcção
Lista B
Dominic Robin Cross
Presidente
Lic. Geografia 36 anos
António Bravo
Vice-Presidente
Professor Universitário 47 anos
António Vitor
Tesoureiro
Lic Gestão Empresas e TOCnº75573 37 anos
4. José Grade
Secretário
Agente da PSP 54 anos
Diogo Alho
Vogal
Engenheiro Civil 36 anos
Pedro Rego
Vogal
Estudante 21 anos
Amadeu Solha Santos
Vogal
Aposentado 64 anos
5. Conselho Fiscal
Lista A
António Moura
Presidente
TOC 53 anos
João Guerreiro Ferreira
Relator
Bancário 62 anos
Ricardo Evangelista
Secretário
TOC 35 anos
6. Conselho Disciplina
Lista A
Daniel Malheiro
Presidente
Advogado 31 anos
José Vasques
Vice-Presidente
Funcionário Público 55 anos
Pedro Pinto
Secretário
Médico 36 anos
7. Conselho Nacional Arbitragem
Lista B
Carlos Dias
Presidente
Arbitro Internacional e FIDE Lecture 50 anos
Carlos Ferreira
Vice-Presidente
Escriturário 44 anos
Dinis Lameira
Secretário
Empregado de Escritório 38 anos
8. Conselho de Justiça
Lista A
Pedro Pita Soares
Presidente
Advogado 36 anos
Carlos Fantasia
Vice-Presidente
Empresário 48 anos
João Nuno Marques
Secretário
Empresário 36 anos
9. 1 – Administração e Gestão da FPX
As fontes de receita da FPX são as seguintes: contratos programas com o IPDJ
(Instituto Português do Desporto e Juventude), taxas de licença desportiva, inscrição nas
provas e patrocínios.
As verbas atribuídas pelo IPDJ destinam-se a áreas de intervenção muito
específicas, nomeadamente a gestão correntes - recursos humanos, condomínio, água, luz
e as demais despesas decorrentes do quotidiano da FPX - formação dos recursos humanos
- treinadores, árbitros e dirigentes - e ainda as que se referem às participações em provas
internacionais.
Os clubes e jogadores têm feito um reconhecido esforço no pagamento das taxas de
inscrição. Estas taxas têm sido essenciais para o pagamento das despesas inerentes à
organização de eventos (árbitros, viagens aos Açores, logística) e no abatimento da dívida
herdada.
Temos um plano ambicioso para a angariação de mais e melhores patrocínios que
justifica um ponto separado neste programa eleitoral.
É extremamente importante que exista uma gestão rigorosa dos escassos recursos da
FPX a fim de se ter um controlo financeiro, para poder continuar a pagar a dívida. Esta é
uma questão fulcral que determinará o sucesso ou insucesso da próxima direcção da FPX.
É imperioso libertar o xadrez nacional deste fardo que há tanto tempo pesa sobre as nossas
costas e que tem condicionado a actividade da FPX.
Qualquer projecto que continue o trabalho feito até agora tem de considerar
fundamental o saneamento das dívidas. Só deste modo se pode partir para uma posição de
investimento no futuro.
10. 2 – Marketing e Angariação de fundos
É intenção deste projecto a criação de um Portfolio da FPX. Este incluirá todos os
eventos organizados pela FPX e representações internacionais e servirá como carta de
apresentação das potencialidades publicitárias do xadrez.
Pretendemos que cada evento seja organizado tendo em vista o seu potencial
publicitário, tornando-o apetecível aos patrocinadores. Cada competição terá a sua própria
página na internet com vista à sua divulgação e transmissão de jogos, sendo esta um
excelente suporte para angariação de publicidade. No próprio evento haverá cartazes,
merchandising - canetas, t-shirts, eventos promocionais - podendo a publicidade ser apli-
cada no naming do evento.
A angariação de patrocinadores será feita através de contactos directos com as
empresas especializadas.
3 – Comunicação, Media e Informação
É fundamental a criação de um gabinete de assessoria de imprensa da FPX que faça
a ligação entre os meios de comunicação e a Federação. É essencial que a FPX consiga
chegar ao público de forma continuada.
À imagem do que aconteceu no Campeonato Nacional de Jovens este gabinete
estará encarregue de diversificar a abordagem jornalística, multiplicando os meios de
comunicação potencialmente interessados e garantindo uma ampla divulgação não só do
evento como da modalidade.
A aposta, além de aprofundada nos meios de comunicação tradicionais, procurará
igualmente desenvolver a comunicação 2.0, nomeadamente, modernizando o site de modo
a que este funcione como um portal de apresentação mais dinâmico e apelativo ao público.
Queremos igualmente fazer uma aposta nas redes sociais, sobretudo para seduzir o interesse
das gerações mais jovens. É nosso compromisso também criar uma newsletter mensal de
11. forma a manter toda a comunidade xadrezística a par das actividades da FPX.
Temos igualmente em carteira um projecto que procura levar o xadrez ao encontro
do dia-a-dia dos cidadãos, nomeadamente através de acções de promoção da modalidade
em locais públicos como os jardins, os centros comerciais ou os transportes. Esta iniciativa
procura, a par de surpreender o público, demonstrar a portabilidade e atractividade do xa-
drez.
4 – Competição
Nos últimos anos tem havido uma instabilidade no que respeita ao quadro competi-
tivo caracterizado por críticas constantes a este ou àquele modelo. É neste sentido que jul-
gamos de superior importância a realização de um Congresso que inclua todos os agentes
desportivos em que haja uma frutuosa discussão para o estabelecimento dos regulamentos
a adoptar.
Temos alguns princípios gerais que julgamos que devem orientar esta discussão.
As competições - individuais e por clubes - são a alma do xadrez nacional. Preten-
demos que as provas sejam de elevada qualidade xadrezística, fornecendo condições van-
tajosas aos praticantes, com especial atenção aos Mestres. Procuraremos criar uma
estrutura que defina atempadamente o local das provas e a publicação dos respectivos re-
gulamentos.
Dando continuidade ao já iniciado no anterior mandato, pretendemos que qualquer
clube ou associação se possa candidatar à organização das provas. Este ponto visa garan-
tir uma distribuição geográfica das competições que se quer equitativa. Caberá à FPX es-
colher a candidatura que apresentar melhores condições.
Pensamos igualmente que as competições devem ser decididas e observadas se-
gundo critérios qualitativos e económicos. As condições apresentadas por determinada or-
ganização para virem a organizar um campeonato, teráo de ser ponderados com base no
custo implícito para o clube ou jogador.
É nossa intenção criar condições para que o xadrez surja de uma forma mais econó-
mica possível e que assim haja uma maior participação da modalidade.
12. 5. Plano Nacional de Desenvolvimento do Xadrez
Queremos reforçar a actividade xadrezística e alargar o número de atletas da
modalidade. Novos pólos têm que ser criados e desenvolvidas medidas extraordinárias com
vista ao fomento de novos jogadores, clubes e dirigentes.
Para o efeito pretendemos criar um gabinete de apoio ao novo clube e reforçar as
actividades de promoção do xadrez nas escolas.
O plano nacional de desenvolvimento do Xadrez, é para nós uma das grandes
apostas para o próximo mandato. Com a aprovação do Xadrez nas Escolas no marco do
Parlamento Europeu, está aberta a oportunidade de levar a cabo uma estratégia de ampla
difusão da modalidade nos estabelecimentos de ensino.
Com este plano, procuraremos chegar, de forma faseada e financeiramente
sustentável, às escolas de todos os distritos do país e das regiões autónomas dos Açores e
da Madeira.
Este projecto terá um Diretor responsável pela sua implementação em Directa articu-
lação com a direcção da FPX.
Procuraremos que este plano seja acolhido pelas entidades regionais, nomeadamente
as Direcções Regionais de Educação, as Câmaras Municipais e o Desporto Escolar.
Em cada uma das escolas abrangidas pelo programa, procuraremos igualmente
envolver a comunidade local, nomeadamente os meios de comunicação regionais e
eventuais parceiros ligados ao tecido económico envolvente.
É nosso objectivo igualmente conseguir um patrocinador nacional para o Plano
Nacional de Desenvolvimento do Xadrez.
O grande objectivo deste projecto passa por conseguir novos filiados na FPX,
estimular a criação de clubes escolares ou reforçar a participação nos clubes já existentes.
Em suma, alargar de forma significativa a comunidade de amantes da modalidade.
Esta iniciativa proporcionará aos treinadores de xadrez a possibilidade de reforçar o
seu rendimento dentro da actividade, o que permitirá que, paulatinamente, cada vez mais
atletas se dediquem igualmente à formação.
13. Pretende-se reforçar as actividades de formação, nomeadamente a iniciação ao
xadrez escolar, dirigido principalmente a professores, divididas em 4 módulos independen-
tes, sessões únicas de 7 horas e meia, que permitirão aos formandos incidir sobre a totali-
dade da matéria pertencente à parte específica do curso de treinadores de grau 1 e após um
exame final poderão solicitar a respetiva equivalência, caso tenham interesse em tornar-se
treinadores de grau 1.
6 - Eventos Internacionais
Depois de termos conseguido que a organização do mundial universitário de xadrez
tenha vindo para Portugal, é nosso objectivo que este tipo de eventos internacionais
Portugal irá receber em 2013 uma prova do Grand Prix, prova oficial de apuramento
para o campeonato do mundo. Andrew Paulson, dono da Agon, deu essa garantia quando
reuniu com a FPX, em Abril deste ano. Esta prova de topo no quadro internacional é a
garantia de que poderemos ter no nosso país a elite do xadrez mundial, nomeadamente com
a presença de um Magnus Carlson e um Aronian, o que seria, naturalmente, uma grande
honra para a FPX e os aficionados do xadrez. A empresa Agon é detentora dos direitos de
organização do ciclo do campeonato do mundo. A Agon pretende organizar a prova em
Lisboa com o apoio da Federação sem que isso acarrete encargos financeiros para a FPX,
pelo que a repetição e alargamento desta parceria é estratégica para o futuro.
Tratando-se de um evento desta envergadura, teremos que aproveitar a visibilidade
que ele tem um pouco por todo mundo e fazer com que represente uma mais-valia para
divulgação do xadrez na comunicação social nacional.
O evento permite a Federação uma grande carteira de contactos na área empresarial
que podemos potencializar para o xadrez nacional e permite que ganhemos o know-how
precioso para futuros eventos internacionais. Esta será a prova mais forte de sempre em
Portugal e, sem qualquer dúvida, um momento alto para a motivação de todos os
envolvidos na modalidade.
7- Arbitragem
Continuaremos a proporcionar cursos de arbitragem tendo em vista o aumento do
número de árbitros activos a nível nacional, bem como a sua cada vez maior qualificação.
Trabalhar com o Conselho Nacional de Arbitragem na criação dum Regulamento de
Arbitragem.
14. Promover a internacionalização dos árbitros portugueses através dos nossos
contactos e que possam arbitrar provas oficias internacionais como campeonato europeus.
Criar uma página autónoma para o CNA onde possa se colocados a lista de árbitros,
as nomeações de árbitros para as provas nacionais.
Actualizar a tabela de apoios aos árbitros nas provas da FPX.
8- Treinadores
O plano nacional de treinadores (PNT) tem criado profundas alterações aos treinado-
res de xadrez. A criação da carteira de treinador irá criar vantagens no reconhecimento da
profissão. No entanto, no futuro, as novas implementações de acesso ao grau de treinador
implicam acções de acesso mais difícil, nomeadamente pelo aumento da carga horária de
no ensino e estágios. Com a criação dos clubes formadores e a bolsa de treinadores pre-
tendemos que esse acesso ao grau de treinador seja mais acessível e funcional, tentando
assim minorar o impacto da nova legislação.
Com a criação dos clubes formadores e a bolsa de treinadores e uma consequente
divulgação das suas actividades na página da FPX, pretendemos que seja mais simples a
acessibilidade aos interessados na prática da modalidade às entidades certificadas pela FPX
que prestam esse serviço.
No entanto, no futuro, as novas implementações de acesso ao grau de treinador im-
plicam acções de acesso mais difícil, nomeadamente pelo aumento da carga horária de
horas de ensino e estágios nesse sentido a criação dos clubes formadores permite que esse
acesso ao grau de treinador seja mais simples e funcional, tentando assim minorar o im-
pacto da nova legislação.
Incrementar a bolsa de treinadores para permitir a obtenção de treinadores e encon-
trar mercado de trabalho aos treinadores.
A criação de uma página autónoma para a Comissão Técnica e os treinadores de
xadrez, onde possa ser colocada informação sobre a actividade do treinador de xadrez e
onde possa existir troca de informação.
15. 9 – Representação Internacional
Pretendemos continuar a aposta na internacionalização dos jovens campeões
nacionais nas nas provas oficiais europeias e mundiais apoiando-os na representação
Relativamente aos seniores, queremos apostar nos campeonatos europeus absolutos
e femininos, de forma a garantir que estes campeões se projectem e adquiram competitivi-
dade.
Ao nível das selecções participaremos nos jogos olímpicos de xadrez e procuraremos
apoios com vista a uma possível participação no campeonato europeu.
É nosso compromisso a criação de uma rede de contactos com organizadores de
torneios com o objectivo de criar condições de participação dos novos talentos e dos
portugueses.
10- Formação
Apostar na formação dos jovens valores através de aulas individuais pela Internet de
modo a que cada jovem tenha mais rendimento e permitir aptimização de recursos com a
subtracção de despesas inerentes a viagens, alimentação e estadias. Com ganhos para um
ensino sistemático e continuo das promessas nacionais
Realização de estágios nacionais para jovens com grupos mais intensos para os
jovens de formação do grupo “A” com vista a participação nos europeus e mundiais.
Podendo os estágios ser abertos aos restantes jovens em outros grupos de ensino.
16. 11- Associações Territoriais
Esta equipa pretende ter com as Associações Distritais e Regionais uma política de
diálogo, e para isso, pretende em conjunto elaborar planos de ação que visem o desenvol-
vimento estratégico da modalidade, de acordo com a especificidade de cada Distrito.
Pensamos também ser útil a elaboração de protocolos de apoio financeiro a realizar
com todas as Associações, no sentido de as dotar dos meios necessários à sua actividade
junto dos seus associados, já que são estes os grandes dinamizadores do desenvolvimento
do xadrez nacional.
Pretendemos criar consenso de forma a que juntos possamos
difundir e aprofundar a prática do xadrez. Estamos certos que esta
equipa tem a experiência e o conhecimento necessário da modalidade,
de forma a poder enfrentar as dificuldades e a concretizar este
programa eleitoral na realidade.
Nesta posição, somos o lance certo!