2. VASCULITES
Inflamação na parede dos vasos
Histopatologia – necrose da parede do vaso, proliferação endotelial
e acúmulo de células inflamatórias
Em algumas doenças também pode haver lesão tecidual não
relacionada com vasculite
10. ARTERITE DE TAKAYASU
Vasculite crônica de etiologia desconhecida
Sexo feminino – 80-90%
Idade – Geralmente entre 10-40 anos (<50 anos)
Afeta aorta e seus ramos
11. ARTERITE DE TAKAYASU
Fisiopatologia
Inflamação ativa na parede dos vasos, com infiltrado mononuclear,
células gigantes e inflamação granulomatosa na camada média
-> Espessamento da parede das artérias acometidas (redução da luz)
-> Destruição da lâmina elástica -> dilatações aneurismáticas
12.
13.
14.
15. ARTERITE DE TAKAYASU
Manifestações Clínicas
Sistêmicas
Fadiga, febre, perda de peso
Vasculares
Extremidades frias
Claudicação
Parestesias
Sd. do roubo da subclávia
Outras
Artralgia, angina, IAM, Regurgitação aórtica
16.
17. ARTERITE DE TAKAYASU
Exame Físico
Diferença de PA em membros (>10mmHg)
Assimetria de pulso
Sopros vasculares
Hipertensão
Imagem
US, AngioTC e AngioRM, Arteriografia
Laboratório
Achados inespecíficos
Anemia, elevação de VHS e PCR, hipoalbuminemia
18.
19. ARTERITE DE TAKAYASU
Classificação
Idade < 40 anos
Claudicação de extremidades
Redução do pulso de 1 ou 2 artérias braquiais
Diferença de PAS > 10mmHg entre MMSS
Sopro audível em subclávias ou aorta abdominal
Anormalidades à arteriografia
*3 de 6 critérios
20. ARTERITE DE TAKAYASU
Tratamento
Glicocosteróides(1mg/kg nos 3 primeiros meses e redução gradual – 10% por semana)
Imunossupressores
Metotrexato
Azatioprina
Leflunomida
Tocilizumabe
21. ARTERITE DE TAKAYASU
Calibre Grandes vasos
Faixa etária < 50 anos
Manifestações Claudicação
Assimetria de pulso
Assimetria de PA
Sopros
23. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES / POLIMIALGIA
REUMÁTICA
São 2 síndromes inflamatórias relacionadas
ACG – infiltrado inflamatório que ocupa a parede de vasos de grande e médio calibre,
com injúria mural, oclusão luminal e estenose vascular
PMR – Associada a dor muscular intensa afetando cintura escapular e cintura pélvica,
podendo haver inflamação sinovial em articulações proximais
*Restritas para pacientes > 50 anos
24. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Arterite granulomatosa
Principais vasos acometidos – aorta e seus ramos, tipicamente ramos
da carótida externa, como as artérias temporais
Principais complicações – perda da visão e AVC
25. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Manifestações clínicas
Cefaléia (geralmente temporal)
Aumento de sensibilidade na região
Claudicação de mandíbula
Perda visual súbita (NOIA)
Lesões estenóticas distais em subclávias, axilares e braquiais
Fraqueza, febre, fadiga
50% tem sintomas de polimialgia reumática
26.
27. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Diagnóstico (3 de 5)
Idade > 50 anos
Cefaléia recente ou mudança de características
Sensibilidade ou redução de pulso da a. temporal
Elevação de VHS
Histologia (lesão granulomatosa, com células gigantes multinucleadas
ou infiltrado difuso de mononucleares)
28. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Biópsia arterial
Laboratório
Elevação de VHS
US
Sinal do Halo
RM
29. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Biópsia arterial
Laboratório
Elevação de VHS
US
Sinal do Halo
RM
30.
31. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Tratamento
Glicocorticóides
1mg/kg e redução lenta e gradual
Perda visual - Pulsoterapia com metlprednisolona
Imunossupressores
Azatioprina
Metotrexato
Tocilizumabe
32. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Calibre Grandes vasos
Faixa etária > 50 anos
Manifestações Cefaléia Temporal
Perda da visão
Elevação de VHS
Tratamento Corticóide
Metotrexato
Anti-TNF
Tocilizumabe
45. DOENÇA DE KAWASAKI
Calibre Médios vasos
Faixa etária 4 - 8 anos
Manifestações Febre
Descamação em mãos
Língua em framboesa
Conjuntivite
Rash
*Aneurisma de coronárias
Tratamento IVIG
47. POLIARTERITE NODOSA
Arterite necrotizantes de artérias de médio e pequeno calibre, sem
glomerulonefrite ou vasculite em arteríolas, capilares ou vênulas e
não associada ao ANCA
Pode acometer qualquer órgão, com exceção do pulmão
Pico na 6ª década
48. POLIARTERITE NODOSA
Maior parte dos casos é idiopática, porém pode estar relacionada
com o vírus B
Espessamento da parede vaso -> redução do calibre ->
isquemia/infarto e formação de aneurismas
49. POLIARTERITE NODOSA
Quadro clínico
Pele
Púrpura, livedo reticular, úlceras e isquemia digital
Neurológico
Mononeurite múltipla
Renal
Nefropatia vascular, sem glomerulonefrite
TGI
Dor abdominal
Orquite
Geralmente unilateral
50.
51.
52.
53.
54.
55. POLIARTERITE NODOSA
Tratamento
Doença leve
Glicocorticóides
Azatioprina ou Metotrexato
Doença moderada ou grave
Associação de glicocorticoides com ciclofosfamida
*Associação com hepatite B – terapia antiviral, pode ser feita plasmaférese
56. POLIARTERITE NODOSA
Calibre Médios vasos
Faixa etária 6ª década
Manifestações Associação com vírus B
Orquite
Livedo Reticular
Mononeurite múltipla
Dor abdominal
57. VASCULITE DE PEQUENOS VASOS
Associadas ao ANCA
Poliangiite granulomatosa (GPA) – Granulomatose de Wegener
Poliangiite microscópica (PAM)
Poliangiite granulomatosa eosinofílica (EGPA) – Churg Strauss
Por complexos Imunes
Vasculite por IgA – Púrpura de Henoch-Schönlein
Crioglobulinemias
59. VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS
Grupo de doenças de causa desconhecida e que compartilham o
achado de inflamação necrotizante em pequenos e médios vasos e
associação variável com a presença de ANCA (anticorpos
citoplasmáticos antineutrófilos)
60. VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS
ANCA
São anticorpos anti MPO, PR3 ou outros constituintes de grânulos
primários dos neutrófilos
Papel patogênico incerto
Presente em:
90-95% das GPA generalizadas
70-80% das GPA forma limitada
70% das PAM
40-50% das EGPA
61. VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS
ANCA
3 padrões à imunofluorescênia
Citoplasmático (c-ANCA) – associado a anti-PR3 -> GPA
Perinuclear (p-ANCA) – associado a anti-MPO-> EGPA e PAM
Atípico (x-ANCA)
64. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
Granulomatose de Wegener
Inflamação necrotizante granulomatosa que geralmente envolve
trato respiratório superior e inferior e vasculite necrotizante de
pequenos e médios vasos
66. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
Via aérea superior (90% dos casos)
Sinusopatia
Dor, congestão, rinorréia purulenta, epistaxe
Perfuração de septo, colapso nasal, nariz em sela
Surdez
Condução x neurossensorial
Estenose subglótica
Inflamação traqueal
71. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
Renal
Glomerulonefrite focal e segmentar necrotizante, com formação de crescentes
Proteinúria subnefrótica
Hematúria com DE
Cilindros celulares
IF - Pauciimune
72. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
Outros
Ocular
Esclerite necrotizante
Ceratite ulcerativa periférica
Sistema nervoso
Paquimeningite
Pele
Púrpura palpável
Constitucionais
73. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
Extensão da Doença
Localizada
Trato respiratório superior e/ou inferior
Sistêmica Inicial
Qualquer envolvimento sem risco de dano aos órgãos envolvidos ou risco de morte
Generalizada
Envolvimento renal e/ou de outros órgãos com risco de falência
Creatinina <5,6
Grave
Creatinina >5,6
Refratária
Doença refratária, progressiva, sem resposta ao uso de corticosteroides e ciclofosfamida
74. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
Tratamento
Localizada e Sistêmica Inicial
Prednisona
Metotrexato
Generalizada
Prednisona
Ciclofosfamida (3-6 meses) e manutenção Azatioprina ou metotrexato
Grave
Prednisona
Ciclofosfamida (3-6 meses) e manutenção com Azatioprina ou metotrexato
Plasmaférese
Refratária
Ritoximabe
75. GRANULOMATOSE COM POLIANGIÍTE
Calibre Pequenos vasos
Faixa etária 5ª década
Manifestações Sinusopatia
Nódulo pulmonar
Hemorragia alveolar
Glomerulonefrite pauciimune
Autoanticorpos C Anca e AntiPR3
AP Inflamação granulomatosa
77. POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA (PAM)
Vasculite necrotizante, com pouco ou ausência de depósitos imunes,
predominante de pequenos vasos. Não há inflamação
granuloamatosa
Pico – 65 -75 anos
82. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
Churg-Strauss
Inflamação granulomatosa necrotizante e rica em eosinófilos, que
geralmente acomete o trato respiratório e vasculite necrotizante de
pequenos e médios vasos, assocada a asma e eosinofilia
Pico na 5ª década
84. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
Renal
Mais leve que na GPA e PAM
Sistema nervoso
Ocorre em 70-80%
Mais comum é mononeurite múltipla
TGI
Angiíte mesentérica
Hematológico
Hipereosinofilia (>10% do diferencial)
Elevação frequente de IgE
85. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
Tratamento
Five factor score (FFS)
1. Elevação de creatinina (>1,58)
2. Proteinúria (>1g em 24h)
3. Envolvimento do TGI
4. Cardiomiopatia
5. Envolvimento neurológico
87. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
Calibre Pequenos vasos
Faixa etária 5ª década
Manifestações Asma de início tardio e refratária
Eosinofilia
Elevação IgE
Mononeurite múltipla
Autoanticorpos P ANCA / AntiMPO
89. CRIOGLOBULINEMIA
Caracterizada pela presença no soro de uma ou mais
imunoglobulinas que precipitam em temperaturas inferiores a 37º e
são novamente dissolvidas com o reaquecimento
90. CRIOGLOBULINEMIA
Tipo I
Imunoglobulina monoclonal isolada
Geralmente associadas a desordens imunoproliferativas
Tipo II
Composto por IgG policlonal e IgM monoclonal contra a Fc do IgG
Geralmente associada a HCV
Tipo III
IgG e IgM policlonais
Secundária a infecções, doenças autoimunes e doenças linfoproliferativas
94. CRIOGLOBULINEMIA
Renal
Hematúria microscópica e proteinúria subnefrótica (41%)
Proteinúria nefrótica com ou sem DRC (22%)
Glomerulonefrite aguda (14%)
IRA (9%)
95. CRIOGLOBULINEMIA
Neurológico
Mais comum – neuropatia sensitivo motora leve
Disordens linfoproliferativas
Associação com desenvolvimento de linfoma
Laboratório
Presença de crioglobulinas
Fator reumatoide
Consumo de complemento
108. DOENÇA DE BEHÇET
Doença caracterizada por úlceras orais recorrentes e outras
manifestações, como úlceras genitais, doença ocular, lesões de pele,
envolvimento do TGI, doença neurógica e vascular
Mais comum na rota da seda (em especial Turquia)
Distribuição igual entre os sexos
Mais comum entre 20 – 40 anos
109. DOENÇA DE BEHÇET
Úlceras orais
Dolorosas, múltiplas
Geralmente desaparecem espontaneamente em 1-3 semanas
Geralmente a 1ª manifestação
Úlceras genitais
> 75% dos pacientes
Mais comum em escroto e vulva
111. DOENÇA DE BEHÇET
Pele
75% dos pacientes
Lesões acneiformes
*Patergia
Pápula/pústula eritematosa que aparece em resposta a trauma em pele
Eritema Nodoso