Este documento discute a importância da Páscoa para os cristãos e como sua celebração vem se perdendo. Também aborda a necessidade de manter as origens e o verdadeiro sentido da festa, que é comemorar a ressurreição de Cristo, e não apenas um feriado.
1. Jornal Paroquial - nº 03 / Abril de 2011
Páscoa (do hebraico Pessach) significa
passagem. É uma grande festa cristã para nós,
é a maior e a mais importante festa. Reunimo-
nos como povo de Deus para celebrarmos a
Ressurreição de Jesus Cristo, Sua vitória sobre a
morte e Sua passagem transformadora em nossa
vida. O Tempo Pascal compreende cinquenta
dias a partir do domingo da Ressurreição até o
domingo de Pentecostes, vividos e celebrados
com grande júbilo, como se fosse um só e único
dia festivo, como um grande domingo. A Páscoa
é o centro do Ano Litúrgico e de toda a vida da
Igreja. Celebrá-la é celebrar a obra da redenção
humana e da glorificação de Deus que Cristo
realizou quando, morrendo, destruiu a morte; e
ressuscitando, renovou a nossa vida. Foi com a
intenção de celebrar a Páscoa de Cristo que, desde
os primórdios do Cristianismo, os cristãos foram
organizando esta bela festa. Mas a partir de muitas
propagandas midiáticas e de muitos outros costumes da nossa sociedade, vemos, sem dúvidas, que essa
bela intenção foi se perdendo. Para muitos a Páscoa virou sinônimo de um “feriadão” ao lado de muitos
outros feriadões, com o único objetivo de quebrar a monotonia da vida; com intenções e modos que
não expressam os reais valores e sentidos da grande festa que é a Páscoa. Em muitas casas, a Páscoa
é vivida de forma paganizada e estragada pelas bebidas e orgias desse mundo, sem um mínimo de
senso religioso ou moral; ou como um mero folclore, um mero tempo para viajar, comer chocolates
e descansar de suas fadigas. Assim, um tempo que nasceu para construir laços familiares e renovar a
nossa sociedade com valores perenes, acaba não atingindo o seu objetivo. As confraternizações, os
alimentos específicos e muitos outros costumes são importantes e nos ajudam a celebrar a Páscoa, mas
não podem nos desviar do seu principal e essencial sentido. Hoje, temos uma geração que não entende
nada do verdadeiro sentido da Páscoa, mas devemos celebrá-la bem – nós que não nos fechamos às suas
origens e sabemos que ela é mais do que um “feriadão”; é uma “grande semana” na qual vivenciamos
os mistérios da vida de Cristo e os mistérios da nossa própria vida.
Todos nós cristãos devemos, hoje, nos comprometer em nos mantermos fiéis às nossas origens e
celebrarmos o sentido original, belo e profundo da nossa maravilhosa festa, que é a celebração da
Ressurreição do Senhor. Que nossas boas obras e nossas vozes, em cada canto das nossas cidades,
possam levar a alegria do Ressuscitado; sobretudo aos pobres, doentes, distanciados e a todas as
pessoas, pois são amadas pelo Pai.
Irradiemos ao nosso redor a esperança e a certeza da presença de Cristo Ressuscitado. Que
se encha nosso olhar de luz, como os das mulheres que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus
ressuscitado (Mt 28). Que possamos também nós, numa só fé, exclamar como elas “o Senhor
Ressuscitou, aleluia”.
Pe.Geraldinho Fonte: blog.cancaonova.com/padregeraldinho
2. Editorial Abril - Ano I - Nº 03
Sociedade Por: Drausio Lazaro
Inicia apenas o segundo trimestre do ano, depois das festividades de ano novo e carnaval. Muitos festeja-
ram na ilusória esperança de que, como um passe de mágica, tudo iria melhorar. Entretanto, o ano de 2011 repetiu
os mesmos acontecimentos que vêm se reproduzindo há tantos anos. Porém, dessa vez foi diferente, deu-se numa
versão mais grandiosa: o desastre na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Não se pode acreditar que este
fato foi apenas um desastre natural. Foi um conjunto de fatores. Este desastre começou quando o Estado que
deveria fornecer ensino de qualidade para as pessoas não forneceu. Grande parte da população não recebendo
educação de qualidade nas escolas públicas joga lixo nas ruas (e não nas lixeiras), parte da população constrói
moradias sobre rios, mangues, córregos e encostas de morros, não se preocupando com a própria segurança e
destruindo aos poucos o meio ambiente. E o mais grave, não se cobra
ações de saneamento e infraestrutura por parte de seus representantes
eleitos pelo voto. Não sendo cobrados, os governantes nada fazem ou AVISOS
fazem pouco (geralmente ações paliativas). Prova disso é que enchen- 01- Em 28/04/2011, Santa Missa
tes e desmoronamentos acontecem em todos os verões, mudando a com orações de Cura e Liberta-
cara da “Cidade Maravilhosa”. Será que ninguém sabia que uma chuva ção na Capela Mãe do Redentor e
mais intensa alagaria uma região ou causaria quedas de barreiras? E a São Judas Tadeu às 19H;
mídia? Preocupada com a audiência noticia dia e noite o mesmo assun-
to. Depois que tudo passa, quando tudo fica “mais calmo” a notícia é 02- No mês de abril de 2011 não
arquivada e relembrada somente durante a retrospectiva de final de ano haverá batizados na Capela Mãe
para ser esquecido por mais tempo. É necessário que cada cidadão co- do Redentor e São Judas Tadeu;
bre seus direitos, lute por dignidade e por justiça, só assim o ano novo
realmente será diferente: será melhor. Enquanto não se faz nada tudo
03- Prepare-se para a Festa Junina
fica como está. Os parlamentares e o judiciário (funcionários públicos) da matriz nos dias 03 a 05 e 11 e
começam a trabalhar em fevereiro, enquanto que os demais cidadãos 12 de junho de 2011. Venha, parti-
iniciaram seus trabalhos desde o dia 3 de janeiro. Outro fato é que, cipe!;
os parlamentares “ganharam” aumento de seus salários (R$ 26.723,13
por mês), que nas segundas-feiras os congressistas não trabalham, que
04- Romaria a Aparecida do Norte
têm direito a passagens aéreas, gráfica etc., tudo por conta da União.
será nos dias 26 e 27 de agosto de
Mas “justiça” seja feita, pois, o salário mínimo também aumentou para 2011;
R$ 540,00. Como dizia Dom Helder Câmara, “um sonho que se sonha
só é somente uma ilusão, mas um sonho que se sonha juntos pode ser
o início de uma bela realidade”. 05- No dia 29 de novembro aconte-
cerá aqui na Matriz as “Mil Ave-
Contudo, é preciso AÇÃO!
Marias”, iniciando com a oração
das laudes;
3. Abril - Ano I - Nº 03 Jornal Paroquial
Você sabe o que é o Código de Defesa do
Consumidor? (Parte 2) Por: Paulo Manso
Na última edição, ficamos sabendo a quem se destina o CDC (Código de Defesa do Consumidor) e como
podemos identificar quem é o consumidor e quem é fornecedor numa relação de consumo... Nessa continuação,
faremos uma comparação das práticas do comércio antes e depois do CDC e iniciaremos a abordagem sobre os
direitos básicos do consumidor.
A Lei 8.078/90, o CDC foi um “divisor de águas” no que diz respeito à forma de se fazer comércio em
nosso país. O tratamento aos consumidores, especialmente os mais pobres, não raras vezes, era marcado pelo
desrespeito aos seus direitos. Isso porque o poder econômico dos fornecedores, ressaltado pela busca do lucro a
qualquer custo, sempre dominou às práticas do comércio. É claro que sempre existiram comerciantes preocupa-
dos com a ética e, por conseguinte, com os direitos dos seus clientes. Principalmente por que o fornecedor que
assim atua está lançando mão da ferramenta de propaganda mais inteligente que existe, já que cliente satisfeito
sempre retorna.
No entanto, esse tipo de fornecedor era minoria, de forma que a relação com os consumidores antes do
advento do CDC quase sempre foi marcada pelo desrespeito ao cidadão que comprava produtos e também servi-
ços. Nas sociedades capitalistas, como a nossa, é comum a chamada “agressividade comercial” que se caracteriza
pela produção de bens e serviços em grande escala e por uma publicidade que tenta atingir o maior número de
consumidores, principalmente através dos meios de comunicação em massa. A necessidade de vender muito e
a qualquer custo impulsionou o comércio para práticas nem sempre éticas ou lícitas. Assim, antes do CDC era
comum encontrar nas prateleiras dos supermercados produtos sem embalagens adequadas, mal acondicionados
e sem informações relevantes para a segurança e a saúde dos consumidores. As embalagens de brinquedos, por
exemplo, não informavam a existência de partes pequenas e tampouco a faixa etária para a qual eram recomen-
dados.
Hoje, todas essas informações passaram a ser imprescindíveis. No momento da compra, através da leitura
do rótulo de um produto que está na prateleira de um supermercado, podemos saber a data da sua validade, a
quantidade de calorias que ele contém, além de outras informações relevantes.
Esses avanços para o consumidor só se tornaram possíveis pela citação expressa que a Lei 8.078/90
(CDC) fez em relação aos direitos básicos do consumidor, que são: I – Proteção da vida, saúde e segurança nas
relações de consumo; II – Educação e divulgação sobre o consumo adequado de produtos e serviços, assegurando
a liberdade de escolha e contratação; III – Informação adequada ao consumidor; IV – Proteção contra publicidade
enganosa e abusiva; V – Modificação e revisão de cláusulas contratuais quando necessário; VI - Prevenção e re-
paração de danos; VII – Acesso aos órgãos judiciários e administrativos para reparação de danos ao consumidor;
VIII – Facilitação da defesa do consumidor perante à Justiça e IX – Adequada e eficaz prestação de serviços
públicos em geral.
No próximo número, utilizaremos pequenas histórias cotidianas que nos ajudarão a compreender melhor
os Direitos Básicos do Consumidor. Um grande abraço e até lá.
Paulo Manso é advogado, membro da Pastoral do Batismo e colaborador da Pastoral da Comunicação da Matriz São
Geraldo em Olaria.
4. Você pratica al- ser auto-suficiente em sua bicicleta, ou seja, é obrigatório
gum tipo de es- durante as provas levar equipamento de segurança, alimen-
porte? Caso sim, tação, hidratação e manutenção, pois se algo der errado,
garanto que os como um pneu furado, o piloto deve ter um kit para remen-
benefícios desta do ou novas câmaras de ar.
prática incidem Minha história neste esporte vem de longa data,
diretamente pois desde criança sempre gostei de andar de bicicleta. Há
sobre a sua cerca de seis anos comprei a minha atual bike, uma Caloi
saúde e, conse- Elite 2.1, equipamento de entrada para quem quer fazer
quentemente, trilhas por puro prazer ou começar a pensar em ingressar no
na melhoria de circuito de competições no estado do Rio ou fora também.
sua vida em uma Ao longo do tempo fui modificando seus componentes,
forma geral. trocando uma peça aqui e outra ali, até deixar a “magrela”
Não levando em com uma cara mais para trilhas avançadas.
conta a idade, Desde então, há mais de dois anos, treino intensa-
o importante mente com o intuito de competir. Sendo acompanhado do
mesmo é fazer meu amigo fisioterapeuta Leonardo de Paula, paroquiano
qualquer tipo de da São Geraldo, da nutricionista Patrícia Pimentel, e de
atividade física dois outros fisioterapeutas que me orientam na prática do
pelo restante de Pilates, Renata Marcella Santos e Bruno Toledo Machado,
nossas vidas. sendo estes três últimos membros da Equipe da Clínica
Para começar, Articulife, venho fazendo uma preparação neste sentido.
um famoso jargão: “Esporte é vida”, e é mesmo. Sua práti- Paralelamente, também venho batalhando uma
ca trás motivação, alegria, felicidade, bem-estar, rejuvenes- nova bike, que estou montando peça a peça, tentando
ce o corpo e faz bem à alma e ao espírito. Sendo assim, o deixá-la mais leve, na casa dos 10 quilos, o que já é bem
objetivo desta coluna é mostrar, um pouco do esporte e dos mais agradável do que os 14 quilos da minha atual “ma-
benefícios que este pode trazer à vida de todos nós, pes- grela”! Isto requer investimento financeiro razoável, pois o
soas comuns, atletas de final de semana, atletas amadores equipamento é “custoso”, e por isso, estou na labuta.
e atletas profissionais. Em sua inauguração falaremos do Além disso, investimento no vestuário também é
ciclismo. Dividido em diversas modalidades, as principais fundamental, pois a palavra de ordem hoje no esporte é: “o
envolvidas em competições são o Ciclismo de Estrada e o quanto mais leve possível, melhor!” Somando-se a isto um
Mountain Bike. Para compreendermos facilmente, o ciclis- bom preparo físico aliado a um peso dentro de uma faixa
mo de estrada é aquele praticado em asfalto, onde os atletas ideal, representa meio caminho andado para performances
utilizam aquelas bicicletas “fininhas”. Uma das compe- e resultados melhores.Estreando na categoria Máster B, de
tições mais famosas transmitida pela televisão, a Copa 35 até 39 anos, participei da minha primeira prova do ano
América de Ciclismo, tem uma etapa realizada no autódro- de 2010, o Bike Tour MTB, realizado em 18 de abril na
mo de Interlagos, em São Paulo, e serve de exemplo para histórica cidade de Vassouras, no Vale do Café. Corri os 47
visualizarmos a modalidade como um todo. km para debutar na fase de competições no cross country
Pratico o Mountain Bike, corro o Cross Country maratona. Acompanhado de minha equipe de apoio, no
Maratona. Utilizando bicicletas mais robustas, porém meu caso os melhores possíveis: minha mulher Ana Cláu-
cada vez mais leves, estas bicicletas e seus atletas têm que dia e a filhota Mariana – partimos para Vassouras uns dias
atravessar um sem número de terrenos, solos e dificulda- antes a fim de aproveitar o final de semana e conhecer aqui-
des, todos em contato com a natureza, para no final atingir lo que a cidade tem de melhor, história e cultura, aliados a
o objetivo de completar provas que variam de 40 a 60 km, natureza muito bonita da região.
mas também provas de extrema resistência que podem Na bela manhã daquele sábado fui conferir parte do circui-
atingir 100 km ou mais, podendo ainda ser divididas em to da prova, e pude constatar belas trilhas que cortam
dois ou mais dias de competição. Além disso, o atleta deve as inúmeras montanhas da região cobertos com campos
5. e alguns trechos de mata atlântica. Meus objetivos nesta palharam uma das últimas subidas da prova. Porém, sentir
primeira participação foram cumpridos, pois durante os 47 a emoção de conseguir um objetivo não tem preço. Não
km não levei nenhuma queda, não tive problemas mecâni- importa a posição da chegada, mas sim chegar. Encontrar
cos, não tive pneus furados e consegui completar a prova minha mulher e filha foi o maior presente. É um sentimento
inteiro! O esporte proporciona algumas situações e senti- de superação, vitória e conquista. Somente depois desta ex-
mentos bastante interessantes. A adrenalina de alinhar junto periência pude entender o que sente um atleta profissional,
a vários bikers na hora da largada é muito legal, e a largada de ponta, que vence uma competição importante, conquista
propriamente dita é um acontecimento à parte. Quando soa uma medalha nas olimpíadas, sem muitas vezes ser de
o toque da buzina, todos começam a pedalar freneticamente ouro. Quando ele chora, agora compreendo que ali está
atrás da moto batedora em direção à trilha, cada um no seu toda a emoção da conquista, da superação de problemas
estilo, ou mais rápido ou mais devagar, com os atletas de físicos, dores crônicas, falta de dinheiro, patrocínio e outros
Elite na frente e as outras categorias mais atrás, mas aquele mais. Tem que chorar sim, e chorar muito, comemorar o
verdadeiro formigueiro “motorizado” por dezenas de feito. Ele merece. Falando assim parece que basta apenas
bikes, dos mais variados tipos e cores, homens e mulheres, o velho lema do esporte, “o importante é competir!” Claro
jovens e velhos, todos seguindo para um único objetivo, que sim, mas eu quero algo a mais que isso. Tenho algumas
o início da trilha.Passada a emoção da largada, os atletas pequenas ambições, e uma delas é tentar estar entre os dez
depararam-se com a primeira subida da trilha, um verda- primeiros colocados na minha categoria em alguma das
deiro paredão, que literalmente só foi vencido empurrando próximas provas que ainda participarei.
as bikes morro acima. A prova, então, começou arrasando, A grande mensagem que pretendo deixar com esta
ou melhor, destruindo com muitos, inclusive eu! Houve coluna, a partir de agora, é a de que o esporte vai além do
trechos de subida tão intensa que precisei descer da bike condicionamento físico ou dos aspectos de vida saudá-
para empurrar, mas o que me consolou foi o fato de não ser vel que ele promove. O esporte ensina, educada, molda o
o único a lançar mão deste artifício. Tão grande quanto a caráter, estimula a solidariedade, a ética, o companheirismo
dificuldade das subidas foi a emoção dos trechos de desci- e a amizade. Tudo isto não se compra, se aprende durante
da, ou downhill. Depois de ralar morro acima a adrenalina a prática esportiva. Na próxima edição desta coluna falarei
de despencar morro abaixo em velocidades de 40 km/h ou um pouco de outra paixão, o trekking, mais precisamente
mais é impressionante. Em um determinado trecho eram a subida à Pedra do Sino, em Teresópolis, que fiz com dois
quatro bikes, três na frente e eu atrás, fechando este pelo- amigos meus.
tão. Os quatro desciam alucinadamente a trilha sentindo
toda a emoção daquele trecho da prova. Logo depois, quan-
do chegamos ao plano, os quatro se entreolharam e a fala
foi unânime: “Faltou apenas uma câmera para gravar toda
a emoção daquele momento!”Solidarizar-se com outros
atletas também faz parte deste grande aprendizado, que é
competir. Em determinado trecho encontrei um biker com
a roda traseira na mão e pedindo uma câmara de ar reserva.
Imediatamente parei, peguei uma das duas câmaras que
levei e dei a ele. Quando olhei para baixo, o numeral da
inscrição do atleta era 171. Neste momento comecei a rir e
perguntei a ele: “— Cadê a câmara reserva?” O camarada,
então, respondeu: “— Comprei uma nova que já estava
furada, defeito de fabricação.” Retruquei com bom humor:
“—Também, com este numeral – 171 – não poderia dar ou-
tra coisa!!!” Continuei meu caminho. Depois de tudo isto,
subidas, descidas, emoção, ajudar um atleta, o maior pre-
sente foi terminar a prova. Em alguns momentos cheguei
a chorar de cansaço, as câimbras na perna esquerda atra-
6. Missa com oração de cura
e libertação
No dia da festa de São Braz Bispo e mártir1, houve uma
missa com orações de cura e libertação, sendo presidida pelo Pe.
Fábio. O Evangelho lido foi Mc 6,7-13 e antes da homilia Pe.
Fábio ministrou um canto de louvor. “Hoje é dia de vitória e de
alegria!” - assim começou sua homilia. Expondo sobre o bem
aventurado Braz, disse que foi Sucessor dos Apóstolos, fiel à
Igreja, homem corajoso, de oração e bom pastor das almas, pois
cuidava dos fiéis na sua totalidade, evangelizando a todos com
seu testemunho. E que nós também como ele possamos anunciar
o Evangelho. São Braz que derramou seu sangue por Cristo Jesus
nos remete ao amor ágape, incondicional, que vem de Deus.
Ainda com a palavra, Pe. Fábio nos ensinou que a bênção de cura
e libertação serve para que possamos anunciar o Evangelho. Desta
forma a cura dos vícios, tristezas, enfermidades, se dará quando
o nosso coração estiver aberto para Deus. Pe. Fábio coloca em
evidência o significado do socorro e do amparo divino: “Então
quando dizemos que nossa proteção está no nome do Senhor é
porque este Senhor vem restaurar nossa vida. A esperança não
vem da terra, mas do céu, pois, a experiência da salvação e do
grande amor que vem de Deus é a nossa cura. A alegria do Senhor
é a nossa força, mesmo que a doença e a incompreensão se dêem,
devemos ter os nossos corações firmes, declarou. Após a homilia
o pe. Fábio pediu que todos fechassem os olhos e conduziu uma
oração por todos os presentes, seguido de um momento de canto e
de preces à Deus.
Na exposição do Santíssimo Sacramento apagaram-se as luzes
da Igreja e após vários cantos de louvor, o Santíssimo continuou
adorado por todos os fiéis. Momento muito especial para todos,
pois, é o próprio Senhor presente diante de nós. Ao acender das
luzes, após o momento da adoração, ardia à luz divina nos nossos
corações.
Ao final da missa, houve a bênção por intercessão de São Braz
nas gargantas dos fiéis. Impondo duas velas na garganta dos fieis o
padre pedia a Deus dizendo: “Por intercessão de São Brás, Bispo
e Mártir, livre-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra
doença”. Contamos, ainda, com a presença de Jader da Igreja
Congregacional que, com a banda da paróquia de Santa Edwiges
de Brás de Pina, divinamente nos acalentou com lindos cantos.
7. O Pe. Jayme desta e das comunidades por onde ele já trabalhou pelo
Henrique, pároco de São Ge- Reino de Deus.Após a celebração da Santa Missa, ocor-
raldo em Olaria1, completou no último dia 15 de reu no salão paroquial uma pequena festa, com direito a
janeiro de 2011 mais um ano de vida.Toda a comunidade refrigerante e bolo de aniversário. E o mais importante, o
paroquial celebrou agradecida a Deus pelos anos de vida padre lá recebeu os cumprimentos dos seus amigos.
e pelos anos dedicados à Igreja de Cristo. Igreja lotada,
homenagem das crianças, presença de seus pais e amigos,
Em fevereiro de 2011, foi celebrada a Crisma em
nossa matriz. O segundo dos sete sacramentos da Igreja. A
Crisma é um sinal de que o cristão está mais perfeitamente
configurado a Cristo e, por isso, deve testemunhar a Jesus
por palavras e por obras. A tarefa de ser “um outro Cristo” é
como se fosse um ofício de cada confirmado.
A Santa Missa, na qual se realizou a Confirmação,
foi presidida pelo Bispo Auxiliar Dom Edson de Castro
Homem e co-presidida pelos Pe. Jayme e Pe. Fábio. Este
sacramento, a Confirmação, consolida e confirma a graça
batismal.
Faz parte do rito da Confirmação a renovação das
promessas do batismo e a profissão de fé em Nosso Senhor
Jesus Cristo por parte do confirmado. Dom Edson esten-
dendo as mãos sobre os, ainda, confirmandos invocou o
Espírito Santo dizendo:
“Deus Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor
Jesus Cristo, que pela água e pelo Espírito Santo fizestes
renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado,
enviai-lhes o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o
espírito de sabedoria e inteligência, o espírito de conselho
e fortaleza, o espírito da ciência e piedade – e enchei-os
do espírito de vosso temor. Por Cristo Nosso Senhor”.
8. Em janeiro de 2011 aconteceu no salão paroquial também terá que ser utilizado na parte de baixo de imediato
da Igreja Católica São Geraldo em Olaria uma reunião de (ocupação útil), pois caso contrário virará abrigo de mora-
moradores do bairro. O assunto em pauta foi a construção dores de rua podendo ocorrer a mesma coisa que tivemos a
da TransCarioca (o chamado BRT – Ônibus de Trânsito pouco no Viaduto da avenida Lobo Junior, quando atearam
Rápido), uma via expressa para ônibus ligando a Barra ao fogo. Os comerciantes que não são donos dos imóveis, mas
aeroporto internacional. Entre desapropriações nos trechos que pagaram “Luvas” e dali tiram o sustento da sua famí-
onde passará essa via expressa e construção de um viaduto lia e dos seus funcionários, serão retirados sem nenhuma
sobre a estação de trem de Olaria, fica a incógnita de como indenização? Comunidade de Olaria, cidadãos de Olaria,
vai ficar o bairro e seus moradores. Será mais uma divisão estamos aguardando a definição da Prefeitura do Rio de Ja-
no bairro de Olaria como foi a linha férrea? Com o intuito neiro, para saber quais são os imóveis que serão atingidos,
de dar notoriedade ao assunto e mobilizar a região, alguns pois poderemos tomar ações reais, não ações políticas, que
moradores tomaram a iniciativa de procurar a prefeitura somente quem ganha são eles (os políticos partidários), tem
da cidade do Rio de Janeiro para maiores informações, que ser um “Ganha-Ganha”.
e divulgá-las para todos, para que possam tomar pleno
conhecimento do assunto. Um dos moradores abriu a reu- “Agradeço esse espaço para comunicar a todos que não
nião abordando alguns temas, como a falta de divulgação estamos sozinhos. Juntos somos mais!” (Marcos Salda-
por parte dos poderes públicos, a falta de discussão com a nha, presidente da Comissão de Moradores que trata da
sociedade diretamente afetada, quais os prováveis prejuízos Desapropriação para construção da Transcarioca Lote 2).
que tal projeto trará para um bairro residencial e quais as
melhorias que todos podem exigir dos governantes.
Um dos fatos relembrados na reunião foi a situa-
ção dos viadutos da cidade que geram locais apropriados
para roubos, uso de entorpecentes e abrigos para mora-
dores de ruas, visto que, faz parte do projeto a construção
de um viaduto sobre a estação de Olaria. Há também que
se levar em conta a situação das desapropriações. Elas
serão com preço de mercado ou serão em valores ínfi-
mos? A estação de trem do bairro continuará a alagar com
qualquer chuva? Os “cadeirantes” conseguirão passar de
um lado para o outro com dignidade? O presidente da
comissão de moradores disse: “Conforme a Pastoral de
Comunicação da São Geraldo já relatou, a Transcarioca é
uma realidade e passará dentro do nosso bairro e adjacên-
cias. A Transcarioca é um modelo de transporte de massa.
As dúvidas são muitas e as respostas são poucas. Como
sempre ocorreu, os políticos eleitos por nós, são ausentes,
nos deixando sozinhos. Mas é nessa hora que a força da
Comunidade surge, pois unidos somos mais fortes.
Quais são as nossas maiores preocupações? Os
moradores que terão seus bens desapropriados, serão pagos
com valores de mercado? Eles terão prazos, a retirada de
suas moradias se dará de forma digna? As árvores que
serão cortadas serão replantadas? Os imóveis que terão a
desapropriação total e não for utilizado na sua totalidade,
vão ter seu espaço utilizado para a comunidade, como por
exemplo: parquinhos, bibliotecas, praças etc. ou serão
invadidos? O viaduto que passará sobre a linha férrea,
Reunião realizada no salão paroquial