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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO

          Técnico de Apoio Psicossocial




        PROGRAMA
  Componente de Formação Técnica

                  Disciplina de


   Comunidade
        e
Intervenção Social


           Escolas Proponentes/Autores


Escola Psicossocial do Porto   Ana Paula Ferreira
                               Ana Rita Marques
                               António Júlio Roque



   ANQ – Agência Nacional para a Qualificação
                        2008
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                 Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL




                                              Parte I

                        Orgânica Geral

                                               Índice:
                                                                      Página

                 1.     Caracterização da Disciplina ……. ……. …          2

                  2.    Visão Geral do Programa …………. …......           3

                  3.    Competências a Desenvolver. ………. ….             4

                  4.    Orientações Metodológicas / Avaliação ….        5

                  5.    Elenco Modular …….....………………........            7

                  6.    Bibliografia …………………. …………. ….                  7




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Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

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1. Caracterização da Disciplina
   A disciplina de Comunidade e Intervenção Social pretende coadjuvar a formação técnica específica
   do Técnico de Apoio Psicossocial, proporcionando-lhe particular saber acerca de assuntos que
   poderão vir a ser palco da sua actividade profissional.

   Através dos conteúdos modulares aqui apresentados entende-se estar a contribuir para uma
   formação abrangente de um técnico que se espera venha a adquirir conhecimento conveniente e
   rigoroso à actividade a desenvolver. Neste sentido, e atendendo ao perfil do Técnico de Apoio
   Psicossocial, harmonizou-se considerar um conjunto de saberes que convergiram para a construção
   do elenco modular aqui apresentado. Assim, pretende-se que os alunos se familiarizem com uma
   linguagem social e institucional e que através dela descubram a imensa panóplia de conhecimentos
   e experiências indispensáveis à real e efectiva prática do Técnico de Apoio Psicossocial.

   Pretende-se que a actual análise desta área disciplinar permita ao aluno a aprendizagem dos
   conhecimentos teóricos basilares sobre a organização da sociedade e que este conhecimento facilite
   uma análise profunda e reflectida das matérias que constituem o corpo desta disciplina. Nesta óptica
   assume especial importância o conhecimento das mais elementares orgânicas reguladoras em
   termos das políticas sociais vigentes assumidas como capacidade de organização social de um
   Estado.

   Espera-se também sensibilizar o aluno para a compreensão dos comportamentos, atitudes e valores
   presentes no funcionamento social dos indivíduos, dos grupos e das organizações almejando que
   assimilem e compreendam a sua singularidade não só em termos das carácter peculiar que cada
   indivíduo ou grupo deixa transparecer como também da forma como estes entendem e interagem
   com o mundo social que os rodeia. Assume especial destaque a necessidade de reflexões ajustadas
   às realidades a analisar de forma a romper com ideias estereotipadas e pré-concebidas
   completamente desniveladas do pensamento científico que se impõe coroar no âmbito desta
   formação.

   A compreensão das metodologias de intervenção afigura-se elementar na formação destes técnicos,
   de tal forma que o conhecimento e manejo dos instrumentos teórico-práticos convenientes ao
   trabalho com a comunidade assume lugar de realce durante o 2º ano da formação. Assim, a
   necessidade de saber manusear de forma efectiva e articulada esses procedimentos afigura-se
   essencial na prossecução de uma cabal intervenção.




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2. Visão Geral do Programa
   Os conteúdos programáticos da disciplina foram seleccionados tendo em conta o Perfil Profissional
   traçado para o Técnico de Apoio Psicossocial. Desta forma, e porque a acção deste profissional lhe
   exige capacidade para dinamizar projectos e acções adequados às problemáticas sociais inerentes à
   sociedade em que está integrado, a sua formação deve contemplar conhecimentos teóricos básicos
   sobre a organização da sociedade que os sensibilizem para a compreensão de comportamentos,
   atitudes e valores presentes no funcionamento social dos indivíduos e dos grupos.

   Desta forma os módulos estão organizados e distribuídos por três anos lectivos de forma sequencial.
   O primeiro ano da disciplina integra 4 módulos com uma vertente teórico-prática importante uma vez
   que possibilita ao aluno adquirir um conjunto de informação teórica que lhes possibilite proceder ao
   conhecimento científico dos fenómenos, interpretando e analisando as causas que os originam.

   Pretende-se sensibilizar os alunos para a relatividade dos diversos meios sociais onde actua,
   capacitando-o para analisar as relações que se estabelecem entre o meio social e as diferentes
   formas de integração/ exclusão social. Deverá proporcionar, igualmente, a capacidade de propor
   acções sociais que, sem contrariar os valores dos indivíduos ou grupos em causa, constituam
   experiências novas e capazes de promover a integração social.

   A disciplina de Comunidade e Intervenção Social deve possibilitar ao aluno a integração de saberes
   leccionados noutras disciplinas e mesmo noutras componentes de formação, destacando-se a
   importância da Sociologia, ao conferir uma linguagem sociológica de base, bem como, uma atitude
   metodológica adequada. Do mesmo modo, esta disciplina deverá permitir ao aluno adquirir um
   manancial de formação teórico-prática, que lhes possibilite perspectivar intervenções adequadas aos
   indivíduos e aos grupos, bem como às diferentes problemáticas sociais, dotando-os, para tal, de
   instrumentos e metodologias próprias.

   Neste contexto, o segundo ano da disciplina está organizado em 4 módulos sequenciais que
   pretendem, em estreita articulação com a disciplina de Animação Sociocultural, promover um
   conjunto de saberes indispensáveis à acção profissional deste técnico. Desta forma, num primeiro
   momento pretende-se que o aluno seja capaz de compreender os pressupostos teóricos subjacentes
   à metodologia de investigação utilizada nas diferentes ciências sociais, bem como compreender os
   diferentes contextos de intervenção, sejam eles institucionais ou comunitários, utilizando os
   diferentes métodos e técnicas de investigação social. Por fim, facilita-se ao aluno algum manancial
   teórico sobre metodologia de projecto para que compreenda o sentido da sua intervenção. Pretende-
   se que o aluno saiba perspectivar o trabalho como um processo, constituído por diferentes etapas
   sequenciais, as quais iniciarão com uma avaliação de planeamento ou diagnóstico e terminarão com
   a avaliação de resultados.

   O terceiro ano do curso deverá permitir ao aluno perspectivar intervenções concretas com grupos
   específicos. Neste sentido, está dividido em 3 módulos que facultarão a aquisição das ferramentas

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   teóricas e práticas para a sua actividade profissional em contextos comunitários e com realidades
   específicas, pretendendo-se desta forma assegurar uma formação de base sólida na identificação
   das diversas formas de acção, intervenção e actuação face às situações reais.




3. Competências a Desenvolver
   O programa da disciplina de Comunidade e Intervenção Social pretende, à sua escala, animar o
   incrementar de competências basilares ao exercício da actividade profissional. Neste sentido,
   entendeu-se que o presente elenco modular facultaria uma panóplia de competências que visam
   adjuvar uma formação mais global, entre as quais:

         Adquirir conhecimentos teóricos capazes de sensibilizar o técnico, para a compreensão dos
          comportamentos, atitudes e valores presentes no funcionamento social dos indivíduos e
          grupos;
         Reconhecer o direito à heterogeneidade sociocultural dos indivíduos e grupos, de forma a
          enquadrar com maior eficácia as intervenções a realizar;
         Incrementar a capacidade de alienar as ideias estereotipadas patentes na realidade social em
          que nos movemos, abrindo caminho ao pensamento científico peculiar, ao sólido entendimento
          da realidade social, cultural económica e política da actualidade.
         Analisar e compreender as necessidades do indivíduo segundo as variáveis socioculturais,
          afectivas, familiares e a fase da vida em que se encontra;
         Conciliar as próprias experiências ou as experiências próximas dos seus quotidianos com a
          dinâmica dos assuntos a abordar no decorrer dos diferentes módulos;
         Ganhar hábitos de meta-prendizagem através do estudo e da pesquisa de assuntos
          relacionados com a prática profissional;
         Desenvolver conhecimento face a questões de ordem metodológica impreteríveis ao exercício
          teórico-prático;
         Melhorar gradualmente a capacidade de desenhar e dinamizar projectos e acções adequadas
          aos indivíduos e grupos alvos de intervenção;
         Desenvolver hábitos de crítica, auto-crítica e auto-análise;
         Auto-promover a aquisição de competências pessoais, sociais e profissionais, ao nível do
          saber ser, saber estar e saber fazer.




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4. Orientações Metodológicas / Avaliação

   Neste espaço parece oportuno relembrar que o intuito fundamental a que o ensino profissional se
   propôs foi o de proporcionar aos alunos uma aprendizagem eficiente, activa e respeitadora dos seus
   ritmos, das suas necessidades e das suas características peculiares. Esta máxima tem sido ao longo
   dos últimos anos apanágio daqueles que lidam com o ensino profissional. A divisa que serve de
   princípio orientador da prática pedagógica parece mais actual que nunca. No entanto, não obstante o
   sistema modular facilitar uma aprendizagem individualizada e à medida de cada um, de forma a
   respeitar as diferenças e as necessidades individuais para que em última análise se garanta a
   multiplicidade de percursos para atingir o mesmo fim, urge desenvolver de forma cada vez mais
   primorosa um conjunto de metodologias que permitam ensinar com fecundo vigor e aprender com
   abundante eficácia.

   Assim, a construção do sucesso educativo passa certamente pelo esmero na utilização de
   metodologias activas e diversificadas que facilitem a aquisição de saberes, que aproveitem e
   incentivem os saberes adquiridos, que permitam motivar os alunos para o trabalho a desenvolver,
   que promovam a criatividade, que animem o gosto pelo estudo, que fomentem a capacidade de
   análise e síntese e que estimulem e exercitem a reflexão. Também o recurso a materiais didácticos
   de qualidade pode ser uma mais valia generosa na prossecução dos fins a que a disciplina se
   propõe.

   Para a prática do processo de ensino/ aprendizagem na órbita da presente disciplina, sugere-se que
   sejam aplicadas metodologias capazes de proporcionar aos alunos as competências indispensáveis
   à construção de conhecimentos úteis no âmbito disciplinar, interdisciplinar, profissional e individual.
   Prevê-se que a organização deste processo seja feita de forma flexível, servindo-se de assuntos e
   exemplos práticos, próximos do quotidiano dos formandos e dos seus contextos sociais, espaciais e
   relacionais de pertença, de forma a tornar mais efectiva a apropriação de assuntos que de algum
   modo lhes são próximos.

   Também o trabalho de equipa parece constituir uma óptima ferramenta metodológica a qual ganha
   especial valor quando consegue extravasar o âmbito da disciplina e entrar na esfera interdisciplinar.
   Posto isto, a utilização de diferentes procedimentos, instrumentos e actividades que flexibilizem o
   percurso disciplinar apresentam-se como uma importante forma de organização pedagógica,
   capazes de estruturar de forma conveniente o saber ser, o saber estar e o saber fazer indispensável
   à prática individual, social e profissional.

   De igual modo se entende que um processo de ensino/ aprendizagem aberto, flexível e participado,
   apostado em desenvolver a autonomia respeitando a diversidade de saberes, se ajusta melhor aos
   desafios de formação que gradualmente se tem imposto.

   Assim, os métodos deverão ser seleccionados, tendo em atenção as características dos alunos, no
   sentido de optimizar os resultados do processo de ensino/ aprendizagem. Deve manter-se no


                                                                                                         5
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   horizonte pedagógico o imperativo de construir um método centrado no aluno de forma a privilegiar a
   flexibilidade, a interactividade e a valorização e partilha de saberes adquiridos, respeitando os ritmos
   individuais.

   O respeito pelos ritmos de cada um impõe ao ensino profissional que a progressão possa acontecer
   em diferentes momentos, atendendo ao facto de esta ser condicionada pelas aprendizagens
   realizadas por cada formando. Posto isto, o processo de avaliação, que se rege pelos mesmos
   princípios atrás referidos, deverá ser desenvolvido numa óptica de flexibilidade e respeito pela
   diversidade e pelos ritmos individuais. Deve evidenciar uma relação pedagógica viva e flexível,
   contínua e não selectiva, respeitadora dos ritmos de aprendizagem e da heterogeneidade
   sociocultural presente na escola, além de permitir o desenvolvimento das capacidades dos
   formandos, num ambiente saudável e de crescimento.

   A avaliação entendida enquanto um processo mostra que é tão importante o caminho que se
   percorre para chegar a um fim quanto o fim em si mesmo. Desta forma a avaliação não deve ter em
   consideração apenas o produto, mas também o processo de aprendizagem percorrido.

   Não se pretende balizar a panóplia de ferramentas disponíveis para o efeito, no entanto, a título de
   exemplo apontamos apenas algumas sugestões que poderão constituir importantes orientações na
   responsável gestão pedagógica: teste escrito, trabalho escrito - individual ou em grupo, entrevista,
   apresentação oral de um trabalho, construção de um painel, organização de debates orientados
   entre os alunos, dramatizações alusivas às matérias dadas, fichas de leitura, fichas diagnóstico,
   jogos, organização de aulas diferentes em termos espaciais ou com a colaboração de instituições da
   comunidade e seus profissionais no espaço da escola, entre outras actividades que se venham a
   mostrar adequadas aos assuntos a desenvolver e aos alunos a quem se destinam.

   A avaliação entendida como um processo inerente à prática pedagógica da formação deve combinar
   participação, reflexão e crítica dos intervenientes no processo de ensino/ aprendizagem do qual são
   protagonistas.

   Deste modo, a construção do processo de avaliação deve combinar modalidades de avaliação
   distintas que acontecem em diferentes momentos.

   A avaliação formativa resulta de uma apreciação continuada e contextualizada resultante da
   interactividade docente/ aluno e aluno/ formando que funciona também como barómetro de sucesso
   das aprendizagens realizadas, indicando alterações e reajustes a introduzir no processo de ensino/
   aprendizagem.

   No final de cada unidade modular deve ser traçado o perfil evolutivo da aprendizagem conseguida no
   âmbito de cada módulo, sendo assim harmonizada uma apreciação formativa e uma atenta análise
   sumativa. Neste sentido, sugere-se que a avaliação sumativa resulte da ponderação de todos os
   elementos formais de avaliação utilizados no decorrer do módulo.

   Este procedimento pretende valorizar o produto e os processos de aprendizagem, o saber, o saber
   estar, o saber ser e o saber fazer, as competências e as atitudes apreendidas, tornando-se assim
   num activo instrumento regulador do processo de ensino/ aprendizagem.
                                                                                                          6
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5. Elenco Modular


                                                                                        Duração de
    Número                                    Designação                                referência
                                                                                          (horas)

        1      A Família: Perspectiva Sistémica                                             24

        2      Bairro, Comunidade Urbana e Rural                                            24

        3      Terceira Idade e Velhice                                                     24

        4      Políticas Sociais                                                            24

        5      Desenho e Concepção de Projectos                                             24

        6      A Construção do Diagnóstico                                                  30

        7      Planificação e Execução de Projectos                                         24

        8      Avaliação de Projectos                                                       21

        9      Intervenção Sócio-educativa                                                  30

       10      Comportamentos Desviantes: Dependências                                      36

       11      Exclusão Social e Minorias Étnicas                                           36



6. Bibliografia

   . Almeida, J. et al (1992). Exclusão Social: Factores e tipos de pobreza em Portugal. Oeiras: Celta
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   . Almeida, J.(1993). “Integração Social e Exclusão Social: algumas questões”. in Análise Social, n.º
     123-124. Lisboa: ICS.
   . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial
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   . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires:
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   . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e
     sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo.
   . Antunes, J. (1999). Geografia 10º ano de escolaridade (Área A), 1º ano do curso complementar
     liceal nocturno. Lisboa: Plátano Editora, S.A.
   . Barata, O. (1974). A Emigração e o Êxodo Rural em Portugal. Lisboa: Instituto Superior de
     Ciências Sociais e Políticas.

                                                                                                          7
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                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL

   . Barreto, C. (1995). “Portugal na periferia do Centro da mudança social 1960 a 1995”. in Análise
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   . Benavente, A. et al (1991). Do outro lado da escola. Lisboa: Editorial Teorema.
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     análise. Lisboa: D. Quixote.
   . Capucha, L. et al (1996). “Metodologias de avaliação: o estado da arte em Portugal”. in Sociologia
     – Problemas e práticas, n.º 22.Lisboa: CIES.
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     Câmara Municipal de Lisboa.
   . Carreira, H.M. (1996). As Políticas Sociais em Portugal. Lisboa: Gradiva.
   . Carreira, H. (1996). “O Estado e a Saúde”. in Cadernos do Público, nº2. Lisboa: Jornal Público.
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     transições familiares. Porto: Edições Asa.
   . Dias, J. (1983). Vilarinho da Furna: Uma Aldeia Comunitária. Lisboa: Imprensa Nacional da Casa
     da Moeda.
   . Espinosa, V. (1986). Evaluación de Proyectos Sociales. Buenos Aires: Humanitas.
   . European Anti Poverty Network (1996). Lutar contra a Pobreza e a Exclusão na Europa; Guia de
     Acção e Descrição das Políticas Sociais. Lisboa: Instituto Piaget.
   . Faria, A. (1997). “Idosos Institucionalizados”. in Áreas de Intervenção e Compromissos Sociais do
     Psicólogo. Porto: APPORT.
   . Fernandes, A. (1997). Velhice e Sociedade: demografia, família e políticas sociais em Portugal.
     Lisboa: Celta Editora.
   . Ferreira A.(1987). Por uma nova política de habitação. Porto: Edições Afrontamento.
   . Ferreira, A.(1994). “Habitação Social: Lições e Prevenções para o PER”. in Sociedade e Território,
     nº20. Porto: Edições Afrontamento.



                                                                                                          8
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                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL

   . Formosinho, J. (1988). “Organizar a escola para o sucesso educativo”. in CRSE Medidas que
     promovem o sucesso educativo. Lisboa: ME.
   . Gall, A. (1978). O insucesso escolar. Lisboa: Editorial Estampa.
   . Gameiro, A. (1983). Álcool, Alcoolismo e Saúde. Lisboa: Edições Conhecer.
   . Garcia, C. (1988). “A deterioração mental dos idosos: a tão falada arteriosclerose cerebral e a
     misteriosa doença de Alzheimer”. in Revista da Associação Portuguesa de Psicologia:
     envelhecimento, perspectivas multidisciplinares, Psicologia, VI. Lisboa: Associação Portuguesa de
     Psicologia.
   . Gomes, C. (1987). “Interacção selectiva na escola de massas”. in Revista Sociologia - problemas e
     práticas n.º 3. Braga: Universidade do Minho.
   . Gonçalves, P. (1979). Introdução ao estudo da família numa perspectiva sistémica– Aula integrada
     do Curso de Psicologia básica do prof. Eurico Figueiredo. Porto: Instituto de Ciências Biomédicas
     Abel Salazar.
   . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001.
   . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia
     Editora.
   . Guerra, I. (1994). “As Pessoas não são coisas que se ponham em gavetas”. in Sociedade e
     Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento.
   . Iturra, R. (1990). A construção social do insucesso escolar - memória e aprendizagem em Vila
     Ruiva. Lisboa: Escher.
   . Leite, E. et al (1991). Trabalho de projecto 1: aprender por projectos centrados em problemas.
     Porto: Edições Afrontamento.
   . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2 : leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento.
   . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do
     Ministério da Educação.
   . Lima, M.(1980). Introdução à Sociologia. Lisboa: Editorial Presença.
   . Lima, M. (1995). O inquérito sociológico: problemas de metodologia. Lisboa: Editorial Presença.
   . Machado, F. (1995). Do perfil dos tempos ao perfil da escola: Portugal na viragem do milénio. Rio
     Tinto: Edições Asa.
   . Montagner, H. (1996). Acabar com o insucesso na escola: a criança, as suas competências e os
     seus ritmos. Lisboa, Horizontes Pedagógicos.
   . Musgrave, P.(1979) . Sociologia da Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
   . Naik, A. (2001). Drogas: do tabaco e do álcool à heroína, tudo o que tu, os teus professores e toda
     a gente devem saber. Lisboa: Gradiva.
   . Nobre, L. (1987). “Terapia familiar: uma visão sistémica”. in Grupo sobre grupo. Rio de Paiva.
   . Paiva. F. (1985). “Condições de alojamento e carências habitacionais da população portuguesa”. in
     Sociedade e Território, nº2. Porto: Edições Afrontamento.
   . Patrício, L. (1995). Droga de vida, vidas de droga. Venda Nova: Bertrand Editora.
   . Pinto, C. (1985). Os jovens e a escola. Lisboa: IED.
   . Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola. Alfragide: Editora McGraw -Hill.
   . Pinto, T. (1994). “A Apropriação do Espaço em Bairros Sociais: O Gosto Pela Casa e o Desgosto
     Pelo Bairro”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento.
   . Pires, E. (1995). Lei de Bases do Sistema Educativo. Porto: Edições Asa.


                                                                                                          9
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                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL

   . Quaresma, M. (1988). “Política de velhice: análise e perspectivas”. in Revista da Associação
     Portuguesa de Psicologia - Envelhecimento, perspectivas multidisciplinares. Lisboa: Associação
     Portuguesa de Psicologia.
   . Quintela, J. (1992). “Aspectos da avaliação de projectos: objectivos e dificuldades”. in Seminário
     sobre a Pobreza – Mudança / Desenvolvimento. Setúbal: Comissariado Regional do Sul da Luta
     Contra a Pobreza.
   . Relvas, A. (1996). O ciclo vital da família: perspectiva sistémica. Porto: Edições Afrontamento.
   . Rola, J. (1994). Do acesso ao (in)sucesso: a questão das (des)igualdades. Porto: Edições Asa.
   . Santos, S.; Santos, M. (2001). Diagnóstico Social. Lisboa: Módulos PROFISSS.
   . Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea.
   . Santos, P. (2000). A depressão no idoso: estudo da relação entre factores pessoais e situacionais
     e manifestações da depressão. Coimbra: Quarteto.
   . Silva, A.; Pinto, J. (1986). Metodologia das ciências sociais. Porto: Edições Afrontamento.
   . Silva, L. (2001). Acção social na área da família. Lisboa: Universidade Aberta.
   . Silva, L. (2001). Intervenção Psico-Social. Lisboa: Universidade Aberta.
   . Silva, M.(1989). A Pobreza urbana em Portugal: um inquérito às famílias em habitat degradado,
     nas cidades de Lisboa, Porto e Setúbal. Lisboa: CRC.
   . Stoppard, M.(2009). A verdade acerca das drogas. Porto: Livraria Civilização Editora.
   . Tinhorão, J. (1988). Os negros em Portugal: uma presença silenciosa. Lisboa: Editorial Caminho.
   . Valentim, J. (1997). Escola, igualdade e diferença. Porto: Campo das Letras Editores.
   . Vieira, R.(1998). Entre a escola e o lar: os currículos e os saberes da infância. Lisboa: Fim de
     Século Edições.
   . Weiss, C. (1975). Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiencia de los
     programas de acción. México: Trillas.
   . Worsley, P. (1974). Introdução à Sociologia. Lisboa: Publicações D. Quixote.
   . Xiberras, M. (1993). As teorias da Exclusão: para uma construção do imaginário do desvio. Lisboa:
     Instituto Piaget.




                                                                                                          10
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                                              Parte II

                                     Módulos
                                                Índice:
                                                  Página

                  Módulo 1       A Família: Perspectiva Sistémica       12

                  Módulo 2       Bairro, Comunidade Urbana e Rural      14

                  Módulo 3       Terceira Idade e Velhice               16

                  Módulo 4       Políticas Sociais                      18

                  Módulo 5       Desenho e Concepção de Projectos       20

                  Módulo 6       A Construção do Diagnóstico            22

                  Módulo 7       Planificação e Execução de Projectos   24

                  Módulo 8       Avaliação de Projectos                 27

                  Módulo 9       Intervenção Sócio-educativa            30

                  Módulo 10 Comportamentos Desviantes: Dependências     33

                  Modulo 11 Exclusão Social e Minorias Étnicas          35




                                                                                          11
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL



                                              MÓDULO 1

                         A Família: Perspectiva Sistémica
                                                                      Duração de Referência: 24 horas

1. Apresentação
   A Família: Perspectiva Sistémica constitui o primeiro módulo da disciplina e por isso está
   estruturado de forma a permitir que o aluno se compreenda como um ser individual e social,
   integrado numa instituição dinâmica.

   Pretende-se que os alunos sejam capazes de perceber as transformações operadas no indivíduo,
   assim como no casal e grupo familiar, ao longo das suas trajectórias de vida, com especial
   enfoque para as questões relacionadas com a maternidade, primeira infância e adolescência,
   dando-lhes a conhecer algumas estruturas da comunidade com reconhecida importância ao nível
   da prevenção.

   O módulo está, por isso, organizado em duas partes fundamentais. A primeira pretende dar a
   conhecer a família como um sistema em permanente mudança e em constante interacção
   dinâmica com a sociedade exterior, constituída, no entanto, por uma história própria e por um
   conjunto de códigos (normas de convivência, regras e acordos relacionais, crenças ou mesmo mito
   familiares) que lhe conferem singularidade. Nesta perspectiva, serão analisados alguns
   acontecimentos que marcam as trajectórias dos indivíduos dentro desse sistema, desde a
   constituição do casal, até às questões da paternidade e maternidade e relações de filiação.

   Pretende-se, numa segunda parte do módulo, que o aluno seja capaz de compreender a evolução
   da família, analise cientificamente as causas dos problemas familiares actuais e seja capaz de
   enquadrar os diferentes modelos de família existentes na sociedade contemporânea, assim como
   consiga perspectivar intervenções sistémicas, privilegiando a dimensão preventiva.

   Neste sentido, prevê-se o contributo de técnicos diferenciados, na tentativa de fazer o aluno
   compreender as lógicas subjacentes a este modelo de intervenção, com enfoque especial nas
   estruturas da comunidade que operam ao nível da prevenção.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer-se a si próprio enquanto ser simultaneamente individual e social.
         Reconhecer a transformação da família e dos ciclos de vida familiar.
         Analisar as relações individuais na sua interacção dinâmica, constituindo-se como um todo
         singular e único.
         Caracterizar as crises que acontecem no seio da família e saber relacioná-las com o
         comportamento individual.

                                                                                                       12
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                                    Módulo 1: A Família: Perspectiva Sistémica


Objectivos de Aprendizagem (cont.)
         Analisar cientificamente as causas dos problemas familiares actuais, sendo capaz de os
         enquadrar nos diferentes modelos de família existentes.
         Identificar as estruturas da comunidade que actuam no nível preventivo: maternidade,
         primeira infância e adolescência.
         Elaborar intervenções individuais e familiares com carácter preventivo.



3. Âmbito dos Conteúdos
1. Breve abordagem da Teoria Geral dos Sistemas
2. A família na perspectiva sistémica
3. Características e propriedades de um sistema
4. Características funcionais de um sistema
5. A família enquanto sistema em evolução: os ciclos de vida familiares
6. Maternidade e paternidade ao longo do ciclo vital
7. Adolescência e família
8. A prevenção: conceitos – sua relação com a maternidade e primeira infância
9. Apresentação de algumas estruturas da comunidade de apoio à maternidade, primeira infância e
    adolescência: modelos de intervenção
10. Intervenção familiar




4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Costa, M. (1994). Divórcio, monoparentalidade e recasamento: intervenção psicológica em
     transições familiares. Porto: Edições Asa.
   . Gonçalves, P. (1979). Introdução ao estudo da família numa perspectiva sistémica– Aula
     integrada do Curso de Psicologia básica do Prof. Eurico Figueiredo. Porto: Instituto de Ciências
     Biomédicas Abel Salazar.
   . Nobre, L. (1987). “Terapia familiar: uma visão sistémica”. in Grupo sobre grupo. Rio de Paiva.
   . Relvas, A. (1996). O ciclo vital da família: perspectiva sistémica. Porto: Edições Afrontamento.
   . Silva, L. (2001). Acção social na área da família. Lisboa: Universidade Aberta.
   . Silva, L. (2001). Intervenção Psico-Social. Lisboa: Universidade Aberta.




                                                                                                         13
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                                              MÓDULO 2
                      Bairro, Comunidade Urbana e Rural
                                                                        Duração de Referência: 24 horas

1. Apresentação
   O módulo Bairro, Comunidade Urbana e Rural pretende que os alunos adquiram um conjunto de
   formação teórica indispensável à compreensão das mudanças ocorridas em Portugal após a
   década de 60, sobretudo no que diz respeito ao meio urbano e meio rural. Desta forma esta
   unidade modular está organizada em duas partes distintas, mas complementares.

   A primeira parte pretende dotar o aluno de um conjunto de informação teórica que lhe permita
   compreender as mudanças ocorridas no meio urbano, sobretudo após os primeiros sinais de
   urbanização/ industrialização. Neste sentido, torna-se indispensável que o aluno compreenda os
   motivos que sustentam o aumento e concentração populacionais, a multiplicidade de actividades e
   funções, bem como a divisão social do trabalho e o aumento do sector terciário. Desta forma,
   deve-se dar relevo às consequências da concentração populacional e de todas as problemáticas
   daí decorrentes, sobretudo pela criação dos bairros de habitação social.

   Este último aspecto deverá ser objecto de atenção e análise uma vez que daí decorrem problemas
   sociais facilmente identificáveis e que são alvo da intervenção destes técnicos.

   A segunda parte desta unidade deverá permitir a integração e complementaridade de saberes.
   Assim, pretende-se dar conta do espaço rural enquanto fenómeno social, referindo as suas
   funções antes e após os processos migratórios motivados pela crescente terciarização da
   economia portuguesa.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer como as cidades actuais são fruto de uma acumulação de mudanças ocorridas
         através dos tempos.
         Reconhecer o espaço social urbano e as suas especificidades.
         Reconhecer a interdependência entre o espaço social urbano e o espaço rural.
         Identificar a heterogeneidade dos actores sociais e dos seus recursos, expressos na
         configuração do espaço.
         Identificar as lógicas de exclusão subjacentes aos processos de realojamento social.
         Reconhecer que o espaço rural é produto da acção dos homens, envolvendo diferentes
         relações sociais.
         Analisar as relações do meio urbano com o meio rural enquanto meio social no seu todo.



                                                                                                        14
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                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                   Módulo 2: Bairro, Comunidade Urbana e Rural


3. Âmbito dos Conteúdos
1. O processo de urbanização e industrialização em Portugal
2. Características do fenómeno urbano: concentração populacional; multiplicidade de actividades e
    funções; a divisão social do trabalho
3. O espaço social urbano português: características
4. Problemas inerentes às áreas metropolitanas: bairros de habitação social; processos de
    realojamento
5. Espaço urbano como espaço social: suas funções
6. A especificidade do espaço rural: migrações, dependência em relação aos processos naturais, as
    relações de interconhecimento e a persistência do grupo doméstico enquanto unidade de
    produção e de consumo.




4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Antunes, J. (1999). Geografia 10º ano de escolaridade (Área A), 1º ano do curso complementar
     liceal nocturno. Lisboa: Plátano Editora, S.A.
   . Barata, O. (1974). A Emigração e o Êxodo Rural em Portugal. Lisboa: Instituto Superior de
     Ciências Sociais e Políticas.
   . Cardoso, A. (1993). A outra face da cidade: pobreza em bairros degradados de Lisboa. Lisboa:
     Câmara Municipal de Lisboa.
   . Dias, J. (1983). Vilarinho da Furna: Uma Aldeia Comunitária. Lisboa: Imprensa Nacional da Casa
     da Moeda.
   . Ferreira A.(1987). Por uma nova política de habitação. Porto: Edições Afrontamento.
   . Ferreira, A.(1994). “Habitação Social: Lições e Prevenções para o PER”. in Sociedade e
     Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento.
   . Guerra, I. (1994). “As Pessoas não são coisas que se ponham em gavetas”. in Sociedade e
     Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento.
   . Paiva. F. (1985). “Condições de alojamento e carências habitacionais da população portuguesa”.
     in Sociedade e Território, nº2. Porto: Edições Afrontamento.
   . Pinto, T. (1994). “A Apropriação do Espaço em Bairros Sociais: O Gosto Pela Casa e o Desgosto
     Pelo Bairro”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento.
   . Silva, M.(1989). A Pobreza urbana em Portugal: um inquérito às famílias em habitat degradado,
     nas cidades de Lisboa, Porto e Setúbal. Lisboa: CRC.




                                                                                                      15
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL




                                              MÓDULO 3
                                 Terceira Idade e Velhice
                                                                        Duração de Referência: 24 horas

1. Apresentação
   O envelhecimento é um processo universal, etapa normal do ciclo de vida, na qual o homem está
   sujeito a alguns ganhos e perdas, dependendo da sua vivência, dos valores, crenças e atitudes
   assumidas ao longo de um percurso de vida.

   Socialmente o envelhecimento implica uma mudança de estatuto. De facto, é o corpo social que
   determina quando alguém se torna socialmente velho, ou seja, são as estruturas sociais que
   tornam as pessoas socialmente idosas, retirando-lhes os papéis e funções, ou atribuindo-lhes
   outros, que promovam socialmente a classificação de “idoso” como pessoa não activa.

   Sabemos hoje que o poder e o estatuto social assentam cada vez mais no controle científico,
   tecnológico e económico, pelo que as condições de vida actuais tendem a valorizar o papel dos
   mais novos, dos que economicamente estão “activos”, actualizados e a dominar as novas
   tecnologias, deixando cada vez menos “espaço” à valorização da tradição oral, ao valor humano
   como património social, desvalorizando por sua vez a partilha e a cultura transgeracional.

   Serão estas transformações que irão ser abordadas ao longo deste módulo, tentando contribuir
   para que os alunos compreendam estas especificidades, sem, no entanto, descurar os aspectos
   gerais, de um processo que, sendo de todos, é também de cada um: o envelhecimento.

   Procuramos, assim, dotar os alunos de competências e formação adequadas na área da
   Gerontologia, a qual implica o domínio tão diversificado de conhecimentos, cujo espectro abarca
   os processos físicos, psicológicos e sociais próprios do envelhecimento, bem como as
   necessidades dos idosos (doentes ou não).

   Estamos, no entanto, conscientes que o desenvolvimento das capacidades e características
   humanas é um processo fundamental para intervir numa área tão sensível, porque tão
   inevitavelmente próxima de cada um de nós.



2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer a importância da prevenção da velhice.

         Reconhecer os acontecimentos da vida na velhice como factores de risco na saúde mental.
         Caracterizar o apoio psicológico dos idosos e suas famílias.
         Identificar a função de prevenção dos serviços sociais dirigidos a esta população.
         Identificar as valências de apoio aos idosos.


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Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                        Módulo 3: Terceira Idade e Velhice




3. Âmbito dos Conteúdos
1. Mitos e estereótipos acerca da velhice
2. Aspectos demográficos do envelhecimento
3. O processo de envelhecimento: causas e consequências
4. A geriatria e a gerontologia, seus precursores
5. Noção de velhice e população idosa
6. Fases do processo de envelhecimento: pré-senescência, senescência e velhice
7. A diversidade cultural do envelhecimento
8. A política de velhice
9. Noção de política social: análise da situação portuguesa
10. A problemática do alojamento
11. Dificuldades económicas, sociais, culturais e psicológicas do idoso
12. As valências de apoio à terceira idade



4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   Faria, A. (1997). “Idosos Institucionalizados”. in Áreas de Intervenção e Compromissos Sociais do
   Psicólogo. Porto: APPORT.
   Fernandes, A. (1997). Velhice e Sociedade: demografia, família e políticas sociais em Portugal.
   Lisboa: Celta Editora.
   Garcia, C. (1988). “A deterioração mental dos idosos: a tão falada arteriosclerose cerebral e a
   misteriosa doença de Alzheimer”. in Revista da Associação Portuguesa de Psicologia:
   envelhecimento, perspectivas multidisciplinares, Psicologia, VI. Lisboa: Associação Portuguesa de
   Psicologia.
   Quaresma, M. (1988). “Política de velhice: análise e perspectivas”. in Revista da Associação
   Portuguesa de Psicologia - Envelhecimento, perspectivas multidisciplinares. Lisboa: Associação
   Portuguesa de Psicologia.




                                                                                                       17
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                           Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL



                                              MÓDULO 4
                                        Políticas Sociais
                                                                       Duração de Referência: 24 horas

1. Apresentação
   A presente unidade modular pretende enunciar as diferentes políticas sociais existentes em
   Portugal, permitindo ao aluno compreender que essas são indiscutivelmente uma aquisição
   recente das sociedades industrializadas e desenvolvidas dos países capitalistas.

   Por outro lado, os conteúdos programáticos leccionados devem permitir ao aluno compreender que
   a existência de tais políticas pressupõem uma razoável capacidade de organização económica e
   social e que a sua necessidade, bem como a sua premência, em geral, só se fazem sentir quando
   alguns problemas sociais atingem uma fase de aguda deterioração, decorrente do próprio
   desenvolvimento.

   Desta forma, e porque o Técnico de Apoio Psicossocial deve perspectivar intervenções com vista
   ao desenvolvimento adequado de indivíduos e grupos, conferindo-lhes a oportunidade de terem
   acesso a recursos considerados fundamentais, torna-se pertinente o domínio das diferentes
   políticas sociais existentes, bem como o âmbito da sua aplicação.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer a evolução social e do mutualismo em Portugal.
         Identificar a função social do Estado.
         Identificar os objectivos das Políticas Sociais.
         Caracterizar as diversas políticas sociais inerentes ao desenvolvimento das actividades do
         Técnico de Apoio Psicossocial.
         Reconhecer as relações entre as diversas políticas sociais.
         Identificar os serviços e equipamentos inerentes às políticas sociais e os respectivos
         destinatários.




                                                                                                        18
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                              Módulo 4: Políticas Sociais


3. Âmbito dos Conteúdos
1. A função do Estado
    1.1. Evolução dos seguros sociais obrigatórios em Portugal
    1.2. Prestações sociais: conteúdos e benefícios
2. Políticas Sociais
    2.1. Saúde
    2.2. Segurança Social, emprego e trabalho
    2.3. Educação




4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Carapinheiro, G.(1993). Saberes e Poderes no Hospital: uma sociologia dos serviços
     hospitalares. Porto: Edições Afrontamento.
   . Carreira, H. (1996). “O Estado e a Saúde”. in Cadernos do Público, nº2. Lisboa: Jornal Público.
   . Carreira, H. (1996). “O Estado e a Segurança Social”. in Cadernos do Público, nº4, Lisboa: Jornal
     Público.
   . Comissão do Livro Branco da Segurança Social (1998). Livro Branco da Segurança Social.
     Lisboa: Ministério do Trabalho e da Solidariedade.
   . European Anti Poverty Network (1996). Lutar contra a Pobreza e a Exclusão na Europa; Guia de
     Acção e Descrição das Políticas Sociais. Lisboa: Instituto Piaget.




                                                                                                       19
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                             Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL



                                              MÓDULO 5
                      Desenho e Concepção de Projectos
                                                                         Duração de Referência: 24 horas

1. Apresentação
   O presente módulo assume a tarefa de proporcionar ao aluno uma visão abrangente daquilo que
   será o método de trabalho a utilizar em contexto de prática de estágio. É adoptada uma visão
   dialéctica entre a teoria e a prática de forma a incrementar e estreitar laços entre o pensar e o agir.

   Será com base neste pressuposto que o módulo deverá ser entendido pelos alunos, promovendo
   neles a necessidade do acompanhamento intelectual para a eficaz produção de mudança a ocorrer
   no âmbito da actuação do técnico. Assim, este módulo prepara os alunos para o entendimento do
   alcance do encadeamento das operações – a abordar nos módulos seguintes - que conduzirão a
   um projecto teórico-prático e participado no caminho da mudança. Neste contexto, assume
   particular relevância a compreensão da metodologia de projecto enquanto um conjunto de
   procedimentos estruturados e flexíveis que se desenvolvem ao longo do trabalho a realizar, quer
   no plano teórico quer no plano empírico, e que convergem para um objectivo de mudança.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer a necessidade de seguir uma metodologia de trabalho.
         Reconhecer a metodologia de projecto enquanto um processo.
         Tomar conhecimento, no plano teórico e empírico, do conceito de metodologia de projecto.
         Reconhecer o trabalho de projecto como um processo teórico-prático participado e dinâmico,
         capaz adaptar, reajustar e reorientar a intervenção no curso da transformação da realidade e
         da sua melhora efectiva.
         Identificar a principal função da metodologia no desenvolvimento de qualquer projecto.
         Reconhecer o alcance da metodologia de investigação/ acção/ participativa.
         Aplicar os conhecimentos obtidos no âmbito de outras disciplinas na análise metodológica.




                                                                                                             20
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                            Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                   Módulo 5: Desenho e Concepção de Projectos


3. Âmbito dos Conteúdos
1. Conceito de trabalho de projecto
2. Conceito de projecto social
3. Conceito de processo
4. O trabalho de projecto como um método orientado para a resolução de problemas
5. Definição de metodologia
6. A metodologia como instrumento de transformação da realidade
7. A flexibilidade da acção metodológica
8. Participação e parcerias
9. A investigação/ acção participativa como guia operativo capaz de se adaptar à dinâmica da
    realidade sociocultural
10. Identificação das fases do trabalho de projecto
    10.1. Diagnóstico
    10.2. Planificação
    10.3. Execução
    10.4. Avaliação
11. Sistematização e contextualização de cada uma das fases do trabalho de projecto.



4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial
     Lumen S.R.L.
   . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires:
     Humanitas.
   . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e
     sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo.
   . Cosme, A.; Trindade, R. ( 2001). Área de projecto: percursos com sentido. Porto: Edições Asa.
   . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001.
   . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia Editora.
   . Guerra, I. (1994). “As Pessoas não são coisas que se ponham em gavetas”. in Sociedade e
     Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento.
   . Leite, E. et al (1991). Trabalho de projecto 1: aprender por projectos centrados em problemas.
     Porto: Edições Afrontamento.
   . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2 : leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento.
   . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do
     Ministério da Educação.
     Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea.


                                                                                                         21
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL




                                              MÓDULO 6
                            A Construção do Diagnóstico
                                                                      Duração de Referência: 30 horas

1. Apresentação
   O presente módulo apresenta-se como o cerne do projecto a desenvolver, já que o diagnóstico é
   considerado uma das ferramentas teórico-metodológicas com maior relevância para o
   conhecimento da realidade onde pretendemos intervir.

   Assim, este módulo, para além de visar a transmissão de conhecimentos relativos à evolução
   histórica do conceito de diagnóstico social, compreende ainda a análise dos contributos teóricos
   para a elaboração de um diagnóstico onde irá assentar a planificação e intervenção. Desta forma
   pretende-se fornecer aos alunos os instrumentos adequados para a identificação de problemas e
   de potencialidades que serão indicadores importantes no trabalho a desenvolver. A ideia de que a
   construção do diagnóstico é algo que vai sofrendo diversas actualizações e reformulações deverá
   pautar a transmissão de saberes e a aquisição de competências.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer a evolução histórica do conceito de diagnóstico social.
         Caracterizar a importância da análise documental e bibliográfica para a análise da
         problemática.
         Identificar os elementos a ter em consideração na elaboração de um diagnóstico.
         Reconhecer a importância desses elementos e da sua transversalidade para a análise
         cuidada do trabalho em curso.
         Caracterizar o processo dinâmico e contínuo da construção do diagnóstico.
         Reconhecer a importância da formulação de hipótese teóricas na aferição do diagnóstico.
         Reconhecer a pertinência da avaliação diagnóstica de forma a evitar o enviesamento da
         intervenção.
         Elaborar o diagnóstico.




                                                                                                       22
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                            Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                      Módulo 6: A Construção do Diagnóstico


3. Âmbito dos Conteúdos
1. O diagnóstico social – Breve resenha histórica/ evolução do conceito
2. O diagnóstico como conhecimento científico dos fenómenos
3. A preparação teórica e a recolha de informação
4. Os objectivos do diagnóstico
5. Identificação de problemas
6. Identificação das causas dos problemas
7. Identificação das potencialidades e obstáculos
8. Estabelecimento de prioridades
9. Levantamento de hipóteses
10. A avaliação diagnóstica
    10.1. Conceito
    10.2. Características
    10.3. Funções



4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial
     Lumen S.R.L.
   . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires:
     Humanitas.
   . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e
     sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo.
   . Capucha, L. et al (1996). “Metodologias de avaliação: o estado da arte em Portugal”. in Sociologia
     – Problemas e práticas, n.º 22.Lisboa: CIES.
   . Espinosa, V. (1986). Evaluación de Proyectos Sociales. Buenos Aires: Humanitas.
   . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001.
   . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia
     Editora.
   . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2 : leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento.
   . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do
     Ministério da Educação.
   . Lima, M. (1995). O inquérito sociológico: problemas de metodologia. Lisboa: Editorial Presença.
   . Quintela, J. (1992). “Aspectos da avaliação de projectos: objectivos e dificuldades”. in Seminário
     sobre a Pobreza – Mudança / Desenvolvimento. Setúbal: Comissariado Regional do Sul da Luta
     Contra a Pobreza.
   . Santos, S.; Santos, M. (2001). Diagnóstico Social. Lisboa: Módulos PROFISSS.
   . Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea.
   . Weiss, C. (1975). Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiencia de los
     programas de acción. México: Trillas.


                                                                                                          23
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                           Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL




                                              MÓDULO 7
                    Planificação e Execução de Projectos
                                                                       Duração de Referência: 24 horas

1. Apresentação
   Partindo do conhecimento da realidade analisada anteriormente, o presente módulo oferece ao
   aluno a possibilidade de agenciar um prognóstico através do estabelecimento de um processo de
   planificação. Tal processo implica saber de onde se parte e onde se quer chegar; de que recursos
   se dispõe; que procedimentos devem adoptar na intervenção a realizar.

   Neste sentido, assume carácter elementar o entendimento da necessidade da construção de um
   registo antecipado da intervenção a desenvolver (plano de actividades) bem como o conhecimento
   e a análise aprofundada dos componentes integrantes desse plano. O módulo prevê também a
   transmissão de conhecimentos na óptica da avaliação, no sentido da eficaz orientação da
   intervenção que se pretende transformadora.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer a necessidade da planificação enquanto uma previsão da acção a desenvolver,
         racionalmente organizada.
         Identificar a pertinência da presença dos elementos a considerar na construção de um plano
         de actividades.
         Enunciar objectivos claros, operacionais e coerentes com o diagnóstico.
         Identificar e fundamentar as estratégias a aplicar no processo de mudança.
         Definir actividades que se coadunem com os objectivos definidos.
         Identificar ritmos de intervenção e recursos necessários à realização de actividades previstas.
         Determinar as práticas de actuação através do exercício da avaliação.
         Reconhecer a avaliação de processo enquanto forma de reajustar a acção.
         Elaborar avaliações de actividades.
         Introduzir fundamentadamente alterações no âmbito da intervenção, sugeridas pela
         avaliação.
         Elaborar uma planificação criativa e participada.
         Reconhecer a riqueza do trabalho de equipa e a mais valia das parcerias na construção de
         um plano.




                                                                                                        24
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                  Módulo 7: Planificação e Execução de Projectos


3. Âmbito dos Conteúdos
1. Os conceitos de planificação estratégica, criativa e participativa
2. A importância do envolvimento na prossecução de consensos
3. Características de um plano
4. Elementos a considerar num plano de actividades (objectivos, estratégias, metodologia, tempo e
    recursos)
5. A elaboração de objectivos por referência à missão institucional
6. Definição/ caracterização de objectivos gerais e específicos
7. Construção adequada de objectivos gerais e objectivos específicos
8. Definição de estratégias de intervenção
9. Definição de actividades
10. A importância da calendarização
11. A adequação dos recursos do projecto (recursos humanos, materiais e financeiros,) face aos
    objectivos enunciados
12. Plano de aprofundamento permanente de diagnóstico
13. A planificação da avaliação
14. A avaliação de processo
    14.1. Conceito
    14.2. Características
    14.3. Funções




4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial
     Lumen S.R.L.
   . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires:
     Humanitas.
   . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e
     sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo.
   . Capucha, L. et al (1996). “Metodologias de avaliação: o estado da arte em Portugal”. in Sociologia
     – Problemas e práticas, n.º 22.Lisboa: CIES.
   . Espinosa, V. (1986). Evaluación de Proyectos Sociales. Buenos Aires: Humanitas.
   . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001.
   . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia
     Editora.
   . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2: leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento.


                                                                                                         25
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                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL



                                  Módulo 7: Planificação e Execução de Projectos



Bibliografia / Outros Recursos (cont.)
   . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do
     Ministério da Educação.
   . Lima, M. (1995). O inquérito sociológico: problemas de metodologia. Lisboa: Editorial Presença.
   . Quintela, J. (1992). “Aspectos da avaliação de projectos: objectivos e dificuldades”. in Seminário
     sobre a Pobreza – Mudança / Desenvolvimento. Setúbal: Comissariado Regional do Sul da Luta
     Contra a Pobreza.
   . Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea.
   . Weiss, C.     (1975). Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiencia de los
     programas de acción. México: Trillas.




                                                                                                          26
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL



                                              MÓDULO 8
                                  Avaliação de Projectos
                                                                        Duração de Referência: 21 horas

1. Apresentação
   O presente módulo é dedicado à avaliação, entendida como actividade científica. Pretende
   fornecer ao aluno uma visão alargada do processo de avaliação, como um todo conjugado pelas
   diferentes etapas, por onde se vai desenvolvendo qualquer projecto no âmbito da animação
   sociocultural.

   Importa igualmente sensibilizar os alunos para a necessidade da aquisição de competências
   avaliativas do trabalho a desenvolver.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer a dimensão do processo avaliativo como algo que acompanha as várias fases do
         projecto.
         Identificar e caracterizar os diferentes modelos de avaliação a estudar.
         Analisar cada um dos indicadores de avaliação.
         Treinar competências de avaliação, com base nos saberes transmitidos.
         Adquirir e dominar as competências avaliativas essenciais ao sucesso das intervenções.




3. Âmbito dos Conteúdos
1. Definições de avaliação
2. Funções da avaliação
3. A Avaliação como um processo
4. A avaliação em função do posicionamento do avaliador
    4.1. Avaliação interna
    4.2. Avaliação externa
    4.3. Avaliação interactiva
5. A avaliação em função dos objectivos ambicionados
    5.1. Avaliação por objectivos
    5.2. Avaliação orientada para a decisão
    5.3. Avaliação orientada para a utilização
    5.4. Avaliação experimental/ pela pesquisa
    5.5. Avaliação contraditória ou múltipla



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                                         Módulo 8: Avaliação de Projectos


Âmbito dos Conteúdos (cont.)
6. A tipologia de avaliação em função do momento em que se realiza
    6.1. Avaliação de diagnóstico/ planeamento
    6.2. Avaliação de processo e contínua
    6.3. Avaliação final de resultados
7. A Avaliação de resultados
    7.1. A avaliação final como uma análise comparativa entre os resultados obtidos e os resultados
         esperados
8. Aspectos a avaliar
9. Indicadores de avaliação
    9.1. Adequação
    9.2. Pertinência
    9.3. Eficácia
    9.4. Eficiência
    9.5. Impacto
    9.6. Equidade
    9.7. A produção de relatório de avaliação final como retorno do trabalho produzido



4. Bibliografía / Outros Recursos
   Livros:
   . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial
     Lumen S.R.L.
   . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires:
     Humanitas.
   . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e
     sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo.
   . Capucha, L. et al (1996). “Metodologias de avaliação: o estado da arte em Portugal”. in Sociologia
     – Problemas e práticas, n.º 22.Lisboa: CIES.
   . Espinosa, V. (1986). Evaluación de Proyectos Sociales. Buenos Aires: Humanitas.
   . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001.
   . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia
     Editora.
   . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2 : leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento.
   . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do
     Ministério da Educação.
   . Lima, M. (1995). O inquérito sociológico: problemas de metodologia. Lisboa: Editorial Presença.




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                                        Módulo 8: Avaliação de Projectos


Bibliografía / Outros Recursos (cont.)
   . Quintela, J. (1992). “Aspectos da avaliação de projectos: objectivos e dificuldades”. in Seminário
     sobre a Pobreza – Mudança / Desenvolvimento. Setúbal: Comissariado Regional do Sul da Luta
     Contra a Pobreza.
   . Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea.
   . Weiss, C. (1975). Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiencia de los
     programas de acción. México: Trillas.




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                                              MÓDULO 9
                             Intervenção Sócio-educativa
                                                                       Duração de Referência: 30 horas

1. Apresentação
   O presente módulo está estruturado de forma a permitir que os alunos reúnam um conjunto de
   informação teórica indispensável à compreensão da educação enquanto fenómeno social.

   Entende-se, por isso, necessário analisar as teorias existentes na tentativa de compreender que,
   por vezes, construímos ideias estereotipadas acerca da realidade que nos permitem viver em
   harmonia com o mundo que nos rodeia. No entanto, tais representações não são mais do que
   falsas evidências, preconceitos e pré-noções que nos impedem de analisar os problemas sociais
   com o rigor científico necessário à verdadeira compreensão das causas que os originam.

   Desta forma, os conteúdos programáticos do módulo deverão permitir analisar o carácter redutor e,
   por isso, manifestamente insuficiente, de toda a análise que faça depender a evolução social de
   qualquer impulso instintivo; sendo apontado o facto de a ordem social só existir na medida em que
   a actividade humana a produz continuamente.

   Partindo destes pressupostos, a análise do sucesso escolar e (in)sucesso educativo, bem como da
   necessidade do ajustamento de práticas e intervenções permitirá realizar acções em todos os
   contextos sociais que promovam o desenvolvimento integral dos indivíduos e dos grupos, dando
   oportunidade a todos de poderem ascender socialmente.

   Este módulo deverá estar estruturado privilegiando a componente teórico-prática, para que o aluno
   consiga entender a intervenção sócio-educativa dirigida a todos os que dela necessitam.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer a educação como um fenómeno social, uma forma de controlo social e de
         integração social dos jovens numa sociedade em mudança.
         Reconhecer as inter-relações que se estabelecem entre os diferentes actores do processo
         educativo e o sucesso escolar.
         Identificar a pluralidade de factores que contribuem para o (in)sucesso escolar.
         Reconhecer a necessidade da escola se abrir ao meio e responder às suas necessidades.




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                                      Módulo 9: Intervenção Sócio-educativa


3. Âmbito dos Conteúdos
1. Educação – definição geral
2. Definição de (in)sucesso escolar e sucesso educativo
3. A escola como um quadro de interacções sociais
4. Os protagonistas directos da situação escolar (professores, pais e alunos)
5. Teorias explicativas do (in)sucesso escolar: teoria dos dons naturais; teoria do handicap
    sociocultural; teoria sócio institucional
6. Os diferentes códigos linguísticos
7. Práticas pedagógicas



4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Benavente, A. et al (1991). Do outro lado da escola. Lisboa: Editorial Teorema.
   . Benavente, A. (1993). “Mudar a escola, mudar as práticas: um estudo de caso em educação
     ambiental”. in Cadernos de Inovação Educacional. Lisboa: Escolar Editora.
   . Bourdieu, P. (1987). “Propostas para o ensino de futuro”. in Cadernos de ciências Sociais. Porto:
     Edições Afrontamento.
   . Brunet, L. (1992). “Clima de trabalho e eficácia da escola”. in As organizações escolares em
     análise. Lisboa: D. Quixote.
   . Costa, A. F. (1992). Sociologia. Lisboa: Difusão Cultural.
   . Formosinho, J. (1988). “Organizar a escola para o sucesso educativo”. in CRSE Medidas que
     promovem o sucesso educativo. Lisboa: ME.
   . Gall, A. (1978). O insucesso escolar. Lisboa: Editorial Estampa.
   . Gomes, C. (1987). “Interacção selectiva na escola de massas”. in Revista Sociologia - problemas
     e práticas n.º 3. Braga: Universidade do Minho.
   . Iturra, R. (1990). A construção social do insucesso escolar - memória e aprendizagem em Vila
     Ruiva. Lisboa: Escher.
   . Lima, M.(1980). Introdução à Sociologia. Lisboa: Editorial Presença.
   . Machado, F. (1995). Do perfil dos tempos ao perfil da escola: Portugal na viragem do milénio. Rio
     Tinto: Edições Asa.
   . Montagner, H. (1996). Acabar com o insucesso na escola: a criança, as suas competências e os
     seus ritmos. Lisboa, Horizontes Pedagógicos.
   . Musgrave, P.(1979). Sociologia da Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
   . Pinto, C. (1985). Os jovens e a escola. Lisboa: IED.
   . Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola. Alfragide: Editora McGraw -Hill.
   . Pires, E. (1995). Lei de Bases do Sistema Educativo. Porto: Edições Asa.
   . Rola, J. (1994). Do acesso ao (in)sucesso: a questão das (des)igualdades. Porto: Edições Asa.



                                                                                                         31
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                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                      Módulo 9: Intervenção Sócio-educativa


Bibliografia / Outros Recursos (cont.)
   . Silva, A.; Pinto, J. (1986). Metodologia das ciências sociais. Porto: Edições Afrontamento.
   . Valentim, J. (1997). Escola, igualdade e diferença. Porto: Campo das Letras Editores.
   . Vieira, R.(1998). Entre a escola e o lar: os currículos e os saberes da infância. Lisboa: Fim de
     Século Edições.
   . Worsley, P. (1974). Introdução à Sociologia. Lisboa: Publicações D. Quixote.




                                                                                                        32
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                        Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL



                                              MÓDULO 10
              Comportamentos Desviantes: Dependências
                                                                      Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação
   A presente unidade modular pretende significar uma mais valia para o Técnico de Apoio
   Psicossocial uma vez que integra uma abordagem geral acerca do comportamento desviante. A
   definição de comportamento desviante, sob uma aparente empiricidade, é um conceito construído
   em torno da demarcação de normalidade efectuada pelas convenções sociais: só é possível a
   qualificação da manifestação dita patológica no contexto, constituindo os traços “normais” se
   houver tolerância social perante a mesma e patológica em caso contrário. É neste sentido que a
   causa etiológica das dependências pode ser examinada menos pelo estrito uso da substância e
   mais pela rigidez do consenso social relativamente aos comportamentos de consumo.

   Como todo o conhecimento social, as representações sociais sobre as dependências são geradas
   socialmente na união entre configurações sócio estruturais expressas em posições sociais e em
   valores, normas e instituições de que os indivíduos são portadores, e que reproduzem nas suas
   consciências discursivas e prática.

   Neste sentido, a organização do módulo deverá, por um lado, permitir que o aluno compreenda o
   significado social de comportamento desviante e, por outro, conheça as dependências e as suas
   repercussões em termos bio-psico-sociais.




2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer as diferentes dimensões subjacentes às dependências em termos bio-psico-
         sociais.
         Reconhecer os níveis de intervenção do técnico de apoio psicossocial nos domínios da
         prevenção primária, secundária e terciária.
         Caracterizar o significado de comportamentos desviantes segundo a perspectiva de vários
         autores.
         Definir o conceito de dependências.
         Distinguir as diferentes dependências existentes.
         Definir o significado social das várias dependências.
         Relacionar as dependências com os valores inerentes a uma sociedade de consumo.
         Elaborar respostas adequadas ao tratamento e/ou reencaminhamento do indivíduo de acordo
         com a sua dependência.




                                                                                                     33
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                               Módulo 10: Comportamentos Desviantes: Dependências




3. Âmbito dos Conteúdos
1. Conceito de dependência
2. Os aspectos bio-psico-sociais da dependência
3. Os diferentes níveis de intervenção: prevenção primária, secundária e terciária
4. Conceito de comportamento desviante: o normal e o patológico
5. Representações sociais do desvio: os valores e as normas
6. As dependências: substâncias lícitas e ilícitas
7. Os novos padrões de consumo
8. Como actuar face aos diferentes tipos de consumo: o papel do Técnico de Apoio Psicossocial
9. Encaminhamento para as diversas estruturas da comunidade



4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Gameiro, A. (1983). Álcool, Alcoolismo e Saúde. Lisboa: Edições Conhecer.
   . Naik, A. (2001). Drogas: do tabaco e do álcool à heroína, tudo o que tu, os teus professores e
     toda a gente devem saber. Lisboa: Gradiva.
   . Patrício, L. (1995). Droga de vida, vidas de droga. Venda Nova: Bertrand Editora.
   . Stoppard, M.(2009). A verdade acerca das drogas. Porto: Livraria Civilização Editora.
   . Xiberras, M. (1993). As teorias da Exclusão: para uma construção do imaginário do desvio.
     Lisboa: Instituto Piaget.




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Programa de Comunidade e Intervenção Social                                              Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL




                                              MÓDULO 11

                       Exclusão Social e Minorias Étnicas
                                                                          Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação
   Desde sempre, a existência do Homem vem sendo marcada pela sua condição de ser
   eminentemente social.

   A sua condição social remete-nos para a necessidade humana de viver em sociedade, viver em
   relação com o meio e com os outros. Esta vivência social materializa-se no estabelecimento de
   relações de vária ordem: afectiva, social, económica, política, cultural, entre outras.

   Este corpo de relacionamentos implica e manifesta-se por meio de um determinismo social
   constante, cujos impactos se fazem sentir, a intensidades variadas, nos vários pontos da estrutura
   social. Estes impactos traduzem-se em transformações sociais que são acompanhados por
   determinadas ideologias, variantes ao nível das sociedades, segundo as épocas, e que obedecem
   a imperativos ideológicos. Tal significa que a existência de exclusão social tenha como base um
   conjunto de valores e representações sociais, que são inculcadas aos indivíduos como sendo
   racionais, constituindo-se como forma de socialização e regulação das condutas individuais.

   Desta forma, a exclusão social não se explica apenas pelas estruturas sociais, mas abrange
   também a totalidade dos intervenientes implicados nas relações sociais.

   A diferença constitui um conceito complexo na história da humanidade. Em todas as sociedades é
   comum estabelecer-se a diferença entre “nós” e os “outros”. Se a partir de meados do século XVIII
   até meados do século XX as explicações para os diferentes grupos humanos eram procuradas a
   partir da cor da pele, forma dos lábios ou nariz, depois da Segunda Guerra Mundial, a noção de
   cultura começa a ganhar terreno. A partir daqui os diferentes grupos humanos começaram a
   designar-se por “Grupos Étnicos” para conferir significado às suas características culturais.

   O significado de minorias étnicas, à semelhança de outros, não é pacífico, no entanto tendem-se a
   denominar minorias étnicas aquelas populações com uma realidade cultural e social diferente da
   dominante.




                                                                                                           35
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                          Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                   Módulo 11: Exclusão Social e Minorias Étnicas



2. Objectivos de Aprendizagem
         Reconhecer que os conceitos que traduzem a exclusão traduzem concepções que as
         condicionam em simultâneo.
         Identificar os diferentes tipos de exclusão.
         Reconhecer os diversos factores económicos, demográficos, sociais e culturais que de forma
         integrada configuram as categorias da exclusão social e minorias étnicas (sendo um fenómeno
         multidimensional).
         Caracterizar historicamente o conceito de exclusão.
         Identificar as representações sociais associadas a este conceito e às diferentes problemáticas
         ao nível da exclusão social e minorias étnicas.




3. Âmbito dos Conteúdos
1. Definição do conceito de exclusão social
2. Tipos de exclusão
3. Contextualização do conceito de exclusão
4. A violência: novas realidades ou representações
5. A fragilidade da velhice
6. Agricultores de baixos rendimentos
7. Assalariados de baixo nível de remuneração
8. Trabalhadores precários e da economia informal
9. Minorias étnicas
10. Desempregados
11. Jovens de baixas qualificações à procura do primeiro emprego
12. Condicionantes contemporâneas da exclusão




4. Bibliografia / Outros Recursos
   Livros:
   . Almeida, J. et al (1992). Exclusão Social: Factores e tipos de pobreza em Portugal. Oeiras: Celta
     Editora.
   . Almeida, J.(1993). “Integração Social e Exclusão Social: algumas questões”. in Análise Social, n.º
     123-124. Lisboa: ICS.
   . Barreto, C. (1995). “Portugal na periferia do Centro da mudança social 1960 a 1995”. in Análise
     Social, vol. XXX/ 134. pp. 841-855.Lisboa: ICS.
   . Birou, A. (1966). Dicionário das Ciências Sociais. Lisboa: Publicações D. Quixote.



                                                                                                         36
Programa de Comunidade e Intervenção Social                                            Cursos Profissionais

                                      TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL


                                   Módulo 11: Exclusão Social e Minorias Étnicas


Bibliografia / Outros Recursos (cont.)
   . Castro, P.; Freitas, M. (1991). Contributos para o estudo de grupos étnicos residentes na cidade
     de Lisboa. Lisboa: LNEC.
   . Costa, B. (1985). A Pobreza em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
   . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do
     Ministério da Educação.
   . Tinhorão, J. (1988). Os negros em Portugal: uma presença silenciosa. Lisboa: Editorial Caminho.




                                                                                                         37

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Programa CIS

  • 1. CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO Técnico de Apoio Psicossocial PROGRAMA Componente de Formação Técnica Disciplina de Comunidade e Intervenção Social Escolas Proponentes/Autores Escola Psicossocial do Porto Ana Paula Ferreira Ana Rita Marques António Júlio Roque ANQ – Agência Nacional para a Qualificação 2008
  • 2. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Parte I Orgânica Geral Índice: Página 1. Caracterização da Disciplina ……. ……. … 2 2. Visão Geral do Programa …………. …...... 3 3. Competências a Desenvolver. ………. …. 4 4. Orientações Metodológicas / Avaliação …. 5 5. Elenco Modular …….....………………........ 7 6. Bibliografia …………………. …………. …. 7 1
  • 3. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL 1. Caracterização da Disciplina A disciplina de Comunidade e Intervenção Social pretende coadjuvar a formação técnica específica do Técnico de Apoio Psicossocial, proporcionando-lhe particular saber acerca de assuntos que poderão vir a ser palco da sua actividade profissional. Através dos conteúdos modulares aqui apresentados entende-se estar a contribuir para uma formação abrangente de um técnico que se espera venha a adquirir conhecimento conveniente e rigoroso à actividade a desenvolver. Neste sentido, e atendendo ao perfil do Técnico de Apoio Psicossocial, harmonizou-se considerar um conjunto de saberes que convergiram para a construção do elenco modular aqui apresentado. Assim, pretende-se que os alunos se familiarizem com uma linguagem social e institucional e que através dela descubram a imensa panóplia de conhecimentos e experiências indispensáveis à real e efectiva prática do Técnico de Apoio Psicossocial. Pretende-se que a actual análise desta área disciplinar permita ao aluno a aprendizagem dos conhecimentos teóricos basilares sobre a organização da sociedade e que este conhecimento facilite uma análise profunda e reflectida das matérias que constituem o corpo desta disciplina. Nesta óptica assume especial importância o conhecimento das mais elementares orgânicas reguladoras em termos das políticas sociais vigentes assumidas como capacidade de organização social de um Estado. Espera-se também sensibilizar o aluno para a compreensão dos comportamentos, atitudes e valores presentes no funcionamento social dos indivíduos, dos grupos e das organizações almejando que assimilem e compreendam a sua singularidade não só em termos das carácter peculiar que cada indivíduo ou grupo deixa transparecer como também da forma como estes entendem e interagem com o mundo social que os rodeia. Assume especial destaque a necessidade de reflexões ajustadas às realidades a analisar de forma a romper com ideias estereotipadas e pré-concebidas completamente desniveladas do pensamento científico que se impõe coroar no âmbito desta formação. A compreensão das metodologias de intervenção afigura-se elementar na formação destes técnicos, de tal forma que o conhecimento e manejo dos instrumentos teórico-práticos convenientes ao trabalho com a comunidade assume lugar de realce durante o 2º ano da formação. Assim, a necessidade de saber manusear de forma efectiva e articulada esses procedimentos afigura-se essencial na prossecução de uma cabal intervenção. 2
  • 4. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL 2. Visão Geral do Programa Os conteúdos programáticos da disciplina foram seleccionados tendo em conta o Perfil Profissional traçado para o Técnico de Apoio Psicossocial. Desta forma, e porque a acção deste profissional lhe exige capacidade para dinamizar projectos e acções adequados às problemáticas sociais inerentes à sociedade em que está integrado, a sua formação deve contemplar conhecimentos teóricos básicos sobre a organização da sociedade que os sensibilizem para a compreensão de comportamentos, atitudes e valores presentes no funcionamento social dos indivíduos e dos grupos. Desta forma os módulos estão organizados e distribuídos por três anos lectivos de forma sequencial. O primeiro ano da disciplina integra 4 módulos com uma vertente teórico-prática importante uma vez que possibilita ao aluno adquirir um conjunto de informação teórica que lhes possibilite proceder ao conhecimento científico dos fenómenos, interpretando e analisando as causas que os originam. Pretende-se sensibilizar os alunos para a relatividade dos diversos meios sociais onde actua, capacitando-o para analisar as relações que se estabelecem entre o meio social e as diferentes formas de integração/ exclusão social. Deverá proporcionar, igualmente, a capacidade de propor acções sociais que, sem contrariar os valores dos indivíduos ou grupos em causa, constituam experiências novas e capazes de promover a integração social. A disciplina de Comunidade e Intervenção Social deve possibilitar ao aluno a integração de saberes leccionados noutras disciplinas e mesmo noutras componentes de formação, destacando-se a importância da Sociologia, ao conferir uma linguagem sociológica de base, bem como, uma atitude metodológica adequada. Do mesmo modo, esta disciplina deverá permitir ao aluno adquirir um manancial de formação teórico-prática, que lhes possibilite perspectivar intervenções adequadas aos indivíduos e aos grupos, bem como às diferentes problemáticas sociais, dotando-os, para tal, de instrumentos e metodologias próprias. Neste contexto, o segundo ano da disciplina está organizado em 4 módulos sequenciais que pretendem, em estreita articulação com a disciplina de Animação Sociocultural, promover um conjunto de saberes indispensáveis à acção profissional deste técnico. Desta forma, num primeiro momento pretende-se que o aluno seja capaz de compreender os pressupostos teóricos subjacentes à metodologia de investigação utilizada nas diferentes ciências sociais, bem como compreender os diferentes contextos de intervenção, sejam eles institucionais ou comunitários, utilizando os diferentes métodos e técnicas de investigação social. Por fim, facilita-se ao aluno algum manancial teórico sobre metodologia de projecto para que compreenda o sentido da sua intervenção. Pretende- se que o aluno saiba perspectivar o trabalho como um processo, constituído por diferentes etapas sequenciais, as quais iniciarão com uma avaliação de planeamento ou diagnóstico e terminarão com a avaliação de resultados. O terceiro ano do curso deverá permitir ao aluno perspectivar intervenções concretas com grupos específicos. Neste sentido, está dividido em 3 módulos que facultarão a aquisição das ferramentas 3
  • 5. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL teóricas e práticas para a sua actividade profissional em contextos comunitários e com realidades específicas, pretendendo-se desta forma assegurar uma formação de base sólida na identificação das diversas formas de acção, intervenção e actuação face às situações reais. 3. Competências a Desenvolver O programa da disciplina de Comunidade e Intervenção Social pretende, à sua escala, animar o incrementar de competências basilares ao exercício da actividade profissional. Neste sentido, entendeu-se que o presente elenco modular facultaria uma panóplia de competências que visam adjuvar uma formação mais global, entre as quais: Adquirir conhecimentos teóricos capazes de sensibilizar o técnico, para a compreensão dos comportamentos, atitudes e valores presentes no funcionamento social dos indivíduos e grupos; Reconhecer o direito à heterogeneidade sociocultural dos indivíduos e grupos, de forma a enquadrar com maior eficácia as intervenções a realizar; Incrementar a capacidade de alienar as ideias estereotipadas patentes na realidade social em que nos movemos, abrindo caminho ao pensamento científico peculiar, ao sólido entendimento da realidade social, cultural económica e política da actualidade. Analisar e compreender as necessidades do indivíduo segundo as variáveis socioculturais, afectivas, familiares e a fase da vida em que se encontra; Conciliar as próprias experiências ou as experiências próximas dos seus quotidianos com a dinâmica dos assuntos a abordar no decorrer dos diferentes módulos; Ganhar hábitos de meta-prendizagem através do estudo e da pesquisa de assuntos relacionados com a prática profissional; Desenvolver conhecimento face a questões de ordem metodológica impreteríveis ao exercício teórico-prático; Melhorar gradualmente a capacidade de desenhar e dinamizar projectos e acções adequadas aos indivíduos e grupos alvos de intervenção; Desenvolver hábitos de crítica, auto-crítica e auto-análise; Auto-promover a aquisição de competências pessoais, sociais e profissionais, ao nível do saber ser, saber estar e saber fazer. 4
  • 6. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL 4. Orientações Metodológicas / Avaliação Neste espaço parece oportuno relembrar que o intuito fundamental a que o ensino profissional se propôs foi o de proporcionar aos alunos uma aprendizagem eficiente, activa e respeitadora dos seus ritmos, das suas necessidades e das suas características peculiares. Esta máxima tem sido ao longo dos últimos anos apanágio daqueles que lidam com o ensino profissional. A divisa que serve de princípio orientador da prática pedagógica parece mais actual que nunca. No entanto, não obstante o sistema modular facilitar uma aprendizagem individualizada e à medida de cada um, de forma a respeitar as diferenças e as necessidades individuais para que em última análise se garanta a multiplicidade de percursos para atingir o mesmo fim, urge desenvolver de forma cada vez mais primorosa um conjunto de metodologias que permitam ensinar com fecundo vigor e aprender com abundante eficácia. Assim, a construção do sucesso educativo passa certamente pelo esmero na utilização de metodologias activas e diversificadas que facilitem a aquisição de saberes, que aproveitem e incentivem os saberes adquiridos, que permitam motivar os alunos para o trabalho a desenvolver, que promovam a criatividade, que animem o gosto pelo estudo, que fomentem a capacidade de análise e síntese e que estimulem e exercitem a reflexão. Também o recurso a materiais didácticos de qualidade pode ser uma mais valia generosa na prossecução dos fins a que a disciplina se propõe. Para a prática do processo de ensino/ aprendizagem na órbita da presente disciplina, sugere-se que sejam aplicadas metodologias capazes de proporcionar aos alunos as competências indispensáveis à construção de conhecimentos úteis no âmbito disciplinar, interdisciplinar, profissional e individual. Prevê-se que a organização deste processo seja feita de forma flexível, servindo-se de assuntos e exemplos práticos, próximos do quotidiano dos formandos e dos seus contextos sociais, espaciais e relacionais de pertença, de forma a tornar mais efectiva a apropriação de assuntos que de algum modo lhes são próximos. Também o trabalho de equipa parece constituir uma óptima ferramenta metodológica a qual ganha especial valor quando consegue extravasar o âmbito da disciplina e entrar na esfera interdisciplinar. Posto isto, a utilização de diferentes procedimentos, instrumentos e actividades que flexibilizem o percurso disciplinar apresentam-se como uma importante forma de organização pedagógica, capazes de estruturar de forma conveniente o saber ser, o saber estar e o saber fazer indispensável à prática individual, social e profissional. De igual modo se entende que um processo de ensino/ aprendizagem aberto, flexível e participado, apostado em desenvolver a autonomia respeitando a diversidade de saberes, se ajusta melhor aos desafios de formação que gradualmente se tem imposto. Assim, os métodos deverão ser seleccionados, tendo em atenção as características dos alunos, no sentido de optimizar os resultados do processo de ensino/ aprendizagem. Deve manter-se no 5
  • 7. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL horizonte pedagógico o imperativo de construir um método centrado no aluno de forma a privilegiar a flexibilidade, a interactividade e a valorização e partilha de saberes adquiridos, respeitando os ritmos individuais. O respeito pelos ritmos de cada um impõe ao ensino profissional que a progressão possa acontecer em diferentes momentos, atendendo ao facto de esta ser condicionada pelas aprendizagens realizadas por cada formando. Posto isto, o processo de avaliação, que se rege pelos mesmos princípios atrás referidos, deverá ser desenvolvido numa óptica de flexibilidade e respeito pela diversidade e pelos ritmos individuais. Deve evidenciar uma relação pedagógica viva e flexível, contínua e não selectiva, respeitadora dos ritmos de aprendizagem e da heterogeneidade sociocultural presente na escola, além de permitir o desenvolvimento das capacidades dos formandos, num ambiente saudável e de crescimento. A avaliação entendida enquanto um processo mostra que é tão importante o caminho que se percorre para chegar a um fim quanto o fim em si mesmo. Desta forma a avaliação não deve ter em consideração apenas o produto, mas também o processo de aprendizagem percorrido. Não se pretende balizar a panóplia de ferramentas disponíveis para o efeito, no entanto, a título de exemplo apontamos apenas algumas sugestões que poderão constituir importantes orientações na responsável gestão pedagógica: teste escrito, trabalho escrito - individual ou em grupo, entrevista, apresentação oral de um trabalho, construção de um painel, organização de debates orientados entre os alunos, dramatizações alusivas às matérias dadas, fichas de leitura, fichas diagnóstico, jogos, organização de aulas diferentes em termos espaciais ou com a colaboração de instituições da comunidade e seus profissionais no espaço da escola, entre outras actividades que se venham a mostrar adequadas aos assuntos a desenvolver e aos alunos a quem se destinam. A avaliação entendida como um processo inerente à prática pedagógica da formação deve combinar participação, reflexão e crítica dos intervenientes no processo de ensino/ aprendizagem do qual são protagonistas. Deste modo, a construção do processo de avaliação deve combinar modalidades de avaliação distintas que acontecem em diferentes momentos. A avaliação formativa resulta de uma apreciação continuada e contextualizada resultante da interactividade docente/ aluno e aluno/ formando que funciona também como barómetro de sucesso das aprendizagens realizadas, indicando alterações e reajustes a introduzir no processo de ensino/ aprendizagem. No final de cada unidade modular deve ser traçado o perfil evolutivo da aprendizagem conseguida no âmbito de cada módulo, sendo assim harmonizada uma apreciação formativa e uma atenta análise sumativa. Neste sentido, sugere-se que a avaliação sumativa resulte da ponderação de todos os elementos formais de avaliação utilizados no decorrer do módulo. Este procedimento pretende valorizar o produto e os processos de aprendizagem, o saber, o saber estar, o saber ser e o saber fazer, as competências e as atitudes apreendidas, tornando-se assim num activo instrumento regulador do processo de ensino/ aprendizagem. 6
  • 8. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL 5. Elenco Modular Duração de Número Designação referência (horas) 1 A Família: Perspectiva Sistémica 24 2 Bairro, Comunidade Urbana e Rural 24 3 Terceira Idade e Velhice 24 4 Políticas Sociais 24 5 Desenho e Concepção de Projectos 24 6 A Construção do Diagnóstico 30 7 Planificação e Execução de Projectos 24 8 Avaliação de Projectos 21 9 Intervenção Sócio-educativa 30 10 Comportamentos Desviantes: Dependências 36 11 Exclusão Social e Minorias Étnicas 36 6. Bibliografia . Almeida, J. et al (1992). Exclusão Social: Factores e tipos de pobreza em Portugal. Oeiras: Celta Editora. . Almeida, J.(1993). “Integração Social e Exclusão Social: algumas questões”. in Análise Social, n.º 123-124. Lisboa: ICS. . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial Lumen S.R.L. . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires: Humanitas. . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo. . Antunes, J. (1999). Geografia 10º ano de escolaridade (Área A), 1º ano do curso complementar liceal nocturno. Lisboa: Plátano Editora, S.A. . Barata, O. (1974). A Emigração e o Êxodo Rural em Portugal. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. 7
  • 9. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL . Barreto, C. (1995). “Portugal na periferia do Centro da mudança social 1960 a 1995”. in Análise Social, vol. XXX/ 134. pp. 841-855.Lisboa: ICS. . Benavente, A. et al (1991). Do outro lado da escola. Lisboa: Editorial Teorema. . Benavente, A. (1993). “Mudar a escola, mudar as práticas: um estudo de caso em educação ambiental”. in Cadernos de Inovação Educacional. Lisboa: Escolar Editora. . Birou, A. (1966).Dicionário das Ciências Sociais. Lisboa: Publicações D. Quixote. . Bourdieu, P. (1987). “Propostas para o ensino de futuro”. in Cadernos de ciências Sociais. Porto: Edições Afrontamento. . Brunet, L. (1992). “Clima de trabalho e eficácia da escola”. in As organizações escolares em análise. Lisboa: D. Quixote. . Capucha, L. et al (1996). “Metodologias de avaliação: o estado da arte em Portugal”. in Sociologia – Problemas e práticas, n.º 22.Lisboa: CIES. . Carapinheiro, G.(1993). Saberes e Poderes no Hospital: uma sociologia dos serviços hospitalares. Porto: Edições Afrontamento. . Cardoso, A. (1993). A outra face da cidade: pobreza em bairros degradados de Lisboa. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa. . Carreira, H.M. (1996). As Políticas Sociais em Portugal. Lisboa: Gradiva. . Carreira, H. (1996). “O Estado e a Saúde”. in Cadernos do Público, nº2. Lisboa: Jornal Público. . Carreira, H. (1996). “O Estado e a Segurança Social”. in Cadernos do Público, nº4, Lisboa: Jornal Público. . Castro, P.; Freitas, M. (1991). Contributos para o estudo de grupos étnicos residentes na cidade de Lisboa. Lisboa: LNEC. . Comissão do Livro Branco da Segurança Social (1998). Livro Branco da Segurança Social. Lisboa: Ministério do Trabalho e da Solidariedade. . Cosme, A.; Trindade, R. ( 2001). Área de projecto: percursos com sentido. Porto: Edições Asa. . Costa, B. (1985). A Pobreza em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. . Costa, B. (2001). Exclusões Sociais. Viseu: Gradiva. . Costa, A. F. (1992). Sociologia. Lisboa: Difusão Cultural. . Costa, M. (1994). Divórcio, monoparentalidade e recasamento: intervenção psicológica em transições familiares. Porto: Edições Asa. . Dias, J. (1983). Vilarinho da Furna: Uma Aldeia Comunitária. Lisboa: Imprensa Nacional da Casa da Moeda. . Espinosa, V. (1986). Evaluación de Proyectos Sociales. Buenos Aires: Humanitas. . European Anti Poverty Network (1996). Lutar contra a Pobreza e a Exclusão na Europa; Guia de Acção e Descrição das Políticas Sociais. Lisboa: Instituto Piaget. . Faria, A. (1997). “Idosos Institucionalizados”. in Áreas de Intervenção e Compromissos Sociais do Psicólogo. Porto: APPORT. . Fernandes, A. (1997). Velhice e Sociedade: demografia, família e políticas sociais em Portugal. Lisboa: Celta Editora. . Ferreira A.(1987). Por uma nova política de habitação. Porto: Edições Afrontamento. . Ferreira, A.(1994). “Habitação Social: Lições e Prevenções para o PER”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento. 8
  • 10. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL . Formosinho, J. (1988). “Organizar a escola para o sucesso educativo”. in CRSE Medidas que promovem o sucesso educativo. Lisboa: ME. . Gall, A. (1978). O insucesso escolar. Lisboa: Editorial Estampa. . Gameiro, A. (1983). Álcool, Alcoolismo e Saúde. Lisboa: Edições Conhecer. . Garcia, C. (1988). “A deterioração mental dos idosos: a tão falada arteriosclerose cerebral e a misteriosa doença de Alzheimer”. in Revista da Associação Portuguesa de Psicologia: envelhecimento, perspectivas multidisciplinares, Psicologia, VI. Lisboa: Associação Portuguesa de Psicologia. . Gomes, C. (1987). “Interacção selectiva na escola de massas”. in Revista Sociologia - problemas e práticas n.º 3. Braga: Universidade do Minho. . Gonçalves, P. (1979). Introdução ao estudo da família numa perspectiva sistémica– Aula integrada do Curso de Psicologia básica do prof. Eurico Figueiredo. Porto: Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001. . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia Editora. . Guerra, I. (1994). “As Pessoas não são coisas que se ponham em gavetas”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento. . Iturra, R. (1990). A construção social do insucesso escolar - memória e aprendizagem em Vila Ruiva. Lisboa: Escher. . Leite, E. et al (1991). Trabalho de projecto 1: aprender por projectos centrados em problemas. Porto: Edições Afrontamento. . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2 : leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento. . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação. . Lima, M.(1980). Introdução à Sociologia. Lisboa: Editorial Presença. . Lima, M. (1995). O inquérito sociológico: problemas de metodologia. Lisboa: Editorial Presença. . Machado, F. (1995). Do perfil dos tempos ao perfil da escola: Portugal na viragem do milénio. Rio Tinto: Edições Asa. . Montagner, H. (1996). Acabar com o insucesso na escola: a criança, as suas competências e os seus ritmos. Lisboa, Horizontes Pedagógicos. . Musgrave, P.(1979) . Sociologia da Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. . Naik, A. (2001). Drogas: do tabaco e do álcool à heroína, tudo o que tu, os teus professores e toda a gente devem saber. Lisboa: Gradiva. . Nobre, L. (1987). “Terapia familiar: uma visão sistémica”. in Grupo sobre grupo. Rio de Paiva. . Paiva. F. (1985). “Condições de alojamento e carências habitacionais da população portuguesa”. in Sociedade e Território, nº2. Porto: Edições Afrontamento. . Patrício, L. (1995). Droga de vida, vidas de droga. Venda Nova: Bertrand Editora. . Pinto, C. (1985). Os jovens e a escola. Lisboa: IED. . Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola. Alfragide: Editora McGraw -Hill. . Pinto, T. (1994). “A Apropriação do Espaço em Bairros Sociais: O Gosto Pela Casa e o Desgosto Pelo Bairro”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento. . Pires, E. (1995). Lei de Bases do Sistema Educativo. Porto: Edições Asa. 9
  • 11. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL . Quaresma, M. (1988). “Política de velhice: análise e perspectivas”. in Revista da Associação Portuguesa de Psicologia - Envelhecimento, perspectivas multidisciplinares. Lisboa: Associação Portuguesa de Psicologia. . Quintela, J. (1992). “Aspectos da avaliação de projectos: objectivos e dificuldades”. in Seminário sobre a Pobreza – Mudança / Desenvolvimento. Setúbal: Comissariado Regional do Sul da Luta Contra a Pobreza. . Relvas, A. (1996). O ciclo vital da família: perspectiva sistémica. Porto: Edições Afrontamento. . Rola, J. (1994). Do acesso ao (in)sucesso: a questão das (des)igualdades. Porto: Edições Asa. . Santos, S.; Santos, M. (2001). Diagnóstico Social. Lisboa: Módulos PROFISSS. . Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea. . Santos, P. (2000). A depressão no idoso: estudo da relação entre factores pessoais e situacionais e manifestações da depressão. Coimbra: Quarteto. . Silva, A.; Pinto, J. (1986). Metodologia das ciências sociais. Porto: Edições Afrontamento. . Silva, L. (2001). Acção social na área da família. Lisboa: Universidade Aberta. . Silva, L. (2001). Intervenção Psico-Social. Lisboa: Universidade Aberta. . Silva, M.(1989). A Pobreza urbana em Portugal: um inquérito às famílias em habitat degradado, nas cidades de Lisboa, Porto e Setúbal. Lisboa: CRC. . Stoppard, M.(2009). A verdade acerca das drogas. Porto: Livraria Civilização Editora. . Tinhorão, J. (1988). Os negros em Portugal: uma presença silenciosa. Lisboa: Editorial Caminho. . Valentim, J. (1997). Escola, igualdade e diferença. Porto: Campo das Letras Editores. . Vieira, R.(1998). Entre a escola e o lar: os currículos e os saberes da infância. Lisboa: Fim de Século Edições. . Weiss, C. (1975). Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiencia de los programas de acción. México: Trillas. . Worsley, P. (1974). Introdução à Sociologia. Lisboa: Publicações D. Quixote. . Xiberras, M. (1993). As teorias da Exclusão: para uma construção do imaginário do desvio. Lisboa: Instituto Piaget. 10
  • 12. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Parte II Módulos Índice: Página Módulo 1 A Família: Perspectiva Sistémica 12 Módulo 2 Bairro, Comunidade Urbana e Rural 14 Módulo 3 Terceira Idade e Velhice 16 Módulo 4 Políticas Sociais 18 Módulo 5 Desenho e Concepção de Projectos 20 Módulo 6 A Construção do Diagnóstico 22 Módulo 7 Planificação e Execução de Projectos 24 Módulo 8 Avaliação de Projectos 27 Módulo 9 Intervenção Sócio-educativa 30 Módulo 10 Comportamentos Desviantes: Dependências 33 Modulo 11 Exclusão Social e Minorias Étnicas 35 11
  • 13. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 1 A Família: Perspectiva Sistémica Duração de Referência: 24 horas 1. Apresentação A Família: Perspectiva Sistémica constitui o primeiro módulo da disciplina e por isso está estruturado de forma a permitir que o aluno se compreenda como um ser individual e social, integrado numa instituição dinâmica. Pretende-se que os alunos sejam capazes de perceber as transformações operadas no indivíduo, assim como no casal e grupo familiar, ao longo das suas trajectórias de vida, com especial enfoque para as questões relacionadas com a maternidade, primeira infância e adolescência, dando-lhes a conhecer algumas estruturas da comunidade com reconhecida importância ao nível da prevenção. O módulo está, por isso, organizado em duas partes fundamentais. A primeira pretende dar a conhecer a família como um sistema em permanente mudança e em constante interacção dinâmica com a sociedade exterior, constituída, no entanto, por uma história própria e por um conjunto de códigos (normas de convivência, regras e acordos relacionais, crenças ou mesmo mito familiares) que lhe conferem singularidade. Nesta perspectiva, serão analisados alguns acontecimentos que marcam as trajectórias dos indivíduos dentro desse sistema, desde a constituição do casal, até às questões da paternidade e maternidade e relações de filiação. Pretende-se, numa segunda parte do módulo, que o aluno seja capaz de compreender a evolução da família, analise cientificamente as causas dos problemas familiares actuais e seja capaz de enquadrar os diferentes modelos de família existentes na sociedade contemporânea, assim como consiga perspectivar intervenções sistémicas, privilegiando a dimensão preventiva. Neste sentido, prevê-se o contributo de técnicos diferenciados, na tentativa de fazer o aluno compreender as lógicas subjacentes a este modelo de intervenção, com enfoque especial nas estruturas da comunidade que operam ao nível da prevenção. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer-se a si próprio enquanto ser simultaneamente individual e social. Reconhecer a transformação da família e dos ciclos de vida familiar. Analisar as relações individuais na sua interacção dinâmica, constituindo-se como um todo singular e único. Caracterizar as crises que acontecem no seio da família e saber relacioná-las com o comportamento individual. 12
  • 14. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 1: A Família: Perspectiva Sistémica Objectivos de Aprendizagem (cont.) Analisar cientificamente as causas dos problemas familiares actuais, sendo capaz de os enquadrar nos diferentes modelos de família existentes. Identificar as estruturas da comunidade que actuam no nível preventivo: maternidade, primeira infância e adolescência. Elaborar intervenções individuais e familiares com carácter preventivo. 3. Âmbito dos Conteúdos 1. Breve abordagem da Teoria Geral dos Sistemas 2. A família na perspectiva sistémica 3. Características e propriedades de um sistema 4. Características funcionais de um sistema 5. A família enquanto sistema em evolução: os ciclos de vida familiares 6. Maternidade e paternidade ao longo do ciclo vital 7. Adolescência e família 8. A prevenção: conceitos – sua relação com a maternidade e primeira infância 9. Apresentação de algumas estruturas da comunidade de apoio à maternidade, primeira infância e adolescência: modelos de intervenção 10. Intervenção familiar 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Costa, M. (1994). Divórcio, monoparentalidade e recasamento: intervenção psicológica em transições familiares. Porto: Edições Asa. . Gonçalves, P. (1979). Introdução ao estudo da família numa perspectiva sistémica– Aula integrada do Curso de Psicologia básica do Prof. Eurico Figueiredo. Porto: Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. . Nobre, L. (1987). “Terapia familiar: uma visão sistémica”. in Grupo sobre grupo. Rio de Paiva. . Relvas, A. (1996). O ciclo vital da família: perspectiva sistémica. Porto: Edições Afrontamento. . Silva, L. (2001). Acção social na área da família. Lisboa: Universidade Aberta. . Silva, L. (2001). Intervenção Psico-Social. Lisboa: Universidade Aberta. 13
  • 15. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 2 Bairro, Comunidade Urbana e Rural Duração de Referência: 24 horas 1. Apresentação O módulo Bairro, Comunidade Urbana e Rural pretende que os alunos adquiram um conjunto de formação teórica indispensável à compreensão das mudanças ocorridas em Portugal após a década de 60, sobretudo no que diz respeito ao meio urbano e meio rural. Desta forma esta unidade modular está organizada em duas partes distintas, mas complementares. A primeira parte pretende dotar o aluno de um conjunto de informação teórica que lhe permita compreender as mudanças ocorridas no meio urbano, sobretudo após os primeiros sinais de urbanização/ industrialização. Neste sentido, torna-se indispensável que o aluno compreenda os motivos que sustentam o aumento e concentração populacionais, a multiplicidade de actividades e funções, bem como a divisão social do trabalho e o aumento do sector terciário. Desta forma, deve-se dar relevo às consequências da concentração populacional e de todas as problemáticas daí decorrentes, sobretudo pela criação dos bairros de habitação social. Este último aspecto deverá ser objecto de atenção e análise uma vez que daí decorrem problemas sociais facilmente identificáveis e que são alvo da intervenção destes técnicos. A segunda parte desta unidade deverá permitir a integração e complementaridade de saberes. Assim, pretende-se dar conta do espaço rural enquanto fenómeno social, referindo as suas funções antes e após os processos migratórios motivados pela crescente terciarização da economia portuguesa. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer como as cidades actuais são fruto de uma acumulação de mudanças ocorridas através dos tempos. Reconhecer o espaço social urbano e as suas especificidades. Reconhecer a interdependência entre o espaço social urbano e o espaço rural. Identificar a heterogeneidade dos actores sociais e dos seus recursos, expressos na configuração do espaço. Identificar as lógicas de exclusão subjacentes aos processos de realojamento social. Reconhecer que o espaço rural é produto da acção dos homens, envolvendo diferentes relações sociais. Analisar as relações do meio urbano com o meio rural enquanto meio social no seu todo. 14
  • 16. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 2: Bairro, Comunidade Urbana e Rural 3. Âmbito dos Conteúdos 1. O processo de urbanização e industrialização em Portugal 2. Características do fenómeno urbano: concentração populacional; multiplicidade de actividades e funções; a divisão social do trabalho 3. O espaço social urbano português: características 4. Problemas inerentes às áreas metropolitanas: bairros de habitação social; processos de realojamento 5. Espaço urbano como espaço social: suas funções 6. A especificidade do espaço rural: migrações, dependência em relação aos processos naturais, as relações de interconhecimento e a persistência do grupo doméstico enquanto unidade de produção e de consumo. 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Antunes, J. (1999). Geografia 10º ano de escolaridade (Área A), 1º ano do curso complementar liceal nocturno. Lisboa: Plátano Editora, S.A. . Barata, O. (1974). A Emigração e o Êxodo Rural em Portugal. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. . Cardoso, A. (1993). A outra face da cidade: pobreza em bairros degradados de Lisboa. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa. . Dias, J. (1983). Vilarinho da Furna: Uma Aldeia Comunitária. Lisboa: Imprensa Nacional da Casa da Moeda. . Ferreira A.(1987). Por uma nova política de habitação. Porto: Edições Afrontamento. . Ferreira, A.(1994). “Habitação Social: Lições e Prevenções para o PER”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento. . Guerra, I. (1994). “As Pessoas não são coisas que se ponham em gavetas”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento. . Paiva. F. (1985). “Condições de alojamento e carências habitacionais da população portuguesa”. in Sociedade e Território, nº2. Porto: Edições Afrontamento. . Pinto, T. (1994). “A Apropriação do Espaço em Bairros Sociais: O Gosto Pela Casa e o Desgosto Pelo Bairro”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento. . Silva, M.(1989). A Pobreza urbana em Portugal: um inquérito às famílias em habitat degradado, nas cidades de Lisboa, Porto e Setúbal. Lisboa: CRC. 15
  • 17. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 3 Terceira Idade e Velhice Duração de Referência: 24 horas 1. Apresentação O envelhecimento é um processo universal, etapa normal do ciclo de vida, na qual o homem está sujeito a alguns ganhos e perdas, dependendo da sua vivência, dos valores, crenças e atitudes assumidas ao longo de um percurso de vida. Socialmente o envelhecimento implica uma mudança de estatuto. De facto, é o corpo social que determina quando alguém se torna socialmente velho, ou seja, são as estruturas sociais que tornam as pessoas socialmente idosas, retirando-lhes os papéis e funções, ou atribuindo-lhes outros, que promovam socialmente a classificação de “idoso” como pessoa não activa. Sabemos hoje que o poder e o estatuto social assentam cada vez mais no controle científico, tecnológico e económico, pelo que as condições de vida actuais tendem a valorizar o papel dos mais novos, dos que economicamente estão “activos”, actualizados e a dominar as novas tecnologias, deixando cada vez menos “espaço” à valorização da tradição oral, ao valor humano como património social, desvalorizando por sua vez a partilha e a cultura transgeracional. Serão estas transformações que irão ser abordadas ao longo deste módulo, tentando contribuir para que os alunos compreendam estas especificidades, sem, no entanto, descurar os aspectos gerais, de um processo que, sendo de todos, é também de cada um: o envelhecimento. Procuramos, assim, dotar os alunos de competências e formação adequadas na área da Gerontologia, a qual implica o domínio tão diversificado de conhecimentos, cujo espectro abarca os processos físicos, psicológicos e sociais próprios do envelhecimento, bem como as necessidades dos idosos (doentes ou não). Estamos, no entanto, conscientes que o desenvolvimento das capacidades e características humanas é um processo fundamental para intervir numa área tão sensível, porque tão inevitavelmente próxima de cada um de nós. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer a importância da prevenção da velhice. Reconhecer os acontecimentos da vida na velhice como factores de risco na saúde mental. Caracterizar o apoio psicológico dos idosos e suas famílias. Identificar a função de prevenção dos serviços sociais dirigidos a esta população. Identificar as valências de apoio aos idosos. 16
  • 18. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 3: Terceira Idade e Velhice 3. Âmbito dos Conteúdos 1. Mitos e estereótipos acerca da velhice 2. Aspectos demográficos do envelhecimento 3. O processo de envelhecimento: causas e consequências 4. A geriatria e a gerontologia, seus precursores 5. Noção de velhice e população idosa 6. Fases do processo de envelhecimento: pré-senescência, senescência e velhice 7. A diversidade cultural do envelhecimento 8. A política de velhice 9. Noção de política social: análise da situação portuguesa 10. A problemática do alojamento 11. Dificuldades económicas, sociais, culturais e psicológicas do idoso 12. As valências de apoio à terceira idade 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: Faria, A. (1997). “Idosos Institucionalizados”. in Áreas de Intervenção e Compromissos Sociais do Psicólogo. Porto: APPORT. Fernandes, A. (1997). Velhice e Sociedade: demografia, família e políticas sociais em Portugal. Lisboa: Celta Editora. Garcia, C. (1988). “A deterioração mental dos idosos: a tão falada arteriosclerose cerebral e a misteriosa doença de Alzheimer”. in Revista da Associação Portuguesa de Psicologia: envelhecimento, perspectivas multidisciplinares, Psicologia, VI. Lisboa: Associação Portuguesa de Psicologia. Quaresma, M. (1988). “Política de velhice: análise e perspectivas”. in Revista da Associação Portuguesa de Psicologia - Envelhecimento, perspectivas multidisciplinares. Lisboa: Associação Portuguesa de Psicologia. 17
  • 19. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 4 Políticas Sociais Duração de Referência: 24 horas 1. Apresentação A presente unidade modular pretende enunciar as diferentes políticas sociais existentes em Portugal, permitindo ao aluno compreender que essas são indiscutivelmente uma aquisição recente das sociedades industrializadas e desenvolvidas dos países capitalistas. Por outro lado, os conteúdos programáticos leccionados devem permitir ao aluno compreender que a existência de tais políticas pressupõem uma razoável capacidade de organização económica e social e que a sua necessidade, bem como a sua premência, em geral, só se fazem sentir quando alguns problemas sociais atingem uma fase de aguda deterioração, decorrente do próprio desenvolvimento. Desta forma, e porque o Técnico de Apoio Psicossocial deve perspectivar intervenções com vista ao desenvolvimento adequado de indivíduos e grupos, conferindo-lhes a oportunidade de terem acesso a recursos considerados fundamentais, torna-se pertinente o domínio das diferentes políticas sociais existentes, bem como o âmbito da sua aplicação. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer a evolução social e do mutualismo em Portugal. Identificar a função social do Estado. Identificar os objectivos das Políticas Sociais. Caracterizar as diversas políticas sociais inerentes ao desenvolvimento das actividades do Técnico de Apoio Psicossocial. Reconhecer as relações entre as diversas políticas sociais. Identificar os serviços e equipamentos inerentes às políticas sociais e os respectivos destinatários. 18
  • 20. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 4: Políticas Sociais 3. Âmbito dos Conteúdos 1. A função do Estado 1.1. Evolução dos seguros sociais obrigatórios em Portugal 1.2. Prestações sociais: conteúdos e benefícios 2. Políticas Sociais 2.1. Saúde 2.2. Segurança Social, emprego e trabalho 2.3. Educação 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Carapinheiro, G.(1993). Saberes e Poderes no Hospital: uma sociologia dos serviços hospitalares. Porto: Edições Afrontamento. . Carreira, H. (1996). “O Estado e a Saúde”. in Cadernos do Público, nº2. Lisboa: Jornal Público. . Carreira, H. (1996). “O Estado e a Segurança Social”. in Cadernos do Público, nº4, Lisboa: Jornal Público. . Comissão do Livro Branco da Segurança Social (1998). Livro Branco da Segurança Social. Lisboa: Ministério do Trabalho e da Solidariedade. . European Anti Poverty Network (1996). Lutar contra a Pobreza e a Exclusão na Europa; Guia de Acção e Descrição das Políticas Sociais. Lisboa: Instituto Piaget. 19
  • 21. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 5 Desenho e Concepção de Projectos Duração de Referência: 24 horas 1. Apresentação O presente módulo assume a tarefa de proporcionar ao aluno uma visão abrangente daquilo que será o método de trabalho a utilizar em contexto de prática de estágio. É adoptada uma visão dialéctica entre a teoria e a prática de forma a incrementar e estreitar laços entre o pensar e o agir. Será com base neste pressuposto que o módulo deverá ser entendido pelos alunos, promovendo neles a necessidade do acompanhamento intelectual para a eficaz produção de mudança a ocorrer no âmbito da actuação do técnico. Assim, este módulo prepara os alunos para o entendimento do alcance do encadeamento das operações – a abordar nos módulos seguintes - que conduzirão a um projecto teórico-prático e participado no caminho da mudança. Neste contexto, assume particular relevância a compreensão da metodologia de projecto enquanto um conjunto de procedimentos estruturados e flexíveis que se desenvolvem ao longo do trabalho a realizar, quer no plano teórico quer no plano empírico, e que convergem para um objectivo de mudança. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer a necessidade de seguir uma metodologia de trabalho. Reconhecer a metodologia de projecto enquanto um processo. Tomar conhecimento, no plano teórico e empírico, do conceito de metodologia de projecto. Reconhecer o trabalho de projecto como um processo teórico-prático participado e dinâmico, capaz adaptar, reajustar e reorientar a intervenção no curso da transformação da realidade e da sua melhora efectiva. Identificar a principal função da metodologia no desenvolvimento de qualquer projecto. Reconhecer o alcance da metodologia de investigação/ acção/ participativa. Aplicar os conhecimentos obtidos no âmbito de outras disciplinas na análise metodológica. 20
  • 22. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 5: Desenho e Concepção de Projectos 3. Âmbito dos Conteúdos 1. Conceito de trabalho de projecto 2. Conceito de projecto social 3. Conceito de processo 4. O trabalho de projecto como um método orientado para a resolução de problemas 5. Definição de metodologia 6. A metodologia como instrumento de transformação da realidade 7. A flexibilidade da acção metodológica 8. Participação e parcerias 9. A investigação/ acção participativa como guia operativo capaz de se adaptar à dinâmica da realidade sociocultural 10. Identificação das fases do trabalho de projecto 10.1. Diagnóstico 10.2. Planificação 10.3. Execução 10.4. Avaliação 11. Sistematização e contextualização de cada uma das fases do trabalho de projecto. 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial Lumen S.R.L. . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires: Humanitas. . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo. . Cosme, A.; Trindade, R. ( 2001). Área de projecto: percursos com sentido. Porto: Edições Asa. . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001. . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia Editora. . Guerra, I. (1994). “As Pessoas não são coisas que se ponham em gavetas”. in Sociedade e Território, nº20. Porto: Edições Afrontamento. . Leite, E. et al (1991). Trabalho de projecto 1: aprender por projectos centrados em problemas. Porto: Edições Afrontamento. . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2 : leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento. . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação. Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea. 21
  • 23. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 6 A Construção do Diagnóstico Duração de Referência: 30 horas 1. Apresentação O presente módulo apresenta-se como o cerne do projecto a desenvolver, já que o diagnóstico é considerado uma das ferramentas teórico-metodológicas com maior relevância para o conhecimento da realidade onde pretendemos intervir. Assim, este módulo, para além de visar a transmissão de conhecimentos relativos à evolução histórica do conceito de diagnóstico social, compreende ainda a análise dos contributos teóricos para a elaboração de um diagnóstico onde irá assentar a planificação e intervenção. Desta forma pretende-se fornecer aos alunos os instrumentos adequados para a identificação de problemas e de potencialidades que serão indicadores importantes no trabalho a desenvolver. A ideia de que a construção do diagnóstico é algo que vai sofrendo diversas actualizações e reformulações deverá pautar a transmissão de saberes e a aquisição de competências. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer a evolução histórica do conceito de diagnóstico social. Caracterizar a importância da análise documental e bibliográfica para a análise da problemática. Identificar os elementos a ter em consideração na elaboração de um diagnóstico. Reconhecer a importância desses elementos e da sua transversalidade para a análise cuidada do trabalho em curso. Caracterizar o processo dinâmico e contínuo da construção do diagnóstico. Reconhecer a importância da formulação de hipótese teóricas na aferição do diagnóstico. Reconhecer a pertinência da avaliação diagnóstica de forma a evitar o enviesamento da intervenção. Elaborar o diagnóstico. 22
  • 24. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 6: A Construção do Diagnóstico 3. Âmbito dos Conteúdos 1. O diagnóstico social – Breve resenha histórica/ evolução do conceito 2. O diagnóstico como conhecimento científico dos fenómenos 3. A preparação teórica e a recolha de informação 4. Os objectivos do diagnóstico 5. Identificação de problemas 6. Identificação das causas dos problemas 7. Identificação das potencialidades e obstáculos 8. Estabelecimento de prioridades 9. Levantamento de hipóteses 10. A avaliação diagnóstica 10.1. Conceito 10.2. Características 10.3. Funções 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial Lumen S.R.L. . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires: Humanitas. . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo. . Capucha, L. et al (1996). “Metodologias de avaliação: o estado da arte em Portugal”. in Sociologia – Problemas e práticas, n.º 22.Lisboa: CIES. . Espinosa, V. (1986). Evaluación de Proyectos Sociales. Buenos Aires: Humanitas. . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001. . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia Editora. . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2 : leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento. . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação. . Lima, M. (1995). O inquérito sociológico: problemas de metodologia. Lisboa: Editorial Presença. . Quintela, J. (1992). “Aspectos da avaliação de projectos: objectivos e dificuldades”. in Seminário sobre a Pobreza – Mudança / Desenvolvimento. Setúbal: Comissariado Regional do Sul da Luta Contra a Pobreza. . Santos, S.; Santos, M. (2001). Diagnóstico Social. Lisboa: Módulos PROFISSS. . Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea. . Weiss, C. (1975). Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiencia de los programas de acción. México: Trillas. 23
  • 25. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 7 Planificação e Execução de Projectos Duração de Referência: 24 horas 1. Apresentação Partindo do conhecimento da realidade analisada anteriormente, o presente módulo oferece ao aluno a possibilidade de agenciar um prognóstico através do estabelecimento de um processo de planificação. Tal processo implica saber de onde se parte e onde se quer chegar; de que recursos se dispõe; que procedimentos devem adoptar na intervenção a realizar. Neste sentido, assume carácter elementar o entendimento da necessidade da construção de um registo antecipado da intervenção a desenvolver (plano de actividades) bem como o conhecimento e a análise aprofundada dos componentes integrantes desse plano. O módulo prevê também a transmissão de conhecimentos na óptica da avaliação, no sentido da eficaz orientação da intervenção que se pretende transformadora. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer a necessidade da planificação enquanto uma previsão da acção a desenvolver, racionalmente organizada. Identificar a pertinência da presença dos elementos a considerar na construção de um plano de actividades. Enunciar objectivos claros, operacionais e coerentes com o diagnóstico. Identificar e fundamentar as estratégias a aplicar no processo de mudança. Definir actividades que se coadunem com os objectivos definidos. Identificar ritmos de intervenção e recursos necessários à realização de actividades previstas. Determinar as práticas de actuação através do exercício da avaliação. Reconhecer a avaliação de processo enquanto forma de reajustar a acção. Elaborar avaliações de actividades. Introduzir fundamentadamente alterações no âmbito da intervenção, sugeridas pela avaliação. Elaborar uma planificação criativa e participada. Reconhecer a riqueza do trabalho de equipa e a mais valia das parcerias na construção de um plano. 24
  • 26. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 7: Planificação e Execução de Projectos 3. Âmbito dos Conteúdos 1. Os conceitos de planificação estratégica, criativa e participativa 2. A importância do envolvimento na prossecução de consensos 3. Características de um plano 4. Elementos a considerar num plano de actividades (objectivos, estratégias, metodologia, tempo e recursos) 5. A elaboração de objectivos por referência à missão institucional 6. Definição/ caracterização de objectivos gerais e específicos 7. Construção adequada de objectivos gerais e objectivos específicos 8. Definição de estratégias de intervenção 9. Definição de actividades 10. A importância da calendarização 11. A adequação dos recursos do projecto (recursos humanos, materiais e financeiros,) face aos objectivos enunciados 12. Plano de aprofundamento permanente de diagnóstico 13. A planificação da avaliação 14. A avaliação de processo 14.1. Conceito 14.2. Características 14.3. Funções 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial Lumen S.R.L. . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires: Humanitas. . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo. . Capucha, L. et al (1996). “Metodologias de avaliação: o estado da arte em Portugal”. in Sociologia – Problemas e práticas, n.º 22.Lisboa: CIES. . Espinosa, V. (1986). Evaluación de Proyectos Sociales. Buenos Aires: Humanitas. . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001. . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia Editora. . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2: leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento. 25
  • 27. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 7: Planificação e Execução de Projectos Bibliografia / Outros Recursos (cont.) . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação. . Lima, M. (1995). O inquérito sociológico: problemas de metodologia. Lisboa: Editorial Presença. . Quintela, J. (1992). “Aspectos da avaliação de projectos: objectivos e dificuldades”. in Seminário sobre a Pobreza – Mudança / Desenvolvimento. Setúbal: Comissariado Regional do Sul da Luta Contra a Pobreza. . Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea. . Weiss, C. (1975). Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiencia de los programas de acción. México: Trillas. 26
  • 28. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 8 Avaliação de Projectos Duração de Referência: 21 horas 1. Apresentação O presente módulo é dedicado à avaliação, entendida como actividade científica. Pretende fornecer ao aluno uma visão alargada do processo de avaliação, como um todo conjugado pelas diferentes etapas, por onde se vai desenvolvendo qualquer projecto no âmbito da animação sociocultural. Importa igualmente sensibilizar os alunos para a necessidade da aquisição de competências avaliativas do trabalho a desenvolver. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer a dimensão do processo avaliativo como algo que acompanha as várias fases do projecto. Identificar e caracterizar os diferentes modelos de avaliação a estudar. Analisar cada um dos indicadores de avaliação. Treinar competências de avaliação, com base nos saberes transmitidos. Adquirir e dominar as competências avaliativas essenciais ao sucesso das intervenções. 3. Âmbito dos Conteúdos 1. Definições de avaliação 2. Funções da avaliação 3. A Avaliação como um processo 4. A avaliação em função do posicionamento do avaliador 4.1. Avaliação interna 4.2. Avaliação externa 4.3. Avaliação interactiva 5. A avaliação em função dos objectivos ambicionados 5.1. Avaliação por objectivos 5.2. Avaliação orientada para a decisão 5.3. Avaliação orientada para a utilização 5.4. Avaliação experimental/ pela pesquisa 5.5. Avaliação contraditória ou múltipla 27
  • 29. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 8: Avaliação de Projectos Âmbito dos Conteúdos (cont.) 6. A tipologia de avaliação em função do momento em que se realiza 6.1. Avaliação de diagnóstico/ planeamento 6.2. Avaliação de processo e contínua 6.3. Avaliação final de resultados 7. A Avaliação de resultados 7.1. A avaliação final como uma análise comparativa entre os resultados obtidos e os resultados esperados 8. Aspectos a avaliar 9. Indicadores de avaliação 9.1. Adequação 9.2. Pertinência 9.3. Eficácia 9.4. Eficiência 9.5. Impacto 9.6. Equidade 9.7. A produção de relatório de avaliação final como retorno do trabalho produzido 4. Bibliografía / Outros Recursos Livros: . Ander-Egg, E.(1980). Metodología y práctica del desarrolho de la comunidad. São Paulo: Editorial Lumen S.R.L. . Ander-Egg, E. (1986). Metodología e práctica de la Animación Sociocultural. Buenos Aires: Humanitas. . Ander-Egg, E. (1990). Repensando la Investigación-acción-participativa: comentários, críticas e sugerencias. Viamonte: Editorial el Ateneo. . Capucha, L. et al (1996). “Metodologias de avaliação: o estado da arte em Portugal”. in Sociologia – Problemas e práticas, n.º 22.Lisboa: CIES. . Espinosa, V. (1986). Evaluación de Proyectos Sociales. Buenos Aires: Humanitas. . Guerra, I.; Amorim, A. (2001). Construção de um projecto. Lisboa: PROFISSS 2001. . Guerra, I. (2000). Fundamentos e processos de uma sociologia de acção. Cascais: Principia Editora. . Leite, E. et al (1990). Trabalho de Projecto 2 : leituras comentadas. Porto: Edições Afrontamento. . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação. . Lima, M. (1995). O inquérito sociológico: problemas de metodologia. Lisboa: Editorial Presença. 28
  • 30. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 8: Avaliação de Projectos Bibliografía / Outros Recursos (cont.) . Quintela, J. (1992). “Aspectos da avaliação de projectos: objectivos e dificuldades”. in Seminário sobre a Pobreza – Mudança / Desenvolvimento. Setúbal: Comissariado Regional do Sul da Luta Contra a Pobreza. . Serrano, G. (1996). Elaboración de proyectos sociales: casos prácticos. Madrid: Narcea. . Weiss, C. (1975). Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiencia de los programas de acción. México: Trillas. 29
  • 31. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 9 Intervenção Sócio-educativa Duração de Referência: 30 horas 1. Apresentação O presente módulo está estruturado de forma a permitir que os alunos reúnam um conjunto de informação teórica indispensável à compreensão da educação enquanto fenómeno social. Entende-se, por isso, necessário analisar as teorias existentes na tentativa de compreender que, por vezes, construímos ideias estereotipadas acerca da realidade que nos permitem viver em harmonia com o mundo que nos rodeia. No entanto, tais representações não são mais do que falsas evidências, preconceitos e pré-noções que nos impedem de analisar os problemas sociais com o rigor científico necessário à verdadeira compreensão das causas que os originam. Desta forma, os conteúdos programáticos do módulo deverão permitir analisar o carácter redutor e, por isso, manifestamente insuficiente, de toda a análise que faça depender a evolução social de qualquer impulso instintivo; sendo apontado o facto de a ordem social só existir na medida em que a actividade humana a produz continuamente. Partindo destes pressupostos, a análise do sucesso escolar e (in)sucesso educativo, bem como da necessidade do ajustamento de práticas e intervenções permitirá realizar acções em todos os contextos sociais que promovam o desenvolvimento integral dos indivíduos e dos grupos, dando oportunidade a todos de poderem ascender socialmente. Este módulo deverá estar estruturado privilegiando a componente teórico-prática, para que o aluno consiga entender a intervenção sócio-educativa dirigida a todos os que dela necessitam. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer a educação como um fenómeno social, uma forma de controlo social e de integração social dos jovens numa sociedade em mudança. Reconhecer as inter-relações que se estabelecem entre os diferentes actores do processo educativo e o sucesso escolar. Identificar a pluralidade de factores que contribuem para o (in)sucesso escolar. Reconhecer a necessidade da escola se abrir ao meio e responder às suas necessidades. 30
  • 32. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 9: Intervenção Sócio-educativa 3. Âmbito dos Conteúdos 1. Educação – definição geral 2. Definição de (in)sucesso escolar e sucesso educativo 3. A escola como um quadro de interacções sociais 4. Os protagonistas directos da situação escolar (professores, pais e alunos) 5. Teorias explicativas do (in)sucesso escolar: teoria dos dons naturais; teoria do handicap sociocultural; teoria sócio institucional 6. Os diferentes códigos linguísticos 7. Práticas pedagógicas 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Benavente, A. et al (1991). Do outro lado da escola. Lisboa: Editorial Teorema. . Benavente, A. (1993). “Mudar a escola, mudar as práticas: um estudo de caso em educação ambiental”. in Cadernos de Inovação Educacional. Lisboa: Escolar Editora. . Bourdieu, P. (1987). “Propostas para o ensino de futuro”. in Cadernos de ciências Sociais. Porto: Edições Afrontamento. . Brunet, L. (1992). “Clima de trabalho e eficácia da escola”. in As organizações escolares em análise. Lisboa: D. Quixote. . Costa, A. F. (1992). Sociologia. Lisboa: Difusão Cultural. . Formosinho, J. (1988). “Organizar a escola para o sucesso educativo”. in CRSE Medidas que promovem o sucesso educativo. Lisboa: ME. . Gall, A. (1978). O insucesso escolar. Lisboa: Editorial Estampa. . Gomes, C. (1987). “Interacção selectiva na escola de massas”. in Revista Sociologia - problemas e práticas n.º 3. Braga: Universidade do Minho. . Iturra, R. (1990). A construção social do insucesso escolar - memória e aprendizagem em Vila Ruiva. Lisboa: Escher. . Lima, M.(1980). Introdução à Sociologia. Lisboa: Editorial Presença. . Machado, F. (1995). Do perfil dos tempos ao perfil da escola: Portugal na viragem do milénio. Rio Tinto: Edições Asa. . Montagner, H. (1996). Acabar com o insucesso na escola: a criança, as suas competências e os seus ritmos. Lisboa, Horizontes Pedagógicos. . Musgrave, P.(1979). Sociologia da Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. . Pinto, C. (1985). Os jovens e a escola. Lisboa: IED. . Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola. Alfragide: Editora McGraw -Hill. . Pires, E. (1995). Lei de Bases do Sistema Educativo. Porto: Edições Asa. . Rola, J. (1994). Do acesso ao (in)sucesso: a questão das (des)igualdades. Porto: Edições Asa. 31
  • 33. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 9: Intervenção Sócio-educativa Bibliografia / Outros Recursos (cont.) . Silva, A.; Pinto, J. (1986). Metodologia das ciências sociais. Porto: Edições Afrontamento. . Valentim, J. (1997). Escola, igualdade e diferença. Porto: Campo das Letras Editores. . Vieira, R.(1998). Entre a escola e o lar: os currículos e os saberes da infância. Lisboa: Fim de Século Edições. . Worsley, P. (1974). Introdução à Sociologia. Lisboa: Publicações D. Quixote. 32
  • 34. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 10 Comportamentos Desviantes: Dependências Duração de Referência: 36 horas 1. Apresentação A presente unidade modular pretende significar uma mais valia para o Técnico de Apoio Psicossocial uma vez que integra uma abordagem geral acerca do comportamento desviante. A definição de comportamento desviante, sob uma aparente empiricidade, é um conceito construído em torno da demarcação de normalidade efectuada pelas convenções sociais: só é possível a qualificação da manifestação dita patológica no contexto, constituindo os traços “normais” se houver tolerância social perante a mesma e patológica em caso contrário. É neste sentido que a causa etiológica das dependências pode ser examinada menos pelo estrito uso da substância e mais pela rigidez do consenso social relativamente aos comportamentos de consumo. Como todo o conhecimento social, as representações sociais sobre as dependências são geradas socialmente na união entre configurações sócio estruturais expressas em posições sociais e em valores, normas e instituições de que os indivíduos são portadores, e que reproduzem nas suas consciências discursivas e prática. Neste sentido, a organização do módulo deverá, por um lado, permitir que o aluno compreenda o significado social de comportamento desviante e, por outro, conheça as dependências e as suas repercussões em termos bio-psico-sociais. 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer as diferentes dimensões subjacentes às dependências em termos bio-psico- sociais. Reconhecer os níveis de intervenção do técnico de apoio psicossocial nos domínios da prevenção primária, secundária e terciária. Caracterizar o significado de comportamentos desviantes segundo a perspectiva de vários autores. Definir o conceito de dependências. Distinguir as diferentes dependências existentes. Definir o significado social das várias dependências. Relacionar as dependências com os valores inerentes a uma sociedade de consumo. Elaborar respostas adequadas ao tratamento e/ou reencaminhamento do indivíduo de acordo com a sua dependência. 33
  • 35. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 10: Comportamentos Desviantes: Dependências 3. Âmbito dos Conteúdos 1. Conceito de dependência 2. Os aspectos bio-psico-sociais da dependência 3. Os diferentes níveis de intervenção: prevenção primária, secundária e terciária 4. Conceito de comportamento desviante: o normal e o patológico 5. Representações sociais do desvio: os valores e as normas 6. As dependências: substâncias lícitas e ilícitas 7. Os novos padrões de consumo 8. Como actuar face aos diferentes tipos de consumo: o papel do Técnico de Apoio Psicossocial 9. Encaminhamento para as diversas estruturas da comunidade 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Gameiro, A. (1983). Álcool, Alcoolismo e Saúde. Lisboa: Edições Conhecer. . Naik, A. (2001). Drogas: do tabaco e do álcool à heroína, tudo o que tu, os teus professores e toda a gente devem saber. Lisboa: Gradiva. . Patrício, L. (1995). Droga de vida, vidas de droga. Venda Nova: Bertrand Editora. . Stoppard, M.(2009). A verdade acerca das drogas. Porto: Livraria Civilização Editora. . Xiberras, M. (1993). As teorias da Exclusão: para uma construção do imaginário do desvio. Lisboa: Instituto Piaget. 34
  • 36. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL MÓDULO 11 Exclusão Social e Minorias Étnicas Duração de Referência: 36 horas 1. Apresentação Desde sempre, a existência do Homem vem sendo marcada pela sua condição de ser eminentemente social. A sua condição social remete-nos para a necessidade humana de viver em sociedade, viver em relação com o meio e com os outros. Esta vivência social materializa-se no estabelecimento de relações de vária ordem: afectiva, social, económica, política, cultural, entre outras. Este corpo de relacionamentos implica e manifesta-se por meio de um determinismo social constante, cujos impactos se fazem sentir, a intensidades variadas, nos vários pontos da estrutura social. Estes impactos traduzem-se em transformações sociais que são acompanhados por determinadas ideologias, variantes ao nível das sociedades, segundo as épocas, e que obedecem a imperativos ideológicos. Tal significa que a existência de exclusão social tenha como base um conjunto de valores e representações sociais, que são inculcadas aos indivíduos como sendo racionais, constituindo-se como forma de socialização e regulação das condutas individuais. Desta forma, a exclusão social não se explica apenas pelas estruturas sociais, mas abrange também a totalidade dos intervenientes implicados nas relações sociais. A diferença constitui um conceito complexo na história da humanidade. Em todas as sociedades é comum estabelecer-se a diferença entre “nós” e os “outros”. Se a partir de meados do século XVIII até meados do século XX as explicações para os diferentes grupos humanos eram procuradas a partir da cor da pele, forma dos lábios ou nariz, depois da Segunda Guerra Mundial, a noção de cultura começa a ganhar terreno. A partir daqui os diferentes grupos humanos começaram a designar-se por “Grupos Étnicos” para conferir significado às suas características culturais. O significado de minorias étnicas, à semelhança de outros, não é pacífico, no entanto tendem-se a denominar minorias étnicas aquelas populações com uma realidade cultural e social diferente da dominante. 35
  • 37. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 11: Exclusão Social e Minorias Étnicas 2. Objectivos de Aprendizagem Reconhecer que os conceitos que traduzem a exclusão traduzem concepções que as condicionam em simultâneo. Identificar os diferentes tipos de exclusão. Reconhecer os diversos factores económicos, demográficos, sociais e culturais que de forma integrada configuram as categorias da exclusão social e minorias étnicas (sendo um fenómeno multidimensional). Caracterizar historicamente o conceito de exclusão. Identificar as representações sociais associadas a este conceito e às diferentes problemáticas ao nível da exclusão social e minorias étnicas. 3. Âmbito dos Conteúdos 1. Definição do conceito de exclusão social 2. Tipos de exclusão 3. Contextualização do conceito de exclusão 4. A violência: novas realidades ou representações 5. A fragilidade da velhice 6. Agricultores de baixos rendimentos 7. Assalariados de baixo nível de remuneração 8. Trabalhadores precários e da economia informal 9. Minorias étnicas 10. Desempregados 11. Jovens de baixas qualificações à procura do primeiro emprego 12. Condicionantes contemporâneas da exclusão 4. Bibliografia / Outros Recursos Livros: . Almeida, J. et al (1992). Exclusão Social: Factores e tipos de pobreza em Portugal. Oeiras: Celta Editora. . Almeida, J.(1993). “Integração Social e Exclusão Social: algumas questões”. in Análise Social, n.º 123-124. Lisboa: ICS. . Barreto, C. (1995). “Portugal na periferia do Centro da mudança social 1960 a 1995”. in Análise Social, vol. XXX/ 134. pp. 841-855.Lisboa: ICS. . Birou, A. (1966). Dicionário das Ciências Sociais. Lisboa: Publicações D. Quixote. 36
  • 38. Programa de Comunidade e Intervenção Social Cursos Profissionais TÉCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL Módulo 11: Exclusão Social e Minorias Étnicas Bibliografia / Outros Recursos (cont.) . Castro, P.; Freitas, M. (1991). Contributos para o estudo de grupos étnicos residentes na cidade de Lisboa. Lisboa: LNEC. . Costa, B. (1985). A Pobreza em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. . Liégeois J. (2001). Minoria e Escolarização: o rumo cigano. Col. Interface. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação. . Tinhorão, J. (1988). Os negros em Portugal: uma presença silenciosa. Lisboa: Editorial Caminho. 37