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Doenças Sexualmente Transmissíveis

LINFOGRANULOMA VENÉREO
Conceito
       O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo
     aparecimento de uma lesão genital (lesão primária) que
  tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração
   (ferida) ou como uma pápula (elevação da pele). Esta lesão
         é passageira (3 a 5 dias) e frequentemente não é
       identificada pelos pacientes, especialmente do sexo
                             feminino.
 Após a cura desta lesão primária, em geral depois de duas a
    seis semanas, surge o bubão inguinal que é uma inchação
  dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes é
                          de um lado só).
  Se este bubão não for tratado adequadamente ele evolui
  para o rompimento expontâneo e formação de fístulas que
                   drenam secreção purulenta.
Linfogranuloma venéreo

 Sinônimos: Doença de Nicolas-Favre,
  Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão.

 Agente: Chlamydia trachomatis.

 Transmissão: Relação sexual é a via mais frequente
  de transmissão. O reto de pessoas cronicamente
  infectada é reservatório de infecção.

 Complicações/Consequências: Elefantíase do pênis,
  escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crônica.
  Estreitamento do reto.
Linfogranuloma venéreo

   Período de Incubação: 7 a 60 dias.


   Diagnóstico: Em geral o diagnóstico é feito com base nas
    manifestações clínicas (íngua, elefantíase genital, estenose uretral etc)
    sendo ocasional a necessidade de comprovação laboratorial (teste de
    fixação de complemento, cultura, biópsia etc).

   Tratamento: Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão
    inguinal. Tratamento das fístulas

   Transmissão: relação sexual é a via mais frequente de transmissão. O
    reto de pessoas cronicamente infectada é reservatório de infecção.

   Prevenção: Camisinha. Higienização após o coito.
1o ano   ds ts - linfogranuloma venéreo

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  • 2. Conceito  O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital (lesão primária) que tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração (ferida) ou como uma pápula (elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e frequentemente não é identificada pelos pacientes, especialmente do sexo feminino.  Após a cura desta lesão primária, em geral depois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é uma inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes é de um lado só).  Se este bubão não for tratado adequadamente ele evolui para o rompimento expontâneo e formação de fístulas que drenam secreção purulenta.
  • 3. Linfogranuloma venéreo  Sinônimos: Doença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão.  Agente: Chlamydia trachomatis.  Transmissão: Relação sexual é a via mais frequente de transmissão. O reto de pessoas cronicamente infectada é reservatório de infecção.  Complicações/Consequências: Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crônica. Estreitamento do reto.
  • 4. Linfogranuloma venéreo  Período de Incubação: 7 a 60 dias.  Diagnóstico: Em geral o diagnóstico é feito com base nas manifestações clínicas (íngua, elefantíase genital, estenose uretral etc) sendo ocasional a necessidade de comprovação laboratorial (teste de fixação de complemento, cultura, biópsia etc).  Tratamento: Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal. Tratamento das fístulas  Transmissão: relação sexual é a via mais frequente de transmissão. O reto de pessoas cronicamente infectada é reservatório de infecção.  Prevenção: Camisinha. Higienização após o coito.