SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  119
Télécharger pour lire hors ligne
VASCULITES
Disciplina de Reumatologia
VASCULITES
 Inflamação na parede dos vasos
 Histopatologia – necrose da parede do vaso, proliferação endotelial
e acúmulo de células inflamatórias
 Em algumas doenças também pode haver lesão tecidual não
relacionada com vasculite
VASCULITES
 Etiologias desconhecidas
 Termos descritivos x Epônimos
VASCULITES
 Classificações:
 Primária x Secundária
 Infecciosa x Não-infecciosa
 Calibre dos vasos acometidos
CHAPEL HILL CONSENSUS
VASCULITES DE GRANDES VASOS
 Arterite de Takayasu
 Arterite de Células Gigantes
ARTERITE DE TAKAYASU
ARTERITE DE TAKAYASU
 Vasculite crônica de etiologia desconhecida
 Sexo feminino – 80-90%
 Idade – Geralmente entre 10-40 anos (<50 anos)
 Afeta aorta e seus ramos
ARTERITE DE TAKAYASU
 Fisiopatologia
 Inflamação ativa na parede dos vasos, com infiltrado mononuclear,
células gigantes e inflamação granulomatosa na camada média
 -> Espessamento da parede das artérias acometidas (redução da luz)
 -> Destruição da lâmina elástica -> dilatações aneurismáticas
ARTERITE DE TAKAYASU
 Manifestações Clínicas
 Sistêmicas
 Fadiga, febre, perda de peso
 Vasculares
 Extremidades frias
 Claudicação
 Parestesias
 Sd. do roubo da subclávia
 Outras
 Artralgia, angina, IAM, Regurgitação aórtica
ARTERITE DE TAKAYASU
 Exame Físico
 Diferença de PA em membros (>10mmHg)
 Assimetria de pulso
 Sopros vasculares
 Hipertensão
 Imagem
 US, AngioTC e AngioRM, Arteriografia
 Laboratório
 Achados inespecíficos
 Anemia, elevação de VHS e PCR, hipoalbuminemia
ARTERITE DE TAKAYASU
 Classificação
 Idade < 40 anos
 Claudicação de extremidades
 Redução do pulso de 1 ou 2 artérias braquiais
 Diferença de PAS > 10mmHg entre MMSS
 Sopro audível em subclávias ou aorta abdominal
 Anormalidades à arteriografia
 *3 de 6 critérios
ARTERITE DE TAKAYASU
 Tratamento
 Glicocosteróides(1mg/kg nos 3 primeiros meses e redução gradual – 10% por semana)
 Imunossupressores
 Metotrexato
 Azatioprina
 Leflunomida
 Tocilizumabe
ARTERITE DE TAKAYASU
Calibre Grandes vasos
Faixa etária < 50 anos
Manifestações Claudicação
Assimetria de pulso
Assimetria de PA
Sopros
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES E
POLIMIALGIA REUMÁTICA
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES / POLIMIALGIA
REUMÁTICA
 São 2 síndromes inflamatórias relacionadas
 ACG – infiltrado inflamatório que ocupa a parede de vasos de grande e médio calibre,
com injúria mural, oclusão luminal e estenose vascular
 PMR – Associada a dor muscular intensa afetando cintura escapular e cintura pélvica,
podendo haver inflamação sinovial em articulações proximais
 *Restritas para pacientes > 50 anos
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
 Arterite granulomatosa
 Principais vasos acometidos – aorta e seus ramos, tipicamente ramos
da carótida externa, como as artérias temporais
 Principais complicações – perda da visão e AVC
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
 Manifestações clínicas
 Cefaléia (geralmente temporal)
 Aumento de sensibilidade na região
 Claudicação de mandíbula
 Perda visual súbita (NOIA)
 Lesões estenóticas distais em subclávias, axilares e braquiais
 Fraqueza, febre, fadiga
 50% tem sintomas de polimialgia reumática
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
 Diagnóstico (3 de 5)
 Idade > 50 anos
 Cefaléia recente ou mudança de características
 Sensibilidade ou redução de pulso da a. temporal
 Elevação de VHS
 Histologia (lesão granulomatosa, com células gigantes multinucleadas
ou infiltrado difuso de mononucleares)
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
 Biópsia arterial
 Laboratório
 Elevação de VHS
 US
 Sinal do Halo
 RM
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
 Biópsia arterial
 Laboratório
 Elevação de VHS
 US
 Sinal do Halo
 RM
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
 Tratamento
 Glicocorticóides
 1mg/kg e redução lenta e gradual
 Perda visual - Pulsoterapia com metlprednisolona
 Imunossupressores
 Azatioprina
 Metotrexato
 Tocilizumabe
ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES
Calibre Grandes vasos
Faixa etária > 50 anos
Manifestações Cefaléia Temporal
Perda da visão
Elevação de VHS
Tratamento Corticóide
Metotrexato
Anti-TNF
Tocilizumabe
VASCULITES DE MÉDIO VASO
 Doença de Kawasaki
 Poliarterite Nodosa
DOENÇA DE KAWASAKI
DOENÇA DE KAWASAKI
 Doença aguda, autolimitada de etiologia desconhecida
 Maior incidência no Japão
 Crianças entre 4 – 8 anos
DOENÇA DE KAWASAKI
 Quadro clínico
 Febre
 Exantema
 Lesões eritematdescamativas generalizadas, inclusive em região palmal e
plantar
 Hiperemia conjuntival
 Orofaringe
 Língua em Framboesa
 Adenomegalia
 Cardiovascular
DOENÇA DE KAWASAKI
 Tratamento
 Imunoglobulina humana
 AAS
DOENÇA DE KAWASAKI
Calibre Médios vasos
Faixa etária 4 - 8 anos
Manifestações Febre
Descamação em mãos
Língua em framboesa
Conjuntivite
Rash
*Aneurisma de coronárias
Tratamento IVIG
POLIARTERITE NODOSA
POLIARTERITE NODOSA
 Arterite necrotizantes de artérias de médio e pequeno calibre, sem
glomerulonefrite ou vasculite em arteríolas, capilares ou vênulas e
não associada ao ANCA
 Pode acometer qualquer órgão, com exceção do pulmão
 Pico na 6ª década
POLIARTERITE NODOSA
 Maior parte dos casos é idiopática, porém pode estar relacionada
com o vírus B
 Espessamento da parede vaso -> redução do calibre ->
isquemia/infarto e formação de aneurismas
POLIARTERITE NODOSA
 Quadro clínico
 Pele
 Púrpura, livedo reticular, úlceras e isquemia digital
 Neurológico
 Mononeurite múltipla
 Renal
 Nefropatia vascular, sem glomerulonefrite
 TGI
 Dor abdominal
 Orquite
 Geralmente unilateral
POLIARTERITE NODOSA
 Tratamento
 Doença leve
 Glicocorticóides
 Azatioprina ou Metotrexato
 Doença moderada ou grave
 Associação de glicocorticoides com ciclofosfamida
 *Associação com hepatite B – terapia antiviral, pode ser feita plasmaférese
POLIARTERITE NODOSA
Calibre Médios vasos
Faixa etária 6ª década
Manifestações Associação com vírus B
Orquite
Livedo Reticular
Mononeurite múltipla
Dor abdominal
VASCULITE DE PEQUENOS VASOS
 Associadas ao ANCA
 Poliangiite granulomatosa (GPA) – Granulomatose de Wegener
 Poliangiite microscópica (PAM)
 Poliangiite granulomatosa eosinofílica (EGPA) – Churg Strauss
 Por complexos Imunes
 Vasculite por IgA – Púrpura de Henoch-Schönlein
 Crioglobulinemias
VASCULITES ANCA-ASSOCIADAS
VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS
 Grupo de doenças de causa desconhecida e que compartilham o
achado de inflamação necrotizante em pequenos e médios vasos e
associação variável com a presença de ANCA (anticorpos
citoplasmáticos antineutrófilos)
VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS
 ANCA
 São anticorpos anti MPO, PR3 ou outros constituintes de grânulos
primários dos neutrófilos
 Papel patogênico incerto
 Presente em:
 90-95% das GPA generalizadas
 70-80% das GPA forma limitada
 70% das PAM
 40-50% das EGPA
VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS
 ANCA
 3 padrões à imunofluorescênia
 Citoplasmático (c-ANCA) – associado a anti-PR3 -> GPA
 Perinuclear (p-ANCA) – associado a anti-MPO-> EGPA e PAM
 Atípico (x-ANCA)
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
(GPA)
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
 Granulomatose de Wegener
 Inflamação necrotizante granulomatosa que geralmente envolve
trato respiratório superior e inferior e vasculite necrotizante de
pequenos e médios vasos
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
 Mais comum nos EUA e norte da Europa
 Pico na 5ª década
 Predominante em caucasianos
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
 Via aérea superior (90% dos casos)
 Sinusopatia
 Dor, congestão, rinorréia purulenta, epistaxe
 Perfuração de septo, colapso nasal, nariz em sela
 Surdez
 Condução x neurossensorial
 Estenose subglótica
 Inflamação traqueal
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
 Pulmão
 Nódulos
 Geralmente múltiplos e bilaterais
 Podem cavitar
 Hemorragia alveolar
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
 Renal
 Glomerulonefrite focal e segmentar necrotizante, com formação de crescentes
 Proteinúria subnefrótica
 Hematúria com DE
 Cilindros celulares
 IF - Pauciimune
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
 Outros
 Ocular
 Esclerite necrotizante
 Ceratite ulcerativa periférica
 Sistema nervoso
 Paquimeningite
 Pele
 Púrpura palpável
 Constitucionais
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
 Extensão da Doença
 Localizada
 Trato respiratório superior e/ou inferior
 Sistêmica Inicial
 Qualquer envolvimento sem risco de dano aos órgãos envolvidos ou risco de morte
 Generalizada
 Envolvimento renal e/ou de outros órgãos com risco de falência
 Creatinina <5,6
 Grave
 Creatinina >5,6
 Refratária
 Doença refratária, progressiva, sem resposta ao uso de corticosteroides e ciclofosfamida
GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE
 Tratamento
 Localizada e Sistêmica Inicial
 Prednisona
 Metotrexato
 Generalizada
 Prednisona
 Ciclofosfamida (3-6 meses) e manutenção Azatioprina ou metotrexato
 Grave
 Prednisona
 Ciclofosfamida (3-6 meses) e manutenção com Azatioprina ou metotrexato
 Plasmaférese
 Refratária
 Ritoximabe
GRANULOMATOSE COM POLIANGIÍTE
Calibre Pequenos vasos
Faixa etária 5ª década
Manifestações Sinusopatia
Nódulo pulmonar
Hemorragia alveolar
Glomerulonefrite pauciimune
Autoanticorpos C Anca e AntiPR3
AP Inflamação granulomatosa
POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA
POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA (PAM)
 Vasculite necrotizante, com pouco ou ausência de depósitos imunes,
predominante de pequenos vasos. Não há inflamação
granuloamatosa
 Pico – 65 -75 anos
POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA (PAM)
 Pulmão
 Hemorragia alveolar
 Renal
 80% dos pacientes apresentam algum acometimento renal
 Glomerulonefrite rapidamente progressiva
 IF – Pauci imune
POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA (PAM)
 Tratamento
 Semelhante à GPA
POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA
Calibre Pequenos vasos
Faixa etária 65 – 75 anos
Manifestações Síndrome Pulmão-RIM
Autoanticorpos P ANCA
GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA
COM POLIANGIÍTE
GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
 Churg-Strauss
 Inflamação granulomatosa necrotizante e rica em eosinófilos, que
geralmente acomete o trato respiratório e vasculite necrotizante de
pequenos e médios vasos, assocada a asma e eosinofilia
 Pico na 5ª década
GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
 Via aérea superior
 Rinossinusite alérgica
 Pulmão
 95% dos casos
 Geralmente persistente e de difícil controle
GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
 Renal
 Mais leve que na GPA e PAM
 Sistema nervoso
 Ocorre em 70-80%
 Mais comum é mononeurite múltipla
 TGI
 Angiíte mesentérica
 Hematológico
 Hipereosinofilia (>10% do diferencial)
 Elevação frequente de IgE
GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
 Tratamento
 Five factor score (FFS)
 1. Elevação de creatinina (>1,58)
 2. Proteinúria (>1g em 24h)
 3. Envolvimento do TGI
 4. Cardiomiopatia
 5. Envolvimento neurológico
GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
 Tratamento
 FFS = 0
 Prednisona
 Azatioprina ou metotrexato
 FFS > 1
 Prednisona
 Ciclofosfamida
 Doença refratária
 Rituximabe
GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM
POLIANGIÍTE
Calibre Pequenos vasos
Faixa etária 5ª década
Manifestações Asma de início tardio e refratária
Eosinofilia
Elevação IgE
Mononeurite múltipla
Autoanticorpos P ANCA / AntiMPO
CRIOGLOBULINEMIAS
CRIOGLOBULINEMIA
 Caracterizada pela presença no soro de uma ou mais
imunoglobulinas que precipitam em temperaturas inferiores a 37º e
são novamente dissolvidas com o reaquecimento
CRIOGLOBULINEMIA
 Tipo I
 Imunoglobulina monoclonal isolada
 Geralmente associadas a desordens imunoproliferativas
 Tipo II
 Composto por IgG policlonal e IgM monoclonal contra a Fc do IgG
 Geralmente associada a HCV
 Tipo III
 IgG e IgM policlonais
 Secundária a infecções, doenças autoimunes e doenças linfoproliferativas
CRIOGLOBULINEMIA
 Púrpura
 Mais comum em MMII
 Fenômeno de Raynaud
 25% dos pacintes
 Articular
 Artralgia
CRIOGLOBULINEMIA
 Renal
 Hematúria microscópica e proteinúria subnefrótica (41%)
 Proteinúria nefrótica com ou sem DRC (22%)
 Glomerulonefrite aguda (14%)
 IRA (9%)
CRIOGLOBULINEMIA
 Neurológico
 Mais comum – neuropatia sensitivo motora leve
 Disordens linfoproliferativas
 Associação com desenvolvimento de linfoma
 Laboratório
 Presença de crioglobulinas
 Fator reumatoide
 Consumo de complemento
CRIOGLOBULINEMIA
 Tratamento
 Principais alvos:
 Erradicar o HCV
 Suprimir proliferação dos linfócitos B
 Tratar sintomas e reduzir danos
CRIOGLOBULINEMIA
 Iniciar terapia para HCV imediatamente se não houver manifestações graves
 Manifestações graves (glomerulonefrite, isquemia digital, vasculite GI, neuropatia
rapidamente progressiva) – Melhor opção: Rituximabe
CRIOGLOBULINEMIA
Calibre Pequenos vasos
Associação Hepatite C
Manifestações Púrpura palpável
Glomerulonefrite
Neuropatia
Laboratório Crioglobulinas
Fator Reumatóide
Consumo de complemento
VASCULITE POR IGA (PÚRPURA DE
HENOCH SCHÖNLEIN)
PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN
 Principal vasculite na infância
 Mais comum em meninos e na idade escolar
 Comumente precedida por IVAS
PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN
 Quadro clínico
 Púrpura palpável (pernas, coxas e nádegas)
 Dor abdominal
 Envolvimento renal
 Artrite
 Outras: Alterações neurológicas, hemorragia alveolar
PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN
 Tratamento
 Sintomáticos
 Alterações de TGI, renal ou neurológicas -> prednisona
 Evolução geralmente favorável, porém pode ocorrer recidivas
PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN
Calibre Pequenos vasos
Faixa etária Idade escolar
Manifestações Púrpura palpável
Dor abdominal
Renal
Associação Comum IVAS
VASCULITE DE VASOS DE CALIBRE VARIÁVEL
 Doença de Behçet
DOENÇA DE BEHÇET
DOENÇA DE BEHÇET
 Doença caracterizada por úlceras orais recorrentes e outras
manifestações, como úlceras genitais, doença ocular, lesões de pele,
envolvimento do TGI, doença neurógica e vascular
 Mais comum na rota da seda (em especial Turquia)
 Distribuição igual entre os sexos
 Mais comum entre 20 – 40 anos
DOENÇA DE BEHÇET
 Úlceras orais
 Dolorosas, múltiplas
 Geralmente desaparecem espontaneamente em 1-3 semanas
 Geralmente a 1ª manifestação
 Úlceras genitais
 > 75% dos pacientes
 Mais comum em escroto e vulva
DOENÇA DE BEHÇET
DOENÇA DE BEHÇET
 Pele
 75% dos pacientes
 Lesões acneiformes
 *Patergia
 Pápula/pústula eritematosa que aparece em resposta a trauma em pele
 Eritema Nodoso
DOENÇA DE BEHÇET
DOENÇA DE BEHÇET
 Ocular
 Uveíte
 Tipicamente bilateral e episódica
 Pode envolver toda a úvea
 Neurológica
 Parenquimatosa
 Doença multifocal
 Neuropatia óptica
 Não-parenquimatosa
 Meningite asséptica
 Hipertensão intracraniana
 Trombose venosa cerebral
DOENÇA DE BEHÇET
 Tratamento
 Úlceras orais e genitais
 Tópico, Sucralfato, Colchicina, Corticóide
 Doença ocular
 Uveíte anterior – Corticóide tópico ou sistêmico
 Uveíte posterior – Prednisona + Azatioprina
 Neurológico
 Prednisona + Azatioprina
DOENÇA DE BEHÇET
 Doença refratária
 Azatioprina + Ciclosporina
 AntiTNF
 Interferon
DOENÇA DE BEHÇET
Calibre Variável
Faixa etária 20 -40 anos
Manifestações Úlceras bipolares
Eritema Nodoso
Uveíte
Patergia

Contenu connexe

Tendances

Artrite idiopática juvenil
Artrite idiopática juvenilArtrite idiopática juvenil
Artrite idiopática juvenil
pauloalambert
 

Tendances (20)

Artrite reumatóide
Artrite reumatóideArtrite reumatóide
Artrite reumatóide
 
Faringoamigdalite Aguda
Faringoamigdalite AgudaFaringoamigdalite Aguda
Faringoamigdalite Aguda
 
Glomerulonefrites na infância
Glomerulonefrites na infânciaGlomerulonefrites na infância
Glomerulonefrites na infância
 
Artrite idiopática juvenil
Artrite idiopática juvenilArtrite idiopática juvenil
Artrite idiopática juvenil
 
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica
 
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICAGLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
 
Semiologia da dor 2017
Semiologia da dor 2017Semiologia da dor 2017
Semiologia da dor 2017
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumática
 
Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18
 
Gota
GotaGota
Gota
 
Leucemias
LeucemiasLeucemias
Leucemias
 
Hipertensão portal
Hipertensão portal Hipertensão portal
Hipertensão portal
 
Osteoporose 2019
Osteoporose 2019Osteoporose 2019
Osteoporose 2019
 
Vasculites I
Vasculites IVasculites I
Vasculites I
 
PES 3.4 Faringite
PES 3.4 FaringitePES 3.4 Faringite
PES 3.4 Faringite
 
Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias Cardiacas
 
Cirrose hepática
Cirrose hepáticaCirrose hepática
Cirrose hepática
 
Aula residência ave avc
Aula residência ave avcAula residência ave avc
Aula residência ave avc
 
Exame físico do tórax
Exame físico do tóraxExame físico do tórax
Exame físico do tórax
 

Similaire à Vasculites 20

Vasculites Pulmonares Raras
Vasculites Pulmonares RarasVasculites Pulmonares Raras
Vasculites Pulmonares Raras
Flávia Salame
 
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar IdiopáticaCaso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Amanda Thomé
 
Vasculitis bases generales de reumatologia.pdf
Vasculitis bases generales de reumatologia.pdfVasculitis bases generales de reumatologia.pdf
Vasculitis bases generales de reumatologia.pdf
FernandaBaseggio
 
Cirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreáticoCirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreático
federicoestudio
 
Vasculites raras sistêmicas da infância
Vasculites raras sistêmicas da infânciaVasculites raras sistêmicas da infância
Vasculites raras sistêmicas da infância
gisa_legal
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
jaquerpereira
 
Kidney abnormalities in sickle cell disease
Kidney abnormalities in sickle cell diseaseKidney abnormalities in sickle cell disease
Kidney abnormalities in sickle cell disease
janinemagalhaes
 

Similaire à Vasculites 20 (20)

Vasculites Pulmonares Raras
Vasculites Pulmonares RarasVasculites Pulmonares Raras
Vasculites Pulmonares Raras
 
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar IdiopáticaCaso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
 
Esclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica MédicaEsclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica Médica
 
Vasculitis bases generales de reumatologia.pdf
Vasculitis bases generales de reumatologia.pdfVasculitis bases generales de reumatologia.pdf
Vasculitis bases generales de reumatologia.pdf
 
Estudo de caso correto
Estudo de caso corretoEstudo de caso correto
Estudo de caso correto
 
Colecistite aguda_complicaoes.pdf
Colecistite aguda_complicaoes.pdfColecistite aguda_complicaoes.pdf
Colecistite aguda_complicaoes.pdf
 
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011
Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011
 
Tics 6 vasculites
Tics 6  vasculitesTics 6  vasculites
Tics 6 vasculites
 
Cirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreáticoCirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreático
 
OTITES & AMIGDALITES
OTITES & AMIGDALITESOTITES & AMIGDALITES
OTITES & AMIGDALITES
 
Vasculites raras sistêmicas da infância
Vasculites raras sistêmicas da infânciaVasculites raras sistêmicas da infância
Vasculites raras sistêmicas da infância
 
Colagenoses
ColagenosesColagenoses
Colagenoses
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Síndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina Interna
Síndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina InternaSíndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina Interna
Síndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina Interna
 
Lúpus eritematoso sistêmico na gravidez
Lúpus eritematoso sistêmico na gravidezLúpus eritematoso sistêmico na gravidez
Lúpus eritematoso sistêmico na gravidez
 
Vasculite
VasculiteVasculite
Vasculite
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
Esclerose sistêmica
Esclerose sistêmica Esclerose sistêmica
Esclerose sistêmica
 
Kidney abnormalities in sickle cell disease
Kidney abnormalities in sickle cell diseaseKidney abnormalities in sickle cell disease
Kidney abnormalities in sickle cell disease
 
2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.
 

Plus de pauloalambert

Plus de pauloalambert (20)

Dtp 16 21 sp
Dtp 16 21 spDtp 16 21 sp
Dtp 16 21 sp
 
Dtp 15 21 sp
Dtp 15 21 spDtp 15 21 sp
Dtp 15 21 sp
 
Dtp 14 21 sp
Dtp 14 21 spDtp 14 21 sp
Dtp 14 21 sp
 
Dtp 13 21 sp
Dtp 13 21 spDtp 13 21 sp
Dtp 13 21 sp
 
Dtp 12 21 sp
Dtp 12 21 spDtp 12 21 sp
Dtp 12 21 sp
 
Dtp 11 21 sp
Dtp 11 21 spDtp 11 21 sp
Dtp 11 21 sp
 
Dtp 10 21 sp
Dtp 10 21 spDtp 10 21 sp
Dtp 10 21 sp
 
Dtp 09 21 sp
Dtp 09 21 spDtp 09 21 sp
Dtp 09 21 sp
 
DTP 08 21 SP
DTP 08 21 SPDTP 08 21 SP
DTP 08 21 SP
 
DTP 07 21
DTP 07 21DTP 07 21
DTP 07 21
 
DTP 06 21 SP
DTP 06 21 SPDTP 06 21 SP
DTP 06 21 SP
 
DTP 05 21 sp
DTP 05 21 spDTP 05 21 sp
DTP 05 21 sp
 
DTP 0421
DTP 0421DTP 0421
DTP 0421
 
DTP0321 SP
DTP0321 SPDTP0321 SP
DTP0321 SP
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0121 SP
DTP 0121 SPDTP 0121 SP
DTP 0121 SP
 
Folha Cornell
Folha CornellFolha Cornell
Folha Cornell
 
Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 

Dernier

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
Leila Fortes
 

Dernier (7)

Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 

Vasculites 20

  • 2. VASCULITES  Inflamação na parede dos vasos  Histopatologia – necrose da parede do vaso, proliferação endotelial e acúmulo de células inflamatórias  Em algumas doenças também pode haver lesão tecidual não relacionada com vasculite
  • 3. VASCULITES  Etiologias desconhecidas  Termos descritivos x Epônimos
  • 4. VASCULITES  Classificações:  Primária x Secundária  Infecciosa x Não-infecciosa  Calibre dos vasos acometidos
  • 5.
  • 7.
  • 8. VASCULITES DE GRANDES VASOS  Arterite de Takayasu  Arterite de Células Gigantes
  • 10. ARTERITE DE TAKAYASU  Vasculite crônica de etiologia desconhecida  Sexo feminino – 80-90%  Idade – Geralmente entre 10-40 anos (<50 anos)  Afeta aorta e seus ramos
  • 11. ARTERITE DE TAKAYASU  Fisiopatologia  Inflamação ativa na parede dos vasos, com infiltrado mononuclear, células gigantes e inflamação granulomatosa na camada média  -> Espessamento da parede das artérias acometidas (redução da luz)  -> Destruição da lâmina elástica -> dilatações aneurismáticas
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. ARTERITE DE TAKAYASU  Manifestações Clínicas  Sistêmicas  Fadiga, febre, perda de peso  Vasculares  Extremidades frias  Claudicação  Parestesias  Sd. do roubo da subclávia  Outras  Artralgia, angina, IAM, Regurgitação aórtica
  • 16.
  • 17. ARTERITE DE TAKAYASU  Exame Físico  Diferença de PA em membros (>10mmHg)  Assimetria de pulso  Sopros vasculares  Hipertensão  Imagem  US, AngioTC e AngioRM, Arteriografia  Laboratório  Achados inespecíficos  Anemia, elevação de VHS e PCR, hipoalbuminemia
  • 18.
  • 19. ARTERITE DE TAKAYASU  Classificação  Idade < 40 anos  Claudicação de extremidades  Redução do pulso de 1 ou 2 artérias braquiais  Diferença de PAS > 10mmHg entre MMSS  Sopro audível em subclávias ou aorta abdominal  Anormalidades à arteriografia  *3 de 6 critérios
  • 20. ARTERITE DE TAKAYASU  Tratamento  Glicocosteróides(1mg/kg nos 3 primeiros meses e redução gradual – 10% por semana)  Imunossupressores  Metotrexato  Azatioprina  Leflunomida  Tocilizumabe
  • 21. ARTERITE DE TAKAYASU Calibre Grandes vasos Faixa etária < 50 anos Manifestações Claudicação Assimetria de pulso Assimetria de PA Sopros
  • 22. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES E POLIMIALGIA REUMÁTICA
  • 23. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES / POLIMIALGIA REUMÁTICA  São 2 síndromes inflamatórias relacionadas  ACG – infiltrado inflamatório que ocupa a parede de vasos de grande e médio calibre, com injúria mural, oclusão luminal e estenose vascular  PMR – Associada a dor muscular intensa afetando cintura escapular e cintura pélvica, podendo haver inflamação sinovial em articulações proximais  *Restritas para pacientes > 50 anos
  • 24. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES  Arterite granulomatosa  Principais vasos acometidos – aorta e seus ramos, tipicamente ramos da carótida externa, como as artérias temporais  Principais complicações – perda da visão e AVC
  • 25. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES  Manifestações clínicas  Cefaléia (geralmente temporal)  Aumento de sensibilidade na região  Claudicação de mandíbula  Perda visual súbita (NOIA)  Lesões estenóticas distais em subclávias, axilares e braquiais  Fraqueza, febre, fadiga  50% tem sintomas de polimialgia reumática
  • 26.
  • 27. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES  Diagnóstico (3 de 5)  Idade > 50 anos  Cefaléia recente ou mudança de características  Sensibilidade ou redução de pulso da a. temporal  Elevação de VHS  Histologia (lesão granulomatosa, com células gigantes multinucleadas ou infiltrado difuso de mononucleares)
  • 28. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES  Biópsia arterial  Laboratório  Elevação de VHS  US  Sinal do Halo  RM
  • 29. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES  Biópsia arterial  Laboratório  Elevação de VHS  US  Sinal do Halo  RM
  • 30.
  • 31. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES  Tratamento  Glicocorticóides  1mg/kg e redução lenta e gradual  Perda visual - Pulsoterapia com metlprednisolona  Imunossupressores  Azatioprina  Metotrexato  Tocilizumabe
  • 32. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES Calibre Grandes vasos Faixa etária > 50 anos Manifestações Cefaléia Temporal Perda da visão Elevação de VHS Tratamento Corticóide Metotrexato Anti-TNF Tocilizumabe
  • 33. VASCULITES DE MÉDIO VASO  Doença de Kawasaki  Poliarterite Nodosa
  • 35. DOENÇA DE KAWASAKI  Doença aguda, autolimitada de etiologia desconhecida  Maior incidência no Japão  Crianças entre 4 – 8 anos
  • 36.
  • 37.
  • 38. DOENÇA DE KAWASAKI  Quadro clínico  Febre  Exantema  Lesões eritematdescamativas generalizadas, inclusive em região palmal e plantar  Hiperemia conjuntival  Orofaringe  Língua em Framboesa  Adenomegalia  Cardiovascular
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44. DOENÇA DE KAWASAKI  Tratamento  Imunoglobulina humana  AAS
  • 45. DOENÇA DE KAWASAKI Calibre Médios vasos Faixa etária 4 - 8 anos Manifestações Febre Descamação em mãos Língua em framboesa Conjuntivite Rash *Aneurisma de coronárias Tratamento IVIG
  • 47. POLIARTERITE NODOSA  Arterite necrotizantes de artérias de médio e pequeno calibre, sem glomerulonefrite ou vasculite em arteríolas, capilares ou vênulas e não associada ao ANCA  Pode acometer qualquer órgão, com exceção do pulmão  Pico na 6ª década
  • 48. POLIARTERITE NODOSA  Maior parte dos casos é idiopática, porém pode estar relacionada com o vírus B  Espessamento da parede vaso -> redução do calibre -> isquemia/infarto e formação de aneurismas
  • 49. POLIARTERITE NODOSA  Quadro clínico  Pele  Púrpura, livedo reticular, úlceras e isquemia digital  Neurológico  Mononeurite múltipla  Renal  Nefropatia vascular, sem glomerulonefrite  TGI  Dor abdominal  Orquite  Geralmente unilateral
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55. POLIARTERITE NODOSA  Tratamento  Doença leve  Glicocorticóides  Azatioprina ou Metotrexato  Doença moderada ou grave  Associação de glicocorticoides com ciclofosfamida  *Associação com hepatite B – terapia antiviral, pode ser feita plasmaférese
  • 56. POLIARTERITE NODOSA Calibre Médios vasos Faixa etária 6ª década Manifestações Associação com vírus B Orquite Livedo Reticular Mononeurite múltipla Dor abdominal
  • 57. VASCULITE DE PEQUENOS VASOS  Associadas ao ANCA  Poliangiite granulomatosa (GPA) – Granulomatose de Wegener  Poliangiite microscópica (PAM)  Poliangiite granulomatosa eosinofílica (EGPA) – Churg Strauss  Por complexos Imunes  Vasculite por IgA – Púrpura de Henoch-Schönlein  Crioglobulinemias
  • 59. VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS  Grupo de doenças de causa desconhecida e que compartilham o achado de inflamação necrotizante em pequenos e médios vasos e associação variável com a presença de ANCA (anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos)
  • 60. VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS  ANCA  São anticorpos anti MPO, PR3 ou outros constituintes de grânulos primários dos neutrófilos  Papel patogênico incerto  Presente em:  90-95% das GPA generalizadas  70-80% das GPA forma limitada  70% das PAM  40-50% das EGPA
  • 61. VASCULITE ANCA-ASSOCIADAS  ANCA  3 padrões à imunofluorescênia  Citoplasmático (c-ANCA) – associado a anti-PR3 -> GPA  Perinuclear (p-ANCA) – associado a anti-MPO-> EGPA e PAM  Atípico (x-ANCA)
  • 62.
  • 64. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE  Granulomatose de Wegener  Inflamação necrotizante granulomatosa que geralmente envolve trato respiratório superior e inferior e vasculite necrotizante de pequenos e médios vasos
  • 65. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE  Mais comum nos EUA e norte da Europa  Pico na 5ª década  Predominante em caucasianos
  • 66. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE  Via aérea superior (90% dos casos)  Sinusopatia  Dor, congestão, rinorréia purulenta, epistaxe  Perfuração de septo, colapso nasal, nariz em sela  Surdez  Condução x neurossensorial  Estenose subglótica  Inflamação traqueal
  • 67.
  • 68.
  • 69. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE  Pulmão  Nódulos  Geralmente múltiplos e bilaterais  Podem cavitar  Hemorragia alveolar
  • 70.
  • 71. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE  Renal  Glomerulonefrite focal e segmentar necrotizante, com formação de crescentes  Proteinúria subnefrótica  Hematúria com DE  Cilindros celulares  IF - Pauciimune
  • 72. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE  Outros  Ocular  Esclerite necrotizante  Ceratite ulcerativa periférica  Sistema nervoso  Paquimeningite  Pele  Púrpura palpável  Constitucionais
  • 73. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE  Extensão da Doença  Localizada  Trato respiratório superior e/ou inferior  Sistêmica Inicial  Qualquer envolvimento sem risco de dano aos órgãos envolvidos ou risco de morte  Generalizada  Envolvimento renal e/ou de outros órgãos com risco de falência  Creatinina <5,6  Grave  Creatinina >5,6  Refratária  Doença refratária, progressiva, sem resposta ao uso de corticosteroides e ciclofosfamida
  • 74. GRANULOMATOSE COM POLIANGIITE  Tratamento  Localizada e Sistêmica Inicial  Prednisona  Metotrexato  Generalizada  Prednisona  Ciclofosfamida (3-6 meses) e manutenção Azatioprina ou metotrexato  Grave  Prednisona  Ciclofosfamida (3-6 meses) e manutenção com Azatioprina ou metotrexato  Plasmaférese  Refratária  Ritoximabe
  • 75. GRANULOMATOSE COM POLIANGIÍTE Calibre Pequenos vasos Faixa etária 5ª década Manifestações Sinusopatia Nódulo pulmonar Hemorragia alveolar Glomerulonefrite pauciimune Autoanticorpos C Anca e AntiPR3 AP Inflamação granulomatosa
  • 77. POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA (PAM)  Vasculite necrotizante, com pouco ou ausência de depósitos imunes, predominante de pequenos vasos. Não há inflamação granuloamatosa  Pico – 65 -75 anos
  • 78. POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA (PAM)  Pulmão  Hemorragia alveolar  Renal  80% dos pacientes apresentam algum acometimento renal  Glomerulonefrite rapidamente progressiva  IF – Pauci imune
  • 79. POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA (PAM)  Tratamento  Semelhante à GPA
  • 80. POLIANGIÍTE MICROSCÓPICA Calibre Pequenos vasos Faixa etária 65 – 75 anos Manifestações Síndrome Pulmão-RIM Autoanticorpos P ANCA
  • 82. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM POLIANGIÍTE  Churg-Strauss  Inflamação granulomatosa necrotizante e rica em eosinófilos, que geralmente acomete o trato respiratório e vasculite necrotizante de pequenos e médios vasos, assocada a asma e eosinofilia  Pico na 5ª década
  • 83. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM POLIANGIÍTE  Via aérea superior  Rinossinusite alérgica  Pulmão  95% dos casos  Geralmente persistente e de difícil controle
  • 84. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM POLIANGIÍTE  Renal  Mais leve que na GPA e PAM  Sistema nervoso  Ocorre em 70-80%  Mais comum é mononeurite múltipla  TGI  Angiíte mesentérica  Hematológico  Hipereosinofilia (>10% do diferencial)  Elevação frequente de IgE
  • 85. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM POLIANGIÍTE  Tratamento  Five factor score (FFS)  1. Elevação de creatinina (>1,58)  2. Proteinúria (>1g em 24h)  3. Envolvimento do TGI  4. Cardiomiopatia  5. Envolvimento neurológico
  • 86. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM POLIANGIÍTE  Tratamento  FFS = 0  Prednisona  Azatioprina ou metotrexato  FFS > 1  Prednisona  Ciclofosfamida  Doença refratária  Rituximabe
  • 87. GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM POLIANGIÍTE Calibre Pequenos vasos Faixa etária 5ª década Manifestações Asma de início tardio e refratária Eosinofilia Elevação IgE Mononeurite múltipla Autoanticorpos P ANCA / AntiMPO
  • 89. CRIOGLOBULINEMIA  Caracterizada pela presença no soro de uma ou mais imunoglobulinas que precipitam em temperaturas inferiores a 37º e são novamente dissolvidas com o reaquecimento
  • 90. CRIOGLOBULINEMIA  Tipo I  Imunoglobulina monoclonal isolada  Geralmente associadas a desordens imunoproliferativas  Tipo II  Composto por IgG policlonal e IgM monoclonal contra a Fc do IgG  Geralmente associada a HCV  Tipo III  IgG e IgM policlonais  Secundária a infecções, doenças autoimunes e doenças linfoproliferativas
  • 91.
  • 92. CRIOGLOBULINEMIA  Púrpura  Mais comum em MMII  Fenômeno de Raynaud  25% dos pacintes  Articular  Artralgia
  • 93.
  • 94. CRIOGLOBULINEMIA  Renal  Hematúria microscópica e proteinúria subnefrótica (41%)  Proteinúria nefrótica com ou sem DRC (22%)  Glomerulonefrite aguda (14%)  IRA (9%)
  • 95. CRIOGLOBULINEMIA  Neurológico  Mais comum – neuropatia sensitivo motora leve  Disordens linfoproliferativas  Associação com desenvolvimento de linfoma  Laboratório  Presença de crioglobulinas  Fator reumatoide  Consumo de complemento
  • 96. CRIOGLOBULINEMIA  Tratamento  Principais alvos:  Erradicar o HCV  Suprimir proliferação dos linfócitos B  Tratar sintomas e reduzir danos
  • 97. CRIOGLOBULINEMIA  Iniciar terapia para HCV imediatamente se não houver manifestações graves  Manifestações graves (glomerulonefrite, isquemia digital, vasculite GI, neuropatia rapidamente progressiva) – Melhor opção: Rituximabe
  • 98. CRIOGLOBULINEMIA Calibre Pequenos vasos Associação Hepatite C Manifestações Púrpura palpável Glomerulonefrite Neuropatia Laboratório Crioglobulinas Fator Reumatóide Consumo de complemento
  • 99. VASCULITE POR IGA (PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN)
  • 100. PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN  Principal vasculite na infância  Mais comum em meninos e na idade escolar  Comumente precedida por IVAS
  • 101. PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN  Quadro clínico  Púrpura palpável (pernas, coxas e nádegas)  Dor abdominal  Envolvimento renal  Artrite  Outras: Alterações neurológicas, hemorragia alveolar
  • 102.
  • 103.
  • 104. PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN  Tratamento  Sintomáticos  Alterações de TGI, renal ou neurológicas -> prednisona  Evolução geralmente favorável, porém pode ocorrer recidivas
  • 105. PÚRPURA DE HENOCH SCHÖNLEIN Calibre Pequenos vasos Faixa etária Idade escolar Manifestações Púrpura palpável Dor abdominal Renal Associação Comum IVAS
  • 106. VASCULITE DE VASOS DE CALIBRE VARIÁVEL  Doença de Behçet
  • 108. DOENÇA DE BEHÇET  Doença caracterizada por úlceras orais recorrentes e outras manifestações, como úlceras genitais, doença ocular, lesões de pele, envolvimento do TGI, doença neurógica e vascular  Mais comum na rota da seda (em especial Turquia)  Distribuição igual entre os sexos  Mais comum entre 20 – 40 anos
  • 109. DOENÇA DE BEHÇET  Úlceras orais  Dolorosas, múltiplas  Geralmente desaparecem espontaneamente em 1-3 semanas  Geralmente a 1ª manifestação  Úlceras genitais  > 75% dos pacientes  Mais comum em escroto e vulva
  • 111. DOENÇA DE BEHÇET  Pele  75% dos pacientes  Lesões acneiformes  *Patergia  Pápula/pústula eritematosa que aparece em resposta a trauma em pele  Eritema Nodoso
  • 113.
  • 114. DOENÇA DE BEHÇET  Ocular  Uveíte  Tipicamente bilateral e episódica  Pode envolver toda a úvea  Neurológica  Parenquimatosa  Doença multifocal  Neuropatia óptica  Não-parenquimatosa  Meningite asséptica  Hipertensão intracraniana  Trombose venosa cerebral
  • 115.
  • 116.
  • 117. DOENÇA DE BEHÇET  Tratamento  Úlceras orais e genitais  Tópico, Sucralfato, Colchicina, Corticóide  Doença ocular  Uveíte anterior – Corticóide tópico ou sistêmico  Uveíte posterior – Prednisona + Azatioprina  Neurológico  Prednisona + Azatioprina
  • 118. DOENÇA DE BEHÇET  Doença refratária  Azatioprina + Ciclosporina  AntiTNF  Interferon
  • 119. DOENÇA DE BEHÇET Calibre Variável Faixa etária 20 -40 anos Manifestações Úlceras bipolares Eritema Nodoso Uveíte Patergia