2. Pode ser considerada como democratização das tecnologias. Esse assunto tem sido muito repercutido no Brasil pelas dificuldades encontradas para a implantação. Incluir uma pessoa digitalmente não apenas "alfabetizá-la" em informática, mas sim fazer com que o conhecimento adquirido por ela sobre a informática seja útil para melhorar seu quadro social. Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê–lo a um preço menor não é, definitivamente, inclusão digital.
3. Muito se fala sobre a inclusão digital no país. Mas de que adianta o governo dar os equipamentos, se ainda falta a educação básica principal. Um exemplo simples, o usuário aprende um software de planilha, porém tem uma deficiência grande em matemática, dessa forma ele está aprendendo a pressionar ícones, e não a usar a ferramenta de planilha. A solução é fazer sim a inclusão digital, mas com planejamento e foco, ou seja, transformar a inclusão digital em educação digital.
4. Na educação, a inclusão digital consiste na utilização dos recursos tecnológicos, propiciados pela informática, como mais um instrumento que auxilie no processo da educação. A informática traz para a educação de dupla via, ou seja, ao mesmo tempo em que ela auxilia, o educador, no processo pedagógico, ela traz a possibilidade do próprio profissional de se educar, se aprimorar, de descobrir, entre outros.
5. O grande desafio da inclusão digital na educação não se reside apenas na aquisição de dos equipamentos e recursos tecnológicos, se faz necessário realizar uma capacitação com o educador, para que o mesmo possa desenvolver, ele próprio, a utilização da informática como ferramenta didática, sem necessitar de intermediários.
6. Outro fator que necessita ser desenvolvido é os softwares educacionais voltados ao processo pedagógico, embasados na metodologia adotada de cada região. Para tanto, é preciso realizar uma simbiose entre o educador, o programador e os editores didáticos, para que a inclusão digital realmente aconteça.
7. A Inclusão Digital Dentro da Escola Numa sociedade como a brasileira, em que mais de 95%; da população em idade escolar está, hoje, pelo que consta e em princípio, na escola, é de esperar que a Inclusão Digital se faça predominantemente dentro da escola e através dela - e que, portanto, com o tempo, os programas de Inclusão Digital extra-escolares se tornem virtualmente desnecessários. Há várias vantagens em se concentrar o trabalho de Inclusão Digital na escola, evitando que quem conclua a sua escolaridade básica seja ainda considerado digitalmente excluído. Eis duas das principais:
8. - A maior parte das escolas hoje já fornece a seus alunos acesso à tecnologia digital, pois possui computadores, softwares e acesso à Internet - o primeiro componente da Inclusão Digital estando, portanto, atendido nelas (embora o tempo de acesso à tecnologia pelos alunos seja terrivelmente restringido pela razão número de alunos / número de máquinas disponíveis, que precisa claramente ser melhorada - isto é, diminuída).
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10. Não basta dar computadores de última geração com programas de ponta para todo mundo. Também não basta saber usar o computador para escrever um texto, ver um site ou mandar um email. Isso tudo é necessário, mas não suficiente. O surgimento dos computadores e da internet traz tantas questões e possibilidades que seria necessária uma matéria específica para isso na escola. É o que defende Carolina de Aguiar Teixeira Mendes.