2. 1. A aprendizagem da linguagem oral e escrita é um
dos elementos importantes para as crianças
ampliarem suas possibilidades de inserção e de
participação nas diversas práticas sociais.
2. Aprender uma língua não é somente aprender as
palavras, mas também os seus significados
culturais, e, com eles, os modos pelos quais as
pessoas do seu meio sociocultural entendem,
interpretam e representam a realidade.
3. 3. A educação infantil, ao promover experiências
significativas de aprendizagem da língua, por meio
de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se
constitui em um dos espaços de ampliação das
capacidades de comunicação e expressão e de
acesso ao mundo letrado pelas crianças.
4. A ideia de prontidão para a alfabetização;
A aprendizagem da leitura e da escrita se inicia
na educação infantil por meio de um trabalho
com base na cópia de vogais e consoantes;
Com o objetivo que as crianças relacionem sons
e escritas por associação, repetição e
memorização de sílabas;
5. Considerar as crianças ativas na construção de
conhecimentos e não receptoras passivas de
informações;
A grande parte das crianças, desde pequenas, estão
em contato com a linguagem escrita por meio de
seus diferentes portadores de texto, como livros,
jornais, embalagens, cartazes, placas de ônibus etc.,
iniciando-se no conhecimento desses materiais
gráficos antes mesmo de ingressarem na instituição
educativa, não esperando a permissão dos adultos
para começarem a pensar sobre a escrita e seus
usos;
6. A partir desse intenso contato, as crianças começam
a elaborar hipóteses sobre a escrita;
Para aprender a ler e a escrever, a criança precisa
construir um conhecimento de natureza conceitual:
precisa compreender não só o que a escrita
representa, mas também de que forma ela
representa graficamente a linguagem.
7. a compreensão de um sistema de representação e
não somente como a aquisição de um código de
transcrição da fala;
um aprendizado que coloca diversas questões de
ordem conceitual, e não somente perceptivo-motoras,
para a criança;
um processo de construção de conhecimento pelas
crianças por meio de práticas que têm como ponto de
partida e de chegada o uso da linguagem e a
participação nas diversas práticas sociais de escrita.
8. Participação em situações cotidianas nas quais se faz
necessário o uso da escrita;
Escrita do próprio nome em situações em que isso é
necessário;
Produção de textos individuais e/ou coletivos ditados
oralmente ao professor para diversos fins;
Prática de escrita de próprio punho, utilizando o
conhecimento de que dispõe, no momento, sobre o
sistema de escrita em língua materna.
Respeito pela produção própria e alheia.
9. Quais são as implicações para a prática pedagógica e quais as
principais transformações provocadas por essa nova compreensão
do processo de aprendizagem da escrita pela criança?
A constatação de que as crianças constroem
conhecimentos sobre a escrita muito antes do que se
supunha e de que elaboram hipóteses originais na
tentativa de compreendê-la amplia as possibilidades
de a instituição de educação infantil enriquecer e dar
continuidade a esse processo. Essa concepção
supera a ideia de que é necessário, em determinada
idade, instituir classes de alfabetização para ensinar
a ler e escrever. Aprender a ler e a escrever fazem
parte de um longo processo ligado à participação em
práticas sociais de leitura e escrita.
(RCN pág. 123)
10. O trabalho com produção de textos deve se constituir
em uma prática continuada, na qual se reproduz
contextos cotidianos em que escrever tem sentido.
Deve-se buscar a maior similaridade possível
com as práticas de uso social;
O tratamento que se dá à escrita na instituição de
educação infantil pode ter como base a oralidade
para ensinar a linguagem que se usa para
escrever (professor escriba);
11. Saber escrever o próprio nome é um valioso
conhecimento que fornece às crianças um repertório
básico de letras que lhes servirá de fonte de
informação para produzir outras escritas;
As atividades de reescrita de textos diversos devem
se constituir em situações favoráveis à apropriação
das características da linguagem escrita, dos
gêneros, convenções e formas;
As crianças que não sabem escrever de forma
convencional, ao receberem um convite para fazê-lo,
estão diante de uma verdadeira situação-problema,
na qual se pode observar o desenvolvimento do seu
processo de aprendizagem;
12. O fato de as escritas nãoconvencionais serem
aceitas não significa ausência de intervenção
pedagógica;
As crianças podem saber de cor os textos que
serão escritos, como, por exemplo, uma
parlenda, uma poesia ou uma letra de música.
Nessas atividades, as crianças precisam pensar
sobre quantas e quais letras colocar para
escrever o texto, usar o conhecimento disponível
sobre o sistema de escrita, buscar material
escrito que possa ajudar a decidir como grafar
etc.
13. Uma prática educativa que aceita e valoriza as
diferenças individuais e fomenta a troca de
experiências e conhecimentos entre as crianças.
As atividades de escrita e de produção de textos
são muito mais interessantes portanto, quando
se realizam num contexto de interação;
As crianças podem utilizar a lousa ou letras
móveis e, ao confrontar suas produções, podem
comparar suas escritas, consultarem-se,
corrigirem-se, socializarem ideias e informações
etc.
14. reconhecer a capacidade das crianças para escrever e dar
legitimidade e significação às escritas iniciais, uma vez
que estas possuem intenção comunicativa;
propor atividades de escrita que façam sentido para as
crianças, isto é, que elas saibam para que e para quem
estão escrevendo, revestindo a escrita de seu caráter
social;
propor atividades que permitam diversidade de estratégias
nas formas de resolução encontradas pelas crianças;
ajudar as crianças a desenvolverem a habilidade de
retornar ao texto escrito — reler o que está ou foi escrito
— para reelaborá-lo, ampliá-lo ou melhor compreendê-lo.