[1] O relatório analisa os ratings do Paraná Banco, refletindo sua experiência nos segmentos de atuação, conservadorismo e concentrações típicas de um banco de médio porte. [2] O banco tem crescido de forma prudente em consignados, seguros e PMEs, com bons índices de capitalização e qualidade de ativos. [3] A parceria com a Travelers fortaleceu as operações de seguros, enquanto a manutenção dos fundamentos e da qualidade da carteira pode beneficiar os ratings.
1. Bancos
Brasil
Paraná Banco S.A.
Relatório Analítico
Ratings
Fundamentos dos Ratings
Nacional Experiência nos Segmentos de Atuação: Os ratings do Paraná Banco S.A. (Paraná) refletem
Rating de Longo Prazo A(bra) a opinião da Fitch de que o banco tem sido bem sucedido em sua estratégia de buscar maior
Rating de Curto Prazo F1(bra)
diversificação de operações de forma prudente, agregando resultados notoriamente operacionais.
Suporte 5 O banco tem experiência e bom histórico no crédito consignado, seguro-garantia e em resseguro
e está aumentando sua carteira de financiamento a pequenas e médias empresas (PMEs).
Risco Soberano
Conservadorismo no Desenvolvimento das Atividades: O Paraná opera de maneira
IDR de Longo Prazo em
Moeda Estrangeira BBB prudente na condução de suas operações, dos adequados índices de liquidez e de qualidade
IDR de Longo Prazo em dos ativos de crédito, além da elevada base de capital.
Moeda Local BBB
Perspectiva
Concentrações e Desafios: Os ratings retratam ainda o fato de o Paraná ser um banco com
Rating Nacional de Longo Prazo Estável
IDR Soberano em Moeda concentrações de ativos e passivos típicas de uma instituição de médio porte, mais suscetível
Estrangeira Estável a oscilações da economia.
IDR Soberano em Moeda
Local Estável
Fortalecimento da Área de Seguros: Em junho de 2011, o Paraná e a Travelers Companies,
IDR – Issuer Default Rating – Rating Inc., IDR ‘A+’, fecharam acordo de investimento na J.Malucelli Participações em Seguros e
de Probabilidade de Inadimplência
do Emissor Resseguros (JMPSR), holding então 100% controlada pelo Paraná e detentora de conglomerado
de seguros formado por três companhias. A Travelers subscreveu ações ordinárias
Dados Financeiros representativas de 43,4% do capital da companhia, no valor de BRL657,1 mi, o que, segundo a
Emissor Fitch, elevará o capital do Paraná para aproximadamente BRL1,04 bi.
31 Mar 31 Dez
2011 2010 Capitalização elevada: No 2T11, foram distribuídos BRL110 mi de dividendos da JMPSR ao banco.
Total de Ativos O montante foi incorporado à sua base de capital, mas pela metodologia da Fitch, o patrimônio da
(BRLmi) 31.188,5 3.073,9
Patrimônio (BRLmi) 854,7 827,7 seguradora não integra o cálculo do índice núcleo de capital da Fitch, que ficou em 20% em março de
Lucro Líquido 2011. A Fitch considera o índice alto para o Paraná manter a expansão de sua carteira de crédito e
(BRLmi) 33,5 117,4
ROA (%) 4,34 3,98 adequar-se às normas prudenciais de alocação de capital adicional em operações de crédito
ROE (%) 16,15 14,53 direcionadas a pessoa física acima de 36 meses em vigor desde julho de 2011.
Índice de Capital
Regulatório (%) 32,75 32,90
Boa Liquidez: O caixa livre é alto e correspondia a 43,5% dos depósitos a prazo em março de
Analistas 2011. O banco possui limite de captações via depósito a prazo com garantia especial (DPGEs)
Luiz Claudio Vieira de BRL1,9 bi, tendo emitido apenas BRL92,7 mi, os quais podem ser utilizados em caso de
+55 21 4503-2600
luiz.vieira@fitchratings.com aperto da liquidez. A agência considera esta folga bastante prudente.
Esin Celasun
+55 21 4503-2600
Adequada Qualidade de Ativos: O Paraná tem desenvolvido conservadoramente sua
esin.celasun@fitchratings.com carteira de crédito e a qualidade dela permanece boa e concentrada em crédito consignado
(85% do total). Para 2011, estima-se que a carteira crescerá de forma moderada.
Diversificação de resultados: Os bons lucros são composto pelas áreas de atuação:
consignado, médias empresas e nas atividades de seguros e resseguros, que contribuíram, no
resultado do banco, com 48,8% no 1T11 e 47,0% em 2010. Para 2011, a Fitch acredita que a
rentabilidade fique próxima de 20%.
Fatores que Podem Induzir uma Ação de Rating
Este relatório, publicado
originalmente em 3 de agosto Manutenção dos bons índices: A Fitch observa que o Paraná tem como maior desafio
de 2011, está sendo
republicado para refletir a reduzir a concentração e o alongamento da base da captação para melhorar o casamento
inserção dos ratings entre ativos e passivos. A concretização ou melhora destes indicadores, aliada à boa
soberanos.
capitalização, à manutenção dos índices de qualidade de ativos e liquidez e à maior
diversificação de negócios bancários, poderia beneficiar os ratings.
Deterioração: Uma piora da qualidade da carteira e no desempenho poderia impactar seus
ratings.
www.fitchratings.com.br 4 de agosto de 2011
2. Bancos
Perfil
O Paraná é a principal empresa do Grupo Quadro 1: Capital Aberto – Controle
J. Malucelli e foi o quinto banco a fechar Nacional Privado (1T11)
convênio com o Instituto Nacional do Ações Ações
Ord. Totais
Seguro Social (INSS) em 2003, passando Através de: (%) (%)
a oferecer crédito consignado a Joel Malucelli e Família * 72,4 54,5
Rosaldo Malucelli 9,7 7,7
aposentados e pensionistas. Além disso, JNF Participações 5,8 5,5
mantém convênios com vários estados e Mercado 12,1 32,3
prefeituras. * Controlada por Joel Malucelli e seis filhos;
Agências: 01 / Funcionários: 693
Atualmente, as atividades do Paraná estão
Fonte: Paraná Banco S.A.
divididas em quatro áreas principais:
consignado, seguro-garantia e resseguro,
através das subsidiárias JM e JMRE, e middle market, criada no 3T07.
Mesmo após a oferta pública inicial de ações (IPO), em junho de 2007, que resultou na venda
de 40,61% de suas ações, o Paraná continua controlado majoritariamente por Joel Malucelli e
outros membros de sua família, que também possuem empreendimentos diversificados,
figurando entre os maiores grupos econômicos paranaenses. Fundado em 1966, o Grupo J.
Malucelli atua nos setores de infraestrutura, finanças, de seguros, previdenciário, de energia,
esportivo, de turismo, comunicação e agropecuária. Em dezembro de 2010, seus
demonstrativos combinados apresentavam patrimônio líquido (PL) de BRL 1,367 bi, faturamento
de BRL 1,170 bi e lucro líquido de BRL108,6 mi. Com intuito de manter custos competitivos, o
banco compartilha serviços de recursos humanos, compras e de contabilidade com a Porto de
Cima Administração Participação e Serviços S.A., a holding do grupo.
Os acionistas participam diretamente da estratégia do banco e dos demais empreendimentos
da família. Também contam com profissionais experientes, sob a supervisão do Comitê
Executivo, para conduzir o dia-a-dia do banco. Joel Malucelli tem seis filhos, sendo um deles
o diretor-executivo e profissional responsável pelas atividades financeiras do grupo.
A partir de 2008, foi criada a holding de seguros J.Malucelli Participações em Seguros e
Resseguros (JMPSR), detentora do conglomerado de seguros formado pela J.Malucelli
Seguradora, J.Malucelli Resseguradora e a J.Malucelli Seguradora de Crédito.
Em 17 de junho de 2011, após aprovação da Superintendência de Seguros Privados (Susep),
o Paraná Banco e a Travelers Companies, Inc., uma das companhias americanas líder em
seguros de ramos elementares, concluíram contrato para investimento na JMPSR. A parceria
estratégica envolveu uma capitalização de BRL657,1mi deu à Travelers Brazil uma
participação o controle de 43,4% do capital votante da holding de seguros.
O acordo fortalece as operações de seguro-garantia no Brasil, possibilitando a exploração do
mercado de resseguro-garantia na América Latina, bem como o ingresso das companhias
J.Malucelli no segmento de ramos elementares. A estratégia é, no curto prazo, explorar as
necessidades dos atuais clientes da JM para oferecer também produtos relacionados ao
seguro-garantia, como riscos de engenharia, seguro patrimonial e seguro de responsabilidade
civil, inclusive de administradores.
O Paraná atua em crédito consignado, seu principal produto (85% de sua carteira de crédito em
1T11), em praticamente em todos os estados, mas com presença marcante nas regiões Sul e
Sudeste, estando presente em 339 municípios, por intermédio de cerca de 133 convênios
ativos, 11 regionais e 14 lojas próprias, além de 85 terceirizados com bandeira própria. No
Metodologia Aplicada financiamento junto a Pequenas e Médias Empresas (PMEs), no qual o banco passou a atuar
National Ratings Criteria, 19 de
janeiro de 2011; em 2007, a atuação é tímida, porém crescente, junto a empresas do Paraná e de São Paulo.
Short-Term Ratings Criteria for
Corporate Finance, 2 de novembro Governança Corporativa
de 2011; O Paraná ingressou no mercado brasileiro de ações – Bovespa Nível 1 - em junho de 2007
Global Financial Institutions Rating
Criteria, 16 de agosto de 2010.
através da colocação de ações preferenciais, sem direito a voto. A IPO do Paraná consistiu
apenas de oferta primária, com o direito de 100% de tag along, assegurando que, no caso de
Paraná Banco S.A. 2
Agosto de 2011
3. Bancos
alienação, os acionistas minoritários terão direito de vender suas ações pelo mesmo valor
pago pelas ações dos integrantes do bloco de controle.
O conselho do banco é formado pelos acionistas Alexandre e Paola Malucelli e Jorge Nacli
Neto e um membro independente, além de um diretor do próprio grupo. Desde março de
2008, o banco conta também com um conselho fiscal independente do conselho de
administração e com três membros permanentes.
O Paraná já concluiu oito programas de recompra de ações do banco, realizados desde o
3T08. Eles já retiraram de circulação 22,9mi de ações preferenciais (42,1% do total dessas
ações) a um custo de BRL164mi. Como as ações em tesouraria têm sido canceladas, a
capitalização do Paraná tem apresentado uma queda, ainda que modesta. O Paraná está
próximo de atingir seu limite mínimo de 25% (25,7% em março de 2011) de seu capital listado
na bolsa, o que limita o banco a fazer novas recompras de ações.
Por se tratar de uma instituição financeira de capital aberto, o Paraná está obrigado a divulgar
suas demonstrações financeiras em padrão internacional (IFRS). O Paraná ainda não
apresentou suas demonstrações relativas a 2010 e 2009 com a adoção do IFRS, ocorrida no
final de abril de 2011.
Estratégia
O Paraná tem procurado diversificar suas operações entre consignado (85% da carteira no
1T11), financiamento a PMEs (10,7% no 1T11) e, em menor proporção, CDC Lojista (2,1%),
linha dedicada ao financiamento de compras de produtos e serviços, além da aquisição de
carteira de outros bancos (2,2% no 1T11), mas mantendo sua elevada seletividade de
operações, visando preservar sua rentabilidade e qualidade de ativos.
Neste sentido, o banco tem buscado ampliar suas fontes de originação próprias de crédito
Carteira de Crédito Consignado
consignado, dada sua maior rentabilidade, com o aumento de correspondentes bancários
exclusivos, que totalizaram 85 unidades e lojas próprias, 14. Ainda assim, a originação junto a
Governos Prefeituras
Estaduais 27,6% correspondentes manteve-se 51% no 1T11. O foco do banco está em convênios com órgãos
44,9%
públicos (estados, municípos e INSS), que correspondem a 99,8% da originação de
consignado no 1T11, conforme o gráfico ao lado.
INSS
22,4% A carteira permanece adequada e o Paraná não faz cessões de carteira desde 2008, têm
Outros saldo de apenas BRL18,7mi no 1T11, feito durante a crise para ampliar a liquidez. Por ter
0,2% Entidades
Federais uma ampla base de capital, o banco está em posição vantajosa em comparaçao a seus pares
4,9%
Fonte: Paraná Banco
para enfrentar as regras macroprudenciais impostas pelo Banco Central (Bacen) para
operações acima de 36 meses voltadas a pessoas físicas, que têm ponderação de 150%. A
originação tem crescido e atingiu BRL302mi no 1T11 (BRL234mi 1T10). Os elevados
volumes de refinanciamentos de crédito apresentados pelo banco (BRL809mi, ou 48,9% da
carteira no 1T11) refletem sua estratégia focada no consignado, buscando refinanciar sua
carteira de crédito para novos empréstimos a tomadores de crédito adimplentes, cuja margem
máxima para consignação ainda não foi atingida.
O Paraná iniciou operações junto a PMEs após sua IPO, com uma estratégia de usufruir da
ampla base de dados e clientes já ativos nas seguradoras do grupo, e aproveitar as sinergias.
Mesmo que ainda pouco representativa, essa carteira deve crescer em ritmo acelerado, mas
Evolução do Marketshare - Prêmios Emitidos mantendo a prudência do banco em suas aprovações de crédito, incluindo boa agregação de
garantias reais, como imóveis. Neste segmento, o banco atua com produtos típicos do
JM Mercado
mercado, somente em moeda local e com prazos curtos. O alvo do banco é expandir essa
120 (%)
100 carteira a médio prazo.
80
60
A JM atua em seguro-garantia, que pode substitur as fianças bancárias tradicionais em
40 diversas situações e permanece bastante estratégica para o grupo, visto que a empresa
20
controla 34,1% do mercado brasileiro deste produto e apresenta resultados crescentes e
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 1T11 significativos para o banco.
Fonte: Paraná Banco S.A.
O bom desempenho operacional da seguradora, mesmo em períodos de menor volume de
negócios, é beneficiado pela renovação da maior parte dos riscos subscritos de sua carteira de
Paraná Banco S.A. 3
Agosto de 2011
4. Bancos
seguro-garantia e pela manutenção dos custos operacionais. Além disso, a Fitch ressalta que
a lucratividade dessa atividade pode continuar a ser beneficiada pela criação, em maio de
2008, da primeira resseguradora privada local, a JMRE (100% controlada pela JMPSR).
Focada no resseguro local do mesmo segmento, a JMRE ainda opera em escala reduzida,
uma vez que o mercado de resseguros no Brasil ainda é incipiente. Além disso, com Basiléia
II, que obriga os bancos a alocar capital na emissão de fianças bancárias, a JM tem
encontrado demanda de clientes novos, que nunca haviam usado seguro-garantia.
Na opinião da Fitch, a expectativa de crescimento do crédito em 2011 é adequada, considerando
o ambiente econômico favorável, mas tende a pressionar as margens do banco, tendo em vista a
maior competição no consignado com a entrada dos grande bancos, a estabilidade dos spreads
após as novas regras prudenciais e a maior retenção de carteira de crédito para adequação da
apropriação da cessão de receitas ao longo do contrato a partir de 2012.
No segmento de PMEs, o banco deve apresentar crescimento mais elevado. As captações do
banco deve continuar concentrado e nos 20 maiores depositantes, representados por
fundações, fundos de investimento e pessoas físicas, principalmente. Adicionalmente, o banco
vem buscando alongamento de seu financiamento, visando ao melhor casamento de ativos e
passivos. O Paraná tem conseguido alcançar esse objetivo sem utilizar largamente seu limite
de emissão de DPGE, o que a Fitch considera positivo, na medida que não compromete esta
fonte de captação, desenhada para uso em momentos de estresse.
As mudanças nas regras de cessões previstas para 2012, quando não será mais permitido
adiantar receitas de juros dos créditos cedidos com coobrigação, não devem afetar o Paraná,
uma vez que o banco só utilizou esta fonte de financiamento em tempos de estresse
(BRL340mi cedidos no 4T08).
Perspectiva
O Paraná deve continuar aumentando sua carteira de consignado e PMEs, dada sua estratégia
de crescimento dos canais de distribuição de varejo e incremento da equipe comercial, além de
controles no middle market. A Fitch espera que o banco mantenha seu conservadorismo na
seleção e na precificação de operações de crédito, o que de certa forma limita a possibilidade
de crescimento acima da média do mercado, mas resguarda a boa qualidade de ativos, forma
pela qual o banco tem progredido nos últimos anos. A agência acredita que a queda de
margens líquidas de intermediação financeira observada nos últimos anos deve continuar, de
forma gradual, na medida que a competição aumente, mas o Paraná deve compensar
parcialmente estas quedas com os crescentes resultados em seguros e resseguros.
A melhora da inadimplência desde o 2009, aliada a uma perspectiva de aumento da carteira,
deve melhorar a qualidade de ativos do banco. Conforme a carteira de PMEs ganha
participação, o Paraná deve começar a ter risco de crédito menos pulverizado, mas também
pode reduzir o prazo médio de seus ativos, tendo em vista a natureza de curto prazo das
operações junto a PMEs quando comparada ao prazo médio de três anos do consignado.
As operações de seguros do grupo devem continuar contribuindo com pelo menos 50% da
lucratividade do banco (48,8% no 1T11 e 47,0% em 2010), uma vez que tanto a JM quanto a
JMRE contam com amplo escopo de ampliação de suas operações, mesmo já possuindo
ampla participação de mercado. A contribuição dos seguros levam em conta as perspectivas
bastante favoráveis para o seguro-garantia, principal produto do setor, após as mudanças de
alocação de capital determinadas para fianças bancárias de Basileia II, assim como o menor
custo oferecido aos usuários.
Performance
Em 2011, o Brasil continua registrando aumento das taxas de emprego, juros relativamente
baixas e forte aumento do PIB. Como resultado, a expansão do crédito gerou aumento da
concorrência e as margens de vários segmentos já retornaram aos patamares observados
antes da crise de 2008.
A Fitch analisou o Paraná com base em números consolidados do banco, incluindo suas
Paraná Banco S.A. 4
Agosto de 2011
5. Bancos
subsidiárias, de acordo com as regras da CVM. Os números foram auditados, sem ressalvas,
pela KPMG.
Com a moderada evolução dos ativos de crédito, o Paraná apresentou uma boa rentabilidade
sobre os ativos médios, em torno de 4,0%, acima da média dos pares, e sobre o patrimônio
médio, de 16,2% no 1T11. A Fitch considera estes índices adequados ao seu volume de
negócios e à postura conservadora nos períodos de crise. Uma queda relativa nos custos de
crédito deverá se traduzir na manutenção ou até em melhora da rentabilidade histórica,
apesar dos menores resultados durante o 1T11. Os resultados do 1T11 e de 2010 foram
compostos predominantemente por atividades operacionais dos principais segmentos de
atuação, o crédito e o seguro.
Receitas Operacionais
Os empréstimos consignados permanecem como uma das principais fontes de receita do
Paraná, representando 78,4% das receitas de intermediação financeira no 1T11, frente a
76,5% em 2010. O restante é representado por receitas de juros com títulos e valores
mobiliários, uma vez que a receita com operações de crédito junto a PMEs permanece pouco
relevante.
Desde 2009, a carteira de crédito tem aumentado numa relação inferior à mercado. O Paraná
Participação no Resultado
concentrou seu crescimento no segundo semestre de 2010, quando as margens do mercado
Crédito Seguro vinham melhorando devido às turbulências do mercado local após os problemas no
(%)
120
Panamericano, em dezembro de 2010, e no Banco Morada, em abril de 2011. Seus
100
concorrentes, que possuem maior alavancagem, cedem a carteira para outros grandes
80
60
bancos locais de varejo. Como estes bancos compravam carteira de ambos os bancos,
40 ficaram temporariamente sem adquirir novas cessões. Além disso, o Paraná, por ter uma
20 ampla base de capital, têm sido beneficiado pelas regras macroprudenciais impostas pelo
0
1 1
T1 2010 2009 2008 2007
Bacen nas operações acima de 36 meses de pessoas físicas, cuja ponderação é de 150%. A
Fo nte: P araná B anco S.A . originação tem sido crescente, atingindo BRL302mi no 1T11, e, por conta disso, o banco
melhorou sua margem financeira líquida no mesmo período.
O resultado do Paraná também tem sido beneficiado pelo expressivo aumento de 48% nas
receitas das operações de seguros da JM e JMRE e pela crescente eficiência na redução de
despesas administrativas, resultando em aumento da margem operacional.
Desde 2009, a participação das operações de seguro tem crescido no resultado do Paraná.
Este segmento é cada vez mais estratégico para o banco e lhe possibilitou, diferentemente da
maioria dos pares, aumentar os lucros em 2010 e no 1T11, apresentando retorno sobre ativos
estável (ROA de 4,34% NO 1T11, 3,98% em 2010, 4,06% em 2009), mas com ROE
ascendente (16,15% no 1T11 e de 14,53% em 2010), principalmente por conta do aumento
da alavancagem.
Em 2011, o Paraná continua expandindo suas atividades de crédito, apesar da maior
competição no consignado, devido a maior demanda por crédito no primeiro trimestre do ano.
Provisão para Perdas e Outras
Os convênios de consignado com órgãos públicos representam 85% da carteira de crédito, o
que proporciona índices de qualidade de ativos superiores aos de seus pares, com exceção de
2009, quando houve encerramento pontual dos FICDs Paraná Banco I e FICDs Paraná Banco II,
incorporados à carteira do banco. Esta tendência permaneceu até meados de 2009, quando o
cenário econômico começou a melhorar e a inadimplência parou de crescer. Com isso, a
carteira voltou a crescer, diluindo parte das despesas com provisões. Mesmo com ampla
participação do segmento de consignado no total de provisões, com o aumento da carteira de
PMEs, cujo tíquete médio é naturalmente maior (aproximadamente BRL1mi, mas inferior à
média dos seus pares neste segmento), as perdas junto a esses clientes corporativos passaram
a figurar entre os 10 maiores créditos classificados entre ‘D-H’. Mesmo assim, a carteira tem
apresentado índices de qualidade de crédito melhores que a de seus pares.
Paraná Banco S.A. 5
Agosto de 2011
6. Bancos
Despesas não financeiras
O Paraná mantém uma estrutura enxuta e eficiente que tem lhe permitido maior controle
sobre as despesas fixas e variáveis, mesmo considerando a expansão do crédito existente
desde 2007. As despesas de comissão a originadores de consignado, que representavam
47% das despesas não financeiras no 1T11 e em 2010, permanecem adequadas, e o
crescimento das despesas de pessoal e administrativas acompanha o maior desenvolvimento
do banco. A relação Despesas não Financeiras/Receitas caiu sensivelmente de 2008 (59,7%)
para o 1T11 (41,8%), quando ficou abaixo da média dos pares.
Administração de Risco
Risco de Crédito
O crédito permanece como o principal risco das operações do Paraná. Ele respondia por 51%
dos ativos em março de 2011. A estrutura de gestão de crédito do banco está centralizada no
Comitê Sênior (CS), que se reúne semanalmente e é composto pelo presidente, pelo vice-
presidente e quatro diretores. Todas as propostas de limite de crédito são submetidas ao CS
e as que já possuem operação são reavaliadas a cada 180 dias.
No crédito a empresas, as decisões ocorrem em duas alçadas, sendo a primeira de um executivo
de crédito e a seguinte, de membros da diretoria e da superintendência (Comitê Pleno).
O Paraná adota práticas de crédito comuns aos pares que atuam no consignado e conta com
bons sistemas e controles automatizados, além de avaliar e monitorar de forma consistente a
qualidade dos convênios e os riscos das fontes pagadoras públicas e privadas. O banco
também não tem operado no consignado para entes públicos cujos sistemas operacionais
sejam desfavoráveis. São exemplos de sistemas desfavoráveis aqueles nos quais não existe
padrão de segurança entre bancos e pagadoras de salários. A Fitch considera essa atitude
do Paraná positiva, pois alguns desses sistemas têm apresentado alto índice de
inadimplência, devido à quebra de margem do servidor público, entre outros fatores. A
carteira de crédito totalizou BRL1,65bi em março de 2011, incluindo fianças, com aumento de
84% (+19,6% em 2010), um pouco abaixo da média de seus pares. O maior crescimento no
primeiro trimestre de 2011, que segundo expectativa deverá ser maior nos próximos
trimestres. A carteira de crédito tem apresentado uma qualidade superior à média de seus
pares, conforme tabela abaixo.
Indicadores de Qualidade da Carteira de Crédito (%)
Paraná Média dos Pares
Mar./2011 2010 2009 2008 Mar./2011 2010 2009 2008
Provisões para Crédito/Crédito Bruto 3,38 3,51 5,22 4,44 3,43 3,42 4,98 5,3
Créditos Duvidosos/Crédito Bruto 4,02 4,21 6,72 6,38 4,67 4,55 5,95 6,54
Provisões para Créditos/Créditos Duvidosos 84,07 83,33 77,64 69,6 72,51 74,52 85,21 90,73
Provisões para Crédito/Média de Crédito 2,2 2,15 4,42 2,67 3,66 2,88 5,14 4,64
Bruto
Baixas Líquidas/Média de Crédito Bruto 2,07 3,31 2,93 1,73 2,97 3,54 5,22 3,56
*Pares: Banco BMG S.A., Banco Cacique S.A., Banco Bonsucesso S.A., Banco Daycoval S.A., Banco Industrial do Brasil S.A., Banco Pine S.A.
Fonte: Fitch
O Paraná, assim como seus pares, tem como política o refinanciamento das operações de
créditos de forma bastante ativa (historicamente cerca de 50% do total de sua carteira), à
medida que os funcionários ou aposentados apresentam margem para uma nova
consignação, na tentativa de fidelizar os clientes e evitar a aproximação dos concorrentes.
Em 1T11, 70% da produção carteira correspondiam aos refinanciamentos, enquanto o 30%
dos créditos eram para os novos clientes. O prazo das operações vinha sendo crescente
desde 2007, acompanhando esses refinanciamentos e o maior desenvolvimento da carteira
no consignado, mas estabilizou-se em 2009, tendo em vista o menor apetite do banco. Desta
Paraná Banco S.A. 6
Agosto de 2011
7. Bancos
forma, a carteira com prazo acima de 360 dias passou para 53,6% do total.
Por outro lado, a carteira do Paraná permanece bastante pulverizada, com os cinquenta
maiores devedores representando apenas 4,7% da carteira em março de 2011 (5,6% em
2010). Desta forma, seus créditos em atraso também são pulverizados, e em sua maioria
compostos por créditos consignados de ticket baixo, apesar de os maiores devedores
inadimplentes serem representados por empresas do segmento de PMEs.
Risco de Mercado
A tesouraria do Paraná tem uma atuação conservadora, com o foco voltado para gestão de
Vencimento Médio dos Ativos X Captações caixa, captação, descasamentos entre ativos e passivos e administração da liquidez. A
administração da exposição ao risco é centralizada, transferindo todos os riscos e
Captaçõ es A tivo s
(%) descasamentos à tesouraria, cuja gestão é supervisionada pela diretoria financeira (DF) e
45
40 pelo CS. O banco utiliza medidas e ferramentas de controle tradicionais de gerenciamento de
35
30 risco de mercado, como o Valor em Risco (VaR), com intervalo de confiança de 99% (para
25
20
um dia), estresse determinístico, stop-loss e duration, precificando os ativos do banco a valor
15 de mercado. Historicamente, o consumo das posições da tesouraria tem sido baixo, mesmo
10
5 durante o período de maior volatilidade.
0
A té 3 meses 3–1 meses
2 1 ano s
–3 A cima de 5
ano s
Um dos principais riscos de exposição do Paraná está relacionado ao descasamento de
Fo nte: P araná B anco S.A . prazos e taxas entre a carteira e a captação. Para atenuar o efeito deste risco com o
alongamento dos prazos da carteira, o Paraná vinha procurando manter maior equilíbrio entre
ativos e passivos com a estruturação de dois FIDCs, que chegaram a BRL747mi de PL em
2007, mas foram integralmente amortizados em março de 2010, seguindo o cronograma
natural de vencimento das operações de crédito contidas nos fundos. Historicamente, o
descasamento da carteira de longo prazo tem sido compensado pelo PL, que representa uma
vez essa exposição. Além disso, mesmo que a carteira de crédito de longo prazo (BRL871mi
no 1T2011) ainda seja maior que os depósitos acima de um ano, o Paraná acessa o mercado
de dívida internacional, no qual possui um programa de emissão de USD300mi de Eurobonds
pelo qual já foram emitidos USD35mi com vencimento em agosto de 2011 e outros
USD100mi com vencimento em dezembro de 2012.
Captação e Capital
Captação e Liquidez
A participação de recursos do Grupo J. Malucelli na captação do Paraná tem sido pequena
(10% no 1T11). Os esforços na busca de financiamento diversificado tem sido relevantes para
a estratégia do bnaco, que tem conseguido aumentar o número de depositantes, apesar de a
concentração de sua carteira ainda ser alta. Em março de 2011 os vinte maiores depositantes
representavam altos 53,9% da captação. A Fitch observa que o Paraná tem como maior
desafio reduzir a concentração e o alongamento da base da captação para melhorar o
casamento entre ativos e passivos. Os recursos de cessões de crédito com coobrigação,
realizadas somente uma vez no momento mais severo da crise ao final de 2008, não são
considerados como fonte de captação primária, mas sim uma fonte de liquidez adicional em
momentos de estresse. Os créditos cedidos com coobrigação somam somente BRL18,7mi, e
devem ter participação declinante, já que novas cessões não são feitas desde então. Desta
forma, o banco obteve sucesso em sua estratégia de substituir captação via FIDCs, cujo custo
não era competitivo, por depósitos, utilizando timidamente seu limite de DPGE, o que o
diferencia de seus pares no que tange a captação.
Desde a crise de 2008 o Paraná melhorou bastante sua liquidez. Houve aumento da relação
de Ativos Líquidos (basicamente títulos do governo brasileiro)/Total de Depósitos de baixos
11% em 2007 para 48,6% em 2010 e 43,5% em março de 2011. Neste sentido, como ele não
baseia sua captação no uso de cessões, conta com amplo limite de crédito junto a outras
instituições para explorar essas fontes em momentos de crise, diferentemente de alguns de
seus pares menores.
Paraná Banco S.A. 7
Agosto de 2011
8. Bancos
Capital
Após realizar IPO em 2007, o Paraná passou a contar com amplo espaço para aumentar sua
alavancagem. O banco possui índice de capitalização elevado em relação ao pares. No 2T11,
foram distribuídos BRL110mi de dividendos da JMPSR para o banco, que foi incorporado a
base de capital do banco. Em junho de 2011, o Paraná e a Travelers Companies, Inc.
acordaram investir na J.Malucelli Participações em Seguros e Resseguros (JMPSR), holding
então 100% controlada pelo Paraná e detentora do conglomerado de seguros formado por três
companhias. A Travelers subscreveu ações ordinárias representativas de 43,4% do capital da
companhia, no valor de BRL657,1mi, o que segundo estimativas elevará o capital do Paraná
para aproximadamente BRL1,04 bi.
A agência deduziu o patrimônio da seguradora para o cálculo do núcleo de capital Fitch, que
ficou em 20,0% em março de 2011. A Fitch considera o índice alto para o Paraná manter a
expansão da carteira de crédito e adequação às normas prudenciais de alocação de capital
adicional para operações acima de 36 meses a partir de julho de 2011 e da apropriação da
receita ao longo do contrato a partir de 2012. Além disso, o Paraná só possui Nível I em sua
base de capital regulatório, o que também é considerado positivo.
A Fitch também espera que o banco mantenha uma proporção de pagamento de dividendos
abaixo de 50% nos próximos anos, como tem feito desde 2007, reduzindo, desta forma, a
velocidade do aumento de sua alavancagem.
Indicadores de Capitalização (%)
Paraná Média dos Pares*
Mar./2011 2010 2009 2008 Mar./2011 2010 2009 2008
Núcleo de Capital/Ativos Ponderados pelo
20,01 20,9 26,36 41,9 15,88 16,08 19,36 22,51
Risco
Índice de Capital Regulatório Nível 1 32,75 32,9 38,9 56,6 15,97 18,31 21,7 26,11
Provisões para Créditos/Créditos Duvidosos 84,07 83,33 77,64 69,6 72,51 74,52 85,21 90,73
Índice de Capital Regulatório 32,75 32,9 38,9 56,6 18,06 19,66 22,01 24,17
*Pares: Banco BMG S.A., Banco Cacique S.A., Banco Bonsucesso S.A., Banco Daycoval S.A., Banco Industrial do Brasil S.A., Banco Pine S.A.
Fonte: Fitch
Paraná Banco S.A. 8
Agosto de 2011
9. Bancos
Parana Banco S.A.
Demonstração de Resultados
31 mar 2011 31 dez 2010 31 dez 2009 31 dez 2008
3 Meses 3 Meses % 12 Meses % 12 Meses % 12 Meses %
USD mi BRL mi Ativos BRL mi Ativos BRL mi Ativos BRL mi Ativos
Sem Ressalvas Sem Ressalvas Operacionais Sem Ressalvas Operacionais Sem Ressalvas Operacionais Sem Ressalvas Operacionais
1. Receita de Juros sobre Empréstimos 73,0 119,4 16,86 324,0 13,23 274,4 13,36 350,1 19,37
2. Outras Receitas de Juros -5,4 -8,8 -1,24 87,8 3,59 41,0 2,00 60,5 3,35
3. Receita de Dividendos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
4. Receita Bruta de Juros e Dividendos 67,6 110,6 15,62 411,8 16,82 315,4 15,36 410,6 22,72
5. Desp. de Juros sobre Depós. de Clientes 24,6 40,3 5,69 123,2 5,03 70,3 3,42 144,4 7,99
6. Outras Despesas de Intermediação Financeira 0,0 0,0 0,00 37,1 1,52 0,0 0,00 0,0 0,00
7. Despesa Total de Intermediação Financeira 24,6 40,3 5,69 160,3 6,55 70,3 3,42 144,4 7,99
8. Receita Financeira Líquida 43,0 70,3 9,93 251,5 10,27 245,1 11,93 266,2 14,73
9. Ganhos (Perdas) Líq. com Negoc. de Tít. e Derivativos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
10. Ganhos (Perdas) Líquidos com Outros Títulos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
11. Ganhos (Perdas) Líq. com Ativ. a Valor Justo(VJ) através da DRE 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
12. Resultado Líquido de Seguros 68,0 111,2 15,71 0,0 0,00 100,2 4,88 71,8 3,97
13. Rec. de Prestação de Serviços e Comissões Líquidas 1,4 2,3 0,32 4,5 0,18 4,5 0,22 7,7 0,43
14. Outras Receitas Operacionais -50,0 -81,7 -11,54 85,5 3,49 15,1 0,74 5,1 0,28
15. Total de Result. não Oriundos de Rec. de juros 19,4 31,8 4,49 90,0 3,68 119,8 5,83 84,6 4,68
16. Despesas de Pessoal 9,4 15,3 2,16 49,1 2,01 37,1 1,81 36,0 1,99
17. Outras Despesas Operacionais 16,8 27,4 3,87 106,4 4,35 129,6 6,31 173,5 9,60
18. Total de Despesas Administrativas 26,1 42,7 6,03 155,5 6,35 166,7 8,12 209,5 11,59
19. Lucro/Perda Valor Patrimonial - Operacional 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
20. Result. Oper. antes de Provisão para Créditos 36,3 59,4 8,39 186,0 7,60 198,2 9,65 141,3 7,82
21. Provisão para Créditos 5,3 8,6 1,21 30,6 1,25 53,2 2,59 30,9 1,71
22. Outras Provisões para Crédito 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
23. Lucro Operacional 31,1 50,8 7,18 155,4 6,35 145,0 7,06 110,4 6,11
24. Lucro/Perda Valor Patrimonial - Não Operacional 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
25. Receita Não-recorrente 0,1 0,2 0,03 0,5 0,02 1,2 0,06 0,0 0,00
26. Despesa Não-recorrente 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 16,4 0,80 8,6 0,48
27. Alteração no Valor Justo da Dívida Própria 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
28. Outras Receitas/Despesas Não-Operacionais 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
29. Lucro Antes dos Impostos 31,2 51,0 7,20 155,9 6,37 129,8 6,32 101,8 5,63
30. Impostos 10,7 17,5 2,47 38,5 1,57 25,5 1,24 17,7 0,98
31. Lucro/Perda com Operações Descontinuadas 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
32. Resultado Líquido 20,5 33,5 4,73 117,4 4,80 104,3 5,08 84,1 4,65
33. Variação de TVM Disponíveis para Venda (DPV) 0,0 0,0 0,00 -0,2 -0,01 0,0 0,00 -0,1 -0,01
34. Variação da Reavaliação dos Ativos Fixos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
35. Diferenças na Conversão de Moedas 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
36. Outros Ganhos e Perdas Reconhec. contra o Patrimônio 0,0 0,0 0,00 63,8 2,61 0,0 0,00 0,0 0,00
37. Resultado Abrangente Fitch 20,5 33,5 4,73 181,0 7,39 104,3 5,08 84,0 4,65
38. Memo: Participação de Não-controladores 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
39. Memo: Result. Líq. após Particip. de Não-controladores 20,5 33,5 4,73 117,4 4,80 104,3 5,08 84,1 4,65
40. Memo: Dividendos e JCP Pagos & Declar. no Período 3,8 6,2 0,88 46,1 1,88 47,9 2,33 41,4 2,29
41. Memo: Desp. de Juros sobre Ações Pref. Pagas e Declaradas 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
Taxa de Câmbio USD1 = BRL1.63520 USD1 = BRL1.68580 USD1 = BRL1.74040 USD1 = BRL2.33620
Paraná Banco S.A. 9
Agosto de 2011
10. Bancos
Parana Banco S.A.
Balanço Patrimonial
31 mar 2011 31 dez 2010 31 dez 2009 31 dez 2008
3 Meses 3 Meses % 12 Meses % 12 Meses % 12 Meses %
USD mi BRL mi Ativo BRL mi Ativo BRL mi Ativo BRL mi Ativo
Ativos
A. CRÉDITOS
1. Crédito Imobiliário Residencial 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
2. Outros Créditos Imobiliários Residenciais 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
3. Outros Créditos ao Consumo/Varejo 900,9 1.473,2 43,69 1.365,4 44,42 1.175,5 41,60 988,2 42,53
4. Créditos Corporativos & Comerciais 93,4 152,7 4,53 186,5 6,07 121,6 4,30 122,3 5,26
5. Outros Créditos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
6. Menos: Provisões para Créditos 33,6 54,9 1,63 54,5 1,77 67,7 2,40 49,3 2,12
7. Total de Crédito Líquido 960,7 1.571,0 46,59 1.497,4 48,71 1.229,4 43,50 1.061,2 45,67
8. Memo: Créditos Brutos 994,3 1.625,9 48,22 1.551,9 50,49 1.297,1 45,90 1.110,5 47,79
9. Memo: Créditos Duvidosos Incluídos Acima 39,9 65,3 1,94 65,4 2,13 87,2 3,09 70,8 3,05
10. Memo: Créditos a Valor Justo Incluídos Acima 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
B. Outros Ativos Operacionais
1. Créditos e Adiantamentos a Bancos 5,3 8,6 0,26 7,3 0,24 3,9 0,14 14,4 0,62
2. Operações Compromissadas e em Garantia 6,1 10,0 0,30 46,6 1,52 46,8 1,66 78,2 3,37
3. Carteira de Títulos para Negociação 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
4. Derivativos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 5,1 0,22
5. Títulos Disponíveis para Venda 446,9 730,8 21,67 895,6 29,14 666,6 23,59 504,8 21,73
6. Títulos Mantidos até o Vencimento 155,9 255,0 7,56 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
7. Investimentos em Subsidiárias e Afiliadas 113,0 184,7 5,48 1,4 0,05 1,4 0,05 1,6 0,07
8. Outros Títulos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
9. Total da Carteira de TVM 721,9 1.180,5 35,01 943,6 30,70 714,8 25,29 589,7 25,38
10. Memo: Títulos Públicos incluídos Acima 330,8 540,9 16,04 517,3 16,83 662,2 23,43 332,7 14,32
11. Memo: Títulos Dados em Garantia 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
12. Investimentos em Imóveis 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
13. Ativos de Seguros 68,0 111,2 3,30 0,0 0,00 105,8 3,74 141,7 6,10
14. Outros Ativos Operacionais 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
15. Total de Ativos Operacionais 1.755,9 2.871,3 85,16 2.448,3 79,65 2.053,9 72,68 1.807,0 77,77
C. Ativos Não-Operacionais
1. Caixa/Disponibilidades 1,5 2,4 0,07 6,2 0,20 173,0 6,12 3,9 0,17
2. Memo: Reser. Mandatórias Incluídas Acima 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
3. Imóveis executados 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
4. Ativos Fixos 10,4 17,0 0,50 17,1 0,56 5,9 0,21 5,5 0,24
5. Ágio 54,3 88,8 2,63 91,3 2,97 59,5 2,11 64,1 2,76
6. Outros Intangíveis -16,5 -27,0 -0,80 -29,5 -0,96 -5,8 -0,21 -8,0 -0,34
7. Ativos Tributários Correntes 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
8. Créditos Tributários 11,0 18,0 0,53 32,9 1,07 16,5 0,58 16,3 0,70
9. Operações Descontinuadas 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
10. Outros Ativos 245,4 401,3 11,90 507,6 16,51 522,9 18,50 434,7 18,71
11. Total de Ativos 2.062,0 3.371,8 100,00 3.073,9 100,00 2.825,9 100,00 2.323,5 100,00
Passivos e Patrimônio
D. Passivos com Encargo Financeiro
1. Depósitos de Clientes - À Vista 8,3 13,6 0,40 16,6 0,54 12,7 0,45 7,6 0,33
2. Depósitos de Clientes - Poupança 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
3. Depósitos de Clientes - A Prazo 764,0 1.249,3 37,05 1.068,0 34,74 847,0 29,97 696,4 29,97
4. Total de Depósitos de Clientes 772,3 1.262,9 37,45 1.084,6 35,28 859,7 30,42 704,0 30,30
5. Depósitos de Bancos 119,4 195,3 5,79 217,2 7,07 137,5 4,87 65,6 2,82
6. Operações Compromissadas em Garantia 0,0 0,0 0,00 46,3 1,51 2,8 0,10 5,6 0,24
7. Outros Dep. e Emprést. de Curto Prazo 37,2 60,9 1,81 59,8 1,95 2,8 0,10 19,3 0,83
8. Tot. Depós. e Captação de Curto Prazo 929,0 1.519,1 45,05 1.407,9 45,80 1.002,8 35,49 794,5 34,19
9. Empréstimos de Longo Prazo 99,6 162,8 4,83 166,5 5,42 235,4 8,33 84,4 3,63
10. Dívida Subordinada 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
11. Outras Captações 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
12. Total de Captações de Longo Prazo 99,6 162,8 4,83 166,5 5,42 235,4 8,33 84,4 3,63
13. Derivativos 8,1 13,3 0,39 7,0 0,23 0,0 0,00 0,0 0,00
14. Passivos de Negociação de Ativ. Financeiros 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
15. Total de Passivos com Encargo Financeiro 1.036,7 1.695,2 50,28 1.581,4 51,45 1.238,2 43,82 878,9 37,83
E. Passivos sem Encargo Financeiro
1. Parcela a Valor Justo da Dívida 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
2. Provisões para Créditos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
3. Provisão para Fundos de Pensão e Outros 234,7 383,8 11,38 367,5 11,96 642,0 22,72 70,7 3,04
4. Passivo Tributário Corrente 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
5. Impostos Diferidos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
6. Outros Passivos Diferidos 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
7. Operações Descontinuadas 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
8. Passivos de Seguros 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
9. Outros Passivos sem Encargo Financeiro 155,8 254,8 7,56 297,3 9,67 157,1 5,56 564,2 24,28
10. Total de Passivos 1.427,2 2.333,8 69,22 2.246,2 73,07 2.037,3 72,09 1.513,8 65,15
F. Capital Híbrido
1. Ações Prefer. Cumul. e Cap. Híbr. Contab. como Dívida 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
2. Ações Prefer. Cumul. e Cap. Híbr. Contab. como Patrimônio 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
G. Patrimônio
1. Capital/Reservas 635,2 1.038,6 30,80 764,1 24,86 788,7 27,91 809,8 34,85
2. Participação de Não-controladores 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
3. Reservas de Reavaliação para TVM -0,4 -0,6 -0,02 -0,3 -0,01 -0,1 0,00 -0,1 0,00
4. Reserva de Reavaliação em Moeda Estrangeira 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00
5. Var. Reserv. de Reaval. e Outros Gan./Perd. contra Patrim. 0,0 0,0 0,00 63,9 2,08 0,0 0,00 0,0 0,00
6. Patrimônio Total 634,8 1.038,0 30,78 827,7 26,93 788,6 27,91 809,7 34,85
7. Total do Passivo + Patrimônio 2.062,0 3.371,8 100,00 3.073,9 100,00 2.825,9 100,00 2.323,5 100,00
8. Memo: Núcleo de Capital Fitch 306,8 501,7 14,88 511,6 16,64 534,3 18,91 596,3 25,66
9. Memo: Capital Elegível Fitch 306,8 501,7 14,88 511,6 16,64 534,3 18,91 596,3 25,66
Taxa de Câmbio USD1 = BRL1.63520 USD1 = BRL1.68580 USD1 = BRL1.74040 USD1 = BRL2.33620
Paraná Banco S.A. 10
Agosto de 2011
11. Bancos
Parana Banco S.A.
Resumo da Análise
31 mar 2011 31 dez 2010 31 dez 2009 31 dez 2008
3 Meses 12 Meses 12 Meses 12 Meses
A. Índices de Intermediação Financeira
1. Rec. de Juros sobre Créd./Média de Créd. Bruta 30,06 22,74 22,80 30,17
2. Desp. de Juros sobre Dep. de Clientes*/Média de Dep. de Clientes 13,92 12,67 8,99 20,23
3. Rec. de Juros / Média de Ativos Operacionais 17,47 18,30 16,38 24,01
4. Desp. de Juros / Média de Passivos com Enc. Financeiros 9,98 11,38 6,67 16,71
5. Rec. Líq. de Interm. / Média de Ativos Oper. 11,10 11,18 12,73 15,56
6. Rec. Líq. de Interm. - Desp. de Prov. / Média de Ativos Oper. 9,74 9,82 9,96 13,76
7. Rec. Liq. de Interm. - Ações Preferenciais/Média de Ativos Oper. 11,10 11,18 12,73 15,56
B. Outros Índices de Rentabilidade Operacional
1. Receita Não-Financ. / Receita Bruta 31,15 26,35 32,83 24,12
2. Desp. Não-Financeira / Rec. Bruta 41,82 45,53 45,68 59,72
3. Desp. Não-Financeira/Média de Ativos 5,53 5,27 6,49 10,37
4. Result. Oper. Antes de Prov. para Créd. / Média do Patrimônio 28,64 23,02 24,80 18,15
5. Result. Oper. Antes de Prov. para Créd. /Média do Tot. Ativos 7,69 6,31 7,71 6,99
6. Desp. Prov. Para Créd. e Tít./Result Oper. Antes de Provisão 14,48 16,45 26,84 21,87
7. Result. Operacional / Média do Patrimônio 24,49 19,23 18,14 14,18
8. Result. Oper. / Média do Total de Ativos 6,58 5,27 5,64 5,46
9. Impostos / Lucro Antes de Impostos 34,31 24,70 19,65 17,39
10. Result. Oper. Antes de Prov. para Créd. / Ativo Ponderado Pelo Risco 9,23 7,60 9,78 9,93
11. Result. Operacional / Ativo Ponderado Pelo Risco 7,89 6,35 7,15 7,76
C. Outros Índices de Rentabilidade Operacional
1. Lucro Líq./Média do Patrimônio 16,15 14,53 13,05 10,80
2. Lucro Líq./Média do Total de Ativos 4,34 3,98 4,06 4,16
3. Result. Abrangente Fitch/ Média do Patrimônio 16,15 22,40 13,05 10,79
4. Result. Abrangente Fitch / Média do Total de Ativos 4,34 6,14 4,06 4,16
5. Lucro Líq./Média Total de Ativos + Média de Ativos Administrados 4,31 3,88 3,96 4,16
6. Lucro Líquido/Ativo Ponderado Pelo Risco 5,21 4,80 5,15 5,91
7. Result. Abrangente Fitch / Ativo Ponderado Pelo Risco 5,21 7,40 5,15 5,90
D. Capitalização
1. Núcleo de Capital/Ativos Ponderados pelo Risco 20,01 20,90 26,36 41,90
2. Capital Elegível Fitch/ Ativos Pond. pelo Risco 20,01 20,90 26,36 41,90
3. Patrim. Tangível/Ativos Tangíveis 25,36 25,43 26,51 33,24
4. Índice de Capital Regulatorio Nível 1 32,75 32,90 38,90 56,60
5. Índice de Capital Regulatório 32,75 32,90 38,90 56,60
6. Índice de Núcleo de Capital Regulatório Nivel 1 n.a. n.a. n.a. n.a.
7. Patrimônio/Total de Ativos 26,81 26,93 27,91 34,85
8. Dividendos Pag. e Declar. /Result. Líquido 18,51 39,27 45,93 49,23
9. Dividendos Pag. e Declar. /Result. Abrangente Fitch 18,51 25,47 45,93 49,29
10. Dividendos & Recompra de Ações / Result. Líquido 18,51 39,27 45,93 49,23
11. Result. Líq. de Dividendos/Patrimônio Total 12,95 8,61 7,15 5,27
E. Qualidade da Carteira de Crédito
1. Evolução do Total de Ativos 3,73 8,78 21,62 34,74
2. Evolução da Carteira de Créd. Bruta 4,77 19,64 16,80 -8,27
3. Créditos Duvidosos/Crédito Bruto 4,02 4,21 6,72 6,38
4. Provisões para Crédito/Crédito Bruto 3,38 3,51 5,22 4,44
5. Provisões para Créditos/Créditos Duvidosos 84,07 83,33 77,64 69,63
6. Créd. Duvid. - Prov. para Créd./Patrimônio 1,22 1,32 2,47 2,66
7. Despesas de Provisões para Crédito / Média de Crédito Bruto 2,20 2,15 4,42 2,66
8. Baixas Líquidas/Média de Crédito Bruto 2,07 3,31 2,93 1,73
9. Créd. Duvid. + Ativos Retomados/Créd. Bruto + Ativos Retomados 4,02 4,21 6,72 6,38
F. Captação
1. Empréstimos/Depósitos de Clientes 128,74 143,09 150,88 157,74
2. Ativos Interbancários/Passivos Interbancários 4,40 3,36 2,84 21,95
3. Depós. de Clientes/ Total Captações Excluindo Derivativos 75,09 68,89 69,43 80,10
(*) De acordo com o Cosif (Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional), do Banco Central do Brasil, o plano de contas brasileiro para bancos não permite a segregação
apenas de “Despesas de Juros sobre Depósitos de Clientes”. Sendo assim, este indicador também inclui várias outras despesas de captação. Entretanto, esse índice é comparável para todos os
bancos, podendo servir como um indicador relativo dos custos agregados da captação de um banco, no varejo e no atacado.
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