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EXAME FÍSICO


Obs: O exame físico cefalo - caudal ele é muito importante na rotina do enfermeiro,
porém ele precisa ser totalmente completo na admissão do paciente, os outros dias em
que o paciente estiver internado, será feito uma evolução objetiva no prontuário,
descrevendo assim, o que realmente for necessário, desta forma o enfermeiro terá uma
disponibilidade de tempo maior para outras funções. Ex: paciente apresenta membro
superior esquerdo íntegro, se apresenta íntegro, para que relatar novamente uma vez já
relatado na admissão.
O exame físico é conceituado como processo de exame do corpo de um paciente, com o
objetivo de determinar presença ou ausência de problemas físicos. O exame físico e
compreendido em 4 fases seguidas que devem ser: Inspeção, palpação, percussão e
ausculta.
A maioria dos pacientes com ansiedade e apreensão encara o exame físico com medo,
pois tem receio do que o médico vai encontrar. Estudantes ficam apreensivos e
inseguros no início, com medo de provocar desconforto ao paciente. Portanto, o
estudante DEVE se preparar técnica e psicologicamente, cujo objetivo é ajudar o
paciente. Sendo assim seja gentil, educado, calmo, competente e organizado, pode-se
ainda continuar fazendo perguntas durante o exame físico, mantendo também o paciente
informado sobre o que está fazendo ou o que irá fazer.


Posições:
Decúbito dorsal, decúbito ventral, decúbito lateral (direito e esquerdo), posição sentada
e posição ortostática.


Importante:
Ambiente Deve ser tranquilo;
Assegurar a privacidade do cliente;
Lavar as mãos antes e depois;
Preparo psicológico;
Ajudar o cliente e subir a descer da mesa de exame;
Aquecer estetoscópio;
Aquecer as suas mãos;
Explicar a finalidade do exame;
Ao examinar cada sistema orgânico, explicar com maior detalhe;
Deixar o cliente relaxado;
Nunca forçar o cliente continuar; adaptar uma velocidade do exame de acordo com uma
tolerância física e emocional do cliente;
Acompanhar as expressões faciais do cliente;
Ao examinar as partes íntimas (caso o cliente permita), manter uma terceira pessoa de
preferência do mesmo sexo do cliente.


Instrumentos necessários para o exame físico


Esfigmomanômetro
Estetoscópio
Termômetro
Fita                                                                          métrica
Lanterna
Ostoscópio
Oftalmoscópio
Algodão
Abaixador                                      de                              língua
Cálice                                                                       graduado
Pupilômetro


Inspeção: Diz respeito a uma observação onde é realizada uma comparação entre os
lados do corpo. É realizada uma Inspeção de cada área quanto ao seu tamanho, formato,
coloração, simetria, posição e deformidades.
Palpação: O examinador utiliza as mãos para tentar enxergar aquilo que não é possível
aos seus olhos. Ao aplicar uma pressão sobre uma determinada área corporal o
examinador tenta identificar nódulos ou massas. Verificando sinais físicos específicos
como resistência, elasticidade, rugosidade, textura e mobilidade.
Percussão: Consiste na produção de vibração e consequentes ondas sonoras através do
batimento da superfície corporal diretamente ou indiretamente com um dos seus dedos.
devido as densidades dos diferentes órgãos do corpo humano cada um deles filhos
produz característicos identificados à percussão. São estes: timpanico, maciço e sub-
maciço.


Estômago:                                                                    Timpanismo
Fígado:                                                                      Submacicez


Ausculta: Consiste na ausculta com a utilização de um estetoscópio.


Tipos de som:
◦ Som timpânico: Área de ar que contenha recoberta por uma membrana flexível - Caixa
Vazia intestino, espaço de Traube (fundo do estômago). (elasticidade) Tambor-caixa
vazia,.
◦ Som Maciço: Regiões desprovidas de ar - coxa, coração, fígado e baço. (acompanha-
se de dureza e resistência) - Parede, bloco de madeira.
◦   Som submaciço: Variação        do    som     maciço   -presença   de    ar   lhe   dá
uma característica peculiar - livro grosso, tórax pouco ar.
◦ Som claro pulmonar: som que se obtém quando se golpeia um tórax normal.
Os sons obtidos podem ser classificados quanto a intensidade, tonalidade e timbre -
qualidades fundamentais do som. -livro grosso.


Fases do Exame Físico (Exame cefalo-caudal)
Observação da aparência geral do cliente Sinais vitais (Temperatura, Pulso,
RespiraçãoPressão Arterial). É importante verificar os pulsos: carotídeo, braquial,
radial, femoral, tibial posterior, poplíteo, pedioso.


1-Pele:
Cianose Central -- Decorrente da inadequada oxigenação do sangue arterial nos
pulmões. Correlaciona-se          diretamente com         uma hipoxemia e hipóxia celular
provocando uma coloração azulada que é melhor observada nos lábios, língua e mucosa
oral.


Cianose periférica -- coloração azulada nas extremidades periféricas (Ponta dos Dedos).
Palidez -- Diminuição da cor devido a uma quantidade reduzida de oxihemoglobina, ou
visibilidade reduzida da mesma resultante da diminuição do fluxo sanguíneo,
geralmente provocada por anemia e choque respectivamente. Melhor observada na face,
conjuntivas, leitos ungueais e palma das mãos.


Icterícia -- Aumento de depósito de bilirrubina nos tecidos - coloração amarelo-
alaranjada.


Eritema -- Aumento da visibilidade da oxi-hemoglobina devido a dilatação ou fluxo
sanguíneo aumentado provocado por febre, trauma direto, rubor e ingestão de álcool,
observado rosto e em locais onde há maior pressão de estrutura óssea contra uma
superfície rígida.


Petequeia -- Manchas hemorrágicas puntiformes. Equimose - manchas hemorrágicas.
Hematoma - manchas hemorrágicas em grande volume no local.


Edema -- Extravasamento de líquidos para o espaço intersticial. Trauma direto e
comprometimento do retorno venoso são causas comuns de edema. È importante
Avaliar o grau de fim de um edema estabelecer parâmetros de comparação, para isso é
utilizado o sinal de cacifo. É realizada uma pressão com o polegar sobre a área avaliada
por aproximadamente 5 segundos. A profundidade do cacifo é registrada da seguinte
forma, utilizando uma escala de 1 a + 4.


Turgor -- Consiste na avaliação da elasticidade da pele. Para examinar o turgor cutâneo,
uma prega da pele sob uma parte posterior do ante-braço ou área do externo é presa com
uma ponta dos dedos e liberada. O enfermeiro uma observa facilidade com que a pele e
movimenta e a velocidade com que retorna à sua posição normal. O fracasso da Pele em
reassumir o seu contorno ou formato desidratação indica normal. Descamação -
aparência de flocos tipo caspa. Escamação - aparência tipo escama de peixe.


2-Cabeça:
Crânio Macrocefalia -- crânio anormalmente grande
Microcefalia -- crânio anormalmente pequeno
Couro cabeludo
Inflamações (foliculites, abscessos)


Pediculose: lêndeas e piolhos
Sujidade, seborreia.


3 - Sobrancelha
Verificar a sua simetria


4 - Olhos
Pálpebras xantelasma -- lesões cutâneas da região palpebral provocadas pelo depósito
de lipídeos na pele.
Blefarite ulcerativa -- Queda dos cílios blefarite não ulcerativa .
Crostas hordéolos - Infecção estafilocócica das glândulas palpebrais.
Exoftalmia -- Protrusão anormal de um ou de ambos os olhos fechamento das pálpebras
( Pálpebra caída).
Conjuntiva palidez (anemias)
Conjuntivite.
Esclerótica icterícia (Amarelão)
Pterígio (tecido carnoso que cresce sobre a córnea)
Pupila midríase - Diâmetro aumentado
Miose - Diminuído diâmetro


5 - Orelhas
Inspeciona-se as orelhas, o formato, analisando o tamanho, simetria e implantação.No
canal auditivo observa-se uma presença de drenagem, cerume e corpos estranhos.
6 - Nariz
Serosas secreções -- fluidas, brancas muco purulentas - viscosas, amareladas
Observar o formato tamanho, coloração da pele e da mucosa, presença de deformidades,
inflamação e desvio de septo


7 - Boca-Lábios
Cianose queilose - Das rachadura comissuras labiais
Queilite -- Rachadura na presença de pus
Língua saburrosa - Camada esbranquiçada que surge na ausência de mastigação por 24
horas)
Glossite - Vermelho vivo com uma sensibilidade alimentos quentes
Macroglossia -- Aumento da língua global
Dentes: Inspeciona-se com o intuito de verificar a ausência de elementos e a qualidade
dos dentes presentes


Faringe
Utilizando o abaixador de língua, é inspecionada a úvula e o palato mole Devem estar
centralmente que à medida que o cliente fala AH, deve-se avaliar a presença de edema,
ulceração ou inflamação.


8 - Pescoço
Observar-se a presença de nódulos massas, turgência de Jugulares e desvio
de traqueia. Enfisematoso, Do barril, em tonel, globoso etc.
Gânglio occipital: Abaixo da proeminência occipital.
Gânglio retro-auricular: Abaixo do processo mastoide.
Gânglio pré-auricular: Frente ao ouvido.
Gânglio retro--faringianos: Abaixo do ângulo da mandíbula.
Gânglio submandibular: Abaixo da linha da mandíbula o média, entre mento e
o ângulo da mandíbula.
Gânglio sub-mentoniano: Abaixo do processo mentual da mandíbula.
Palpação da tireoide.
O examinador posiciona-se atrás ou a frente do cliente, que flexiona o pescoço para
frente e lateralmente na direção do lado que está sendo examinado, ao pedir que o
cliente degluta o examinador sente com os dedos posicionados de cada lado da traquéia.


9 - Membros Superiores (D e E)
Verificar se a pele está íntegra, alguma Anormalidade, alguma fratura, Verificar as
unhas se sujidade, Se estão quebradiças, perfusão tissular está eficaz ou não, etc.
10 - Tórax
Verificar as mamas; simetria. Forma cifótico de sapateiro, infundibuliforme ou peito
escavado em quilha, cariniforme ou peito de pombo, cifoescoliótico ou escoliótico.




Começando da sua esquerda para a direita.
FOTO 1 normal
FOTO 2 globoso
FOTO 3 Cifótico
FOTO 4 Infundibuliforme
FOTO 5 Cariniforme


Mitral em Foco: na Sede do Ictus Cordis (5 º espaço intercostal, Esquerdo Linha
hemiclavicular).
Foco tricúspide: Na base do apêndice xifoide.
Pulmonar em Foco: 2 º Espaço intercostal Direito, linha paresternal.
Aórtico em Foco: 2 º Espaço intercostal esquerdo, linha paresternal.
Foco aórtico acessório (ponto de ERB): 3 º espaço intercostal esquerdo, linha
paresternal.
Bulhas cardíacas:


1 º bulha cardíaca (B1): corresponde Simultâneo ao fechamento das valvas
tricúspide e mitral. É melhor ouvida sem foco e sem foco mitral tricúspide, Ela mostrase
na sístole. TUM.
2 º bulha cardíaca (B2): corresponde Simultâneo ao fechamento das valvas
pulmonar e aórtica. É melhor ouvida sem foco pulmonar e foco aórtico. TA


Obs.: A abertura das valvas Só pode ser ouvida se estas estiverem lesadas. Posição do
paciente e examinador: Descoberto decúbito dorsal, cabeça apoiada em um travesseiro
pequeno tórax,. Médico uma direita em pé ou sentado.
POSIÇÃO: paciente sentado e o médico do lado direito do paciente em pé (para melhor
ouvir a base do coração).


POSIÇÃO: paciente em decúbito lateral esquerdo ea mão esquerda na cabeça. O médico
em pé do lado direito
Fazer o exame da mama




11 - Pulmão
Respiração torácica respiração - Comum nas mulheres


Respiração abdominal e respiração tóraco-abdominal - Comum nos homens


Murmúrios vesiculares: São sons respiratórios normais, produzidos turbulência da
entrada do ar e pelos alvéolos bronquíolos. São audíveis em todos os campos
pulmonares.
Ruídos   adventícios: São     sons   respiratórios    anormais     que   se superpõem aos
sons respiratórios normais. Podem ser:
Crepitantes: Audíveis quando há abertura súbita das vias aéreas pequenas cheias de
líquido. São mais audíveis durante uma inspiração e não desaparecem com uma tosse.
Podem    ser    encontradas    em    pacientes       com   edema     pulmonar,    fibrose,
bronquite, bronquiectasia e som pneumonia. O de uma crepitação pode ser produzido
esfregando-se uma mecha de cabelo contra os dedos.
Subcrepitantes: Assemelha-se ao rompimento de pequenas bolhas, podendo ser
auscultados nenhuma final da expiração e início da inspiração, não se modificam com
uma tosse. Indicativos de pneumonia bronquite, broncopneumonia.
Roncos: Ocorrem em consequência da passagem de ar pelas vias aéreas estreitadas,
repletas de secreções ou líquidos. São mais audíveis durante uma expiração e se
modificam com uma tosse.
Sibilos: São ruídos sussurrantes, decorrentes da passagem do ar por vias aéreas
estreitadas. Quando muito intensos podem ser audíveis sem estetoscópio. São
associados a bronco constrição uma asma, bronquite.
Atrito pleural: Decorrente de uma inflamação pleural filhos são do tipo Fricção
causados por duas superfícies pleurais ressecadas que deslizam uma sobre a outra.
Cornagem: É uma respiração ruidosa causada por uma obstrução ao nível da laringe e /
ou traqueia. Os Filhos timpânicos podem ser, maciços, e submaciços
Ausculta pulmonar anterior
Ausculta pulmonar posterior
http://www.virtual.unifesp.br/unifesp/torax/


12 - Abdômen
Nesse exame, como também em toda a parte do corpo, é necessário usar as técnicas de :
Inspeção, palpação, percussão e ausculta.
Inspeção:
Observar a forma, abaulamento, retração, circulação colateral e localização da cicatriz
umbilical.
Ausculta:
Através do estetoscópio detectam-se os ruídos peristálticos em toda extensão do
abdômen e possibilita a avaliação de toda sua frequência e características. Deve
proceder a palpação e a percussão, pois testes podem alterar os sons intestinais;


Palpação superficial:
Utiliza-se as mãos espalmadas com as polpas digitais em movimentos rotativos e
rápidos nas regiões do abdômen. Permite reconhecer a sensibilidade, a integridade
anatômica e a tensão da parede abdominal.


Baço
Palpação profunda e percussão: posicione o paciente em decúbito lateral direito,
mantenha-se à direita com o dorso voltado para a cabeceira da cama. Com as mãos
paralelas fletidas em garra, deslize-as desde a linha axilar média E, hipocôndrio E até o
epigástrio. Esse órgão somente é palpável nas esplenomegalias resultantes de alterações
patológicas. No entanto, na percussão dígito-digital pode ser percebida a borda superior
do baço, inclusive, nos pequenos aumentos de volumes (06 cm2 ).


Intestinos
Palpação profunda: somente o ceco e o sigmoide são palpáveis devido à sua localização
sobre o músculo psoas. Posicione-se à direita do paciente com as mãos paralelas fletidas
em garra. Na expiração penetrar com as mãos ao nível da cicatriz umbilical até o
músculo psoas. Deslizar as mãos obliquamente em direção à região inguinal direita. Se
o paciente referir dor após essa manobra, poderá apresentar sinal de Blumberg positivo.
Repita no lado esquerdo para palpação do sigmoide, indicando presença de fecaloma.
Esofagiana - Tem a sensação de parada do bolo alimentar não esôfago


Fígado
Palpação profunda: Deve-se permanecer à direita do tórax do paciente com o dorso
voltado para sua cabeceira. Colocar as mãos paralelas com os dedos fletidos em garras,
desde a linha axilar anterior deslizando cuidadosamente do hipocôndrio direito até o
hipocôndrio esquerdo. Solicita-se ao paciente para inspirar profundamente pois, nesta
fase, devido ao impulso diafragmático, o fígado desce facilitando a palpação da borda
hepática.


Odinofagia - dor que surge com uma ingestão de alimentos. Localiza-se atrás do
esterno.
Pirose -- Azia, queimação esofagiana. Dor - Não depende do ato de ingerir. Ocorre
sensação de opressão retroesternal irradiando para o pescoço, ombros e MMSS.


Regurgitação -- Volta do alimento ou secreções não contidas esôfago ou estômago à
cavidade bucal.


Eructação -- Arroto Singulto - Soluço - contrações espasmódicas do diafragma.


Sialose, sialorréia ou ptialismo -- Produção excessiva de secreção salivar.
Hematêmese -- Vômito com sangue. Hemorragia digestiva alta - sangue vermelho vivo


Hemorragia digestiva baixa - Aspecto borra de café Aspecto fecalóide odor e - também
indicar obstrução intestinal.


Epigástrica Dor -- Percebida na linha mediana, poucos centímetros abaixo do apêndice
xifoide; contínua e intensa dor na parte alta do abdômen.


Abdômen flácido distendido,


13 - Genitália


Verificar alguma Anormalidade, presença de diurese e eliminações intestinais em pouca
quantidade ou em grande. Ao examinar uma genitália (caso o cliente permita), manter
uma terceira pessoa de preferência do mesmo sexo do cliente. Caso um cliente não
Permita ou por algum outro motivo que interfira o seu exame pode, assim você
escrever: (SIC) que significa Informações colhidas Segundo.




14 - Membros inferiores (E e D)


Verificar pele íntegra, edema, unhas quebradiças, sujidades, perfusão tissular eficaz ou
não. Planta do pé, Verificar se está ressecada, etc. Registrar Tudo.




A. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA
1. Definição
A Anatomia (anatome= cortar em partes, cortar separando) refere-se ao estudo da
estrutura e das relações entre estas estruturas. A fisiologia (physis+ lógos+ ia) lida com
as funções das partes do corpo, isto é, como elas trabalham. A função nunca pode ser
separada completamente da estrutura, por isso você aprenderá sobre o corpo humano
estudando a anatomia e a fisiologia em conjunto. Você verá como cada estrutura do
corpo está designada para desempenhar uma função específica, e como a estrutura de
uma parte, muitas vezes, determina sua função. Por exemplo, os pêlos que revestem o
nariz filtram o ar que inspiramos. Os ossos do crânio estão unidos firmemente para
proteger o encéfalo. Os ossos dos dedos, em contraste, estão unidos mais frouxamente
para permitir vários tipos de movimento.
Assim, a Anatomia é a ciência que estuda a forma, a estrutura e organização dos seres
vivos, tanto externa quanto internamente. E a Fisiologia é a ciência que estuda o
funcionamento da matéria viva, investiga as funções orgânicas, processos ou atividades
vitais.
2. Divisão
A Anatomia macroscópica humana estuda o corpo humano e conforme o enfoque,
recebe varias denominações:
ANATOMIA SISTEMÁTICA OU DESCRITIVA: estuda de modo analítico
(separação de um todo em seus elementos ou partes componentes) e separadamente as
várias estruturas dos sistemas que constituem o corpo, o esquelético, o muscular, o
circulatório, etc.
ANATOMIA TOPOGRÁFICA OU REGIONAL: estuda, de uma maneira sintética
(método, processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes e fundi-los
num todo), as relações entre as estruturas de regiões delimitadas do corpo;
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE OU DO VIVO: estuda a projeção de órgãos e
estruturas profundas na superfície do corpo, é de grande importância para a
compreensão da semiologia clínica (estudo e interpretação do conjunto de sinais e
sintomas observados no exame de um paciente);
ANATOMIA FUNCIONAL: estuda segmentos funcionais do corpo, estabelecendo
relações recíprocas e funcionais das várias estruturas dos diferentes sistemas;
ANATOMIA APLICADA - salienta a importância dos conhecimentos anatômicos para
as atividades médicas, clínica ou cirúrgica e mesmo para as artísticas;
ANATOMIA RADIOLÓGICA: estuda o corpo usando as propriedades dos raios X e
constitui, com a Anatomia de Superfície, a base morfológica das técnicas de exploração
clínica;
ANATOMIA COMPARADA: estuda a Anatomia de diferentes espécies animais com
particular enfoque ao desenvolvimento ontogenético (desenvolvimento de um indivíduo
desde a concepção até a idade adulta) e filogenético (história evolutiva de uma espécie
ou qualquer outro grupo taxonômico) dos diferentes órgãos.


B. PARTES CONSTITUINTES DO CORPO HUMANO
1) Cabeça (pescoço)
2) Tronco
a) Tórax
b) Abdome
3) Membros
a) Superiores
i) ombros (raiz)
ii) braços
iii) antebraços
iv) mãos
b) Inferiores
i) quadril (raiz)
ii) coxas
iii) pernas
iv) pés


C. NOMENCLATURA ANATÔMICA
1. Posição Anatômica Na anatomia existe uma convenção internacional de que as
descrições do corpo humano assumem que o corpo esteja em uma posição específica,
chamada de posição anatômica.
Na posição anatômica, o indivíduo está em posição ereta, em pé (posição ortostática)
com a face voltada para a frente e em posição horizontal, de frente para o observador,
com os membros superiores estendidos paralelos ao tronco e com as palmas voltadas
para a frente, membros inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos pés
voltados para a frente.
Toda descrição anatômica é feita considerando o indivíduo em posição anatômica.
Figura 1. Posição Anatômica.




2. Planos de Inscrição (Figura 2)
São também chamados de Planos de Delimitação, pois delimitam o corpo humano por
planos tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a
formação de um sólido geométrico, um paralelepípedo. Têm-se assim, para as faces
desse sólido, os seguintes planos correspondentes:
ventral ou anterior => plano vertical tangente ao ventre
dorsal ou posterior => plano vertical tangente ao dorso
lateral direito => plano vertical tangente ao lado do corpo
lateral esquerdo => plano vertical tangente ao lado do corpo
cranial ou superior => plano horizontal tangente à cabeça
podal ou inferior => plano horizontal tangente à planta dos pés
3. Eixos ortogonais e Planos de Secção
A partir destes planos de inscrição são determinados eixos e planos que são utilizados
como pontos de referência para descrever a situação, posição e direção de órgãos ou
segmentos do corpo.
Unindo o centro de dois planos de inscrição opostos obtém-se três eixos:
Eixo longitudinal ou craniocaudal; eixo anteroposterior, dorsoventral ou sagital e
eixo latero-lateral. O deslocamento de um eixo sobre o outro define um plano que
secciona o corpo em 2 partes. Estes planos, perpendiculares entre si são chamados
Planos de Secção: mediano ou sagital, frontal ou coronal e transversal ou horizontal.




4. Planos de Secção do Corpo
Os planos de secção são “cortes” feitos no corpo em posição anatômica.
Mediano ou Sagital => planos de secção paralelos aos planos laterais que divide o
corpo em metades direita e esquerda.
Frontal ou Coronal => planos de secção paralelos aos planos ventral e dorsal, que
divide o corpo de forma a separar os planos ventral e dorsal.




Transversal ou Horizontal => planos de secção paralelos aos planos cranial e podal,
que divide o corpo horizontalmente.




Obs.: Toda secção do corpo feita por planos paralelos ao plano mediano é uma secção
sagital, e os planos de secção são também chamados sagitais*.
* nome sagital se deve ao fato de seguir a direção da sutura sagital (em forma de seta)
entre os ossos parietais.
5. Termos de Posição
Os termos de posição indicam proximidade aos planos de inscrição ou ao plano de
secção mediano. São termos comparativos e indicam que uma estrutura é, por exemplo,
mais cranial que outra. Nenhum órgão ou estrutura é simplesmente cranial ou ventral
pois estes planos são tangentes e portanto estão fora do corpo e surgem apenas como
referência.
Termos de posição:
Medial => a estrutura que se situa mais próxima ao plano mediano em relação a uma
outra. Ex. dedo mínimo em relação ao polegar.
Lateral => a estrutura que se situa mais próxima ao plano lateral (direito ou esquerdo)
em relação a uma outra.
Ventral ou Anterior => estrutura que se situa mais próxima ao plano ventral em relação
a uma outra.
Dorsal ou Posterior => estrutura que se situa mais próxima ao plano dorsal em relação
a uma outra.
Cranial ou Superior => estrutura que se situa mais próxima ao plano cranial em relação
a uma outra (que lhe será inferior ou podal)
Podal ou Inferior => estrutura que se situa mais próxima ao plano podal em relação a
uma outra.
A figuraexemplifica estes termos:
_ a artéria aorta abdominal é medial em relação ao baço,
_ o baço é lateral em relação ao rim esquerdo,
_ o estômago é anterior em relação aos rins,
_ o fígado é posterior em relação ao músculo reto abdominal.




6. Termos de Direção
Acompanham os eixos ortogonais
_ longitudinal ou crâniocaudal,
_ ânteroposterior ou dorsoventral
_ látero-lateral
Exemplos:
_ as falanges estão alinhadas em direção craniocaudal, os ossos carpaisna direção
láterolateral;
_ a traquéiae o esôfago estão alinhados na direção ânteroposterior.
Fig. Ossos da mão direita; vista palmar (anterior).
7. Termos de Situação
Mediano _ situada exatamente ao longo do plano de secção mediano. Médio e
Intermédio são termos que indicam situação de uma estrutura entre outras duas:
Médio _ quando as estruturas estão alinhadas na direção craniocaudal ou ânterodorsal.
Intermédio _ quando as estruturas estão em alinhamento látero-lateral.
9. Outros termos de descrição anatômica
Proximal e Distal. esses termos são usados para comparar a distância de pelo menos
duas estruturas em relação a raiz do membro, ao coração e ao encéfalo e medula
espinhal.
Proximal _ estrutura que se encontra mais próxima da raiz dos membros (tronco), do
coração ou do encéfalo e medula espinhal
Distal _ estrutura que se encontra mais distante da raiz dos membros, do coração ou do
encéfalo e medula espinhal
Palmar ou volar_ face anterior da mão. A face posterior das mãos é chamada dorsal.
Plantar _ face inferior do pé. A face superior dos pés é chamada dorsal.
Oral e aboral são termos restritos ao tubo digestivo e indicam estruturas mais próximas
ou distantes da boca, respectivamente.
Aferente e eferente indicam direção e são usados em anatomia para vasos e nervos.
Aferente significa que impulsos nervosos ou o sangue são conduzidos da periferia para
o centro, eferente se refere à condução do centro para a periferia.
Eferente _ do centro para a periferia;
Aferente _ da periferia para o centro
No sistema circulatório, as veias cavas superior e inferior são aferentes por drenarem
todo o sangue da periferia para o coração, que é o centro deste sistema. A artéria aorta é
eferente, pois impulsiona o sangue do coração para a periferia.
A raiz dorsal do nervo espinhal é aferente por conduzir impulsos nervosos da periferia
para a medula espinhal, já a raiz ventral é eferente.




.
Fáscias são tecidos conjuntivos fibrosos que revestem ou delimitam órgãos e músculos.
Os termos superficial e profundo indicam as distâncias relativas entre as estruturas e a
superfície do corpo. São também termos de situação que indicam estar contido nos
planos superficiais ou nos planos profundos. Nesse caso, o limite entre superficial e
profundo é a fáscia muscular.
Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento**
Estruturas profundas estão abaixo do tegumento.
Lesões limitadas ao tegumento são superficiais, e lesões que atingem a fáscia muscular
já são consideradas profundas.
** O tegumento humano é formado
pelapele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo. A epiderme é um epitélio
multiestratificado, formado por várias camadas de células achatadas justapostas. A
camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída por
células que se multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas células geradas
empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo. À medida que
envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas, e passam a fabricar e a
acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável, a queratina. As células
mais superficiais, ao se tornarem repletas de queratina, morrem e passam a constituir
um revestimento resistente ao atrito e altamente impermeável à água, denominado
camada queratinizada ou córnea. A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é
um tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, vasos sanguíneos, terminações
nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor
de pêlo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sangüíneos e
nervos. Tecido subcutâneo: Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o
tecido subcutâneo, rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas
ou adipócitos). A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva
energética, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico. Abaixo do tecido
subcutâneo encontra-se a fáscia muscular.
Interno e externo se referem às faces dos órgãos ocos ou de cavidades e também se
referem às faces das costelas.
Interno _ mais próximo do centro de um órgão ou cavidade;
Externo _ mais afastado do centro de um órgão ou cavidade.
Radial e ulnarsignificam mais próximo dos ossos rádio e ulna, respectivamente, assim
como tibial e fibularpara a tíbia e a fíbula. Algumas estruturas foram nomeadas de
acordo com tal proximidade, por exemplo, os músculos tibial anterior e posterior, ou os
nervos ulnar e radial.
Para os dentes são usadas expressões que definem suas faces.
Oclusal_ é a face livre e mastigadora dos dentes, que nos incisivos e caninos encontra-
se reduzida a uma simples borda mastigadora.
Vestibular é a face dirigida para o vestíbulo bucal: face labial a que está voltada para os
lábios; face bucal a que está voltada para a bochecha.
Lingual _ face oposta à vestibular, está dirigida para a cavidade da boca.
Mesialé a expressão usada para as duas faces do dente voltadas para os dentes vizinhos.
nervoulnar.




Pedículo é o conjunto de estruturas, vasos, nervos e ductos destinados a um órgão. Hilo
de um órgão é o sítio por onde entram e saem os elementos do pedículo. O pedículo
renal, por exemplo, é composto pelas artéria e veia renais, ureter e nervo simpático. O
pedículo pulmonar, por exemplo, é composto por artéria e veias pulmonares e
brônquicas, brônquios, nervos e vasos linfáticos do pulmão.
Plexo ou rede é uma malha situada em territórios arteriais, venosos, linfáticos ou
nervosos, formado por anastomoses e subdivisões dessas estruturas. Os plexos
vasculares garantem um fluxo sanguíneo adequado para todos os órgãos e segmentos do
corpo.




Feixe vásculo-nervoso é um conjunto de vasos e nervos enfeixados (reunidos) por uma
bainha conjuntiva comum. Bainha Carotídea (carotidsheath) _ feixe vásculo-nervoso
composto pela artéria carótida, veia jugular interna e nervo vago. O feixe vásculo-
nervoso (neurovascularbundle) é composto pelo plexo braquial, artéria e veia
subclávia.
O plexo braquial é a rede de nervos motores e sensoriais que inervam o braço a mão e
ombro. O componente vascular do feixe, a artéria e veia subclávia, transportam sangue
para e do braço, mão ombro e regiões do pescoço e cabeça.




D. CAVIDADES DO CORPO
Os espaços dentro do corpo que contêm os órgãos internos são chamados de cavidades
do corpo. As cavidades ajudam a proteger, isolar e sustentar os órgãos internos. A
Figura 1 mostra as duas principais cavidades do corpo: dorsal e ventral.
Cavidades do corpo
A cavidade dorsal do corpo está localizada próxima à superfície posterior ou dorsal do
corpo. Ela é composta por uma cavidade craniana, que é formada pelos ossos cranianos
e contém o encéfalo e suas membranas (chamadas de meninges), e por um canal
vertebral que é formado pelas vértebras (ossos individuais) da coluna vertebral e contém
a medula espinhal e suas membranas (também chamadas de meninges), bem como o
começo (raízes) dos nervos espinhais.
A cavidade ventral do corpo está localizada na porção anterior ou ventral (frontal) do
corpo e contém órgãos coletivamente chamados de vísceras. Como a cavidade dorsal, a
cavidade ventral do corpo apresenta duas subdivisões principais - uma porção superior,
chamada de cavidade torácica, e uma porção inferior, chamada de cavidade
abdominopélvica. O diafragma (diaphragma = partição ou parede), uma camada
muscular em forma de domo e importante músculo da respiração, divide a cavidade
ventral do corpo em cavidades torácica e abdominopélvica.




A cavidade torácica contém duas cavidades pleurais em torno de cada pulmão, e a
cavidade pericárdica (peri = em volta; cardi = coração), espaço em torno do coração
O mediastino (medias = meio; stare = parar, estar), na cavidade torácica, contém uma
massa de tecidos entre os pulmões que se estende do osso esterno à coluna vertebral. O
mediastino inclui todas as estruturas na cavidade torácica, exceto os próprios pulmões.
Entre as estruturas localizadas no mediastino estão o coração, o esôfago, a traquéia e
muitos grandes vasos sanguíneos, como a aorta.
A cavidade abdominopélvica, como o nome sugere, está dividida em duas porções,
embora nenhuma estrutura específica as separem. A porção superior, a cavidade
abdominal, contém o estômago, o baço, o fígado, a vesícula biliar, o pâncreas, o
intestino delgado e a maior parte do intestino grosso. A porção inferior, a cavidade
pélvica, contém a bexiga urinária, porções do intestino grosso e os órgãos genitais
internos.




E. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO CORPO HUMANO
O corpo humano consiste de vários níveis de organização estrutural que estão
associados entre si. O nível químico inclui todas as substâncias químicas necessárias
para manter a vida.
As substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de matéria, e
alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o nitrogênio (N), o
cálcio (Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da vida. Os
átomos combinam-se para formar moléculas; dois ou mais átomos unidos. Exemplos
familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, as gorduras e as vitaminas.
As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de organização: o
nível celular. As células são as unidades estruturais e funcionais básicas de um
organismo. Entre os muitos tipos de células existentes no corpo estão as células
musculares, nervosas e sanguíneas.
O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de células
semelhantes que, juntas, realizam uma função particular. Os quatro tipos básicos de
tecido são tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. As
células na Figura acima formam um tecido epitelial que reveste o estômago. Cada célula
tem sua função específica na digestão. Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos,
eles formam o próximo nível de organização: o nível orgânico. Os Órgãos são
compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente
apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos são o coração, o fígado, os
pulmões, o cérebro e o estômago. A túnica serosa é uma camada de tecido conjuntivo e
tecido epitelial, estando localizada na superfície externa do estômago, que o protege e
reduz o atrito quando o estômago se move e roça em outros órgãos vizinhos. As
camadas de tecido muscular do estômago estão localizadas abaixo da túnica serosa e
contraem-se para misturar o bolo alimentar e transportá-la para o próximo órgão
digestório (intestino delgado). A camada de tecido epitelial que reveste o estômago
produz muco, ácido e enzimas que auxiliam na digestão. O quinto nível de organização
é o nível sistêmico. Um sistema consiste de órgãos relacionados que desempenham uma
função comum. O sistema digestório, que funciona na digestão e na absorção dos
alimentos, é composto pelos seguintes órgãos: boca, glândulas salivares, faringe
(garganta), esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar
e pâncreas.
O mais alto nível de organização é o nível de organismo. Todos os sistemas do corpo
funcionando como um todo compõem o organismo - um indivíduo vivo.
F. SISTEMAS
Sistema Esquelético; Sistema Muscular; Sistema Tegumentar; Sistema Nervoso;
Sistema Endócrino; Sistema Circulatório; Sistema Respiratório; Sistema Digestivo;
Sistema Urinário; Sistema Genital Masculino; Sistema Genital Feminino;
1. Sistema Esquelético
Principais funções: sustentação, movimento e proteção.
Principais componentes: ossos e articulações.
2. Sistema Muscular
Principais funções: sustentação e movimento.
Principais componentes: músculos e tendões.
3. Sistema Tegumentar
Principais funções: proteção, controle da temperatura.
Principais componentes: pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo (hipoderme).


4. Sistema Nervoso
Principais funções: ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e
identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro
do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. Função Sensorial,
Integrativa e Motora.
Principais componentes: Sistema Nervoso Central(encéfalo e medula) e Sistema
Nervoso Periférico.
5. Sistema Endócrino
Principais funções: junto com o sistema nervoso, promove a manutenção do equilíbrio
do organismo (homeostase), por meio do controle das funções biológicas.
Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise (Pituitária), Tireóide e Paratireóide
(abaixo da laringe) ,Supra-renais (superior aos rins), Pâncreas, Ovários e Testículos.
6. Sistema Circulatório
Principais funções: transporte de O2, nutrientes, hormônios para as células e remoção
de produtos indesejáveis; defesa do organismo (por meio do transporte de anti-toxinas e
glóbulos brancos); também auxilia na manutenção do conteúdo de H2O e íons, pH e
temperatura do corpo.
Principais componentes: coração, vasos (artérias, veias e capilares).
7. Sistema Respiratório
Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 – remoção de CO2).
Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais, faringe, laringe, traquéia (que se
ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões.
8. Sistema Digestivo
Principais funções: realiza a digestão: quebra de alimentos, absorção dos componentes
nutritivos e eliminação de substâncias indesejáveis).
Principais componentes: boca (língua, dentes, etc.), faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas: glândulas
salivares, fígado e pâncreas.
9. Sistema Urinário
Principais funções: excreção de substâncias tóxicas, o equilíbrio hídrico e o controle de
íons.
Principais componentes: dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra.
Posição relativa dos órgãos dentro do corpo. Note que os órgãos tracejados (rins e
bexiga) ocupam uma posição dorsal em relação aos órgãos não tracejados.
10. Sistema Genital Feminino
Principais funções: reprodução.
Principais componentes: ovários, trompas, útero e vagina.
11. Sistema Genital Masculino
Principais funções: reprodução.
Principais componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes, uretra,
vesículas seminais, próstata e pênis.
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  • 1. EXAME FÍSICO Obs: O exame físico cefalo - caudal ele é muito importante na rotina do enfermeiro, porém ele precisa ser totalmente completo na admissão do paciente, os outros dias em que o paciente estiver internado, será feito uma evolução objetiva no prontuário, descrevendo assim, o que realmente for necessário, desta forma o enfermeiro terá uma disponibilidade de tempo maior para outras funções. Ex: paciente apresenta membro superior esquerdo íntegro, se apresenta íntegro, para que relatar novamente uma vez já relatado na admissão. O exame físico é conceituado como processo de exame do corpo de um paciente, com o objetivo de determinar presença ou ausência de problemas físicos. O exame físico e compreendido em 4 fases seguidas que devem ser: Inspeção, palpação, percussão e ausculta. A maioria dos pacientes com ansiedade e apreensão encara o exame físico com medo, pois tem receio do que o médico vai encontrar. Estudantes ficam apreensivos e inseguros no início, com medo de provocar desconforto ao paciente. Portanto, o estudante DEVE se preparar técnica e psicologicamente, cujo objetivo é ajudar o paciente. Sendo assim seja gentil, educado, calmo, competente e organizado, pode-se ainda continuar fazendo perguntas durante o exame físico, mantendo também o paciente informado sobre o que está fazendo ou o que irá fazer. Posições: Decúbito dorsal, decúbito ventral, decúbito lateral (direito e esquerdo), posição sentada e posição ortostática. Importante: Ambiente Deve ser tranquilo; Assegurar a privacidade do cliente; Lavar as mãos antes e depois; Preparo psicológico; Ajudar o cliente e subir a descer da mesa de exame; Aquecer estetoscópio; Aquecer as suas mãos; Explicar a finalidade do exame;
  • 2. Ao examinar cada sistema orgânico, explicar com maior detalhe; Deixar o cliente relaxado; Nunca forçar o cliente continuar; adaptar uma velocidade do exame de acordo com uma tolerância física e emocional do cliente; Acompanhar as expressões faciais do cliente; Ao examinar as partes íntimas (caso o cliente permita), manter uma terceira pessoa de preferência do mesmo sexo do cliente. Instrumentos necessários para o exame físico Esfigmomanômetro Estetoscópio Termômetro Fita métrica Lanterna Ostoscópio Oftalmoscópio Algodão Abaixador de língua Cálice graduado Pupilômetro Inspeção: Diz respeito a uma observação onde é realizada uma comparação entre os lados do corpo. É realizada uma Inspeção de cada área quanto ao seu tamanho, formato, coloração, simetria, posição e deformidades. Palpação: O examinador utiliza as mãos para tentar enxergar aquilo que não é possível aos seus olhos. Ao aplicar uma pressão sobre uma determinada área corporal o examinador tenta identificar nódulos ou massas. Verificando sinais físicos específicos como resistência, elasticidade, rugosidade, textura e mobilidade. Percussão: Consiste na produção de vibração e consequentes ondas sonoras através do batimento da superfície corporal diretamente ou indiretamente com um dos seus dedos. devido as densidades dos diferentes órgãos do corpo humano cada um deles filhos
  • 3. produz característicos identificados à percussão. São estes: timpanico, maciço e sub- maciço. Estômago: Timpanismo Fígado: Submacicez Ausculta: Consiste na ausculta com a utilização de um estetoscópio. Tipos de som: ◦ Som timpânico: Área de ar que contenha recoberta por uma membrana flexível - Caixa Vazia intestino, espaço de Traube (fundo do estômago). (elasticidade) Tambor-caixa vazia,. ◦ Som Maciço: Regiões desprovidas de ar - coxa, coração, fígado e baço. (acompanha- se de dureza e resistência) - Parede, bloco de madeira. ◦ Som submaciço: Variação do som maciço -presença de ar lhe dá uma característica peculiar - livro grosso, tórax pouco ar. ◦ Som claro pulmonar: som que se obtém quando se golpeia um tórax normal. Os sons obtidos podem ser classificados quanto a intensidade, tonalidade e timbre - qualidades fundamentais do som. -livro grosso. Fases do Exame Físico (Exame cefalo-caudal) Observação da aparência geral do cliente Sinais vitais (Temperatura, Pulso, RespiraçãoPressão Arterial). É importante verificar os pulsos: carotídeo, braquial, radial, femoral, tibial posterior, poplíteo, pedioso. 1-Pele: Cianose Central -- Decorrente da inadequada oxigenação do sangue arterial nos pulmões. Correlaciona-se diretamente com uma hipoxemia e hipóxia celular provocando uma coloração azulada que é melhor observada nos lábios, língua e mucosa oral. Cianose periférica -- coloração azulada nas extremidades periféricas (Ponta dos Dedos).
  • 4. Palidez -- Diminuição da cor devido a uma quantidade reduzida de oxihemoglobina, ou visibilidade reduzida da mesma resultante da diminuição do fluxo sanguíneo, geralmente provocada por anemia e choque respectivamente. Melhor observada na face, conjuntivas, leitos ungueais e palma das mãos. Icterícia -- Aumento de depósito de bilirrubina nos tecidos - coloração amarelo- alaranjada. Eritema -- Aumento da visibilidade da oxi-hemoglobina devido a dilatação ou fluxo sanguíneo aumentado provocado por febre, trauma direto, rubor e ingestão de álcool, observado rosto e em locais onde há maior pressão de estrutura óssea contra uma superfície rígida. Petequeia -- Manchas hemorrágicas puntiformes. Equimose - manchas hemorrágicas. Hematoma - manchas hemorrágicas em grande volume no local. Edema -- Extravasamento de líquidos para o espaço intersticial. Trauma direto e comprometimento do retorno venoso são causas comuns de edema. È importante Avaliar o grau de fim de um edema estabelecer parâmetros de comparação, para isso é utilizado o sinal de cacifo. É realizada uma pressão com o polegar sobre a área avaliada por aproximadamente 5 segundos. A profundidade do cacifo é registrada da seguinte forma, utilizando uma escala de 1 a + 4. Turgor -- Consiste na avaliação da elasticidade da pele. Para examinar o turgor cutâneo, uma prega da pele sob uma parte posterior do ante-braço ou área do externo é presa com uma ponta dos dedos e liberada. O enfermeiro uma observa facilidade com que a pele e movimenta e a velocidade com que retorna à sua posição normal. O fracasso da Pele em reassumir o seu contorno ou formato desidratação indica normal. Descamação - aparência de flocos tipo caspa. Escamação - aparência tipo escama de peixe. 2-Cabeça: Crânio Macrocefalia -- crânio anormalmente grande Microcefalia -- crânio anormalmente pequeno
  • 5. Couro cabeludo Inflamações (foliculites, abscessos) Pediculose: lêndeas e piolhos Sujidade, seborreia. 3 - Sobrancelha Verificar a sua simetria 4 - Olhos Pálpebras xantelasma -- lesões cutâneas da região palpebral provocadas pelo depósito de lipídeos na pele. Blefarite ulcerativa -- Queda dos cílios blefarite não ulcerativa . Crostas hordéolos - Infecção estafilocócica das glândulas palpebrais. Exoftalmia -- Protrusão anormal de um ou de ambos os olhos fechamento das pálpebras ( Pálpebra caída). Conjuntiva palidez (anemias) Conjuntivite. Esclerótica icterícia (Amarelão) Pterígio (tecido carnoso que cresce sobre a córnea) Pupila midríase - Diâmetro aumentado Miose - Diminuído diâmetro 5 - Orelhas Inspeciona-se as orelhas, o formato, analisando o tamanho, simetria e implantação.No canal auditivo observa-se uma presença de drenagem, cerume e corpos estranhos. 6 - Nariz Serosas secreções -- fluidas, brancas muco purulentas - viscosas, amareladas Observar o formato tamanho, coloração da pele e da mucosa, presença de deformidades, inflamação e desvio de septo 7 - Boca-Lábios Cianose queilose - Das rachadura comissuras labiais Queilite -- Rachadura na presença de pus
  • 6. Língua saburrosa - Camada esbranquiçada que surge na ausência de mastigação por 24 horas) Glossite - Vermelho vivo com uma sensibilidade alimentos quentes Macroglossia -- Aumento da língua global Dentes: Inspeciona-se com o intuito de verificar a ausência de elementos e a qualidade dos dentes presentes Faringe Utilizando o abaixador de língua, é inspecionada a úvula e o palato mole Devem estar centralmente que à medida que o cliente fala AH, deve-se avaliar a presença de edema, ulceração ou inflamação. 8 - Pescoço Observar-se a presença de nódulos massas, turgência de Jugulares e desvio de traqueia. Enfisematoso, Do barril, em tonel, globoso etc. Gânglio occipital: Abaixo da proeminência occipital. Gânglio retro-auricular: Abaixo do processo mastoide. Gânglio pré-auricular: Frente ao ouvido. Gânglio retro--faringianos: Abaixo do ângulo da mandíbula. Gânglio submandibular: Abaixo da linha da mandíbula o média, entre mento e o ângulo da mandíbula. Gânglio sub-mentoniano: Abaixo do processo mentual da mandíbula. Palpação da tireoide. O examinador posiciona-se atrás ou a frente do cliente, que flexiona o pescoço para frente e lateralmente na direção do lado que está sendo examinado, ao pedir que o cliente degluta o examinador sente com os dedos posicionados de cada lado da traquéia. 9 - Membros Superiores (D e E) Verificar se a pele está íntegra, alguma Anormalidade, alguma fratura, Verificar as unhas se sujidade, Se estão quebradiças, perfusão tissular está eficaz ou não, etc.
  • 7. 10 - Tórax Verificar as mamas; simetria. Forma cifótico de sapateiro, infundibuliforme ou peito escavado em quilha, cariniforme ou peito de pombo, cifoescoliótico ou escoliótico. Começando da sua esquerda para a direita. FOTO 1 normal FOTO 2 globoso FOTO 3 Cifótico FOTO 4 Infundibuliforme FOTO 5 Cariniforme Mitral em Foco: na Sede do Ictus Cordis (5 º espaço intercostal, Esquerdo Linha hemiclavicular). Foco tricúspide: Na base do apêndice xifoide. Pulmonar em Foco: 2 º Espaço intercostal Direito, linha paresternal. Aórtico em Foco: 2 º Espaço intercostal esquerdo, linha paresternal. Foco aórtico acessório (ponto de ERB): 3 º espaço intercostal esquerdo, linha paresternal.
  • 8. Bulhas cardíacas: 1 º bulha cardíaca (B1): corresponde Simultâneo ao fechamento das valvas tricúspide e mitral. É melhor ouvida sem foco e sem foco mitral tricúspide, Ela mostrase na sístole. TUM. 2 º bulha cardíaca (B2): corresponde Simultâneo ao fechamento das valvas pulmonar e aórtica. É melhor ouvida sem foco pulmonar e foco aórtico. TA Obs.: A abertura das valvas Só pode ser ouvida se estas estiverem lesadas. Posição do paciente e examinador: Descoberto decúbito dorsal, cabeça apoiada em um travesseiro pequeno tórax,. Médico uma direita em pé ou sentado. POSIÇÃO: paciente sentado e o médico do lado direito do paciente em pé (para melhor ouvir a base do coração). POSIÇÃO: paciente em decúbito lateral esquerdo ea mão esquerda na cabeça. O médico em pé do lado direito
  • 9. Fazer o exame da mama 11 - Pulmão Respiração torácica respiração - Comum nas mulheres Respiração abdominal e respiração tóraco-abdominal - Comum nos homens Murmúrios vesiculares: São sons respiratórios normais, produzidos turbulência da entrada do ar e pelos alvéolos bronquíolos. São audíveis em todos os campos pulmonares. Ruídos adventícios: São sons respiratórios anormais que se superpõem aos sons respiratórios normais. Podem ser: Crepitantes: Audíveis quando há abertura súbita das vias aéreas pequenas cheias de líquido. São mais audíveis durante uma inspiração e não desaparecem com uma tosse. Podem ser encontradas em pacientes com edema pulmonar, fibrose, bronquite, bronquiectasia e som pneumonia. O de uma crepitação pode ser produzido esfregando-se uma mecha de cabelo contra os dedos.
  • 10. Subcrepitantes: Assemelha-se ao rompimento de pequenas bolhas, podendo ser auscultados nenhuma final da expiração e início da inspiração, não se modificam com uma tosse. Indicativos de pneumonia bronquite, broncopneumonia. Roncos: Ocorrem em consequência da passagem de ar pelas vias aéreas estreitadas, repletas de secreções ou líquidos. São mais audíveis durante uma expiração e se modificam com uma tosse. Sibilos: São ruídos sussurrantes, decorrentes da passagem do ar por vias aéreas estreitadas. Quando muito intensos podem ser audíveis sem estetoscópio. São associados a bronco constrição uma asma, bronquite. Atrito pleural: Decorrente de uma inflamação pleural filhos são do tipo Fricção causados por duas superfícies pleurais ressecadas que deslizam uma sobre a outra. Cornagem: É uma respiração ruidosa causada por uma obstrução ao nível da laringe e / ou traqueia. Os Filhos timpânicos podem ser, maciços, e submaciços Ausculta pulmonar anterior Ausculta pulmonar posterior http://www.virtual.unifesp.br/unifesp/torax/ 12 - Abdômen Nesse exame, como também em toda a parte do corpo, é necessário usar as técnicas de : Inspeção, palpação, percussão e ausculta.
  • 11. Inspeção: Observar a forma, abaulamento, retração, circulação colateral e localização da cicatriz umbilical. Ausculta: Através do estetoscópio detectam-se os ruídos peristálticos em toda extensão do abdômen e possibilita a avaliação de toda sua frequência e características. Deve proceder a palpação e a percussão, pois testes podem alterar os sons intestinais; Palpação superficial: Utiliza-se as mãos espalmadas com as polpas digitais em movimentos rotativos e rápidos nas regiões do abdômen. Permite reconhecer a sensibilidade, a integridade anatômica e a tensão da parede abdominal. Baço Palpação profunda e percussão: posicione o paciente em decúbito lateral direito, mantenha-se à direita com o dorso voltado para a cabeceira da cama. Com as mãos paralelas fletidas em garra, deslize-as desde a linha axilar média E, hipocôndrio E até o
  • 12. epigástrio. Esse órgão somente é palpável nas esplenomegalias resultantes de alterações patológicas. No entanto, na percussão dígito-digital pode ser percebida a borda superior do baço, inclusive, nos pequenos aumentos de volumes (06 cm2 ). Intestinos Palpação profunda: somente o ceco e o sigmoide são palpáveis devido à sua localização sobre o músculo psoas. Posicione-se à direita do paciente com as mãos paralelas fletidas em garra. Na expiração penetrar com as mãos ao nível da cicatriz umbilical até o músculo psoas. Deslizar as mãos obliquamente em direção à região inguinal direita. Se o paciente referir dor após essa manobra, poderá apresentar sinal de Blumberg positivo. Repita no lado esquerdo para palpação do sigmoide, indicando presença de fecaloma. Esofagiana - Tem a sensação de parada do bolo alimentar não esôfago Fígado Palpação profunda: Deve-se permanecer à direita do tórax do paciente com o dorso voltado para sua cabeceira. Colocar as mãos paralelas com os dedos fletidos em garras, desde a linha axilar anterior deslizando cuidadosamente do hipocôndrio direito até o hipocôndrio esquerdo. Solicita-se ao paciente para inspirar profundamente pois, nesta fase, devido ao impulso diafragmático, o fígado desce facilitando a palpação da borda hepática. Odinofagia - dor que surge com uma ingestão de alimentos. Localiza-se atrás do esterno. Pirose -- Azia, queimação esofagiana. Dor - Não depende do ato de ingerir. Ocorre sensação de opressão retroesternal irradiando para o pescoço, ombros e MMSS. Regurgitação -- Volta do alimento ou secreções não contidas esôfago ou estômago à cavidade bucal. Eructação -- Arroto Singulto - Soluço - contrações espasmódicas do diafragma. Sialose, sialorréia ou ptialismo -- Produção excessiva de secreção salivar.
  • 13. Hematêmese -- Vômito com sangue. Hemorragia digestiva alta - sangue vermelho vivo Hemorragia digestiva baixa - Aspecto borra de café Aspecto fecalóide odor e - também indicar obstrução intestinal. Epigástrica Dor -- Percebida na linha mediana, poucos centímetros abaixo do apêndice xifoide; contínua e intensa dor na parte alta do abdômen. Abdômen flácido distendido, 13 - Genitália Verificar alguma Anormalidade, presença de diurese e eliminações intestinais em pouca quantidade ou em grande. Ao examinar uma genitália (caso o cliente permita), manter uma terceira pessoa de preferência do mesmo sexo do cliente. Caso um cliente não Permita ou por algum outro motivo que interfira o seu exame pode, assim você escrever: (SIC) que significa Informações colhidas Segundo. 14 - Membros inferiores (E e D) Verificar pele íntegra, edema, unhas quebradiças, sujidades, perfusão tissular eficaz ou não. Planta do pé, Verificar se está ressecada, etc. Registrar Tudo. A. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA
  • 14. 1. Definição A Anatomia (anatome= cortar em partes, cortar separando) refere-se ao estudo da estrutura e das relações entre estas estruturas. A fisiologia (physis+ lógos+ ia) lida com as funções das partes do corpo, isto é, como elas trabalham. A função nunca pode ser separada completamente da estrutura, por isso você aprenderá sobre o corpo humano estudando a anatomia e a fisiologia em conjunto. Você verá como cada estrutura do corpo está designada para desempenhar uma função específica, e como a estrutura de uma parte, muitas vezes, determina sua função. Por exemplo, os pêlos que revestem o nariz filtram o ar que inspiramos. Os ossos do crânio estão unidos firmemente para proteger o encéfalo. Os ossos dos dedos, em contraste, estão unidos mais frouxamente para permitir vários tipos de movimento. Assim, a Anatomia é a ciência que estuda a forma, a estrutura e organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. E a Fisiologia é a ciência que estuda o funcionamento da matéria viva, investiga as funções orgânicas, processos ou atividades vitais. 2. Divisão A Anatomia macroscópica humana estuda o corpo humano e conforme o enfoque, recebe varias denominações: ANATOMIA SISTEMÁTICA OU DESCRITIVA: estuda de modo analítico (separação de um todo em seus elementos ou partes componentes) e separadamente as várias estruturas dos sistemas que constituem o corpo, o esquelético, o muscular, o circulatório, etc. ANATOMIA TOPOGRÁFICA OU REGIONAL: estuda, de uma maneira sintética (método, processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes e fundi-los num todo), as relações entre as estruturas de regiões delimitadas do corpo; ANATOMIA DE SUPERFÍCIE OU DO VIVO: estuda a projeção de órgãos e estruturas profundas na superfície do corpo, é de grande importância para a compreensão da semiologia clínica (estudo e interpretação do conjunto de sinais e sintomas observados no exame de um paciente); ANATOMIA FUNCIONAL: estuda segmentos funcionais do corpo, estabelecendo relações recíprocas e funcionais das várias estruturas dos diferentes sistemas; ANATOMIA APLICADA - salienta a importância dos conhecimentos anatômicos para as atividades médicas, clínica ou cirúrgica e mesmo para as artísticas;
  • 15. ANATOMIA RADIOLÓGICA: estuda o corpo usando as propriedades dos raios X e constitui, com a Anatomia de Superfície, a base morfológica das técnicas de exploração clínica; ANATOMIA COMPARADA: estuda a Anatomia de diferentes espécies animais com particular enfoque ao desenvolvimento ontogenético (desenvolvimento de um indivíduo desde a concepção até a idade adulta) e filogenético (história evolutiva de uma espécie ou qualquer outro grupo taxonômico) dos diferentes órgãos. B. PARTES CONSTITUINTES DO CORPO HUMANO 1) Cabeça (pescoço) 2) Tronco a) Tórax b) Abdome 3) Membros a) Superiores i) ombros (raiz) ii) braços iii) antebraços iv) mãos b) Inferiores i) quadril (raiz) ii) coxas iii) pernas iv) pés C. NOMENCLATURA ANATÔMICA 1. Posição Anatômica Na anatomia existe uma convenção internacional de que as descrições do corpo humano assumem que o corpo esteja em uma posição específica, chamada de posição anatômica. Na posição anatômica, o indivíduo está em posição ereta, em pé (posição ortostática) com a face voltada para a frente e em posição horizontal, de frente para o observador, com os membros superiores estendidos paralelos ao tronco e com as palmas voltadas para a frente, membros inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos pés voltados para a frente.
  • 16. Toda descrição anatômica é feita considerando o indivíduo em posição anatômica. Figura 1. Posição Anatômica. 2. Planos de Inscrição (Figura 2) São também chamados de Planos de Delimitação, pois delimitam o corpo humano por planos tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico, um paralelepípedo. Têm-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos correspondentes: ventral ou anterior => plano vertical tangente ao ventre dorsal ou posterior => plano vertical tangente ao dorso lateral direito => plano vertical tangente ao lado do corpo lateral esquerdo => plano vertical tangente ao lado do corpo cranial ou superior => plano horizontal tangente à cabeça podal ou inferior => plano horizontal tangente à planta dos pés 3. Eixos ortogonais e Planos de Secção A partir destes planos de inscrição são determinados eixos e planos que são utilizados como pontos de referência para descrever a situação, posição e direção de órgãos ou segmentos do corpo.
  • 17. Unindo o centro de dois planos de inscrição opostos obtém-se três eixos: Eixo longitudinal ou craniocaudal; eixo anteroposterior, dorsoventral ou sagital e eixo latero-lateral. O deslocamento de um eixo sobre o outro define um plano que secciona o corpo em 2 partes. Estes planos, perpendiculares entre si são chamados Planos de Secção: mediano ou sagital, frontal ou coronal e transversal ou horizontal. 4. Planos de Secção do Corpo Os planos de secção são “cortes” feitos no corpo em posição anatômica. Mediano ou Sagital => planos de secção paralelos aos planos laterais que divide o corpo em metades direita e esquerda.
  • 18. Frontal ou Coronal => planos de secção paralelos aos planos ventral e dorsal, que divide o corpo de forma a separar os planos ventral e dorsal. Transversal ou Horizontal => planos de secção paralelos aos planos cranial e podal, que divide o corpo horizontalmente. Obs.: Toda secção do corpo feita por planos paralelos ao plano mediano é uma secção sagital, e os planos de secção são também chamados sagitais*. * nome sagital se deve ao fato de seguir a direção da sutura sagital (em forma de seta) entre os ossos parietais. 5. Termos de Posição Os termos de posição indicam proximidade aos planos de inscrição ou ao plano de secção mediano. São termos comparativos e indicam que uma estrutura é, por exemplo, mais cranial que outra. Nenhum órgão ou estrutura é simplesmente cranial ou ventral pois estes planos são tangentes e portanto estão fora do corpo e surgem apenas como referência. Termos de posição: Medial => a estrutura que se situa mais próxima ao plano mediano em relação a uma outra. Ex. dedo mínimo em relação ao polegar. Lateral => a estrutura que se situa mais próxima ao plano lateral (direito ou esquerdo) em relação a uma outra.
  • 19. Ventral ou Anterior => estrutura que se situa mais próxima ao plano ventral em relação a uma outra. Dorsal ou Posterior => estrutura que se situa mais próxima ao plano dorsal em relação a uma outra. Cranial ou Superior => estrutura que se situa mais próxima ao plano cranial em relação a uma outra (que lhe será inferior ou podal) Podal ou Inferior => estrutura que se situa mais próxima ao plano podal em relação a uma outra. A figuraexemplifica estes termos: _ a artéria aorta abdominal é medial em relação ao baço, _ o baço é lateral em relação ao rim esquerdo, _ o estômago é anterior em relação aos rins, _ o fígado é posterior em relação ao músculo reto abdominal. 6. Termos de Direção Acompanham os eixos ortogonais _ longitudinal ou crâniocaudal, _ ânteroposterior ou dorsoventral _ látero-lateral Exemplos: _ as falanges estão alinhadas em direção craniocaudal, os ossos carpaisna direção láterolateral; _ a traquéiae o esôfago estão alinhados na direção ânteroposterior. Fig. Ossos da mão direita; vista palmar (anterior).
  • 20. 7. Termos de Situação Mediano _ situada exatamente ao longo do plano de secção mediano. Médio e Intermédio são termos que indicam situação de uma estrutura entre outras duas: Médio _ quando as estruturas estão alinhadas na direção craniocaudal ou ânterodorsal. Intermédio _ quando as estruturas estão em alinhamento látero-lateral.
  • 21. 9. Outros termos de descrição anatômica Proximal e Distal. esses termos são usados para comparar a distância de pelo menos duas estruturas em relação a raiz do membro, ao coração e ao encéfalo e medula espinhal. Proximal _ estrutura que se encontra mais próxima da raiz dos membros (tronco), do coração ou do encéfalo e medula espinhal Distal _ estrutura que se encontra mais distante da raiz dos membros, do coração ou do encéfalo e medula espinhal Palmar ou volar_ face anterior da mão. A face posterior das mãos é chamada dorsal. Plantar _ face inferior do pé. A face superior dos pés é chamada dorsal. Oral e aboral são termos restritos ao tubo digestivo e indicam estruturas mais próximas ou distantes da boca, respectivamente.
  • 22. Aferente e eferente indicam direção e são usados em anatomia para vasos e nervos. Aferente significa que impulsos nervosos ou o sangue são conduzidos da periferia para o centro, eferente se refere à condução do centro para a periferia. Eferente _ do centro para a periferia; Aferente _ da periferia para o centro No sistema circulatório, as veias cavas superior e inferior são aferentes por drenarem todo o sangue da periferia para o coração, que é o centro deste sistema. A artéria aorta é eferente, pois impulsiona o sangue do coração para a periferia. A raiz dorsal do nervo espinhal é aferente por conduzir impulsos nervosos da periferia para a medula espinhal, já a raiz ventral é eferente. .
  • 23. Fáscias são tecidos conjuntivos fibrosos que revestem ou delimitam órgãos e músculos. Os termos superficial e profundo indicam as distâncias relativas entre as estruturas e a superfície do corpo. São também termos de situação que indicam estar contido nos planos superficiais ou nos planos profundos. Nesse caso, o limite entre superficial e profundo é a fáscia muscular. Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento** Estruturas profundas estão abaixo do tegumento. Lesões limitadas ao tegumento são superficiais, e lesões que atingem a fáscia muscular já são consideradas profundas.
  • 24. ** O tegumento humano é formado pelapele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo. A epiderme é um epitélio multiestratificado, formado por várias camadas de células achatadas justapostas. A camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída por células que se multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas células geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo. À medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas, e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável, a queratina. As células mais superficiais, ao se tornarem repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento resistente ao atrito e altamente impermeável à água, denominado camada queratinizada ou córnea. A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sangüíneos e nervos. Tecido subcutâneo: Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico. Abaixo do tecido subcutâneo encontra-se a fáscia muscular. Interno e externo se referem às faces dos órgãos ocos ou de cavidades e também se referem às faces das costelas. Interno _ mais próximo do centro de um órgão ou cavidade; Externo _ mais afastado do centro de um órgão ou cavidade.
  • 25. Radial e ulnarsignificam mais próximo dos ossos rádio e ulna, respectivamente, assim como tibial e fibularpara a tíbia e a fíbula. Algumas estruturas foram nomeadas de acordo com tal proximidade, por exemplo, os músculos tibial anterior e posterior, ou os nervos ulnar e radial.
  • 26. Para os dentes são usadas expressões que definem suas faces. Oclusal_ é a face livre e mastigadora dos dentes, que nos incisivos e caninos encontra- se reduzida a uma simples borda mastigadora. Vestibular é a face dirigida para o vestíbulo bucal: face labial a que está voltada para os lábios; face bucal a que está voltada para a bochecha. Lingual _ face oposta à vestibular, está dirigida para a cavidade da boca. Mesialé a expressão usada para as duas faces do dente voltadas para os dentes vizinhos. nervoulnar. Pedículo é o conjunto de estruturas, vasos, nervos e ductos destinados a um órgão. Hilo de um órgão é o sítio por onde entram e saem os elementos do pedículo. O pedículo renal, por exemplo, é composto pelas artéria e veia renais, ureter e nervo simpático. O pedículo pulmonar, por exemplo, é composto por artéria e veias pulmonares e brônquicas, brônquios, nervos e vasos linfáticos do pulmão.
  • 27. Plexo ou rede é uma malha situada em territórios arteriais, venosos, linfáticos ou nervosos, formado por anastomoses e subdivisões dessas estruturas. Os plexos vasculares garantem um fluxo sanguíneo adequado para todos os órgãos e segmentos do corpo. Feixe vásculo-nervoso é um conjunto de vasos e nervos enfeixados (reunidos) por uma bainha conjuntiva comum. Bainha Carotídea (carotidsheath) _ feixe vásculo-nervoso composto pela artéria carótida, veia jugular interna e nervo vago. O feixe vásculo- nervoso (neurovascularbundle) é composto pelo plexo braquial, artéria e veia subclávia.
  • 28. O plexo braquial é a rede de nervos motores e sensoriais que inervam o braço a mão e ombro. O componente vascular do feixe, a artéria e veia subclávia, transportam sangue para e do braço, mão ombro e regiões do pescoço e cabeça. D. CAVIDADES DO CORPO Os espaços dentro do corpo que contêm os órgãos internos são chamados de cavidades do corpo. As cavidades ajudam a proteger, isolar e sustentar os órgãos internos. A Figura 1 mostra as duas principais cavidades do corpo: dorsal e ventral. Cavidades do corpo A cavidade dorsal do corpo está localizada próxima à superfície posterior ou dorsal do corpo. Ela é composta por uma cavidade craniana, que é formada pelos ossos cranianos e contém o encéfalo e suas membranas (chamadas de meninges), e por um canal vertebral que é formado pelas vértebras (ossos individuais) da coluna vertebral e contém
  • 29. a medula espinhal e suas membranas (também chamadas de meninges), bem como o começo (raízes) dos nervos espinhais. A cavidade ventral do corpo está localizada na porção anterior ou ventral (frontal) do corpo e contém órgãos coletivamente chamados de vísceras. Como a cavidade dorsal, a cavidade ventral do corpo apresenta duas subdivisões principais - uma porção superior, chamada de cavidade torácica, e uma porção inferior, chamada de cavidade abdominopélvica. O diafragma (diaphragma = partição ou parede), uma camada muscular em forma de domo e importante músculo da respiração, divide a cavidade ventral do corpo em cavidades torácica e abdominopélvica. A cavidade torácica contém duas cavidades pleurais em torno de cada pulmão, e a cavidade pericárdica (peri = em volta; cardi = coração), espaço em torno do coração O mediastino (medias = meio; stare = parar, estar), na cavidade torácica, contém uma massa de tecidos entre os pulmões que se estende do osso esterno à coluna vertebral. O mediastino inclui todas as estruturas na cavidade torácica, exceto os próprios pulmões. Entre as estruturas localizadas no mediastino estão o coração, o esôfago, a traquéia e muitos grandes vasos sanguíneos, como a aorta. A cavidade abdominopélvica, como o nome sugere, está dividida em duas porções, embora nenhuma estrutura específica as separem. A porção superior, a cavidade abdominal, contém o estômago, o baço, o fígado, a vesícula biliar, o pâncreas, o intestino delgado e a maior parte do intestino grosso. A porção inferior, a cavidade
  • 30. pélvica, contém a bexiga urinária, porções do intestino grosso e os órgãos genitais internos. E. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO CORPO HUMANO
  • 31. O corpo humano consiste de vários níveis de organização estrutural que estão associados entre si. O nível químico inclui todas as substâncias químicas necessárias para manter a vida. As substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da vida. Os átomos combinam-se para formar moléculas; dois ou mais átomos unidos. Exemplos familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, as gorduras e as vitaminas. As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de organização: o nível celular. As células são as unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo. Entre os muitos tipos de células existentes no corpo estão as células musculares, nervosas e sanguíneas. O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de células semelhantes que, juntas, realizam uma função particular. Os quatro tipos básicos de tecido são tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. As células na Figura acima formam um tecido epitelial que reveste o estômago. Cada célula tem sua função específica na digestão. Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, eles formam o próximo nível de organização: o nível orgânico. Os Órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos são o coração, o fígado, os pulmões, o cérebro e o estômago. A túnica serosa é uma camada de tecido conjuntivo e tecido epitelial, estando localizada na superfície externa do estômago, que o protege e reduz o atrito quando o estômago se move e roça em outros órgãos vizinhos. As camadas de tecido muscular do estômago estão localizadas abaixo da túnica serosa e contraem-se para misturar o bolo alimentar e transportá-la para o próximo órgão digestório (intestino delgado). A camada de tecido epitelial que reveste o estômago produz muco, ácido e enzimas que auxiliam na digestão. O quinto nível de organização é o nível sistêmico. Um sistema consiste de órgãos relacionados que desempenham uma função comum. O sistema digestório, que funciona na digestão e na absorção dos alimentos, é composto pelos seguintes órgãos: boca, glândulas salivares, faringe (garganta), esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas. O mais alto nível de organização é o nível de organismo. Todos os sistemas do corpo funcionando como um todo compõem o organismo - um indivíduo vivo.
  • 32. F. SISTEMAS Sistema Esquelético; Sistema Muscular; Sistema Tegumentar; Sistema Nervoso; Sistema Endócrino; Sistema Circulatório; Sistema Respiratório; Sistema Digestivo; Sistema Urinário; Sistema Genital Masculino; Sistema Genital Feminino; 1. Sistema Esquelético Principais funções: sustentação, movimento e proteção. Principais componentes: ossos e articulações. 2. Sistema Muscular Principais funções: sustentação e movimento. Principais componentes: músculos e tendões. 3. Sistema Tegumentar Principais funções: proteção, controle da temperatura. Principais componentes: pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo (hipoderme). 4. Sistema Nervoso Principais funções: ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro
  • 33. do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. Função Sensorial, Integrativa e Motora. Principais componentes: Sistema Nervoso Central(encéfalo e medula) e Sistema Nervoso Periférico. 5. Sistema Endócrino Principais funções: junto com o sistema nervoso, promove a manutenção do equilíbrio do organismo (homeostase), por meio do controle das funções biológicas. Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise (Pituitária), Tireóide e Paratireóide (abaixo da laringe) ,Supra-renais (superior aos rins), Pâncreas, Ovários e Testículos. 6. Sistema Circulatório Principais funções: transporte de O2, nutrientes, hormônios para as células e remoção de produtos indesejáveis; defesa do organismo (por meio do transporte de anti-toxinas e glóbulos brancos); também auxilia na manutenção do conteúdo de H2O e íons, pH e temperatura do corpo. Principais componentes: coração, vasos (artérias, veias e capilares). 7. Sistema Respiratório Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 – remoção de CO2). Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais, faringe, laringe, traquéia (que se ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões. 8. Sistema Digestivo Principais funções: realiza a digestão: quebra de alimentos, absorção dos componentes nutritivos e eliminação de substâncias indesejáveis). Principais componentes: boca (língua, dentes, etc.), faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas: glândulas salivares, fígado e pâncreas. 9. Sistema Urinário Principais funções: excreção de substâncias tóxicas, o equilíbrio hídrico e o controle de íons. Principais componentes: dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. Posição relativa dos órgãos dentro do corpo. Note que os órgãos tracejados (rins e bexiga) ocupam uma posição dorsal em relação aos órgãos não tracejados. 10. Sistema Genital Feminino Principais funções: reprodução. Principais componentes: ovários, trompas, útero e vagina.
  • 34. 11. Sistema Genital Masculino Principais funções: reprodução. Principais componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes, uretra, vesículas seminais, próstata e pênis.