1. Luiz Inácio Lula da Silva
Alunos: Arthur da Silva, Bruno Lira, Derik da Silva, Rodrigo
Afonso e Victor Hugo.
Profª: Isabel ♥
Turma: 3002
2. Introdução
Nascido em meio à miséria do sertão
nordestino, veio para São Paulo, onde se tornou
um grande líder sindical e político. No final dos
anos 1970, em plena ditadura militar, comandou
o maior movimento de greves já visto até então
no país. Logo depois, fundou o Partido dos
Trabalhadores. Nele, se elegeu duas vezes
presidente da República, se destacando pela
redução da miséria e pela evolução política e
econômica do Brasil. Hoje, é um nome
respeitado em todo o mundo.
3. Nascimento e infância
Registrado como Luiz Inácio da Silva, é o sétimo
de oito filhos de um casal de agricultores.
Nasceu em 27 de outubro de 1945 em Caetés,
na época um distrito de Garanhuns (PE).
Passou a infância em meio à pobreza do sertão
nordestino contando apenas com a mãe e os
irmãos, já que o pai havia migrado para São
Paulo em busca de melhores condições de vida.
Era uma vida de muitas dificuldades e ao menos
quatro dos irmãos morreram ainda bebês. A
solução parecia, cada vez mais, deixar o
Nordeste.
4. Migração para São Paulo
Eurídice, a mãe de Lula, resolveu seguir os passos
do marido. Em 1952, viajou para o Sudeste com os
filhos, com o intuito de reencontrar o marido. A
viagem seria muito difícil: os 2.500 quilômetros
foram percorridos penosamente em 13 dias. O
veículo era um rústico pau-de-arara. Toda a família
se reencontrou em Itapema (hoje Vicente de
Carvalho), um distrito do Guarujá, no litoral paulista.
Em pouco tempo, porém, Eurídice e Aristides
acabaram se separando, com ela seguindo para
São Paulo, em busca de melhores condições de
vida.
6. Dificuldades
Em uma família numerosa e pobre, as
dificuldades continuaram para o
pequeno Luiz. Ainda no Guarujá,
vendia laranja no porto de Santos. Ao
se mudar para São Paulo, conseguiu
seu primeiro emprego oficial aos 12
anos. Atuou ainda como engraxate,
auxiliar de escritório e em armazéns.
Até então, frequentou os bancos
escolares por pouco tempo. Aos 15
anos, deixou a escola e passou a
trabalhar na indústria metalúrgica. Em
uma fábrica de parafusos, perdeu o
dedo mínimo da mão esquerda em um
torno mecânico.
7. Lula, o sindicalista
Após vários anos trabalhando na indústria metalúrgica,
na região do ABC Paulista, Luiz se filiou ao Sindicato
dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema em 1968.
Entrou na vida sindical a conselho do irmão José
Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico e militante
do Partido Comunista. Em 1975, chegou à presidência
da entidade, graças ao seu forte carisma e inteligência
política. Foi neste período que passou a ser chamado de
Lula. Ficou conhecido nacionalmente ao liderar um
grande movimento por melhores salários para a sua
categoria. Em 1978, as ações culminaram em
gigantescas greves, que mobilizaram dezenas de
milhares de operários. Acabou preso pela ditadura por
causa de sua ação sindical.
8. Fundação do PT e Diretas Já
O sucesso das paralisações nas indústrias do ABC Paulista
mostrou a força dos operários. O próximo passo seria a criação de
um partido político que os representasse. Em 1980, Lula participou
da fundação do PT (Partido dos Trabalhadores). Incluiu o apelido
“Lula” em seu nome de batismo, para se adaptar à lei eleitoral da
época, que não aceitava o uso de apelidos em campanhas políticas.
Em 1982, participou de sua primeira campanha, para governador de
São Paulo, na qual não foi eleito. Em 1984, teve papel de destaque
– ao lado de várias lideranças políticas – nas Diretas Já, campanha
que defendia o voto aberto e livre para presidente da República.
9. Deputado Federal Constituinte
Em 1986, Lula entrou em mais uma campanha política, desta
vez para deputado federal por São Paulo. Recebeu nada
menos que 55 mil votos, a maior votação que um candidato já
obtivera até então para a Câmara Federal. Conquistou o
cargo parlamentar em um dos mais importantes períodos
políticos já vividos pelo país: quando o Congresso Nacional
elaborava a Constituição Federal.
Com vários projetos, ajudou a
formalizar a nova carta, que
passou a vigorar em 1988 e
perdura até hoje, com algumas
modificações. O petista passa a se
tornar um dos nomes mais fortes
para
a
primeira
eleição
presidencial direta em quase 30
10. Eterno presidenciável
Em 1989, Lula se candidata pela primeira vez à
presidência da República. Em período favorável às
candidaturas de esquerda, o candidato do PT
dividiu os votos progressistas com o gaúcho Leonel
Brizola (PDT), mas conseguiu chegar ao segundo
turno. No entanto, seu maior adversário era outro: o
jovem Fernando Collor de Mello, que o derrotaria
em meio a uma campanha turbulenta, recheada de
calúnias e manipulação midiática. Voltou a se
candidatar em 1994 e 1998, mas nas duas ocasiões
foi superado pelo mesmo candidato, o sociólogo
Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, que venceu
os dois pleitos ainda no primeiro turno.
11. Enfim, presidente da República
Calejado pelas derrotas nas três eleições presidenciais
anteriores, Lula mudou de estratégia em 2002. Trocou o
discurso
de
extrema-esquerda
por
propostas
moderadas, que ajudaram a angariar apoio junto ao
empresariado brasileiro e vários setores da sociedade
civil. No entanto, manteve o foco na luta pela redução da
desigualdade social. Enfim, se elegeu presidente,
superando José Serra (PSDB) no segundo turno. Seu
primeiro mandato foi marcado pelas ações sociais, como
o Fome Zero e o Prouni, que ajuda a população de
baixa renda a financiar um curso universitário. No
entanto, seu governo enfrentou várias denúncias de
corrupção, como o escandaloso caso do Mensalão.
12. O segundo mandato e o auge da popularidade
As ações para reduzir a miséria e o desemprego no país
ajudaram Lula a obter a reeleição em 2006, vencendo o
paulista Geraldo Alckmin (PSDB). Em seu segundo
mandato, intensificou o trabalho já realizado. Obteve
grandes resultados na redução da desigualdade social,
com programas como o “Minha Casa, Minha Vida” e o
“Luz para todos”. Em meio à gigantesca crise econômica
mundial de 2008, agiu com firmeza e salvou o Brasil da
turbulência. Em pouco tempo, o país se tornou uma das
maiores potências financeiras do globo e viu seu
prestígio político crescer. Encerrou seu mandato com
uma popularidade recorde: pesquisa do Datafolha
apontou que apenas 4% da população reprovava seu
governo.
13. Pós-Planalto: câncer e homenagens pelo mundo
A enorme popularidade obtida no Brasil por Lula
reverberou pelo planeta. Várias publicações e
instituições renderam elogios durante seus oito anos de
governo. Ao deixar o Palácio do Planalto, as
homenagens prosseguiram. Desde 2003, já recebeu
mais de 300 condecorações mundo afora, incluindo
dezenas de títulos “honoris causa”, inclusive na Europa.
Desde abril de 2013, tornou-se colunista do maior jornal
do Mundo, “The New York Times”. No entanto, nem tudo
são flores: em outubro de 2011 o ex-presidente foi
diagnosticado com câncer de laringe. Ele se submeteu a
um tratamento de quimioterapia. Em março do ano
seguinte, os médicos anunciaram que o tumor havia
desaparecido.
14. A volta à política
Recuperado, Lula passou a fazer várias palestras
através do Instituto Lula. Só em 2011, foram mais
de 15 participações pagas por empresas, no
Brasil e no exterior. Em suas apresentações, ele
fala da crise internacional e das políticas de seu
governo, entre outros temas. Lula também voltou
a ser presifente de honra do PT, que ele fundou
em 1980 e continua atuando nos bastidores da
política
brasileira.
Fez
campanha
para
companheiros petistas em diversas capitais
brasileiras e encontra-se sempre com a
sucessora, a presidente Dilma Rousseff.