O documento descreve a origem e difusão do Cristianismo no Império Romano. Jesus iniciou a pregação da "Boa Nova" aos 30 anos defendendo um Deus único e a igualdade entre as pessoas, o que levou à sua condenação à morte. Após a sua morte, os apóstolos espalharam a nova fé pelo Império Romano, enfrentando perseguições. Nos séculos IV e V, editos imperiais tornaram o Cristianismo a religião oficial do Império.
3. Jesus
•Filho de um artesão, este homem judeu iniciou
a sua pregação aos trinta anos, com uma
mensagem inovadora de paz e igualdade entre
os homens : a “Boa Nova”.
•A mensagem de Jesus propunha o
despojamento material em favor da salvação da
alma e a igualdade entre todos os seres
humanos. Na linha do judaísmo defendia um
deus único.
4. •Ao criticar o esclavagismo da sociedade
romana e os deuses e hábitos dos romanos,
foi considerado um homem subversivo.
Como também criticava o poder dos
sacerdotes judeus e se intitulava como
“Messias” (O salvador) foi condenado à
morte pelo Conselho dos Judeus (Sinédrio).
•Foi condenado à morte e crucificado
publicamente – pena habitual para os
criminosos, cerca de 29 d.C. em Jerusalém.
6. A nova fé
• A mensagem de Jesus, na linha do judaísmo
defendia um Deus único (monoteísmo).
Criticava o esclavagismo da sociedade romana
e os deuses tradicionais. Defendia a paz e a
solidariedade.
• O cristianismo foi considerado uma ameaça
ao império, por isso todos os cristãos foram
perseguidos violentamente entre meados do
século I e início do século IV.
7. Razões para a rápida difusão do
Cristianismo no Império romano
• Uma excelente rede de vias de comunicação ligava o IR, pela
qual passavam os homens e as suas ideias;
• Uma intensa evangelização por parte dos apóstolos
(discípulos de Cristo), quer através das suas viagens, quer
através da redacção dos quatro evangelhos do Novo
testamento;
• Uma corajosa resistência dos mártires (S. Paulo, S. Pedro),
que, em tempos de perseguição enfrentavam as torturas mais
cruéis;
• A multiplicação das catacumbas, vastas galerias subterrâneas,
destinadas ao culto e enterro dos cristãos – habitualmente
toleradas no IR.
8.
9. Importância dos Edictos de Milão e
Tessalónica para o triunfo da Religião
Cristã
• A partir do século III, o Cristianismo expandiu-se, conquistando adeptos entre
todas as camadas da sociedade imperial. Finalmente, já no século IV, (312) o
Imperador Constantino aceitou publicamente o cristianismo. Em 313 publica o
Edicto de Milão: numa carta imperial dirigida aos governadores das províncias
ordena que estes concedam “tanto aos cristãos como a todos os demais a
faculdade de seguirem livremente a religião que desejarem”.
• O edito de Milão significa, não só o fim da perseguição aos cristãos como o
início da sua preponderância no Ocidente: os imperadores concedem aos
cristãos vários privilégios.
•A igreja romano-cristã (séculos IV e V) é protegida pelo Império.
•Em 380, pelo Edicto de Tessalónica o imperador Teodósio ordena que todos se
tornem cristãos. O cristianismo tornava-se a religião oficial do IR. Os antigos
deuses foram proibidos, os seus seguidores perseguidos e os seus templos
destruídos ou convertidos em igrejas.
10. Cristianismo e Império: do Passado ao
Presente
•O Cristianismo veio restituir um sentimento de unidade sob a liderança de
um imperador e a protecção de uma divindade – monoteísmo, antes da
divisão definitiva em 395. O imperador, não sendo um deus, era o seu
representante na terra.
•A Igreja cristã segue a organização do Império: por exemplo a diocese,
dirigida por um bispo, corresponde à cidade.
•Roma, sede do Império, é também a sede do Cristianismo. Aí reside o mais
importante dos bispos, o Papa (avô, em grego). O Papa exerce, ainda nos dias
de hoje, a autoridade sobre todos os cristãos que professam o cristianismo
de acordo com a doutrina católica (universal) romana.
11. Basílica de Santa Maria Maggiore em Roma – o exemplo da cultura romano-cristã
12. A Igreja e o legado político imperial
• Para além dos aspectos culturais, a Igreja preservou o
legado político da antiguidade:
• Ideia de um poder forte, centralizado, centrado numa
só pessoa;
• Ideia do poder sagrado: tal como os últimos
imperadores romanos, os monarcas (reis) afirmaram
que governam em nome de Deus.
• O próprio Papa será a figura política mais importante
do Ocidente, até ao século XV, exercendo sobrre a
Cristandade uma autoridade suprema, expressão da
vontade divina e símbolo da unidade do mundo cristão
ocidental.