SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  20
de
Sophia de Mello Breyner
Andersen
Países Europeus Visitados pelo Cavaleiro
Dinamarca
Itália
França
Bélgica (Antuérpia)
ITINERÁRIO PERCORRIDO PELO CAVALEIRO
Dinamarca Palestina Ravena Veneza
Ferrara Bolonha Florença Génova
Bruges Antuérpia Dinamarca
A história inicia-se com uma longa descrição que começa com: “A
Dinamarca fica no Norte da Europa…”(pág.5) e termina com a frase “Até que certo
Natal aconteceu naquela casa uma coisa que ninguém esperava” (pág. 10) – 11
parágrafos.
Esta descrição permite:
•Localizar geograficamente a Dinamarca – no norte da Europa - e conhecer as
características do Inverno naquele país. (1º parágrafo):
•Invernos longos e rigorosos;
•Noites muito compridas;
•Dias curtos, pálidos e gelados;
•A neve cobre a terra e os telhados;
•Os rios gelam;
•Os pássaros emigram;
•As árvores perdem as suas folhas
•As florestas geladas e despidas
•O grande silêncio imóvel e branco
•Só os Pinheiros continuam verdes. “Só eles (…) parecem vivos no meio do
grande silêncio imóvel e branco”
•Situar a acção no tempo: “Há muitos anos, há dezenas e centenas de
anos…”e no espaço”…havia certo lugar da Dinamarca, no extremo Norte do
país, perto do mar, uma grande floresta de pinheiros, tílias , abetos e
carvalhos. Nessa floresta morava com a sua família um Cavaleiro. Viviam
numa casa construída numa clareira rodeada de bétulas. E em frente da
porta de casa havia um grande pinheiro que era a árvore mais alta da
floresta.
Relativamente ao ESPAÇO, há uma GRADAÇÃO no sentido do geral para
o particular:
•Admirar as diferentes estações do ano, os vários “rostos” da floresta:
Na Primavera as bétulas cobriam-se de jovens folhas, leves e
claras;
A neve desaparecia;
O degelo soltava as águas do rio cuja corrente recomeçava a
cantar noite e dia;
A floresta enchia-se de cogumelos e morangos selvagens;
Os pássaros voltavam do Sul;
O chão cobria-se de flores;
Os esquilos soltavam de árvore em árvore;
O ar povoava-se de vozes e de abelhas;
A brisa sussurrava nas ramagens;
Manhãs verdes e doiradas;
As crianças saíam muito cedo e iam colher flores, morangos,
amoras e cogumelos.
As crianças saíam muito cedo e iam colher flores, morangos, amoras e
cogumelos
.
No Verão, as crianças teciam grinaldas que poisavam nos
cabelos ou que punham a flutuar no rio;
As crianças dançavam e cantavam sob a sombra das árvores.
No entanto, é no Inverno que decorre a maior festa do ano, a
maior alegria, o NATAL.
•Permite conhecer o modo como é preparada e vivida a noite de Natal em
casa do Cavaleiro:
Juntava-se a família;
Vinham amigos e parentes, criados da casa e servos da floresta;
Em frente da lareira armava-se uma enorme mesa para todos;
Comiam, riam e bebiam vinho quente e cerveja com mel;
Narravam-se histórias de lobos e ursos, de gnomos e anões, de Tristão e
Isolda, de Alf, rei da Dinamarca, e Sigurd, dos Reis Magos, dos pastores e dos
Anjos.
A noite de Natal era igual todos
os anos: “Sempre a mesma festa,
sempre a mesma ceia, sempre as
grandes coroas de azevinho
penduradas nas portas, sempre
as mesmas histórias”
Acontecimento inesperado:
Comunicação do Cavaleiro da sua intenção de passar o
Natal seguinte na gruta onde Cristo nasceu, em Belém.
A esta revelação juntou-se a promessa de que dali a
dois anos estariam de novo reunidos para celebrarem,
como já era tradição, juntos o Natal.
Primavera – o Cavaleiro deixa a floresta e dirige-se para a
cidade mais próxima, um porto de mar. Embarcou depois e
chegou à Palestina muito antes do Natal.
De todos estes destinos visitados pelo herói, vamos
conhecer os mais importantes para a compreensão da
acção da história. Assim, ficaremos a conhecer apenas as
cidades onde ele permaneceu mais tempo, aprofundando
amizades e vivenciando novas e enriquecedoras
experiências.
 De todos estes destinos
visitados pelo herói, vamos
conhecer os mais importantes
para a compreensão da acção da
história. Assim, ficaremos a
conhecer apenas as cidades
onde ele permaneceu mais
tempo, aprofundando amizades
e vivenciando novas e
enriquecedoras experiências.
Como o navio não estava em condições de prosseguir viagem, o Mercador
de Veneza convidou o Cavaleiro para seguir viagem até à sua cidade, pois se
tinha ficado espantado com a beleza de Ravena, VENEZA, construída sobre
as águas, deslumbrá-lo-ia ainda mais e, de lá, poderia seguir por terra para o
porto de Génova donde partem constantemente navios para a Flandres e,
assim, ficaria a conhecer as belas e ricas cidades do Norte de Itália. O
Cavaleiro decidiu aceitar o convite do Mercador e seguiu com ele para Veneza.
Narrativa de Encaixe – (en/in + caixa – dentro da
caixa) é uma história encaixada na acção principal.
Nesta cidade segue as recomendações do Mercador e dirige-se à casa do
Banqueiro Averardo, onde fica hospedado. Descrição da casa do banqueiro e a
forma como ocupa os seus serões. O que mais o impressionou foram os temas
das conversas: discutia-se o movimento do Sol e das Luas, os mistérios do céu e da
Terra, falavam de Matemática, de Astronomia e de Filosofia, do passado, do
presente e do futuro, das estátuas antigas, das pinturas acabadas de pintar, de
música, poesia e de arquitectura. Em suma, parecia que toda a sabedoria da Terra
estava reunida naquela sala.
Falaram-lhe de Giotto, o famoso pintor...
Contaram-lhe a famosa história de Dante e
Beatriz...
Na viagem de regresso à Dinamarca, o Cavaleiro foi até à
Bélgica para efectuar a viagem de barco.
Foi até Antuérpia, grande porto de mar, onde se efectuavam
as grandes trocas comercias .
Aqui perde o último navio e trava conhecimento com um
capitão ao serviço do negociante flamengo que lhe relata
viagens de expedições a África...
História de Pêro Dias – 4ªacção secundária
A história encaixada de Pêro Dias inicia
primeiro com uma pequena descrição do local de desembarque e
depois com apresentação do objectivo do capitão: estabelecer
contacto com os Africanos, seguidamente é apresentada o
protagonista desta história encaixada.
Estas histórias de longínquas viagens, de ilhas desertas, de
árvores descomunais, de tempestades e calmarias, de povos
misteriosos de pele sombria fascinavam o Cavaleiro, mas era já
NOVEMBRO e ele anunciou a sua pretensão de seguir viagem
por mar para a Dinamarca.
.
Apesar de lhe parecer que todas as forças da natureza se
tinham juntado para o impedir de cumprir a sua promessa, ele,
homem de fé e de palavra, recobrava o ânimo e prosseguia a
sua viagem. E assim foi, até que passadas longas semanas, na
antevéspera do Natal, ao fim da tarde, chegou a uma pequena
povoação que ficava a poucos quilómetros da floresta. Aí
recuperou as forças e, na madrugada de 24 de Dezembro,
partiu, pois tinha de chegar a casa antes da meia-noite e o dia
era curto e a travessia da floresta difícil, pois estava coberta
de neve. APÓS DOIS ANOPS DE AUSÊNCIA, A FLORESTA
PARECIA-LHE FANTÁSTICA E ESTRANHA – nova descrição –
surge o PINHEIRO novamente, o único sinal de vida na floresta;
símbolo da esperança.
.
Mas agora estava tão perto e não queria faltar ao
prometido:
•Neve caía espessa e cerrada, impedindo que o Cavaleiro
visse o caminho certo;
•Erra na direcção;
•Surgimento de uma alcateia e de um urso;
•Mas mesmo assim pensa: “Hoje é noite de Trégua,
noite de Natal”
•As feras recuaram ao ouvi-lo dizer estas palavras;
•O cavaleiro continuava a caminhar ao acaso, levado por
pura esperança, pois nada via e nada ouvia,
•E quando o cavalo já se recusava a continuar, o Cavaleiro
lembrou-se da Noite de Natal que passara em Jerusalém
.

Contenu connexe

Tendances (7)

Livro
LivroLivro
Livro
 
Cavaleiro da dinamarca trabalho
Cavaleiro da dinamarca trabalhoCavaleiro da dinamarca trabalho
Cavaleiro da dinamarca trabalho
 
Excertos
ExcertosExcertos
Excertos
 
Projeto de Aprendizagem com o uso do Laptop Educacional - 3º Ano A
Projeto de Aprendizagem com o uso do Laptop Educacional - 3º Ano AProjeto de Aprendizagem com o uso do Laptop Educacional - 3º Ano A
Projeto de Aprendizagem com o uso do Laptop Educacional - 3º Ano A
 
Lançamentos Harlequin - Setembro 2014
Lançamentos Harlequin - Setembro 2014Lançamentos Harlequin - Setembro 2014
Lançamentos Harlequin - Setembro 2014
 
3 contos indígenas para mostrar outra visão de mundo às crianças
3 contos indígenas para mostrar outra visão de mundo às crianças3 contos indígenas para mostrar outra visão de mundo às crianças
3 contos indígenas para mostrar outra visão de mundo às crianças
 
Papa-Livros III
Papa-Livros IIIPapa-Livros III
Papa-Livros III
 

Similaire à O cavaleiro da dinamarca versão cat

O cavaleiro da dinamarca versão cat
O cavaleiro da dinamarca versão catO cavaleiro da dinamarca versão cat
O cavaleiro da dinamarca versão cat
Mariana
 
3o teste de_l.p._7o_ano_-_o_cavaleiro_da_dinamarca
3o teste de_l.p._7o_ano_-_o_cavaleiro_da_dinamarca3o teste de_l.p._7o_ano_-_o_cavaleiro_da_dinamarca
3o teste de_l.p._7o_ano_-_o_cavaleiro_da_dinamarca
Luciana Melo
 
Roteiro de Leitura
Roteiro de LeituraRoteiro de Leitura
Roteiro de Leitura
vialongadt
 
Cavaleiro Da Dinamarca
Cavaleiro Da DinamarcaCavaleiro Da Dinamarca
Cavaleiro Da Dinamarca
Maria André
 
Cavaleiro da dinamarca
Cavaleiro da dinamarca Cavaleiro da dinamarca
Cavaleiro da dinamarca
belabarata
 
O cavaleiro da dinamarca categorias da narrativa
O cavaleiro da dinamarca  categorias da narrativaO cavaleiro da dinamarca  categorias da narrativa
O cavaleiro da dinamarca categorias da narrativa
fercariagomes
 
Francisca pp
Francisca ppFrancisca pp
Francisca pp
fantas45
 

Similaire à O cavaleiro da dinamarca versão cat (20)

O cavaleiro da dinamarca versão cat
O cavaleiro da dinamarca versão catO cavaleiro da dinamarca versão cat
O cavaleiro da dinamarca versão cat
 
cavaleiro-dinamarca.pdf
cavaleiro-dinamarca.pdfcavaleiro-dinamarca.pdf
cavaleiro-dinamarca.pdf
 
Anlisedeocavaleirodadinamarca
AnlisedeocavaleirodadinamarcaAnlisedeocavaleirodadinamarca
Anlisedeocavaleirodadinamarca
 
Ppt cavaleiro
Ppt cavaleiroPpt cavaleiro
Ppt cavaleiro
 
3o teste de_l.p._7o_ano_-_o_cavaleiro_da_dinamarca
3o teste de_l.p._7o_ano_-_o_cavaleiro_da_dinamarca3o teste de_l.p._7o_ano_-_o_cavaleiro_da_dinamarca
3o teste de_l.p._7o_ano_-_o_cavaleiro_da_dinamarca
 
Presentation2 cavaleiro
Presentation2   cavaleiroPresentation2   cavaleiro
Presentation2 cavaleiro
 
Roteiro de Leitura
Roteiro de LeituraRoteiro de Leitura
Roteiro de Leitura
 
Cavaleiro de dinamarca resumo
Cavaleiro de dinamarca resumoCavaleiro de dinamarca resumo
Cavaleiro de dinamarca resumo
 
Cavaleiro Da Dinamarca
Cavaleiro Da DinamarcaCavaleiro Da Dinamarca
Cavaleiro Da Dinamarca
 
Resumo cavaleiro dinamarca_hp
Resumo cavaleiro dinamarca_hpResumo cavaleiro dinamarca_hp
Resumo cavaleiro dinamarca_hp
 
Cavaleiro da dinamarca
Cavaleiro da dinamarca Cavaleiro da dinamarca
Cavaleiro da dinamarca
 
Cavaleiro da dinamarca trabalho final
Cavaleiro da dinamarca trabalho finalCavaleiro da dinamarca trabalho final
Cavaleiro da dinamarca trabalho final
 
Ficha de avaliação formativa
Ficha de avaliação formativaFicha de avaliação formativa
Ficha de avaliação formativa
 
Cavaleiro da Dinamarca
Cavaleiro da Dinamarca Cavaleiro da Dinamarca
Cavaleiro da Dinamarca
 
O cavaleiro da dinamarca categorias da narrativa
O cavaleiro da dinamarca  categorias da narrativaO cavaleiro da dinamarca  categorias da narrativa
O cavaleiro da dinamarca categorias da narrativa
 
Francisca pp
Francisca ppFrancisca pp
Francisca pp
 
001 As Aventuras De Sam, A Origem
001 As Aventuras De Sam, A Origem001 As Aventuras De Sam, A Origem
001 As Aventuras De Sam, A Origem
 
O Cavaleiro da Dinamarca - Síntese
O Cavaleiro da Dinamarca - SínteseO Cavaleiro da Dinamarca - Síntese
O Cavaleiro da Dinamarca - Síntese
 
Apresentação c. dinamarca
Apresentação c. dinamarcaApresentação c. dinamarca
Apresentação c. dinamarca
 
Apresentação c. dinamarca
Apresentação c. dinamarcaApresentação c. dinamarca
Apresentação c. dinamarca
 

Dernier

PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 

Dernier (20)

Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 

O cavaleiro da dinamarca versão cat

  • 1. de Sophia de Mello Breyner Andersen
  • 2. Países Europeus Visitados pelo Cavaleiro Dinamarca Itália França Bélgica (Antuérpia)
  • 3. ITINERÁRIO PERCORRIDO PELO CAVALEIRO Dinamarca Palestina Ravena Veneza Ferrara Bolonha Florença Génova Bruges Antuérpia Dinamarca
  • 4. A história inicia-se com uma longa descrição que começa com: “A Dinamarca fica no Norte da Europa…”(pág.5) e termina com a frase “Até que certo Natal aconteceu naquela casa uma coisa que ninguém esperava” (pág. 10) – 11 parágrafos. Esta descrição permite: •Localizar geograficamente a Dinamarca – no norte da Europa - e conhecer as características do Inverno naquele país. (1º parágrafo): •Invernos longos e rigorosos; •Noites muito compridas; •Dias curtos, pálidos e gelados; •A neve cobre a terra e os telhados; •Os rios gelam; •Os pássaros emigram; •As árvores perdem as suas folhas •As florestas geladas e despidas •O grande silêncio imóvel e branco •Só os Pinheiros continuam verdes. “Só eles (…) parecem vivos no meio do grande silêncio imóvel e branco”
  • 5. •Situar a acção no tempo: “Há muitos anos, há dezenas e centenas de anos…”e no espaço”…havia certo lugar da Dinamarca, no extremo Norte do país, perto do mar, uma grande floresta de pinheiros, tílias , abetos e carvalhos. Nessa floresta morava com a sua família um Cavaleiro. Viviam numa casa construída numa clareira rodeada de bétulas. E em frente da porta de casa havia um grande pinheiro que era a árvore mais alta da floresta. Relativamente ao ESPAÇO, há uma GRADAÇÃO no sentido do geral para o particular:
  • 6. •Admirar as diferentes estações do ano, os vários “rostos” da floresta: Na Primavera as bétulas cobriam-se de jovens folhas, leves e claras; A neve desaparecia; O degelo soltava as águas do rio cuja corrente recomeçava a cantar noite e dia; A floresta enchia-se de cogumelos e morangos selvagens; Os pássaros voltavam do Sul; O chão cobria-se de flores; Os esquilos soltavam de árvore em árvore; O ar povoava-se de vozes e de abelhas; A brisa sussurrava nas ramagens; Manhãs verdes e doiradas; As crianças saíam muito cedo e iam colher flores, morangos, amoras e cogumelos. As crianças saíam muito cedo e iam colher flores, morangos, amoras e cogumelos .
  • 7. No Verão, as crianças teciam grinaldas que poisavam nos cabelos ou que punham a flutuar no rio; As crianças dançavam e cantavam sob a sombra das árvores. No entanto, é no Inverno que decorre a maior festa do ano, a maior alegria, o NATAL.
  • 8. •Permite conhecer o modo como é preparada e vivida a noite de Natal em casa do Cavaleiro: Juntava-se a família; Vinham amigos e parentes, criados da casa e servos da floresta; Em frente da lareira armava-se uma enorme mesa para todos; Comiam, riam e bebiam vinho quente e cerveja com mel; Narravam-se histórias de lobos e ursos, de gnomos e anões, de Tristão e Isolda, de Alf, rei da Dinamarca, e Sigurd, dos Reis Magos, dos pastores e dos Anjos. A noite de Natal era igual todos os anos: “Sempre a mesma festa, sempre a mesma ceia, sempre as grandes coroas de azevinho penduradas nas portas, sempre as mesmas histórias”
  • 9. Acontecimento inesperado: Comunicação do Cavaleiro da sua intenção de passar o Natal seguinte na gruta onde Cristo nasceu, em Belém. A esta revelação juntou-se a promessa de que dali a dois anos estariam de novo reunidos para celebrarem, como já era tradição, juntos o Natal. Primavera – o Cavaleiro deixa a floresta e dirige-se para a cidade mais próxima, um porto de mar. Embarcou depois e chegou à Palestina muito antes do Natal.
  • 10. De todos estes destinos visitados pelo herói, vamos conhecer os mais importantes para a compreensão da acção da história. Assim, ficaremos a conhecer apenas as cidades onde ele permaneceu mais tempo, aprofundando amizades e vivenciando novas e enriquecedoras experiências.  De todos estes destinos visitados pelo herói, vamos conhecer os mais importantes para a compreensão da acção da história. Assim, ficaremos a conhecer apenas as cidades onde ele permaneceu mais tempo, aprofundando amizades e vivenciando novas e enriquecedoras experiências.
  • 11. Como o navio não estava em condições de prosseguir viagem, o Mercador de Veneza convidou o Cavaleiro para seguir viagem até à sua cidade, pois se tinha ficado espantado com a beleza de Ravena, VENEZA, construída sobre as águas, deslumbrá-lo-ia ainda mais e, de lá, poderia seguir por terra para o porto de Génova donde partem constantemente navios para a Flandres e, assim, ficaria a conhecer as belas e ricas cidades do Norte de Itália. O Cavaleiro decidiu aceitar o convite do Mercador e seguiu com ele para Veneza.
  • 12. Narrativa de Encaixe – (en/in + caixa – dentro da caixa) é uma história encaixada na acção principal.
  • 13. Nesta cidade segue as recomendações do Mercador e dirige-se à casa do Banqueiro Averardo, onde fica hospedado. Descrição da casa do banqueiro e a forma como ocupa os seus serões. O que mais o impressionou foram os temas das conversas: discutia-se o movimento do Sol e das Luas, os mistérios do céu e da Terra, falavam de Matemática, de Astronomia e de Filosofia, do passado, do presente e do futuro, das estátuas antigas, das pinturas acabadas de pintar, de música, poesia e de arquitectura. Em suma, parecia que toda a sabedoria da Terra estava reunida naquela sala.
  • 14. Falaram-lhe de Giotto, o famoso pintor...
  • 15. Contaram-lhe a famosa história de Dante e Beatriz...
  • 16. Na viagem de regresso à Dinamarca, o Cavaleiro foi até à Bélgica para efectuar a viagem de barco. Foi até Antuérpia, grande porto de mar, onde se efectuavam as grandes trocas comercias . Aqui perde o último navio e trava conhecimento com um capitão ao serviço do negociante flamengo que lhe relata viagens de expedições a África...
  • 17. História de Pêro Dias – 4ªacção secundária A história encaixada de Pêro Dias inicia primeiro com uma pequena descrição do local de desembarque e depois com apresentação do objectivo do capitão: estabelecer contacto com os Africanos, seguidamente é apresentada o protagonista desta história encaixada. Estas histórias de longínquas viagens, de ilhas desertas, de árvores descomunais, de tempestades e calmarias, de povos misteriosos de pele sombria fascinavam o Cavaleiro, mas era já NOVEMBRO e ele anunciou a sua pretensão de seguir viagem por mar para a Dinamarca.
  • 18. . Apesar de lhe parecer que todas as forças da natureza se tinham juntado para o impedir de cumprir a sua promessa, ele, homem de fé e de palavra, recobrava o ânimo e prosseguia a sua viagem. E assim foi, até que passadas longas semanas, na antevéspera do Natal, ao fim da tarde, chegou a uma pequena povoação que ficava a poucos quilómetros da floresta. Aí recuperou as forças e, na madrugada de 24 de Dezembro, partiu, pois tinha de chegar a casa antes da meia-noite e o dia era curto e a travessia da floresta difícil, pois estava coberta de neve. APÓS DOIS ANOPS DE AUSÊNCIA, A FLORESTA PARECIA-LHE FANTÁSTICA E ESTRANHA – nova descrição – surge o PINHEIRO novamente, o único sinal de vida na floresta; símbolo da esperança.
  • 19. . Mas agora estava tão perto e não queria faltar ao prometido: •Neve caía espessa e cerrada, impedindo que o Cavaleiro visse o caminho certo; •Erra na direcção; •Surgimento de uma alcateia e de um urso; •Mas mesmo assim pensa: “Hoje é noite de Trégua, noite de Natal” •As feras recuaram ao ouvi-lo dizer estas palavras; •O cavaleiro continuava a caminhar ao acaso, levado por pura esperança, pois nada via e nada ouvia, •E quando o cavalo já se recusava a continuar, o Cavaleiro lembrou-se da Noite de Natal que passara em Jerusalém
  • 20. .