2. "As pessoas que têm saúde não precisam
de médico, mas só as que estão doentes.
Eu não vim para chamar justos, e sim
pecadores para o arrependimento."
(Jesus, em Lucas 5,31-32)
3. E tendo entrado em Jericó, atravessava
Jesus a cidade.
Jesus na casa de
Zaqueu
(Lucas 19,1-10)
4. E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e
era ele um dos principais entre os publica-
nos, e pessoa rica. E procurava ver Jesus,
para saber quem era, e não o podia conse-
guir, por causa da muita gente, porque era
pequeno de estatura. E correndo adiante,
subiu a um sicômoro para o ver, porque por
ali havia de passar.
Jesus na casa de
Zaqueu
(Lucas 19,1-10)
5. E quando Jesus chegou aquele lugar, levan-
tando os olhos, ali o viu, e lhe disse: Zaqueu,
desce depressa, porque importa que eu fique
hoje em tua casa.
Jesus na casa de
Zaqueu
(Lucas 19,1-10)
6. E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o gos-
toso. E vendo isto todos murmuravam, di-
zendo que tinha ido hospedar-se em casa de
um homem pecador.
Jesus na casa de
Zaqueu
(Lucas 19,1-10)
7. Entretanto Zaqueu, posto na presença do
Senhor, disse-lhe: Senhor, eu estou para dar
aos pobres metade dos meus bens, e naquilo
em que eu tiver defraudado alguém, pagar-
lho-ei quadruplicado.
Jesus na casa de
Zaqueu
(Lucas 19,1-10)
8. Sobre o que Jesus lhe disse: Hoje entrou a
salvação nesta casa, porque este também é
filho de Abraão. Porque o Filho do Homem
veio buscar e salvar o que tinha perecido.
Jesus na casa de
Zaqueu
(Lucas 19,1-10)
9. Vamos refletir sobre esse episódio, cujo pano
de fundo trata da salvação dos ricos:
14. “Jericó era uma antiquíssima cidade, construída
na espaçosa planície onde o vale do Jordão alar-
ga-se entre os montes de Moabe (*) e os preci-
pícios ocidentais.
Produzia certo número de importantes produtos,
incluindo o bálsamo, e era uma próspera comu-
nidade comercial ao tempo de Jesus.
Distâncias: 15 km de Betel; 20 km do Mar Mor-
to; 30 km de Jerusalém.
Era um centro de cobrança de impostos.”
(R. N. CHAMPLIN e J. M. BENTES, Enciclopédia de Bíblia,
Teologia e Filosofia, p. 457-458 – passim).
(*) Moabe é o nome histórico de uma faixa de terra montanhosa
no que é atualmente a Jordânia, ao longo da margem oriental
do Mar Morto.
15. “Na qualidade do mais importante centro co-
mercial de Israel, tinha Jericó uma alfândega
movimentada que, nesse tempo, se achava
arrendada pelos senhores de Roma a um ju-
deu abastado por nome Zaqueu, homem de
pequena estatura e de grande atividade.
[…].” (HUBERTO ROHDEN, Jesus Nazareno, p. 315).
Alfândega: repartição pública, ger. localizada nas frontei-
ras de região, país etc., onde se inspecionam bagagens e
mercadorias em trânsito e onde se efetua a cobrança das
taxas correspondentes de entrada e saída; aduana. (HOUAISS)
17. Jesus dirigia-se para a cidade de Jerusalém,
o que se comprova:
Lucas 18,31: “Tomando consigo os doze, dis-
se-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusa-
lém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está es
crito por intermédio dos profetas, no tocante
ao Filho do Homem.”
Lucas 19,1-10: Zaqueu recebe Jesus.
Lucas 19,28: “E, dito isso, prosseguia Jesus
subindo para Jerusalém.”
18. E nós, aprendizes do Evangelho, temos dado
mais valor às coisas materiais (Jericó simbo-
lizando as coisas do mundo) em detrimento
das espirituais: “onde nem a traça nem a
ferrugem corroem” (Mateus 6,20)?
19. Há uma outra narrativa na qual as cidades
de Jerusalém e Jericó são também citadas.
Alguém se lembra dela?
20. Há uma outra narrativa na qual as cidades
de Jerusalém e Jericó são também citadas.
Alguém se lembra dela?
Trata-se da Parábola do bom samaritano,
re-latada em Lucas 10,25-37, que, como o
epi-sódio com Zaqueu, consta apenas no
Evan-gelho Segundo Lucas.
22. Indo-se de Jerusalém para Jericó, afinal so-
be-se ou desce-se?
Altitudes
Jerusalém: 800 m
Jericó: –250 m
23. Há um detalhe bem interessante nessas duas
narrativas.
Na do bom Samaritano, o homem descia de
Jerusalém para Jericó, na relativa a Zaqueu,
Jesus subia de Jericó para Jerusalém.
Cada uma dessas ações (descer e subir) ge-
rou consequências diferentes...
24.
25.
26. E nós, aprendizes do
Evangelho, estamos
fazendo opção por
qual desses valores?
27. Essas narrativas, apresentam-nos dois pre-
ciosos ensinamentos a respeito da salvação.
Na da parábola do Bom Samaritano, temos a
caridade com a qual se prova o amor ao pró-
ximo, como sendo a base da “salvação”.
Na de Zaqueu, temos a “salvação” também
sendo confirmada na reparação de todo o
mal que se faz ao próximo.
28. E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e
era ele um dos principais entre os
publicanos,...
29. Publicano: cobrador de impostos.
“Aos olhos dos judeus, passava o publicano
por um traidor da pátria, pelo fato de colabo-
rar com a dominação estrangeira e recordar
a perda da independência nacional. O israe-
lita ortodoxo evitava qualquer contato com
esses 'pecadores'.” (HUBERTO ROHDEN, Jesus Naza-
reno, p. 96).
Há três passagens bíblicas em que os publi-
canos são citados:
30. Mateus 9,10-11: “[…] estando ele em casa, à
mesa, muitos publicanos e pecadores vieram
e tomaram lugares com Jesus e seus discípu-
los. […] os fariseus perguntaram aos discípu-
los: Por que come o vosso Mestre com os pu-
blicanos e pecadores?”
Mateus 11,19: “Veio o Filho do Homem, que
come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e be-
bedor de vinho, amigo de publicanos e peca-
dores! […].”
Mateus 21,31: “[…] Declarou-lhes Jesus: Em
verdade vos digo que publicanos e meretri-
zes vos precedem no reino de Deus.”
31. E nós, aprendizes do Evangelho, temos mani
festado algum tipo de preconceito para com
o nosso próximo por sua maneira de ser, de
agir ou de pensar?
32. Pode-se ainda considerar: nós avaliamos as
pessoas por suas qualidades morais ou, ge-
ralmente, seguimos o (pre)conceito estabe-
lecido pela massa popular? Em outras pala-
vras: somos “maria-vai-com-as-outras” ou
temos opinião própria?
33. E vivia nela um homem chamado Zaqueu,
e era ele um dos principais entre os
publicanos, e pessoa rica.
34. Mateus 19,23: “Então, disse Jesus a seus
discípulos: Em verdade vos digo que um rico
dificilmente entrará no reino dos céus.”
Ao que completou:
35. Mateus 19,24: “E ainda
vos digo que é mais fácil
passar um camelo pelo
fundo de uma agulha do
que entrar um rico no
reino de Deus.”
36. Kardec, explica:
“Esta arrojada figura pode parecer um pouco
forçada, pois que não se percebe que relação
possa existir entre um camelo e uma agulha.
Acontece, no entanto, que, em hebreu, a
mesma palavra serve para designar um
camelo e um cabo. Na tradução, deram-lhe o
primeiro desses significados; mas é provável
que Jesus a tenha empregado com a outra
significação. É, pelo menos, mais natural.”
(KARDEC, ESE, cap. XVI, item 2).
Há mais uma outra explicação:
37.
38.
39.
40.
41. “Provavelmente essa fala é uma adaptação
de uma declaração da literatura judaica, que
diz que 'nem em seus sonhos um homem vê
uma palmeira de ouro ou um elefante a pas-
sar pelo fundo de uma agulha'. […].” (R. N.
CAMPLIN, O Novo Testamento interpretado versículo a ver-
sículo, p. 491).
Essa frase de Jesus, sobre ser impossível a
um camelo passar pelo fundo da agulha, foi
dita logo após o diálogo com um jovem rico:
42. Marcos 10,17-22: “E, pondo-se Jesus a cami-
nho, correu um homem ao seu encontro e, ajoe
lhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que
farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe
Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é
bom senão um, que é Deus. Sabes os manda-
mentos: Não matarás, não adulterarás, não
furtarás, não dirás falso testemunho, não de-
fraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe.
Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho
observado desde a minha juventude. E Jesus,
fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa lhe
falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos po-
bres e terás um tesouro no céu; então, vem e
segue-me. Ele, porém, contrariado com esta
palavra, retirou-se triste, porque era dono de
muitas propriedades.” (ver Mt 19,16-22 e Lc 18,18-23)
43. Marcos 8,34: “Então Jesus chamou a multi-
dão e os discípulos. E disse: "Se alguém quer
me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua
cruz e me siga.”
Lucas 14,33: “Do mesmo modo, portanto,
qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o
que tem, não pode ser meu discípulo”.
Mateus 16,26: “Pois, que aproveitará o
homem se ganhar o mundo inteiro e perder a
sua alma? […]”.
44. Marcos 8,34: “Então Jesus chamou a multi-
dão e os discípulos. E disse: "Se alguém quer
me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua
cruz e me siga.”
Lucas 14,33: “Do mesmo modo, portanto,
qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o
que tem, não pode ser meu discípulo.”
Mateus 16,26: “Pois, que aproveitará o
homem se ganhar o mundo inteiro e perder a
sua alma? […]”.
45. Marcos 8,34: “Então Jesus chamou a multi-
dão e os discípulos. E disse: "Se alguém quer
me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua
cruz e me siga.”
Lucas 14,33: “Do mesmo modo, portanto,
qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o
que tem, não pode ser meu discípulo.”
Mateus 16,26: “Pois, que aproveitará o ho-
mem se ganhar o mundo inteiro e perder a
sua alma? […].”
46. “A riqueza e o poder fazem nascer todas as
paixões que nos prendem à matéria e nos
afastam da perfeição espiritual. Por isso foi
que Jesus disse: 'Em verdade vos digo que
mais fácil é passar um camelo por um fundo
de agulha do que entrar um rico no reino dos
céus'.” (KARDEC, LE, p. 816).
47. “[…] Sem dúvida, pelos arrastamentos a que
dá causa, pelas tentações que gera e pela
fascinação que exerce, a riqueza constitui
uma prova muito arriscada, mais perigosa do
que a miséria. É o supremo excitante do or-
gulho, do egoísmo e da vida sensual. É o la-
ço mais forte que prende o homem à Terra e
lhe desvia do céu os pensamentos. […].”
(KAR-DEC, ESE, cap. XVI, item 7).
48. “A riqueza é um meio de o experimentar mo-
ralmente. […] Cada um tem de possuí-la, pa-
ra se exercitar em utilizá-la e demonstrar
que uso sabe fazer dela. […] cada um a pos-
sui por sua vez. Assim, um que não na tem
hoje, já a teve ou terá noutra existência; ou-
tro, que agora a tem, talvez não na tenha
amanhã. […] A pobreza é, para os que a so-
frem, a prova da paciência e da resignação;
a riqueza é, para os outros, a prova da cari-
dade e da abnegação.” (KARDEC, ESE, cap. XVI,
item 8).
49. E procurava ver Jesus, para saber quem era,
e não o podia conseguir, por causa da muita
gente, porque era pequeno de estatura.
50. “[…] Os rolos brancos que conduzem são pe-
quenos mapas de formas orgânicas, elabora-
dos por orientadores de nosso plano, espe-
cializados em conhecimentos biológicos da
existência terrena. Conforme o grau de adi-
antamento do futuro reencarnante e de acor-
do com o serviço que lhe é designado no cor-
po carnal, é necessário estabelecer planos
adequados aos fins essenciais.” (XAVIER, 1986).
Em Missionários
da Luz, o instru-
tor Alexandre fa-
la a André Luiz:
51. Nessa mesma obra, um pouco mais à frente,
um trecho do diálogo de Silvério, que se pre-
parava para reencarnar, com o seu instrutor:
“– Pode informar se o meu modelo está pron
to? – Creio que poderá procurá-lo amanhã –
tornou Manassés, bem disposto –; já fui
observar o gráfico inicial e dou-lhe parabéns
por haver aceitado a sugestão amorosa dos
amigos bem orientados, sobre o defeito da
perna. Certamente, lutará você com gran-
des dificuldades nos princípios da nova luta,
mas a resolução lhe fará grande bem.
==>
52. – Sim – disse o outro, algo confortado –,
preciso defender-me contra certas tentações
de minha natureza inferior e a perna doente
me auxiliará, ministrando-me boas preocu-
pações. Ser-me-á um antídoto à vaidade,
uma sentinela contra a devastação do amor-
próprio excessivo.” (XAVIER, 1986, p. 168).
53. Algo interessante tem surgido dos estudos
com a regressão de memória:
“[…] Os estudos de casos sugerem que os atri-
butos físicos fazem parte do pacote que o es-
pírito seleciona para alcançar o que precisa
aprender em sua próxima existência. Escolher
um corpo com alguma incapacidade, por exem
plo, pode acelerar o desenvolvimento da alma
pelo fato de lhe dar a oportunidade de apren-
der a vencer obstáculos ou de se concentrar
no desenvolvimento intelectual. Já um belo cor
po pode trazer lições sobre vaidade e aparên-
cia. A escolha envolve o equilíbrio específico, e
a necessidade de ter determinadas caracterís-
ticas físicas. […].” (CAROL BOWMAN, O amor me trou-
xe de volta, p. 68).
54. E nós, aprendizes do Evangelho, sonhamos
com um corpo que não temos ou estamos
plenamente resignados com o que possuí-
mos?
55. Quanta dor e sofrimento muitos de nós não
passa por recusar a aceitar o corpo que tem,
justamente aquele escolhido por julgá-lo ser
o melhor para o seu progresso na presente
encarnação.
56. E correndo adiante, subiu a um sicômoro
para o ver, porque por ali havia de passar.
57. “Ficus sycomorus L., conhecida pelos nomes
comuns de sicómoro, sicômoro ou figueira-doida,
é uma espécie de figueira de raízes profundas e
ramos fortes que produz figos de qualidade infe-
rior, cultivada no Médio Oriente e em partes da
África há milênios. […].” (WIKIPÉDIA).
58. Decidido a ver Jesus, Zaqueu busca vencer a
sua natural dificuldade, que era o fato de ser
de pequena estatura, para isso, sem qual-
quer constrangimento, sobe numa árvore.
59. E nós, aprendizes do Evangelho, sempre pro-
curamos vencer as inúmeras dificuldades
que, constantemente, nos surgem ao longo
de nossa caminhada evolutiva?
60. E nós, aprendizes do Evangelho, sempre pro-
curamos vencer as inúmeras dificuldades
que, constantemente, nos surgem ao longo
de nossa caminhada evolutiva?
Vendo as dificuldades de um ponto mais ele-
vado, elas tornar-se-iam menores ou, quem
sabe, mais suportáveis?
61. Mateus 11,28: “Vinde a mim todos os que
estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei.”
62. E quando Jesus chegou aquele lugar, levan-
tando os olhos, ali o viu, e lhe disse:…
63. O detalhe de ter “levantando os olhos, ali o
viu” é interessante, pois bem demonstra que
Jesus estava atento ao que acontecia à sua
volta, razão pela qual percebeu Zaqueu na
árvore.
64. E nós, aprendizes do Evangelho, estamos
atentos para prestar auxílio aos necessitados
que estão um pouco fora do nosso campo de
visão?
65. 4
… Zaqueu, desce depressa, porque importa
que eu fique hoje em tua casa. E desceu
ele a toda pressa, e recebeu-o gostoso.
66. Diante de tão inusitado pedido, Zaqueu não
vacila um só minuto, mais do que depressa,
desce da árvore para, com o maior prazer,
receber Jesus em sua casa.
67. E nós, aprendizes do Evangelho, temos rece-
bido Jesus em nossa casa mental? Os senti-
mentos que emanam dela são consoantes
com os ensinamentos de Jesus?
68. E vendo isto todos murmuravam, dizendo
que tinha ido hospedar-se em casa de
um homem pecador.
69. Murmuravam, ou seja, comentavam entre si,
por certo, fazendo juízo da atitude de Jesus
em hospedar-se na casa de Zaqueu, um “de-
testável” publicano.
70. E nós, aprendizes do Evangelho, quando ve-
mos alguém fazendo uma determinada ação,
temos feito algum juízo de valor?
71. Entretanto Zaqueu, posto na presença do
Senhor, disse-lhe: Senhor, eu estou para
dar aos pobres metade dos meus bens, e
naquilo em que eu tiver defraudado
alguém, pagar-lho-ei quadruplicado.
72. “[…] segundo o Êxodo (21:37) a restituição
quádrupla devia ser feita em caso de roubo;
mas tratando-se de simples fraude, a Lei
(Lev. 5:24 e Núm. 5:6-7) mandava que se
restituísse a importância mais um quinto
(isto é, mais 20%). Jesus não se impôs a
Zaqueu nem lhe pediu que abandonasse
suas riquezas e o seguisse: apenas o
homenageia com Sua presença.” (CARLOS
TORRES PASTORINO, Sabedoria do Evangelho, p. 132).
73. Pelo texto, não temos como saber se Zaqueu
somente tinha o interesse em ver Jesus ou
se, dentro de seu coração, alimentava o de-
sejo de conversar com ele para conhecer sua
doutrina.
O que é mais provável é que Zaqueu sabia
da fama de Jesus, porquanto, numa outra
oportunidade, à porta de Jericó, ele curou
um cego (Marcos 10,46-52 e Lucas 18,35-
43) ou dois (Mateus 20,29-34), fato esse que
deve ter se espalhado por toda a cidade.
74. Mas o que importa é que Zaqueu, após ver
as coisas de um ponto de vista mais elevado
(de cima da árvore), foi tocado pela presença
de Jesus, por isso propõe primeiro dividir
seus bens com os necessitados, depois resti-
tuir quatro vezes mais aqueles que, porven-
tura, tivesse prejudicado.
75. E nós, aprendizes do Evangelho, temos a
coragem de dividir pelo menos um pouco dos
nossos bens com os que nada têm ou que
têm muito menos que nós?
76. E nós, aprendizes do Evangelho, temos a
coragem de dividir pelo menos um pouco dos
nossos bens com os que nada têm ou que
têm muito menos que nós?
Teríamos, alguma vez, pensado em reparar o
prejuízo causado a alguém, ainda que o te-
nhamos feito de forma inconsciente?
77. Cabe-nos também ressaltar a questão do
“ser tocado”, veja-se, por exemplo, que não
foi a primeira vez que Jesus entra na casa de
alguém, há, pelo menos, mais três pessoas,
que, por coincidência, eram do partido dos
fariseus.
O curioso é que a reação desses fariseus foi
totalmente diferente da de Zaqueu, por isso
mais enaltecida deve ser a sua atitude.
78. Lucas 7,36-39: “Certo fariseu convidou Jesus
para uma refeição em casa. Jesus entrou na
casa do fariseu, e se pôs à mesa. Apareceu
então certa mulher, conhecida na cidade co-
mo pecadora. Ela, sabendo que Jesus estava
à mesa na casa do fariseu, levou um frasco
de alabastro com perfume. A mulher se colo-
cou por trás, chorando aos pés de Jesus;
com as lágrimas começou a banhar-lhe os
pés. Em seguida, os enxugava com os cabe-
los, cobria-os de beijos, e os ungia com
perfume. Vendo isso, o fariseu que havia
convidado Jesus ficou pensando: "Se esse
homem fosse mesmo um profeta, saberia
que tipo de mulher está tocando nele, por-
que ela é pecadora.”
79. Lucas 11,37-40: “Enquanto Jesus falava, um
fariseu o convidou para jantar em casa.
Jesus entrou, e se pôs à mesa. O fariseu
ficou admirado ao ver que Jesus não tinha
lavado as mãos antes da refeição. O Senhor
disse ao fariseu: 'Vocês, fariseus, limpam o
copo e o prato por fora, mas o interior de
vocês está cheio de roubo e maldade. Gente
sem juízo! Aquele que fez o exterior, não fez
também o interior?'”
80. Lucas 14,1-6: “Num dia de sábado aconteceu
que Jesus foi comer em casa de um dos che-
fes dos fariseus, que o observavam. Havia um
homem hidrópico diante de Jesus. Tomando a
palavra, Jesus falou aos especialistas em leis e
aos fariseus: 'A Lei permite ou não permite
curar em dia de sábado?' Mas eles ficaram em
silêncio. Então Jesus tomou o homem pela
mão, o curou, e o despediu. Depois disse a
eles: 'Se alguém de vocês tem um filho ou um
boi que caiu num poço, não o tiraria logo,
mesmo em dia de sábado?' E eles não foram
capazes de responder a isso.”
Hidrópico => Hidropisia: Acumulação anormal de líqui
do em tecidos ou em cavidades do corpo. (AURÉLIO).
81. E nós, aprendizes do Evangelho, temos agido
como algum desses fariseus:
– Ficamos observando as pessoas para ver
como elas agem em determinada situação?
82. E nós, aprendizes do Evangelho, temos agido
como algum desses fariseus:
– Ficamos observando as pessoas para ver
como elas agem em determinada situação?
– Exigimos que elas façam alguma coisa que
depende de nós dar-lhes os instrumentos e
não os oferecemos?
83. E nós, aprendizes do Evangelho, temos agido
como algum desses fariseus:
– Ficamos observando as pessoas para ver
como elas agem em determinada situação?
– Exigimos que elas façam alguma coisa que
depende de nós dar-lhes os instrumentos e
não os oferecemos?
– Usamos do formalismo religioso ou social
para criticar a ação que elas possam estar
fazendo a favor do próximo?
84. Sobre o que Jesus lhe disse: Hoje entrou a
salvação nesta casa,...
85. Qual teria sido o motivo que levou Jesus afir-
mar: “hoje entrou a salvação nessa casa”?
– Foi por que Zaqueu acreditou nele?;
– Foi por que este rico publicano pertencia a
alguma Igreja específica?;
– Foi por que Deus o havia predestinado para
a isso?; ou
– Foi por que resolveu mudar suas atitudes
para com o próximo, procurando tratá-lo de
outra forma, incluindo a reparação de algum
prejuízo que, porventura, lhe havia feito?
“[…] a cada um segundo suas obras” (Mt 16,27).
86. Qual teria sido o motivo que levou Jesus afir-
mar: “hoje entrou a salvação nessa casa”?
– Foi por que Zaqueu acreditou nele?;
– Foi por que este rico publicano pertencia a
alguma Igreja específica?;
– Foi por que Deus o havia predestinado para
a isso?; ou
– Foi por que resolveu mudar suas atitudes
para com o próximo, procurando tratá-lo de
outra forma, incluindo a reparação de algum
prejuízo que, porventura, lhe havia feito?
“[…] a cada um segundo suas obras” (Mt 16,27).
87. Qual teria sido o motivo que levou Jesus afir-
mar: “hoje entrou a salvação nessa casa”?
– Foi por que Zaqueu acreditou nele?;
– Foi por que este rico publicano pertencia a
alguma Igreja específica?;
– Foi por que Deus o havia predestinado para
a isso?; ou
– Foi por que resolveu mudar suas atitudes
para com o próximo, procurando tratá-lo de
outra forma, incluindo a reparação de algum
prejuízo que, porventura, lhe havia feito?
“[…] a cada um segundo suas obras” (Mt 16,27).
88. Qual teria sido o motivo que levou Jesus afir-
mar: “hoje entrou a salvação nessa casa”?
– Foi por que Zaqueu acreditou nele?;
– Foi por que este rico publicano pertencia a
alguma Igreja específica?;
– Foi por que Deus o havia predestinado para
a isso?; ou
– Foi por que resolveu mudar suas atitudes
para com o próximo, procurando tratá-lo de
outra forma, incluindo a reparação de algum
prejuízo que, porventura, lhe havia feito?
“[…] a cada um segundo suas obras” (Mt 16,27).
89. Qual teria sido o motivo que levou Jesus afir-
mar: “hoje entrou a salvação nessa casa”?
– Foi por que Zaqueu acreditou nele?;
– Foi por que este rico publicano pertencia a
alguma Igreja específica?;
– Foi por que Deus o havia predestinado para
a isso?; ou
– Foi por que resolveu mudar suas atitudes
para com o próximo, procurando tratá-lo de
outra forma, incluindo a reparação de algum
prejuízo que, porventura, lhe havia feito?
“[…] a cada um segundo suas obras” (Mt 16,27).
90. Qual teria sido o motivo que levou Jesus afir-
mar: “hoje entrou a salvação nessa casa”?
– Foi por que Zaqueu acreditou nele?;
– Foi por que este rico publicano pertencia a
alguma Igreja específica?;
– Foi por que Deus o havia predestinado para
a isso?; ou
– Foi por que resolveu mudar suas atitudes
para com o próximo, procurando tratá-lo de
outra forma, incluindo a reparação de algum
prejuízo que, porventura, lhe havia feito?
“[…] a cada um segundo suas obras” (Mt 16,27).
91. Na parábola do Juízo Final temos, com uma
clareza incontestável, a definição de qual se-
rá o critério de nosso julgamento:
92. Mateus 25,31-46: “E quando o Filho do ho-
mem vier em sua glória, e todos os santos
anjos com ele, então se assentará no trono da
sua glória; e todas as nações serão reunidas
diante dele, e apartará uns dos outros, como o
pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as
ovelhas à sua direita, mas os bodes à
esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem
à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai,
possuí por herança o reino que vos está pre-
parado desde a fundação do mundo; porque
tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e
destes-me de beber; era estrangeiro, e hospe-
dastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci,
e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-
me. Então os justos lhe responderão, dizendo:
93. Senhor, quando te vimos com fome, e te
demos de comer? ou com sede, e te demos de
beber? E quando te vimos estrangeiro, e te
hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando
te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-
te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em
verdade vos digo que quando o fizestes a um
destes meus pequeninos irmãos, a mim o
fizestes. Então dirá também aos que estiverem
à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo eterno, preparado para o diabo e
seus anjos; porque tive fome, e não me destes
de comer; tive sede, e não me destes de
beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes;
estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na
prisão, não me visitastes. Então eles também
94. lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te
vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro,
ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te
servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em
verdade vos digo que, quando a um destes
pequeninos o não fizestes, não o fizestes a
mim. E irão estes para o tormento eterno, mas
os justos para a vida eterna.”
95. Mateus 16,27: “Porque o Filho do homem há
de vir na glória de seu Pai, com os seus
anjos, e então retribuirá a cada um conforme
suas obras.”
96. Sobre o que Jesus lhe disse: Hoje entrou a
salvação nesta casa, porque este também é
filho de Abraão...
97. Os judeus consideravam-se descendentes de
Abraão, daí a expressão “filho de Abraão”, a
ideia por detrás era a de que somente eles
poderiam ser considerados como filhos de
Deus.
Ao dizer que esse é também filho de Abraão,
Jesus estabelece a igualdade entre todos os
seres humanos.
E numa visão mais ampliada, todos nós sen-
do filhos do mesmo Pai, que é Deus, também
somos iguais e, portanto, nenhum tipo de
privilégio há entre cada um de nós e os
outros, sejam eles quem forem.
98. Sobre o que Jesus lhe disse: Hoje entrou a
salvação nesta casa, porque este também é
filho de Abraão. Porque o Filho do Homem
veio buscar e salvar o que tinha perecido.
99. E quem, na humanidade, pode dizer que não
está perdido?
Então, podemos ter certeza que Jesus ainda
continua “buscando para salvar” a cada um
de nós, só que através de seus mensageiros,
os Espíritos Superiores, que amparam a to-
dos nós, sem discriminação, seja ela por fa-
tor cultural, social ou físico.
100. “Quem é mais escravo do mundo?
O rico que possui e é possuído por
aquilo que possui ou o pobre que
não possui, mas é possuído pelo
desejo de possuir?”
(MÁRCIO ROGÉRIO HORII).
(http://www.facebook.com/marciorogerio.horii)
101. Referências bibliográficas:
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CHAMPLIN, R. N. e BENTES, J. M. Enciclopédia de Bíblia, teologia e
filosofia. Vol. 3. São Paulo: Candeia, 1995c.
CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento interpretado versículo a versículo.
Vol.1. São Paulo: Hagnos, 2005.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB,
1982
PASTORINO, C. T. Sabedoria do Evangelho. Vol. 6. Rio de Janeiro:
Sabedoria, 1969.
ROHDEN, H. Jesus Nazareno. São Paulo: Martin Claret, 2007.
XAVIER, F. C. Missionários da Luz. Rio de Janeiro: FEB, 1986.
Jordão: http://www.suapesquisa.com/pesquisa/rio_jordao.htm
Moabe: http://pt.wikipedia.org/wiki/Moabe
102. Imagens:
Capa: 1ª: http://2.bp.blogspot.com/_5bpwaFTmfCE/TG3DGr-
kt_I/AAAAAAAAC5A/ZYSOQQgeJjU/s320/1zaqueooz01.jpg
Narrativa: 2ª a 7ª:
http://www.adotaciliocosta.com.br/infantil/historia_zaqueu.php
Jesus vê Zaqueu na árvore:
http://goppa.blog.terra.com.br/files/2009/11/zaqueu8.jpg
Oriente Médio: http://www.gods-word-first.org/Images/ancient-near-east.jpg
Palestina relevo: http://www.flickr.com/photos/aronmacedo/5419893518/
Jesus em Jerusalém: http://portalsementinhakids.com/wp-
content/uploads/2009/10/A+ENTRADA+TRIUNFAL+EM+JERUSALEM_VISUAL2.jp
g
Samaritano: http://blogs.21rs.es/kamiano/files/2010/04/buensamaritano1.jpg
Palestina no tempo de Jesus: http://www.ibcu.org.br/_IBCU-
Conteudo/_EscolaBiblica/1503-2harmonia@2-1.pdf
Reencarnação corpo: http://3.bp.blogspot.com/-
IZhCCyHJv4M/UU32sfnA1KI/AAAAAAAAGRo/uvJ0ttNobXs/s320/reencarnacao.jpg
Sicômoro: http://www.orientamenti.it/foto/citta/640/128_eritrea-
segheneiti.jpg
Corpo malhado: http://saudesporte.com.br/wp-
content/uploads/2013/11/Como-manter-os-resultados-da-muscula
%C3%A7%C3%A3o.png e http://ego.globo.com/Gente/foto/0,,36525025-
EXH,00.jpg
camelo: http://img.iacp.org.br//2012/09/FUNDO-DE-AGULHA-medio.jpg
Fundo agulha: http://www.iasdemfoco.net/achadosEperdidos/introducao.htm