SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  33
SÍNDROMES
ICTÉRICAS
CLÍNICA MÉDICA I
O que é icterícia?
 “Coloração amarelada da pele, mucosas e
conjuntivas produzida pelo acúmulo de bilirrubina
no plasma e consequente deposição nos tecidos
subcutâneos.”
 Ikterus – grego – amarelo
ICTERÍCIA
Pele e escleras
amareladas
ICTERÍCIA
 Hiperbilirrubinemia sérica > 2,5 mg/dl
 TIPOS DE ICTERÍCIA:
a) HEPATOCÍTICA - Doença Hepática
b) PÓS-HEPATOCÍTICA - Obstrução de vias
biliares
c) PRÉ-HEPATOCÍTICA - Distúrbio hemolítico
 TIPOS DE BILIRRUBINAS
 Bilirrubina sérica total: 0,2 a 1,2
mg/100mL
 Fração conjugada: inferior a 15% - de 0 a
0,2 mg/100mL
 Fração não-conjugada: até 1mg/100mL
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
TIPOS DE BILIRRUBINAS
METABOLISMO DA
BILIRRUBINA
 Bilirrubina – pigmento tetrapirrólico -
produto da degradação do anel de
porfirina do heme, por destruição dos
eritrócitos senescentes pelo sistema
reticuloendotelial (sistema fagocítico
mononuclear – baço e medula).
 250 a 300mg/dia
 70 a 80%: eritrócitos senis
 20 – 30% hemólise intramedular (1%)
Turnover de hemoproteínas (citocromos e
mioglobinas)
METABOLISMO DA
BILIRRUBINA
Fígado tem capacidade de conjugar até 3x
a taxa diária (250mg x 3).
Nos casos de hemólise, a bilirrubina não-
conjugada excede, em geral, no máximo 5
mg/dL, exceto quando há lesão hepática ou
obstrução biliar associada.
METABOLISMO DA
BILIRRUBINA
METABOLISMO DA
BILIRRUBINA
 Em resumo:
 1. Produção: 4mg/kg de peso – fora do
fígado
 2. Transporte: no plasma, associada a
albumina; captação pelos hepatócitos e
transporte intracelular pelas ligandinas
 3. Conjugação com a enzima
UDPglucoroniltransferase
 4. Excreção da BC: etapa limitante
 1. MRP2
 2. cMOAT
(Sistemas ADP – dependentes)
MEDIÇÃO DA BILIRRUBINA SÉRICA
Total: 0,2 a 0,9 mg/dL 0,3mg/dL (30%) : direta
70%: indireta ou não-conjugada
Não-conjugada (BI)
 LipossolúvelLipossolúvel
 Não é filtrada pelos rinsNão é filtrada pelos rins
 Impregna o SNC – kernicterusImpregna o SNC – kernicterus
 Não interfere na cor da urinaNão interfere na cor da urina
 Não interfere na cor das fezesNão interfere na cor das fezes
Conjugada (BD)
 HidrossolúvelHidrossolúvel
 Conjugada pela UDPGTConjugada pela UDPGT
 Filtrada pelos rins -Coloração daFiltrada pelos rins -Coloração da
urinaurina
 No intestino, sob ação deNo intestino, sob ação de
bactérias, produz urobilinogêniobactérias, produz urobilinogênio
(incolor) e estercobilinogênio que(incolor) e estercobilinogênio que
dá cor às fezesdá cor às fezes
ABORDAGEM da HIPERBILIRRUBINEMIA
Não Conjugada
 Produção excessiva
 Deficiência na captação e
conjugação
Conjugada
 Deficiência na excreção
 Regurgitação a partir dos
hepatócitos e ductos biliares
HISTÓRIA CLÍNICA
 InícioRápido após cólicas biliares:
Icterícia colestática.Lento ou
insidioso:Colestase intra-hepática.Não
colestática por hemólise e a pré-
hepática desde a infância.
 COR DA URINA: Urina colúrica - Mancha
as vestes de amarelo, é escura (cor de
Coca-Cola ou vinho do porto) com
espuma amarela: icterícia
colestática,hepática e pós-hepática.
Urina acolúrica :É a que ,na presença de
icterícia, não mancha as vestes, a
urina é clara e sem espuma amarela:
icterícia não-colestática ,pré hepática
(hemolítica ou não)
HISTÓRIA CLÍNICA
 COR DAS FEZES: Fezes acólicas: São
descoradas, com aparência de massa
de vidraceiro,branco-
acinzentada:icterícia colestática,
hepática (hepatocítica ou colangiolar),
ou ambas,que determinam as fezes
acólicas em certo período da sua
evolução,ou icterícia colestática pós-
hepática,com obstrução completa das
vias biliares pós-hepáticas.
 FEZES HIPERCORADAS OU
PLEIOCRÔMICAS São de cor marrom
bastante escuro, decorrentes DO
EXCESSO DE colebilirrubina:
ICTERÍCIA NÃO COLESTÁTICA
(hemolítica ou não)
História clínica
 INTENSIDADE DA COLORAÇÃO DA
ICTERÍCIA:
 a) Amarelo – esverdeado= icterícia
colestática ou verdínica
 b) Amarelo – esverdeado = com
vermelhidão das maçãs do rosto
condicionada por febre alta: icterícia
rubínica
 c) Verdínica de longa evolução: icterícia
melânica
 d) Amarelo-claro ,bem claro, menos intenso
do que a palidez (Icterícia flavínica)
HISTÓRIA CLÍNICA
 DISPEPSIA BILIAR: Peso no hipocôndrio
direito/epigástrio à ingestão de alimentos
gordurosos preferencialmente.
 CÓLICA BILIAR: Dor em cólica no
hipocôndrio direito com irradiação para
ombro direito, dorso direito, região pré-
cordial, e nos comprometimentos do fluxo
do suco pancreático para a papila
duodenal, a irradiação também se faz para
o hipocôndrio e para o ombro e dorso
esquerdos.
 PRURIDO: Nas icterícias colestáticas
HISTÓRIA CLÍNICA
 ASTENIA
 CONTÁGIO
 FEBRE E CALAFRIOS
 Substâncias tóxicas
 Alcoolismo
 Cirurgias e Ttos prévios
 História familiar
 Transfusão, transplantes e drogas
 Prática sexual (hep B)
 Viagens a zonas endêmicas (hepA, E)
Exame Físico
 Estado nutricional
 Sinais de hepatopatia crônica Aranhas
vasculares, eritema palmar,
ginecomastia,atrofia testicular, flapping,
hálito hepático, varizes esofágicas, perda
de massa muscular, hematomas,
equimoses, edema de MMII.
EXAME FÍSICO
 Tamanho e consistência do fígado
 Linfadenopatias?
 Baço palpável?
 Ascite? – cirrose, CA com disseminação
peritoneal
 Sinal de Murphy – colecistite, colangite
ascendente
 Turgência jugular – ICC direita – congestão
hepática
 Nódulo de Virchow e/ou Nódulo de Maria-
José – CA abdominal
ELEVAÇÃO ISOLADA
DA BILIRRUBINA
SÉRICA - NÃO-
CONJUGADA
 Produção excessiva
A)Distúrbios hemolíticos
B)Eritropoiese ineficaz
 Captação/conjugação
a)Efeito medicamentoso
b)Distúrbios genéticos
CAUSAS
DISTÚRBIOS
HEMOLÍTICOS
Hereditários
A)Esferocitose
B)Anemia falciforme
C)Talassemia
D)Def. enzimáticas ( piruvatoquinase, G6PD)
DISTÚRBIOS
HEMOLÍTICOS
 Em geral, níveis de bilirrubina sérica não
excedem 5mg/Dl
 Exceção: distúrbios renais e hepatocelular
associados e caso de hemólise aguda
 Alta probabilidade de coledocolitíase
DISTÚRBIOS
HEMOLÍTICOS

Adquiridos
*Anemia hemolítica microangiopática
*Hemoglobinúria Paroxística Noturna
*Anemia ligada a acantocitose
*Hemólise imune
*Eritropoiese ineficaz: deficiência de
cobalamina, folato e ferro
ETIOLOGIA
MEDICAMENTOSA
 Rifampicina, probenicida, ribavirina
Diminuição da captação hepática
DISTÚRBIOS DE
CONJUGAÇÃO
 Síndrome de Crigler-Najjar I: neonatos,
icterícia grave (>20mg/dL), compr.
neurológico – kernicterus
 Ausência da atividade da bilirrubina UDGT
Incapaz de conjugação, logo também de
excreção de bilirrubina
 Tto: transplante ortotópico do fígado
(Refere-se ao procedimento em que o
fígado doente é removido do paciente e um
novo órgão saudável, proveniente de um
doador cadáver, é colocado no mesmo
lugar. )
DISTÚRBIOS DE
CONJUGAÇÃO
 Síndrome de Crigler-Najjar II: podem viver
até a idade adulta com níveis séricos entre
6 a 25mg/dL.
 Mutação no gene da bilirrubina UDPGT,
reduzindo a atividade da enzima
 Fenobarbital é capaz de induzir a atividade
da enzima, reduzindo a icterícia.
DISTÚRBIOS DE
CONJUGAÇÃO
 Síndrome de Gilbert: atividade
comprometida da UDPGT, níveis < 6mg/dL.
 Acomete 3 a 7% da população
 2 a 7 homens: 1 mulher
 estresse, jejum prolongado, exercícios
físicos extenuantes, doença febril,
desidratação, hemólise período menstrual.
ELEVAÇÃO ISOLADA
DA BILIRRUBINA
SÉRICA -
CONJUGADA
 Síndrome de Dubin-Johnson: icterícia
assintomática, segunda década de vida.
Mutação na proteína 2 de resistência a
múltiplos fármacos, alteração na excreção
da bilirrubina nos ductos biliares
 Síndrome de Rotor: icterícia assintomática,
segunda década de vida, problema com o
armanezamento hepático das bilirrubinas.
DISTÚRBIOS
HEPATOCELULARES
1-Hepatite viral (> 500U/l ; ALT > AST)
IgM anti-HepA, Ag HepB, teste de RNA viral
p/ HepC, HepD, HepE, EBV, CMV
2-Toxicidades (> 500U/l ; ALT > AST)
3-Hepatite auto-imune ( AST:ALT – 2:1 ;
<300U/l)
4-Hepatite alcoólica
5-Alcoolismo / cirrose terminal
6-Doença de Wilson
Distúrbios hepatocelulares que podem causar
icterícia
- Hepatites virais
A, B, C, D, E , EBV,CMV e Herpes simples
- Álcool /Toxicidade medicamentosaPrevisível dependente da dose
– paracetamol /Idiossincrática – isoniazida –
- Toxinas AmbientaisCloreto de vinil / Cogumelos silvestres
- Doença de Wilson
- Hepatite Auto-imune
DISTÚRBIOS
COLESTÁTICOS
 Colestase: diminuição ou interrupção do
fluxo de bile para o duodeno, podendo ser
funcional ou mecânico-obstrutiva.
 Dependendo do nível:
a)Intra-hepática
b)Extra-hepática (grandes ductos, colédoco,
vesícula, papila e pâncreas
DISTÚRBIOS
COLESTÁTICOS
 Bilirrubina DIRETA (conjugada) reflui para
o hepatócito – cai na corrente sanguínea –
é filtrada pelos rins – alteração na cor da
urina (cor de coca-cola) – colúria
 Hipocolia ou acolia fecal: bilirrubina direta
não está chegando no intestino
Esteatorréia
Deficiência de vitaminas lipossolúveis –
vit. K
COLESTASE INTRA-HEPÁTICA
 Hepatite viral
 Hepatite alcoólica
 Toxicidade medicamentosa (p. ex: anabolizantes, contraceptivos, clorpromazina)
 Cirrose Biliar primária
 Colangite esclerosante primária
 Colestase da gravidez
 Síndrome Paraneoplásica
 Causas Familiares
 TB
 Amiloidose
 Linfoma
COLESTASE EXTRA-HEPÁTICA
Malignas
 Colangiocarcinoma
 CA pâncreas
 CA de vesícula biliar
 CA ampular
 Compr. De linfonodos hilares
Benignas
 Coledocolitíase
 Após cirurgias
 Colangite esclerosante primária
 Pancreatite crônica
 Colangiopatia da AIDS
 Doença Parasitária - ascaridíase
Síndromes ictéricas

Contenu connexe

Tendances (20)

Exame físico do Tórax
Exame físico do TóraxExame físico do Tórax
Exame físico do Tórax
 
Insuficiência hepática
Insuficiência hepáticaInsuficiência hepática
Insuficiência hepática
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periférica
 
Hipertensão Portal
Hipertensão PortalHipertensão Portal
Hipertensão Portal
 
Derrames Pleurais
Derrames PleuraisDerrames Pleurais
Derrames Pleurais
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal Aguda
 
Ascite
AsciteAscite
Ascite
 
Exame fisico abdome
Exame fisico abdomeExame fisico abdome
Exame fisico abdome
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticos
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCInsuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica
 
Febre
Febre Febre
Febre
 
DERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso ClínicoDERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso Clínico
 
Propedeutica das hemorragias digestivas
Propedeutica das hemorragias digestivasPropedeutica das hemorragias digestivas
Propedeutica das hemorragias digestivas
 
Exame físico do abdome l
Exame físico do abdome lExame físico do abdome l
Exame físico do abdome l
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
Ascite
AsciteAscite
Ascite
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)
 
Cirrose hepática
Cirrose hepáticaCirrose hepática
Cirrose hepática
 

Similaire à Síndromes ictéricas

Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão PortaInsuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão Portapauloalambert
 
Cirrose Hepática
Cirrose HepáticaCirrose Hepática
Cirrose Hepáticaivanaferraz
 
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutriçãoLuaraGarcia3
 
Urinalise - 2010
Urinalise - 2010Urinalise - 2010
Urinalise - 2010rdgomlk
 
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01anacristinadias
 
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoCirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoEugênia
 
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTAINSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTApauloalambert
 
Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015ReginaReiniger
 
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdfAula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdfJoseericdelima
 
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e GastrointestinalAssistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e GastrointestinalRanther Rcc
 
Figado.pdf
Figado.pdfFigado.pdf
Figado.pdfJoorG1
 

Similaire à Síndromes ictéricas (20)

Gato amarelo
Gato amareloGato amarelo
Gato amarelo
 
Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão PortaInsuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
 
Cirrose Hepática
Cirrose HepáticaCirrose Hepática
Cirrose Hepática
 
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
 
Urinalise - 2010
Urinalise - 2010Urinalise - 2010
Urinalise - 2010
 
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
 
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoCirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
 
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTAINSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
INSUFICIENCIA HEPÁTICA E HIPERTENSÃO PORTA
 
Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 
Aula urinalise 2015
Aula urinalise 2015Aula urinalise 2015
Aula urinalise 2015
 
Sistema+renal
Sistema+renalSistema+renal
Sistema+renal
 
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdfAula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
Aula 4. Nutrição e Hepatopatias COMPLETA.pdf
 
Aula Vesícula Biliar
Aula Vesícula BiliarAula Vesícula Biliar
Aula Vesícula Biliar
 
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e GastrointestinalAssistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
Assistência à Crianças em Disfunção Geniturinária e Gastrointestinal
 
38515565 bioquimica-da-urina
38515565 bioquimica-da-urina38515565 bioquimica-da-urina
38515565 bioquimica-da-urina
 
Aula 6 - B
Aula 6 - BAula 6 - B
Aula 6 - B
 
Litíase urinária atualizada
Litíase urinária atualizadaLitíase urinária atualizada
Litíase urinária atualizada
 
Apresentação cirrose hepatica
Apresentação cirrose hepaticaApresentação cirrose hepatica
Apresentação cirrose hepatica
 
Figado.pdf
Figado.pdfFigado.pdf
Figado.pdf
 

Plus de pauloalambert (20)

Dtp 16 21 sp
Dtp 16 21 spDtp 16 21 sp
Dtp 16 21 sp
 
Dtp 15 21 sp
Dtp 15 21 spDtp 15 21 sp
Dtp 15 21 sp
 
Dtp 14 21 sp
Dtp 14 21 spDtp 14 21 sp
Dtp 14 21 sp
 
Dtp 13 21 sp
Dtp 13 21 spDtp 13 21 sp
Dtp 13 21 sp
 
Dtp 12 21 sp
Dtp 12 21 spDtp 12 21 sp
Dtp 12 21 sp
 
Dtp 11 21 sp
Dtp 11 21 spDtp 11 21 sp
Dtp 11 21 sp
 
Dtp 10 21 sp
Dtp 10 21 spDtp 10 21 sp
Dtp 10 21 sp
 
Dtp 09 21 sp
Dtp 09 21 spDtp 09 21 sp
Dtp 09 21 sp
 
DTP 08 21 SP
DTP 08 21 SPDTP 08 21 SP
DTP 08 21 SP
 
DTP 07 21
DTP 07 21DTP 07 21
DTP 07 21
 
DTP 06 21 SP
DTP 06 21 SPDTP 06 21 SP
DTP 06 21 SP
 
DTP 05 21 sp
DTP 05 21 spDTP 05 21 sp
DTP 05 21 sp
 
DTP 0421
DTP 0421DTP 0421
DTP 0421
 
DTP0321 SP
DTP0321 SPDTP0321 SP
DTP0321 SP
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0121 SP
DTP 0121 SPDTP 0121 SP
DTP 0121 SP
 
Folha Cornell
Folha CornellFolha Cornell
Folha Cornell
 
Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 

Dernier

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfjuliperfumes03
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 

Dernier (7)

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 

Síndromes ictéricas

  • 2. O que é icterícia?  “Coloração amarelada da pele, mucosas e conjuntivas produzida pelo acúmulo de bilirrubina no plasma e consequente deposição nos tecidos subcutâneos.”  Ikterus – grego – amarelo
  • 4. ICTERÍCIA  Hiperbilirrubinemia sérica > 2,5 mg/dl  TIPOS DE ICTERÍCIA: a) HEPATOCÍTICA - Doença Hepática b) PÓS-HEPATOCÍTICA - Obstrução de vias biliares c) PRÉ-HEPATOCÍTICA - Distúrbio hemolítico  TIPOS DE BILIRRUBINAS  Bilirrubina sérica total: 0,2 a 1,2 mg/100mL  Fração conjugada: inferior a 15% - de 0 a 0,2 mg/100mL  Fração não-conjugada: até 1mg/100mL DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO TIPOS DE BILIRRUBINAS
  • 5. METABOLISMO DA BILIRRUBINA  Bilirrubina – pigmento tetrapirrólico - produto da degradação do anel de porfirina do heme, por destruição dos eritrócitos senescentes pelo sistema reticuloendotelial (sistema fagocítico mononuclear – baço e medula).  250 a 300mg/dia  70 a 80%: eritrócitos senis  20 – 30% hemólise intramedular (1%) Turnover de hemoproteínas (citocromos e mioglobinas)
  • 6. METABOLISMO DA BILIRRUBINA Fígado tem capacidade de conjugar até 3x a taxa diária (250mg x 3). Nos casos de hemólise, a bilirrubina não- conjugada excede, em geral, no máximo 5 mg/dL, exceto quando há lesão hepática ou obstrução biliar associada.
  • 8. METABOLISMO DA BILIRRUBINA  Em resumo:  1. Produção: 4mg/kg de peso – fora do fígado  2. Transporte: no plasma, associada a albumina; captação pelos hepatócitos e transporte intracelular pelas ligandinas  3. Conjugação com a enzima UDPglucoroniltransferase  4. Excreção da BC: etapa limitante  1. MRP2  2. cMOAT (Sistemas ADP – dependentes)
  • 9. MEDIÇÃO DA BILIRRUBINA SÉRICA Total: 0,2 a 0,9 mg/dL 0,3mg/dL (30%) : direta 70%: indireta ou não-conjugada Não-conjugada (BI)  LipossolúvelLipossolúvel  Não é filtrada pelos rinsNão é filtrada pelos rins  Impregna o SNC – kernicterusImpregna o SNC – kernicterus  Não interfere na cor da urinaNão interfere na cor da urina  Não interfere na cor das fezesNão interfere na cor das fezes Conjugada (BD)  HidrossolúvelHidrossolúvel  Conjugada pela UDPGTConjugada pela UDPGT  Filtrada pelos rins -Coloração daFiltrada pelos rins -Coloração da urinaurina  No intestino, sob ação deNo intestino, sob ação de bactérias, produz urobilinogêniobactérias, produz urobilinogênio (incolor) e estercobilinogênio que(incolor) e estercobilinogênio que dá cor às fezesdá cor às fezes
  • 10. ABORDAGEM da HIPERBILIRRUBINEMIA Não Conjugada  Produção excessiva  Deficiência na captação e conjugação Conjugada  Deficiência na excreção  Regurgitação a partir dos hepatócitos e ductos biliares
  • 11. HISTÓRIA CLÍNICA  InícioRápido após cólicas biliares: Icterícia colestática.Lento ou insidioso:Colestase intra-hepática.Não colestática por hemólise e a pré- hepática desde a infância.  COR DA URINA: Urina colúrica - Mancha as vestes de amarelo, é escura (cor de Coca-Cola ou vinho do porto) com espuma amarela: icterícia colestática,hepática e pós-hepática. Urina acolúrica :É a que ,na presença de icterícia, não mancha as vestes, a urina é clara e sem espuma amarela: icterícia não-colestática ,pré hepática (hemolítica ou não)
  • 12. HISTÓRIA CLÍNICA  COR DAS FEZES: Fezes acólicas: São descoradas, com aparência de massa de vidraceiro,branco- acinzentada:icterícia colestática, hepática (hepatocítica ou colangiolar), ou ambas,que determinam as fezes acólicas em certo período da sua evolução,ou icterícia colestática pós- hepática,com obstrução completa das vias biliares pós-hepáticas.  FEZES HIPERCORADAS OU PLEIOCRÔMICAS São de cor marrom bastante escuro, decorrentes DO EXCESSO DE colebilirrubina: ICTERÍCIA NÃO COLESTÁTICA (hemolítica ou não)
  • 13. História clínica  INTENSIDADE DA COLORAÇÃO DA ICTERÍCIA:  a) Amarelo – esverdeado= icterícia colestática ou verdínica  b) Amarelo – esverdeado = com vermelhidão das maçãs do rosto condicionada por febre alta: icterícia rubínica  c) Verdínica de longa evolução: icterícia melânica  d) Amarelo-claro ,bem claro, menos intenso do que a palidez (Icterícia flavínica)
  • 14. HISTÓRIA CLÍNICA  DISPEPSIA BILIAR: Peso no hipocôndrio direito/epigástrio à ingestão de alimentos gordurosos preferencialmente.  CÓLICA BILIAR: Dor em cólica no hipocôndrio direito com irradiação para ombro direito, dorso direito, região pré- cordial, e nos comprometimentos do fluxo do suco pancreático para a papila duodenal, a irradiação também se faz para o hipocôndrio e para o ombro e dorso esquerdos.  PRURIDO: Nas icterícias colestáticas
  • 15. HISTÓRIA CLÍNICA  ASTENIA  CONTÁGIO  FEBRE E CALAFRIOS  Substâncias tóxicas  Alcoolismo  Cirurgias e Ttos prévios  História familiar  Transfusão, transplantes e drogas  Prática sexual (hep B)  Viagens a zonas endêmicas (hepA, E)
  • 16. Exame Físico  Estado nutricional  Sinais de hepatopatia crônica Aranhas vasculares, eritema palmar, ginecomastia,atrofia testicular, flapping, hálito hepático, varizes esofágicas, perda de massa muscular, hematomas, equimoses, edema de MMII.
  • 17. EXAME FÍSICO  Tamanho e consistência do fígado  Linfadenopatias?  Baço palpável?  Ascite? – cirrose, CA com disseminação peritoneal  Sinal de Murphy – colecistite, colangite ascendente  Turgência jugular – ICC direita – congestão hepática  Nódulo de Virchow e/ou Nódulo de Maria- José – CA abdominal
  • 18. ELEVAÇÃO ISOLADA DA BILIRRUBINA SÉRICA - NÃO- CONJUGADA  Produção excessiva A)Distúrbios hemolíticos B)Eritropoiese ineficaz  Captação/conjugação a)Efeito medicamentoso b)Distúrbios genéticos CAUSAS
  • 20. DISTÚRBIOS HEMOLÍTICOS  Em geral, níveis de bilirrubina sérica não excedem 5mg/Dl  Exceção: distúrbios renais e hepatocelular associados e caso de hemólise aguda  Alta probabilidade de coledocolitíase
  • 21. DISTÚRBIOS HEMOLÍTICOS  Adquiridos *Anemia hemolítica microangiopática *Hemoglobinúria Paroxística Noturna *Anemia ligada a acantocitose *Hemólise imune *Eritropoiese ineficaz: deficiência de cobalamina, folato e ferro
  • 22. ETIOLOGIA MEDICAMENTOSA  Rifampicina, probenicida, ribavirina Diminuição da captação hepática
  • 23. DISTÚRBIOS DE CONJUGAÇÃO  Síndrome de Crigler-Najjar I: neonatos, icterícia grave (>20mg/dL), compr. neurológico – kernicterus  Ausência da atividade da bilirrubina UDGT Incapaz de conjugação, logo também de excreção de bilirrubina  Tto: transplante ortotópico do fígado (Refere-se ao procedimento em que o fígado doente é removido do paciente e um novo órgão saudável, proveniente de um doador cadáver, é colocado no mesmo lugar. )
  • 24. DISTÚRBIOS DE CONJUGAÇÃO  Síndrome de Crigler-Najjar II: podem viver até a idade adulta com níveis séricos entre 6 a 25mg/dL.  Mutação no gene da bilirrubina UDPGT, reduzindo a atividade da enzima  Fenobarbital é capaz de induzir a atividade da enzima, reduzindo a icterícia.
  • 25. DISTÚRBIOS DE CONJUGAÇÃO  Síndrome de Gilbert: atividade comprometida da UDPGT, níveis < 6mg/dL.  Acomete 3 a 7% da população  2 a 7 homens: 1 mulher  estresse, jejum prolongado, exercícios físicos extenuantes, doença febril, desidratação, hemólise período menstrual.
  • 26. ELEVAÇÃO ISOLADA DA BILIRRUBINA SÉRICA - CONJUGADA  Síndrome de Dubin-Johnson: icterícia assintomática, segunda década de vida. Mutação na proteína 2 de resistência a múltiplos fármacos, alteração na excreção da bilirrubina nos ductos biliares  Síndrome de Rotor: icterícia assintomática, segunda década de vida, problema com o armanezamento hepático das bilirrubinas.
  • 27. DISTÚRBIOS HEPATOCELULARES 1-Hepatite viral (> 500U/l ; ALT > AST) IgM anti-HepA, Ag HepB, teste de RNA viral p/ HepC, HepD, HepE, EBV, CMV 2-Toxicidades (> 500U/l ; ALT > AST) 3-Hepatite auto-imune ( AST:ALT – 2:1 ; <300U/l) 4-Hepatite alcoólica 5-Alcoolismo / cirrose terminal 6-Doença de Wilson
  • 28. Distúrbios hepatocelulares que podem causar icterícia - Hepatites virais A, B, C, D, E , EBV,CMV e Herpes simples - Álcool /Toxicidade medicamentosaPrevisível dependente da dose – paracetamol /Idiossincrática – isoniazida – - Toxinas AmbientaisCloreto de vinil / Cogumelos silvestres - Doença de Wilson - Hepatite Auto-imune
  • 29. DISTÚRBIOS COLESTÁTICOS  Colestase: diminuição ou interrupção do fluxo de bile para o duodeno, podendo ser funcional ou mecânico-obstrutiva.  Dependendo do nível: a)Intra-hepática b)Extra-hepática (grandes ductos, colédoco, vesícula, papila e pâncreas
  • 30. DISTÚRBIOS COLESTÁTICOS  Bilirrubina DIRETA (conjugada) reflui para o hepatócito – cai na corrente sanguínea – é filtrada pelos rins – alteração na cor da urina (cor de coca-cola) – colúria  Hipocolia ou acolia fecal: bilirrubina direta não está chegando no intestino Esteatorréia Deficiência de vitaminas lipossolúveis – vit. K
  • 31. COLESTASE INTRA-HEPÁTICA  Hepatite viral  Hepatite alcoólica  Toxicidade medicamentosa (p. ex: anabolizantes, contraceptivos, clorpromazina)  Cirrose Biliar primária  Colangite esclerosante primária  Colestase da gravidez  Síndrome Paraneoplásica  Causas Familiares  TB  Amiloidose  Linfoma
  • 32. COLESTASE EXTRA-HEPÁTICA Malignas  Colangiocarcinoma  CA pâncreas  CA de vesícula biliar  CA ampular  Compr. De linfonodos hilares Benignas  Coledocolitíase  Após cirurgias  Colangite esclerosante primária  Pancreatite crônica  Colangiopatia da AIDS  Doença Parasitária - ascaridíase