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JURISDIÇÃO
Este contrato será regido e interpretado de acor-
do com as leis da República Federativa do Brasil, sem
referência à doutrina que possibilita a escolha de foro.
Neste ato, as partes elegem como foro competente
para dirimir quaisquer duvidas proveniente do presen-
te contrato a Comarca de Londrina, Estado do Paraná,
renunciando a qualquer outra, ainda que seja mais van-
tajosa.
Londrina, 17 de agosto de 2004.
ALERTA
Saliento que as informações aqui contidas não
têm como base estudos científicos e que as
dosagens aqui mencionadas não são as dosagens
terapêuticas que atendem às necessidades
originais destes medicamentos e, sim, dosagens
muitas vezes mais elevadas e que podem
causar sérios danos à saúde. Estes dados são
o resultado do processo de tentativa e erro por
parte de inúmeros culturistas ao redor do mundo,
sendo a maioria verdadeiros postulados na
musculação, o que, porém, não diminui os riscos de
administraçãodestesmedicamentosnasdosagens
mencionadas. Estes medicamentos só devem ser
utilizados com prescrição e acompanhamento
de médico especializado. É, ainda, altamente
recomendado que se leia na íntegra os livros
Musculação Anabolismo Total e Musculação Além
do Anabolismo, da Phorte Editora como material
necessário para a maior compreensão dos efeitos
nocivos da auto medicação com as substâncias
que aqui serão explanadas a seguir.
1
PEQUENO DICIONÁRIO DO MAL
Não tenho a intenção, de oferecer um comple-
to compêndio de todos os esteróides anabólicos
existentes no mundo, mesmo porque não tenho vo-
cação para escritor de dicionários, mas apresentar
um resumo das drogas mais utilizadas.
1.1. Metandrostenolona
Com o nome de Dianabol, esta droga foi pro-
duzida nos EUA pela CIBA; porém, a produção pa-
rou há muitos anos, de forma que, se você encon-
trá-la com este nome, provavelmente é falsificada
ou vencida há muitos anos. Mas, a mesma droga
pode ser encontrada com os seguintes nomes:
Anabol produzido na Tailândia; Pronabol-5 da
Índia, Stenolon, na República Checa e Naposim
na Romênia. Este foi e é um dos esteróides orais
mais populares especialmente entre aqueles que
não são muito chegados ao desconforto de inje-
ções. Esta droga, se usada em doses adequadas,
é bastante androgênica, causando significativos
ganhos de força e volume muscular após poucas
semanas de uso
A maior parte do ganho de força deve-se ao
potencial de retenção hídrica causado por este es-
teróide o que apesar de propiciar ambiente anabó-
lico favorável para a provável formação e aumen-
to de fibras musculares por outro lado promove o
aumento da pressão arterial. A retenção hídrica
pode ser muito válido enquanto estiver em fase de
aumento de massa muscular, mas indesejável em
fase pré-competição (definição). Por ser um alfa-
alquelado, se usado em altas dosagens, tem efei-
to bastante tóxico ao fígado. Esta droga se man-
tém ativa por cerca de apenas 4.5 a 6 horas no
organismo; por isso, normalmente é administrada
de 4 a 5 vezes por dia, em intervalos regulares.
Por converter em estrógeno facilmente, pode cau-
sar ginecomastia, acne, retenção hídrica e outros.
Para evitar a ginecomastia é conveniente acom-
panhar com administração de Nolvadex (citrato de
tamoxifeno) ou Arimidex (anastroxole) .
As mulheres evitam o uso desta droga; porém,
se decidirem utilizá-la, a dosagem não ultrapassa
10 mg/dia. Para homens, a combinação de 20-30
mg/dia de metandrostenolona e 200 mg de Deca-
Durabolin por semana normalmente causa drás-
tico aumento de força e massa muscular, sendo
considerada uma das séries mais eficientes que
se pode fazer.
1.2. Oxandrolona - Anavar
Esta droga foi originalmente comercializada na
década de 60 pela Searle em diversos países, com
nomes diferentes, foi designada como droga para
crianças; por isto a dosagem original é de apenas
2 mg : Anavar (EUA), Lonovar (Argentina, Japão e
Austrália), Lipidex (Brasil) e outros. Em 1989, este
laboratório interrompeu a produção porque não
queria ter o seu nome vinculado a esteróides. No
entanto, outros laboratórios como SPA da Itália,
BTG dos EUA, Kowa e Dainippon do Japão conti-
nuam a produzir o mesmo medicamento; no Brasil
pode ser manipulado em algumas farmácias com
prescrição médica.
A oxandrolona é moderadamente androgênica
e proporciona bom efeito anabólico e não causa
efeitos colaterais pronunciados em dosagem tera-
pêutica. Por isto, era destinada a crianças e uma
das drogas de preferência das mulheres. O Anavar
tem, como efeito principal, um grande aumento de
força por aumentar os depósitos de fósforo cre-
atina intracelular (fonte de combustível muscular
para esforços imediatos de curta duração, com até
10 segundos aproximadamente). É utilizado nor-
malmente com o Parabolan para densidade mus-
cular e com Deca para aumento de massa.
A dosagem masculina varia de 4-12 comprimi-
dos por dia e a feminina de 2-4 comprimidos por
dia. Cada comprimido, normalmente, tem a con-
centração de 2.5 mg.
1.3. Decanoato de nandrolona - Deca durabolin
Este esteróide, muito popular em todo o mun-
do, originalmente foi desenvolvido pela Organon
na década de 60; mas atualmente diversos labo-
ratórios produzem este esteróide, como o Nan-
drolone Decanoate (Norma) da Grécia. A “Deca”
é moderadamente androgênica, com boas pro-
priedades anabólicas e reduzido efeito aroma-
tizante, sendo atípico o pronunciamento de efei-
tos colaterais. Por outro lado, esta droga reduz o
desejo sexual e provoca infertilidade em homens
mais do que qualquer outro esteróide anabólico.
Apesar disto, infelizmente, para alguns atletas, é
uma droga facilmente coletada em exames anti-
doping. Para aqueles que estão preocupados com
isto, devo alertar que a droga pode ser identifica-
da mesmo após 2 anos da última aplicação! Com
o intuito politiqueiro de proteger a saúde e a vida
dos atletas, o COI e demais entidades controlado-
ras do esporte, colocam atletas mais próximos de
drogas menos detectáveis em exames, mas po-
tencialmente mais lesivas.
O decanoato de nandrolona é utilizado por al-
guns para ganhos de massa muscular em período
pré-competitivo; porém, alguns atletas tendem a
reter muito líquido com esta droga, de forma que
se você for um deles é conveniente parar com a
administração de 4 a 6 semanas antes da com-
petição. A Deca é muito utilizada como droga de
base para todo o ciclo de esteróide, desde que
fora de temporada, por evitar inflamações e dores
articulares que podem ocorrer devido a treinamen-
to intenso.
A dosagem mínima efetiva para os homens
que decidem realizar somente a administração de
Deca é de 200 mg por semana, sendo que dosa-
gem superior a 400 mg pode acarretar o pronun-
ciamento de efeitos colaterais. Algumas mulheres
vêm administrando a Deca com bons resultados,
mas a dosagem ficaria entre 50-100 mg por sema-
na. A desvantagem da Deca nacional é que vem
com a concentração de 25 mg/ml ou 50 mg/ml,
enquanto no exterior a concentração é de 100 mg/
ml. A baixa concentração por ml implica na admi-
nistração de muito óleo, o que pode ser desconfor-
tável. Veja que seriam necessários 4 ml de Deca
de 50 ml para se obter os 200 mg semanais.
1.4. Propionato de testosterona
Esta testosterona é de ação mais rápida se
comparada à forma cipionato e enantato, sendo
necessário aplicá-la com maior freqüência em fun-
ção de sua meia vida. Enquanto cipionato e enan-
tato é aplicado a cada semana, a frequência do
propionato deve ser a cada 3 dias. O propionato
é considerado uma testosterona pouco androgê-
nica, sendo a escolha de homens mais maduros
ou como droga de transição entre período fora de
temporada e pré-competição.
A dosagem mais comum para os homens gira
em torno de 50 mg a 100 mg a cada 2 ou 3 dias.
Para as mulheres, as doses variam entre 25 a 50
mg a cada 5 dias.
5. Cipionato de testosterona - Deposteron
Esta droga injetável é conhecida por promover
rápido ganho de força e volume muscular . É alta-
mente androgênica e com boas propriedades ana-
bólicas . Como a maior parte das testosteronas, ela
tende a aromatizar facilmente mesmo com doses
menores, sendo provavelmente a maior respon-
sável pelas ginecomastias entre fisiculturistas. Por
reter muita água, pode causar acentuada elevação
na pressão arterial em alguns usuários. É utiliza-
da fora de temporada , quando o objetivo é ganhar
peso. O Deposteron também tem fama de atrofiar
os testículos mais rapidamente do que qualquer ou-
tra droga do mercado, além de pronunciar espinhas
e perda de cabelo para os que já têm tendência a
estes efeitos, além de causar perdas vertiginosas
de força e volume muscular tão logo a dose seja
descontinuada. A conversão em DHT (diidrotestos-
terona) também pode ser maciça com esta droga.
Desta forma, alguns atletas mais velhos ad-
ministram Proscar como minimizador de efeitos
colaterais. É aconselhável, também, o acompa-
nhamento com o Nolvadex ou Arimidex durante a
administração do cipionato. Na Europa, o labora-
tório Leo produz o cipionato de testosterona com o
nome de Testex; no Brasil, a Novaquímica produz
o Deposteron.
A dosagem para os homens varia de 200 mg
a 1000 mg por semana. As mulheres não adminis-
tram o cipionato.
1.6. Enantato de testosterona - Testoviron
Esta é uma das testosteronas de ação mais
prolongada no organismo; seu efeito é bastante
lento e dura cerca de 2 semanas. É normalmente
administrada com outro esteróide mais androgêni-
co. O seu efeito é similar ao obtido pelo cipionato
de testosterona, porém sem tanta retenção hídri-
ca, apesar de outros efeitos colaterais poderem se
pronunciar como em qualquer outra testosterona.
O enantato é utilizado como contraceptivo mascu-
lino na dosagem de uma aplicação semanal nos
EUA. Este é o motivo porquê muita gente por lá
vem pedindo prescrição como anticoncepcional,
mas com o verdadeiro intuito de ganhar uns quili-
nhos a mais. O Testoviron também é utilizado no
final de um ciclo de esteróide, por permitir uma vol-
ta gradual da produção fisiológica de testosterona,
evitando choque vertiginoso com perda de peso,
como acontece ao interromper o ciclo de outros
esteróides.
A dosagem para os homens varia de 250 a
750 mg por semana. As Mulheres não utilizam a
droga.
1.7. Durateston (decanoato de testosterona,
fenilproprionato de testosterona, isocaproato
de testosterona e propionato de testosterona)
Este esteróide é a combinação de 4 compos-
tos de testosterona. A idéia de misturar estes dife-
rentes ésteres é obter uma ação imediata após a
aplicação e mantê-la por um longo período de tem-
po. O propionato e o fenilpropionto de testosterona
tem uma ação imediata, mas, de curto período. Já
o isocaproato e o decanoato têm um inicio de ação
mais lento, porém de longa duração. Esta droga
pode mostrar excelentes resultados em aumento
de força e ganho de peso e parece não promover
muita retenção hídrica como a maioria dos esterói-
des altamente androgênicos, mas mesmo assim
só utilizado fora de temporada. Outra vantagem
observada pelos usuários é que só se pode utilizar
esta droga por maior período de tempo pelo fato
de não causar maciço fechamento dos receptores
celulares, como acontece com muitos esteróides.
A Ciba-Geigy produz na Europa outra droga
semelhante, seguindo a mesma idéia de liberação
gradual, com o nome de Trioladrem, enquanto na
Grécia é produzido o Omnadren.
A dosagem para homens varia de 250 a 750
mg por semana. Mulheres não utilizam a droga..
1.8. Undecilenato de boldenone
Apesar de ser uma droga de uso exclusiva-
mente veterinário, há muitos anos foi descoberta
pelos fisiculturistas e, desde então, vem sendo uti-
lizada para aumento de força e volume. Parece ser
uma droga bastante anabólica, mas muito pouco
androgênica, moderadamente tóxica ao fígado e
com baixo nível de aromatização. O undecilenato
de boldenone tem efeito similar ao da Deca, po-
rém menos anabólico mas com ação um pouco
mais prolongada devido à adição de um átomo de
carbono em sua estrutura. Alguns atletas obtêm
um físico bastante denso com administração fora
de temporada e pré-competição também. Algumas
versões como o EX-POIS e o Max Power à princí-
pio produzido na Holanda, e o Equipoise, produzi-
do à princípio pela SOLVAY, nos EUA, o Stanazol
na Austrália e o Nabolic Strong na Argantina são
encontradas no mercado negro no Brasil, mas a
autenticidade é duvidosa. Aqui é produzido o Equi-
fort.
A dosagem para homens varia de 150 a 300
mg por semana, enquanto para mulheres a dosa-
gem varia entre 50-100 mg por semana.
1.9. Fluoximesterona - Halotestin
O Halotestin só é utilizado nas últimas sema-
nas que antecedem o campeonato por ser um es-
teróide muito tóxico ao fígado e causar sérias mu-
danças no temperamento de muitos usuários. O
objetivo de sua utilização é o de aumentar o nível
de andróginos no organismo enquanto estiver rea-
lizando supercompensação de carboidratos; tem,
como característica principal o poder de não reter
líquido. O Halotestin, no momento, parece estar
sendo produzido somente pela UPJOHN.
A dosagem para homens varia de 10 a 20 mg
por dia; mulheres não utilizam esta droga.
1.10. Oximetolona
Esta droga é conhecida como o esteróide oral
mais poderoso que um culturista pode administrar.
Recentemente o medicamento foi retirado das pra-
teleiras no Brasil ou produzido por outro laborató-
rio com o nome de Hemogenin. É produzido em
vários outros paises com o nome de Anadrol ou
Anapolon. Ele pode ocasionar um rápido ganho de
força e volume muscular; mas, devido à sua alta
toxidade ao fígado, por ser um 17-alfa alquelado
a dose e o ciclo de utilização devem ser limitados,
pois sua utilização em dose muito elevada pode
tornar salientes os efeitos colaterais. Um único
comprimido vem com a dosagem de 50 mg, mas
não é por isto que a oximetolona é muito efetiva
como pensam alguns. Paradoxalmente, em dosa-
gem inferior a droga não funciona bem, pois não
se liga eficientemente ao receptor celular.
O mesmo não acontece com a oxandrolona,
que vem em doses de apenas 2 mg e o stanozolol
em 5 mg. Mesmo em dosagem menor, é de praxe
o acompanhamento com o Nolvadex ou Arimidex
para limitar alguns efeitos colaterais. Mulheres
não utilizam esta droga.
Contrário a crença da maioria que só utilizam
a oximetolona em fase fora de temporada, esta
droga vem sendo utilizada por alguns atletas na
Europa em fase pré-competição com a crença
de que a mesma aumentará o volume sangüíneo
sendo utilizado preferencialmente o Arimidex ao
invés do Tamoxifeno como inibidor de aromatase
para a droga.
O dosagem para homens deve variar de 1 a
2 comprimidos e distribuída durante o dia. O tem-
po de uso não ultrapassa 5 semanas e o intervalo
mínimo entre administrações deve ser de 6 a 8
semanas.
1.11. Trembolone - Parabolan
Este esteróide, de ótima reputação, só era
produzido na França; há alguns anos sua fabrica-
ção foi interrompida, mas em 1996 o laboratório
Negma voltou a produzí-lo na Bélgica mas tam-
bém foi descontinuado. No momento, não se tem
notícia de que alguém esteja fabricando esta dro-
ga de forma confiável, apesar de se ter notícias de
princípios ativos vindos supostamente da Rússia
mas a natureza é altamente duvidosa. Por algum
tempo a forma veterinária (Finajet) pode ser adqui-
rida nos EUA. Outra versão bizarra é o veterinário
(Finaplix-H) o qual deve ser literalmente “cheira-
do” e aparentemente fácil de conseguir em alguns
lugares na Europa. É um esteróide injetável, deri-
vado da 19-nortestosterona, a mesma derivação
da Deca-Durabolin; por isto ambas as drogas têm
efeitos similares. Usado em dosagens adequadas,
é uma das drogas favoritas para a preparação pré-
competição, tendo em vista que o efeito androgê-
nico do Parabolan promove excelente efeito cos-
mético ou seja, vascularização e alta densidade
muscular sem retenção hídrica aparente. A super-
dosagem tende a aromatizar como a maioria dos
esteróides. O Parabolan também pode ser utiliza-
do com sucesso em fase de aumento de volume
muscular, desde que administrado com outro este-
róide altamente androgênico.
A dosagem masculina varia de duas a três am-
polas por semana (cada ampola contém 76 mg)e,
se for administrado sozinho, não há necessidade
de acompanhar com o uso de Nolvadex. Isto só
é necessário se a administração for realizada em
conjunto com outro esteróide androgênico que re-
tenha muita água, como Anabol e Hemogenin. A
dosagem feminina é reduzida a ½ ampola por se-
mana ou 1 ampola a cada duas semanas.
1.12. Gonadotrofina coriônica humana - HCG
Esta é uma droga que provoca a fertilização
(ovulação) em mulheres com dificuldade para en-
gravidar. O HCG é elaborada a partir da purificação
da urina de mulheres grávidas, que naturalmente
é rica neste hormônio. A função desta droga no ho-
mem usuário de esteróides anabólicos é a de esti-
mular a produção natural de testosterona após um
ciclo prolongado de esteróides ou no meio deste,
através do envio de um falso sinal ao testículo pre-
venindo, assim, o fechamento da produção natural
de testosterona e a atrofia dos testículos. Já que
este não é um hormônio masculino, ele acaba por
imitar o LH (Luteinizing Hormone), que é um esti-
mulador da produção de testosterona presente no
organismo. Mesmo sem a administração do HCG,
a produção de testosterona, a princípio, voltaria ao
normal ao longo do tempo de qualquer forma após
cessar o ciclo de esteróides exceto dentre aqueles
que já se tornaram estéreis pelo mal uso prolonga-
do dos esteróides. Porém, este sinal enviado em
função da presença do HCG no organismo, apres-
sa o processo.
Pensa-se que esta droga pode ser utilizada no
meio ou durante o ciclo de esteróides para adicio-
nar mais testosterona natural aos esteróides admi-
nistrados artificialmente, podendo aumentar assim
os ganhos de força e volume muscular, mas como
o estímulo inibitório continua acionado durante um
ciclo, esta estratégia é considerada duvidosa. Por
outro lado a maciça elevação dos níveis de andró-
genos, possivelmente promovida por esta combi-
nação, pode ocasionar a salientação dos efeitos
colaterais, de forma que o uso de Nolvadex e ou
Proviron pode ser medida útil para aliviar tais sin-
tomas.
Existe relato de que o uso de HCG pode elevar
em até 500% a produção natural de testosterona
em alguns homens após ciclo. Como ponto nega-
tivo, há uma teoria que relaciona o uso continuo e
prolongado de HCG com o fechamento definitivo
do mecanismo natural de produção de testostero-
na no homem.
Para ficar do lado seguro da ponte é conside-
rado conveniente utilizar esta droga em períodos
não superiores a 2 ou 3 semanas com duas ou
três injeções intramusculares por semana, num to-
tal de 6.000 a 10.000 UI semanais. Recentemente
tem-se utilizado injeções subcutâneas de 50 a 75
UI a cada 2 ou 3 horas durante o dia, pelo período
de 2 a 3 semanas, no meio de um ciclo prolonga-
do de esteróides e ao final do mesmo. O efeito
parece ser excelente, mas o incômodo de realizar
de 6 a 9 aplicações por dia, mesmo com o uso da
agulha de insulina, parece ser coisa para doido!
Mulheres não fazem o uso desta droga a não ser
que queira engravidar.
1.13. Mentelona - Primobolan
Este esteróide, produzido pela Shering, na Eu-
ropa, podia vir na forma oral e injetável: eram os
famosos comprimidos de 50 mg. Mas a sua produ-
ção foi descontinuada em 1993, só restando o de
concentração de 25 mg e a forma injetável DEPOT
com 100mg/ml. O Primobolan é atualmente o fa-
vorito para a preparação pré-competição por pro-
duzir densidade muscular em dieta para perda de
gordura e líquido subcutâneo. A maioria dos atle-
tas prefere versão injetável pois a administração é
semanal; porém, alguns se utilizam da versão oral
para os dias que antecedem a competição. O Pri-
mobolan é também o esteróide favorito das atletas
do sexo feminino.
A dosagem oral varia de 1 a 3 comprimidos
por dia para mulheres e de 4 a 8 comprimidos por
dia para homens. A versão injetável varia de 50 a
100 mg por semana para mulheres e de 200 a 400
mg por semana para homens.
1.14. Mesterolona - Proviron
Este é um esteróide anti-aromatizante não tó-
xico; também não tem propriedades anabólicas e
é utilizado por sua ação similar ao Nolvadex. Não
bloqueia os citos receptores de estrógenos, como
faz o Nolvadex, mas evita que os esteróides aro-
matizem. Muitos atletas utilizam o Proviron em
conjunto com o Nolvadex, num esforço para redu-
zir os efeitos colaterais. Como ponto negativo, o
Proviron parece competir com os esteróides ana-
bólicos por citorreceptores no músculo, reduzin-
do o efeito anabólico dos esteróides. O Proviron
costuma ser utilizado por culturistas de ambos os
sexos, não só por evitar a ginecomastia, mas tam-
bém por aumentar a densidade muscular.
A dosagem é de 1 a 3 comprimidos ao dia sen-
do, que esta variação depende da intensidade dos
efeitos colaterais. Se utilizado em conjunto com o
Nolvadex, muitas vezes 1 comprimido diariamen-
te parece ser o suficiente, sendo esta formulação
a preferida por evitar a saturação dos receptores
celulares.
1.15. Testosterona suspensão
Esta droga é assim denominada porque deve
ser agitada para que os cristais se misturem à so-
lução baseada em álcool desidratado e clorofór-
mio. A Testosterona suspensão só tem atividade
por cerca de 24 horas no organismo, senão ape-
nas de algumas horas, antes que seja eliminada,
principalmente pela urina. Este esteróide é mui-
to utilizado por levantadores olímpicos e basistas
para aumentar o potencial de força logo antes de
treinamento ou competição.
A dosagem varia de 50 a 100 mg por dia. As
mulheres não utilizam esta droga.
1.16. Stanozolol - Winstrol
Este esteróide pode vir na versão oral e inje-
tável em diluente aquoso; é pouco androgênico e
moderadamente anabólico, não promovendo aro-
matização nem retenção hídrica. Porém, em altas
doses, pode ser tóxico ao fígado principalmente
o de via oral. O Winstrol é bastante controverti-
do no mundo do culturismo. Enquanto algumas
pessoas experimentam ganhos de força e volu-
me, outras afirmam que comprar Winstrol é perda
de tempo e dinheiro. Talvez nem todos tenham
os receptores específicos para este componente
químico. De qualquer forma, o Winstrol é mais
utilizado em fase de definição, quando se busca
densidade sem correr o risco de acumular líquido
subcutâneo e é normalmente administrado com o
Parabolan ou o Primobolan.
Esta combinação também pode ser utilizada
no meio de um ciclo longo de esteróides quando
se deseja dar uma pausa nos esteróides mais an-
drogênicos e manter o máximo possível de peso e
diminuir os efeitos colaterais dos esteróides mais
androgênicos. O Winstrol injetável também pode
ser utilizado para aplicações locais nos músculos
mais deficientes, numa tentativa de aumentar o
volume dos mesmos, assim como se fazia com o
descontinuado Esiclene.
Como a droga, mesmo a injetável, é um 17
alfa-alquelado, algumas pessoas consideram a hi-
pótese de administrar o líquido via oral ao invés de
injetá-lo, já que o mesmo não deverá ser destruído
pelo fígado. Porém, como sempre, empiricamen-
te, conta-se uma perda de até 20% da substância
quando administrada desta forma. Obviamente
atletas mais radicais injetarão o produto.
Neste caso, costuma se utilizar de ½ ml por
ponto de aplicação sendo alvos comuns os bíceps,
tríceps e panturrilhas. A dosagem para homens
varia de 16 a 30 mg/dia na forma oral e de 150mg
a 350 mg por semana em tomadas divididas na
forma injetável. Para mulheres, a dose varia de 4
a 8mg por dia na forma oral e de 50 a 100 mg por
semana em tomadas divididas na forma injetável.
1.17. Citrato de clomifeno - Clomid
Esta é uma droga originalmente destinada para
melhorar a fertilidade em mulheres, pois a medica-
ção estimula o processo de ovulação através do
bloqueio da ação dos estrógenos no organismo
feminino através da elevação do LH ( Hormônio
Luteinizante ) e FSH ( Hormônio Folículo Estimu-
lante ) o que no organismo masculino acabará por
estimular a produção natural de testosterona, o
que pode ser bem vindo ao final de um ciclo de
esteróides quando tende a ocorrer uma diminui-
ção drástica na produção natural de testosterona.
Sintomas como dores de cabeça, náusea, tontura
e visão turva podem acompanhar a administração
desta droga.
Homens tendem a utilizar a dosagem de 50 a
100 mg por dia durante o período de 4 a 6 sema-
nas ou 100mg por 2 a 3 semanas e mais 50 mg
por mais 2 ou 3 semanas. Alguns preferem combi-
nar o Clomid com o HCG para acelerar o retorno
da produção natural de testosterona.
1.18. Efedrina-cafeína-aspirina
Esta combinação vem sendo utilizada com
bons resultados por culturistas para aumentar o
efeito termogênico do corpo, sendo que a combi-
nação é utilizada na seguinte proporção 1:10:15.
Ou seja, 20 mg de efedrina, 200 mg de cafeina
e 300 mg de aspirina com a freqüência de três a
quatro vezes por dia. A Efedrina tal como o Clem-
buterol, é um medicamento destinado a pessoas
asmáticas sendo derivado de uma erva denomina-
da ephedra e um de seus efeitos é o aumento da
temperatura corporal, o que pode ajudar a queimar
gordura. A cafeína na proporção adequada funcio-
na como um agente sinergista, ou seja, aumenta o
efeito termogênico da efedrina enquanto a aspirina
retarda ou interfere na produção de prostaglandis
que dentre outras ações, reduz o efeito termogê-
nico da combinação efedrina/cafeína. Dentre as
contra-indicações para o uso da efedrina estão a
hipertensão e doenças cardíacas. Vale mencio-
nar que a efedrina foi banida de alguns estados
norte-americanos por ter sido relacionada com al-
guns óbitos, provavelmente por superdosagem da
substância. Em outros estados só é vendida para
pessoas maiores de 18 anos.
1.19. L-triidotironina sódica - Cynomel
O Cynomel é uma produção sintética do hor-
mônio da tiróide T3. Ele é utilizado para acelerar o
metabolismo e principalmente aumentar a lipólise
(queima de gordura) em fase de definição. Alguns
atletas testemunham ser possível ficar mais denso
mesmo ingerindo mais calorias e ao mesmo tempo
manter mais massa magra quando se administra
o T3. Como efeito colateral mais sério, o Cynomel
pode ocasionar o fechamento definitivo da produ-
ção de T3, se utilizado por longo período de tem-
po, ocasionando assim uma doença denominada
de hipotiroidismo. O Cynomel é normalmente uti-
lizado em combinação com o Clembuterol ocasio-
nando assim um efeito sinergista com surpreen-
dente queima de gordura. O período de utilização
desta droga ficaria entre 6 e 8 semanas para ho-
mens com dosagem diária de 25 a 50 microgra-
mas por dia e de 4 a 6 semanas para mulheres
com dosagem de 12.5 a 25 microgramas por dia
para mulheres. A interrupção da utilização do Cy-
nomel deve ser gradual e ocorrer por um período
de 2 a 3 semanas para que possa se restabelecer
a produção natural deste hormônio. Interrupções
bruscas podem causar baixa vertiginosa no me-
tabolismo basal provocando com isso rápido acú-
mulo de gordura.
1.20. Cloridrato de clembuterol - Clembuterol
Este é um medicamento destinado a pacien-
tes asmáticos. Clembuterol é um beta-2 agonista,
sendo que a sua função é abrir áreas obstruídas e
com isso facilitar a respiração. Ocorre que sempre
que uma droga se afina muito com a célula recep-
tora, esta se torna resistente quando esta é mui-
to utilizada. Já o efeito termogênico da efedrina
(anteriormente) parece ser mais longo, apesar de
não ser tão potente, por duas razões: 1) efedrina
não tem alta afinidade com o receptor e 2) efedri-
na não é um beta 2-específico.
No mundo do culturismo o Clembuterol vem
sendo utilizado por ter efeitos anti-catabólico além
de efeito lipotrópico. O Clembuterol não elimina
gordura através do mecanismo comum de acele-
ração do metabolismo, como a afedrina e drogas
para a tiróide. De fato, o Clembuterol ativa as célu-
las gordurosas marrom. Estas células estão usual-
mente dormentes, mas quando ativadas queimam
as células gordurosas brancas o que torna a pele
mais fina e os músculos mais visíveis. Como ana-
bólico ou anti-catabólico o Clembuterol não é tão
potente como os esteróides anabólicos porém,
pode aumentar significativamente a massa magra
e a força em alguns atletas enquanto em outros
não provoca qualquer mudança na massa magra.
Parece que a droga pode promover efeito similar
às inervações em fibras musculares que foram le-
sadas de suas inervações naturais e vem sendo
utilizado em pacientes acometidos de danos neu-
rais o que é normalmente associado com grande
perda muscular, o que em parte explicaria o po-
der desta droga no aumento muscular em alguns.
Parece que tal como acontece com relação aos
esteróides anabólicos, algumas pessoas têm mais
receptores sensíveis a esta droga do que outras,
mas esta é uma questão genética.
Uma das desvantagens do uso do Clembute-
rol é o maciço fechamento dos receptores mencio-
nados anteriormente, ou seja, o Clembuterol pas-
sa a não mais promover os efeitos desejados. Isto
ocorre quando o medicamento é muito utilizado.
Para evitar o fechamento dos receptores procura-
se utilizar o Clembuterol 2 dias sim 2 dias não.
Os efeitos colaterais diferem de pessoa para
pessoa, sendo que o mais comum são dores de
cabeça, tremores, taquicardia, e agitação. Usual-
mente os efeitos colaterais desaparecem duas ou
três semanas de uso.
A dose varia de 2 a 6 comprimidos de 0.02mg
por dia; dois dias sim, dois dias não. A dosagem
depende da intensidade dos efeitos colaterais e
da taxa de fechamento dos citos receptores que
cada indivíduo observa.
Para que haja uma adaptação gradual deste
químico no organismo inicia-se a administração
gradualmente: Suponha que a dosagem de manu-
tenção seja de 4 comprimidos de 0.02mg por dia.
Desta forma, no Dia 1 administra-se 1 comprimi-
do, no Dia 2 administra-se 2 comprimidos, no dia
3, 3 comprimidos e no dia 4, 4 comprimidos. Dá-se
2 dias de intervalo e prossegue o esquema de dois
dias sim dois dias não. Os comprimidos costumam
ser administrados um a um em horários diferentes
evitando tomada antes do horário de dormir para
evitar um sono conturbado e difícil e logo antes do
treino para se evitar sobrecarga no coração. Mais
recentemente alguns atletas vêm utilizando outro
esquema para burlar o fechamento de recepto-
res específicos ou sub-regulação administrando o
clembuterol no regime de uma semana sim outra
não. Na semana de não administração também
não se utiliza efedrina ou nenhum outro stimulante
do sistema nervoso central (SNC) tal como a ca-
feína por ser uma crença dar descanso completo
para o SNC.
1.21. Citrato de tamoxifeno - Nolvadex
Esta droga tem como função principal o com-
bate dos tumores de mama em homens e mulhe-
res. Por ter ação bloqueadora de estrógenos, é
usada por alguns culturistas para evitar problemas
como ginecomastia, retenção hídrica e formação
de tecido gorduroso específico feminino. Estes
efeitos ocorrem quando os níveis de estrógenos
em indivíduos do sexo masculino é muito baixo
e passa a predominar os andrógenos. O Nolva-
dex age através do bloqueio dos citos receptores
de estrógenos. É importante salientar que tem-se
observado em pessoas que utilizam esta droga
por prolongado período de tempo o desenvolvi-
mento de câncer uterino e de fígado. O Nolvadex
normalmente começa a ser utilizado de 2 a 4 se-
manas antes de se iniciar um ciclo de esteróides
para criar uma base de bloqueio dos receptores
de estrógenos e só se pára após 2-4 semanas da
interrupção do ciclo de esteróides. A dosagem de-
pende da intensidade dos efeitos colaterais que o
atleta manifesta podendo variar de 10 mg a 40 mg
por dia. Mulheres seguem as mesmas recomen-
dações.
Apresentação: Comprimidos de 10 mg ou 20
mg produzidos no Brasil pela ICI. Este é um dos
medicamentos mais caros que se pode encontrar
em uma farmácia exceto em sua forma genérica
ou quando manipulado.
1.22. Aminoglutademida - Orimetene ou
Cytradem
Esta droga é utilizada como substância anti-
catabólica por bloquear o cortizol. É levemente
anti androgênica e anti estrógena. Originalmen-
te é uma droga destinada a pessoas que sofrem
de câncer de mama e da síndrome de Cushing
na qual o indivíduo acometido produz cortizol em
excesso. Normalmente é utilizada durante perío-
do fora de temporada alternando 30 dias de uso
com 30 dias de descanço, e em fase logo antes da
competição para auxiliar a manutenção da massa
muscular durante dieta de definição. Como sendo
um bloqueador de cortizol, não deve ser adminis-
trado initerruptamente. É demonstrado que após
um curto período de utilização initerrupta o orga-
nismo reagirá a baixa produção de cortizol e irá
liberar um outro hormônio ACTH (adrencorticóide)
e fará com que o organismo retome a produção
normal de cortizol tornando a Aminoglutademida
inútil. Pode reduzir o apetite, causar depressão,
dores de cabeça e queda do metabolismo. Jamais
deve ser utilizado por mulheres ou com álcool.
A dosagem usual é de dois tabletes de 250 mg
por dia em doses divididas dois dias sim dois dias
não com 12 horas de intervalo entre administração
para evitar a ação do ACTH.
2
A PODEROSA E POR VEZES
PERNICIOSA INSULINA
A insulina é um hormônio produzido no pân-
creas, sendo o hormônio regulador do metabo-
lismo energético mais importante do organismo.
Exerce múltiplas ações sobre o metabolismo e o
crescimento celular. A insulina transporta prote-
ínas (aminoácidos) e carboidratos (glicose) para
várias células do corpo.
Em termos simples, quando tomamos um copo
de suco de laranja, este suco é processado pelo
seu sistema digestivo e transformado de frutose
em uma forma de açúcar simples denominado de
glicose. O aumento da concentração de glucose
no sangue provoca a secreção da insulina per-
fundida em 30-50 segundos. Não é só a ingestão
de açucares que provoca a liberação de insulina,
como muitos ainda pensam; os aminoácidos pro-
venientes da ingestão de proteínas também acio-
nam a insulina, mas em quantidade menor.
A quantidade de insulina liberada na corrente
sanguínea é proporcional à quantidade de alimen-
to ingerido e também é relativa ao tipo de alimento
que se consome. Esta resposta é plotada em um
gráfico denominado índice glicêmico. Carboidratos
complexos tais como a batata, arroz e macarrão
têm baixo índice glicêmico, enquanto carboidratos
simples como açúcar de mesa e glicose têm alto
índice glicêmico.
Mas afinal, depois de todo este tecnicismo,
qual é a real importância deste hormônio para
nos culturistas ?
Ocorre que a insulina tem um efeito anabóli-
co e anti-catabólico: anabólico porque aumenta o
transporte de aminoácidos, principalmente os de
cadeia ramificada (BCAA), para dentro do mús-
culo e anti-catabólico porque previne a quebra de
proteínas intramusculares. A síntese de glicogênio
também depende da insulina para transportar a
glicose para dentro do músculo, a fim de promover
recuperação tecidual após exercício físico. Estes
efeitos da insulina criam um perfeito ambiente me-
tabólico para o crescimento e reparação tecidual.
Mas ainda não é tão simples assim; ocorre que
a insulina pode ser uma faca de dois gumes, ou de
dois legumes, como dizem alguns culturistas mais
chucros. Isto porque a insulina pode estimular o
armazenamento de gordura e a produção de lipo-
proteína lipase (LPL), uma enzima que também
trabalha no armazenamento de gordura. Quando
aumentam os depósitos de gordura, tanto a insu-
lina quanto a LPL são liberadas mais facilmente e
em maior quantidade.
Por outro lado, a ausência de níveis adequados
de glicose no sangue promove a liberação de um
outro hormônio, também produzido no pâncreas,
denominado glucagon. Insulina e glucagon são de-
nominados de hormônios contra-regulatórios, por-
que se opõe um ao outro. Quando a concentração
de insulina cai, a de glucagon se eleva, ou seja,
quando os níveis de glicose no sangue são baixos,
o glucagon entra em cena. Ocorre que o glucagon
é um hormônio catabólico que irá quebrar tecido
para fornecer energia que o corpo necessita para
se manter. O glucagon irá promover a degradação
de glicose restante e de gordura e, como a cons-
trução de músculos é secundária, será muito difícil
aumentar a sua massa muscular.
Mas como controlar a insulina a meu favor ?
Existem regras simples a serem seguidas para
que se utilize todo o potencial da insulina como
agente anabólico e anti-catabólico e evitar o arma-
zenamento de gordura.
a) Escolha corretamente os alimentos: consuma
alimentos de baixo índice glicêmico durante o
dia para manter energia constante na corrente
sanguínea, evitando a oscilação de insulina, o
que pode causar rompantes de fome, armaze-
namento de gordura e hipoglicemia.
b) Como o exercício tem efeito tampão sobre a
insulina, você tem a possibilidade, de durante
o treino, fazer o uso de bebidas de alto índice
glicêmico como o Glico Dry, Glico Gel (linha
AGE), Gatorade e o Marathon. Estas bebidas
normalmente, além de glucose, são enriqueci-
das com minerais e algumas vitaminas. Mas,
se o seu orçamento estiver em baixa, um copo
de água e duas colheres de chá de dextrose
será o suficiente para ajudar em dia de treina-
mento rigoroso.
c) Já que, aproximadamente, até 90 minutos após
o término do treino, o corpo tem uma capaci-
dade enorme de absorver nutrientes, é muito
conveniente que se eleve os níveis de insulina
para aproveitar todo o seu potencial. Desta for-
ma, após o treino é importante que se continue
a ingerir líquidos energéticos e que se realize
uma refeição altamente protéica, muito baixa
ou zero em gordura e rica em carboidratos.
Esta fórmula é infalível para uma explosão de
insulina e aproveitamento de todo o seu potencial
para direcionar os aminoácidos diretamente para
dentro da célula muscular.
Lembre-se de que, nesta fase, a gordura tam-
bém tem a sua utilização otimizada pela insulina e
a LPL;, portanto não ingira gordura nesta refeição.
Gorduras também são importantes para culturis-
tas, principalmente as gorduras essenciais (EFAs),
mas este assunto é melhor discutido em nutrição.
Aprendemos como nos beneficiar natural-
mente deste poderoso hormônio, estimulando e
controlando a sua secreção na hora certa. Agora,
estudaremos como determinadas substâncias po-
dem auxiliar os culturistas a salientar os efeitos da
insulina indiretamente e também com a adminis-
tração de insulina injetável.
A primeira substância que analisaremos é o
cromo, um mineral relacionado com o metabolis-
mo da glicose e possivelmente um co-fator da in-
sulina. Experiências realizadas em ratos, com ad-
ministração de dietas baixas em cromo, promove-
ram os sintomas de diabetes que desapareceram
após a administração deste mineral. Estimulada
por estas evidências, a indústria de suplementos
para atletas passou a propagar o uso de cromo
na forma picolinato, num esforço para salientar os
efeitos anabólicos da insulina. Pode ser que a ad-
ministração deste mineral funcione para pessoas
com deficiência de cromo, mas eu particularmente
não conheço nenhum estudo que comprove mu-
danças significativas na composição corporal de
fisiculturistas que fazem uso de picolinato de cro-
mo. Talvez valha a pena suplementar a dieta com
este mineral.
A próxima substância é o vanádio, mineral que
entre outras atividades, exerce papel semelhante
ao da insulina (insulin-like effect), proporcionando
maior tolerância à glicose, influenciando o meta-
bolismo glicolítico e lipídico, além de diminuir a
concentração plasmática do colesterol. O vaná-
dio na forma sulfato vem sendo administrado por
culturistas com efeito melhor do que o picolinato
de cromo, afirma quem já utilizou os dois comple-
mentos. O sulfato vanádio parece aumentar as
reservas de glicogênio intracelular, tornando os
músculos mais volumosos. Mas não é assim tão
simples; tal como a insulina, este mineral parece,
também, ter o poder de armazenar gordura. Desta
forma, o melhor é controlar o consumo de gordura
quando se administra este mineral.
A dose normalmente utilzada de sulfato vaná-
dio é de 30-45mg por dia, dividida em 3 ou 4 ad-
ministrações diárias após as refeições, para evitar
distúrbios estomacais e hipoglicemia. A superdo-
sagem é tóxica, ocasionando distúrbios gastroin-
testinais e coloração verde azulada da língua. É
aconselhável, ainda, que a administração deste
mineral seja ciclada: 8 semanas de administração
e duas semanas de intervalo.
Acredito que necessitamos mais estudos cien-
tíficos comparativos entre estes dois minerais. Taí
uma boa idéia para tese de mestrado dos CDF’s.
O último recurso que analisaremos é o uso de
insulina injetável por atletas. Mas, antes de seguir-
mos em frente, é primordial salientar que a admi-
nistração de qualquer medicamento deve ser reali-
zada sob a supervisão de um médico especialista,
o qual irá determinar as necessidades do cliente,
bem como regular a dosagem e/ou interromper a
administração. A auto-medicação é perigosa e em
se tratando de insulina, o erro poderá ser fatal.
As informações aqui contidas são baseadas
no que vem sendo utilizado por atletas que normal-
mente têm um ótimo respaldo técnico, condições
de treino excelente e rigoroso controle nutricional.
Portanto, não brinque com a sua vida; este é o
bem mais precioso que você possui.
A insulina é um medicamento originalmente
utilizado por pessoas diabéticas porque não pro-
duzem insulina em quantia adequada ou porque
as suas células não reconhecem a insulina. No
mundo do fisiculturismo, este hormônio está sen-
do utilizado por aqueles que desejam aumentar
de volume muscular, bem como para definição e
densidade.
A insulina, como já estudamos, é poderosa
como agente metabolizador protéico, mas, em
contrapartida, pode estimular o armazenamento
de gordura. Sendo assim, como é que poderia ser
utilizada como otimizador de densidade e defini-
ção, principalmente antes das competições?
Explicamos já. Antes vamos estudar alguns
fundamentos:
Existem dois tipos básicos de insulina:
1) Insulina regular, que tem ação rápida e ini-
cia a sua atividade logo após a administração;
sua duração aproximada é de 6 horas, mas
o pico de ação fica entre 1 e 2 horas após a
aplicação.
2) Insulina lenta, que tem um tempo de ação
intermediário; seu efeito inicia cerca de 1 a 3
horas após a aplicação, atingindo um efeito
máximo entre 6 a 12 horas. Mas pode ficar no
sistema por aproximadamente 24 horas sendo
que este tipo de insulina é mais imprevisível
quanto ao horário de pico, podendo, ainda, ter
vários por dia.
Existem diferentes fontes de insulina: pode ser
de fonte suína, bovina, uma mistura de ambas e
humana. A insulina humana é idêntica em estrutu-
ra àquela produzida pelo nosso pâncreas e difere
muito pouco das insulinas de origem animal. Mas
os atletas comentam que existem diferentes rea-
ções quando mudam a fonte de insulina. Todos os
tipos devem ser armazenadas na geladeira, mas
não congeladas e, também, precisam ser protegi-
das do efeito da luz. Quando em desuso por várias
semanas, o frasco deve ser abandonado.
A insulina vem sendo utilizada em bases regu-
lares por atletas que desejam um benefício extra
deste hormônio. Estes atletas injetam a quantida-
de certa na hora certa e mantém um controle nu-
tricional rigoroso para evitar hipoglicemia severa e
também armazenamento de gordura. O pâncreas
naturalmente já libera insulina quando aumentam
os níveis de glicose na corrente sangüínea, a fim
de manter um equilíbrio glicêmico. Mas, quando a
insulina extra é injetada, os níveis de açúcar po-
dem baixar muito e ocasionar a hipoglicemia. Se
um atleta desavisado fizer aplicação de insulina
logo de manhã cedo e só se alimentar de carboi-
dratos complexos, não terá glicose suficiente na
corrente sangüínea na hora em que a insulina der
o seu pico.
Os sintomas de hipoglicemia característicos
são: sudorese excessiva, fraqueza, perturbações
visuais, tremores, dores de cabeça, falta de ar,
náuseas, coma e a morte.
Para evitar tais sintomas, parece ser conve-
niente o consumo de 10 gramas de carboidrato
simples (glicose) para cada UI (unidade interna-
cional) de insulina regular (lenta), administrada
cerca de 30 minutos após a injeção. Se um atle-
ta injetou 10 UI, meia hora após, ele consumiria
cerca de 100 gramas de glicose. Se o atleta tiver
fazendo uso de insulina lenta, deverá se alimentar
rigorosamente a cada duas horas e meia com uma
mistura de carboidratos para garantir o controle da
hipoglicemia. Ainda assim, deve se prevenir, le-
vando alimentos doses no bolso, tais como balas,
chocolates e pastilhas de glicose em caso de hi-
poglicemia eminente. Lembre-se da característica
imprevisível da insulina lenta. A vantagem da sua
aplicação é que sempre que o atleta fizer uma re-
feição, lá estará a insulina para drenar glicose e os
aminoácidos para dentro da célula.
É óbvio que o atleta não irá ingerir apenas
carboidratos; terá também, que manter uma die-
ta rica em proteínas para que aproveite todos os
benefícios da insulina no armazenamento protéi-
co. O consumo de gorduras saturadas tem que
ser muito limitado, mas deverá ser garantindo o
consumo de gorduras essenciais (EFAs) como
os óleos de peixe. É conveniente lembrar que o
uso de insulina é incompatível com dietas pobres
em carboidratos (dieta muito preconizada recen-
temente para fisiculturistas) o que evidentemente
ocasionaria rapidamente um quadro hipoglicêmico
e muito possivelmente a morte.
Um certo atleta de meu conhecimento resol-
veu flertar com a insulina. Apesar de estar cons-
ciente dos perigos, conhecer a correta dosagem
e os mecanismos de seu funcionamento, realizou
uma aplicação, numa determinada tarde de verão
do tipo 40 graus. Prostrado em função da aerobio-
se que tinha feito no período da manhã e pelo ca-
lor do verão, resolveu esperar os 30 minutos antes
da ingestão de carboidratos, que deveria seguir a
aplicação da insulina, no conforto de sua cama.
Cansado, caiu no sono e, quando percebeu, os
sintomas de hipoglicemia, que já estavam adian-
tados. Começou a se debater na cama, mas não
podia movimentar-se a ponto de sair do quarto e
pedir socorro. Quando o pai, que estava na sala,
notou uma movimentação no quarto, correu e ob-
servou o filho em péssima condição. Sem poder
melhorar o seu estado, rapidamente o levou para
o hospital mais próximo.
Segundo narrativas, o atleta já estava em
coma quando o seu parceiro de treino, notificado
do fato pela mãe do atleta, correu para o hospital e
esclareceu para que fosse injetada glicose, pois o
atleta havia administrado insulina . Por pouco não
foi a óbito. Vejam, poderia não haver ninguém na
casa ou mesmo um amigo confidente que pudes-
se ajudar no diagnóstico e salvar uma vida. Muitos
outros atletas já passaram muito mal e estiveram
à beira da morte e outros, infelizmente, já se foram
desta vida em função do uso de insulina.
Moral da história: Mesmo conhecendo tudo
sobre o mecanismo da insulina,a droga apresenta
sérios riscos; o que dizer daqueles que não têm
qualquer conhecimento sobre a droga !!!
Mas, e o seu uso como droga pré-compe-
tição?
A insulina é utilizada junto com a dieta pré-
competição naquela fase em que o atleta realiza
a supercompensação de carboidratos após a fase
de depleção. Só para resumir: antes das competi-
ções, os culturistas sérios realizam uma dieta es-
pecial, que consiste da depleção de carboidratos
por alguns dias. Nestes período (de 4 a 6 dias), os
atletas não consomem nenhum ou quase nenhum
carboidrato, enquanto continuam a treinar a todo
vapor e todo ou quase todo o glicogênio armaze-
nado no corpo é gasto. Há 3 dias da competição,
o atleta passa a ingerir generosas quantias de car-
boidratos. Daí, o corpo depletado de carboidratos,
irá re armazená-los por um mecanismo natural de
auto-proteção: irá super-compensar as células,
tornando-as mais volumosas e os músculos mais
aparentes.
A insulina, neste caso, costuma ser utilizada
com o objetivo de drenar ainda mais os carboi-
dratos ingeridos para dentro da célula muscular.
Ocorre que se o atleta, nesta fase, não consumir
quantidades suficiente de carboidratos, irá com-
petir mais parecido com um faquir indiano . Por
outro lado, se consumir muito carboidrato, o ex-
cesso acabará por reter líquido subcutâneo, o que
comprometerá a definição e assim o atleta pode-
rá parecer mais com um balão inflado ou com o
Fat Bastard do Austin Powers. A insulina poderá
garantir que todo o carboidrato consumido seja
drenado para dentro da célula, ocasionando um
surpreendente efeito quanto à definição e volume
muscular!
Mas lembre-se a insulina, neste caso, só é
utilizada na fase de supercompensação e jamais
quando houver depleção de carboidratos. Dieta ri-
gorosa e muito bem balanceada é fundamental.
Não faça loucuras.
3
O MISTIFICADO GH
No meio médico, o GH é conhecido como so-
matotropina, hormônio secretado pela glândula pi-
tuitária. Este é um potente hormônio anabólico que
afeta todo o corpo humano, tendo funções como o
crescimento muscular, ligamentar e cartilaginoso,
influencia na textura da pele, estimula a lipólise e
outros efeitos.
O GH não atua diretamente sobre os tecidos
e, sim, por intermédio da geração de um mensa-
geiro que age causando a proliferação de tecidos
ou em conjunto com outras substâncias. Esta fa-
mília de mensageiros é chamada de insulin growth
factors (IGFs).
A secreção normal do GH no corpo humano é
estimada entre 0.4 e 1.0 miligramas (mg) por dia
em homens adultos. A produção ocorre durante as
24 horas do dia e pode ser estimulada por uma va-
riedade de condições, entre elas: exercício físico
(principalmente o de alta intensidade), o sono, es-
tresse, algumas drogas como o Glucagon, L-Dopa,
Propanalol, GHB e GABA e certos aminoácidos. O
GH é rapidamente metabolizado no fígado e tem
uma vida ativa no sangue de aproximada de 17 a
45 minutos, mais uma razão pela qual é, quase
impossível detectar o GH em exames anti-doping.
No meio esportivo, o GH é conhecido como
uma espécie de droga de elite pelo seu alto pre-
ço, mas também é cercado de incertezas quanto
ao seu elevado poder anabólico e de “fritador de
gorduras”. Talvez este último seja o principal mo-
tivo de tanto interesse recente entre mulheres e
homens que treinam pesado.
O GH também leva a fama de ser muito efetivo
no fortalecimento do tecido conjuntivo, cartilagens
e tendões, sendo muito popular entre alguns atle-
tas de esportes que exigem muito destes tecidos.
Existem muitas estórias de pessoas que con-
seguiram montanhas de músculos e consumiram
quilos de gordura às custas do GH. Tenham a cer-
teza de que estes comentários são muito exage-
rados; mas como normalmente onde há fumaça
há fogo, alguma verdade existe nestas inúmeras
estórias.
Na verdade, a ciência não tem respostas pre-
cisas sobre como certos hormônios funcionam no
corpo humano. A maioria dos estudos é realizada
em animais e em culturas de laboratório, portanto,
inconclusivos. Alguns estudos originais sobre es-
teróides anabólicos são verdadeiros compêndios
de bobagens. Baseados nestes primeiros estu-
dos, muitos profissionais afirmavam, há apenas
alguns anos, que estas drogas simplesmente não
funcionavam para melhorar a performance atlética
ou aumento da massa muscular.
Fora do meio científico, há muito tempo atle-
tas sabiam da eficiência destas drogas, mas ape-
nas recentemente, após 30 anos de utilização, é
que pesquisas confirmam que os esteróides ana-
bólicos realmente tornam as pessoas maiores e
mais fortes. Professores e doutores: sabemos que
alguns de vocês perderam o trem da história e ou-
tros até caíram no chão; outros, ainda, se retrata-
ram porque tiveram humildade para isto. É por isto
que sempre recomendamos para que leiam artigos
científicos atentamente, mas que observem os fa-
tos empíricos também. A verdade de hoje pode ser
a incorreção de amanhã.
Pois bem, voltando ao GH, como terapia para o
embelezamento e melhora na performance atlética,
baseados no underground do culturismo, sabemos
que esta droga, se administrada separadamente
não produz efeito expressivo. Ela é utilizada, nor-
malmente, em combinação com a insulina, e algum
esteróide anabólico mais androgênico, bloqueado-
res de cortisol, além dos hormônios da tiróide.
Hoje, em função de uma maior demanda, pa-
rece que a oferta desta droga se tornou maior, o
que obviamente fez com que os preços, antes es-
tratosféricos, baixassem substancialmente. Num
passado não distante, era comum encontrar falsi-
ficações, algumas grosseiras. Existiu um culturista
na Inglaterra que fazia ciclos de GH totalmente de
graça e ainda ganhava alguns trocos para com-
prar esteróides. O safado, tipo de gente que se
encontra em qualquer lugar, administrava o GH e
substituía o pó liofilizado por açúcar de confeiteiro
e o líquido diluente por água destilada e reven-
dia o produto por preço maior do que pagara pelo
original. Existem falsificadores que substituem
o liofilizado por HCG e lactose. Com a queda do
preço do original, estas malandragens vêm sendo
desestimuladas.
O GH parece ter um efeito anabólico muito ele-
vado apenas quando administrado em associação
com outras drogas, especialmente com aquelas
que tamponam a ação do cortizol. Alguns culturis-
tas profissionais utilizam a associação do GH com
os esteróides anabólicos e/ou com a aminogluta-
demida (Orimitene). Quando a dosagem do GH é
mais elevada ou a pessoa apresenta tendência
ao aumento da resistência à insulina, tende-se a
aplicar insulina exógena em conjunto com o GH
também. Normalmente dosagens maiores do que
4 UI por dia já requerem insulina; a utilização do
hormônio da tireóide (T3) na associação parece
completar a mágica.
O T3 provoca diversas facilitações anabólicas
como: aumento na secreção natural de GH, super
regulação dos receptores de GH e IGF-1, e ação
termogênica. Os desavisados talvez queiram exa-
gerar na dose deste hormônio e poderão cair num
abismo. É bom frisar que o T3 deve ser mantido
em dose normal elevada e não em dose supra-fi-
siológica. Um pouco a mais ou um pouco a menos
pode ocasionar um profundo desequilíbrio home-
ostático no organismo, como aumento de gordu-
ra corporal rapidamente como ação rebote ao se
descontinuar a droga, perda de massa muscular
quando a dose é muito elevada, até o fechamento
definitivo da produção natural de T3, tornando a
pessoa dependente da droga pelo resto da vida.
Só o exame laboratorial pode indicar o nível
do T3: níveis até 450-480 pg/dl são aceitáveis. As-
sim, é possível um ótimo efeito sinergista, permi-
tindo, ainda, ao atleta, ingerir mais calorias sem
engordar, mantendo um percentual de gordura
muito baixo.
Vejam que o GH requer condições especiais
para que faça efeitos positivos e expressivos.
Doses menores parece trabalhar bem: apro-
ximadamente 2 aplicações de 2 UI quatro dias na
semana ,ou mesmo, doses de 2 UI cinco vezes
por semana. Dosagens maiores parecem traba-
lhar melhor.
Muitos profissionais em off season utilizam
cerca de 2 X 3 UI (6 UI por dia) a 5 X 2 UI (10 UI
por dia) durante 5 dias seguidos e 10 dias de inter-
valo. Normalmente nos dias de aplicação do GH
utilizam cerca de 15 a 8 UI de insulina 15 minutos
antes da aplicação do GH e cerca de 50 a 75 mcg
de T3, obviamente acompanhado do ciclo de este-
róides. (A insulina pode matar e o T3 pode torná-lo
eternamente dependente da droga!!!)
Um determinado Mister Olympia me confessou
que utilizava uma única aplicação de GH por se-
mana pois, segundo ele, após ter usado muito GH
de forma convencional, provavelmente teria ocor-
rido em seu organismo tamanha super-regulação
de receptores que uma única dose por semana já
faria o milagre. Ele parecia sério a este respeito,
o que somado à sua massa muscular, me levou a
pensar. A mesma recomendação foi passada a um
jovem culturista profissional, que em pouco tempo
de carreira, se qualificou para o Olympia.
Vejam que nestas informações do under-
ground não existe quase nada de científico; talvez
a dosagem única semanal tenha sido baseada em
algumas propostas de tratamento contra o enve-
lhecimento aplicado em geriatria, ou foi apenas em
decorrência dos processos de tentativa e erro. En-
fim, quem irá tentar? A responsabilidade deve ser
individual e não coletiva; o que não podemos é ser
tratados como eternos adolescentes oligofrênicos
a quem nada pode ser revelado ou comentado.
Sabe-se, nos bastidores da musculação, que
se deve parar com a administração do GH de 3 a
4 dias antes da competição, pois este hormônio
tende a reter líquido.
Deve-se evitar a aplicação do GH nos horários
em que ocorrem picos naturais, ou seja, de manhã
cedo ao acordar, logo antes de dormir, ao contrá-
rio do que muita gente pensa, e logo após o trei-
no. Os melhores horários, normalmente coincidem
com o meio do período da manhã, meio do perío-
do da tarde e uma hora após o treino. Observem
que o GH é contra regulatório à insulina; ou seja,
quando a insulina está baixa, o GH está elevado e
vise-versa. Em hipoglicemia produzimos mais GH,
mas quando a insulina está em alta, como logo
após uma refeição, o GH estará baixo, ou seja, é
uma boa hora para administrá-lo.
Veja porque a insulina é utilizada quando se
faz muito GH.
Mulheres reagem bem com a metade da do-
sagem de GH, tal como acontece com os esterói-
des anabólicos?
O GH pode apresentar alguns efeitos colate-
rais que podem colocar a vida em risco. Mesmo
após a fase do crescimento, este hormônio pode
fazer crescer alguns ossos mais planos que ain-
da apresentam resquícios de tecido cartilaginoso,
como os ossos frontais, a mandíbula e as falan-
ges. O crescimento ósseo e espessamento do
tecido conjuntivo pode provocar a Síndrome do
Túnel de Carpo. Existe, também, a associação de
GH com a ocorrência de certos tipos de câncer.
Como o GH causa resistência à insulina, também
pode causar hipoglicemia e diabetes.
De novo, por isto normalmente é utilizado com
aplicações simultâneas de insulina, principalmente
quando a dosagem é mais elevada. Tecidos vitais
como o fígado, baço e coração também aumen-
tam de tamanho, já que o hormônio age também
na musculatura lisa, com exceção dos olhos e cé-
rebro. Alguns fisiculturistas profissionais parecem
estar grávidos, tamanha a protusão abdominal
causada pelo óbvio abuso do GH. Imaginem se,
além disso ficassem, zolhudos e cabeçudos ?
Como podemos observar, o GH é um hor-
mônio que necessita de muitos cuidados na sua
administração em função de sua complexidade,
sendo que, mesmo no underground da muscula-
ção profissional existem diferentes sugestões nas
formas de administração. Talvez o grande segredo
esteja na correta associação e isto é algo muito
individual em termos de dosagem e escolha das
drogas.
Acreditamos, que nesta altura do campeona-
to, já alertamos o suficiente quanto ao problema
ocasionado pela auto-medicação. Mas vale a pena
lembrar que drogas farmacológicas só devem ser
dosadas e prescritas por médicos especialistas. O
nosso objetivo é apenas informativo e jamais indu-
zir à utilização de medicamentos.
4
ENTENDENDO A MEIA VIDA DAS
DROGAS
Os esteróides anabólicos são acoplados em
cadeias carbônicas denominadas ésteres, que
têm como objetivo aumentar a sua meia vida. A
meia vida de um esteróide refere-se ao intervalo
de tempo necessário para que metade da droga
seja metabolizada. Quando uma droga tem meia
vida de 12 horas, isso significa que depois desse
tempo a sua concentração em nosso sistema cai
pela metade sendo que a quantidade restante não
estará mais em condição de cumprir sua tarefa
apropriadamente.
Por exemplo: O decanoato de nandrolona
tem uma meia vida em torno de 15 dias, pois na
sua composição existe uma cadeia carbônica (és-
ter) com 10 cabonos. A forma cipionato e enan-
tato possui meia vida de 9 a 12 dias. O enantato
é prescrito em alguns países como contraceptivo
masculino, de forma que o usuário deve fazer apli-
cações semanais da droga para não engravidar
a parceira. A forma propionato possui meia vida
em torno de 4.5 dias. Já drogas como o Durates-
ton possui uma combinação de diferentes ésteres
que garantem liberação gradual e pode ficar no
sistema por até 4 semanas mas sua meia vida é
de aproximadamente 15 a 18 dias. Já as drogas
orais possuem uma cadeia carbônica muito curta,
e possui meia vida contada em horas e não em
dias.
Se alguém aplicar 100 mg de decanoato de
nandrolona após 15 dias a concentração desta
droga cairá para aproximadamente 50 mg, mais
15 dias para 25 mg e assim sucessivamente caso
uma nova aplicação não seja feita.
Ao planejar um ciclo, o entendimento da meia
vida das drogas é fundamental, pois se não for
assim o usuário poderá, dentre outros enganos,
estar se mantendo no ciclo durante todo o ano sa-
lientando assim todos os possíveis efeitos colate-
rais. Esta informação também pode contribuir para
que o ciclo planejado não tenha muita flutuação de
drogas no sistema e possa ser mantida concentra-
ção sanguínea mais estável.
Meia vida aproximada de alguns esteróides
anabólicos injetáveis:
Decanoato de nandrolona 15 dias
Undecilenato de boldenone 16 dias
Mentelona 10.5 dias
Durateston de 15 a 18 dias (1)
Cipionato 12 dias
Enantato 10.5 dias
Propionato 4.5 dias
Testosterona aquosa 1 dia
Stanozolol 1 dia (2)
(1) A Durateston é um composto dos seguintes
ésteres com suas respectivas meias vidas apro-
ximadas:
Decanoato 15 dias
Fenilpropionato 4.5 dias
Isocaproato 9 dias
Propionato 4.5 dias
(2) O Stanozolol possui uma meia vida atípica
comparada a outras drogas injetáveis, pois seus
cristais dissolvem lentamente, mas, tão logo te-
nham dissolvido, a concentração da droga declina
rapidamente.
Meia vida aproximada de alguns esteróides
anabólicos orais:
Oximetolona de 8 a 9 horas
Oxandrolona 9 horas
Metandrostenolona de 4.5 a 6 horas
Stanozolol oral ou injetável
administrado oralmente 9 horas
(ler Dicionário do Mal)
Meia vida aproximada de algumas drogas não
esteróides anabólicos:
Cloridrato de clembuterol 1.5 dias
Citrato de clomifeno 5 dias
Aminoglutademida 6 horas
Efedrina 6 horas
T3 10 horas
5
OS CICLOS
IMPORTANTE
É conveniente salientar que os exemplos que
apresentamos têm respaldo em estratégias utiliza-
das por alguns atletas e que não existe qualquer ci-
ência relacionada a estes ciclos. O que segue são
exemplos de estratégias puramente empíricas não
havendo qualquer garantia de segurança quanto
à manutenção da saúde. Em nenhum momento,
afirmo que dada substância é completamente se-
gura. O meu objetivo é puramente o de informar e
auxiliar as pessoas mais expostas e vulneráveis
às drogas. Toda droga possui riscos conhecidos
e desconhecidos a curto, médio ou longo prazo;
algumas, inclusive, podem provocar óbito.
Conheço alguns ex-culturistas profissionais,
que mesmo após terem abandonado as compe-
tições, mantêm-se felizes. Sentem-se orgulhosos
pelas suas incursões vitoriosas no mundo da mus-
culação e vivem muito bem sem a enorme massa
corporal do passado porque passam a focalizam a
vida de outra forma. Quem pode afirmar queArnold
não é mais feliz agora por que não é mais gigan-
tesco? E Dorian, ele mesmo me disse que agora
leva uma vida muito mais relaxante porque não
tem mais o stress das competições, mas dá muito
valor pelo que conquistou, logicamente. Enfim, es-
tas pessoas certamente não se tornaram menos
homens. Tudo é uma questão de focalização.
Se você é mais jovem, não pense que o tempo
não passará. Às vezes os mais jovens são incon-
seqüentes demais e desprezam as pessoas mais
experientes, quando na verdade deveriam ouvi-
las e respeitá-las. É simples: quem tem 50 anos já
teve 20 um dia, mas quem tem 20 não sabe se um
dia terá 50. Não é assim?
Eu digo isto porque sei que muitos jovens ime-
diatistas, que querem ficar fortes logo, não importa
como, poderão ir direto para este capítulo e tentar
resolver o seu problema sem a devida estratégia,
ou mesmo, sem dar chances primeiro à genética.
Estas pessoas devem ser contidas e estimuladas
a pensar antes de tomar decisões que poderão
afetar toda uma vida.
Escrevo honestamente sobre estas drogas
para ajudar e informar, não para estimular a admi-
nistração de drogas sem prescrição. São informa-
ções baseadas em muitos anos de relação com
esportes competitivos profissionais, principalmen-
te a musculação. Portanto, leiam todo o conteúdo
dos livros Musculação Anabolismo Total e Mus-
culação Além do Anabolismo e outras fontes que
tratam do assunto antes de fazerem loucuras in-
conseqüentes. De fato, não podemos sonegar in-
formações, mesmo as que vêm do underground,
como a maioria das informações deste livro. Ou
você é destes que acha que tudo que é de pon-
ta é publicado em qualquer revista para que todo
mundo saiba e que todo o conhecimento tem uma
pesquisa científica a lhe dar respaldo??
Existe uma crença que a combinação de es-
teróides funciona melhor do que a utilização de
apenas um deles em separado. Se por um lado
esta crença parece ser indiscutível, por outro é
certo que determinadas combinações, apesar
de aparentemente produzirem melhores efeitos,
também podem salientar os efeitos colaterais.
Podemos citar como exemplo a combinação de
drogas muito androgênicas como oximetolona
e cipionato de testosterona. Pessoas que estão
utilizando estas drogas combinadas podem pare-
cem bolhas de água ambulantes prontas a desen-
volver uma bela ginecomastia e demais efeitos
colaterais caso não adotem medidas preventivas.
Se a combinação contiver algo como nandrolona
e stanazolol os efeitos colaterais não serão tão
pronunciáveis.
Mais uma história da vida real. Conheci um
culturista que administrava, via oral ou injetável,
todas as drogas nas quais conseguia colocar a
mão. Não pensava em dar um intervalo, na meia
vida dos produtos ou sequer na sua origem. Na
verdade, não ligava para a saúde, sendo que a
maior parte do dinheiro que ganhava se destinava
à aquisição de drogas e que se danassem outras
necessidades e pessoas que viviam ao seu lado.
Durante algum período, o nosso herói as aves-
sas conseguiu ganhar bastante peso e admiração
de algumas pessoas. passando a sentir-se mais
confiantes e mais “macho”. Porém, depois de al-
guns meses, o seu dinheiro acabou e, com isto, o
seu mega ciclo. O indivíduo entrou em depressão,
o que passou a catabolizar ficando menor do que
eram antes do ciclo. Tornou-se vítima de comentá-
rios pejorativos vindo das mesmas pessoas que o
haviam elogiado anteriormente.
Para sair do paradoxo, guardou todo o dinhei-
ro que podia até conseguir comprar mais drogas.
Ganhou peso novamente e resolveu continuar no
ciclo indefinidamente, como uma espécie de de-
letéria vingança pessoal. Em função do abuso os
efeitos colaterais passaram a salienar-se: era ób-
vio o armazenamento de gordura sexual feminina
e ginecomastia, que podia ser observadoa por de-
baixo da roupa. Nos primeiros meses o “culturista”
exibia orgulhoso o seu corpo. Mas com os efeitos
colaterais, as camisetinhas sem mangas usadas
pelo “atleta” tornaram-se camisas com mangas
e os shorts se tornaram calças para esconder as
anomalias. Para sua sorte, acreditem, o dinheiro
se tornou escasso novamente. Aí o nosso “atleta”
se deparou com uma armadilha e uma importante
questão em sua mente altamente perturbada.
Como parar agora com as drogas e conti-
nuar a ser homem ?
Obviamente sem a devida resposta e dinheiro,
o nosso “atleta” teve que parar com as drogas e
com o seu fisiculturismo. Alguns anos após o ci-
dadão reapareceu, já casado. Muito abatido me
disse que sofria de oligospermia e não podia en-
gravidar a mulher e queria que eu indicasse algum
médico que pudesse tratá-lo.
Mesmo atletas mais informados, que perma-
necem por muito tempo em ciclo de esteróides e
tomam o devido cuidado para retornar a produção
natural de testosterona durante o próprio ciclo -
com aplicações de HCG ou drogas como Clomid e
demais medidas para evitar efeitos colaterais - se
deparam com uma armadilha ao final de um ciclo
prolongado, pois sabem que ao parar perderão
boa parte da massa muscular conquistada.
Qualquer pessoa que decida entrar em um ci-
clo de drogas deve, no mínimo, assumir as possí-
veis conseqüências e pelo menos planejar o ciclo
do início ao fim. Para isto, é necessário saber a
meia vida de cada droga para poder parar na hora
certa. Se a pessoa resolve utilizar Durateston num
ciclo de oito semanas, deve administrar a última
dose da droga ao final da quarta semana, porque
Durateston tem meia vida de 4 semanas. Nas se-
manas finais, seria conveniente mudar para dro-
gas com meia vida menor, como o propionato de
testosterona ou algumas drogas orais que perdu-
ram por horas apenas.
Existem pessoas que se entopem de drogas
nas primeiras semanas; algumas moléculas ocu-
pam os receptores específicos e o restante perma-
nece no sistema pronunciando efeitos colaterais.
O primeiro ponto importante seria manter do-
ses relativamente baixas e estáveis.O segundo
ponto importante é utilizar ciclos curtos de prefe-
rência. Acredito ser mais inteligente subir uma es-
cada degrau por degrau, vagarosamente, do que
tentar subir rapidamente, mas quando estiver qua-
se no final, escorregar e cair de bunda no chão.
Observem que as drogas permanecem no sis-
tema por algum período ocupando os receptores
celulares, mas o nosso organismo irá eliminar as
drogas dos receptores desde que cessada a ad-
ministração. Esta eliminação ocorre de forma bas-
tante ágil mas de acordo com seu próprio compas-
so. Algumas drogas, como vimos, permanecem no
sistema por mais tempo que outras. Os receptores
deveriam estar livres para receber novas molécu-
las ao final de um ciclo. Se o ciclo é de 8 semanas,
ao final da oitava semana os seus receptores de-
veriam estar liberados, quem sabe para um novo
ciclo.
1. Ciclo curto
Existe uma tendência mais recente, difundida
entre atletas experientes, como os profissionais,
em fazer ciclos mais curtos. Apenas os mais in-
conseqüentes insistem em ciclos muito longos,
mas esta é uma prática cada vez menos comum.
Um ciclo curto tem um período de 8 a 10 se-
manas. Com 5 a 6 semanas de administração de
drogas e de 3 a 4 semanas de intervalo pelo menos.
No intervalo o atleta não utiliza esteróides anabóli-
cos. Este tipo de ciclo permite menores intervalos de
descanso entre ciclos. Lembram-se do exemplo da
escada? Este tipo de proposta calca-se em escalar
degrau por degrau, pacientemente.
Antes que o seu processo homeostático tenha
que corrigir qualquer desequilíbrio, a pessoa cai
fora, como uma bateria de artilharia que atira suas
granadas no terreno e se desloca o mais rápido
possível antes que granadas do exército inimigo o
atinja de volta.
Exemplo de ciclos curtos
Observação: Em todos os ciclos as doses são
normalmente divididas em várias aplicações se-
manais e aplicadas em locais diferentes do cor-
po observando as melhores técnicas de higiene
e assepsia utilizando-se seringas e agulhas des-
cartáveis e aplicadas em locais adequados e al-
ternados para evitar inflamação e infecções. Por
exemplo: Se a dosagem semanal é de 150 mg de
Deca Durabolin e 750 mg de Durteston por sema-
na, a mesma pode ser dividida assim:
Segunda feira: 50 mg de Deca durabolin e
250 mg de Durateston em uma só seringa ( pa-
rece que a mistura de ambas diminui o processo
doloroso de uma aplicação composta de apenas
Durateston)
Quarta feira: a mesma dosagem
Sexta feira: a mesma dosagem para comple-
tar a dosagem semanal
Ou seja, as dosagens normalmente são dividi-
das em várias aplicações durante a semana com a
crença adicional de se utilzar diversos locais geo-
gráficos do corpo por desejar uma circulação mais
homogênea das drogas por todo o organismo,
muito embora esta crença contrarie a explicação
fisiológica acadêmica de que as drogas circularão
igualitariamente o corpo da mesma forma, não im-
portando onde seja aplicada.
Exemplo 1
Semana Deca Durabolin Durateston
1 200 mg 750 mg
2 150 mg 500 mg
3 100 mg 250 mg
4 100 mg 250 mg
5 50 mg ----
Este é um tipo de combinação muito comum
entre aqueles que estão começando. Para pesso-
as absolutamente iniciantes, a metade das dosa-
gens pode ocasionar ganhos espetaculares. Lem-
brem-se de que quanto mais próximo do início,
maior é a magnitude dos ganhos. Mulheres jamais
devem se envolver com esta categoria de drogas,
pois os efeitos colaterais seriam muito salientes.
Intervalo de 3 a 4 semanas antes de iniciar outro
ciclo é o mais prudente se for utilizado Clomid à
partir da sexta semana e pelo período de 3 a 4
semanas para auxiliar o retorno da produção na-
tural de testosterona principalmente para aqueles
que desejam fazer novo ciclo em seguida (ver o
Clomid no pequeno dicionário do mal). Se nenhu-
ma substância de re-estimulação da produção de
testosterona for utilizada o intervalo respeitado é
maior: de 6 a 9 semanas.
Verifica-se o uso de tamoxifeno ou Arimidex
para minimizar os efeitos colaterais.
Exemplo 2
Semana Boldenone Cipionato Stanozolol
1 200 mg 400 mg
2 200 mg 400 mg
3 100 mg 200 mg 100mg / 3 dias (a cada 3 dias)
4 100 mg ---- 100mg / 3 dias
5 --- ---- 50mg / 3 dias
Este ciclo elaborado com 3 drogas procura ocupar o es-
paço deixado pela encerramento da droga de meia vida mais
longa (cipionato) por uma de meia vida menor (stanozolol),
mantendo um efeito anabólico durante todas as semanas do
ciclo. O Boldenone tem efeito similar ao da Deca, porém com
menor retenção hídrica. O período de intervalo observado é de
3 a 4 semanas e o uso de Clomid é a opção para aqueles que
desejam partir para outro ciclo.
Exemplo 3
Semana Durateston Deca durabolin Propionato Stanozolol
1 750 mg
2 750 mg 200 mg
3 ---- 200 mg 100 mg/3dias
4 ---- 200 mg 100 mg/3dias
5 ---- 100 mg 100 mg/3dias 100mg/3dias
6 ---- ---- 50 mg/3dias 50mg/3dias
De novo: a droga de meia vida maior cessa enquanto é substituída
pelas de meia vida menor (propionato e stanazolol). O intervalo e uso
de Clomid obedece os exemplos anteriores
Exemplo 4
Semana Deca Durabolin Durateston Pimobolan Propionato
1 200 mg 750 mg
2 200 mg 750 mg
3 200 mg 250mg 100 mg / 2dias (a cada 2 dias)
4 100 mg ---- 100 mg / 2dias
5 100 mg ---- 100mg / 2dias 100mg / 2dias
6 ---- ---- 50mg / 3dias
Novamente, observamos o cessar progressivo das drogas de meia
vida maior.
Exemplo 5
Semana Deca Durabolin Durateston Stanozolol Oximetolona
1 200 mg 750 mg
2 200 mg 500 mg
3 200 mg 250 mg
4 100 mg ---- 100mg / 3dias 2 comp / dia
5 --- ---- 100mg / 3dias 2 comp / dia
6 --- ---- 50mg / 3dias 1 comp / dia
Neste exemplo é utilizada a oximetolona, que é uma droga oral de
meia vida curta, sendo administrada a partir da quarta semana, a fim
de manter o nível anabólico com a diminuição da de meia vida maior.
Com utilização controlada da oral mais tóxica, a exposição aos efeitos
colaterais é menor.
Exemplo 6
(ciclo pesado para ganho de massa)
Semana 1
Deca durabolin 200 mg
Durateston 1.000 mg
Arimidex 2 mg por dia ou 40 mg de tamoxifeno
Aldactone 25 mg em dias alternados
Semana 2
Deca durabolin 200 mg
Durateston 750 mg
T3 25 mcg todos os dias
GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não
Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes por dia 15 minutos antes
da aplicação do GH
Arimidex 2 mg por dia ou 40 mg de tamoxifeno
Aldactone 5 mg em dias alternados
Semana 3
Deca durabolin 200 mg
Stanozolol 100 mg a cada 2 dias
T3 50 mcg todos os dias
GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não
Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes por dia 15 minutos antes
da aplicação do GH
Arimidex 2 mg por dia ou 40 mg de tamoxifeno
Semana 4
Stanozolol 100 mg a cada 2 dias
Propionato 100 mg a cada 2 dias (alternanado com o
stanazolol)
T3 50 mcg por dia
GH 2 Ui 3 vezes por dia (dia sim dia não)
Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes ao dia 15 minutos antes
da aplicação do GH
Arimidex 2 mg por dia ou 40 mg de tamoxifeno
Semana 5
Stanozolol 100 mg a cada 2 dias
Propionato 100 mg a cada 2 dias
T3 50 mcg todos os dias
GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não
Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes por dia 15 minutos antes
da aplicação do GH
Arimidex 1 mg por dia ou 20 mg de tamoxifeno
T3 25 mcg a cada 2 dias
Semana 6
Stanozolol 100 mg a cada 2 dias
Propionato 100 mg a cada 2 dias
T3 75 mcg todos os dias
GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não
Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes por dia 15 minutos antes
da aplicação do GH
Arimidex 1 mg por dia ou 20 mg de tamoxifeno
T3 25 mcg a cada 2 dias
Este é um ciclo que utiliza uma combinação
maior de drogas. Como sabemos toda vez que é
utilizado mais drogas a exposição aos efeitos co-
laterais se salientam. É preciso manter controle
estratégico e periodicidade, bem como as refei-
ções tecnicamente programadas e treino intenso.
Existem alguns idiotas preguiçosos que não con-
sideram necessário mais treinar, na esperança de
que somente as drogas venham a fazer o milagre.
Coitados.
Quem utiliza insulina, deve tomar o cuidado de
administrar ao menos 10 g de glicose com proteína
para cada UI de insulina regular (rápida) aplicada,
de 30 a 40 minutos após a aplicação. Perdendo
esta refeição o usuário poderá estar correndo ris-
co de vida!
Normalmente, a insulina é aplicada 15 minu-
tos antes da dose de GH, sendo os melhores ho-
rários 1 hora após o treino, no meio do período da
manhã e no meio do período da tarde, coincidindo,
normalmente com os horários em que não há pico
natural de liberação deste hormônio. Quando a do-
sagem de GH é dividida em 3 aplicações diárias a
primeira vem acompanhada e 10 UI de insulina, a
segunda de 8 UI de insulina e a terceira de 6 UI de
insulina. Nesta caso, a função da insulina é evitar
resistência a insulina e até diabetes e não apenas
o efeito anabólico da mesma já que insulina e GH
têm efeito contra regulatório.
As dosagens de T3 são rigorosamente admi-
nistradas e descontinuadas. Este é uma droga de
alto risco, podendo ocasionar um grande desequi-
líbrio hormonal no corpo todo e dependência de-
finitiva da droga! Após a última semana a droga é
descontimuada progressivamente.
O diurético das primeiras semanas tem como
objetivo evitar muita retenção hídrica. Apesar do
Aldactone ser uma droga mais amena, ainda apre-
senta riscos; a melhor opção é ficar com diuréticos
naturais.
Os esteróides, como nos exemplos anterio-
res, são substituídos gradualmente por drogas
de meia vida menor nas últimas semanas. As do-
sagens de esteróides utilizadas neste ciclo são
bem elevadas; mas dosagens ainda mais eleva-
das não são incomuns entre alguns profissionais.
Neste caso, aumenta-se mais a dosagem dos
anti-aromatizantes.
Exemplo 7
(ciclo pesado para definição)
Semana 1
Boldenone 200 mg
Propionato 100 mg a cada 2 dias
Tamoxifeno 20 - 40 mg por dia
T3 75 mcg por dia
GH 4 UI dia sim dia não
Semanas 2 e 3
Idem semana 1
Semanas 4 e 5
Propionato 100 mg 3 vezes por semana
Stanozolol 100 mg 3 vezes por semana
Tamoxinefo 20 - 40 mg por dia
T3 50 mcg por dia
GH 2 UI dia sim dia não
Semana 6
Propionato 100 mg 2 vezes por semana
Stanozolol 100 mg 2 vezes por semana
Tamoxifeno 20 – 40 mg por dia
T3 25 mcg por dia
Neste ciclo são evitadas todas as drogas que
possam ocasionar maior retenção hídrica; a Nan-
drolona é substituída por Boldenone. Drogas como
stanazolol, propionato, a oral oxandrolona e men-
tenolone são as escolhas mais convencionais.
O uso de T3 e do GH obedece as mesmas in-
dicações do exemplo anterior o acompanhamento
com a insulina pode ser mais uma opção.
2. Ciclo médio
Neste tipo de ciclo, o usuário fica mais ex-
posto aos efeitos colaterais das drogas. Quanto
à intensificação dos efeitos anabólicos, não creio
que este tipo de ciclo traga vantagem, comparado
empiricamente com ciclos curtos e ao final do pe-
ríodo de um ano; mas tem pessoas que preferem
assim. Um ciclo médio tem a duração de 12 a 15
semanas, ao final das quais, os receptores devem
estar totalmente livres. São 8 a 9 semanas com
utilização de drogas e 4 a 6 semanas de intervalo,
pelo menos, antes de um novo ciclo.
Exemplo 1
Semana Deca durabolin Durateston Stanozolol
1 200mg 1.000mg
2 150mg 750mg
3 100mg 500mg
4 50mg 100mg / 2dias (a cada 2 dias)
6 100 mg / 2dias
7 100 mg / 2 dias
8 50mg / 2 dias
Pensa-se que em um ciclo como este, as doses iniciais do es-
teróide mais androgênicos (Durateston) “tornaria” os receptores ce-
lulares mais ávidos para a droga mais fraca, no caso o stanozolol,
a qual aproveitaria a super regulação dos receptores. O objetivo é
chegar ao final da série mais denso e não inflado como uma bolha.
O acompanhamento com o citrato de tamoxifeno é observado para
evitar o pronunciamento dos indesejáveis efeitos colaterais.
Exemplo 2
Semana Nandrolona Durateston Propionato
1 200mg 750mg
2 200mg 750mg
3 200mg 750mg
4 200mg 500mg
5 200mg 250mg 100mg / 2dias
6 100mg ---- 100mg / 2dias
7 50mg ---- 100mg / 3dias
8 --- ---- 50mg / 3dias
Neste ciclo mais prolongado, a Durateston é diminuída progressi-
vamente e substituída pelo propionato. Para curto período de intervalo
entre ciclos, faz-se o uso de Clomid por três ou quatro semanas a iniciar
logo após o término da série. Caso contrário, um período maior de in-
tervalo passa a ser mais conveniente.
Exemplo 3
Semana Nandrolona Cipionato Propionato Oximetolona
1 200mg 600mg
2 200mg 600mg
3 200mg 400mg
4 200mg 400mg 100mg / 2dias
5 100mg ---- 100mg / 2dias 100mg / dia
6 100 mg ---- 100mg / 2dias 100mg / dia
7 50 mg --- 100mg / 3dias 100mg / dia
8 ---- ---- 50mg / 3dias 50mg / dia
Neste ciclo, a dosagem inicial mais elevada de cipionato é pro-
gressivamente substituída pelo proprionato e pela oral oximetolona.
Neste caso, as orais entram no final do ciclo, ao contrário de que
muita gente realiza ao aplicá-las no início do ciclo para obter uma
reação mais rápida inicialmente. Neste caso, o objetivo é manter
o efeito anabólico mais estável durante o ciclo. Observem que a
oximetolona é administrada por 4 semanas, não mais, em função
de sua toxidade. Se fosse administrada no início do mesmo ciclo,
provocaria uma sobrecarga maior ao fígado em função do cipionato,
que apesar de injetável, é uma das drogas mais tóxicas. Quem usa
muito cipionato, normalmente, apresenta pele e o branco dos olhos
amarelados.
Exemplo 4
Semana Nandrolona Durateston Boldenone Stanozolol Oxandrolona
1 200mg 750mg
2 200mg 750mg
3 200mg 500mg
4 100mg 500mg 100mg
5 --- 250mg 200mg 100mg / 3dias
6 --- --- 200mg 100mg / 3dias 9 comp / dia
7 --- --- 100mg 100mg / 3dias 9 comp / dia
8 --- --- ---- 100mg / 3dias 9 comp / dia
9 --- --- --- 50mg / 3dias 6 comp / dia
Neste ciclo, a Durateston e a Nadrolona são substituídas por drogas que
retêm menos líquido. A tendência deste ciclo é propiciar inicialmente aumento
de força e volume muscular; e, ao final, a manutenção do volume e o favo-
recimento para maior densidade e definição, desde que a alimentação seja
devidamente balanceada.
3. Ciclo Longo
Ciclos longos, com mais de 10 semanas com
aplicação de drogas, caíram em desuso: mas inda
são utilizados nas vésperas de competições, sen-
do que a última semana coincide com a semana
do dia D (o dia do show). Desnecessário falar so-
bre os riscos ainda maiores não é?
Exemplo:
Semana 1
Nandrolona 200mg
Durateston 1.000mg
Arimidex 2mg por dia ou 40mg de tamoxifeno
GH 2 UI 2 vezes por dia, dia sim dia não
Insulina regular 10 UI 2 vezes por dia logo após o GH
Semana 2
Nandrolona 200 mg
Durateston 750 mg
Arimidex 2 mg por dia ou 40mg de tamoxifeno
GH 2 UI 2 vezes por dia, dia sim dia não
Insulina regular 10 UI 2 vezes por dia logo após o GH
Semana 3
Idem semana 2
Semana 4
Nandrolona 100 mg
Durateston 500 mg
Boldenone 100 mg
Arimidex 2 mg por dia ou 30 mg de tamoxifeno
GH 2 UI 2 vezes por dia, dia sim dia não
Insulina regular 10 UI 2 vezes por dia logo após o GH
Semana 5
Boldenone 100 mg
Propionato 100 mg a cada 3 dias
Stanozolol 100 mg a cada 3 dias
Arimidex 2 mg por dia ou 20 mg de tamoxifeno
Semana 6
Idem semana 5
Semana 7
Idem semana 6
Semana 8 (volta GH e insulina)
Boldenone 100 mg
Propionato 100mg a cada 3 dias
Stanozolol 100mg a cada 3 dias
Arimidex 2 mg por dia
GH 2 UI 2 vezes por dia, dias sim dia não
Insulina regular 10 UI 2 vezes por dia, logo após a insulina
Semana 9
Boldenone 100 mg
Propionato 100 mg a cada 3 dias
Stanozolol 100 mg a cada 3 dias
GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não
Insulina regular 10 UI 3 vezes por dia, logo após a insulina
T3 50mcg
Orimitene 2 X 250 mg dois dias sim dois dias não
Semana 10
Stanazolol 100mg a cada 2 dias
Oxandrolona 9 comprimidos por dia em 3 tomadas
Tamoxifeno 30 mg por dia
GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dias não
Insulina 10 Ui 3 vezes por dia, dia sim dia não
T3 50 mcg
Orimitene 2 X 250mg dois dias sim dois dias não
Semana 11
Stanozolol 100mg a cada 2 dias
Oxandrolona 9 comprimidos por dia em 3 tomadas
Tamoxifeno 30 mg por dia
GH 2 UI 3 vezes por dia dia sim dias não
Insulina 10 Ui 3 vezes por dia dia sim dia não
T3 75 mcg
Orimitene 2 X 250mg dois dias sim dois dias não
Semana 12 (a semana da competição)
Stanozolol 100mg/2 dias até o dia da
competição (dia D)
Oxandrolona 9 comprimidos por dia até o dia D
Tamoxifeno 30 mg por dia até o dia D
GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não
até 4 dias antes do dia D
T3 75 mcg (diminuir progressivamente nas
duas semanas subseqüentes)
Orimitene dois dias sim, dois dias não
Este é um ciclo longo, que se não o matar,
o tornará uma peneira ao final. Aproveitando-se
do grande número de aplicações, alguns atletas
que utilizam deste recurso procuram localizar as
aplicações em áreas por eles desejadas, muitas
vezes misturando os anabolizantes com óleos de
aplicação local, aumentando assim os riscos de
infecção e abscessos. Em ciclos longos como este
são também comuns sintomas de desinteresse se-
xual. Talvez dai venha a história de que marombei-
ro é broxado e tem um pau pequeno (na verdade,
o que atrofia são os testículos e não o tamanho
do pênis). Por isto, alguns administram HCG ou
Clomid no meio do ciclo para re-estimular a pro-
dução de testosterona, o que por outro lado pode
intensificar os efeitos da conversão da testostero-
na em diidrotestosterona e progesterona. Vejam
que flertar com drogas é um negócio cheio de
armadilhas aqui mencionadas e outras que se-
quer sabemos, por isto são armadilhas.
No início, são administradas drogas off sea-
son e nas semanas finais, logicamente, drogas
pre contest. O GH somente deve ser usado na
última fase acompanhado do T3, pois seria abrir
muito a guarda para o “Demo” usar hormônio da
tiróide no começo também. Observem que o GH
não é utilizado nos últimos dias que antecedem o
dia D, pois este trabalha contra a definição muscu-
lar. Poucos sabem, mas o GH também retém um
pouco de líquido.
Ao final destas intermináveis 12 semanas, é
conveniente aos impetuosos diminuírem progres-
sivamente as dosagens, principalmente a de T3
e dar um bom período de descanso para o pobre
organismo. Logicamente, este é também um pro-
cedimento não indicado. Se for impossível ficar
longe das drogas, é melhor iniciar o processo pré-
competição na semana 5 do exemplo, após o de-
vido intervalo de um possível ciclo anterior. O uso
de Clomid e HCG é observado para retomada da
produção natural de testosterona.
Ciclo curto para mulheres que desejam
ganhar volume muscular
Observação: Muitas mulheres parecem se
beneficiar em termos anabólicos de aplicações
exclusivas de stanozolol com uma aplicação de
50 mg com o intervalo de 3 a 5 dias entre aplica-
ções pelo período de 4 a 8 semanas e intervalo
de pelo menos 6 semanas entre ciclos. Estas não
estão livres de mudanças no temperamento, acne
e outros efeitos colaterais mesmo em doses mais
baixas.
Semana 1
Nandrolona 50 mg
Stanozolol 50 mg a cada 3 dias
GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI
uma hora após treino
Tamoxifeno (Nolvadex)
10 mg por dia
Semana 2
Nandrolona 50 mg
Stanozolol 50 mg a cada 3 dias
GH 1 UI no meio do período da manhã e
1 UI uma hora após treino
Tamoxifeno 10 mg por dia
Semana 3
Nandrolona 50 mg
Stanozolol 50 mg a cada 3 dias
GH 1 UI no meio do período da manhã e
1 UI uma hora após treino
Tamoxifeno (Nolvadex)
10 mg por dia
Semana 4
Nandrolona 25 mg
Stanozolol 50 mg uma vez na semana
Tamoxifeno 10 mg por dia
Ciclo Curto para Mulheres pré-competição
Semana 1
Stanozolol 50 mg a cada 3 dias
GH 1 UI no meio do período da manhã e
1 UI uma hora após treino 5 vezes
por semana
Insulina regular 5 a 8 UI 15 minutos antes da
aplicação do GH
T3 (cynomel) 25 mcg todos os dias
Semana 2
Stanozolol 50 mg a cada 3 dias
GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI
uma hora após treino 5 vezes por semana
Insulina regular 5a8UI15minutosantesdaaplicaçãodoGH
T3 50 mcg todos os dias
Semana 3
Stanozolol 100 mg a cada 3 dias
GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI
uma hora após treino 5 vezes por semana
Insulina regular 5a8UI 15minutosantesdaaplicaçãodoGH
T3 50 mcg todos os dias
Orimitene (aminoglutademida)
250 mg dois dias sim dois dias não até o dia
D (dia da competição)
Semana 4
Stanozolol 100 mg a cada 3 dias
GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI
uma hora após treino 5 vezes por semana
Insulina 5a8UI 15minutosantesdaaplicaçãodoGH
T3 50 mcg todos os dias
Orimitene (aminoglutademida)
250 mg dois dias sim dois dias não
Semana 5 (após a competição)
Para-se com: stanozolol, insulina e GH
Continua-se: 25 mcg de T3 por mais 3 dias e daí alternar
25 mcg dia sim dias não por mais 8 dias, ou
seja, mais 4 tomadas
Faz-se o termogênico usual durante todas
as semanas do ciclo tais com ECA e Clembuterol
para os próximos.
Importante: O incrível pronunciamento de
efeitos colaterais em mulheres tais como engros-
samento da voz, hipertrofia clitoriana, alteração do
humor dentre outros podem ser bem pronuncia-
dos com qualquer dos ciclos apresentados ante-
riormente. Recomendamos novamente que seja
lido os livros Musculação Anabolismo Total e Mus-
culação Além do Anabolismo para melhor compre-
ensão do mecanismo de funcionamento destas
drogas bem como dos possíveis efeitos colaterais.
Cuidado!
E longos períodos de descanso?
Não restam dúvidas de que os usuários se
beneficiariam de períodos de descanso; melhor
ainda se conseguirem conviver bem sem ciclo ne-
nhum, quando o desejo é puramente cosmético.
Finalizando o assunto.
De fato, os esteróides possuem uma grande
capacidade em promover crescimento muscular e
aumentar a força. Por outro lado, podem provocar
efeitos colaterais como calvície, erupções cutâ-
neas, aumento da próstata e outros. Repassando
alguns pontos:
· Embora todos os esteróides possuam uma
mesma origem, eles diferem em efetividade,
variam quanto ao tempo de permanência no
organismo, a salientação dos efeitos colate-
rais, habilidade de se ligarem a receptores ce-
lulares e outros.
· Quanto mais efetiva é uma droga, maior será
o seu potencial em provocar efeitos indesejá-
veis. A droga perfeita seria 100% anabólica e
0% androgênica, mas ela não existe.
· Cada pessoa tem uma distribuição peculiar
de receptores celulares, o que afeta diferen-
temente tanto os efeitos desejáveis como os
indesejáveis.
· Os efeitos indesejáveis podem ser minimiza-
dos com a utilização de outras medicações,
mas estas mesmas podem causar outros efei-
tos colaterais.
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  • 1.
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  • 3. ter científico. Todas as informações contidas no texto foram obtidas exclusivamente através de técnicas de observação, aleatórias e sem embasamento científico. Apesar de não recomendado pelo Autor, a eventual uti- lização e aplicação das técnicas apresentadas no artigo não garantem os resultados previstos, tendo-se em vis- ta que, conforme afirmado, as informações ali contidas não contém qualquer embasamento científico. ADEQUAÇÃO O Autor não é consultor das técnicas apresenta- das no artigo e não garante a confiabilidade, exatidão ou adequação das informações ou recomendações ali efetuadas. As técnicas anabolizantes apresentadas en- volvem altos riscos à saúde de seus usuários. As infor- mações contidas no artigo são meramente expositivas, sendo que o Autor adotou uma postura imparcial, ex- pondo os riscos inerentes e eventuais benefícios que o uso dos métodos ali indicados podem ocasionar. As informações contidas no artigo são genéricas e não se adequam à todos os indivíduos. Sempre que o Adqui- rente resolver fazer uso de algum dos medicamentos indicados no texto, deverá consultar um médico espe- cializado para o acompanhamento. ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE As informações contidas no artigo, inclusive grá- ficos, links ou outros itens são fornecidos “NO ESTA- DO EM QUE SE ENCONTRAM”, SEM GARANTIA DE QUALQUER ESPÉCIE. O AUTOR NÃO GARANTE A VERACIDADE,ADEQUAÇÃO, CONVENIÊNCIA, CON- FIABILIDADE, OU INTEGRALIDADE DAS INFORMA- ÇÕES CONTIDAS NO TEXTO E EXPRESSAMENTE DECLARA SUA ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE POR ERROS OU OMISSÕES NESSAS INFORMA- ÇÕES E MATERIAIS, ASSIM COMO POR TODAS AS GARANTIAS IMPLÍCITAS E CONDIÇÕES DE CO- MERCIALIZAÇÃO, ADEQUAÇÃO A UM PROPÓSITO ESPECÍFICO, PROPRIEDADE E NÃO-VIOLAÇÃO. O AUTOR NÃO RECOMENDA, NÃO DÁ CONSULTORIA OU OBTÉM QUALQUER VANTAGEM, SEJA ECONÔ- MICA OU DE QUALQUER FORMA, COM A VENDA, USO OU PRESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS RE- LACIONADOS NO ARTIGO. TODA E QUALQUER UTI- LIZAÇÃO DESTES MEDICAMENTOS DEVERÁ SER OBRIGATORIAMENTE ACOMPANHADA POR UM MÉDICO ESPECIALIZADO. As informações contidas no texto não têm o condão de suprir a necessidade de acompanhamento médico, tendo-se em vista que os re- sultados ali apresentados não foram obtidos através de exames científicos ou de laboratórios, mas sim exclu- sivamente através da observação do Autor às técnicas utilizadas pelos mais diferentes atletas e os resultados por eles obtidos. AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NO TEXTO SÃO MERAMENTE EXPOSITIVAS, IMPAR- CIAIS E SEM CONOTAÇÃO CIENTÍFICA. O AUTOR ADOTOU DURANTE TODO O ARTIGO UMA CONDU- TA IMPARCIAL E QUE NÃO INCENTIVA O USO DE REFERIDOS MEDICAMENTOS PARA FINS ESTÉTI- COS OU ESPORTIVOS SOB NENHUMA FORMA.
  • 4. LIMITAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Em nenhuma circunstância, o Autor do artigo será responsável por quaisquer danos, incluindo, entre ou- tros, danos diretos ou indiretos, especiais, incidentais ou imprevistos, perdas ou despesas, em decorrência do uso ou do desempenho dos produtos indicados no artigo, por perda ou uso inadequado de informações. DIVISIBILIDADE Se qualquer parte deste contrato for considerada inválida ou inexeqüível de acordo com a legislação apli- cável, então (i) primeiro, a cláusula inválida ou inexe- qüível será substituída por uma cláusula válida e exe- qüível que seja mais próxima da intenção da cláusula original e o restante do contrato continuará em vigor; ou (ii) segundo, as cláusulas determinadas como in- válidas, nulas ou inexeqüíveis por qualquer tribunal de jurisdição competente serão separadas e as cláusulas remanescentes continuarão exeqüíveis dentro dos limi- tes permitidos por lei. JURISDIÇÃO Este contrato será regido e interpretado de acor- do com as leis da República Federativa do Brasil, sem referência à doutrina que possibilita a escolha de foro. Neste ato, as partes elegem como foro competente para dirimir quaisquer duvidas proveniente do presen- te contrato a Comarca de Londrina, Estado do Paraná, renunciando a qualquer outra, ainda que seja mais van- tajosa. Londrina, 17 de agosto de 2004.
  • 5. ALERTA Saliento que as informações aqui contidas não têm como base estudos científicos e que as dosagens aqui mencionadas não são as dosagens terapêuticas que atendem às necessidades originais destes medicamentos e, sim, dosagens muitas vezes mais elevadas e que podem causar sérios danos à saúde. Estes dados são o resultado do processo de tentativa e erro por parte de inúmeros culturistas ao redor do mundo, sendo a maioria verdadeiros postulados na musculação, o que, porém, não diminui os riscos de administraçãodestesmedicamentosnasdosagens mencionadas. Estes medicamentos só devem ser utilizados com prescrição e acompanhamento de médico especializado. É, ainda, altamente recomendado que se leia na íntegra os livros Musculação Anabolismo Total e Musculação Além do Anabolismo, da Phorte Editora como material necessário para a maior compreensão dos efeitos nocivos da auto medicação com as substâncias que aqui serão explanadas a seguir.
  • 6. 1 PEQUENO DICIONÁRIO DO MAL Não tenho a intenção, de oferecer um comple- to compêndio de todos os esteróides anabólicos existentes no mundo, mesmo porque não tenho vo- cação para escritor de dicionários, mas apresentar um resumo das drogas mais utilizadas. 1.1. Metandrostenolona Com o nome de Dianabol, esta droga foi pro- duzida nos EUA pela CIBA; porém, a produção pa- rou há muitos anos, de forma que, se você encon- trá-la com este nome, provavelmente é falsificada ou vencida há muitos anos. Mas, a mesma droga pode ser encontrada com os seguintes nomes: Anabol produzido na Tailândia; Pronabol-5 da Índia, Stenolon, na República Checa e Naposim na Romênia. Este foi e é um dos esteróides orais mais populares especialmente entre aqueles que não são muito chegados ao desconforto de inje- ções. Esta droga, se usada em doses adequadas, é bastante androgênica, causando significativos ganhos de força e volume muscular após poucas semanas de uso A maior parte do ganho de força deve-se ao potencial de retenção hídrica causado por este es- teróide o que apesar de propiciar ambiente anabó- lico favorável para a provável formação e aumen- to de fibras musculares por outro lado promove o aumento da pressão arterial. A retenção hídrica pode ser muito válido enquanto estiver em fase de aumento de massa muscular, mas indesejável em fase pré-competição (definição). Por ser um alfa- alquelado, se usado em altas dosagens, tem efei- to bastante tóxico ao fígado. Esta droga se man- tém ativa por cerca de apenas 4.5 a 6 horas no organismo; por isso, normalmente é administrada de 4 a 5 vezes por dia, em intervalos regulares. Por converter em estrógeno facilmente, pode cau- sar ginecomastia, acne, retenção hídrica e outros. Para evitar a ginecomastia é conveniente acom- panhar com administração de Nolvadex (citrato de tamoxifeno) ou Arimidex (anastroxole) . As mulheres evitam o uso desta droga; porém, se decidirem utilizá-la, a dosagem não ultrapassa 10 mg/dia. Para homens, a combinação de 20-30 mg/dia de metandrostenolona e 200 mg de Deca- Durabolin por semana normalmente causa drás- tico aumento de força e massa muscular, sendo
  • 7. considerada uma das séries mais eficientes que se pode fazer. 1.2. Oxandrolona - Anavar Esta droga foi originalmente comercializada na década de 60 pela Searle em diversos países, com nomes diferentes, foi designada como droga para crianças; por isto a dosagem original é de apenas 2 mg : Anavar (EUA), Lonovar (Argentina, Japão e Austrália), Lipidex (Brasil) e outros. Em 1989, este laboratório interrompeu a produção porque não queria ter o seu nome vinculado a esteróides. No entanto, outros laboratórios como SPA da Itália, BTG dos EUA, Kowa e Dainippon do Japão conti- nuam a produzir o mesmo medicamento; no Brasil pode ser manipulado em algumas farmácias com prescrição médica. A oxandrolona é moderadamente androgênica e proporciona bom efeito anabólico e não causa efeitos colaterais pronunciados em dosagem tera- pêutica. Por isto, era destinada a crianças e uma das drogas de preferência das mulheres. O Anavar tem, como efeito principal, um grande aumento de força por aumentar os depósitos de fósforo cre- atina intracelular (fonte de combustível muscular para esforços imediatos de curta duração, com até 10 segundos aproximadamente). É utilizado nor- malmente com o Parabolan para densidade mus- cular e com Deca para aumento de massa. A dosagem masculina varia de 4-12 comprimi- dos por dia e a feminina de 2-4 comprimidos por dia. Cada comprimido, normalmente, tem a con- centração de 2.5 mg. 1.3. Decanoato de nandrolona - Deca durabolin Este esteróide, muito popular em todo o mun- do, originalmente foi desenvolvido pela Organon na década de 60; mas atualmente diversos labo- ratórios produzem este esteróide, como o Nan- drolone Decanoate (Norma) da Grécia. A “Deca” é moderadamente androgênica, com boas pro- priedades anabólicas e reduzido efeito aroma- tizante, sendo atípico o pronunciamento de efei- tos colaterais. Por outro lado, esta droga reduz o desejo sexual e provoca infertilidade em homens mais do que qualquer outro esteróide anabólico. Apesar disto, infelizmente, para alguns atletas, é uma droga facilmente coletada em exames anti- doping. Para aqueles que estão preocupados com isto, devo alertar que a droga pode ser identifica- da mesmo após 2 anos da última aplicação! Com o intuito politiqueiro de proteger a saúde e a vida dos atletas, o COI e demais entidades controlado- ras do esporte, colocam atletas mais próximos de
  • 8. drogas menos detectáveis em exames, mas po- tencialmente mais lesivas. O decanoato de nandrolona é utilizado por al- guns para ganhos de massa muscular em período pré-competitivo; porém, alguns atletas tendem a reter muito líquido com esta droga, de forma que se você for um deles é conveniente parar com a administração de 4 a 6 semanas antes da com- petição. A Deca é muito utilizada como droga de base para todo o ciclo de esteróide, desde que fora de temporada, por evitar inflamações e dores articulares que podem ocorrer devido a treinamen- to intenso. A dosagem mínima efetiva para os homens que decidem realizar somente a administração de Deca é de 200 mg por semana, sendo que dosa- gem superior a 400 mg pode acarretar o pronun- ciamento de efeitos colaterais. Algumas mulheres vêm administrando a Deca com bons resultados, mas a dosagem ficaria entre 50-100 mg por sema- na. A desvantagem da Deca nacional é que vem com a concentração de 25 mg/ml ou 50 mg/ml, enquanto no exterior a concentração é de 100 mg/ ml. A baixa concentração por ml implica na admi- nistração de muito óleo, o que pode ser desconfor- tável. Veja que seriam necessários 4 ml de Deca de 50 ml para se obter os 200 mg semanais. 1.4. Propionato de testosterona Esta testosterona é de ação mais rápida se comparada à forma cipionato e enantato, sendo necessário aplicá-la com maior freqüência em fun- ção de sua meia vida. Enquanto cipionato e enan- tato é aplicado a cada semana, a frequência do propionato deve ser a cada 3 dias. O propionato é considerado uma testosterona pouco androgê- nica, sendo a escolha de homens mais maduros ou como droga de transição entre período fora de temporada e pré-competição. A dosagem mais comum para os homens gira em torno de 50 mg a 100 mg a cada 2 ou 3 dias. Para as mulheres, as doses variam entre 25 a 50 mg a cada 5 dias. 5. Cipionato de testosterona - Deposteron Esta droga injetável é conhecida por promover rápido ganho de força e volume muscular . É alta- mente androgênica e com boas propriedades ana- bólicas . Como a maior parte das testosteronas, ela tende a aromatizar facilmente mesmo com doses menores, sendo provavelmente a maior respon- sável pelas ginecomastias entre fisiculturistas. Por reter muita água, pode causar acentuada elevação na pressão arterial em alguns usuários. É utiliza-
  • 9. da fora de temporada , quando o objetivo é ganhar peso. O Deposteron também tem fama de atrofiar os testículos mais rapidamente do que qualquer ou- tra droga do mercado, além de pronunciar espinhas e perda de cabelo para os que já têm tendência a estes efeitos, além de causar perdas vertiginosas de força e volume muscular tão logo a dose seja descontinuada. A conversão em DHT (diidrotestos- terona) também pode ser maciça com esta droga. Desta forma, alguns atletas mais velhos ad- ministram Proscar como minimizador de efeitos colaterais. É aconselhável, também, o acompa- nhamento com o Nolvadex ou Arimidex durante a administração do cipionato. Na Europa, o labora- tório Leo produz o cipionato de testosterona com o nome de Testex; no Brasil, a Novaquímica produz o Deposteron. A dosagem para os homens varia de 200 mg a 1000 mg por semana. As mulheres não adminis- tram o cipionato. 1.6. Enantato de testosterona - Testoviron Esta é uma das testosteronas de ação mais prolongada no organismo; seu efeito é bastante lento e dura cerca de 2 semanas. É normalmente administrada com outro esteróide mais androgêni- co. O seu efeito é similar ao obtido pelo cipionato de testosterona, porém sem tanta retenção hídri- ca, apesar de outros efeitos colaterais poderem se pronunciar como em qualquer outra testosterona. O enantato é utilizado como contraceptivo mascu- lino na dosagem de uma aplicação semanal nos EUA. Este é o motivo porquê muita gente por lá vem pedindo prescrição como anticoncepcional, mas com o verdadeiro intuito de ganhar uns quili- nhos a mais. O Testoviron também é utilizado no final de um ciclo de esteróide, por permitir uma vol- ta gradual da produção fisiológica de testosterona, evitando choque vertiginoso com perda de peso, como acontece ao interromper o ciclo de outros esteróides. A dosagem para os homens varia de 250 a 750 mg por semana. As Mulheres não utilizam a droga. 1.7. Durateston (decanoato de testosterona, fenilproprionato de testosterona, isocaproato de testosterona e propionato de testosterona) Este esteróide é a combinação de 4 compos- tos de testosterona. A idéia de misturar estes dife- rentes ésteres é obter uma ação imediata após a aplicação e mantê-la por um longo período de tem- po. O propionato e o fenilpropionto de testosterona tem uma ação imediata, mas, de curto período. Já
  • 10. o isocaproato e o decanoato têm um inicio de ação mais lento, porém de longa duração. Esta droga pode mostrar excelentes resultados em aumento de força e ganho de peso e parece não promover muita retenção hídrica como a maioria dos esterói- des altamente androgênicos, mas mesmo assim só utilizado fora de temporada. Outra vantagem observada pelos usuários é que só se pode utilizar esta droga por maior período de tempo pelo fato de não causar maciço fechamento dos receptores celulares, como acontece com muitos esteróides. A Ciba-Geigy produz na Europa outra droga semelhante, seguindo a mesma idéia de liberação gradual, com o nome de Trioladrem, enquanto na Grécia é produzido o Omnadren. A dosagem para homens varia de 250 a 750 mg por semana. Mulheres não utilizam a droga.. 1.8. Undecilenato de boldenone Apesar de ser uma droga de uso exclusiva- mente veterinário, há muitos anos foi descoberta pelos fisiculturistas e, desde então, vem sendo uti- lizada para aumento de força e volume. Parece ser uma droga bastante anabólica, mas muito pouco androgênica, moderadamente tóxica ao fígado e com baixo nível de aromatização. O undecilenato de boldenone tem efeito similar ao da Deca, po- rém menos anabólico mas com ação um pouco mais prolongada devido à adição de um átomo de carbono em sua estrutura. Alguns atletas obtêm um físico bastante denso com administração fora de temporada e pré-competição também. Algumas versões como o EX-POIS e o Max Power à princí- pio produzido na Holanda, e o Equipoise, produzi- do à princípio pela SOLVAY, nos EUA, o Stanazol na Austrália e o Nabolic Strong na Argantina são encontradas no mercado negro no Brasil, mas a autenticidade é duvidosa. Aqui é produzido o Equi- fort. A dosagem para homens varia de 150 a 300 mg por semana, enquanto para mulheres a dosa- gem varia entre 50-100 mg por semana. 1.9. Fluoximesterona - Halotestin O Halotestin só é utilizado nas últimas sema- nas que antecedem o campeonato por ser um es- teróide muito tóxico ao fígado e causar sérias mu- danças no temperamento de muitos usuários. O objetivo de sua utilização é o de aumentar o nível de andróginos no organismo enquanto estiver rea- lizando supercompensação de carboidratos; tem, como característica principal o poder de não reter líquido. O Halotestin, no momento, parece estar sendo produzido somente pela UPJOHN.
  • 11. A dosagem para homens varia de 10 a 20 mg por dia; mulheres não utilizam esta droga. 1.10. Oximetolona Esta droga é conhecida como o esteróide oral mais poderoso que um culturista pode administrar. Recentemente o medicamento foi retirado das pra- teleiras no Brasil ou produzido por outro laborató- rio com o nome de Hemogenin. É produzido em vários outros paises com o nome de Anadrol ou Anapolon. Ele pode ocasionar um rápido ganho de força e volume muscular; mas, devido à sua alta toxidade ao fígado, por ser um 17-alfa alquelado a dose e o ciclo de utilização devem ser limitados, pois sua utilização em dose muito elevada pode tornar salientes os efeitos colaterais. Um único comprimido vem com a dosagem de 50 mg, mas não é por isto que a oximetolona é muito efetiva como pensam alguns. Paradoxalmente, em dosa- gem inferior a droga não funciona bem, pois não se liga eficientemente ao receptor celular. O mesmo não acontece com a oxandrolona, que vem em doses de apenas 2 mg e o stanozolol em 5 mg. Mesmo em dosagem menor, é de praxe o acompanhamento com o Nolvadex ou Arimidex para limitar alguns efeitos colaterais. Mulheres não utilizam esta droga. Contrário a crença da maioria que só utilizam a oximetolona em fase fora de temporada, esta droga vem sendo utilizada por alguns atletas na Europa em fase pré-competição com a crença de que a mesma aumentará o volume sangüíneo sendo utilizado preferencialmente o Arimidex ao invés do Tamoxifeno como inibidor de aromatase para a droga. O dosagem para homens deve variar de 1 a 2 comprimidos e distribuída durante o dia. O tem- po de uso não ultrapassa 5 semanas e o intervalo mínimo entre administrações deve ser de 6 a 8 semanas. 1.11. Trembolone - Parabolan Este esteróide, de ótima reputação, só era produzido na França; há alguns anos sua fabrica- ção foi interrompida, mas em 1996 o laboratório Negma voltou a produzí-lo na Bélgica mas tam- bém foi descontinuado. No momento, não se tem notícia de que alguém esteja fabricando esta dro- ga de forma confiável, apesar de se ter notícias de princípios ativos vindos supostamente da Rússia mas a natureza é altamente duvidosa. Por algum tempo a forma veterinária (Finajet) pode ser adqui- rida nos EUA. Outra versão bizarra é o veterinário (Finaplix-H) o qual deve ser literalmente “cheira-
  • 12. do” e aparentemente fácil de conseguir em alguns lugares na Europa. É um esteróide injetável, deri- vado da 19-nortestosterona, a mesma derivação da Deca-Durabolin; por isto ambas as drogas têm efeitos similares. Usado em dosagens adequadas, é uma das drogas favoritas para a preparação pré- competição, tendo em vista que o efeito androgê- nico do Parabolan promove excelente efeito cos- mético ou seja, vascularização e alta densidade muscular sem retenção hídrica aparente. A super- dosagem tende a aromatizar como a maioria dos esteróides. O Parabolan também pode ser utiliza- do com sucesso em fase de aumento de volume muscular, desde que administrado com outro este- róide altamente androgênico. A dosagem masculina varia de duas a três am- polas por semana (cada ampola contém 76 mg)e, se for administrado sozinho, não há necessidade de acompanhar com o uso de Nolvadex. Isto só é necessário se a administração for realizada em conjunto com outro esteróide androgênico que re- tenha muita água, como Anabol e Hemogenin. A dosagem feminina é reduzida a ½ ampola por se- mana ou 1 ampola a cada duas semanas. 1.12. Gonadotrofina coriônica humana - HCG Esta é uma droga que provoca a fertilização (ovulação) em mulheres com dificuldade para en- gravidar. O HCG é elaborada a partir da purificação da urina de mulheres grávidas, que naturalmente é rica neste hormônio. A função desta droga no ho- mem usuário de esteróides anabólicos é a de esti- mular a produção natural de testosterona após um ciclo prolongado de esteróides ou no meio deste, através do envio de um falso sinal ao testículo pre- venindo, assim, o fechamento da produção natural de testosterona e a atrofia dos testículos. Já que este não é um hormônio masculino, ele acaba por imitar o LH (Luteinizing Hormone), que é um esti- mulador da produção de testosterona presente no organismo. Mesmo sem a administração do HCG, a produção de testosterona, a princípio, voltaria ao normal ao longo do tempo de qualquer forma após cessar o ciclo de esteróides exceto dentre aqueles que já se tornaram estéreis pelo mal uso prolonga- do dos esteróides. Porém, este sinal enviado em função da presença do HCG no organismo, apres- sa o processo. Pensa-se que esta droga pode ser utilizada no meio ou durante o ciclo de esteróides para adicio- nar mais testosterona natural aos esteróides admi- nistrados artificialmente, podendo aumentar assim os ganhos de força e volume muscular, mas como o estímulo inibitório continua acionado durante um ciclo, esta estratégia é considerada duvidosa. Por
  • 13. outro lado a maciça elevação dos níveis de andró- genos, possivelmente promovida por esta combi- nação, pode ocasionar a salientação dos efeitos colaterais, de forma que o uso de Nolvadex e ou Proviron pode ser medida útil para aliviar tais sin- tomas. Existe relato de que o uso de HCG pode elevar em até 500% a produção natural de testosterona em alguns homens após ciclo. Como ponto nega- tivo, há uma teoria que relaciona o uso continuo e prolongado de HCG com o fechamento definitivo do mecanismo natural de produção de testostero- na no homem. Para ficar do lado seguro da ponte é conside- rado conveniente utilizar esta droga em períodos não superiores a 2 ou 3 semanas com duas ou três injeções intramusculares por semana, num to- tal de 6.000 a 10.000 UI semanais. Recentemente tem-se utilizado injeções subcutâneas de 50 a 75 UI a cada 2 ou 3 horas durante o dia, pelo período de 2 a 3 semanas, no meio de um ciclo prolonga- do de esteróides e ao final do mesmo. O efeito parece ser excelente, mas o incômodo de realizar de 6 a 9 aplicações por dia, mesmo com o uso da agulha de insulina, parece ser coisa para doido! Mulheres não fazem o uso desta droga a não ser que queira engravidar. 1.13. Mentelona - Primobolan Este esteróide, produzido pela Shering, na Eu- ropa, podia vir na forma oral e injetável: eram os famosos comprimidos de 50 mg. Mas a sua produ- ção foi descontinuada em 1993, só restando o de concentração de 25 mg e a forma injetável DEPOT com 100mg/ml. O Primobolan é atualmente o fa- vorito para a preparação pré-competição por pro- duzir densidade muscular em dieta para perda de gordura e líquido subcutâneo. A maioria dos atle- tas prefere versão injetável pois a administração é semanal; porém, alguns se utilizam da versão oral para os dias que antecedem a competição. O Pri- mobolan é também o esteróide favorito das atletas do sexo feminino. A dosagem oral varia de 1 a 3 comprimidos por dia para mulheres e de 4 a 8 comprimidos por dia para homens. A versão injetável varia de 50 a 100 mg por semana para mulheres e de 200 a 400 mg por semana para homens. 1.14. Mesterolona - Proviron Este é um esteróide anti-aromatizante não tó- xico; também não tem propriedades anabólicas e é utilizado por sua ação similar ao Nolvadex. Não bloqueia os citos receptores de estrógenos, como
  • 14. faz o Nolvadex, mas evita que os esteróides aro- matizem. Muitos atletas utilizam o Proviron em conjunto com o Nolvadex, num esforço para redu- zir os efeitos colaterais. Como ponto negativo, o Proviron parece competir com os esteróides ana- bólicos por citorreceptores no músculo, reduzin- do o efeito anabólico dos esteróides. O Proviron costuma ser utilizado por culturistas de ambos os sexos, não só por evitar a ginecomastia, mas tam- bém por aumentar a densidade muscular. A dosagem é de 1 a 3 comprimidos ao dia sen- do, que esta variação depende da intensidade dos efeitos colaterais. Se utilizado em conjunto com o Nolvadex, muitas vezes 1 comprimido diariamen- te parece ser o suficiente, sendo esta formulação a preferida por evitar a saturação dos receptores celulares. 1.15. Testosterona suspensão Esta droga é assim denominada porque deve ser agitada para que os cristais se misturem à so- lução baseada em álcool desidratado e clorofór- mio. A Testosterona suspensão só tem atividade por cerca de 24 horas no organismo, senão ape- nas de algumas horas, antes que seja eliminada, principalmente pela urina. Este esteróide é mui- to utilizado por levantadores olímpicos e basistas para aumentar o potencial de força logo antes de treinamento ou competição. A dosagem varia de 50 a 100 mg por dia. As mulheres não utilizam esta droga. 1.16. Stanozolol - Winstrol Este esteróide pode vir na versão oral e inje- tável em diluente aquoso; é pouco androgênico e moderadamente anabólico, não promovendo aro- matização nem retenção hídrica. Porém, em altas doses, pode ser tóxico ao fígado principalmente o de via oral. O Winstrol é bastante controverti- do no mundo do culturismo. Enquanto algumas pessoas experimentam ganhos de força e volu- me, outras afirmam que comprar Winstrol é perda de tempo e dinheiro. Talvez nem todos tenham os receptores específicos para este componente químico. De qualquer forma, o Winstrol é mais utilizado em fase de definição, quando se busca densidade sem correr o risco de acumular líquido subcutâneo e é normalmente administrado com o Parabolan ou o Primobolan. Esta combinação também pode ser utilizada no meio de um ciclo longo de esteróides quando se deseja dar uma pausa nos esteróides mais an- drogênicos e manter o máximo possível de peso e diminuir os efeitos colaterais dos esteróides mais
  • 15. androgênicos. O Winstrol injetável também pode ser utilizado para aplicações locais nos músculos mais deficientes, numa tentativa de aumentar o volume dos mesmos, assim como se fazia com o descontinuado Esiclene. Como a droga, mesmo a injetável, é um 17 alfa-alquelado, algumas pessoas consideram a hi- pótese de administrar o líquido via oral ao invés de injetá-lo, já que o mesmo não deverá ser destruído pelo fígado. Porém, como sempre, empiricamen- te, conta-se uma perda de até 20% da substância quando administrada desta forma. Obviamente atletas mais radicais injetarão o produto. Neste caso, costuma se utilizar de ½ ml por ponto de aplicação sendo alvos comuns os bíceps, tríceps e panturrilhas. A dosagem para homens varia de 16 a 30 mg/dia na forma oral e de 150mg a 350 mg por semana em tomadas divididas na forma injetável. Para mulheres, a dose varia de 4 a 8mg por dia na forma oral e de 50 a 100 mg por semana em tomadas divididas na forma injetável. 1.17. Citrato de clomifeno - Clomid Esta é uma droga originalmente destinada para melhorar a fertilidade em mulheres, pois a medica- ção estimula o processo de ovulação através do bloqueio da ação dos estrógenos no organismo feminino através da elevação do LH ( Hormônio Luteinizante ) e FSH ( Hormônio Folículo Estimu- lante ) o que no organismo masculino acabará por estimular a produção natural de testosterona, o que pode ser bem vindo ao final de um ciclo de esteróides quando tende a ocorrer uma diminui- ção drástica na produção natural de testosterona. Sintomas como dores de cabeça, náusea, tontura e visão turva podem acompanhar a administração desta droga. Homens tendem a utilizar a dosagem de 50 a 100 mg por dia durante o período de 4 a 6 sema- nas ou 100mg por 2 a 3 semanas e mais 50 mg por mais 2 ou 3 semanas. Alguns preferem combi- nar o Clomid com o HCG para acelerar o retorno da produção natural de testosterona. 1.18. Efedrina-cafeína-aspirina Esta combinação vem sendo utilizada com bons resultados por culturistas para aumentar o efeito termogênico do corpo, sendo que a combi- nação é utilizada na seguinte proporção 1:10:15. Ou seja, 20 mg de efedrina, 200 mg de cafeina e 300 mg de aspirina com a freqüência de três a quatro vezes por dia. A Efedrina tal como o Clem-
  • 16. buterol, é um medicamento destinado a pessoas asmáticas sendo derivado de uma erva denomina- da ephedra e um de seus efeitos é o aumento da temperatura corporal, o que pode ajudar a queimar gordura. A cafeína na proporção adequada funcio- na como um agente sinergista, ou seja, aumenta o efeito termogênico da efedrina enquanto a aspirina retarda ou interfere na produção de prostaglandis que dentre outras ações, reduz o efeito termogê- nico da combinação efedrina/cafeína. Dentre as contra-indicações para o uso da efedrina estão a hipertensão e doenças cardíacas. Vale mencio- nar que a efedrina foi banida de alguns estados norte-americanos por ter sido relacionada com al- guns óbitos, provavelmente por superdosagem da substância. Em outros estados só é vendida para pessoas maiores de 18 anos. 1.19. L-triidotironina sódica - Cynomel O Cynomel é uma produção sintética do hor- mônio da tiróide T3. Ele é utilizado para acelerar o metabolismo e principalmente aumentar a lipólise (queima de gordura) em fase de definição. Alguns atletas testemunham ser possível ficar mais denso mesmo ingerindo mais calorias e ao mesmo tempo manter mais massa magra quando se administra o T3. Como efeito colateral mais sério, o Cynomel pode ocasionar o fechamento definitivo da produ- ção de T3, se utilizado por longo período de tem- po, ocasionando assim uma doença denominada de hipotiroidismo. O Cynomel é normalmente uti- lizado em combinação com o Clembuterol ocasio- nando assim um efeito sinergista com surpreen- dente queima de gordura. O período de utilização desta droga ficaria entre 6 e 8 semanas para ho- mens com dosagem diária de 25 a 50 microgra- mas por dia e de 4 a 6 semanas para mulheres com dosagem de 12.5 a 25 microgramas por dia para mulheres. A interrupção da utilização do Cy- nomel deve ser gradual e ocorrer por um período de 2 a 3 semanas para que possa se restabelecer a produção natural deste hormônio. Interrupções bruscas podem causar baixa vertiginosa no me- tabolismo basal provocando com isso rápido acú- mulo de gordura. 1.20. Cloridrato de clembuterol - Clembuterol Este é um medicamento destinado a pacien- tes asmáticos. Clembuterol é um beta-2 agonista, sendo que a sua função é abrir áreas obstruídas e com isso facilitar a respiração. Ocorre que sempre que uma droga se afina muito com a célula recep- tora, esta se torna resistente quando esta é mui- to utilizada. Já o efeito termogênico da efedrina
  • 17. (anteriormente) parece ser mais longo, apesar de não ser tão potente, por duas razões: 1) efedrina não tem alta afinidade com o receptor e 2) efedri- na não é um beta 2-específico. No mundo do culturismo o Clembuterol vem sendo utilizado por ter efeitos anti-catabólico além de efeito lipotrópico. O Clembuterol não elimina gordura através do mecanismo comum de acele- ração do metabolismo, como a afedrina e drogas para a tiróide. De fato, o Clembuterol ativa as célu- las gordurosas marrom. Estas células estão usual- mente dormentes, mas quando ativadas queimam as células gordurosas brancas o que torna a pele mais fina e os músculos mais visíveis. Como ana- bólico ou anti-catabólico o Clembuterol não é tão potente como os esteróides anabólicos porém, pode aumentar significativamente a massa magra e a força em alguns atletas enquanto em outros não provoca qualquer mudança na massa magra. Parece que a droga pode promover efeito similar às inervações em fibras musculares que foram le- sadas de suas inervações naturais e vem sendo utilizado em pacientes acometidos de danos neu- rais o que é normalmente associado com grande perda muscular, o que em parte explicaria o po- der desta droga no aumento muscular em alguns. Parece que tal como acontece com relação aos esteróides anabólicos, algumas pessoas têm mais receptores sensíveis a esta droga do que outras, mas esta é uma questão genética. Uma das desvantagens do uso do Clembute- rol é o maciço fechamento dos receptores mencio- nados anteriormente, ou seja, o Clembuterol pas- sa a não mais promover os efeitos desejados. Isto ocorre quando o medicamento é muito utilizado. Para evitar o fechamento dos receptores procura- se utilizar o Clembuterol 2 dias sim 2 dias não. Os efeitos colaterais diferem de pessoa para pessoa, sendo que o mais comum são dores de cabeça, tremores, taquicardia, e agitação. Usual- mente os efeitos colaterais desaparecem duas ou três semanas de uso. A dose varia de 2 a 6 comprimidos de 0.02mg por dia; dois dias sim, dois dias não. A dosagem depende da intensidade dos efeitos colaterais e da taxa de fechamento dos citos receptores que cada indivíduo observa. Para que haja uma adaptação gradual deste químico no organismo inicia-se a administração gradualmente: Suponha que a dosagem de manu- tenção seja de 4 comprimidos de 0.02mg por dia. Desta forma, no Dia 1 administra-se 1 comprimi- do, no Dia 2 administra-se 2 comprimidos, no dia 3, 3 comprimidos e no dia 4, 4 comprimidos. Dá-se 2 dias de intervalo e prossegue o esquema de dois
  • 18. dias sim dois dias não. Os comprimidos costumam ser administrados um a um em horários diferentes evitando tomada antes do horário de dormir para evitar um sono conturbado e difícil e logo antes do treino para se evitar sobrecarga no coração. Mais recentemente alguns atletas vêm utilizando outro esquema para burlar o fechamento de recepto- res específicos ou sub-regulação administrando o clembuterol no regime de uma semana sim outra não. Na semana de não administração também não se utiliza efedrina ou nenhum outro stimulante do sistema nervoso central (SNC) tal como a ca- feína por ser uma crença dar descanso completo para o SNC. 1.21. Citrato de tamoxifeno - Nolvadex Esta droga tem como função principal o com- bate dos tumores de mama em homens e mulhe- res. Por ter ação bloqueadora de estrógenos, é usada por alguns culturistas para evitar problemas como ginecomastia, retenção hídrica e formação de tecido gorduroso específico feminino. Estes efeitos ocorrem quando os níveis de estrógenos em indivíduos do sexo masculino é muito baixo e passa a predominar os andrógenos. O Nolva- dex age através do bloqueio dos citos receptores de estrógenos. É importante salientar que tem-se observado em pessoas que utilizam esta droga por prolongado período de tempo o desenvolvi- mento de câncer uterino e de fígado. O Nolvadex normalmente começa a ser utilizado de 2 a 4 se- manas antes de se iniciar um ciclo de esteróides para criar uma base de bloqueio dos receptores de estrógenos e só se pára após 2-4 semanas da interrupção do ciclo de esteróides. A dosagem de- pende da intensidade dos efeitos colaterais que o atleta manifesta podendo variar de 10 mg a 40 mg por dia. Mulheres seguem as mesmas recomen- dações. Apresentação: Comprimidos de 10 mg ou 20 mg produzidos no Brasil pela ICI. Este é um dos medicamentos mais caros que se pode encontrar em uma farmácia exceto em sua forma genérica ou quando manipulado. 1.22. Aminoglutademida - Orimetene ou Cytradem Esta droga é utilizada como substância anti- catabólica por bloquear o cortizol. É levemente anti androgênica e anti estrógena. Originalmen- te é uma droga destinada a pessoas que sofrem de câncer de mama e da síndrome de Cushing na qual o indivíduo acometido produz cortizol em excesso. Normalmente é utilizada durante perío-
  • 19. do fora de temporada alternando 30 dias de uso com 30 dias de descanço, e em fase logo antes da competição para auxiliar a manutenção da massa muscular durante dieta de definição. Como sendo um bloqueador de cortizol, não deve ser adminis- trado initerruptamente. É demonstrado que após um curto período de utilização initerrupta o orga- nismo reagirá a baixa produção de cortizol e irá liberar um outro hormônio ACTH (adrencorticóide) e fará com que o organismo retome a produção normal de cortizol tornando a Aminoglutademida inútil. Pode reduzir o apetite, causar depressão, dores de cabeça e queda do metabolismo. Jamais deve ser utilizado por mulheres ou com álcool. A dosagem usual é de dois tabletes de 250 mg por dia em doses divididas dois dias sim dois dias não com 12 horas de intervalo entre administração para evitar a ação do ACTH. 2 A PODEROSA E POR VEZES PERNICIOSA INSULINA A insulina é um hormônio produzido no pân- creas, sendo o hormônio regulador do metabo- lismo energético mais importante do organismo. Exerce múltiplas ações sobre o metabolismo e o crescimento celular. A insulina transporta prote- ínas (aminoácidos) e carboidratos (glicose) para várias células do corpo. Em termos simples, quando tomamos um copo de suco de laranja, este suco é processado pelo seu sistema digestivo e transformado de frutose em uma forma de açúcar simples denominado de glicose. O aumento da concentração de glucose no sangue provoca a secreção da insulina per- fundida em 30-50 segundos. Não é só a ingestão de açucares que provoca a liberação de insulina, como muitos ainda pensam; os aminoácidos pro- venientes da ingestão de proteínas também acio- nam a insulina, mas em quantidade menor.
  • 20. A quantidade de insulina liberada na corrente sanguínea é proporcional à quantidade de alimen- to ingerido e também é relativa ao tipo de alimento que se consome. Esta resposta é plotada em um gráfico denominado índice glicêmico. Carboidratos complexos tais como a batata, arroz e macarrão têm baixo índice glicêmico, enquanto carboidratos simples como açúcar de mesa e glicose têm alto índice glicêmico. Mas afinal, depois de todo este tecnicismo, qual é a real importância deste hormônio para nos culturistas ? Ocorre que a insulina tem um efeito anabóli- co e anti-catabólico: anabólico porque aumenta o transporte de aminoácidos, principalmente os de cadeia ramificada (BCAA), para dentro do mús- culo e anti-catabólico porque previne a quebra de proteínas intramusculares. A síntese de glicogênio também depende da insulina para transportar a glicose para dentro do músculo, a fim de promover recuperação tecidual após exercício físico. Estes efeitos da insulina criam um perfeito ambiente me- tabólico para o crescimento e reparação tecidual. Mas ainda não é tão simples assim; ocorre que a insulina pode ser uma faca de dois gumes, ou de dois legumes, como dizem alguns culturistas mais chucros. Isto porque a insulina pode estimular o armazenamento de gordura e a produção de lipo- proteína lipase (LPL), uma enzima que também trabalha no armazenamento de gordura. Quando aumentam os depósitos de gordura, tanto a insu- lina quanto a LPL são liberadas mais facilmente e em maior quantidade. Por outro lado, a ausência de níveis adequados de glicose no sangue promove a liberação de um outro hormônio, também produzido no pâncreas, denominado glucagon. Insulina e glucagon são de- nominados de hormônios contra-regulatórios, por- que se opõe um ao outro. Quando a concentração de insulina cai, a de glucagon se eleva, ou seja, quando os níveis de glicose no sangue são baixos, o glucagon entra em cena. Ocorre que o glucagon é um hormônio catabólico que irá quebrar tecido para fornecer energia que o corpo necessita para se manter. O glucagon irá promover a degradação de glicose restante e de gordura e, como a cons- trução de músculos é secundária, será muito difícil aumentar a sua massa muscular. Mas como controlar a insulina a meu favor ? Existem regras simples a serem seguidas para que se utilize todo o potencial da insulina como agente anabólico e anti-catabólico e evitar o arma-
  • 21. zenamento de gordura. a) Escolha corretamente os alimentos: consuma alimentos de baixo índice glicêmico durante o dia para manter energia constante na corrente sanguínea, evitando a oscilação de insulina, o que pode causar rompantes de fome, armaze- namento de gordura e hipoglicemia. b) Como o exercício tem efeito tampão sobre a insulina, você tem a possibilidade, de durante o treino, fazer o uso de bebidas de alto índice glicêmico como o Glico Dry, Glico Gel (linha AGE), Gatorade e o Marathon. Estas bebidas normalmente, além de glucose, são enriqueci- das com minerais e algumas vitaminas. Mas, se o seu orçamento estiver em baixa, um copo de água e duas colheres de chá de dextrose será o suficiente para ajudar em dia de treina- mento rigoroso. c) Já que, aproximadamente, até 90 minutos após o término do treino, o corpo tem uma capaci- dade enorme de absorver nutrientes, é muito conveniente que se eleve os níveis de insulina para aproveitar todo o seu potencial. Desta for- ma, após o treino é importante que se continue a ingerir líquidos energéticos e que se realize uma refeição altamente protéica, muito baixa ou zero em gordura e rica em carboidratos. Esta fórmula é infalível para uma explosão de insulina e aproveitamento de todo o seu potencial para direcionar os aminoácidos diretamente para dentro da célula muscular. Lembre-se de que, nesta fase, a gordura tam- bém tem a sua utilização otimizada pela insulina e a LPL;, portanto não ingira gordura nesta refeição. Gorduras também são importantes para culturis- tas, principalmente as gorduras essenciais (EFAs), mas este assunto é melhor discutido em nutrição. Aprendemos como nos beneficiar natural- mente deste poderoso hormônio, estimulando e controlando a sua secreção na hora certa. Agora, estudaremos como determinadas substâncias po- dem auxiliar os culturistas a salientar os efeitos da insulina indiretamente e também com a adminis- tração de insulina injetável. A primeira substância que analisaremos é o cromo, um mineral relacionado com o metabolis- mo da glicose e possivelmente um co-fator da in- sulina. Experiências realizadas em ratos, com ad- ministração de dietas baixas em cromo, promove- ram os sintomas de diabetes que desapareceram após a administração deste mineral. Estimulada por estas evidências, a indústria de suplementos para atletas passou a propagar o uso de cromo na forma picolinato, num esforço para salientar os
  • 22. efeitos anabólicos da insulina. Pode ser que a ad- ministração deste mineral funcione para pessoas com deficiência de cromo, mas eu particularmente não conheço nenhum estudo que comprove mu- danças significativas na composição corporal de fisiculturistas que fazem uso de picolinato de cro- mo. Talvez valha a pena suplementar a dieta com este mineral. A próxima substância é o vanádio, mineral que entre outras atividades, exerce papel semelhante ao da insulina (insulin-like effect), proporcionando maior tolerância à glicose, influenciando o meta- bolismo glicolítico e lipídico, além de diminuir a concentração plasmática do colesterol. O vaná- dio na forma sulfato vem sendo administrado por culturistas com efeito melhor do que o picolinato de cromo, afirma quem já utilizou os dois comple- mentos. O sulfato vanádio parece aumentar as reservas de glicogênio intracelular, tornando os músculos mais volumosos. Mas não é assim tão simples; tal como a insulina, este mineral parece, também, ter o poder de armazenar gordura. Desta forma, o melhor é controlar o consumo de gordura quando se administra este mineral. A dose normalmente utilzada de sulfato vaná- dio é de 30-45mg por dia, dividida em 3 ou 4 ad- ministrações diárias após as refeições, para evitar distúrbios estomacais e hipoglicemia. A superdo- sagem é tóxica, ocasionando distúrbios gastroin- testinais e coloração verde azulada da língua. É aconselhável, ainda, que a administração deste mineral seja ciclada: 8 semanas de administração e duas semanas de intervalo. Acredito que necessitamos mais estudos cien- tíficos comparativos entre estes dois minerais. Taí uma boa idéia para tese de mestrado dos CDF’s. O último recurso que analisaremos é o uso de insulina injetável por atletas. Mas, antes de seguir- mos em frente, é primordial salientar que a admi- nistração de qualquer medicamento deve ser reali- zada sob a supervisão de um médico especialista, o qual irá determinar as necessidades do cliente, bem como regular a dosagem e/ou interromper a administração. A auto-medicação é perigosa e em se tratando de insulina, o erro poderá ser fatal. As informações aqui contidas são baseadas no que vem sendo utilizado por atletas que normal- mente têm um ótimo respaldo técnico, condições de treino excelente e rigoroso controle nutricional. Portanto, não brinque com a sua vida; este é o bem mais precioso que você possui. A insulina é um medicamento originalmente utilizado por pessoas diabéticas porque não pro- duzem insulina em quantia adequada ou porque as suas células não reconhecem a insulina. No
  • 23. mundo do fisiculturismo, este hormônio está sen- do utilizado por aqueles que desejam aumentar de volume muscular, bem como para definição e densidade. A insulina, como já estudamos, é poderosa como agente metabolizador protéico, mas, em contrapartida, pode estimular o armazenamento de gordura. Sendo assim, como é que poderia ser utilizada como otimizador de densidade e defini- ção, principalmente antes das competições? Explicamos já. Antes vamos estudar alguns fundamentos: Existem dois tipos básicos de insulina: 1) Insulina regular, que tem ação rápida e ini- cia a sua atividade logo após a administração; sua duração aproximada é de 6 horas, mas o pico de ação fica entre 1 e 2 horas após a aplicação. 2) Insulina lenta, que tem um tempo de ação intermediário; seu efeito inicia cerca de 1 a 3 horas após a aplicação, atingindo um efeito máximo entre 6 a 12 horas. Mas pode ficar no sistema por aproximadamente 24 horas sendo que este tipo de insulina é mais imprevisível quanto ao horário de pico, podendo, ainda, ter vários por dia. Existem diferentes fontes de insulina: pode ser de fonte suína, bovina, uma mistura de ambas e humana. A insulina humana é idêntica em estrutu- ra àquela produzida pelo nosso pâncreas e difere muito pouco das insulinas de origem animal. Mas os atletas comentam que existem diferentes rea- ções quando mudam a fonte de insulina. Todos os tipos devem ser armazenadas na geladeira, mas não congeladas e, também, precisam ser protegi- das do efeito da luz. Quando em desuso por várias semanas, o frasco deve ser abandonado. A insulina vem sendo utilizada em bases regu- lares por atletas que desejam um benefício extra deste hormônio. Estes atletas injetam a quantida- de certa na hora certa e mantém um controle nu- tricional rigoroso para evitar hipoglicemia severa e também armazenamento de gordura. O pâncreas naturalmente já libera insulina quando aumentam os níveis de glicose na corrente sangüínea, a fim de manter um equilíbrio glicêmico. Mas, quando a insulina extra é injetada, os níveis de açúcar po- dem baixar muito e ocasionar a hipoglicemia. Se um atleta desavisado fizer aplicação de insulina logo de manhã cedo e só se alimentar de carboi- dratos complexos, não terá glicose suficiente na corrente sangüínea na hora em que a insulina der o seu pico. Os sintomas de hipoglicemia característicos
  • 24. são: sudorese excessiva, fraqueza, perturbações visuais, tremores, dores de cabeça, falta de ar, náuseas, coma e a morte. Para evitar tais sintomas, parece ser conve- niente o consumo de 10 gramas de carboidrato simples (glicose) para cada UI (unidade interna- cional) de insulina regular (lenta), administrada cerca de 30 minutos após a injeção. Se um atle- ta injetou 10 UI, meia hora após, ele consumiria cerca de 100 gramas de glicose. Se o atleta tiver fazendo uso de insulina lenta, deverá se alimentar rigorosamente a cada duas horas e meia com uma mistura de carboidratos para garantir o controle da hipoglicemia. Ainda assim, deve se prevenir, le- vando alimentos doses no bolso, tais como balas, chocolates e pastilhas de glicose em caso de hi- poglicemia eminente. Lembre-se da característica imprevisível da insulina lenta. A vantagem da sua aplicação é que sempre que o atleta fizer uma re- feição, lá estará a insulina para drenar glicose e os aminoácidos para dentro da célula. É óbvio que o atleta não irá ingerir apenas carboidratos; terá também, que manter uma die- ta rica em proteínas para que aproveite todos os benefícios da insulina no armazenamento protéi- co. O consumo de gorduras saturadas tem que ser muito limitado, mas deverá ser garantindo o consumo de gorduras essenciais (EFAs) como os óleos de peixe. É conveniente lembrar que o uso de insulina é incompatível com dietas pobres em carboidratos (dieta muito preconizada recen- temente para fisiculturistas) o que evidentemente ocasionaria rapidamente um quadro hipoglicêmico e muito possivelmente a morte. Um certo atleta de meu conhecimento resol- veu flertar com a insulina. Apesar de estar cons- ciente dos perigos, conhecer a correta dosagem e os mecanismos de seu funcionamento, realizou uma aplicação, numa determinada tarde de verão do tipo 40 graus. Prostrado em função da aerobio- se que tinha feito no período da manhã e pelo ca- lor do verão, resolveu esperar os 30 minutos antes da ingestão de carboidratos, que deveria seguir a aplicação da insulina, no conforto de sua cama. Cansado, caiu no sono e, quando percebeu, os sintomas de hipoglicemia, que já estavam adian- tados. Começou a se debater na cama, mas não podia movimentar-se a ponto de sair do quarto e pedir socorro. Quando o pai, que estava na sala, notou uma movimentação no quarto, correu e ob- servou o filho em péssima condição. Sem poder melhorar o seu estado, rapidamente o levou para o hospital mais próximo. Segundo narrativas, o atleta já estava em coma quando o seu parceiro de treino, notificado do fato pela mãe do atleta, correu para o hospital e
  • 25. esclareceu para que fosse injetada glicose, pois o atleta havia administrado insulina . Por pouco não foi a óbito. Vejam, poderia não haver ninguém na casa ou mesmo um amigo confidente que pudes- se ajudar no diagnóstico e salvar uma vida. Muitos outros atletas já passaram muito mal e estiveram à beira da morte e outros, infelizmente, já se foram desta vida em função do uso de insulina. Moral da história: Mesmo conhecendo tudo sobre o mecanismo da insulina,a droga apresenta sérios riscos; o que dizer daqueles que não têm qualquer conhecimento sobre a droga !!! Mas, e o seu uso como droga pré-compe- tição? A insulina é utilizada junto com a dieta pré- competição naquela fase em que o atleta realiza a supercompensação de carboidratos após a fase de depleção. Só para resumir: antes das competi- ções, os culturistas sérios realizam uma dieta es- pecial, que consiste da depleção de carboidratos por alguns dias. Nestes período (de 4 a 6 dias), os atletas não consomem nenhum ou quase nenhum carboidrato, enquanto continuam a treinar a todo vapor e todo ou quase todo o glicogênio armaze- nado no corpo é gasto. Há 3 dias da competição, o atleta passa a ingerir generosas quantias de car- boidratos. Daí, o corpo depletado de carboidratos, irá re armazená-los por um mecanismo natural de auto-proteção: irá super-compensar as células, tornando-as mais volumosas e os músculos mais aparentes. A insulina, neste caso, costuma ser utilizada com o objetivo de drenar ainda mais os carboi- dratos ingeridos para dentro da célula muscular. Ocorre que se o atleta, nesta fase, não consumir quantidades suficiente de carboidratos, irá com- petir mais parecido com um faquir indiano . Por outro lado, se consumir muito carboidrato, o ex- cesso acabará por reter líquido subcutâneo, o que comprometerá a definição e assim o atleta pode- rá parecer mais com um balão inflado ou com o Fat Bastard do Austin Powers. A insulina poderá garantir que todo o carboidrato consumido seja drenado para dentro da célula, ocasionando um surpreendente efeito quanto à definição e volume muscular! Mas lembre-se a insulina, neste caso, só é utilizada na fase de supercompensação e jamais quando houver depleção de carboidratos. Dieta ri- gorosa e muito bem balanceada é fundamental. Não faça loucuras.
  • 26. 3 O MISTIFICADO GH No meio médico, o GH é conhecido como so- matotropina, hormônio secretado pela glândula pi- tuitária. Este é um potente hormônio anabólico que afeta todo o corpo humano, tendo funções como o crescimento muscular, ligamentar e cartilaginoso, influencia na textura da pele, estimula a lipólise e outros efeitos. O GH não atua diretamente sobre os tecidos e, sim, por intermédio da geração de um mensa- geiro que age causando a proliferação de tecidos ou em conjunto com outras substâncias. Esta fa- mília de mensageiros é chamada de insulin growth factors (IGFs). A secreção normal do GH no corpo humano é estimada entre 0.4 e 1.0 miligramas (mg) por dia em homens adultos. A produção ocorre durante as 24 horas do dia e pode ser estimulada por uma va- riedade de condições, entre elas: exercício físico (principalmente o de alta intensidade), o sono, es- tresse, algumas drogas como o Glucagon, L-Dopa, Propanalol, GHB e GABA e certos aminoácidos. O GH é rapidamente metabolizado no fígado e tem uma vida ativa no sangue de aproximada de 17 a 45 minutos, mais uma razão pela qual é, quase impossível detectar o GH em exames anti-doping. No meio esportivo, o GH é conhecido como uma espécie de droga de elite pelo seu alto pre- ço, mas também é cercado de incertezas quanto ao seu elevado poder anabólico e de “fritador de gorduras”. Talvez este último seja o principal mo- tivo de tanto interesse recente entre mulheres e homens que treinam pesado. O GH também leva a fama de ser muito efetivo no fortalecimento do tecido conjuntivo, cartilagens e tendões, sendo muito popular entre alguns atle- tas de esportes que exigem muito destes tecidos. Existem muitas estórias de pessoas que con- seguiram montanhas de músculos e consumiram quilos de gordura às custas do GH. Tenham a cer- teza de que estes comentários são muito exage- rados; mas como normalmente onde há fumaça há fogo, alguma verdade existe nestas inúmeras estórias. Na verdade, a ciência não tem respostas pre- cisas sobre como certos hormônios funcionam no corpo humano. A maioria dos estudos é realizada em animais e em culturas de laboratório, portanto,
  • 27. inconclusivos. Alguns estudos originais sobre es- teróides anabólicos são verdadeiros compêndios de bobagens. Baseados nestes primeiros estu- dos, muitos profissionais afirmavam, há apenas alguns anos, que estas drogas simplesmente não funcionavam para melhorar a performance atlética ou aumento da massa muscular. Fora do meio científico, há muito tempo atle- tas sabiam da eficiência destas drogas, mas ape- nas recentemente, após 30 anos de utilização, é que pesquisas confirmam que os esteróides ana- bólicos realmente tornam as pessoas maiores e mais fortes. Professores e doutores: sabemos que alguns de vocês perderam o trem da história e ou- tros até caíram no chão; outros, ainda, se retrata- ram porque tiveram humildade para isto. É por isto que sempre recomendamos para que leiam artigos científicos atentamente, mas que observem os fa- tos empíricos também. A verdade de hoje pode ser a incorreção de amanhã. Pois bem, voltando ao GH, como terapia para o embelezamento e melhora na performance atlética, baseados no underground do culturismo, sabemos que esta droga, se administrada separadamente não produz efeito expressivo. Ela é utilizada, nor- malmente, em combinação com a insulina, e algum esteróide anabólico mais androgênico, bloqueado- res de cortisol, além dos hormônios da tiróide. Hoje, em função de uma maior demanda, pa- rece que a oferta desta droga se tornou maior, o que obviamente fez com que os preços, antes es- tratosféricos, baixassem substancialmente. Num passado não distante, era comum encontrar falsi- ficações, algumas grosseiras. Existiu um culturista na Inglaterra que fazia ciclos de GH totalmente de graça e ainda ganhava alguns trocos para com- prar esteróides. O safado, tipo de gente que se encontra em qualquer lugar, administrava o GH e substituía o pó liofilizado por açúcar de confeiteiro e o líquido diluente por água destilada e reven- dia o produto por preço maior do que pagara pelo original. Existem falsificadores que substituem o liofilizado por HCG e lactose. Com a queda do preço do original, estas malandragens vêm sendo desestimuladas. O GH parece ter um efeito anabólico muito ele- vado apenas quando administrado em associação com outras drogas, especialmente com aquelas que tamponam a ação do cortizol. Alguns culturis- tas profissionais utilizam a associação do GH com os esteróides anabólicos e/ou com a aminogluta- demida (Orimitene). Quando a dosagem do GH é mais elevada ou a pessoa apresenta tendência ao aumento da resistência à insulina, tende-se a aplicar insulina exógena em conjunto com o GH também. Normalmente dosagens maiores do que
  • 28. 4 UI por dia já requerem insulina; a utilização do hormônio da tireóide (T3) na associação parece completar a mágica. O T3 provoca diversas facilitações anabólicas como: aumento na secreção natural de GH, super regulação dos receptores de GH e IGF-1, e ação termogênica. Os desavisados talvez queiram exa- gerar na dose deste hormônio e poderão cair num abismo. É bom frisar que o T3 deve ser mantido em dose normal elevada e não em dose supra-fi- siológica. Um pouco a mais ou um pouco a menos pode ocasionar um profundo desequilíbrio home- ostático no organismo, como aumento de gordu- ra corporal rapidamente como ação rebote ao se descontinuar a droga, perda de massa muscular quando a dose é muito elevada, até o fechamento definitivo da produção natural de T3, tornando a pessoa dependente da droga pelo resto da vida. Só o exame laboratorial pode indicar o nível do T3: níveis até 450-480 pg/dl são aceitáveis. As- sim, é possível um ótimo efeito sinergista, permi- tindo, ainda, ao atleta, ingerir mais calorias sem engordar, mantendo um percentual de gordura muito baixo. Vejam que o GH requer condições especiais para que faça efeitos positivos e expressivos. Doses menores parece trabalhar bem: apro- ximadamente 2 aplicações de 2 UI quatro dias na semana ,ou mesmo, doses de 2 UI cinco vezes por semana. Dosagens maiores parecem traba- lhar melhor. Muitos profissionais em off season utilizam cerca de 2 X 3 UI (6 UI por dia) a 5 X 2 UI (10 UI por dia) durante 5 dias seguidos e 10 dias de inter- valo. Normalmente nos dias de aplicação do GH utilizam cerca de 15 a 8 UI de insulina 15 minutos antes da aplicação do GH e cerca de 50 a 75 mcg de T3, obviamente acompanhado do ciclo de este- róides. (A insulina pode matar e o T3 pode torná-lo eternamente dependente da droga!!!) Um determinado Mister Olympia me confessou que utilizava uma única aplicação de GH por se- mana pois, segundo ele, após ter usado muito GH de forma convencional, provavelmente teria ocor- rido em seu organismo tamanha super-regulação de receptores que uma única dose por semana já faria o milagre. Ele parecia sério a este respeito, o que somado à sua massa muscular, me levou a pensar. A mesma recomendação foi passada a um jovem culturista profissional, que em pouco tempo de carreira, se qualificou para o Olympia. Vejam que nestas informações do under- ground não existe quase nada de científico; talvez a dosagem única semanal tenha sido baseada em
  • 29. algumas propostas de tratamento contra o enve- lhecimento aplicado em geriatria, ou foi apenas em decorrência dos processos de tentativa e erro. En- fim, quem irá tentar? A responsabilidade deve ser individual e não coletiva; o que não podemos é ser tratados como eternos adolescentes oligofrênicos a quem nada pode ser revelado ou comentado. Sabe-se, nos bastidores da musculação, que se deve parar com a administração do GH de 3 a 4 dias antes da competição, pois este hormônio tende a reter líquido. Deve-se evitar a aplicação do GH nos horários em que ocorrem picos naturais, ou seja, de manhã cedo ao acordar, logo antes de dormir, ao contrá- rio do que muita gente pensa, e logo após o trei- no. Os melhores horários, normalmente coincidem com o meio do período da manhã, meio do perío- do da tarde e uma hora após o treino. Observem que o GH é contra regulatório à insulina; ou seja, quando a insulina está baixa, o GH está elevado e vise-versa. Em hipoglicemia produzimos mais GH, mas quando a insulina está em alta, como logo após uma refeição, o GH estará baixo, ou seja, é uma boa hora para administrá-lo. Veja porque a insulina é utilizada quando se faz muito GH. Mulheres reagem bem com a metade da do- sagem de GH, tal como acontece com os esterói- des anabólicos? O GH pode apresentar alguns efeitos colate- rais que podem colocar a vida em risco. Mesmo após a fase do crescimento, este hormônio pode fazer crescer alguns ossos mais planos que ain- da apresentam resquícios de tecido cartilaginoso, como os ossos frontais, a mandíbula e as falan- ges. O crescimento ósseo e espessamento do tecido conjuntivo pode provocar a Síndrome do Túnel de Carpo. Existe, também, a associação de GH com a ocorrência de certos tipos de câncer. Como o GH causa resistência à insulina, também pode causar hipoglicemia e diabetes. De novo, por isto normalmente é utilizado com aplicações simultâneas de insulina, principalmente quando a dosagem é mais elevada. Tecidos vitais como o fígado, baço e coração também aumen- tam de tamanho, já que o hormônio age também na musculatura lisa, com exceção dos olhos e cé- rebro. Alguns fisiculturistas profissionais parecem estar grávidos, tamanha a protusão abdominal causada pelo óbvio abuso do GH. Imaginem se, além disso ficassem, zolhudos e cabeçudos ? Como podemos observar, o GH é um hor- mônio que necessita de muitos cuidados na sua administração em função de sua complexidade,
  • 30. sendo que, mesmo no underground da muscula- ção profissional existem diferentes sugestões nas formas de administração. Talvez o grande segredo esteja na correta associação e isto é algo muito individual em termos de dosagem e escolha das drogas. Acreditamos, que nesta altura do campeona- to, já alertamos o suficiente quanto ao problema ocasionado pela auto-medicação. Mas vale a pena lembrar que drogas farmacológicas só devem ser dosadas e prescritas por médicos especialistas. O nosso objetivo é apenas informativo e jamais indu- zir à utilização de medicamentos. 4 ENTENDENDO A MEIA VIDA DAS DROGAS Os esteróides anabólicos são acoplados em cadeias carbônicas denominadas ésteres, que têm como objetivo aumentar a sua meia vida. A meia vida de um esteróide refere-se ao intervalo de tempo necessário para que metade da droga seja metabolizada. Quando uma droga tem meia vida de 12 horas, isso significa que depois desse tempo a sua concentração em nosso sistema cai pela metade sendo que a quantidade restante não estará mais em condição de cumprir sua tarefa apropriadamente. Por exemplo: O decanoato de nandrolona tem uma meia vida em torno de 15 dias, pois na sua composição existe uma cadeia carbônica (és- ter) com 10 cabonos. A forma cipionato e enan- tato possui meia vida de 9 a 12 dias. O enantato é prescrito em alguns países como contraceptivo masculino, de forma que o usuário deve fazer apli- cações semanais da droga para não engravidar
  • 31. a parceira. A forma propionato possui meia vida em torno de 4.5 dias. Já drogas como o Durates- ton possui uma combinação de diferentes ésteres que garantem liberação gradual e pode ficar no sistema por até 4 semanas mas sua meia vida é de aproximadamente 15 a 18 dias. Já as drogas orais possuem uma cadeia carbônica muito curta, e possui meia vida contada em horas e não em dias. Se alguém aplicar 100 mg de decanoato de nandrolona após 15 dias a concentração desta droga cairá para aproximadamente 50 mg, mais 15 dias para 25 mg e assim sucessivamente caso uma nova aplicação não seja feita. Ao planejar um ciclo, o entendimento da meia vida das drogas é fundamental, pois se não for assim o usuário poderá, dentre outros enganos, estar se mantendo no ciclo durante todo o ano sa- lientando assim todos os possíveis efeitos colate- rais. Esta informação também pode contribuir para que o ciclo planejado não tenha muita flutuação de drogas no sistema e possa ser mantida concentra- ção sanguínea mais estável. Meia vida aproximada de alguns esteróides anabólicos injetáveis: Decanoato de nandrolona 15 dias Undecilenato de boldenone 16 dias Mentelona 10.5 dias Durateston de 15 a 18 dias (1) Cipionato 12 dias Enantato 10.5 dias Propionato 4.5 dias Testosterona aquosa 1 dia Stanozolol 1 dia (2) (1) A Durateston é um composto dos seguintes ésteres com suas respectivas meias vidas apro- ximadas: Decanoato 15 dias Fenilpropionato 4.5 dias Isocaproato 9 dias Propionato 4.5 dias (2) O Stanozolol possui uma meia vida atípica comparada a outras drogas injetáveis, pois seus cristais dissolvem lentamente, mas, tão logo te- nham dissolvido, a concentração da droga declina rapidamente.
  • 32. Meia vida aproximada de alguns esteróides anabólicos orais: Oximetolona de 8 a 9 horas Oxandrolona 9 horas Metandrostenolona de 4.5 a 6 horas Stanozolol oral ou injetável administrado oralmente 9 horas (ler Dicionário do Mal) Meia vida aproximada de algumas drogas não esteróides anabólicos: Cloridrato de clembuterol 1.5 dias Citrato de clomifeno 5 dias Aminoglutademida 6 horas Efedrina 6 horas T3 10 horas 5 OS CICLOS IMPORTANTE É conveniente salientar que os exemplos que apresentamos têm respaldo em estratégias utiliza- das por alguns atletas e que não existe qualquer ci- ência relacionada a estes ciclos. O que segue são exemplos de estratégias puramente empíricas não havendo qualquer garantia de segurança quanto à manutenção da saúde. Em nenhum momento, afirmo que dada substância é completamente se- gura. O meu objetivo é puramente o de informar e auxiliar as pessoas mais expostas e vulneráveis às drogas. Toda droga possui riscos conhecidos e desconhecidos a curto, médio ou longo prazo; algumas, inclusive, podem provocar óbito. Conheço alguns ex-culturistas profissionais, que mesmo após terem abandonado as compe- tições, mantêm-se felizes. Sentem-se orgulhosos pelas suas incursões vitoriosas no mundo da mus- culação e vivem muito bem sem a enorme massa corporal do passado porque passam a focalizam a
  • 33. vida de outra forma. Quem pode afirmar queArnold não é mais feliz agora por que não é mais gigan- tesco? E Dorian, ele mesmo me disse que agora leva uma vida muito mais relaxante porque não tem mais o stress das competições, mas dá muito valor pelo que conquistou, logicamente. Enfim, es- tas pessoas certamente não se tornaram menos homens. Tudo é uma questão de focalização. Se você é mais jovem, não pense que o tempo não passará. Às vezes os mais jovens são incon- seqüentes demais e desprezam as pessoas mais experientes, quando na verdade deveriam ouvi- las e respeitá-las. É simples: quem tem 50 anos já teve 20 um dia, mas quem tem 20 não sabe se um dia terá 50. Não é assim? Eu digo isto porque sei que muitos jovens ime- diatistas, que querem ficar fortes logo, não importa como, poderão ir direto para este capítulo e tentar resolver o seu problema sem a devida estratégia, ou mesmo, sem dar chances primeiro à genética. Estas pessoas devem ser contidas e estimuladas a pensar antes de tomar decisões que poderão afetar toda uma vida. Escrevo honestamente sobre estas drogas para ajudar e informar, não para estimular a admi- nistração de drogas sem prescrição. São informa- ções baseadas em muitos anos de relação com esportes competitivos profissionais, principalmen- te a musculação. Portanto, leiam todo o conteúdo dos livros Musculação Anabolismo Total e Mus- culação Além do Anabolismo e outras fontes que tratam do assunto antes de fazerem loucuras in- conseqüentes. De fato, não podemos sonegar in- formações, mesmo as que vêm do underground, como a maioria das informações deste livro. Ou você é destes que acha que tudo que é de pon- ta é publicado em qualquer revista para que todo mundo saiba e que todo o conhecimento tem uma pesquisa científica a lhe dar respaldo?? Existe uma crença que a combinação de es- teróides funciona melhor do que a utilização de apenas um deles em separado. Se por um lado esta crença parece ser indiscutível, por outro é certo que determinadas combinações, apesar de aparentemente produzirem melhores efeitos, também podem salientar os efeitos colaterais. Podemos citar como exemplo a combinação de drogas muito androgênicas como oximetolona e cipionato de testosterona. Pessoas que estão utilizando estas drogas combinadas podem pare- cem bolhas de água ambulantes prontas a desen- volver uma bela ginecomastia e demais efeitos colaterais caso não adotem medidas preventivas. Se a combinação contiver algo como nandrolona e stanazolol os efeitos colaterais não serão tão pronunciáveis.
  • 34. Mais uma história da vida real. Conheci um culturista que administrava, via oral ou injetável, todas as drogas nas quais conseguia colocar a mão. Não pensava em dar um intervalo, na meia vida dos produtos ou sequer na sua origem. Na verdade, não ligava para a saúde, sendo que a maior parte do dinheiro que ganhava se destinava à aquisição de drogas e que se danassem outras necessidades e pessoas que viviam ao seu lado. Durante algum período, o nosso herói as aves- sas conseguiu ganhar bastante peso e admiração de algumas pessoas. passando a sentir-se mais confiantes e mais “macho”. Porém, depois de al- guns meses, o seu dinheiro acabou e, com isto, o seu mega ciclo. O indivíduo entrou em depressão, o que passou a catabolizar ficando menor do que eram antes do ciclo. Tornou-se vítima de comentá- rios pejorativos vindo das mesmas pessoas que o haviam elogiado anteriormente. Para sair do paradoxo, guardou todo o dinhei- ro que podia até conseguir comprar mais drogas. Ganhou peso novamente e resolveu continuar no ciclo indefinidamente, como uma espécie de de- letéria vingança pessoal. Em função do abuso os efeitos colaterais passaram a salienar-se: era ób- vio o armazenamento de gordura sexual feminina e ginecomastia, que podia ser observadoa por de- baixo da roupa. Nos primeiros meses o “culturista” exibia orgulhoso o seu corpo. Mas com os efeitos colaterais, as camisetinhas sem mangas usadas pelo “atleta” tornaram-se camisas com mangas e os shorts se tornaram calças para esconder as anomalias. Para sua sorte, acreditem, o dinheiro se tornou escasso novamente. Aí o nosso “atleta” se deparou com uma armadilha e uma importante questão em sua mente altamente perturbada. Como parar agora com as drogas e conti- nuar a ser homem ? Obviamente sem a devida resposta e dinheiro, o nosso “atleta” teve que parar com as drogas e com o seu fisiculturismo. Alguns anos após o ci- dadão reapareceu, já casado. Muito abatido me disse que sofria de oligospermia e não podia en- gravidar a mulher e queria que eu indicasse algum médico que pudesse tratá-lo. Mesmo atletas mais informados, que perma- necem por muito tempo em ciclo de esteróides e tomam o devido cuidado para retornar a produção natural de testosterona durante o próprio ciclo - com aplicações de HCG ou drogas como Clomid e demais medidas para evitar efeitos colaterais - se deparam com uma armadilha ao final de um ciclo prolongado, pois sabem que ao parar perderão boa parte da massa muscular conquistada.
  • 35. Qualquer pessoa que decida entrar em um ci- clo de drogas deve, no mínimo, assumir as possí- veis conseqüências e pelo menos planejar o ciclo do início ao fim. Para isto, é necessário saber a meia vida de cada droga para poder parar na hora certa. Se a pessoa resolve utilizar Durateston num ciclo de oito semanas, deve administrar a última dose da droga ao final da quarta semana, porque Durateston tem meia vida de 4 semanas. Nas se- manas finais, seria conveniente mudar para dro- gas com meia vida menor, como o propionato de testosterona ou algumas drogas orais que perdu- ram por horas apenas. Existem pessoas que se entopem de drogas nas primeiras semanas; algumas moléculas ocu- pam os receptores específicos e o restante perma- nece no sistema pronunciando efeitos colaterais. O primeiro ponto importante seria manter do- ses relativamente baixas e estáveis.O segundo ponto importante é utilizar ciclos curtos de prefe- rência. Acredito ser mais inteligente subir uma es- cada degrau por degrau, vagarosamente, do que tentar subir rapidamente, mas quando estiver qua- se no final, escorregar e cair de bunda no chão. Observem que as drogas permanecem no sis- tema por algum período ocupando os receptores celulares, mas o nosso organismo irá eliminar as drogas dos receptores desde que cessada a ad- ministração. Esta eliminação ocorre de forma bas- tante ágil mas de acordo com seu próprio compas- so. Algumas drogas, como vimos, permanecem no sistema por mais tempo que outras. Os receptores deveriam estar livres para receber novas molécu- las ao final de um ciclo. Se o ciclo é de 8 semanas, ao final da oitava semana os seus receptores de- veriam estar liberados, quem sabe para um novo ciclo. 1. Ciclo curto Existe uma tendência mais recente, difundida entre atletas experientes, como os profissionais, em fazer ciclos mais curtos. Apenas os mais in- conseqüentes insistem em ciclos muito longos, mas esta é uma prática cada vez menos comum. Um ciclo curto tem um período de 8 a 10 se- manas. Com 5 a 6 semanas de administração de drogas e de 3 a 4 semanas de intervalo pelo menos. No intervalo o atleta não utiliza esteróides anabóli- cos. Este tipo de ciclo permite menores intervalos de descanso entre ciclos. Lembram-se do exemplo da escada? Este tipo de proposta calca-se em escalar degrau por degrau, pacientemente. Antes que o seu processo homeostático tenha que corrigir qualquer desequilíbrio, a pessoa cai fora, como uma bateria de artilharia que atira suas
  • 36. granadas no terreno e se desloca o mais rápido possível antes que granadas do exército inimigo o atinja de volta. Exemplo de ciclos curtos Observação: Em todos os ciclos as doses são normalmente divididas em várias aplicações se- manais e aplicadas em locais diferentes do cor- po observando as melhores técnicas de higiene e assepsia utilizando-se seringas e agulhas des- cartáveis e aplicadas em locais adequados e al- ternados para evitar inflamação e infecções. Por exemplo: Se a dosagem semanal é de 150 mg de Deca Durabolin e 750 mg de Durteston por sema- na, a mesma pode ser dividida assim: Segunda feira: 50 mg de Deca durabolin e 250 mg de Durateston em uma só seringa ( pa- rece que a mistura de ambas diminui o processo doloroso de uma aplicação composta de apenas Durateston) Quarta feira: a mesma dosagem Sexta feira: a mesma dosagem para comple- tar a dosagem semanal Ou seja, as dosagens normalmente são dividi- das em várias aplicações durante a semana com a crença adicional de se utilzar diversos locais geo- gráficos do corpo por desejar uma circulação mais homogênea das drogas por todo o organismo, muito embora esta crença contrarie a explicação fisiológica acadêmica de que as drogas circularão igualitariamente o corpo da mesma forma, não im- portando onde seja aplicada. Exemplo 1 Semana Deca Durabolin Durateston 1 200 mg 750 mg 2 150 mg 500 mg 3 100 mg 250 mg 4 100 mg 250 mg 5 50 mg ---- Este é um tipo de combinação muito comum entre aqueles que estão começando. Para pesso- as absolutamente iniciantes, a metade das dosa- gens pode ocasionar ganhos espetaculares. Lem- brem-se de que quanto mais próximo do início, maior é a magnitude dos ganhos. Mulheres jamais devem se envolver com esta categoria de drogas, pois os efeitos colaterais seriam muito salientes.
  • 37. Intervalo de 3 a 4 semanas antes de iniciar outro ciclo é o mais prudente se for utilizado Clomid à partir da sexta semana e pelo período de 3 a 4 semanas para auxiliar o retorno da produção na- tural de testosterona principalmente para aqueles que desejam fazer novo ciclo em seguida (ver o Clomid no pequeno dicionário do mal). Se nenhu- ma substância de re-estimulação da produção de testosterona for utilizada o intervalo respeitado é maior: de 6 a 9 semanas. Verifica-se o uso de tamoxifeno ou Arimidex para minimizar os efeitos colaterais. Exemplo 2 Semana Boldenone Cipionato Stanozolol 1 200 mg 400 mg 2 200 mg 400 mg 3 100 mg 200 mg 100mg / 3 dias (a cada 3 dias) 4 100 mg ---- 100mg / 3 dias 5 --- ---- 50mg / 3 dias Este ciclo elaborado com 3 drogas procura ocupar o es- paço deixado pela encerramento da droga de meia vida mais longa (cipionato) por uma de meia vida menor (stanozolol), mantendo um efeito anabólico durante todas as semanas do ciclo. O Boldenone tem efeito similar ao da Deca, porém com menor retenção hídrica. O período de intervalo observado é de 3 a 4 semanas e o uso de Clomid é a opção para aqueles que desejam partir para outro ciclo.
  • 38. Exemplo 3 Semana Durateston Deca durabolin Propionato Stanozolol 1 750 mg 2 750 mg 200 mg 3 ---- 200 mg 100 mg/3dias 4 ---- 200 mg 100 mg/3dias 5 ---- 100 mg 100 mg/3dias 100mg/3dias 6 ---- ---- 50 mg/3dias 50mg/3dias De novo: a droga de meia vida maior cessa enquanto é substituída pelas de meia vida menor (propionato e stanazolol). O intervalo e uso de Clomid obedece os exemplos anteriores Exemplo 4 Semana Deca Durabolin Durateston Pimobolan Propionato 1 200 mg 750 mg 2 200 mg 750 mg 3 200 mg 250mg 100 mg / 2dias (a cada 2 dias) 4 100 mg ---- 100 mg / 2dias 5 100 mg ---- 100mg / 2dias 100mg / 2dias 6 ---- ---- 50mg / 3dias Novamente, observamos o cessar progressivo das drogas de meia vida maior.
  • 39. Exemplo 5 Semana Deca Durabolin Durateston Stanozolol Oximetolona 1 200 mg 750 mg 2 200 mg 500 mg 3 200 mg 250 mg 4 100 mg ---- 100mg / 3dias 2 comp / dia 5 --- ---- 100mg / 3dias 2 comp / dia 6 --- ---- 50mg / 3dias 1 comp / dia Neste exemplo é utilizada a oximetolona, que é uma droga oral de meia vida curta, sendo administrada a partir da quarta semana, a fim de manter o nível anabólico com a diminuição da de meia vida maior. Com utilização controlada da oral mais tóxica, a exposição aos efeitos colaterais é menor. Exemplo 6 (ciclo pesado para ganho de massa) Semana 1 Deca durabolin 200 mg Durateston 1.000 mg Arimidex 2 mg por dia ou 40 mg de tamoxifeno Aldactone 25 mg em dias alternados Semana 2 Deca durabolin 200 mg Durateston 750 mg T3 25 mcg todos os dias GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes por dia 15 minutos antes da aplicação do GH Arimidex 2 mg por dia ou 40 mg de tamoxifeno Aldactone 5 mg em dias alternados
  • 40. Semana 3 Deca durabolin 200 mg Stanozolol 100 mg a cada 2 dias T3 50 mcg todos os dias GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes por dia 15 minutos antes da aplicação do GH Arimidex 2 mg por dia ou 40 mg de tamoxifeno Semana 4 Stanozolol 100 mg a cada 2 dias Propionato 100 mg a cada 2 dias (alternanado com o stanazolol) T3 50 mcg por dia GH 2 Ui 3 vezes por dia (dia sim dia não) Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes ao dia 15 minutos antes da aplicação do GH Arimidex 2 mg por dia ou 40 mg de tamoxifeno Semana 5 Stanozolol 100 mg a cada 2 dias Propionato 100 mg a cada 2 dias T3 50 mcg todos os dias GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes por dia 15 minutos antes da aplicação do GH Arimidex 1 mg por dia ou 20 mg de tamoxifeno T3 25 mcg a cada 2 dias Semana 6 Stanozolol 100 mg a cada 2 dias Propionato 100 mg a cada 2 dias T3 75 mcg todos os dias GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não Insulina regular 8 - 10 UI 3 vezes por dia 15 minutos antes da aplicação do GH Arimidex 1 mg por dia ou 20 mg de tamoxifeno T3 25 mcg a cada 2 dias Este é um ciclo que utiliza uma combinação maior de drogas. Como sabemos toda vez que é utilizado mais drogas a exposição aos efeitos co- laterais se salientam. É preciso manter controle estratégico e periodicidade, bem como as refei- ções tecnicamente programadas e treino intenso. Existem alguns idiotas preguiçosos que não con- sideram necessário mais treinar, na esperança de que somente as drogas venham a fazer o milagre. Coitados. Quem utiliza insulina, deve tomar o cuidado de administrar ao menos 10 g de glicose com proteína para cada UI de insulina regular (rápida) aplicada,
  • 41. de 30 a 40 minutos após a aplicação. Perdendo esta refeição o usuário poderá estar correndo ris- co de vida! Normalmente, a insulina é aplicada 15 minu- tos antes da dose de GH, sendo os melhores ho- rários 1 hora após o treino, no meio do período da manhã e no meio do período da tarde, coincidindo, normalmente com os horários em que não há pico natural de liberação deste hormônio. Quando a do- sagem de GH é dividida em 3 aplicações diárias a primeira vem acompanhada e 10 UI de insulina, a segunda de 8 UI de insulina e a terceira de 6 UI de insulina. Nesta caso, a função da insulina é evitar resistência a insulina e até diabetes e não apenas o efeito anabólico da mesma já que insulina e GH têm efeito contra regulatório. As dosagens de T3 são rigorosamente admi- nistradas e descontinuadas. Este é uma droga de alto risco, podendo ocasionar um grande desequi- líbrio hormonal no corpo todo e dependência de- finitiva da droga! Após a última semana a droga é descontimuada progressivamente. O diurético das primeiras semanas tem como objetivo evitar muita retenção hídrica. Apesar do Aldactone ser uma droga mais amena, ainda apre- senta riscos; a melhor opção é ficar com diuréticos naturais. Os esteróides, como nos exemplos anterio- res, são substituídos gradualmente por drogas de meia vida menor nas últimas semanas. As do- sagens de esteróides utilizadas neste ciclo são bem elevadas; mas dosagens ainda mais eleva- das não são incomuns entre alguns profissionais. Neste caso, aumenta-se mais a dosagem dos anti-aromatizantes. Exemplo 7 (ciclo pesado para definição) Semana 1 Boldenone 200 mg Propionato 100 mg a cada 2 dias Tamoxifeno 20 - 40 mg por dia T3 75 mcg por dia GH 4 UI dia sim dia não Semanas 2 e 3 Idem semana 1 Semanas 4 e 5 Propionato 100 mg 3 vezes por semana Stanozolol 100 mg 3 vezes por semana Tamoxinefo 20 - 40 mg por dia T3 50 mcg por dia GH 2 UI dia sim dia não
  • 42. Semana 6 Propionato 100 mg 2 vezes por semana Stanozolol 100 mg 2 vezes por semana Tamoxifeno 20 – 40 mg por dia T3 25 mcg por dia Neste ciclo são evitadas todas as drogas que possam ocasionar maior retenção hídrica; a Nan- drolona é substituída por Boldenone. Drogas como stanazolol, propionato, a oral oxandrolona e men- tenolone são as escolhas mais convencionais. O uso de T3 e do GH obedece as mesmas in- dicações do exemplo anterior o acompanhamento com a insulina pode ser mais uma opção. 2. Ciclo médio Neste tipo de ciclo, o usuário fica mais ex- posto aos efeitos colaterais das drogas. Quanto à intensificação dos efeitos anabólicos, não creio que este tipo de ciclo traga vantagem, comparado empiricamente com ciclos curtos e ao final do pe- ríodo de um ano; mas tem pessoas que preferem assim. Um ciclo médio tem a duração de 12 a 15 semanas, ao final das quais, os receptores devem estar totalmente livres. São 8 a 9 semanas com utilização de drogas e 4 a 6 semanas de intervalo, pelo menos, antes de um novo ciclo.
  • 43. Exemplo 1 Semana Deca durabolin Durateston Stanozolol 1 200mg 1.000mg 2 150mg 750mg 3 100mg 500mg 4 50mg 100mg / 2dias (a cada 2 dias) 6 100 mg / 2dias 7 100 mg / 2 dias 8 50mg / 2 dias Pensa-se que em um ciclo como este, as doses iniciais do es- teróide mais androgênicos (Durateston) “tornaria” os receptores ce- lulares mais ávidos para a droga mais fraca, no caso o stanozolol, a qual aproveitaria a super regulação dos receptores. O objetivo é chegar ao final da série mais denso e não inflado como uma bolha. O acompanhamento com o citrato de tamoxifeno é observado para evitar o pronunciamento dos indesejáveis efeitos colaterais.
  • 44. Exemplo 2 Semana Nandrolona Durateston Propionato 1 200mg 750mg 2 200mg 750mg 3 200mg 750mg 4 200mg 500mg 5 200mg 250mg 100mg / 2dias 6 100mg ---- 100mg / 2dias 7 50mg ---- 100mg / 3dias 8 --- ---- 50mg / 3dias Neste ciclo mais prolongado, a Durateston é diminuída progressi- vamente e substituída pelo propionato. Para curto período de intervalo entre ciclos, faz-se o uso de Clomid por três ou quatro semanas a iniciar logo após o término da série. Caso contrário, um período maior de in- tervalo passa a ser mais conveniente.
  • 45. Exemplo 3 Semana Nandrolona Cipionato Propionato Oximetolona 1 200mg 600mg 2 200mg 600mg 3 200mg 400mg 4 200mg 400mg 100mg / 2dias 5 100mg ---- 100mg / 2dias 100mg / dia 6 100 mg ---- 100mg / 2dias 100mg / dia 7 50 mg --- 100mg / 3dias 100mg / dia 8 ---- ---- 50mg / 3dias 50mg / dia Neste ciclo, a dosagem inicial mais elevada de cipionato é pro- gressivamente substituída pelo proprionato e pela oral oximetolona. Neste caso, as orais entram no final do ciclo, ao contrário de que muita gente realiza ao aplicá-las no início do ciclo para obter uma reação mais rápida inicialmente. Neste caso, o objetivo é manter o efeito anabólico mais estável durante o ciclo. Observem que a oximetolona é administrada por 4 semanas, não mais, em função de sua toxidade. Se fosse administrada no início do mesmo ciclo, provocaria uma sobrecarga maior ao fígado em função do cipionato, que apesar de injetável, é uma das drogas mais tóxicas. Quem usa muito cipionato, normalmente, apresenta pele e o branco dos olhos amarelados.
  • 46. Exemplo 4 Semana Nandrolona Durateston Boldenone Stanozolol Oxandrolona 1 200mg 750mg 2 200mg 750mg 3 200mg 500mg 4 100mg 500mg 100mg 5 --- 250mg 200mg 100mg / 3dias 6 --- --- 200mg 100mg / 3dias 9 comp / dia 7 --- --- 100mg 100mg / 3dias 9 comp / dia 8 --- --- ---- 100mg / 3dias 9 comp / dia 9 --- --- --- 50mg / 3dias 6 comp / dia Neste ciclo, a Durateston e a Nadrolona são substituídas por drogas que retêm menos líquido. A tendência deste ciclo é propiciar inicialmente aumento de força e volume muscular; e, ao final, a manutenção do volume e o favo- recimento para maior densidade e definição, desde que a alimentação seja devidamente balanceada.
  • 47. 3. Ciclo Longo Ciclos longos, com mais de 10 semanas com aplicação de drogas, caíram em desuso: mas inda são utilizados nas vésperas de competições, sen- do que a última semana coincide com a semana do dia D (o dia do show). Desnecessário falar so- bre os riscos ainda maiores não é? Exemplo: Semana 1 Nandrolona 200mg Durateston 1.000mg Arimidex 2mg por dia ou 40mg de tamoxifeno GH 2 UI 2 vezes por dia, dia sim dia não Insulina regular 10 UI 2 vezes por dia logo após o GH Semana 2 Nandrolona 200 mg Durateston 750 mg Arimidex 2 mg por dia ou 40mg de tamoxifeno GH 2 UI 2 vezes por dia, dia sim dia não Insulina regular 10 UI 2 vezes por dia logo após o GH Semana 3 Idem semana 2 Semana 4 Nandrolona 100 mg Durateston 500 mg Boldenone 100 mg Arimidex 2 mg por dia ou 30 mg de tamoxifeno GH 2 UI 2 vezes por dia, dia sim dia não Insulina regular 10 UI 2 vezes por dia logo após o GH Semana 5 Boldenone 100 mg Propionato 100 mg a cada 3 dias Stanozolol 100 mg a cada 3 dias Arimidex 2 mg por dia ou 20 mg de tamoxifeno Semana 6 Idem semana 5 Semana 7 Idem semana 6 Semana 8 (volta GH e insulina) Boldenone 100 mg Propionato 100mg a cada 3 dias Stanozolol 100mg a cada 3 dias Arimidex 2 mg por dia GH 2 UI 2 vezes por dia, dias sim dia não Insulina regular 10 UI 2 vezes por dia, logo após a insulina
  • 48. Semana 9 Boldenone 100 mg Propionato 100 mg a cada 3 dias Stanozolol 100 mg a cada 3 dias GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não Insulina regular 10 UI 3 vezes por dia, logo após a insulina T3 50mcg Orimitene 2 X 250 mg dois dias sim dois dias não Semana 10 Stanazolol 100mg a cada 2 dias Oxandrolona 9 comprimidos por dia em 3 tomadas Tamoxifeno 30 mg por dia GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dias não Insulina 10 Ui 3 vezes por dia, dia sim dia não T3 50 mcg Orimitene 2 X 250mg dois dias sim dois dias não Semana 11 Stanozolol 100mg a cada 2 dias Oxandrolona 9 comprimidos por dia em 3 tomadas Tamoxifeno 30 mg por dia GH 2 UI 3 vezes por dia dia sim dias não Insulina 10 Ui 3 vezes por dia dia sim dia não T3 75 mcg Orimitene 2 X 250mg dois dias sim dois dias não Semana 12 (a semana da competição) Stanozolol 100mg/2 dias até o dia da competição (dia D) Oxandrolona 9 comprimidos por dia até o dia D Tamoxifeno 30 mg por dia até o dia D GH 2 UI 3 vezes por dia, dia sim dia não até 4 dias antes do dia D T3 75 mcg (diminuir progressivamente nas duas semanas subseqüentes) Orimitene dois dias sim, dois dias não Este é um ciclo longo, que se não o matar, o tornará uma peneira ao final. Aproveitando-se do grande número de aplicações, alguns atletas que utilizam deste recurso procuram localizar as aplicações em áreas por eles desejadas, muitas vezes misturando os anabolizantes com óleos de aplicação local, aumentando assim os riscos de infecção e abscessos. Em ciclos longos como este são também comuns sintomas de desinteresse se- xual. Talvez dai venha a história de que marombei- ro é broxado e tem um pau pequeno (na verdade, o que atrofia são os testículos e não o tamanho do pênis). Por isto, alguns administram HCG ou Clomid no meio do ciclo para re-estimular a pro- dução de testosterona, o que por outro lado pode intensificar os efeitos da conversão da testostero- na em diidrotestosterona e progesterona. Vejam
  • 49. que flertar com drogas é um negócio cheio de armadilhas aqui mencionadas e outras que se- quer sabemos, por isto são armadilhas. No início, são administradas drogas off sea- son e nas semanas finais, logicamente, drogas pre contest. O GH somente deve ser usado na última fase acompanhado do T3, pois seria abrir muito a guarda para o “Demo” usar hormônio da tiróide no começo também. Observem que o GH não é utilizado nos últimos dias que antecedem o dia D, pois este trabalha contra a definição muscu- lar. Poucos sabem, mas o GH também retém um pouco de líquido. Ao final destas intermináveis 12 semanas, é conveniente aos impetuosos diminuírem progres- sivamente as dosagens, principalmente a de T3 e dar um bom período de descanso para o pobre organismo. Logicamente, este é também um pro- cedimento não indicado. Se for impossível ficar longe das drogas, é melhor iniciar o processo pré- competição na semana 5 do exemplo, após o de- vido intervalo de um possível ciclo anterior. O uso de Clomid e HCG é observado para retomada da produção natural de testosterona. Ciclo curto para mulheres que desejam ganhar volume muscular Observação: Muitas mulheres parecem se beneficiar em termos anabólicos de aplicações exclusivas de stanozolol com uma aplicação de 50 mg com o intervalo de 3 a 5 dias entre aplica- ções pelo período de 4 a 8 semanas e intervalo de pelo menos 6 semanas entre ciclos. Estas não estão livres de mudanças no temperamento, acne e outros efeitos colaterais mesmo em doses mais baixas. Semana 1 Nandrolona 50 mg Stanozolol 50 mg a cada 3 dias GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI uma hora após treino Tamoxifeno (Nolvadex) 10 mg por dia Semana 2 Nandrolona 50 mg Stanozolol 50 mg a cada 3 dias GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI uma hora após treino Tamoxifeno 10 mg por dia
  • 50. Semana 3 Nandrolona 50 mg Stanozolol 50 mg a cada 3 dias GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI uma hora após treino Tamoxifeno (Nolvadex) 10 mg por dia Semana 4 Nandrolona 25 mg Stanozolol 50 mg uma vez na semana Tamoxifeno 10 mg por dia Ciclo Curto para Mulheres pré-competição Semana 1 Stanozolol 50 mg a cada 3 dias GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI uma hora após treino 5 vezes por semana Insulina regular 5 a 8 UI 15 minutos antes da aplicação do GH T3 (cynomel) 25 mcg todos os dias Semana 2 Stanozolol 50 mg a cada 3 dias GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI uma hora após treino 5 vezes por semana Insulina regular 5a8UI15minutosantesdaaplicaçãodoGH T3 50 mcg todos os dias Semana 3 Stanozolol 100 mg a cada 3 dias GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI uma hora após treino 5 vezes por semana Insulina regular 5a8UI 15minutosantesdaaplicaçãodoGH T3 50 mcg todos os dias Orimitene (aminoglutademida) 250 mg dois dias sim dois dias não até o dia D (dia da competição) Semana 4 Stanozolol 100 mg a cada 3 dias GH 1 UI no meio do período da manhã e 1 UI uma hora após treino 5 vezes por semana Insulina 5a8UI 15minutosantesdaaplicaçãodoGH T3 50 mcg todos os dias Orimitene (aminoglutademida) 250 mg dois dias sim dois dias não
  • 51. Semana 5 (após a competição) Para-se com: stanozolol, insulina e GH Continua-se: 25 mcg de T3 por mais 3 dias e daí alternar 25 mcg dia sim dias não por mais 8 dias, ou seja, mais 4 tomadas Faz-se o termogênico usual durante todas as semanas do ciclo tais com ECA e Clembuterol para os próximos. Importante: O incrível pronunciamento de efeitos colaterais em mulheres tais como engros- samento da voz, hipertrofia clitoriana, alteração do humor dentre outros podem ser bem pronuncia- dos com qualquer dos ciclos apresentados ante- riormente. Recomendamos novamente que seja lido os livros Musculação Anabolismo Total e Mus- culação Além do Anabolismo para melhor compre- ensão do mecanismo de funcionamento destas drogas bem como dos possíveis efeitos colaterais. Cuidado! E longos períodos de descanso? Não restam dúvidas de que os usuários se beneficiariam de períodos de descanso; melhor ainda se conseguirem conviver bem sem ciclo ne- nhum, quando o desejo é puramente cosmético. Finalizando o assunto. De fato, os esteróides possuem uma grande capacidade em promover crescimento muscular e aumentar a força. Por outro lado, podem provocar efeitos colaterais como calvície, erupções cutâ- neas, aumento da próstata e outros. Repassando alguns pontos: · Embora todos os esteróides possuam uma mesma origem, eles diferem em efetividade, variam quanto ao tempo de permanência no organismo, a salientação dos efeitos colate- rais, habilidade de se ligarem a receptores ce- lulares e outros. · Quanto mais efetiva é uma droga, maior será o seu potencial em provocar efeitos indesejá- veis. A droga perfeita seria 100% anabólica e 0% androgênica, mas ela não existe. · Cada pessoa tem uma distribuição peculiar de receptores celulares, o que afeta diferen- temente tanto os efeitos desejáveis como os indesejáveis. · Os efeitos indesejáveis podem ser minimiza- dos com a utilização de outras medicações, mas estas mesmas podem causar outros efei- tos colaterais.