2. ... MUITO ANTES DOS PORTUGUESES
▪ A presença indígena no Brasil é pré-histórica
(datações que variam desde 45.000 A.P.);
▪ Pindorama: nome de um lugar mítico dos
tupis (“Terra das Palmeiras”), designação que
surgiu quando estes povos migraram para o
litoral;
▪ População nativa na época da “Invasão de
Pindorama”: Cerca de 2 milhões de
habitantes.
5. EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA
▪ Contatos com o Oriente: novos produtos e especiarias;
▪ Constantinopla dominada pelos otomanos (1453):
Necessidade de novas rotas comerciais;
▪ Espírito da Renascença: Novas técnicas, inovação,
questionamento aos saberes medievais;
▪ Ampliação de territórios, de mercados, de fontes de
recursos e riquezas;
▪ Expansão do Cristianismo.
6. Mapa mundi do século 15
inspirado em um mapa
romano do século 2
7. PIONEIRISMO PORTUGUÊS
▪ 1139: Condado Portucalense tornou-se
independente do Reino de Leão;
▪ Centralização do poder monárquico e
estabilidade política;
▪ Nobreza e burguesia envolvidas na
expansão comercial;
▪ Avanço nos estudos e investimentos
náuticos;
▪ Localização geográfica privilegiada.
10. EXPEDIÇÕES E CONQUISTAS
▪ 1415-1460: Ocupação de Ceuta, descoberta dos
arquipélagos da Madeira, Canárias e Açores, prática de
navegação de cabotagem até o limite do Cabo Não (na
costa do Marrocos) e depois até o Cabo Bojador em 1417
(e que era então considerado o limite sul do mundo);
▪ 1460-1487: Intensificação das expedições para as regiões
já conhecidas, chegada ao Cabo da Boa Esperança (1487);
▪ Objetivo: Chegar até a Índia
15. PRIMEIRAS EXPEDIÇÕES
▪ 1501 – Gaspar de Lemos: pelo litoral para
identificação e mapeamento da costa;
▪ 1503 – Gonçalo Coelho: identificação de
áreas para extração vegetal em expedição
contratada por comerciantes;
▪ Arrendamento a Fernando de Noronha
para lucrativa atividade de exploração de
pau-brasil;
▪ 1516/1520 – Cristóvão Jacques: tentativa
de deter contrabando;
16. ESTABELECIMENTO DA COLONIZAÇÃO
▪ Dificuldade para realizar o povoamento
português: baixo efetivo populacional,
altos custos e prioridade na rota para a
Índia;
▪ 1530 – expedição de Martin Afonso de
Sousa: iniciar ocupação;
▪ 1532 – Fundação da vila de São Vicente;
▪ Início do cultivo de cana;
▪ Escravização de índios.
17. CAPINANIAS
HEREDITÁRIAS
▪ Tentativa de atrair a ocupação e
financiar a colonização do território;
▪ Administração privada concedida
pelo Estado;
▪ Os donatários detinham a posse e
não a propriedade das terras
conforme a Carta de Doação;
▪ Foral: Documento que estabelecia
direitos e deveres dos donatários.
18. CAPINANIAS
HEREDITÁRIAS
▪ Criar vilas e distribuir sesmarias,
exercício de autoridade
administrativa, escravizar índios
(“guerra justa”), envio anual de 30
índios para Portugal, receber 5% dos
lucros com pau-brasil, pagar 10% de
imposto sobre lucros, pagar 1/5 dos
lucros com metais e pedras preciosas,
monopólio sobre pau-brasil.
19. CAPINANIAS
HEREDITÁRIAS
▪ Fracasso do sistema: Altos custos
distância (Lisboa-Bahia = 2 meses de
viagem), dificuldades para implantar
produção e reação indígena;
▪ Só São Vicente e Pernambuco
tiveram sucesso pela implantação do
cultivo de cana e por melhores
condições administrativas.
20. GOVERNO GERAL
▪ Centralização administrativa
com sede em Salvador (1549);
▪ O governador geral tratava
dos assuntos administrativos,
da defesa territorial,
nomeava funcionários,
indicava sacerdotes, aplicava
a Justiça, mantinha relações
com as capitanias (existentes
até 1759).
21. O CICLO CANAVIEIRO
▪ Condições favoráveis: Clima, terra, experiência e mercado
internacional;
▪ Altos custos financiados por holandeses.
PLANTATION
Latifúndio + Monocultura + Escravidão +
Produção para mercado externo
23. O BRASIL HOLANDÊS
▪ A União Ibérica (1580-1640)
• Morte do rei D. Sebastião (1578) na Batalha
de Alcácer-Quibir;
• Henrique, “O Casto”: Morte em 1580 (fim da
Dinastia de Avis);
• Filipe II, Rei da Espanha e unificador das
coroas (em Portugal assumiu o trono como
Filipe I): Criou órgãos de controle colonial,
implantou a Inquisição no Brasil e proibiu
negócios com a Holanda.
24. O BRASIL HOLANDÊS
▪ Reação Holandesa
• Ataques a posses da União Ibérica na África (1595), pilhagem
de Salvador (1604); rápida invasão à Salvador (1624-1625) que
resultou em prejuízos para os invasores;
• Fundação da Companhia das Índias Ocidentais (1621),
organização das atividades comerciais e montagem de ação
para conquistas coloniais, ataques a carregamentos de metais
preciosos em navios espanhóis.
25. O BRASIL HOLANDÊS
▪ Holandeses em Pernambuco
• Ataques iniciados em 14/02/1630;
• Resistência luso-brasileira liderada por Matias de Albuquerque
até 1635.
26. O BRASIL HOLANDÊS
▪ O governo de Maurício de Nassau (1637-
1644)
• Pacificação e financiamentos para os
senhores de engenho;
• Tolerância religiosa;
• Obras urbanísticas e a Cidade Maurícia
(Moritzdardt);
• Missões artísticas e científicas,
destacando-se os pintores Frans Post e
Albert Eckhout, o naturalista Georg
Marcgraf e o médico Willen Piso.
27. O BRASIL HOLANDÊS
▪ A Insurreição Pernambucana (1645-1654)
• Restauração de Portugal (1640) e acordo territorial com a
Holanda;
• Demissão de Nassau e pressão sobre senhores de engenho;
• Formação de reação armada contra os holandeses com
importantes vitórias nas Batalhas dos Guararapes (1648-
1649) e em outras ocasiões até a rendição em 1654 e acordo
para que Portugal indenizasse a Companhia das Índias
Ocidentais.
28. ESCRAVIDÃO E O QUILOMBO DOS PALMARES
▪ Escravidão: Lucros e atendimento à necessidade de mão-de-obra
na colônia;
▪ Ativo mercado fornecedor na própria África;
▪ Escravos obtidos por captura, por guerra, por dívidas, por tributo
e por “fornecimento” como moeda.
▪ Várias procedências geográficas e étnicas dos escravos;
▪ Transporte e estadia em péssimas condições, castigos físicos e
torturas no cotidiano.
29. ESCRAVIDÃO E O QUILOMBO DOS PALMARES
▪ Resistência escrava: Reações
físicas, fugas, formação de
quilombos e ataques a
propriedades coloniais;
▪ Quilombo dos Palmares (Serra
da Barriga, Capitania de
Pernambuco): crescimento
desde 1605 e formação de
uma comunidade complexa
com grande população e
atividades produtivas.
30. ESCRAVIDÃO E O QUILOMBO DOS PALMARES
▪ Resistência escrava: Reações físicas, fugas, formação de
quilombos e ataques a propriedades coloniais;
▪ Quilombo dos Palmares (Serra da Barriga, Capitania de
Pernambuco)
• Crescimento desde 1605 e formação de uma comunidade
complexa com grande população distribuída em núcleos
(mocambos) com a atividades produtivas e comércio com vilas
externas, possibilidade de prática de escravidão ou servidão;
• Zumbi (último líder), enfrentou a missão de Domingos Jorge
Velho e foi traído, emboscado e assassinado em 1695, tendo
sua cabeça exibida em Recife.
31. BANDEIRANTISMO
▪ Exploração do interior;
▪ Favorecido pela suspensão do
Tratado de Tordesilhas durante a
União Ibérica;
▪ Expedições que buscavam obter
ouro, capturar índios e escravos
foragidos, “drogas do sertão” (a
exemplo de urucum e guaraná),
fundação e abastecimento de
vilas.
32. BANDEIRANTISMO
▪ Tipos:
• Entradas – Expedições
organizadas pelo
governo;
• Bandeiras – Organizadas
por particulares e
visavam lucro;
• Monções – Expansão
através dos rios.
33. O CICLO MINERADOR
▪ Lucros coloniais reduzidos após a crise da produção canavieira e da
concorrência estabelecida pelos holandesas que passaram a produzir
nas Antilhas;
▪ Descobertas de jazidas por expedições bandeirantes e elevação da
mineração à atividade colonial principal no século 18;
▪ Criação das capitanias de São Paulo e Minas Gerais, fundação de novas
vilas, ampliação do controle colonial e deslocamento da capital para o
Rio de Janeiro (1763);
▪ Crescimento da migração de Portugal para o Brasil;
▪ Distritos mineradores de pedras preciosas;
▪ Desenvolvimento de uma sociedade luxuosa e de uma economia
auxiliar.
34. O CICLO MINERADOR
▪ Redução da atividade pela
extinção de jazidas a partir de
1783;
▪ Mais fiscalização à produção
legal e ao contrabando através
das Casas de Fundição, das
Intendências, do rigor na
cobrança do “quinto”;
▪ Acordos comerciais com a
Inglaterra: Recepção do ouro
brasileiro.
35. A INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
▪ Revolta de Filipe dos Santos (1720) – Primeira grande
manifestação contra o controle colonial na região;
▪ Marquês de Pombal: Medidas para aumentar a arrecadação de
impostos coloniais para favorecer Portugal;
▪ Estabelecimento de uma cota tributária fixa de 100 arrobas de
ouro (1.500kg) cobrada através da “derrama”;
▪ Formação de um movimento inspirado nos ideais iluministas e
constituído pela elite de Vila Rica com planos de instituir uma
república oligárquica e escravista;
▪ Tiradentes: Integrante do movimento condenado e executado.
36. A CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
▪ Perda de status na estrutura administrativa colonial, crises de
abastecimento, crescente insatisfação da população;
▪ Formação de um movimento inspirado nos ideais iluministas e
no lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”;
▪ Inspiração na Revolução Americana, na Revolução Francesa e na
Revolução do Haiti;
▪ Divulgação de ideais e propostas que incluíam rompimento do
pacto colonial, proclamação de uma república, aumento de
salários e fim da escravidão;
▪ Apelo popular e medo da elite local.
37. A CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
▪ Lideranças populares articularam uma rebelião social, mas o
movimento foi duramente reprimido e os articuladores foram
executados e seus corpos esquartejados.
38. O PERÍODO JOANINO (1808-1822)
▪ Ascenção de Napoleão
Bonaparte na França
(1798) e o decreto do
Bloqueio Continental à
Inglaterra, aliada de
Portugal (1806);
▪ Fuga da Família Real para
o Brasil com apoio da
Inglaterra motivado pelo
interesse no mercado e
produtos brasileiros.
39. O PERÍODO JOANINO (1808-1820)
▪ Favorecimento à Inglaterra: Abertura dos
portos e redução de impostos de
importação de 24% para 15%;
▪ Estabelecimento da corte e de estruturas
administrativas do reino no Rio de Janeiro;
▪ Fundação do Banco do Brasil, Casa da
Moeda, Biblioteca Nacional, Academia Real
Militar;
▪ Coroação como rei Dom João VI no Rio de
Janeiro e crescente insatisfação em Portugal
40. O PERÍODO JOANINO (1808-1821)
▪ Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves (1815): Fim do pacto
colonial;
▪ Revolução do Porto (1820-1821):
Fim do absolutismo em Portugal
com exigência de retorno de D.
João e rebaixamento do Brasil à
condição de colônia novamente.
41. A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817)
▪ Crise em Pernambuco pela
concorrência da produção
canavieira do Caribe e pelas secas
que afetavam a economia;
▪ Perda da condição de principal
centro econômico do Brasil;
▪ Crescente influência de ideais
liberais e iluministas;
▪ Conspiração dos Suassunas (1801):
Ideais republicanos sob proteção
de Napoleão Bonaparte.
42. A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817)
▪ 6/3/1817: Motim militar liderado por José de Barros Lima (“O
Leão Coroado”) seguido por tomada de prédios públicos, além
de fuga e rendição do governador Caetano Pinto Montenegro;
▪ Adesão de militares, religiosos, comerciantes, proprietários de
terras e populares com tomada do poder, proclamação de uma
república e adoção de uma Constituição;
▪ Adesão da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de parte do Ceará e
reação da Bahia;
▪ Repressão: Envio de tropas, execução de lideranças e perda de
território.
44. O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
▪ Retorno de D. João VI para Portugal e permanência do príncipe
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula
Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de
Bragança e Bourbon;
▪ Pressões externas de Portugal e internas por grupos que aspiravam
a independência;
▪ Crescentes manifestações e movimentos contra o domínio
português;
▪ Pernambuco: Nova separação do Brasil através da Convenção de
Beberibe (1821), depondo o governador Luís do Rego Barreto e
expulsando as tropas portuguesas;
45. O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
▪ Cortes Portuguesas: Manifestações de zombaria e desprezo pela
posição política de D. Pedro;
▪ Formação do Partido Brasileiro que apoiava a iniciativa de
independência por parte do príncipe;
▪ Dia do Fico – 9/1/1822: Reação de D. João à ordem de retorno para
Portugal e manifestação de apoio aos adeptos da independência;
▪ Insistência dos movimentos de independência através de
radicalizações e demonstrações de inclinações revolucionárias;
▪ 7 de setembro de 1822: Declaração de Independência após receber
notícias enviadas por Dona Leopoldina e José Bonifácio.