2. Este trabalho foi desenvolvido no Curso de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva,
na disciplina de Práticas de Atividades Físicas e Desportivas.
Nele relacionamos conteúdos sobre Polo Aquático, numa proposta de trabalho
integrado da disciplina.
Introdução
3. Origem e evolução e tendências de desenvolvimento da modalidade.
Contextos organizacionais e formas de prática
Aspetos demográficos e geográficos da prática.
Práticas da modalidade
Tipos de intervenientes
Relação da prática com os diferentes tipos de intervenientes.
o Funções, responsabilidades e implicações no normal desenvolvimento da modalidade, competições e
atividades.
Materiais e equipamentos específicos da modalidade.
Modo de utilização dos materiais e equipamentos, conforme o âmbito formal/informal da
prática, ao nível da formação ou do alto rendimento.
Índice
4. Procedimentos de montagem e desmontagem de espaços e equipamentos afectos às
práticas desportivas.
Equipamento necessário à prática da modalidade de acordo com os regulamentos para o
efeito.
Montagem e desmontagem do equipamento desportivo em condições de segurança e de
forma tecnicamente adequada.
Aspetos críticos de desgaste dos equipamentos e procedimentos de conservação e
substituição.
Adaptação ao meio aquático
Resistência passiva e ativa
Posição hidrodinâmica fundamental e a propulsão no meio aquático
Modificações das estruturas corporais e sensitivas na adaptação ao meio aquático.
Etapas do processo de adaptação ao meio aquático.
Principais Gestos técnicos e formas de prática.
7. Existe pouca documentação sobre a origem do Pólo Aquático. Sabe-se, no entanto,
que é um desporto que teve origem nos rios e lagos na metade do século XIX na
Inglaterra. No começo nos jogos usava-se uma bola de borracha vulcanizada criada
na India, conhecida com o nome genérico de "pulu" que os ingleses pronunciavam
pólo. Em 1870, para atrair mais espectadores para as competições de natação a
“London Swimming Association” estabeleceu as primeiras regras do Pólo Aquático
para piscinas cobertas.
Os escoceses introduziram uma nova técnica destacando a velocidade da natação e
os passes, muito mais para o estilo de jogar futebol. A Hungria e vários outros
países da Europa, em 1889 adotaram as regras dos escoceses como a baliza de 3
metros por noventa centímetros e a condução de bola e o drible. Em 1900 o Pólo
aquático surgiu nas Olimpíadas.
8. Foi em Outubro de 1907 na Baía de Cascais que, integrado num festival náutico, se
deu o primeiro jogo de pólo Aquático entre duas equipas de marinheiros. O grande
dinamizador deste festival foi o Sr. Tenente Joaquim Costa que ensinou e treinou o
grupo de marinheiros pioneiros na prática deste desporto em Portugal. Apesar do
jogo de demonstração entre marinheiros ter sido muito interessante e emotivo o pólo
aquático só irá a ser praticado em Portugal vários anos depois. A razão do insucesso
na introdução deriva da situação politica existente no país. O pólo aquático foi o
segundo desporto coletivo a ser introduzido em Portugal, imediatamente a seguir ao
futebol. Os campeonatos regulares de pólo aquático tiveram o seu início em 1915
em Lisboa. Os campeonatos de segundas categorias deram-se na época de 1918 na
cidade de Lisboa e o de terceira categorias na época de 1921 na delegação do
Porto.
9. Campeonato Regional Sénior Masculino
Campeonato Regional Júnior Masculino
Campeonato Regional Juvenil Masculino
Campeonato Regional Infantil Masculino
Masculinos
10. Campeonato Regional Sénior Feminino
Campeonato Regional Júnior Feminino
Campeonato Regional Juvenil Feminino
Campeonato Regional Infantil Feminino
Femininos
11. Campeonato Cadetes Mistos A
Campeonato Cadetes Mistos B
Torneios de Mini Polo
Mistos
12. Categorias Masculino Feminino Idades
Mini - Polo 2002 em diante 2002 em diante Até aos 11
Cadetes B 2000-2001 2000-2001 Dos 11 aos 13
Cadetes A 1998-1999 1998-1999 Dos 11 aos 13
INFANTIS 1996-1997 1996-1997 Dos14 aos 15
JUVENIS 1994-1995 1994-1995 Dos16 aos 17
JUNIORES 1992-1993 1992-1993 Dos18 aos 21
SENIORES 1991 e mais Velhos 1991 e mais Velhas Dos 21 em diante
14. A FINA (Federação Internacional de Natação) é o organismo internacional
responsável pela organização de eventos e campeonatos de Pólo Aquático a nível
mundial.
15. A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) realiza campeonatos
e organiza o desporto.
16.
17. Africa – 30
Angola - FEDERACAO ANGOLANA DE NATACAO
Presidente: António Pedro Garcia Monteiro
Egipto - EGYPTIAN SWIMMING FEDERATION
Presidente: Yasser Idris
Marrocos - FEDERATION ROYALE MAROCAINE DE NATATION
Presidente: Toufiq Ibrahimi
18. América – 21
Argentina -CONFEDERACION ARGENTINA DE DEPORTES ACUATICOS
Presidente: Raúl Araya
Brasil - BRAZILIAN SWIMMING FEDERATION
Presidente: Coaracy Nunes Filho
Jamaica - AMATEUR SWIMMING ASSOCIATION OF JAMAICA
Presidente: Martin E. Lyn
19. Asia – 23
Japão - JAPAN SWIMMING FEDERATION
Presidente: Kazuo Sano
India - SWIMMING FEDERATION OF INDIA
Presidente: Digambar V. Kamat
Hong Kong - HONG KONG AMATEUR SWIMMING ASSOCIATION
Presidente: Digambar V. Kamat
20. Europa – 31
Áustria - AUSTRIAN SWIMMING FEDERATION
Presidente: Paul Schauer
Espanha - ROYAL SPANISH SWIMMING FEDERATION
Presidente: Fernando Carpena
Portugal - PORTUGUESE SWIMMING FEDERATION
Presidente: Paulo Frischknecht
21. Oceania – 14
Tahiti - FEDERATION TAHITIENNE DE NATATION
Presidente: Arthur Agnieray
Nova Zelândia - AQUATICS NEW ZEALAND
Presidente: Roger Eagles
Australia - DIVING AUSTRALIA INC.
Presidente: Philip Pullar
26. O Conselho Regional de Arbitragem nomeará, para cada jogo, dois árbitros e um
oficial de mesa, sendo da responsabilidade do clube visitado a indicação de um
segundo elemento, devidamente habilitado, para o exercício de funções de oficial de
mesa.
Estes estão todos vestidos com a mesma cor e tem uma sinalética própria para cada
assunto que se passe no jogo.
O fardamento dos árbitros são de cor branca na maior parte das vezes, quando não
é branco pode ser azul marinho.
Árbitros
27. Para os Jogos Olímpicos e Campeonato Mundial é necessário:
2 árbitros
2 juízes de golo
Cronometrista
Secretários
30. São os que proporcionam alegria e emoção ao verem um espetáculo com qualidade,
são também um ponto de referência em que os dirigentes, treinadores e jogadores
querem afetar com qualidade e eficácia ganhando títulos e campeonatos.
Público
31. Responsáveis pela cobertura do evento transmitindo assim ao público que
por diversos motivos não poderão comparecer no pavilhão.
Média
32. Entidade responsável pelos equipamentos desportivos, qualquer pessoa singular
titular de cargo de administração, direção ou gerência, conforme o caso, e pessoa
coletiva de direito privado, bem como os dirigentes dos serviços ou organismos da
administração pública central, regional ou local, direta ou indireta, que assegure o
regular funcionamento do espaço onde esses equipamentos se encontram
instalados, bem como a respetiva instalação e manutenção.
Proprietário das instalações
33. Industria Associada
Podemos considerar a industria associada todo o tipo de empresas que por norma
tem o polo aquático como o desporto.
Como por exemplo:
Adidas
Nike
Speedo
Penalty
Arena
Mikasa
entre outros.
34. Quase sempre têm o retorno de seu Investimento através de publicidade e
marketing, valendo para isto da utilização da imagem e do nome de quem está sob
seu patrocínio.
Patrocínios
35. Equipamento de jogo - colocação do logótipo (tamanho: 12*07cm) do patrocinador
na touca de jogo.
36.
Colocação de uma lona do patrocinador (tamanho: 200*100cm) nas atividades da
secção que se realizam nas Piscinas Municipais.
Publicidade no Recinto de jogo
37. Colocação do logótipo do patrocinador em dois placares (tamanho: logo grande
30*25cm; logo pequeno 22*15cm) posicionados de forma, que os adeptos tenham
sempre contacto visual com os placares, desde a sua entrada no edifício até ao
recinto de jogo.
Placar dos Patrocinadores
39. Os jogadores usam toucas de pano, com proteções para as orelhas, sendo que uma
equipa usa toucas brancas e a outra usa toucas azuis. As toucas dos guarda-redes
são vermelhas. As toucas são numeradas de 1 a 13 onde a touca 1 é sempre do
guarda-redes titular. À touca 13 é conferida a propriedade especial de ter modelos de
linha (azul ou branco) e de baliza, pois o jogador da touca número 13 é também o
guarda-redes de reserva da equipa e pode jogar na linha ou na baliza.
Guillermo Molina
Toucas
40. Existem dois tipos de bola: uma para as mulheres e outra para os homens.
A bola deve ter não menos que 400g e não mais que 450g. Para os
homens a circunferência da bola deve estar entre 68 e 71 centímetros e
para as mulheres a circunferência da bola deve estar entre 65 e 67
centímetros.
Bola
41. As balizas serão feitas de postes retangulares com frente de 7,5cm de
largura. As faces internas do poste deverão se distanciar em 3m (serão 3m
de largura para a bola passar, fora a largura das traves em si). A face
interna do poste transversal (travessão) deverá estar a 90cm da superfície
da água.
Balizas
43. Marcação Vermelha: colocada a 2m da linha do golo. Dentro desse espaço os
jogadores não podem receber passes ou permanecer dentro da área por muito
tempo. Os cantos são cobrados da linha dos 2m.
Marcação Amarela: colocada a 5m da linha do golo. Dentro desse espaço, as faltas
(simples ou graves) não podem ser cobradas diretamente à baliza. Os guarda-redes,
que normalmente podem pegar a bola com as duas mãos e tocar com os pés no
chão, perdem tais privilégios quando ultrapassam a linha de 5m ou quando
defendem. Os remates de penalti são cobrados da linha de 5m. O técnico da equipe
que tiver posse da bola pode ir até a linha de 5m na borda para dar informações. Ao
perder a posse ele deve voltar para antes da linha de golo.
Marcações Brancas: uma colocada em cada linha de golo, para que os árbitros
possam perceber mais facilmente quando a bola entra toda ou não. Coloca-se
também uma marcação branca na metade da piscina. Os guarda-redes não podem
ultrapassar esta linha.
Marcações
44.
45.
46. Cada jogo tem a duração de 28 minutos, subdivididos em:
4 períodos de 7 minutos
3 intervalos de 2 minutos
As equipas mudam de campo depois do 2º período
Duração de Jogo
47. Cada equipa é constituída por 7 jogadores um dos quais o guarda redes.
Cada equipa tem um máximo de 6 suplentes.
Jogadores
49. Pegar na bola com as duas mãos.
Afundar a bola quando estiver em disputa.
Impedir que o adversário jogue.
Empurrar o adversário.
Quando o tempo de ataque acaba.
Este tipo de falta acarreta em tiro livre. O jogador de posse da bola
deve cobrar a falta o mais rápido possível.
FALTAS SIMPLES
50. Segurar, agarrar ou puxar o adversário.
Espirrar água para a cara do adversário.
Interferir numa cobrança de falta.
Desrespeito ao juiz.
Estes tipos de falta grave acarretam em expulsão por 20 segundos. O jogador
(ou seu substituto) deverá voltar depois dos 20 segundos, quando a posse de
bola passa para a sua equipa ou quando acontece um golo.
O jogador que for expulso 3 vezes deverá substituído. Murros, pontapés ou
qualquer outro tipo de agressão intencional resultarão em expulsão sem direito
a substituição.
Faltas Graves
51. O penalti ocorrerá somente quando o jogador estiver na direção do golo e dentro dos
5 metros.
O penalti será cobrado na linha dos 5 metros e somente com o goleiro no golo.
Qualquer jogador que empurre ou puxa o golo resultará em penalti.
Qualquer jogador, exceto o goleiro que segurar, com as duas mãos, a bola dentro
dos 5 metros.
Qualquer jogador que afundar a bola em disputa dentro dos 5 metros.
Quando o atacante for segurado, puxado ou agarrado em frente ao golo.
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=B8IB-OtI5iw
Penalidades
52. Um esclarecimento sobre as propriedades da água pode facilitar o conhecimento e
justificar o que ocorre como o organismo no meio líquido.
Princípio de Arquimedes;
Pressão Hidrostática;
Densidade;
Viscosidade;
Propriedades Físicas do Meio
Aquático
53. “Quando um corpo está completo ou parcialmente imerso em um meio líquido, ele sofre
um empuxo (Força vertical dirigida para cima, que passa pelo centro de gravidade do
corpo imerso, e igual ao peso do fluido deslocado) para cima igual à massa corporal do
líquido deslocado.”
Todo o exercício cuja direção do movimento atua contrária a força do empuxo cria
resistência.
Os materiais flutuantes aumentam a resistência, pois agem contra o empuxo.
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
54. Esta propriedade está relacionada com a lei de Pascal a qual afirma que: a pressão do
líquido é exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em
repouso, a uma determinada profundidade;
Auxilia o corpo a manter-se em equilíbrio;
Aumenta com a profundidade de submersão.
PRESSÃO HIDROSTÁTICA
55. O peso de um indivíduo na água é chamado de peso hidrostático;
O peso hidrostático do indivíduo, dependendo da profundidade, pode representar até
80% menos que o peso corpóreo.
Nível da água Peso Corpóreo Peso:
Nível da água Peso Corpóreo
Peso Hidrostático
% Kg
Tornozelos 60 Kg -10 54
Joelhos 60 Kg -20 48
Quadril 60 Kg -60 24
Peito – processo
xifoide
60 Kg -80 12
Ombros 60 Kg -90 06
56. Condicionamento Físico = 28,3°C (média);
Flexibilidade e relaxamento = 29,4°C (média);
Treinamento de alta intensidade = 27,8°C (média);
A água fria requer um tempo mais longo de aquecimento;
Queimar calorias significa dissipar calor e a água acima de 31,2°C interfere nesse
processo.
TEMPERATURA
57. – ↑ Fadiga, ↑ os inchaços, ↑ o fluxo sanguíneo, ↑ FC (para esfriar os tecidos mais
internos)
Variações de composição corporal
Sensações térmicas antes e durante o exercício
Água morna provoca
58. Sistema cardiovascular reage diferente em situação de imersão.
Posição adotada.
Ausência ou presença de esforço (e sua intensidade).
Tipo de exercício.
Profundidade da imersão.
Temperatura da água.
Terra VS Água
59. Força muscular é melhorada com poucas repetições e grandes cargas de resistência.
Debaixo d’água, um músculo é cercado de resistência multidimensional constante.
Quanto mais profundo estiver o músculo – maior a resistência
Exemplo:
Levantadores de peso são cuidadosos ao trabalhar ao músculo posteriores e
anteriores da coxa.
Na água, o músculo tem resistência multidimensional
A força é aumentada em todas as partes do músculo e em todos os diferentes
ângulos das articulações, devido a resistência constante da água
Há estímulo em toda a amplitude do movimento.
FORÇA MUSCULAR
60. Melhora frequentemente na água com pequeno ou nenhum esforço.
Os efeitos flutuantes da água reduz o empuxo da gravidade, assim todas as
articulações sofrem menos compressão.
Cada parte do corpo pesa menos, recebendo suporte e amortecimento de todas as
direções, ficando mais livre para se deslocar na água.
Flexibilidade
61. As ondas e ausência de peso causadas pela água estimulam o equilíbrio como um
todo e o sistema de coordenação.
O exercício aquático amplia e ajusta a perceção dos movimentos através de
repetições e do feedback.
Equilíbrio e Coordenação
62. ZONA TIPO DE TREINAMENTO % TEMPO
1 Baixa intensidade – curta duração 60-69
20-35min
2 Baixa intensidade – longa duração 60-69
25-55min
3 Intensidade moderada – curta duração 60-79 20-50min
4 Intensidade moderada – longa duração 70-85 35-50min
5 Alta intensidade – curta duração 70-95 30-45min
6 Alta intensidade – longa duração 80-100 45-60min
Zona de treinamento
63. A. Arremessos
B. Condução
C. Passe
Tipos de movimentações no polo
aquático.
64. Os arremessos são feitos com direção para a baliza, em nome comum chama-se
remate, mas o nome mais técnico e especifico é o arremesso, pois este é feito com
uma mão envolvendo a força do braço o atleta atira a bola na esperança de
conquistar o golo para a equipa.
Arremessos
65. A condução no polo aquático é feita como nesta imagem explicita, a bola a frente de
cara e depois com a mão move-a através das ondas que o nado provoca.
Condução
66. Os jogadores precisam de rodar rapidamente ao longo de um eixo longitudinal. Às
vezes, nadam para recuperar a bola e lança-la enquanto giram.
Enquanto o braço lançador procura segurar a bola dentro de água, o outro inicia o
giro. O ombro é inclinado para baixo.
O braço lançador está estendido e pronto para lançar.
Passe
68. Agora vamos apresentar este trabalho de uma forma muito mais resumida e que
facilitara o entendimento do polo.
http://www.youtube.com/watch?v=qykzkN99sbU&feature=related
69. Na realização deste trabalho concluímos que o polo aquático é um desporto com
uma carga de trabalho complexa que exige uma preparação física muito elevada.
Contudo quem gosta deste desporto sente que as novas gerações estão se a afastar
do polo levando a uma extinção deste desporto.
“Eu acho que as novas gerações estão cada vez mais interessadas no desporto rei,
futebol, pois existe mais icon´s conhecidos, deixando os desportos como o polo e outros
mais abandonados…”
Nuno Ribeiro, jogador de polo aquático do clube fluvial portuense
Conclusão