SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  15
LES
3ª parte
Comprometimento do sistema
digestório
Vasculite abdominal:
a) Pancreatite
b) Vasculite mesentérica ou isquemia intestinal
Hepatomegalia
Esplenomegalia
Peritonite aguda/crônica
Comprometimento ocular
Conjuntivite
Uveíte
Vasculite retiniana
Diagnóstico
Critérios diagnósticos do LES
Na tabela a seguir estão os critérios do Colégio Americano de Reumatologia
de 1982 modificados em 1997.
1. Erupção malar: Eritema fixo plano ou elevado sobre as regiões
malares e dorso do nariz.
2. Lesão discóide:Placas eritematosas com escamação
aderente,comprometimento dos pelos e cicatrização com atrofia.
3. Foto-sensibilidade:Erupção cutânea que aparece após exposição à
luz solar.
4.Úlceras orais: Ulceração de nasofaringe ou boca vista por médico.
5.Artrite: Não erosiva comprometendo duas ou mais articulações
periféricas.
6. Serosite: Pleurite documentada por médico; pericardite
documentada por ECG ou médico.
7. Desordem renal: Proteína na urina maior do que 500mg por dia ou
+++ em exame comum; cilindros de hemácias, granulosos, tubulares ou
mistos.
8.Desordem neurológica: Convulsões ou psicose na ausência de outra
causa.
9.Desordens hematológicas: Anemia hemolítica, menos de 4000
leucócitos/mm3 em 2 ou mais ocasiões, menos de 1500 linfócitos/mm3
em 2 ou mais ocasiões, menos de 100.000 plaquetas/mm3 na ausência
de outra causa.
10.Desordens imunológicas:a)Anti-DNA positivo ou b)anti-Sm positivo
ou c) Anticorpo antifosfolípide (+) baseado em (I) Aumento sérico de
anticardiolipina IgG ou IgM II) Anticoagulante lúpico positivo ou III)falso
teste positivo para lues (sífilis) por mais de 6 meses com FTA-ABS
normal.
11.FAN positivo: Na ausência de uso das drogas que podem induzir
lúpus.
A presença de 4 ou mais critérios qualifica o
diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico.
Testes laboratoriais
Hemograma
VHS
PCR
Urina I
Proteinúria de 24 horas
Uréia/creatinina
Clearence de creatinina
Eletroforese de proteínas
 FAN (fator antinuclear) é o mais freqüente.
 Anti-dsDNA é sinal de doença ativa e geralmente
com doença renal.
 Anti-Sm não é muito freqüente mas, quando
presente, confirma o diagnóstico.
 Antinucleossomo apresenta boas correlações
com os níveis de anti-DNA e a atividade renal.
 C3 e C4
AUTO-ANTICORPOS
 Anti Ro (SSA): Associação com síndrome de
Sjogren lupus subagudo e lupus neonatal
 Anti La (SSB): associação com Síndrome de
Sjogren
 Anti-RNP
 Anti P ribossomal:Associado a psicose
lúpica
 Anti-histona: Associado a lupus induzido
por drogas
AUTO-ANTICORPOS
1-TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
2-TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
TRATAMENTO
1-Proteção solar
2-Dieta
3-Atividade física
4-Tratamento adequado da Hipertensão
arterial
5-Tratamento de dislipidemia
Tratamento não farmacológico
Tratamento
Mesmo havendo protocolos internacionais para o tratamento de
doenças complexas como o LES, cada paciente tem a sua
história.
Sabemos qual o melhor medicamento para cerebrite, nefrite,
dermatite, mas os resultados são individuais. O tratamento do
lúpus não é um esquema pronto para ser executado e as
características de cada caso ditarão o que se deve fazer.
Os medicamentos utilizados podem provocar efeitos colaterais
importantes e devem ser manejados por profissionais
experientes.
Os pacientes devem estar alertas para os sintomas da doença e
para as complicações que, embora raras, podem aparecer. Se
forem prontamente manejadas é muito mais fácil solucioná-las.
Tratamento Medicamentoso do Lúpus
Eritematoso Sistêmico:
Anti-inflamatórios não esteróides: Sintomáticos
Antimaláricos: Rashes, artrite
Corticosteroides: em crises severas e para tratamento de
manutenção (baixas doses)
Drogas imunossupressoras (azatioprina, methotrexate,
ciclofosfamida, etc):em crises severas (junto com
corticosteróides)
Tratamentos adicionais:
para hipertensão,infecção, lupus cerebral,trombose,desordens
hematológicas.
Les 14 3ª parte

Contenu connexe

Tendances (18)

EMcontro SPEM: "Esclerose Múltipla: Novas Realidades e Desafios" - Carlos Cap...
EMcontro SPEM: "Esclerose Múltipla: Novas Realidades e Desafios" - Carlos Cap...EMcontro SPEM: "Esclerose Múltipla: Novas Realidades e Desafios" - Carlos Cap...
EMcontro SPEM: "Esclerose Múltipla: Novas Realidades e Desafios" - Carlos Cap...
 
Lupus
LupusLupus
Lupus
 
Miastenia Grave
Miastenia GraveMiastenia Grave
Miastenia Grave
 
Esclerose multipla - escrito
Esclerose multipla - escritoEsclerose multipla - escrito
Esclerose multipla - escrito
 
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2
 
Miastenia
MiasteniaMiastenia
Miastenia
 
11. reumato 2011-les-e_sindr_afl_
11. reumato 2011-les-e_sindr_afl_11. reumato 2011-les-e_sindr_afl_
11. reumato 2011-les-e_sindr_afl_
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Imunologia
Lúpus Eritematoso Sistêmico - ImunologiaLúpus Eritematoso Sistêmico - Imunologia
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Imunologia
 
Tosse 1
Tosse 1 Tosse 1
Tosse 1
 
Tratamento de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) em um cão
Tratamento de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) em um cãoTratamento de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) em um cão
Tratamento de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) em um cão
 
Esclerose múltipla
Esclerose múltiplaEsclerose múltipla
Esclerose múltipla
 
Lupus
LupusLupus
Lupus
 
Miastenia Gravis
Miastenia GravisMiastenia Gravis
Miastenia Gravis
 
Entendendo o lúpus
Entendendo o lúpusEntendendo o lúpus
Entendendo o lúpus
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 
Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação   Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação
 
Esclerose multipla
Esclerose multiplaEsclerose multipla
Esclerose multipla
 
Lúpus
LúpusLúpus
Lúpus
 

Similaire à Les 14 3ª parte

Febre reumática (davyson sampaio braga)
Febre reumática (davyson sampaio braga)Febre reumática (davyson sampaio braga)
Febre reumática (davyson sampaio braga)Davyson Sampaio
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IImarioaugusto
 
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-121277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1Reila Silva
 
Caso clinico doença de addisson
Caso clinico doença de addissonCaso clinico doença de addisson
Caso clinico doença de addissonbiochemestry
 
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)blogped1
 
aula Pancreatite aguda.ppt
aula Pancreatite aguda.pptaula Pancreatite aguda.ppt
aula Pancreatite aguda.pptEdsonMarques73
 
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)caduanselmi
 
Síndrome de Marfan
Síndrome de MarfanSíndrome de Marfan
Síndrome de MarfanAnaGomes40
 
Ms dc 01
Ms dc 01Ms dc 01
Ms dc 01amdii
 

Similaire à Les 14 3ª parte (20)

Sle 2013
Sle 2013Sle 2013
Sle 2013
 
NEFROLOGIA.pptx
NEFROLOGIA.pptxNEFROLOGIA.pptx
NEFROLOGIA.pptx
 
Cirrosis
CirrosisCirrosis
Cirrosis
 
Febre reumática (davyson sampaio braga)
Febre reumática (davyson sampaio braga)Febre reumática (davyson sampaio braga)
Febre reumática (davyson sampaio braga)
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue II
 
Em Tempos De Dengue
Em Tempos De DengueEm Tempos De Dengue
Em Tempos De Dengue
 
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-121277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
 
Caso clinico doença de addisson
Caso clinico doença de addissonCaso clinico doença de addisson
Caso clinico doença de addisson
 
Esclerodermia
EsclerodermiaEsclerodermia
Esclerodermia
 
Esclerodermia
EsclerodermiaEsclerodermia
Esclerodermia
 
Cartilha sbr lupus
Cartilha sbr lupusCartilha sbr lupus
Cartilha sbr lupus
 
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
 
Lacm Bia e Maurício
Lacm Bia e MaurícioLacm Bia e Maurício
Lacm Bia e Maurício
 
Fenômeno de Raynaud - Documento Científico da SBP
Fenômeno de Raynaud - Documento Científico da SBP Fenômeno de Raynaud - Documento Científico da SBP
Fenômeno de Raynaud - Documento Científico da SBP
 
Síndrome nefrotica
Síndrome nefroticaSíndrome nefrotica
Síndrome nefrotica
 
aula Pancreatite aguda.ppt
aula Pancreatite aguda.pptaula Pancreatite aguda.ppt
aula Pancreatite aguda.ppt
 
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
 
Febre reumatica
Febre reumaticaFebre reumatica
Febre reumatica
 
Síndrome de Marfan
Síndrome de MarfanSíndrome de Marfan
Síndrome de Marfan
 
Ms dc 01
Ms dc 01Ms dc 01
Ms dc 01
 

Plus de pauloalambert (20)

Dtp 16 21 sp
Dtp 16 21 spDtp 16 21 sp
Dtp 16 21 sp
 
Dtp 15 21 sp
Dtp 15 21 spDtp 15 21 sp
Dtp 15 21 sp
 
Dtp 14 21 sp
Dtp 14 21 spDtp 14 21 sp
Dtp 14 21 sp
 
Dtp 13 21 sp
Dtp 13 21 spDtp 13 21 sp
Dtp 13 21 sp
 
Dtp 12 21 sp
Dtp 12 21 spDtp 12 21 sp
Dtp 12 21 sp
 
Dtp 11 21 sp
Dtp 11 21 spDtp 11 21 sp
Dtp 11 21 sp
 
Dtp 10 21 sp
Dtp 10 21 spDtp 10 21 sp
Dtp 10 21 sp
 
Dtp 09 21 sp
Dtp 09 21 spDtp 09 21 sp
Dtp 09 21 sp
 
DTP 08 21 SP
DTP 08 21 SPDTP 08 21 SP
DTP 08 21 SP
 
DTP 07 21
DTP 07 21DTP 07 21
DTP 07 21
 
DTP 06 21 SP
DTP 06 21 SPDTP 06 21 SP
DTP 06 21 SP
 
DTP 05 21 sp
DTP 05 21 spDTP 05 21 sp
DTP 05 21 sp
 
DTP 0421
DTP 0421DTP 0421
DTP 0421
 
DTP0321 SP
DTP0321 SPDTP0321 SP
DTP0321 SP
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0121 SP
DTP 0121 SPDTP 0121 SP
DTP 0121 SP
 
Folha Cornell
Folha CornellFolha Cornell
Folha Cornell
 
Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 

Les 14 3ª parte

  • 2. Comprometimento do sistema digestório Vasculite abdominal: a) Pancreatite b) Vasculite mesentérica ou isquemia intestinal Hepatomegalia Esplenomegalia Peritonite aguda/crônica
  • 4. Diagnóstico Critérios diagnósticos do LES Na tabela a seguir estão os critérios do Colégio Americano de Reumatologia de 1982 modificados em 1997. 1. Erupção malar: Eritema fixo plano ou elevado sobre as regiões malares e dorso do nariz. 2. Lesão discóide:Placas eritematosas com escamação aderente,comprometimento dos pelos e cicatrização com atrofia. 3. Foto-sensibilidade:Erupção cutânea que aparece após exposição à luz solar. 4.Úlceras orais: Ulceração de nasofaringe ou boca vista por médico. 5.Artrite: Não erosiva comprometendo duas ou mais articulações periféricas. 6. Serosite: Pleurite documentada por médico; pericardite documentada por ECG ou médico.
  • 5. 7. Desordem renal: Proteína na urina maior do que 500mg por dia ou +++ em exame comum; cilindros de hemácias, granulosos, tubulares ou mistos. 8.Desordem neurológica: Convulsões ou psicose na ausência de outra causa. 9.Desordens hematológicas: Anemia hemolítica, menos de 4000 leucócitos/mm3 em 2 ou mais ocasiões, menos de 1500 linfócitos/mm3 em 2 ou mais ocasiões, menos de 100.000 plaquetas/mm3 na ausência de outra causa. 10.Desordens imunológicas:a)Anti-DNA positivo ou b)anti-Sm positivo ou c) Anticorpo antifosfolípide (+) baseado em (I) Aumento sérico de anticardiolipina IgG ou IgM II) Anticoagulante lúpico positivo ou III)falso teste positivo para lues (sífilis) por mais de 6 meses com FTA-ABS normal. 11.FAN positivo: Na ausência de uso das drogas que podem induzir lúpus.
  • 6. A presença de 4 ou mais critérios qualifica o diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico.
  • 7. Testes laboratoriais Hemograma VHS PCR Urina I Proteinúria de 24 horas Uréia/creatinina Clearence de creatinina Eletroforese de proteínas
  • 8.  FAN (fator antinuclear) é o mais freqüente.  Anti-dsDNA é sinal de doença ativa e geralmente com doença renal.  Anti-Sm não é muito freqüente mas, quando presente, confirma o diagnóstico.  Antinucleossomo apresenta boas correlações com os níveis de anti-DNA e a atividade renal.  C3 e C4 AUTO-ANTICORPOS
  • 9.  Anti Ro (SSA): Associação com síndrome de Sjogren lupus subagudo e lupus neonatal  Anti La (SSB): associação com Síndrome de Sjogren  Anti-RNP  Anti P ribossomal:Associado a psicose lúpica  Anti-histona: Associado a lupus induzido por drogas AUTO-ANTICORPOS
  • 11. 1-Proteção solar 2-Dieta 3-Atividade física 4-Tratamento adequado da Hipertensão arterial 5-Tratamento de dislipidemia Tratamento não farmacológico
  • 12. Tratamento Mesmo havendo protocolos internacionais para o tratamento de doenças complexas como o LES, cada paciente tem a sua história. Sabemos qual o melhor medicamento para cerebrite, nefrite, dermatite, mas os resultados são individuais. O tratamento do lúpus não é um esquema pronto para ser executado e as características de cada caso ditarão o que se deve fazer.
  • 13. Os medicamentos utilizados podem provocar efeitos colaterais importantes e devem ser manejados por profissionais experientes. Os pacientes devem estar alertas para os sintomas da doença e para as complicações que, embora raras, podem aparecer. Se forem prontamente manejadas é muito mais fácil solucioná-las.
  • 14. Tratamento Medicamentoso do Lúpus Eritematoso Sistêmico: Anti-inflamatórios não esteróides: Sintomáticos Antimaláricos: Rashes, artrite Corticosteroides: em crises severas e para tratamento de manutenção (baixas doses) Drogas imunossupressoras (azatioprina, methotrexate, ciclofosfamida, etc):em crises severas (junto com corticosteróides) Tratamentos adicionais: para hipertensão,infecção, lupus cerebral,trombose,desordens hematológicas.