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PAPA JOÃO PAULO II
BEATO JOÃO PAULO II 262º PAPA
Beato João Paulo II em 2004
Totus tuus
Nome de
nascimento
Karol Józef Wojtyła
Nascimento 18 de maio de 1920
Wadowice, Pequena Polónia
Polónia
Eleição 16 de Outubro de 1978
Entronização 22 de Outubro de 1978
Fim do
pontificado
2 de Abril de 2005 (27 anos)
Morte 2 de Abril de 2005 (84 anos)
Vaticano
Antecessor João Paulo I
Sucessor Bento XVI
Assinatura
Listas dos papas: cronológica · alfabética
Veneração
por
Igreja Católica
Beatificação 1 de maio de 2011, Cidade do
Vaticano por Papa Bento XVI
Festa
litúrgica
22 de outubro
Padroeiro Co-patrono da Jornada Mundial da
Juventude, dos jovens
Portal dos Santos
Beato Papa João Paulo II (em latim: Ioannes Paulus PP. II,
em italiano: Giovanni Paolo II, em polaco: Jan Paweł II, nascido Karol Józef
Wojtyła, 18 de Maio de 1920 – 2 de Abril de 2005) foi o papa e líder mundial
da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16
de Outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado
documentado da história; depois dos papas São Pedro, que reinou trinta e quatro
anos, e Papa Pio IX, que reinou por trinta e um anos. Foi o único
Papa eslavo e polaco até a sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde
o holandês Papa Adriano VI em 1522.
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século
XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e talvez em
toda a Europa, bem como significante na melhora das relações da Igreja Católica
com o judaísmo, Islã, Igreja Ortodoxa, religiões orientais e a Comunhão
Anglicana. Apesar de ter sido criticado por sua oposição à contracepção e
a ordenação de mulheres, bem como o apoio ao Concílio Vaticano II e sua
reforma das missas, também foi elogiado.
Foi um dos líderes que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países
durante o seu pontificado. Sabia se expressar nos seguintes
idiomas:italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, s
ervo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco, sua língua nativa.
Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou
1340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus
predecessores juntos pelos cinco séculos passados. Em 2 de abril de 2005,
faleceu devido a sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinson. Em
19 de Dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu
sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato em 1 de Maio de 2011
pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano.
História pessoal
Karol Józef Wojtyła ( pronunciação polaca ) nasceu em Wadowice, uma
pequena localidade ao sul da Polónia, a 50 quilómetros de Cracóvia; o mais novo
dos três filhos de Karol Wojtyła, um polonês e de Emilia Kaczorowska, que é
descrita como tendo ascendência lituana e, possivelmente, ucraniana. Emília
morreu em 13 de abril de 1929, quando Karol tinha apenas 8 anos de idade. Sua
irmã mais velha, Olga, já tinha morrido antes de seu nascimento, e ele ficou muito
próximo de seu irmão Edmund, que era 14 anos mais velho e era chamado
deMundek. O seu trabalho como médico eventualmente o levaria à morte
por escarlatina, o que deixou Karol muito abalado.
Ainda garoto, Karol demonstrou interesse pelos esportes, geralmente
jogando futebol na posição de goleiro. Durante a sua adolescência, ele travou
contato com a grande comunidade judaica de Wadowice e os jogos de futebol
eram disputados entre os times de judeus e católicos, com Wojtyła muitas vezes
jogando ao lado dos judeus.
Em meados de 1938, Karol e seu pai deixaram Wadowice e se mudaram
para Cracóvia, onde ele se matriculou na Universidade Jaguelônica. Enquanto ele
se dedicava ao estudo de tópicos como filologia e diversas línguas na
universidade, Karol também se prontificou como voluntário na biblioteca, além de
ter sido obrigado a participar no alistamento obrigatório, servindo na chamada
"Legião Acadêmica". Contudo, ele se recusou a atirar. Ele ainda participou de
diversos grupos teatrais, atuando principalmente como dramaturgo. Foi nesta
época que o seu talento para as línguas floresceu e ele aprendeu 12 línguas
diferentes, nove das quais ele usaria extensivamente no futuro como papa.
Em 1939, as forças de ocupação da Alemanha Nazista fecharam a
Universidade Jaguelônica após a invasão da Polônia no início da Segunda Guerra
Mundial. Todos os homens capazes foram obrigados a trabalhar e assim, de
1940 até 1944, Karol trabalhou em empregos tão diversos como mensageiro para
um restaurante, operário numa mina de calcário e para a indústria
química Solvay, tudo isso para evitar ser deportado para a Alemanha. Seu pai,
um suboficial no Exército da Polônia, morreu de ataque cardíaco em 1941,
deixando Karol como o último sobrevivente de seu grupo familiar imediato. "Eu
não estive presente na morte de minha mãe, nem na do meu irmão e nem na do
meu pai", ele disse, refletindo sobre esta época de sua vida, quase quarenta anos
depois, "Aos vinte, eu já tinha perdido todos os que amava".
Após a morte de seu pai, ele começou a considerar seriamente a ideia
do sacerdócio. Em outubro de 1942, ele bateu às portas do palácio arcebispal de
Cracóvia e pediu para estudar. Logo em seguida ele começou a ter aulas
no seminário clandestino comandado pelo arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan
Sapieha.
Em 29 de fevereiro de 1944, Karol foi atropelado por um caminhão da
Wehrmacht. O oficial alemão da Wehrmacht cuidou dele o enviou para um
hospital, onde Karol passou duas semanas se recuperando de
uma concussão séria e um ferimento nos ombros. Para ele, o acidente e a sua
sobrevivência foram a confirmação de sua vocação. Em 6 de agosto de 1944, o
chamado "Domingo Negro", a Gestapojuntou os homens de Cracóvia para evitar
uma rebelião similar à anterior, ocorrida em Varsóvia. Karol escapou se
escondendo no porão da casa de um tio na rua Tyniecka, número 10, enquanto
as tropas alemãs vasculhavam os andares superiores. Mais de oito mil homens e
rapazes foram levados presos naquele dia, mas Karol conseguiu depois escapar
para o palácio do arcebispo, onde ele permaneceria até a retirada dos alemães.
Na noite de 17 de janeiro de 1945, os alemães fugiram da cidade e os
estudantes puderam retomar o então arruinado seminário. Karol e outros
seminaristas ofereceram-se para limpar pilhas de imundíces congeladas que se
acumularam nas latrinas. Karol também ajudou uma garota judia de 14 anos
chamada Edith Zierer, que tinha fugido de um campo de trabalho alemão
em Częstochowa. Edith havia desmaiado na plataforma de trens e Karol a
carregou e ficou com ela durante toda a viagem até Cracóvia. Ela afirma que
Karol salvou-lhe a vida naquele dia. A organização judaica B'nai B'rith afirma que
Karol ajudou a proteger muitos outros judeus poloneses dos nazistas, além de ter
priorizado a amizade com os judeus.
Após a guerra, enquanto vivia em Cracóvia, Karol envolveu-se em uma
perseguição de motocicletas em alta velocidade, escapando por pouco da polícia
polonesa.
Sacerdócio
Ao terminar os estudos no seminário de Cracóvia, Karol foi ordenado padre
em 1 de novembro de 1946, Dia de Todos os Santos, pelo seu protetor, o
arcebispo de Cracóvia Adam Sapieha. Ele então foi estudar Teologia em Roma,
na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, onde ele conseguiu a sua
licenciatura e, posteriormente, o doutorado em Teologia (o primeiro), com a
tese A Doutrina da Fé segundo São João da Cruz.
Retornou para a Polônia no verão de 1948 com sua primeira tarefa pastoral
na vila de Niegowić, a 24 km de Cracóvia. Chegou à vila na época da colheita e a
sua primeira ação foi se ajoelhar e beijar o chão. Este gesto, que ele adaptou do
santo francês Jean Marie Baptiste Vianney. tornar-se-ia sua "marca registrada"
durante o seu papado.
Em março de 1949, Karol foi transferido para a paróquia de São Floriano,
em Cracóvia. Ele lecionou Ética na Universidade Jaguelônica e,
posteriormente, Universidade Católica de Lublin (hoje rebatizada em sua
homenagem). Enquanto lecionava, juntou um grupo de aproximadamente 20
Emilia e Karol Wojtyla, pais do Beato João Paulo II
jovens à sua volta que passaram a se chamar de Rodzinka, a "pequena família".
Eles se encontravam para rezar, para discutir filosofia e para ajudar os cegos e os
doentes. O grupo eventualmente cresceria até ter aproximadamente 200 pessoas
e suas atividades se expandiram para incluir viagens anuais para esquiar e para
andar de caiaque.
Em 1954 Karol Wojtyła obteve o seu segundo doutorado, em Filosofia,
com uma tese avaliando a viabilidade de uma ética católica baseada no sistema
ético do fenomenologista Max Scheler. Porém, a intervenção das autoridades
comunistas impediu que ele recebesse o grau até 1957.
Durante este período, Wojtyła escreveu uma série de artigos no jornal
católico de Cracóvia, Tygodnik Powszechny ("Semanal Universal"), que tratava
com os assuntos importantes na época para a Igreja. Ele se focou em criar uma
obra literária original durante os primeiros doze anos do sacerdócio. A guerra, a
vida sob o comunismo e suas responsabilidades pastorais foram inspiração para
as suas peças e sua poesia. Karol publicou trabalhos se utilizando de
dois pseudônimos - Andrzej Jawień e Stanisław Andrzej Gruda - para distinguir
sua literatura de suas obras religiosas (que eram publicadas sob seu nome) e
também para que elas fossem consideradas por seus próprios méritos. Em 1960,
Karol publicou o influente livro teológico Love and Responsibility ("Amor e
Responsabilidade"), uma defesa dos ensinamentos tradicionais da Igreja sobre o
casamento a partir de um ponto de vista filosófico novo.
Bispo e cardeal
Em 4 de julho de 1958, enquanto Karol estava em férias, andando de
caiaque nos lagos da região norte da Polônia, o papa Pio XII o elevou à posição
de bispo-auxiliar de Cracóvia. Ele foi então convocado a Varsóvia para se
encontrar com o primaz da Polônia, o cardeal Wyszyński, que o informou de sua
nova função. Ele concordou em servir como bispo auxiliar junto
ao arcebispo Eugeniusz Baziak e ele foi ordenado ao episcopado (como bispo
titular de Ombi) em 28 de setembro de 1958. O arcebispo Baziak foi o principal
consagrador. Os então bispos auxiliares Boleslaw Kominek (futuro cardeal-
arcebispo de Wroclaw) e Franciszek Jop (futuro bispo de Opole) foram os
principais co-consagradores. Com a idade de 38 anos, Karol se tornara o mais
jovem bispo da Polônia. O arcebispo Bakiak viria a morrer em junho de 1962 e,
em 16 de julho, Karol Wojtyła foi escolhido como vigário capitular (administrador
temporário) da arquidiocese até que um novo arcebispo pudesse ser escolhido.
Em outubro de 1962, Karol participou do Concílio Vaticano II (1962-1965),
no qual ele contribuiu com dois dos mais importantes e históricos resultados
do concílio, o "Decreto sobre a Liberdade Religiosa" (em latim: Dignitatis
Humanae) e a "Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno" (Gaudium et
Spes).
Ele também participou de todas as reuniões do Sínodo dos Bispos. Em 13
de janeiro de 1964, o papa Paulo VI o elevou a arcebispo da Cracóvia. Em 26 de
junho de 1967, Paulo VI anunciou a promoção do arcebispo Karol Wojtyła
ao Colégio de Cardeais. Wojtyła foi nomeado cardeal-padre do titulus de San
Cesareo in Palatio.
Em 1967, ele foi importante na formulação da encíclica Humanae Vitae,
que trata das mesmas questões que impedem o aborto e o controle de
natalidade por meios não-naturais. Em 1970, de acordo com uma testemunha
contemporânea, o cardeal Wojtyła foi contra a distribuição de uma carta nas
redondezas de Cracóvia afirmando que o episcopado polonês estava se
preparando para comemorar os cinquenta anos da Guerra Soviético-
Polonesa (lembrando que a Polônia estava então sob jugo soviético).
Eleição para o papado
Em agosto de 1978, após a morte de papa Paulo VI, o Cardeal Wojtyła
votou no conclave papal que elegeu papa João Paulo I, que aos 65 anos foi
considerado jovem pelos padrões papais. João Paulo I morreu após somente 33
dias como Papa, precipitando assim um outro conclave.
O recém-eleito Papa João Paulo II na varanda.
O segundo conclave de 1978 começou em 14 de outubro, dez dias após o
funeral do papa João Paulo I. Foi dividido entre dois fortes candidatos ao
papado: Cardeal Giuseppe Siri, o conservadorArcebispo de Gênova, e
o liberal Arcebispo de Florença, Cardeal Giovanni Benelli, um colaborador
próximo de João Paulo I.
Os defensores da Benelli estavam confiantes de que ele seria eleito, e no
início da votação, Benelli estava com nove votos. Entretanto, a magnitude da
oposição a ambos significava que possivelmente nenhum deles receberia os
votos necessários para ser eleito, e o Cardeal Franz König, Arcebispo de Viena,
individualmente sugeriu a seus colegas eleitores um candidato de compromisso:
o Cardeal polonês, Karol Józef Wojtyła. finalmente ganhou a eleição na oitava
votação no segundo dia, de acordo com a imprensa italiana, com 99 votos dos
111 eleitores participantes. Em seguida, ele escolheu o nome de João Paulo II
em homenagem ao seu antecessor, e a tradicional fumaça branca informou a
multidão reunida na Praça de São Pedro, que um papa havia sido escolhido. Ele
aceitou sua eleição com essas palavras: ‘Com obediência na fé em Cristo, meu
Senhor, e com confiança na Mãe de Cristo e da Igreja, apesar das grandes
dificuldades, eu aceito.’ Quando o novo pontífice apareceu na varanda, ele
quebrou a tradição, dizendo a multidão reunida:
“ Queridos irmãos e irmãs, todos estamos ainda tristes com a morte do
querido papa João Paulo I. E agora os eminentíssimos Cardeais
chamaram um novo Bispo de Roma. Chamaram-no de um país distante…
Distante, mas sempre muito próximo pela comunhão na fé e na tradição
cristã. Tive medo ao receber esta nomeação, mas o fiz com espírito de
obediência a Nosso Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem
Santíssima. Não sei se posso expressar-me bem na vossa... na nossa
língua italiana. Se eu cometer um erro, por favor ‘korrijam’ [sic] me... ”
Wojtyła tornou-se o 262 º papa de acordo com a ordem cronológica lista
dos Papas e o primeiro papa não-italiano em 455 anos. Com apenas 58 anos de
idade, ele foi o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos.
Assim como seu antecessor imediato, João Paulo II dispensou a
traditional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica que
simplificou acerimônia de posse papal, em 23 de outubro de 1978. Durante a sua
posse, quando os cardeais estavam a ajoelhar-se diante dele para tomar seus
votos e beijar o Anel do Pescador, ele levantou-se quando o prelado
polonês, Cardeal Stefan Wyszyński, ajoelhou-se, interrompeu-o e simplesmente
deu-lhe um abraço.
Brasão e lema
O brasão de João Paulo II foi criado por Bruno Bernard Heim.
Descrição: Escudo eclesiástico. Campo de azul, com uma cruz
latina de jalde adestrada acompanhada de uma letra "M" do mesmo, no cantão
dextro da ponta O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado
sobre duas chaves "decussadas", a primeira de jalde e a segunda de argente,
atadas por um cordão de goles, com os seus pingentes. Timbre: a tiara papal de
argente com três coroas de jalde. Sob o escudo, um listel de blau com o mote:
"TOTVS TVVS", em letras de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois
anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla,
de jalde.
Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os
eclesiásticos. O campo de blau representa o firmamento celeste e ainda o manto
de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade,
fortaleza, boa fama e nobreza. A cruz é o instrumento da salvação de todos
os homens e representa Jesus Cristo e, sendo de jalde (ouro), simboliza: nobreza,
autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. A letra "M" representa
a Virgem Maria, que segundo a doutrina católica seria a principal intercessora
do gênero humano, e esteve todo o tempo junto à cruz de seu Filho (Jo 19,25),
sendo de jalde (ouro), tem o significado já descrito deste metal. Os elementos
externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves
"decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos de
suposto poder espiritual e poder temporal. E são uma referência do poder máximo
do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra
que Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o
que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será
desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do
Brasão pontifício de João Paulo II.
poder supostamente dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. Quanto
a tiara papal usada como timbre, no entanto não há certeza sobre o que as três
coroas da Tiara tripla simbolizam, como é evidente, há uma multiplicidade de
interpretações que têm sido propostas. Alguns a vinculam à autoridade tripla do
papa como "Pastor Universal (tiara superior), Competência Eclesiástica Universal
(tiara do centro) e o Poder Temporal (tiara inferior)". No listel o lema "TOTVS
TVVS", é uma expressão da imensa confiança do papa na Virgem Maria: "Sou
todo teu, Maria", sendo que ele colocou toda a sua vida sacerdotal sob a proteção
da Virgem.
Pontificado
Com mais de 26 anos, é o terceiro pontificado mais longo da História da
Igreja Católica. Alguns números que se destacam são o de viagens pastorais fora
da Itália (mais de 100, visitando 129 países e mais de 1000 localidades),
cerimónias de beatificação (147) e canonizações (51), nas quais foram
proclamados 1338 beatos e 482 santos. É considerado pelo seu carisma e
habilidade para lidar com os meios de comunicação social, o Papa mais popular
da História.
A primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra
o comunismo na Polónia e restantes países da Europa de Leste e do mundo.
Muitos poloneses consideram que o marco inicial da derrocada comunista foi o
discurso de João Paulo II em 2 de Junho de 1979, quando falou a meio milhão de
compatriotas em Varsóvia e destacou o trabalho do Solidariedade. "Sem o
discurso de Wojtyla, o cenário teria sido diferente. O Solidariedade e o povo não
teriam se sentido fortes e unidos para levar a luta adiante", acredita o escritor e
jornalista Mieczylaw Czuma. "Foi o papa que nos disse para não ter medo." Dez
anos depois, as eleições de 4 de Junho de 1989 foram uma "revolução sem
sangue" e encorajaram outros países do bloco comunista a se liberar de
Moscovo. A data tornou-se simbólica da fim do socialismo real. O movimento
João Paulo II em visita ao Parlamento Polonês a 11 de
Junho de 1999.
sindical Solidariedade, liderado por Lech Walesa, obteve a vitória nas primeiras
eleições parcialmente livres de todo o bloco comunista.
João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com
o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da
Libertação.
"Não é possível compreender o homem a partir de uma visão económica
unilateral, e nem mesmo poderá ser definido de acordo com a divisão de
classes.", disse aos bispos brasileiros em 26 de Novembro de 2002. Durante a
sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações
tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, condenou
o embargo económico dos E.U.A. ao país. Em 2003, por intermédio do
cardeal Angelo Sodano, enviou uma carta ao presidente Fidel Castro criticando
"as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as
condenações à pena capital". Condenou também o terrorismo e o ataque
ao World Trade Center ocorrido em 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos
da América.
Em relação ao Concílio Vaticano II, no qual João Paulo II participou, ele
tentou ativamente continuar as reformas e as ideias saídas deste Concílio,
nomeadamente sobre o ecumenismo e sobre a abertura da Igreja ao mundo
moderno. O Cónego João Seabra afirmou que João Paulo II "é um homem do
Concílio, na sua doutrina, na sua concepção do mundo, na sua pastoral. O seu
modelo de Igreja é daLumen Gentium, a sua liturgia é da Sacrosanctum
Concilium, a sua pastoral social é da Gaudium et Spes, João Paulo II é o Concílio
em Marcha. Nesse sentido o concílio, na maneira como foi lido e aplicado pelo
grande Papa João Paulo II, teve uma grande importância na queda
do comunismo".
Diálogo inter-religioso
A "Mãe de Deus de Kazan".
“ A URI e a Teosofia
A Religião Mundial Já Está Oficialmente Criada!! Equivalente Espiritual das
Nações Unidas!!
“A Iniciativa das Religiões Unidas ( United Religions Initiative, U.R.I. )
representa a mais recente tentativa de amplo alcance da para unir as religiões
com fins globalistas.
Tudo começou em 1993 numa sessão do “Parlamento das Religiões” de Chicago.
A idéia de formar uma autoridade internacional dedicada a unificar as religiões do
mundo e constituir um ramo espiritual das Nações Unidas, foi proposta por Sir
Sigmund Sternberg, na sua qualidade de diretor do I.C.C.J., Conselho
Internacional dos Cristãos e Judeus, conjuntamente a Robert Muller, ilustre
representante New Age junto às Nações Unidas.
A ideia de Robert Muller e de Sternberg já havia avançado e no dia 25 de
Junho de 1995, na ocasião de uma cerimônia sincretista na catedral de S.
Francisco para o 50° aniversário daCarta da O.N.U., quando o bispo
presbiteriano William Edwin Swing havia anunciado a intenção de fundar a United
Religions(Religiões Unidas).
As conferências U.R.I. foram em breve estendidas aos cinco continentes,
com a participação de cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, baha’i, hindus,
zoroastrianos, sikh, seguidores do New Age e da Wicca (movimento neo-pagão
de cultores da bruxaria), etc. Ali se decidiu elaborar mapas para a meados do ano
2000, envolvendo políticos conhecidos pelas suas iniciativas de orações comuns
– no estilo de Assis – para proceder enfim à fundação oficial da nova organização,
a U.R.I., que tinha no seu plano de ação o objetivo de promover uma durável
cooperação inter-religiosa e criar uma cultura de justiça e paz. Para isto era
Bispo W. E Swing
necessário induzir religiosos e leigos à gradual aceitação dessa Nova Religião
derivada de uma filosofia (teosofia) e ecologia espiritual.
Para contribuir com esta iniciativa, alguns bispos católicos fundaram, com o
apoio de João Paulo II, a World Conference on Religion and Peace
(W.C.R.P), Conferência mundial para a Religião e a Paz, creditada junto à
O.N.U., presente em mais de 100 países e cujo primeiro presidente foi o
arcebispo de Nova Dehli, Angelo Fernandes. Presidente da seção italiana do
W.C.R.P. é Lisa Palmieri Billig, representante para a Itália da Anti Defamation
League do B’nai B’rith, com sede em Roma.
A sexta assembleia-geral da Conferência no dia 3 de Novembro de 1994
teve seus trabalhos de abertura na sala sinodal da Santa Sé. Era a primeira
conferência inter-religiosa no Vaticano, com a presença pessoal de João Paulo II
na veste de presidente de uma assembleia de quase mil representantes de quinze
crenças diversas, inclusive as religiões indígenas da África, Austrália e Oceania.
João Paulo II em Assis 1986. Sacerdotes do Panteão de Assis.
Sob a cúpula vaticana ecoaram por duas horas, na presença de João
Paulo II, versos hebraicos e do Alcorão, bem como invocações para a paz dos
xintoístas, budistas e hindus, entremeados por blues africanos.
A Declaração final das Conferências afirmava: Dominamos a natureza
como se essa fosse nossa, e esta arrogância é uma causa primária da atual crise
ecológica. Na nossa obra de restauração da harmonia e da vida normal, devemos
começar por arrepender-nos das nossas ações destrutivas e efetuar
uma mudança desde um modelo antropocêntrico a um bio-cêntrico ecocêntrico.
Não é esta uma declaração que exalta a criação acima do Criador, ou Deus
imaginário como afirma a teosofia? Chamam a isto de progresso, mas não passa
de um retorno ao passado. Declaram o estado como laico e o conduzem de volta
ao paganismo. Na verdade são apenas estratégias para se libertarem da cultura
judaico-cristã e banirem Deus do universo o qual criou. Estes são os mesmo que
promovem os movimentos contra cultura a fim de destruir as famílias.
Estes são os apoiadores do anticristo, do governo supranacional e, como
pode ser percebido, quem o promove é o falso cristianismo, que no momento está
sendo usado, mas a organização Besta, quando não precisar mais de seus
serviços o destruírá.
Afirmo isto sem o menor temor de errar porque a mesma profecia que
informou que todas estas coisas aconteceriam também informa que a grande
Babilônia que é este cristianismo misturado será destruído: Caiu, caiu a grande
Babilônia.
* * * * * * * * * * * * * *
Obs.: As religiões e doutrinações satanistas estão focadas no homem. A
exaltação do ego é o seu principal ponto e o que atrai as pessoas que buscam
significância neste mundo tenebroso. A Teosofia não podia ser diferente por ser
ela uma filosofia luciferiana.”
Marcelo Alberto
http://setimoshofar.blogspot.com.br/2012/05/o-aquecimento-global-e-religiao.html
O papa João Paulo II viajou extensivamente e se encontrou com fiéis das
mais diferentes crenças. Ele constantemente tentou encontrar afinidades,
doutrinárias e dogmáticas. No Dia da Oração realizado emAssis em 27 de outubro
de 1986, mais de 120 representantes de diferentes religiões e denominações
cristãs passaram o dia em jejum e oração em honra ao seu(s) Deus(es).
João Paulo II, Assis, 27 de outubro de 1986
No espírito de “tamanho não interessa”, a viagem de outubro de 1986
de João Paulo a Assis esteve entre os mais curtos trajetos de seu pontificado,
mas também um dos mais significativos. A ideia foi a de reunir os líderes das
religiões do mundo para rezar pela paz no berço do primeiro embaixador do
catolicismo da unidade, São Francisco. Visto que a Igreja tem mais de 2 mil anos
de história, é difícil encontrar algo verdadeiramente sem precedentes, mas esse
foi um grande acontecimento: um pontífice romano ao lado de rabinos, muftis,
xamãs e monges budistas, em um apelo comum para o Todo-Poderoso. O evento
teve um significado duradouro por três razões.
Primeiro, emprestou um poderoso ímpeto ao diálogo inter-religioso e
colaborativo. João Paulo II convocaria, mais tarde, duas outras cúpulas em Assis,
em 1993 e 2002, e a Comunidade de Santo Egídio começou a organizar um
encontro anual de líderes religiosos “no espírito de Assis”.
Em segundo lugar, demonstrou a capacidade única do papado de unir
personalidades díspares para galvanizar a atenção da mídia e mover opiniões. O
arcebispo de Canterbury,Robert Runcie, disse: “Só o ministério petrino poderia
convocar uma assembleia como esta”.
Terceiro, enfatizou por que o historiador italiano e fundador da Santo
Egídio, Andrea Riccardi, afirmou que João Paulo II não poderia exatamente ser
entendido como um “conservador”, uma vez que ele enfrentou duras críticas da
direita católica pelo fato de que Assis corria o risco de beirar o sincretismo e o
relativismo religioso. Em vez disso, Riccardi propôs que João Paulo fosse
recordado como “o papa da complexidade católica”.
Anglicanismo
O Papa João Paulo II tinha boas relações com a Igreja da Inglaterra,
chamada por seu predecessor, Paulo VI, como "nossa amada Igreja Irmã". Ele
discursou na Catedral de Cantuária durante a sua visita à Grã Bretanha, e
recebeu o Arcebispo de Cantuária de forma amistosa e cortês. Porém, ele se
desapontou com decisão da Igreja da Inglaterra, de oferecer o sacramento das
Ordens Sagradasàs mulheres, e viu nisto um passo contra a reunião entre
a Comunhão Anglicana e a Igreja Católica.
João Paulo II fez históricos esforços ecumênicos com a Comunhão
Anglicana, e apoiou o estabelecimento da Igreja Católica de Nossa Senhora da
Expiação (Uso Anglicano), em cooperação com o Arcebispo Patrick Flores de San
Antonio, Texas, nos Estados Unidos.
Em 1980, João Paulo II emitiu uma Provisão Pastoral, permitindo que
padres anglicanos convertidos casados, se tornassem sacerdotes católicos e que
as antigas paróquias episcopais fossem aceitas na Igreja Católica. Ele permitiu a
criação do uso anglicano no rito latino, que incorpora o Livro de Oração
Comum anglicano.
Luteranismo
Em 15-19 de novembro de 1980, João Paulo II visitou a Alemanha
Ocidental, em sua primeira visita a um país com uma grande população luterana.
Em Mainz, ele se encontrou com líderes luteranos e de outras
denominações protestantes, além de outras denominações cristãs.
Em 11 de dezembro de 1983, ele participou de um serviço ecumênico na
Igreja Evangélica Luterana em Roma.
Em sua peregrinação apostólica
à Noruega, Finlândia, Dinamarca e Suécia entre 1 e 10 de junho de 1989, João
Paulo II se tornou o primeiro papa a visitar países majoritariamente luteranos.
Além de celebrar missas com fiéis católicos, ele participou de serviços
ecumênicos em lugares que haviam sido igrejas católicas antes da reforma
luterana, no século XVI, como a Catedral de Nidaros, na Noruega, próximo da
Igreja de Santo Olavo, em Thingvellir, na Islândia, a Catedral de Turku na
Finlândia, a Catedral de Roskilde, na Dinamarca e a Catedral de Uppsala, na
Suécia.
Em 31 de outubro de 1999 (o 482º aniversário do Dia da Reforma, o dia em
que Lutero pregou as 95 teses), representantes do Vaticano e da Lutheran World
Federation (LWF) assinaram a Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da
Justificação como um gesto de unidade. A assinatura foi fruto do diálogo teológico
que vinha ocorrendo entre a LWF e o Vaticano desde 195.
Judaísmo
As relações entre o catolicismo e o judaísmo melhoraram durante o
pontificado de João Paulo II Ele falou com frequência sobre a relação da Igreja
com os judeus.
Em 1979, João Paulo II se tornou o primeiro papa a visitar o campo de
concentração Auschwitz, na Polônia, onde muitos de seus compatriotas
(majoritariamente judeus poloneses) haviam perecido durante a ocupação alemã
da Polônia na Segunda Guerra Mundial. Em 1998, o papa publicou "Nós
Lembramos: Uma Reflexão sobre a Shoah", que delineou seu pensamento sobre
o Holocausto. Ele se tornou o primeiro papa a fazer uma visita papal oficial a
uma sinagoga, quando ele visitou a Grande Sinagoga de Roma em 13 de abril de
1986.
Em 1994, João Paulo II estabeleceu relações diplomáticas formais entre
a Santa Sé e o Estado de Israel, reconhecendo sua importância central na vida e
fé judaicas. Em honra a este evento, o papa João Paulo II patrocinou o "Concerto
Papal para Comemoração do Holocausto". Este concerto, que foi concebido e
conduzido pelo maestro norte-americano Gilbert Levine, contou com a presença
de Elio Toaff, o Rabino principal de Roma, do presidente da Itália e de
sobreviventes do Holocausto vindos do mundo inteiro.
Em março de 2000, João Paulo II visitou o memorial de Yad Vashem, um
monumento nacional israelense em honra às vítimas e heróis do Holocausto, e
depois entrou para a história ao tocar um dos mais sagrados objetos de devoção
do Judaísmo, o Muro das Lamentações, seguindo o costume de colocar uma
carta entre as frestas de seus tijolos (na qual ele pediu perdão pelas perseguições
contra os judeus). Em parte do seu discurso, ele disse: "Eu asseguro o povo judeu
que a Igreja Católica... está profundamente entristecida pelo ódio, atos de
perseguição e mostras de anti-semitismo dirigidas contra os judeus pelos cristãos,
à qualquer tempo, em qualquer lugar" e acrescentou que "não há palavras fortes
o suficiente para deplorar a terrível tragédia do Holocausto". O ministro
israelense, rabino Michael Melchior, que foi o anfitrião do papa durante a visita,
disse que estava "muito comovido" pelo gesto do papa:
“ Foi além da história, além da memória. ”
— Rabino Michael Melchior, em 26 de março de 2000, durante a visita de
João Paulo II a Israel[103]
,
“ Nós estamos profundamente entristecidos pelo comportamento dos que,
no curso da história, provocaram sofrimento às suas crianças e, ao pedir
perdão, desejamos nos comprometer com uma irmandade genuína com
o povo da Aliança ”
— Papa João Paulo II, em 12 de março de 2000, numa nota deixada no Muro
das Lamentações,
Em outubro de 2003, Liga Anti-Difamação (ADL, da sigla em inglês) emitiu
um comunicado congratulando João Paulo II por seu vigésimo-quinto ano de
papado. Em janeiro de 2005, João Paulo II se tornou o primeiro papa a receber
a benção sacerdotal de um rabino, quando Benjamin Blech, Barry Dov Schwartz
e Jack Bemporad visitaram o pontífice no Salão Clementino do Palácio
Apostólico.
Imediatamente após a morte de João Paulo II, a ADL emitiu um
comunicado afirmando que o papa João Paulo II havia revolucionado as relações
entre católicos e judeus e que "mais mudanças para melhor haviam ocorrido em
seus vinte e sete anos de papado do que nos quase 2000 anos anteriores". Em
outro comunicado, emitido pelo diretor do conselho para assuntos australianos,
israelenses e judaicos de Israel, o dr. Colin Rubenstein, afirmou que "O papa será
lembrado por sua inspiradora lembrança espiritual em prol da causa da liberdade
e da humanidade. Ele conseguiu muito mais em termos de transformar as
relações tanto com o povo judeu quanto com o Estado de Israel do que qualquer
outra figura na história da Igreja Católica".
“ Com o judaísmo, portanto, nós temos uma relação com a qual não temos
com qualquer outra religião. Vocês são nossos queridos irmãos e, de certa
forma, pode-se dizer que vocês são os nossos irmãos mais velhos ”
— papa João Paulo II, em 13 de abril de 1986,
Igreja Ortodoxa
Em maio de 1999, João Paulo II visitou a Romênia, a convite do
patriarca Teoctist Arăpaşu, da Igreja Ortodoxa Romena. Foi a primeira vez que
um papa visitou um país predominantemente ortodoxo desde o Grande Cisma em
1054 d.C. Quando ele chegou, o patriarca e o presidente da Romênia, Emil
Constantinescu, receberam o papa. O patriarca depois afirmou: "O segundo
milênio da história cristã começou com uma dolorosa chaga na unidade da Igreja;
o fim deste milênio assiste agora a um real compromisso de restaurar a unidade
cristã.".
João Paulo II visitou outro país fortemente ortodoxo na região, a Ucrânia,
entre 23 e 27 de junho de 2001, a convite do presidente da Ucrânia e dos bispos
da Igreja Católica Grega da Ucrânica. O papa falou aos líderes do "Concílio Geral
das Igrejas e Organizações Religiosas Ucraniano", rogando por "um diálogo
aberto, tolerante e honesto". Por volta de 200 mil pessoas compareceram às
cerimônias litúrgicas celebradas pelo papa em Kiev e a liturgia em Lviv juntou
quase um milhão e meio de fiéis. João Paulo II afirmou que terminar com o
Grande Cisma era um dos seus mais queridos desejos[110]
. Por muitos anos, João
Paulo II tentou facilitar o diálogo e a unidade, afirmando já em 1988,
na encíclica Euntes in Mundum, que a "Europa tem dois pulmões e jamais irá
respirar direito enquanto não usar ambos".
Durante as suas viagens de 2001, João Paulo II se tornou o primeiro papa
a visitar a Grécia em 1291 anos; Em Atenas, o papa se encontrou com Cristódulo
de Atenas, o arcebispo líder da Igreja Ortodoxa Grega. Após um encontro privado
de 30 minutos, os dois falaram ao público. Cristódulo leu uma lista de "13
ofensas" da Igreja Católica contra a Igreja Ortodoxa desde o Grande Cisma,
incluindo o saque de Constantinopla pelos cruzados (1204), e reclamou pela falta
de um pedido de desculpas da Igreja Católica Romana, afirmando "Até agora, não
se conhecia um único pedido de perdão" pelos"cruzados maníacos do século
XIII"'.
O papa respondeu dizendo "Pelas vezes, passadas e presentes, quando
filhos e filhas da Igreja Católica pecaram, por ação ou omissão, contra nossos
irmãos e irmãs ortodoxos, que o Senhor nos conceda o perdão"', ao que
Cristódulo imediatamente aplaudiu. João Paulo II disse que o saque de
Constantinopla era a causa de um "profundo pesar" para os católicos.
Posteriormente, João Paulo e Cristódulo se encontraram no lugar onde São
Paulo um dia pregara para os cristão atenienses. Ali, eles emitiram um
"comunicado conjunto", dizendo "Faremos tudo o que estiver em nosso poder
para que as raízes cristãs da Europa e a sua alma cristã seja preservada.... Nós
condenamos todos os recursos à violência, ao proselitismo e ao fanatismo em
nome da religião". Os dois líderes então rezaram o Pai Nosso juntos, quebrando
um antigo tabu ortodoxo contra rezar juntamente com católicos.
O papa sempre afirmou, por todo o seu pontificado, que um dos seus
grandes sonhos era visitar a Rússia, mas isso jamais ocorreu. Ele tentou resolver
os problemas que surgiram durante a história entre a Igreja Católica e a Igreja
Ortodoxa Russa, como quando ele determinou a devolução à Igreja Ortodoxa
Russa do Ícone de "Nossa Senhora de Kazan", a "Theotokos" e sempre Virgem
Maria. No dia 28 de agosto de 2004, a "Solenidade da gloriosíssima Dormição
da Theotokos", delegação representativa da Igreja Católica, chefiada pelo
cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da
Unidade dos Cristãos, entregou o ícone, depois de um solene ofício na Catedral
da Dormição, no Kremlim, em Moscovo, em que participaram numerosos fiéis.
Budismo
O décimo-quarto Dalai Lama, Tenzin Gyatso, visitou o papa João Paulo II
oito vezes, mais do que qualquer outro dignitário. Ambos compartilhavam visões
similares e compreendiam o sofrimento do outro, ambos vindos de países
afetados pelo comunismo e sendo grandes líderes de grandes religiões.
Islã
O papa João Paulo II fez consideráveis esforços para melhorar as relações
entre o catolicismo e o islamismo.
Em 6 de maio de 2001, o papa João Paulo II se tornou o primeiro papa
católico da história a entrar e rezar numa mesquita. Respeitosamente removendo
os seus sapatos, ele entrou na Mesquita dos Omíadas, um antiga igreja
cristã bizantina dedicada a São João Batista (que, acredita-se, está enterrado lá),
em Damasco, na Síria, e ali deu um discurso que incluía a seguinte afirmação:
"Por todas as vezes que os cristãos e os muçulmanos se ofenderam entre si,
precisamos buscar o perdão do Todo Poderoso e oferecer uns aos outros o
perdão" . Ele beijou o Corão nesta mesma viagem, um ato que o tornou popular
entre os muçulmanos, mas que perturbou muitos católicos.
Em 2004, João Paulo II patrocinou o "Concerto Papal pela Reconciliação",
que reuniu líderes do Islã com líderes da comunidade judaica e da Igreja Católica
no Palácio Apostólico, no Vaticano, para um concerto do Coro Filarmônico de
Cracóvia, da Polônia, do Coro Filarmônico de Londres, do Reino Unido,
da Orquestra Sinfônica de Pittsburgh, dos Estados Unidos, e do Coro Polifônico
Estatal de Ancara, da Turquia. O evento foi concebido e dirigido por Sir Gilbert
Levine, OSGM, e foi transmitido para o mundo inteiro.
João Paulo II supervisionou a publicação do Catecismo da Igreja
Católica onde faz uma provisão especial para os muçulmanos; onde está escrito,
"O plano de salvação também inclui aqueles que reconhecem o Criador, o que
inclui os muçulmanos; estes professam ter a fé de Abraão, e junto conosco, eles
adoram a um Deus misericordioso, juiz dos homens no último dia."
Diálogo com os jovens
João Paulo II tinha uma relação especial com a juventude católica e é
conhecido por alguns como O Papa para a juventude. Antes de seu pontificado,
ele participou de acampamentos e caminhadas nas montanhas com os jovens.
Ele ainda fez caminhadas na montanha, quando ele foi papa. Ele estava
preocupado com a educação dos futuros sacerdotes e desde cedo fez muitas
visitas a seminários romanos, incluindo a Venerável Faculdade Inglesa em 1979.
Ele criou a Jornada Mundial da Juventude em 1984 com a intenção de aproximar
os jovens católicos de todas as partes do mundo a se reunirem para celebrar a fé.
Estes encontros de uma semana da juventude ocorrem a cada dois ou três anos,
atraindo centenas de milhares de jovens, que vão para cantar, festejar, passar
bons momentos e aprofundar a sua fé. A 19ª Jornada Mundial da
Juventude celebrado durante o seu pontificado, reuniu milhões de jovens de todo
o mundo. Durante este tempo, seus cuidados para com a família foram expressos
nos Encontros Mundiais das Famílias, que ele começou em 1994.
“ Os jovens estão ameaçados... pelo mau uso das técnicas de propaganda,
que estimulam a inclinação natural deles para evitar o trabalho duro, ao
prometer a satisfação imediata de cada desejo. ”
A Jornada Mundial da Juventude é um evento temático popular
da fé católica internacional voltado para jovens, esse evento foi
iniciado pelo Papa João Paulo II.
Oração pelas almas dos mortos
Perante cerca de 20 mil pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de
Novembro de 1983, disse (no contexto orativo católico) :
"A oração pelas almas dos fiéis defuntos não deve ser interrompida, pois, na
realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".
Diplomacia
A mediação pontifícia de João Paulo II permitiu que o Chile e
a Argentina chegassem a um acordo no conflito sobre os seus limites territoriais
na região austral (Canal de Beagle) que ameaçava levar os dois países à guerra.
Em 22 de dezembro de 1978 o Papa enviou o cardeal italiano Antonio Samoré ao
governo dos dois países como emissário pessoal o que levou a assinatura dos
Acordos de Montevidéu, no Palácio Taranco, a 18 de Janeiro de 1979 - através do
qual os dois Estados recorreram formalmente à mediação do papa - e à
conclusão do dissentimento sobre a Região Austral, com a assinatura do Tratado
de Paz e Amizade assinado diante do papa, na Capela Paulina (Vaticano), no
dia 29 de novembro de 1984.
Papel na queda do comunismo
João Paulo II foi creditado como sendo fundamental para derrubar o
comunismo no Central e no Leste Europeu, por ser a inspiração espiritual por trás
de sua queda, e um catalisador para "uma revolução pacífica" na Polônia. Lech
Wałęsa, o fundador do ‘Solidariedade’, credita João Paulo II como dando aos
poloneses a coragem de se levantar. De acordo com Wałęsa, "Antes de seu
pontificado, o mundo estava dividido em blocos. Em Warsaw, em 1979, ele
O presidente russo Vladimir Putin se encontra com o
Papa João Paulo II
simplesmente disse: 'Não tenha medo', e depois orou: 'Deixe o seu Espírito
descer alterar a imagem da terra... esta terra'."
A correspondência do presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan com
o Papa revela "um contínuo esforço para assegurar o apoio do Vaticano às
políticas norte-americanas. Talvez o mais surpreendente, os documentos
mostram que, por volta de 1984, o Papa não acreditava que o governo comunista
polonês poderia ser mudado."
Em dezembro de 1989, João Paulo II reuniu-se com líder soviético Mikhail
Gorbachev no Vaticano e cada um expressou o seu respeito e admiração para
com o outro. Gorbachev certa vez disse ‘O colapso da Cortina de Ferro teria sido
impossível sem João Paulo II’. No funeral de João Paulo II, Mikhail Gorbachev
disse: "A devoção do Papa aos seus seguidores é um exemplo notável para todos
nós"
Em fevereiro de 2004, Papa João Paulo II foi nomeado para o Prêmio
Nobel da Paz em homenagem ao trabalho de sua vida na oposição ao
comunismo e ajudando a remodelar o mundo.
O presidente George W. Bush presenteou o Papa com a Medalha
Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil dos EUA, durante uma cerimônia
no Vaticano, em 4 de junho de 2004. O presidente leu a citação que acompanhou
a medalha, que reconhece o "filho desta Polônia" cujo "apoio aos princípios de
paz e liberdade inspirou milhões e ajudou a derrubar o comunismo e a tirania."
Depois de receber o prêmio, João Paulo II disse, "Que o desejo de liberdade, paz,
um mundo mais humano simbolizado por esta medalha inspire homens e
mulheres de boa vontade em todo tempo e lugar."
Em relação a a política mundial, pouco antes de sua morte, a BBC disse,
referindo-se a uma frase de Mikhail Gorbachev: "O Papa — disse Gorbachev a
sua esposa Raisa— é a autoridade moral mais importante do mundo e é eslavo".
O entendimento entre as duas personalidades sem dúvida facilitou o caminho
para a democracia no bloco oriental".
Nas palavras do General Wojciech Jaruzelski, último líder na Polônia
comunista, a visita de João Paulo II a Polônia em 1979, foi o "detonador" das
mudanças. Por ocasião de sua morte, o Presidente doParlamento Europeu, o
socialista Josep Borrell, escreveu: "Me inclino com respeito ante a memória dessa
grande personalidade que marcou de forma determinante a historia do último
quarto de século. (...) Impunha respeito pela clareza de suas opiniões e pela
sinceridade de seus esforços contínuos a favor da justiça, a paz e do respeito da
dignidade e dos direitos humanos. Ninguém vai esquecer os gestos de abertura e
diálogo dirigidos aos representantes das outras religiões, particularmente durante
as reuniões de Assis. A história lembrará do esforço decisivo de João Paulo II na
recondução dos Países da Europa Central e Oriental para a democracia e a
liberdade. Lembrará, também, sua atividade, muitas vezes discreta, a favor do
diálogo entre os povos e os Estados em conflito e pela retomada das
negociaciações entre os Países do Oriente Médio". O chanceler alemão, Gerhard
Schröder, declarou que o Papa tinha "influenciado a integração pacífica da
Europa em muitos aspectos. Por seus esforços e sua personalidade
impressionante, mudou o nosso mundo".
Ele também enfatiza seu compromisso com os direitos humanos: "Seu
compromisso como Pontífice não era apenas difundir o Evangelho, mas
transformar o Papado romano no porta-voz dos direitos humanos" —de acordo
com um artigo da CNN, citando Marco Politi, autor do livro His Holiness.
O equilíbrio de sua vida do ponto de vista religioso e pessoal, delineou o
então Cardeal Ratzinger, futuro papa Bento XVI, no funeral de João Paulo II:
"'Siga-me', disse o Senhor ressuscitado para Pedro, como sua última palavra a
este discípulo escolhido para apascentar o seu rebanho. 'Siga-me', esta palavra
de Cristo pode ser considerada a chave para compreender a mensagem que vem
da vida do nosso saudoso e amado papa João Paulo II".
“ Varsóvia, Moscovo, Budapeste, Berlim, Praga, Sofia e Bucareste foram
etapas duma longa peregrinação em direção à liberdade. É admirável que
nestes eventos, povos inteiros falaram – mulheres, jovens, homens,
venceram o medo, sua sede irreprimível de liberdade aceleraram os
acontecimentos, fez desabar as paredes e abriram os portões. ”
— Papa João Paulo II (1989)
Visitas papais
Durante o seu pontificado, o papa João Paulo II viajou para 129 países,
contabilizando mais de 1,1 milhões de quilômetros viajados. Ele consistentemente
atraía grandes multidões em suas viagens, algumas contando entre as maiores já
reunidas na história, como a do Jornada Mundial da Juventude de 1995,
em Manila, nas Filipinas, que reuniu cerca de 5 milhões de pessoas. Alguns
sugeriram que esta pode ter sido a maior reunião católica da história, porém sem
conseguir prová-lo. As primeiras visitas oficiais de João Paulo II foram para
a República Dominicana e para o México, em janeiro de 1979, e para a Polônia,
em 1979, onde multidões o rodearam. Esta primeira visita à Polônia serviu para
elevar o espírito da nação e catalisou a formação do Movimento Solidariedade em
1980, que trouxe de volta a liberdade e os direitos humanos para a sua terra
natal.
Enquanto que algumas de suas viagens (como a feita aos Estados
Unidos e à Terra Santa) foram para lugares previamente visitados por Paulo VI,
João Paulo II se tornou o primeiro papa a visitar a Casa Branca em sua viagem de
outubro de 1979 aos Estados Unidos, onde ele foi recebido calorosamente pelo
presidente Jimmy Carter. Ele viajou para lugares que nenhum outro papa havia
jamais visitado antes, sendo o primeiro papa a visitar o México, em janeiro de
1979, e Irlanda, no mesmo ano. Ele foi ainda o primeiro papa em exercício a
visitar o Reino Unido, em 1982, onde ele se encontrou com a rainha Isabel
II, Governadora Suprema da Igreja de Inglaterra (a Igreja Anglicana, que se
separou da Igreja Católica no reinado de Henrique VIII, mais de 400 anos antes).
Ele visitou o Haiti em 1983, onde ele discursou em crioulo para milhares de
empobrecidos fiéis que o esperavam no aeroporto, sua mensagem, "A situação
precisa mudar no Haiti", se referindo à disparidade entre os ricos e pobres, foi
recebida com um estrondoso aplauso. Em 2000, ele foi o primeiro papa moderno
a visitar o Egito, onde ele se encontrou com o papa copta, Shenouda III (da Igreja
Ortodoxa Copta de Alexandria, que se separou da Igreja Ortodoxa após
o Concílio de Calcedônia, em 451) e o patriarca grego ortodoxo de Alexandria
( da Igreja Ortodoxa Grega de Alexandria, separada da Igreja Católica no Grande
Cisma do Oriente, em 1054). Ele foi o primeiro papa católico a visitar e rezar
numa mesquita islâmica, em Damasco, na Síria, em 2001. Ele visitou a Mesquita
dos Omíadas, uma antiga igreja cristã onde se acredita estar enterrado São João
Batista (que também é um profeta no Islã), onde fez um discurso pedindo aos
cristãos, muçulmanos e judeus que trabalhassem juntos.
Em março de 2000, enquanto visitava Jerusalém, João Paulo II se tornou o
primeiro papa da história a visitar e rezar no Muro das Lamentações. Em
setembro de 2001, durante os ataques de 11 de setembro, ele viajou
ao Cazaquistão, onde foi recebido por uma audiência majoritariamente
muçulmana, e para a Armênia, para participar da celebração dos 1700 anos de
cristianismo na nação.
Mapa indicando o s países onde João Paulo II visitou.
“ Hoje, pela primeira vez na história, um bispo de Roma pisou em solo
inglês. Esta bela terra, que já foi um entreposto distante do mundo pagão,
se tornou, através da pregação do Evangelho, uma parte amada e
abençoada do vinhedo cristão ”
— Papa João Paulo II, em sua visita à Inglaterra em 1982,
Viagens pelo mundo do Papa João Paulo II:
1979
N DATA PAÍSES
01 25 de janeiro–1 República Dominicana e México
9 + visitas
8 visitas
7 visitas
5 visitas
4 visitas
3 visitas
2 visitas
1 visitas
0 visita
de fevereiro
02 2–10 de junho Polônia
03 29 de setembro–
7 de outubro
Irlanda e Estados Unidos
04 28–30 de
novembro
Turquia
1980
05 2–12 de maio Zaire, República do Congo, Quênia,Gana, República do
Alto Volta eCosta do Marfim
06 30 de maio–2 de
junho
França
07 30 de junho–12
de julho
Brasil
08 15–19 de
novembro
Alemanha Ocidental
1981
09 16–27 de
fevereiro
Filipinas, Guam, e Japão
1982
10 12–19 de
fevereiro
Nigéria, Benim, Gabão, e Guiné Equatorial
11 Maio 12–15 Portugal (incluindo Fátima)
12 28 de maio–2 de
junho
Grã-Bretanha
13 10–13 de junho Argentina
14 15 de junho Suíça
15 29 de agosto San Marino
16 31 de outubro–9
de novembro
Espanha
1983
17 Março 2–10 Costa Rica, Nicarágua, Panamá, El
Salvador, Guatemala, Belize,Honduras e Haiti
18 16–23 de junho Polônia
19 14–15 de agosto Lourdes (França)
20 10–13 de
setembro
Áustria
1984
21 2–12 de maio Coreia do Sul, Papua-Nova Guiné,Ilhas
Salomão, Tailândia
22 12–17 de junho Suíça
23 9–20 de
setembro
Canadá
24 10–12 de outubro Espanha, República Dominicana,Porto Rico
1985
25 26 de janeiro–6
de fevereiro
Venezuela, Equador, Peru, Trinidad e Tobago
26 11–21 de maio Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo
27 8–19 de agosto Togo, Costa do Marfim, Camarões,República Centro
Africana, Zaire,Quênia, Marrocos
28 8 de setembro Liechtenstein
1986
29 1–10 de fevereiro Índia
30 1–8 de julho Colômbia, Santa Lúcia
31 4–7 de outubro França
32 19 de novembro–
1 de dezembro
Austrália, Nova Zelândia,
Bangladesh, Fiji, Singapura,Seychelles
1987
33 31 de março–13
de abril
Uruguai, Chile, Argentina
34 30 de abril–4 de
maio
Alemanha Ocidental
35 8–14 de junho Polônia
36 10–20 de
setembro
Estados Unidos e Canadá
1988
37 7–18 de maio Uruguai, Bolívia, Peru, Paraguai
38 23–27 de junho Áustria
39 10–19 de
setembro
Zimbabwe, Botswana, Lesoto,Suazilândia, Moçambique,
através daÁfrica do Sul
40 8–11 de outubro França
1989
41 28 de abril–6 de
maio
Madagascar, Reunião, Zâmbia, eMalawi
42 1–10 de junho Noruega, Islândia, Finlândia,Dinamarca, Suécia
43 19–21 de agosto Espanha
44 6–16 de outubro Coreia do Sul, Indonésia, Timor-Leste,Maurício
1990
45 45. 25 de
janeiro–1 de
fevereiro
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mali,Burkina Faso, Chade
46 21–22 de abril Checoslováquia
47 6–13 de maio México, Curação
48 25–27 de maio Malta
49 1–10 de
setembro
Tanzânia, Ruanda, Burundi, Costa do Marfim
1991
50 10–13 de maio Portugal
51 1–9 de junho Polônia
52 13–20 de agosto Polônia, Hungria
53 12–21 de outubro Brasil
1992
54 19–26 de
fevereiro
Senegal, Gâmbia, Guiné
55 4–10 de junho Angola, São Tomé e Príncipe
56 9–14 de outubro República Dominicana
1993
57 3–10 de fevereiro Benim, Uganda, Sudão
58 25 de abril Albânia
59 12–17 de junho Espanha
60 9–16 de agosto Jamaica, México, Estados Unidos
61 4–10 de
setembro
Lituânia, Letônia, Estônia
1994
62 10–11 de
setembro
Croácia
1995
63 12–21 de janeiro Filipinas, Austrália, Papua-Nova Guiné, Sri Lanka
64 20–22 de maio República Checa, Polônia
65 3–4 de junho Bélgica
66 30 de junho Eslováquia
67 14–20 de
setembro
Camarões, Quênia, África do Sul
68 4–8 de outubro Estados Unidos
1996
69 5–12 de fevereiro Guatemala, El Salvador, Nicarágua,Venezuela
70 14 de abril Tunísia
71 Maio 17–19 Eslovênia
72 21–23 de junho Alemanha
73 6–7 de setembro Hungria
74 19–22 de
setembro
França
1997
75 12–13 de abril Sarajevo, Bósnia e Herzegovina
76 25–27 de abril República Checa
77 10–11 de maio Líbano
78 31 de maio–10
de junho
Polônia
79 21–24 de agosto França
80 2–5 de outubro Brasil
1998
81 21–25 de janeiro Cuba
82 21–23 de março Nigéria
83 19–21 de junho Áustria
84 2–4 de outubro Croácia
1999
85 22–25 de janeiro Cidade do México no México
Janeiro 26–27 Saint Louis, Missouri
86 7–9 de maio Romênia
87 5–17 de junho Polônia
88 19 de setembro Eslovênia
89 5–9 de novembro Nova Deli (Índia) e Tbilisi (Geórgia)
2000
90 24–26 de
fevereiro
Egito
91 20–26 de março Jordânia, Israel e Palestina
92 12–13 de maio Fátima em Portugal
2001
93 4–5 de maio Atenas em Grécia
5–6 de maio Síria
8–9 de maio Malta
94 23–27 de junho Ucrânia
95 22–27 de
setembro
Armênia e Cazaquistão
2002
96 22–26 de maio Azerbaijão e Bulgária
97 23 de julho–1 de
agosto
Canadá, Guatemala, e México
98 16–19 de agosto Polônia
2003
99 3–4 de maio Espanha
100 5–9 de junho Croácia
101 22 de junho Bósnia e Herzegovina
102 Setembro 11-14 Eslováquia
2004
103 5-6 de junho Suíça
104 14-15 de agosto Lourdes (França)
Visitas ao Brasil
O papa João Paulo II esteve no Brasil quatro vezes, sendo três delas
oficiais e uma delas, porém, permaneceu apenas no aeroporto, quando ia para a
Argentina em 1982, onde fez um rápido discurso durante a escala de seu voo no
Rio de Janeiro. Na primeira, chegou ao meio-dia de 30 de junho de 1980, foi
recebido pelo general João Batista Figueiredo, percorreu treze cidades em
apenas doze dias, percorrendo um total de 30 000 quilômetros. Durante 12 dias
João Paulo II percorreu as cidades de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro,
São Paulo, Vitória, Aparecida do Norte, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Recife,
Salvador, Belém, Teresina e Fortaleza. Essa visita foi marcada pela expectativa
dos brasileiros em receber pela primeira vez um Papa no país e pela beatificação
do jesuíta espanhol José de Anchieta, fundador da cidade de São Paulo. O Papa
participou do X Congresso Eucarístico Nacional, realizado entre 30 de junho a 12
de julho 1980, em Fortaleza, no Ceará. Durante a visita, bancos e repartições
públicas fecharam, teatros atrasaram os espetáculos e os esquemas rodoviários
foram alterados. Essa foi uma das maiores movimentações populares já
registradas no Brasil. Em pleno regime militar, defendeu a justiça social, liberdade
sindical, reforma agrária, direitos humanos e educação sexual. Mas também
condenou a Teologia da Libertação e o aborto. Destacou-se, na primeira visita, a
música "A bênção, João de Deus", composta para a ocasião por Péricles de
Barros.
A outra visita foi entre 12 e 21 de outubro de 1991, sendo recebido
em Brasília pelo então presidente Fernando Collor de Mello, visitou a Irmã Dulce,
em Salvador, percorreu dez capitais e fez 31 pronunciamentos, beatificou Madre
Paulina e na ocasião para um público de 60 mil pessoas, o papa afirmou durante
a homilia: "Soube ela converter todas as suas palavras e ações num contínuo ato
de louvor a Deus. Sua conformidade com a vontade de Deus levou-a a uma
constante renúncia de si mesma, não recusando qualquer sacrifício para cumprir
os desígnios divinos". O Papa abordou a questão indígena, a reprovação do uso
João Paulo II com o cantor Roberto Carlos a 5 de Outubro de
1997, na sua quarta visita ao Brasil.
de anticoncepcionais, o problema da divisão de terras, a família e a condenação
do divórcio. A visita também foi marcada pelo fato de um menino de rua de 12
anos, descalço e vestido humildemente, ter ultrapassado barreira de segurança,
em Goiânia, e ter se jogado nos braços do Papa, que retribuiu o carinho com um
longo abraço.
Esteve também no Brasil entre 2 e 6 de outubro de 1997, foi recebido pelo
então presidente Fernando Henrique Cardoso. Nessa visita o Papa participou do
II Encontro Mundial com as Famílias, realizado na cidade do Rio de Janeiro,
ficando por quatro dias na cidade. Em seus discursos, João Paulo II condenou o
divórcio, o aborto e os métodos contraceptivos. Ele abençoou o Rio de Janeiro
aos pés do Cristo Redentor.
Em visita à cidade do Rio de Janeiro declarou: "Se Deus é brasileiro, o
papa é carioca".
Nas três visitas oficiais de João Paulo II ao Brasil, tanto o Vaticano como
os Correios editaram selos comemorativos para homenagear a passagem do
pontífice no país. Ao todo foram impressos oito selos pela Casa da Moeda do
Brasil. Um deles em homenagem póstuma, em 2005.
Visitas a Portugal
João Paulo II visitou Portugal 3 vezes: em 1982, 1991 e 2000 foram visitas
apostólicas e em 1983 fez escala em Lisboa onde discursou.
A primeira visita, de 12 a 15 de maio de 1982, ocorreu um ano após o
atentado de que foi vítima em 13 de Maio de 1981. No primeiro dia de visita, João
Paulo II acabou sendo ferido na segunda tentativa de assassinato quando Juan
María Fernández y Krohn o tentou esfaquear com uma baioneta, onde o papa
acabou sendo ferido. Nessa visita o Papa João Paulo II depositou a bala do
atentado sofrido no ano anterior em plena Praça de São Pedro no altar de Nossa
Senhora de Fátima. Ainda hoje a mesma bala se encontra na coroa de Nossa
Senhora de Fátima no Santuário de Fátima. Em 14 de maio, visitou o Santuário
de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal, em Vila Viçosa. Na
manhã de 15 de maio, visitou o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro,
em Braga, e, à tarde, viajou de helicóptero até o Porto, onde presidiu uma missa
celebrada junto à Câmara Municipal, na Avenida dos Aliados. Para comemorar
sua visita o CTT Correios de Portugal lançou uma emissão de selos intitulada
“Visita de S.S. o Papa João Paulo II a Portugal de 12 a 15 de Maio de 1982”.
Em 2 de março de 1983 fez uma escala em Lisboa, por volta da meia-noite,
em viagem com destino a América Central e na ocasião uma multidão de pessoas
o aguardava, sendo que o papa fez uma pequena homília invocando a sua "Fé e
Devoção a Nossa Senhora de Fátima".
De 10 a 13 de maio de 1991, esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, e
novamente em Fátima. Um dos pontos mais altos foi o encontro com os jovens
realizado no Estádio do Restelo, em Lisboa, em 10 de maio.
A sua última visita, em que beatificou os pastorinhos de Fátima, Jacinta
Marto e Francisco, teve lugar em 12 e 13 de maio de 2000, em Fátima e sobre
eles disse o seguinte: "grande era, no pequeno Francisco, o desejo de reparar as
ofensas dos pecadores, esforçando-se por ser bom e oferecendo sacrifícios e
oração. E Jacinta sua irmã, quase dois anos mais nova que ele, vivia animada
pelos mesmos sentimentos". Nesta peregrinação, João Paulo II ofereceu a Nossa
Senhora de Fátima o anel com o lema “Totus Tuus” que o cardeal Wiszinski lhe
havia ofertado no início do seu pontificado. Também teve a revelação do "Terceiro
segredo de Fátima que estava relacionado com o atentado de João Paulo II. Para
assinalar esta data os CTT Correios de Portugal fizeram uma emissão de selos
intitulada "Visita a Portugal de Sua Santidade o Papa João Paulo II".
1a
VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II 30/06 À 12/07 DE 1980
Num encontro emocionante, em julho de 1980, em Pernambuco, João Paulo II chamou o
arcebispo de Olinda e Recife de ''irmão dos pobres e meu irmão'', diante da multidão reunida
para a celebração de uma missa campal.
"Em vez de me passar um pito, por eu não estar usando o solidéu, o Santo Padre tirou o seu da
cabeça e segurou numa das mãos", contava sorridente. Em 15 de agosto de 1981
Daniel Militão era criança quando encontrou o Papa
João Paulo II pela primeira vez, em um evento no
Colégio Santo Américo, em São Paulo, em 1980
Ao ver que Daniel estava relutante em entregar
as flores, João Paulo II pegou o menino no colo
2a
VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II DE 12 À 21/10 DE 1991
Papa João Paulo II plantando pé de pau-brasil
3a
VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II 02/10 À 06/10 DE 1997
pé de pau-brasil plantado pelo Papa João Paulo II
Em 1997, no Rio de Janeiro, João Paulo II é surpreendido por um homem vestido com uniforme da Polícia
Militar que se ajoelha com um papel nas mãos, enquanto ele desfilava no chamado "papamóvel".
Removido por seguranças, o fiel gritava "eu quero falar com o Papa, eu quero falar com o Papa".
Frei Galvão
Santo Antônio de Sant'Ana Galvão
Frei Galvão em pintura de artista desconhecido
(circa 1850).
Frei Franciscano
Nascimento 10 de
maio de 1739 em Guaratinguetá
Morte 23 de
dezembro de 1822 (83 anos) emSão
Paulo
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 8 de
abril de 1997, Vaticano por João
Paulo II
Canonização 11 de maio de 2007, São
Paulo porBento XVI
Principaltemplo Mosteiro da Luz
Festa litúrgica 25 de outubro1
Portal dos Santos
Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, OFM, mais conhecido como Frei
Galvão (Guaratinguetá, 10 de maio de 1739 — São Paulo, 23 de
dezembro de 1822) foi um frade brasileiro. Uma das figuras religiosas mais
conhecidas do Brasil, famoso por seus supostos poderes de cura, Galvão
foi canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, tornando-se o
primeiro santo nascido no Brasil. No geral, é o segundo santo católico brasileiro,
já que a ítalo-brasileira Santa Paulina havia sido canonizada por João Paulo II em
2002.
Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos"
em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres.
Biografia
Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio
de 1739 na freguesia de Santo Antônio de Guaratinguetá, na capitania de São
Paulo. Era o quarto de dez ou onze filhos de uma família profundamente religiosa
de elevado status social e político. Seu pai, o portuguêsAntônio Galvão de
França, era o capitão-mor da vila. Natural de Faro e ativo no mundo do comércio,
França pertencia à Ordem Terceira de São Francisco e era conhecido por sua
generosidade. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros e
membro da família do famosobandeirante Fernão Dias Pais, conhecido como o
"caçador de esmeraldas". Ela morreria prematuramente em 1755, aos 38 anos.
Também conhecida por sua generosidade, Isabel teria doado todas suas roupas
aos pobres à época de sua morte.
Galvão passou toda sua infância na casa que se situava na esquina da Rua do
Hospital com a Rua do Teatro (atualmente Ruas Frei Galvão e Frei Lucas,
respectivamente). O local foi demolido e recentemente reconstruído.7
Aos 13
anos, Galvão foi enviado pelos pais ao seminário jesuíta Colégio de Belém,
localizado em Cachoeira, na Bahia, com a finalidade de estudar ciências
humanas. Seu irmão José já se encontrava no local. No Colégio de Belém, que
freqüentou de 1752 a 1756, Galvão fez grandes progressos nos estudos sociais e
na prática cristã. Ele aspirava se tornar um padre jesuíta, mas a perseguição anti-
jesuíta liderada por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal,
fez com que ele se mudasse para um convento franciscano em Taubaté,
seguindo o conselho do pai.
Aos 21 anos, em 15 de abril de 1760, Galvão desistiu do futuro promissor –
visto a influência de sua família na sociedade – e se tornou umnoviço no
Convento de São Boaventura de Macacu, em Itaboraí, Rio de Janeiro. Lá, ele
adotou o nome religioso de Antônio de Sant'Ana Galvão em homenagem à
devoção de sua família a Santa Ana. Durante o noviciado, Galvão se tornou
conhecido por sua piedade, zelo e virtudes exemplares. Galvão fez sua profissão
solene em 16 de abril de 1761, assumindo o voto de defender o título de
"Imaculada" da Virgem Maria, ainda considerada uma doutrina polêmica à época.8
Em 11 de julho de 1762, Galvão foi ordenado sacerdote e transferido para
o Convento de São Francisco na cidade de São Paulo, onde continuou seus
estudos em teologia e filosofia. Durante a jornada do Rio de Janeiro para São
Paulo, fez uma breve parada em Guaratinguetá para celebrar sua primeira missa,
realizada na Matriz de Santo Antônio, onde ele havia sido batizado. Em 1768, ele
foi nomeado confessor, pregador e porteiro do convento, considerado um cargo
importante naquela época. Se destacou de tal forma que a Câmara Municipal lhe
considerou o "novo esplendor do Convento".
Em 1770, foi convidado para fazer parte da Academia Paulistana de Letras.
Na segunda sessão literária, realizada em março de 1770, Galvão declamou com
sucesso, em latim, dezesseis peças de sua autoria, todas dedicadas a Santa Ana.
Declamou também dois hinos, uma ode, um ritmo e doze epigramas. Suas
composições são bem metrificadas e dotadas de profundo sentimento religioso e
patriótico.
De 1769 a 1770, atuou como confessor no Recolhimento de Santa Teresa,
casa que abrigava devotas de Teresa de Ávila na cidade de São Paulo. Lá, ele
Monumento em homenagem a Frei Galvão em sua cidade natal,
Guaratinguetá.
conheceu a Irmã Helena Maria do Espírito Santo, uma freira penitente que
afirmava ter visões onde Jesus lhe pedia para fundar um novo Recolhimento.
Galvão, o confessor dela, estudou essas mensagens e se consultou com os
outros religiosos, que as reconheceram como válidas e sobrenaturais.
Galvão ajudou a criar o novo Recolhimento, chamado Nossa Senhora da
Luz, que foi fundado em 2 de fevereiro de 1774 na mesma cidade. Era baseado
na Ordem da Imaculada Conceição, e se tornou um lar para meninas que
desejavam viver uma vida religiosa sem fazer votos. Com a morte repentina da
irmã Helena em 23 de fevereiro de 1775, Galvão se tornou o novo diretor do
instituto, atuando como novo líder espiritual das irmãs.
Naquela época, uma mudança no governo da província de São
Paulo trouxe um líder que ordenou o fechamento do convento. Galvão aceitou a
decisão, mas as freiras se recusaram a abandonar o local e, devido à pressão
popular e aos esforços do Bispo, o convento foi logo reaberto. Posteriormente,
com o crescente número de novas irmãs, a construção de mais espaço de
convivência se tornou necessária. Galvão demorou 28 anos para construir um
novo convento e uma igreja, sendo esta última inaugurada em 15 de agosto de
1802. Além das obras de construção e dos deveres dentro e fora de sua Ordem,
Galvão se comprometeu também com a formação das irmãs.8
Os estatutos que
ele escreveu para elas eram um guia para a vida interior e para a disciplina
religiosa.
Quando as coisas pareciam estar mais calmas, uma outra intervenção do
governo trouxe uma nova provação para Galvão. O capitão-mor sentenciou um
soldado à morte por ter ofendido a seu filho levemente, e o sacerdote foi obrigado
a se exilar por ter defendido o soldado. Mais uma vez, a pressão popular
conseguiu revogar a ordem contra o padre.
Imagem de Frei Galvão na Catedral de Santo Antônio, em
Guaratinguetá.
Em 1781, Galvão foi nomeado mestre dos noviços em Macacu. Entretanto,
as irmãs e o Bispo de São Paulo, Manuel da Ressurreição, recorreram ao
superior provincial, escrevendo-lhe que "nenhum dos habitantes desta cidade
será capaz de suportar a ausência deste religioso por um único momento". Como
resultado, ele foi mandado de volta para São Paulo.8
Mais tarde, em 1798, Galvão
foi nomeado guardião do Convento de São Francisco, sendo reeleito em 1801.
Em 1808, Galvão teria instituído a devoção a Nossa Senhora das
Brotas em Piraí do Sul durante viagem missionária ao Paraná. Galvão, ao chegar
às margens do rio Piraí, teria decidido passar alguns dias no povoado, se
hospedando na casa de Ana Rosa Maria da Conceição. Antes de ir embora,
deixou de presente a ela uma estampa de Nossa Senhora das Barracas. Ana
Rosa colocou a lembrança numa moldura de madeira e fazia suas orações diante
da imagem. Ficou viúva, se casou de novo e se mudou de endereço. Durante a
mudança, a estampa se perdeu. Algum tempo depois, passando por uma região
onde havia ocorrido um incêndio, ela encontrou o quadro entre as cinzas e os
brotos da vegetação. A moldura havia se queimado, mas a imagem estava
apenas chamuscada. O fato foi interpretado como um milagre e a notícia se
espalhou pelo povoado. Como o povo já não se lembrava do nome original da
imagem, rebatizaram-na de Nossa Senhora das Brotas e erigiram uma capela em
sua homenagem.
Em 1811, fundou o Convento de Santa Clara em Sorocaba. Onze meses
depois, retornou ao Convento de São Francisco, na cidade de São Paulo. Em sua
velhice, obteve permissão do Bispo Mateus de Abreu Pereira e de seu tutor para
ficar no Recolhimento que ajudara a criar. Veio a falecer naquele local em 23 de
dezembro de 1822. Galvão foi sepultado na igreja do Recolhimento, sendo o seu
túmulo até hoje um destino de peregrinação de fiéis que teriam obtido favores
devido a sua intercessão.
Na época de seu enterro, sua fama de santo já havia se espalhado por
todo Brasil, sendo que os frequentadores de seu velório, desejosos em guardar
uma relíquia sua, foram cortando pedaços de seu hábito, que ficou reduzido até a
altura dos joelhos de Galvão. Como ele possuía somente aquele hábito, foi
sepultado com o de outro frade, que ficou igualmente curto. A primeira lápide do
túmulo de Galvão teria tido o mesmo destino de sua batina, sendo pouco a pouco
Convento de Nossa Senhora da Luz em 1867, 45 anos após a
morte de Galvão.
levada pelos devotos. As pedras da lápide eram colocadas em copos com água
para tratar os enfermos.
Em 1929, o Convento de Nossa Senhora da Luz tornou-se um mosteiro,
sendo incorporado à Ordem da Imaculada Conceição. A edificação, atualmente
chamada de Mosteiro da Luz, foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade
pela UNESCO. No local também está localizado o Museu de Arte Sacra de São
Paulo, que abriga um dos mais representativos acervos do patrimônio sacro
brasileiro, originalmente reunido por Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo
de São Paulo.
Misticismo
Frei Galvão era um homem de muita e intensa oração, sendo alguns
fenômenos místicos atribuídos a ele, como telepatia, premonição e levitação.
Casos de bilocação também foram famosos durante sua vida; segundo relatos ele
se fazia presente em dois lugares diferentes ao mesmo tempo para cuidar de
enfermos ou moribundos que clamavam por sua ajuda.
Também era procurado pelo seu alegado poder de curar doenças numa
época em que os recursos médicos eram escassos. Numa dessas ocasiões,
escreveu num pedaço de papel uma frase em latim do Ofício de Nossa Senhora
("Após o parto, permaneceste virgem: Ó Mãe de Deus, intercedei por nós"). Em
seguida, enrolou o papel no formato de uma pílula e deu-o a uma jovem cujas
fortes cólicas renais estavam colocando sua vida em risco. Depois que ela tomou
a pílula a dor cessou imediatamente e ela expeliu uma grande quantidade
de cálculo renal. Em outra ocasião, um homem pediu a Galvão que ajudasse sua
esposa, que estava passando por um parto difícil. Galvão fez com que ela
tomasse a pílula de papel, e a criança nasceu rapidamente, sem maiores
complicações. A história das pílulas se espalhou rapidamente e Galvão teve que
ensinar às irmãs do Recolhimento como fabricá-las, o que elas fazem até os dias
de hoje. Elas são distribuídas gratuitamente para cerca de 300 fiéis diariamente.
Em 25 de outubro de 1998, Galvão se tornou o primeiro religioso nascido
no Brasil a ser beatificado pelo Vaticano, tendo sido declarado Venerável um ano
antes, em 8 de março de 1997. Em 11 de maio de 2007, durante a visita de cinco
dias do Papa Bento XVI ao Brasil, se tornou a primeira pessoa nascida no Brasil a
ser canonizada pela Igreja Católica. A cerimônia de mais de duas horas, realizada
ao ar livre no Aeroporto Militar Campo de Marte, perto docentro de São Paulo,
reuniu cerca de 800 mil pessoas, segundo estimativas oficiais. Galvão foi o
primeiro santo que o Papa Bento XVI canonizou numa cerimônia realizada fora da
Cidade do Vaticano. Sua elevação ao status de santo veio depois que a Igreja
concluiu que ele havia realizado pelo menos dois milagres.
De acordo com a Igreja, as histórias de Sandra Grossi de Almeida e
Daniella Cristina da Silva são evidências da intercessão divina de Galvão. Após
tomar uma das pílulas de papel em 1999, Almeida – que possui uma malformação
uterina que deveria impossibilitar que ela carregasse um feto no útero por mais de
quatro meses – deu à luz a Enzo. As pílulas de Galvão, de acordo com a Igreja,
Papa Bento XVI celebrando a missa sagrada durante a Canonização de Frei Galvão em São Paulo em
11 de Maio de 2007.
Papa João Paulo II celebrando a missa sagrada durante a Beatificação de
Frei Galvão no Vaticano em 25 de Outubro de 1998.
também seriam responsáveis pela cura, em 1990, de Daniella Cristina da Silva,
uma menina de quatro anos de idade que sofria de hepatite considerada incurável
pelos médicos. Apesar da popularidade das pílulas entre os católicos brasileiros,
médicos e até mesmo alguns membros do clero consideram-nas como
meros placebos. A orientação da Igreja é que somente pacientes em estado
terminal devam tomá-las.
Casa de Frei Galvão Rota Franciscana
Convento de Nossa Senhora da Luz Bento XVI celebrando Missa
Bento XVI celebrando Missa Convento de Nossa Senhora da Luz
Amabile Lucia Visintainer
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Nascimento 16 de dezembro de 1865 em Vigolo
Vattaro
Morte 9 de julho de 1942 (76 anos) em São
Paulo, Brasil
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 18 de
Outubro de 1991, Florianópolis,Brasil por Papa
João Paulo II
Canonização 19 de maio de 2002, Vaticano por Papa João
Paulo II
Principaltemplo Santuário Santa Paulina, em Nova
Trento,Brasil
Festa litúrgica 9 de Julho
Portal dos Santos
Amabile Lucia Visintainer, hoje Santa Paulina, (Vigolo Vattaro, 16 de
dezembro de 1865 — São Paulo, 9 de julho de 1942) foi uma religiosa
tirolesa canonizada em 19 de Maio de 2002 pelo Papa João Paulo II.
Santa Paulina é considerada uma santa ítalo-brasileira, embora, na verdade,
seja austro-brasileira porque nasceu austríaca, quando toda a região
do Tirol pertencia ao Império Austro-húngaro. Atualmente, sua terra natal, Vigolo
Vattaro pertence à Itália.
Biografia
Filha de Napoleone Visintainer (Wiesenteiner) e Anna Pianezzer, nasce
numa família de poucas posses que em 1875 emigrou para o Brasilcomo muitos
outros tiroleses italianos oriundos do atual Trentino (Tirolo Italiano),
estabelecendo-se na localidade catarinense de Nova Trento.
Desde muito cedo, actuante nos serviços religiosos da sua paróquia, emite
os votos em 1895 e torna-se Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Amábile dá início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição,na
atual Irmandade Santa Casa de Bragança Paulista, . Em 1903 deixa Nova Trento
e, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, ocupa-se de crianças órfãs e de ex-
escravos abandonados.
A partir de 1918 passa a ter uma vida muito reservada, dedicando-se à
oração e à vida contemplativa. Em 1938 já demonstrava sérios problemas de
saúde causados pela diabetes até que lhe foi amputado o braço direito. Passou
os últimos meses de sua vida cega, vindo a falecer em 9 de julho de 1942.
Em 18 de Outubro de 1991 foi beatificada pelo Papa João Paulo II por
ocasião da sua visita a Florianópolis. Foi por fim canonizada em 19 de
maio de 2002 pelo mesmo Papa, recebendo oficialmente o nome de Santa
Paulina do Coração Agonizante de Jesus. É considerada a primeira santa
brasileira, mesmo não tendo nascido no Brasil.
Santuário de Santa Paulina, localizado em Nova
Trento,SC, vista da rampa de acesso ao santuáro.
Vigollo Vattaro para O paese de Vigollo e uma graça, cheio de casa
antigas e vielas, tudo muito verde e de uma paz imensa. conheca a casa onde
nasceu a Madre Paulina.
A casa onde nasceu a madre foi toda reformada e hoje possui três
andares, mas o subsolo onde a família vivia foi mantido. As freiras que cuidam do
lugar estavam em peregrinação, então quem nos recebeu foi uma senhora muito
simpática. Bem idosa, mas de uma boa vontade e mobilidade imensas.
A família habitava pequenas peças feitas de pedra e sem janelas. Durante
o inverno eles dividiam o espaço com os animais, já que essa era a única maneira
de sobrevivem devido ao frio. Nós visitamos o lugar na primavera e estava bem
frio lá embaixo. Não consigo imaginar como era no inverno. A foto abaixo e do
lugar onde nasceu a santa, sem seguida a foto de uma camisola e dos fios de
ceda produzidos por ela.
Imagens da casa que hoje serve de oratório e pequeno santuário
Madre Paulina imigrou para o Brasil com nove anos de idade em 1875 e
estabelecendo-se em Nova Trento. Toda a vida de irmã foi voltada a caridade, e
sua canonização aconteceu somente em 1965. Madre Paulina e a primeira santa
Brasileira.
Confira alguns dos fatos marcantes na vida de Santa Madre
Paulina.
Cerca de 30 mil pessoas assistiram em Roma à cerimônia de canonização da Madre Paulina em
18 de Outubro de 1991
Amábile Lúcia Visintainer foi canonizada pelo Papa João Paulo II Em 18 de
Outubro de 1991 . Italiana, ela viveu grande parte da vida na cidade de Nova
Trento, no Vale do Rio Tijucas, em Santa Catarina.
Na mesma cidade, ainda vivem os descendentes da Santa Madre Paulina
que conservam a admiração pela religiosa. Nas imagens abaixo, alguns dos
momentos importantes relacionados à Santa Paulina.
— 1865: nasce em 16 de dezembro, no norte da Itália, e recebe o nome de
Amábile Lúcia Visintainer.
— Em outubro de 1875: vem para o Brasil com a família para morar na
localidade de Vígolo, em Nova Trento, Santa Catarina.
— 1887: com a morte da mãe, tem que cuidar da família até o pai casar
novamente. Desde pequena ajuda na Paróquia de Nova Trento e colabora, com
um grupo de jovens, para comprar a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, que
está na gruta do Santuário.
— Em 12 de Julho de 1890, com a amiga Virginia Rosa Nicolodi, dá início à
Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de uma doente
em fase terminal num casebre doado por Beniamino Gallotti. Em 1891, junta-se à
irmã Teresa Anna Maule.
— 1894: o trio funda a Congregação e recebe um terreno e uma casa de
madeira de João Valle e Francisco Sgrott como doação.
— 07 de dezembro de 1895 – Amábile faz seus votos religiosos e passa a
ser conhecida como Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus, a Madre
Paulina.
— 02 de fevereiro de1903: Santa Paulina é eleita, pelas irmãs, Superiora
Geral. No mesmo ano, deixa Nova Trento para cuidar dos ex-escravos idosos e
órfãos, no São Paulo.
— 24 de agosto de 1909: a Congregação cresce em Santa Catarina e São
Paulo. As Irmãs assumem a missão evangelizadora na educação, na catequese,
no cuidado aos idosos, doentes e crianças órfãs. Santa Paulina é deposta do
cargo de Superiora Geral pela autoridade eclesiástica e enviada para Bragança
Paulista a fim de cuidar de asilados.
— Setembro de 1909, em Bragança Paulista, a Madre Paulina trabalha
como lavadeira, faxineira e enfermeira, cuidando de doentes e inválidos.
— 1918: é chamada a viver na Casa Geral, em São Paulo, onde ajuda na
elaboração da História da Congregação. Acompanha e abençoa as Irmãs que
partem em missão para novas fundações.
— 19 de maio de 1933 – Recebe o Decreto de louvor de sua obra,
concedido pelo Papa Pio XI.
— 18 de março de 1938 – O braço direito da Madre, que era diabética, é
amputado.
— Em 9 de julho de 1942, morre aos 77 anos, na Casa Geral em São
Paulo, com fama de santidade, pois viveu as virtudes de fé, esperança e caridade
— 1965: em 3 de setembro inicia-se o processo de canonização.
— 23 de setembro de 1966 – Eluíza Rosa de Souza (Imbituba-SC)
sobrevive a uma hemorragia interna e choque irreversível. Em seu peito foi
colocado um pedaço de roupa de Madre Paulina e ela foi curada.
— 18 de outubro de 1991 – Madre Paulina é Beatificada, em Florianópolis,
por João Paulo II.
— 5 de junho de 1992 – Iza Bruna Vieira de Souza nasce com um tumor da
cabeça. Operada, sofre convulsões cerebrais e, aparentemente, sem chance de
sobreviver. A avó coloca um retrato de Madre Paulina perto da menina. Em 24
horas, depois de ser batizada, a menina recupera a saúde.
— 19 de maio de 2002 – Madre Paulina é Canonizada, na Praça de São
Pedro, e passa a ser chamada de Santa Paulina do Coração Agonizante de
Jesus.
— No dia 17 de outubro de 1991 - O Papa João Paulo II desembarca no
Aeroporto Hercílio Luz para a beatifização da Madre Paulina
—1988 é construída em Nova Trento a réplica do casebre de Amábile e Virginia.
Chamada de Casebre, lá estão guardados documentos do nascimento, batismo,
crisma de Santa Paulina, além da certidão de casamento de seus pais da Santa
— 1991: a beatificação de Santa Paulina, proclamada pelo Papa João Paulo II,
ocorre no dia 18 de outubro, em Florianópolis
— 2002: a canonização ocorre no dia 19 de maio, em Roma. Madre Paulina está
incluída na lista das Santas e Santos da Igreja Católica. Nem mesmo a chuva fina
afastou a multidao de 30 mil pessoas reunida na Praca de Sao Pedro para assistir
a canonizacao de cinco novos santos da Igreja Catolica entre eles a Madre
Paulina do Coracao Agonizante de Jesus
— 8 de setembro de 2002: O então candidato à presidência Ciro Gomes e a
namorada Patrícia Pillar fazem uma visita ao Santuário de Santa Paulina
— 2006: Obras da catedral do Santuário em Nova Trento
— 2007: A catarinense Eluiza Rosa de Souza, de 65 anos, viaja a São Paulo para
ver o Papa Bento XVI. A aposentada de Imbituba já tinha visto o Papa João Paulo
II de perto em três oportunidades, inclusive no Vaticano. Ela foi uma das primeiras
pessoas a receber um milagre de Santa Paulina.
—2006: Inauguração da Catedral do Santuário da Santa Paulina. Hoje, o
Santuário é um parque ecológico, com estrutura para o turismo.
—2010: Jogadores e comissão do Avaí visitam o santuário de Santa Paulina em
Nova Trento para pagar promessa de permanencia na série A do Campeonato
Brasileiro de futebol.
Processos de Beatificação e Canonização
Para a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a
comemoração dos 10 anos de Canonização (em 2012) faz recordar todo o
processo de beatificação e canonização de Santa Paulina. O primeiro milagre foi
registrado em Imbituba (SC), no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita
e duradoura de Eluíza Rosa de Souza, que possuía uma doença complexa: a
morte intra-uterina do feto e sua retenção por alguns meses; extração com
instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque
irreversível. O caso foi discutido e, posteriormente, o Santo Padre ratificou em
decreto aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos.
Já o segundo milagre comprovado ocorreu com a menina Iza Bruna Vieira
de Souza, de Rio Branco (AC). Ela nasceu com má formação cerebral,
diagnosticada como “meningoencefalocele occipital de grande porte”. No 5º dia de
vida, foi submetida, embora anêmica, a uma cirurgia e, depois de 24 horas,
apresentou crises convulsivas e parada cardiorrespiratória. A avó da menina,
Zaira Darub de Oliveira rezou à Madre Paulina durante toda a gestação da filha e
também durante o período no Hospital. A menina Iza Bruna foi batizada no próprio
Hospital, dentro do balão de oxigênio, e logo se recuperou. A cura foi atestada
pelo Santo Padre e, no dia 19 de maio de 2002, o Papa João Paulo II canonizou
Santa Paulina, reconhecendo suas virtudes em grau heróico: humildade,
caridade, fé, simplicidade, vida de oração, entre outras.
casa onde nasceu Madre Paulina
casa onde nasceu Madre Paulina casa onde nasceu Madre Paulina
Vigolo Vattaro Trentino, Itália Vigolo Vattaro Trentino, Itália
Interior da casa onde nasceu Madre Paulina
Vigolo Vattaro Trentino, Itália
Interior da casa onde nasceu Madre Paulina
Casebre onde Amébile e Virginia acolhiam doentes
no início da congregação. Nova Trento, SC
Beatificação de Madre Paulina Interior do Santuário
Santuário de Santa Paulina Iza Bruna, com 9 anos, recebe a
hóstia do Papa, durante a missa de
canonização no Vaticano
Santa Paulina Santuário de Santa Paulina
Jornada Mundial da Juventude
28ª Jornada Mundial da
Juventude
Bandeira oficial do evento frente à Catedral
de Aachen, Alemanha.
Primeira
edição
1986
Edição atual 2013
Período 23 a 28 de julho
Local(is) Rio de Janeiro
Gênero Católico
Ingresso pago, contribuições
econômicas
Idealizado
por
João Paulo II
Realização Arquidiocese do Rio
de Janeiro, Setor
Juventude da
CNBB e Pontifício
Conselho para os
Leigos
Página oficial http://rio2013.com/
Jornada Mundial da Juventude é um evento religioso criado pelo Papa
João Paulo II em 1985, que consiste na reunião de milhões de pessoascatólicas,
sobretudo jovens. O evento é celebrado a cada dois ou três anos, numa cidade
escolhida para celebrar a grande jornada em que participam pessoas do mundo
inteiro. Nos anos intermédios, as Jornadas são vividas localmente, no Domingo
de Ramos, pelas dioceses ao redor do mundo. Para cada Jornada, o Papa sugere
um tema.
Durante as JMJ, acontecem eventos como catequeses, adorações, missas,
momentos de oração, palestras, partilhas e shows. Tudo isso em diversas
línguas. Em sua última edição, em Madrid em 2011, reuniu cerca de três milhões
de jovens. Apesar de ser proposta pela Igreja Católica, é um convite a todos os
jovens do mundo. Para João Paulo II, "…a esperança de um mundo melhor está
numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para
Deus e para o próximo."
A História das Jornadas
A Jornada Mundial da Juventude foi celebrada pela primeira vez, de
maneira oficial, no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. A partir de 1987 e
depois, a cada dois anos, como regra geral, organiza-se a Jornada Mundial da
Juventude em algum lugar determinado do mundo.
Em 1987, os jovens foram convocados a Buenos Aires, onde 1 milhão de
participantes escutaram as seguintes palavras do Papa: "Repito ante vós o que
venho dizendo desde o primeiro dia do meu pontificado: que vós sois a esperança
do Papa, a esperança da Igreja." (…) Dois anos depois, 600 mil jovens foram em
peregrinação à cidade espanhola de Santiago de Compostela.
Em 1991, 1 500 000 participantes participaram da Jornada no santuário
mariano da cidade polonesa de Czestochowa e o Papa João Paulo II foi o
primeiro Papa a falar em Esperanto. Depois da queda do Muro de Berlim, essa foi
a primeira ocasião em que os jovens do Leste Europeu puderam participar sem
problemas do evento.
Meio milhão de jovens encontraram o Papa João Paulo II em 1993, na
cidade americana de Denver. Diante do impressionante cenário das Montanhas
Rochosas.
O maior encontro de todos os tempos teve lugar em 1995, por ocasião da
Jornada Mundial da Juventude em Manila nas Filipinas, 4 milhões de jovens
aplaudiram o Papa que evocava a relação com o próximo.
Em 1997, foram muitos jovens que responderam ao convite do Papa para a
Jornada em Paris, que terminou com um evento reunindo quase um milhão de
pessoas. O Jubileu do ano 2000 converteu-se também no jubileu das Jornadas
Mundiais da Juventude. Cerca de 2,5 milhões de jovens (segundo a imprensa
local) reuniram-se em Roma para um novo mega-encontro com o Papa.
A cidade canadense de Toronto foi o palco do encontro de 2002 onde 800
mil pessoas encontraram-se para a última Jornada com o peregrino João Paulo II.
O Papa lembrou a todos que o espírito jovem é algo que não pode ser sufocado:
"Vós sois jovens e o Papa é idoso, e ter 82 ou 83 anos não é a mesma coisa que
ter 22 ou 23. Todavia, ele continua a identificar-se plenamente com as vossas
esperanças e as vossas aspirações. Juventude de espírito, juventude de espírito!
Embora eu tenha vivido no meio de muitas trevas, sob duros regimes totalitários,
tive suficientes motivos para me convencer de maneira inabalável de que
nenhuma dificuldade e nenhum temor é tão grande a ponto de poder sufocar
completamente a esperança que jorra sem cessar no coração dos jovens."
A Jornada entre os dias 16 e 21 de Agosto
de 2005 em Colónia na Alemanha (XX Jornada Mundial da Juventude, XX
Weltjugendtag Köln 2005 em alemão), foi a primeira após a morte do Papa João
Paulo II. O evento foi presidido pelo Papa Bento XVI na que foi a primeira viagem
internacional do seu pontificado, e em que mais de um milhão de jovens se
ajoelharam junto com o Papa navigília de 20 de agosto. Nem a variedade de
linguâs, culturas, distanciaram os jovens um dos outros.
Em 15 de julho de 2008, em Sydney na Austrália, iniciou-se a XXIII Jornada
Mundial da Juventude sob o tema: "Ides receber uma força, a do Espírito Santo,
que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas" (At 1, 8). Em 20 de julho, na
missa de encerramento, o Papa convocou os jovens do mundo todo para a
XXVI Jornada Mundial da Juventude de 2011 em Madrid naEspanha. No ultimo
dia da Jornada Mundial da Juventude em Madrid o papa Bento XVI anunciou a
cidade brasileira do Rio de Janeiro como proxima sede do mega evento católico
em 2013.
Internacional
Ano Data Sede Público Tema Hino Missa
1984
15 de
Abril
Roma,
Vaticano
300,000
Ano Santo
da
Redenção:
Uma festa
de
esperança
Resta Qui
Con Noi
[Italiano]
 Santa Missa realizada
na Piazza San Pietro
 Papa João Paulo
II confia a Cruz da
JMJ a Juventude.
1985
31 de
Março
Roma,
Vaticano
300,000
Ano
Internacional
da
Juventude
 Santa Missa realizada
na Piazza San Pietro
1987
11 de
Abril–12
Buenos
Aires,
Argentina
1,000,000
"Assim
conhecemos
o amor que
Deus tem
por nós e
confiamos
nesse amor"
(1 Jo 4:16)
Un Nuevo
Sol
[Espanhol]
 Primeira JMJ fora da
Europa
1989
15 de
Agosto–
20
Santiago de
Compostela,
Espanha
400,000
“Eu sou o
caminho, a
verdade e a
vida”
(Jo 14:6)
Somos Los
Jóvenes
[Espanhol]
 Missa de
Encerramento
realizada no Monte
do Gozo
1991
10 de
Agosto–
15
Częstochow
a,
Polónia
1,600,000
“Vocês
receberam o
Espírito que
os adota
como filhos"
(Rm8:15)
Abba Ojcze
[ Polonês Italiano
Espanhol]
 Missa de
Encerramento
realizada no Jasna
Góra
1993
10 de
Agosto–
15
Denver,
Estados
Unidos
500,000
Eu vim para
que tenham
vida, e a
tenham
plenamente (
Jn10:10)
(We Are)
One Body
[Inglês]
 Missa de
Encerramento
realizada no Cherry
Creek State Park
 Primeira JMJ na
América do Norte
1995
10 de
Janeiro
–15
Manila,
Filipinas
5,000,000
“Assim como
o Pai me
enviou,
também eu
vos envio"
(Jo20:21)
Tell the
World of His
Love
[Inglês]
 Missa de
Encerramento
realizada no Luneta
Park
 Recorde Mundial de
maior público em um
encontro com o Papa
 Primeira JMJ na Ásia
1997
19 de
Agosto–
24
Paris,
França
2 1,200,000
“Mestre,
onde moras?
Vinde e
vereis"
( Jo 1:38-39)
Maître Et
Seigneur
[Françês]
 Missa de
Encerramento
realizada
no Longchamp
Racecourse
2000
15 de
Agosto–
20
Roma,
Vaticano
Itália
2,000,000
“E o Verbo
se fez carne
e habitou
entre nós"
(Jo 1:14)
Emmanuel
[Italiano Ingês
Françês Espanhol]
 Missa de
Encerramento
realizada no Tor
Vergata
 Realizada pela
ocasião do Jubileu de
2000
2002
23 de
Julho–
28
Toronto,
Canadá
800,000
“Vós sois o
sal da terra...
Vós sois a
luz do
mundo"
(Mt5:13-14)
Lumière Du
Monde/Light
Of The
World
[ Francês Inglês
Espanhol Italiano]
 Missa de
Encerramento
realizada no Parque
Downsview
 Última JMJ com a
presença do Papa
João Paulo II
 Primeira JMJ no
Canadá
2005
16 de
Agosto–
21
Colônia,
Alemanha
1,200,000
"Viemos
adorá-lo"
(Mt 2:2)
Venimus
Adorare Eum
[ Alemão Latin
Francês Espanhol
Inglês Italiano]
 Missa de
Encerramento
realizada
em Marienfeld
 Primeira JMJ com a
presence do Papa
Bento XVI
2008
15 de
Julho–
20
Sydney,
Austrália
400,000
"Recebereis
a força do
Espírito
Santo, que
virá sobre
vós, e sereis
minhas
Receive The
Power
[ Inglês Italiano
Espanhol Francês]
 Missa de
Encerramento
realizada noRandwick
Racecourse
testemunhas
" (Ac 1:8)  Primeira JMJ
na Oceania e
segunda
no Hemisfério Sul
2011
16 de
Agosto–
21
Madrid,
Espanha
1,400,000
-
2,000,000
” Enraizados
e edificados
em Cristo...
firmes na fé”
(Col2:7)
Firmes en la
Fe
[ Espanhol Inglês
Francês Italiano
Alemão Polaco]
 Missa de
Encerramento
realizada noAeroporto
Cuatro Vientos
 Espanha se torna o
primeiro país (fora do
Vaticano/Itália) a
sediar a JMJ duas
vezes.
2013
23 de
Julho–
28
Rio de
Janeiro,
Brasil
TBD
"Ide e fazei
discípulos
entre todas
as
nações”!(Mt
28:19)
"Esperança
do
Amanhecer"
 Missa de
Encerramento
realizada no Campos
da Fé
 JMJ retorna à
América do Sul
depois de mais de
duas décadas....
1 - Attendance numbers reflect the total number at the closing Mass which
includes many locals who attended only that one event. Unless otherwise
referenced, the numbers are quoted from the USCCB website.
2 - This lists languages used in the main international version of the anthem. Local
versions of the anthem in other languages (and alternate versions) may have also
been produced.
1 - Números de atendimento refletir o número total no missa de encerramento que
inclui muitos locals que assistiram só que uma evento. Salvo disposição em
contrário referenciada, os números são cotados a partir de o website USCCB.
2 - Este listas de línguas usado em o principal versão internacional do o hino.
Versões locais de o hino em outros idiomas (e as versões alternados) também
pode ter sido produzido.
História da Cruz da JMJ (A Cruz e o Ícone das Jornadas)
A Cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo,
Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, muitos a chamam de Cruz dos
Jovens porque ela foi entregue pelo papa João Paulo II aos jovens para que a
levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.
A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo
da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano
Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final
daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz
como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em
nome de toda a juventude foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São
Lourenço em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião:
"Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal
deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo
do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e
ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção". (Sua
Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 2004).
Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Levaram a cruz ao Centro
São Lourenço, que se converteria em sua morada habitual durante os períodos
em que ela não estivesse peregrinando pelo mundo.
Desde 1984, a Cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa,
além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e agora na
Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial
da Juventude. Em 1994 a Cruz começou um compromisso que, desde então, se
tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do pais sede de cada JMJ
internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.
O Ícone de Nossa Senhora
Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé
para ser levado pelo mundo, acompanhando a Cruz da JMJ: o Ícone de Nossa
Senhora, "Salus Populi Romani", uma cópia contemporânea de um antigo e
sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus,
no ocidente, Santa Maria Maior.
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BEATO JOÃO PAULO II

  • 1.
  • 2. PAPA JOÃO PAULO II BEATO JOÃO PAULO II 262º PAPA Beato João Paulo II em 2004 Totus tuus Nome de nascimento Karol Józef Wojtyła Nascimento 18 de maio de 1920 Wadowice, Pequena Polónia Polónia
  • 3. Eleição 16 de Outubro de 1978 Entronização 22 de Outubro de 1978 Fim do pontificado 2 de Abril de 2005 (27 anos) Morte 2 de Abril de 2005 (84 anos) Vaticano Antecessor João Paulo I Sucessor Bento XVI Assinatura Listas dos papas: cronológica · alfabética Veneração por Igreja Católica Beatificação 1 de maio de 2011, Cidade do Vaticano por Papa Bento XVI Festa litúrgica 22 de outubro Padroeiro Co-patrono da Jornada Mundial da Juventude, dos jovens Portal dos Santos Beato Papa João Paulo II (em latim: Ioannes Paulus PP. II, em italiano: Giovanni Paolo II, em polaco: Jan Paweł II, nascido Karol Józef Wojtyła, 18 de Maio de 1920 – 2 de Abril de 2005) foi o papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16 de Outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; depois dos papas São Pedro, que reinou trinta e quatro anos, e Papa Pio IX, que reinou por trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polaco até a sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o holandês Papa Adriano VI em 1522.
  • 4. João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e talvez em toda a Europa, bem como significante na melhora das relações da Igreja Católica com o judaísmo, Islã, Igreja Ortodoxa, religiões orientais e a Comunhão Anglicana. Apesar de ter sido criticado por sua oposição à contracepção e a ordenação de mulheres, bem como o apoio ao Concílio Vaticano II e sua reforma das missas, também foi elogiado. Foi um dos líderes que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia se expressar nos seguintes idiomas:italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, s ervo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco, sua língua nativa. Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou 1340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados. Em 2 de abril de 2005, faleceu devido a sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de Dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato em 1 de Maio de 2011 pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano. História pessoal Karol Józef Wojtyła ( pronunciação polaca ) nasceu em Wadowice, uma pequena localidade ao sul da Polónia, a 50 quilómetros de Cracóvia; o mais novo dos três filhos de Karol Wojtyła, um polonês e de Emilia Kaczorowska, que é descrita como tendo ascendência lituana e, possivelmente, ucraniana. Emília morreu em 13 de abril de 1929, quando Karol tinha apenas 8 anos de idade. Sua irmã mais velha, Olga, já tinha morrido antes de seu nascimento, e ele ficou muito próximo de seu irmão Edmund, que era 14 anos mais velho e era chamado deMundek. O seu trabalho como médico eventualmente o levaria à morte por escarlatina, o que deixou Karol muito abalado. Ainda garoto, Karol demonstrou interesse pelos esportes, geralmente jogando futebol na posição de goleiro. Durante a sua adolescência, ele travou contato com a grande comunidade judaica de Wadowice e os jogos de futebol eram disputados entre os times de judeus e católicos, com Wojtyła muitas vezes jogando ao lado dos judeus. Em meados de 1938, Karol e seu pai deixaram Wadowice e se mudaram para Cracóvia, onde ele se matriculou na Universidade Jaguelônica. Enquanto ele se dedicava ao estudo de tópicos como filologia e diversas línguas na
  • 5. universidade, Karol também se prontificou como voluntário na biblioteca, além de ter sido obrigado a participar no alistamento obrigatório, servindo na chamada "Legião Acadêmica". Contudo, ele se recusou a atirar. Ele ainda participou de diversos grupos teatrais, atuando principalmente como dramaturgo. Foi nesta época que o seu talento para as línguas floresceu e ele aprendeu 12 línguas diferentes, nove das quais ele usaria extensivamente no futuro como papa. Em 1939, as forças de ocupação da Alemanha Nazista fecharam a Universidade Jaguelônica após a invasão da Polônia no início da Segunda Guerra Mundial. Todos os homens capazes foram obrigados a trabalhar e assim, de 1940 até 1944, Karol trabalhou em empregos tão diversos como mensageiro para um restaurante, operário numa mina de calcário e para a indústria química Solvay, tudo isso para evitar ser deportado para a Alemanha. Seu pai, um suboficial no Exército da Polônia, morreu de ataque cardíaco em 1941, deixando Karol como o último sobrevivente de seu grupo familiar imediato. "Eu não estive presente na morte de minha mãe, nem na do meu irmão e nem na do meu pai", ele disse, refletindo sobre esta época de sua vida, quase quarenta anos depois, "Aos vinte, eu já tinha perdido todos os que amava". Após a morte de seu pai, ele começou a considerar seriamente a ideia do sacerdócio. Em outubro de 1942, ele bateu às portas do palácio arcebispal de Cracóvia e pediu para estudar. Logo em seguida ele começou a ter aulas no seminário clandestino comandado pelo arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha. Em 29 de fevereiro de 1944, Karol foi atropelado por um caminhão da Wehrmacht. O oficial alemão da Wehrmacht cuidou dele o enviou para um hospital, onde Karol passou duas semanas se recuperando de uma concussão séria e um ferimento nos ombros. Para ele, o acidente e a sua sobrevivência foram a confirmação de sua vocação. Em 6 de agosto de 1944, o chamado "Domingo Negro", a Gestapojuntou os homens de Cracóvia para evitar uma rebelião similar à anterior, ocorrida em Varsóvia. Karol escapou se escondendo no porão da casa de um tio na rua Tyniecka, número 10, enquanto as tropas alemãs vasculhavam os andares superiores. Mais de oito mil homens e rapazes foram levados presos naquele dia, mas Karol conseguiu depois escapar para o palácio do arcebispo, onde ele permaneceria até a retirada dos alemães. Na noite de 17 de janeiro de 1945, os alemães fugiram da cidade e os estudantes puderam retomar o então arruinado seminário. Karol e outros seminaristas ofereceram-se para limpar pilhas de imundíces congeladas que se acumularam nas latrinas. Karol também ajudou uma garota judia de 14 anos chamada Edith Zierer, que tinha fugido de um campo de trabalho alemão em Częstochowa. Edith havia desmaiado na plataforma de trens e Karol a carregou e ficou com ela durante toda a viagem até Cracóvia. Ela afirma que
  • 6. Karol salvou-lhe a vida naquele dia. A organização judaica B'nai B'rith afirma que Karol ajudou a proteger muitos outros judeus poloneses dos nazistas, além de ter priorizado a amizade com os judeus. Após a guerra, enquanto vivia em Cracóvia, Karol envolveu-se em uma perseguição de motocicletas em alta velocidade, escapando por pouco da polícia polonesa. Sacerdócio Ao terminar os estudos no seminário de Cracóvia, Karol foi ordenado padre em 1 de novembro de 1946, Dia de Todos os Santos, pelo seu protetor, o arcebispo de Cracóvia Adam Sapieha. Ele então foi estudar Teologia em Roma, na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, onde ele conseguiu a sua licenciatura e, posteriormente, o doutorado em Teologia (o primeiro), com a tese A Doutrina da Fé segundo São João da Cruz. Retornou para a Polônia no verão de 1948 com sua primeira tarefa pastoral na vila de Niegowić, a 24 km de Cracóvia. Chegou à vila na época da colheita e a sua primeira ação foi se ajoelhar e beijar o chão. Este gesto, que ele adaptou do santo francês Jean Marie Baptiste Vianney. tornar-se-ia sua "marca registrada" durante o seu papado. Em março de 1949, Karol foi transferido para a paróquia de São Floriano, em Cracóvia. Ele lecionou Ética na Universidade Jaguelônica e, posteriormente, Universidade Católica de Lublin (hoje rebatizada em sua homenagem). Enquanto lecionava, juntou um grupo de aproximadamente 20 Emilia e Karol Wojtyla, pais do Beato João Paulo II
  • 7. jovens à sua volta que passaram a se chamar de Rodzinka, a "pequena família". Eles se encontravam para rezar, para discutir filosofia e para ajudar os cegos e os doentes. O grupo eventualmente cresceria até ter aproximadamente 200 pessoas e suas atividades se expandiram para incluir viagens anuais para esquiar e para andar de caiaque. Em 1954 Karol Wojtyła obteve o seu segundo doutorado, em Filosofia, com uma tese avaliando a viabilidade de uma ética católica baseada no sistema ético do fenomenologista Max Scheler. Porém, a intervenção das autoridades comunistas impediu que ele recebesse o grau até 1957. Durante este período, Wojtyła escreveu uma série de artigos no jornal católico de Cracóvia, Tygodnik Powszechny ("Semanal Universal"), que tratava com os assuntos importantes na época para a Igreja. Ele se focou em criar uma obra literária original durante os primeiros doze anos do sacerdócio. A guerra, a vida sob o comunismo e suas responsabilidades pastorais foram inspiração para as suas peças e sua poesia. Karol publicou trabalhos se utilizando de dois pseudônimos - Andrzej Jawień e Stanisław Andrzej Gruda - para distinguir sua literatura de suas obras religiosas (que eram publicadas sob seu nome) e também para que elas fossem consideradas por seus próprios méritos. Em 1960, Karol publicou o influente livro teológico Love and Responsibility ("Amor e Responsabilidade"), uma defesa dos ensinamentos tradicionais da Igreja sobre o casamento a partir de um ponto de vista filosófico novo. Bispo e cardeal Em 4 de julho de 1958, enquanto Karol estava em férias, andando de caiaque nos lagos da região norte da Polônia, o papa Pio XII o elevou à posição de bispo-auxiliar de Cracóvia. Ele foi então convocado a Varsóvia para se encontrar com o primaz da Polônia, o cardeal Wyszyński, que o informou de sua nova função. Ele concordou em servir como bispo auxiliar junto ao arcebispo Eugeniusz Baziak e ele foi ordenado ao episcopado (como bispo titular de Ombi) em 28 de setembro de 1958. O arcebispo Baziak foi o principal consagrador. Os então bispos auxiliares Boleslaw Kominek (futuro cardeal- arcebispo de Wroclaw) e Franciszek Jop (futuro bispo de Opole) foram os principais co-consagradores. Com a idade de 38 anos, Karol se tornara o mais jovem bispo da Polônia. O arcebispo Bakiak viria a morrer em junho de 1962 e, em 16 de julho, Karol Wojtyła foi escolhido como vigário capitular (administrador temporário) da arquidiocese até que um novo arcebispo pudesse ser escolhido.
  • 8. Em outubro de 1962, Karol participou do Concílio Vaticano II (1962-1965), no qual ele contribuiu com dois dos mais importantes e históricos resultados do concílio, o "Decreto sobre a Liberdade Religiosa" (em latim: Dignitatis Humanae) e a "Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno" (Gaudium et Spes). Ele também participou de todas as reuniões do Sínodo dos Bispos. Em 13 de janeiro de 1964, o papa Paulo VI o elevou a arcebispo da Cracóvia. Em 26 de junho de 1967, Paulo VI anunciou a promoção do arcebispo Karol Wojtyła ao Colégio de Cardeais. Wojtyła foi nomeado cardeal-padre do titulus de San Cesareo in Palatio. Em 1967, ele foi importante na formulação da encíclica Humanae Vitae, que trata das mesmas questões que impedem o aborto e o controle de natalidade por meios não-naturais. Em 1970, de acordo com uma testemunha contemporânea, o cardeal Wojtyła foi contra a distribuição de uma carta nas redondezas de Cracóvia afirmando que o episcopado polonês estava se preparando para comemorar os cinquenta anos da Guerra Soviético- Polonesa (lembrando que a Polônia estava então sob jugo soviético). Eleição para o papado Em agosto de 1978, após a morte de papa Paulo VI, o Cardeal Wojtyła votou no conclave papal que elegeu papa João Paulo I, que aos 65 anos foi considerado jovem pelos padrões papais. João Paulo I morreu após somente 33 dias como Papa, precipitando assim um outro conclave. O recém-eleito Papa João Paulo II na varanda.
  • 9. O segundo conclave de 1978 começou em 14 de outubro, dez dias após o funeral do papa João Paulo I. Foi dividido entre dois fortes candidatos ao papado: Cardeal Giuseppe Siri, o conservadorArcebispo de Gênova, e o liberal Arcebispo de Florença, Cardeal Giovanni Benelli, um colaborador próximo de João Paulo I. Os defensores da Benelli estavam confiantes de que ele seria eleito, e no início da votação, Benelli estava com nove votos. Entretanto, a magnitude da oposição a ambos significava que possivelmente nenhum deles receberia os votos necessários para ser eleito, e o Cardeal Franz König, Arcebispo de Viena, individualmente sugeriu a seus colegas eleitores um candidato de compromisso: o Cardeal polonês, Karol Józef Wojtyła. finalmente ganhou a eleição na oitava votação no segundo dia, de acordo com a imprensa italiana, com 99 votos dos 111 eleitores participantes. Em seguida, ele escolheu o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor, e a tradicional fumaça branca informou a multidão reunida na Praça de São Pedro, que um papa havia sido escolhido. Ele aceitou sua eleição com essas palavras: ‘Com obediência na fé em Cristo, meu Senhor, e com confiança na Mãe de Cristo e da Igreja, apesar das grandes dificuldades, eu aceito.’ Quando o novo pontífice apareceu na varanda, ele quebrou a tradição, dizendo a multidão reunida: “ Queridos irmãos e irmãs, todos estamos ainda tristes com a morte do querido papa João Paulo I. E agora os eminentíssimos Cardeais chamaram um novo Bispo de Roma. Chamaram-no de um país distante… Distante, mas sempre muito próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã. Tive medo ao receber esta nomeação, mas o fiz com espírito de obediência a Nosso Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem Santíssima. Não sei se posso expressar-me bem na vossa... na nossa língua italiana. Se eu cometer um erro, por favor ‘korrijam’ [sic] me... ” Wojtyła tornou-se o 262 º papa de acordo com a ordem cronológica lista dos Papas e o primeiro papa não-italiano em 455 anos. Com apenas 58 anos de idade, ele foi o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos. Assim como seu antecessor imediato, João Paulo II dispensou a traditional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica que simplificou acerimônia de posse papal, em 23 de outubro de 1978. Durante a sua posse, quando os cardeais estavam a ajoelhar-se diante dele para tomar seus votos e beijar o Anel do Pescador, ele levantou-se quando o prelado polonês, Cardeal Stefan Wyszyński, ajoelhou-se, interrompeu-o e simplesmente deu-lhe um abraço.
  • 10. Brasão e lema O brasão de João Paulo II foi criado por Bruno Bernard Heim. Descrição: Escudo eclesiástico. Campo de azul, com uma cruz latina de jalde adestrada acompanhada de uma letra "M" do mesmo, no cantão dextro da ponta O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves "decussadas", a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com os seus pingentes. Timbre: a tiara papal de argente com três coroas de jalde. Sob o escudo, um listel de blau com o mote: "TOTVS TVVS", em letras de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde. Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de blau representa o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. A cruz é o instrumento da salvação de todos os homens e representa Jesus Cristo e, sendo de jalde (ouro), simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. A letra "M" representa a Virgem Maria, que segundo a doutrina católica seria a principal intercessora do gênero humano, e esteve todo o tempo junto à cruz de seu Filho (Jo 19,25), sendo de jalde (ouro), tem o significado já descrito deste metal. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos de suposto poder espiritual e poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do Brasão pontifício de João Paulo II.
  • 11. poder supostamente dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. Quanto a tiara papal usada como timbre, no entanto não há certeza sobre o que as três coroas da Tiara tripla simbolizam, como é evidente, há uma multiplicidade de interpretações que têm sido propostas. Alguns a vinculam à autoridade tripla do papa como "Pastor Universal (tiara superior), Competência Eclesiástica Universal (tiara do centro) e o Poder Temporal (tiara inferior)". No listel o lema "TOTVS TVVS", é uma expressão da imensa confiança do papa na Virgem Maria: "Sou todo teu, Maria", sendo que ele colocou toda a sua vida sacerdotal sob a proteção da Virgem. Pontificado Com mais de 26 anos, é o terceiro pontificado mais longo da História da Igreja Católica. Alguns números que se destacam são o de viagens pastorais fora da Itália (mais de 100, visitando 129 países e mais de 1000 localidades), cerimónias de beatificação (147) e canonizações (51), nas quais foram proclamados 1338 beatos e 482 santos. É considerado pelo seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação social, o Papa mais popular da História. A primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polónia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Muitos poloneses consideram que o marco inicial da derrocada comunista foi o discurso de João Paulo II em 2 de Junho de 1979, quando falou a meio milhão de compatriotas em Varsóvia e destacou o trabalho do Solidariedade. "Sem o discurso de Wojtyla, o cenário teria sido diferente. O Solidariedade e o povo não teriam se sentido fortes e unidos para levar a luta adiante", acredita o escritor e jornalista Mieczylaw Czuma. "Foi o papa que nos disse para não ter medo." Dez anos depois, as eleições de 4 de Junho de 1989 foram uma "revolução sem sangue" e encorajaram outros países do bloco comunista a se liberar de Moscovo. A data tornou-se simbólica da fim do socialismo real. O movimento João Paulo II em visita ao Parlamento Polonês a 11 de Junho de 1999.
  • 12. sindical Solidariedade, liderado por Lech Walesa, obteve a vitória nas primeiras eleições parcialmente livres de todo o bloco comunista. João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação. "Não é possível compreender o homem a partir de uma visão económica unilateral, e nem mesmo poderá ser definido de acordo com a divisão de classes.", disse aos bispos brasileiros em 26 de Novembro de 2002. Durante a sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, condenou o embargo económico dos E.U.A. ao país. Em 2003, por intermédio do cardeal Angelo Sodano, enviou uma carta ao presidente Fidel Castro criticando "as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital". Condenou também o terrorismo e o ataque ao World Trade Center ocorrido em 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos da América. Em relação ao Concílio Vaticano II, no qual João Paulo II participou, ele tentou ativamente continuar as reformas e as ideias saídas deste Concílio, nomeadamente sobre o ecumenismo e sobre a abertura da Igreja ao mundo moderno. O Cónego João Seabra afirmou que João Paulo II "é um homem do Concílio, na sua doutrina, na sua concepção do mundo, na sua pastoral. O seu modelo de Igreja é daLumen Gentium, a sua liturgia é da Sacrosanctum Concilium, a sua pastoral social é da Gaudium et Spes, João Paulo II é o Concílio em Marcha. Nesse sentido o concílio, na maneira como foi lido e aplicado pelo grande Papa João Paulo II, teve uma grande importância na queda do comunismo". Diálogo inter-religioso A "Mãe de Deus de Kazan".
  • 13. “ A URI e a Teosofia A Religião Mundial Já Está Oficialmente Criada!! Equivalente Espiritual das Nações Unidas!! “A Iniciativa das Religiões Unidas ( United Religions Initiative, U.R.I. ) representa a mais recente tentativa de amplo alcance da para unir as religiões com fins globalistas. Tudo começou em 1993 numa sessão do “Parlamento das Religiões” de Chicago. A idéia de formar uma autoridade internacional dedicada a unificar as religiões do mundo e constituir um ramo espiritual das Nações Unidas, foi proposta por Sir Sigmund Sternberg, na sua qualidade de diretor do I.C.C.J., Conselho Internacional dos Cristãos e Judeus, conjuntamente a Robert Muller, ilustre representante New Age junto às Nações Unidas. A ideia de Robert Muller e de Sternberg já havia avançado e no dia 25 de Junho de 1995, na ocasião de uma cerimônia sincretista na catedral de S. Francisco para o 50° aniversário daCarta da O.N.U., quando o bispo presbiteriano William Edwin Swing havia anunciado a intenção de fundar a United Religions(Religiões Unidas). As conferências U.R.I. foram em breve estendidas aos cinco continentes, com a participação de cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, baha’i, hindus, zoroastrianos, sikh, seguidores do New Age e da Wicca (movimento neo-pagão de cultores da bruxaria), etc. Ali se decidiu elaborar mapas para a meados do ano 2000, envolvendo políticos conhecidos pelas suas iniciativas de orações comuns – no estilo de Assis – para proceder enfim à fundação oficial da nova organização, a U.R.I., que tinha no seu plano de ação o objetivo de promover uma durável cooperação inter-religiosa e criar uma cultura de justiça e paz. Para isto era Bispo W. E Swing
  • 14. necessário induzir religiosos e leigos à gradual aceitação dessa Nova Religião derivada de uma filosofia (teosofia) e ecologia espiritual. Para contribuir com esta iniciativa, alguns bispos católicos fundaram, com o apoio de João Paulo II, a World Conference on Religion and Peace (W.C.R.P), Conferência mundial para a Religião e a Paz, creditada junto à O.N.U., presente em mais de 100 países e cujo primeiro presidente foi o arcebispo de Nova Dehli, Angelo Fernandes. Presidente da seção italiana do W.C.R.P. é Lisa Palmieri Billig, representante para a Itália da Anti Defamation League do B’nai B’rith, com sede em Roma. A sexta assembleia-geral da Conferência no dia 3 de Novembro de 1994 teve seus trabalhos de abertura na sala sinodal da Santa Sé. Era a primeira conferência inter-religiosa no Vaticano, com a presença pessoal de João Paulo II na veste de presidente de uma assembleia de quase mil representantes de quinze crenças diversas, inclusive as religiões indígenas da África, Austrália e Oceania. João Paulo II em Assis 1986. Sacerdotes do Panteão de Assis.
  • 15. Sob a cúpula vaticana ecoaram por duas horas, na presença de João Paulo II, versos hebraicos e do Alcorão, bem como invocações para a paz dos xintoístas, budistas e hindus, entremeados por blues africanos. A Declaração final das Conferências afirmava: Dominamos a natureza como se essa fosse nossa, e esta arrogância é uma causa primária da atual crise ecológica. Na nossa obra de restauração da harmonia e da vida normal, devemos começar por arrepender-nos das nossas ações destrutivas e efetuar uma mudança desde um modelo antropocêntrico a um bio-cêntrico ecocêntrico. Não é esta uma declaração que exalta a criação acima do Criador, ou Deus imaginário como afirma a teosofia? Chamam a isto de progresso, mas não passa de um retorno ao passado. Declaram o estado como laico e o conduzem de volta ao paganismo. Na verdade são apenas estratégias para se libertarem da cultura judaico-cristã e banirem Deus do universo o qual criou. Estes são os mesmo que promovem os movimentos contra cultura a fim de destruir as famílias. Estes são os apoiadores do anticristo, do governo supranacional e, como pode ser percebido, quem o promove é o falso cristianismo, que no momento está sendo usado, mas a organização Besta, quando não precisar mais de seus serviços o destruírá. Afirmo isto sem o menor temor de errar porque a mesma profecia que informou que todas estas coisas aconteceriam também informa que a grande Babilônia que é este cristianismo misturado será destruído: Caiu, caiu a grande Babilônia. * * * * * * * * * * * * * * Obs.: As religiões e doutrinações satanistas estão focadas no homem. A exaltação do ego é o seu principal ponto e o que atrai as pessoas que buscam significância neste mundo tenebroso. A Teosofia não podia ser diferente por ser ela uma filosofia luciferiana.” Marcelo Alberto http://setimoshofar.blogspot.com.br/2012/05/o-aquecimento-global-e-religiao.html
  • 16. O papa João Paulo II viajou extensivamente e se encontrou com fiéis das mais diferentes crenças. Ele constantemente tentou encontrar afinidades, doutrinárias e dogmáticas. No Dia da Oração realizado emAssis em 27 de outubro de 1986, mais de 120 representantes de diferentes religiões e denominações cristãs passaram o dia em jejum e oração em honra ao seu(s) Deus(es). João Paulo II, Assis, 27 de outubro de 1986 No espírito de “tamanho não interessa”, a viagem de outubro de 1986 de João Paulo a Assis esteve entre os mais curtos trajetos de seu pontificado, mas também um dos mais significativos. A ideia foi a de reunir os líderes das religiões do mundo para rezar pela paz no berço do primeiro embaixador do catolicismo da unidade, São Francisco. Visto que a Igreja tem mais de 2 mil anos de história, é difícil encontrar algo verdadeiramente sem precedentes, mas esse foi um grande acontecimento: um pontífice romano ao lado de rabinos, muftis, xamãs e monges budistas, em um apelo comum para o Todo-Poderoso. O evento teve um significado duradouro por três razões. Primeiro, emprestou um poderoso ímpeto ao diálogo inter-religioso e colaborativo. João Paulo II convocaria, mais tarde, duas outras cúpulas em Assis, em 1993 e 2002, e a Comunidade de Santo Egídio começou a organizar um encontro anual de líderes religiosos “no espírito de Assis”. Em segundo lugar, demonstrou a capacidade única do papado de unir personalidades díspares para galvanizar a atenção da mídia e mover opiniões. O arcebispo de Canterbury,Robert Runcie, disse: “Só o ministério petrino poderia convocar uma assembleia como esta”. Terceiro, enfatizou por que o historiador italiano e fundador da Santo Egídio, Andrea Riccardi, afirmou que João Paulo II não poderia exatamente ser entendido como um “conservador”, uma vez que ele enfrentou duras críticas da direita católica pelo fato de que Assis corria o risco de beirar o sincretismo e o
  • 17. relativismo religioso. Em vez disso, Riccardi propôs que João Paulo fosse recordado como “o papa da complexidade católica”. Anglicanismo O Papa João Paulo II tinha boas relações com a Igreja da Inglaterra, chamada por seu predecessor, Paulo VI, como "nossa amada Igreja Irmã". Ele discursou na Catedral de Cantuária durante a sua visita à Grã Bretanha, e recebeu o Arcebispo de Cantuária de forma amistosa e cortês. Porém, ele se desapontou com decisão da Igreja da Inglaterra, de oferecer o sacramento das Ordens Sagradasàs mulheres, e viu nisto um passo contra a reunião entre a Comunhão Anglicana e a Igreja Católica. João Paulo II fez históricos esforços ecumênicos com a Comunhão Anglicana, e apoiou o estabelecimento da Igreja Católica de Nossa Senhora da Expiação (Uso Anglicano), em cooperação com o Arcebispo Patrick Flores de San Antonio, Texas, nos Estados Unidos. Em 1980, João Paulo II emitiu uma Provisão Pastoral, permitindo que padres anglicanos convertidos casados, se tornassem sacerdotes católicos e que as antigas paróquias episcopais fossem aceitas na Igreja Católica. Ele permitiu a criação do uso anglicano no rito latino, que incorpora o Livro de Oração Comum anglicano. Luteranismo Em 15-19 de novembro de 1980, João Paulo II visitou a Alemanha Ocidental, em sua primeira visita a um país com uma grande população luterana. Em Mainz, ele se encontrou com líderes luteranos e de outras denominações protestantes, além de outras denominações cristãs. Em 11 de dezembro de 1983, ele participou de um serviço ecumênico na Igreja Evangélica Luterana em Roma. Em sua peregrinação apostólica à Noruega, Finlândia, Dinamarca e Suécia entre 1 e 10 de junho de 1989, João Paulo II se tornou o primeiro papa a visitar países majoritariamente luteranos. Além de celebrar missas com fiéis católicos, ele participou de serviços ecumênicos em lugares que haviam sido igrejas católicas antes da reforma luterana, no século XVI, como a Catedral de Nidaros, na Noruega, próximo da Igreja de Santo Olavo, em Thingvellir, na Islândia, a Catedral de Turku na
  • 18. Finlândia, a Catedral de Roskilde, na Dinamarca e a Catedral de Uppsala, na Suécia. Em 31 de outubro de 1999 (o 482º aniversário do Dia da Reforma, o dia em que Lutero pregou as 95 teses), representantes do Vaticano e da Lutheran World Federation (LWF) assinaram a Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação como um gesto de unidade. A assinatura foi fruto do diálogo teológico que vinha ocorrendo entre a LWF e o Vaticano desde 195. Judaísmo As relações entre o catolicismo e o judaísmo melhoraram durante o pontificado de João Paulo II Ele falou com frequência sobre a relação da Igreja com os judeus. Em 1979, João Paulo II se tornou o primeiro papa a visitar o campo de concentração Auschwitz, na Polônia, onde muitos de seus compatriotas (majoritariamente judeus poloneses) haviam perecido durante a ocupação alemã da Polônia na Segunda Guerra Mundial. Em 1998, o papa publicou "Nós Lembramos: Uma Reflexão sobre a Shoah", que delineou seu pensamento sobre o Holocausto. Ele se tornou o primeiro papa a fazer uma visita papal oficial a uma sinagoga, quando ele visitou a Grande Sinagoga de Roma em 13 de abril de 1986. Em 1994, João Paulo II estabeleceu relações diplomáticas formais entre a Santa Sé e o Estado de Israel, reconhecendo sua importância central na vida e fé judaicas. Em honra a este evento, o papa João Paulo II patrocinou o "Concerto Papal para Comemoração do Holocausto". Este concerto, que foi concebido e conduzido pelo maestro norte-americano Gilbert Levine, contou com a presença de Elio Toaff, o Rabino principal de Roma, do presidente da Itália e de sobreviventes do Holocausto vindos do mundo inteiro. Em março de 2000, João Paulo II visitou o memorial de Yad Vashem, um monumento nacional israelense em honra às vítimas e heróis do Holocausto, e depois entrou para a história ao tocar um dos mais sagrados objetos de devoção do Judaísmo, o Muro das Lamentações, seguindo o costume de colocar uma carta entre as frestas de seus tijolos (na qual ele pediu perdão pelas perseguições contra os judeus). Em parte do seu discurso, ele disse: "Eu asseguro o povo judeu que a Igreja Católica... está profundamente entristecida pelo ódio, atos de perseguição e mostras de anti-semitismo dirigidas contra os judeus pelos cristãos, à qualquer tempo, em qualquer lugar" e acrescentou que "não há palavras fortes o suficiente para deplorar a terrível tragédia do Holocausto". O ministro
  • 19. israelense, rabino Michael Melchior, que foi o anfitrião do papa durante a visita, disse que estava "muito comovido" pelo gesto do papa: “ Foi além da história, além da memória. ” — Rabino Michael Melchior, em 26 de março de 2000, durante a visita de João Paulo II a Israel[103] , “ Nós estamos profundamente entristecidos pelo comportamento dos que, no curso da história, provocaram sofrimento às suas crianças e, ao pedir perdão, desejamos nos comprometer com uma irmandade genuína com o povo da Aliança ” — Papa João Paulo II, em 12 de março de 2000, numa nota deixada no Muro das Lamentações, Em outubro de 2003, Liga Anti-Difamação (ADL, da sigla em inglês) emitiu um comunicado congratulando João Paulo II por seu vigésimo-quinto ano de papado. Em janeiro de 2005, João Paulo II se tornou o primeiro papa a receber a benção sacerdotal de um rabino, quando Benjamin Blech, Barry Dov Schwartz e Jack Bemporad visitaram o pontífice no Salão Clementino do Palácio Apostólico. Imediatamente após a morte de João Paulo II, a ADL emitiu um comunicado afirmando que o papa João Paulo II havia revolucionado as relações entre católicos e judeus e que "mais mudanças para melhor haviam ocorrido em seus vinte e sete anos de papado do que nos quase 2000 anos anteriores". Em outro comunicado, emitido pelo diretor do conselho para assuntos australianos, israelenses e judaicos de Israel, o dr. Colin Rubenstein, afirmou que "O papa será lembrado por sua inspiradora lembrança espiritual em prol da causa da liberdade e da humanidade. Ele conseguiu muito mais em termos de transformar as relações tanto com o povo judeu quanto com o Estado de Israel do que qualquer outra figura na história da Igreja Católica". “ Com o judaísmo, portanto, nós temos uma relação com a qual não temos com qualquer outra religião. Vocês são nossos queridos irmãos e, de certa forma, pode-se dizer que vocês são os nossos irmãos mais velhos ” — papa João Paulo II, em 13 de abril de 1986,
  • 20. Igreja Ortodoxa Em maio de 1999, João Paulo II visitou a Romênia, a convite do patriarca Teoctist Arăpaşu, da Igreja Ortodoxa Romena. Foi a primeira vez que um papa visitou um país predominantemente ortodoxo desde o Grande Cisma em 1054 d.C. Quando ele chegou, o patriarca e o presidente da Romênia, Emil Constantinescu, receberam o papa. O patriarca depois afirmou: "O segundo milênio da história cristã começou com uma dolorosa chaga na unidade da Igreja; o fim deste milênio assiste agora a um real compromisso de restaurar a unidade cristã.". João Paulo II visitou outro país fortemente ortodoxo na região, a Ucrânia, entre 23 e 27 de junho de 2001, a convite do presidente da Ucrânia e dos bispos da Igreja Católica Grega da Ucrânica. O papa falou aos líderes do "Concílio Geral das Igrejas e Organizações Religiosas Ucraniano", rogando por "um diálogo aberto, tolerante e honesto". Por volta de 200 mil pessoas compareceram às cerimônias litúrgicas celebradas pelo papa em Kiev e a liturgia em Lviv juntou quase um milhão e meio de fiéis. João Paulo II afirmou que terminar com o Grande Cisma era um dos seus mais queridos desejos[110] . Por muitos anos, João Paulo II tentou facilitar o diálogo e a unidade, afirmando já em 1988, na encíclica Euntes in Mundum, que a "Europa tem dois pulmões e jamais irá respirar direito enquanto não usar ambos". Durante as suas viagens de 2001, João Paulo II se tornou o primeiro papa a visitar a Grécia em 1291 anos; Em Atenas, o papa se encontrou com Cristódulo de Atenas, o arcebispo líder da Igreja Ortodoxa Grega. Após um encontro privado de 30 minutos, os dois falaram ao público. Cristódulo leu uma lista de "13 ofensas" da Igreja Católica contra a Igreja Ortodoxa desde o Grande Cisma, incluindo o saque de Constantinopla pelos cruzados (1204), e reclamou pela falta de um pedido de desculpas da Igreja Católica Romana, afirmando "Até agora, não se conhecia um único pedido de perdão" pelos"cruzados maníacos do século XIII"'. O papa respondeu dizendo "Pelas vezes, passadas e presentes, quando filhos e filhas da Igreja Católica pecaram, por ação ou omissão, contra nossos irmãos e irmãs ortodoxos, que o Senhor nos conceda o perdão"', ao que Cristódulo imediatamente aplaudiu. João Paulo II disse que o saque de Constantinopla era a causa de um "profundo pesar" para os católicos. Posteriormente, João Paulo e Cristódulo se encontraram no lugar onde São Paulo um dia pregara para os cristão atenienses. Ali, eles emitiram um "comunicado conjunto", dizendo "Faremos tudo o que estiver em nosso poder para que as raízes cristãs da Europa e a sua alma cristã seja preservada.... Nós condenamos todos os recursos à violência, ao proselitismo e ao fanatismo em
  • 21. nome da religião". Os dois líderes então rezaram o Pai Nosso juntos, quebrando um antigo tabu ortodoxo contra rezar juntamente com católicos. O papa sempre afirmou, por todo o seu pontificado, que um dos seus grandes sonhos era visitar a Rússia, mas isso jamais ocorreu. Ele tentou resolver os problemas que surgiram durante a história entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Russa, como quando ele determinou a devolução à Igreja Ortodoxa Russa do Ícone de "Nossa Senhora de Kazan", a "Theotokos" e sempre Virgem Maria. No dia 28 de agosto de 2004, a "Solenidade da gloriosíssima Dormição da Theotokos", delegação representativa da Igreja Católica, chefiada pelo cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, entregou o ícone, depois de um solene ofício na Catedral da Dormição, no Kremlim, em Moscovo, em que participaram numerosos fiéis. Budismo O décimo-quarto Dalai Lama, Tenzin Gyatso, visitou o papa João Paulo II oito vezes, mais do que qualquer outro dignitário. Ambos compartilhavam visões similares e compreendiam o sofrimento do outro, ambos vindos de países afetados pelo comunismo e sendo grandes líderes de grandes religiões. Islã O papa João Paulo II fez consideráveis esforços para melhorar as relações entre o catolicismo e o islamismo. Em 6 de maio de 2001, o papa João Paulo II se tornou o primeiro papa católico da história a entrar e rezar numa mesquita. Respeitosamente removendo os seus sapatos, ele entrou na Mesquita dos Omíadas, um antiga igreja cristã bizantina dedicada a São João Batista (que, acredita-se, está enterrado lá), em Damasco, na Síria, e ali deu um discurso que incluía a seguinte afirmação: "Por todas as vezes que os cristãos e os muçulmanos se ofenderam entre si, precisamos buscar o perdão do Todo Poderoso e oferecer uns aos outros o perdão" . Ele beijou o Corão nesta mesma viagem, um ato que o tornou popular entre os muçulmanos, mas que perturbou muitos católicos. Em 2004, João Paulo II patrocinou o "Concerto Papal pela Reconciliação", que reuniu líderes do Islã com líderes da comunidade judaica e da Igreja Católica no Palácio Apostólico, no Vaticano, para um concerto do Coro Filarmônico de Cracóvia, da Polônia, do Coro Filarmônico de Londres, do Reino Unido, da Orquestra Sinfônica de Pittsburgh, dos Estados Unidos, e do Coro Polifônico
  • 22. Estatal de Ancara, da Turquia. O evento foi concebido e dirigido por Sir Gilbert Levine, OSGM, e foi transmitido para o mundo inteiro. João Paulo II supervisionou a publicação do Catecismo da Igreja Católica onde faz uma provisão especial para os muçulmanos; onde está escrito, "O plano de salvação também inclui aqueles que reconhecem o Criador, o que inclui os muçulmanos; estes professam ter a fé de Abraão, e junto conosco, eles adoram a um Deus misericordioso, juiz dos homens no último dia." Diálogo com os jovens João Paulo II tinha uma relação especial com a juventude católica e é conhecido por alguns como O Papa para a juventude. Antes de seu pontificado, ele participou de acampamentos e caminhadas nas montanhas com os jovens. Ele ainda fez caminhadas na montanha, quando ele foi papa. Ele estava preocupado com a educação dos futuros sacerdotes e desde cedo fez muitas visitas a seminários romanos, incluindo a Venerável Faculdade Inglesa em 1979. Ele criou a Jornada Mundial da Juventude em 1984 com a intenção de aproximar os jovens católicos de todas as partes do mundo a se reunirem para celebrar a fé. Estes encontros de uma semana da juventude ocorrem a cada dois ou três anos, atraindo centenas de milhares de jovens, que vão para cantar, festejar, passar bons momentos e aprofundar a sua fé. A 19ª Jornada Mundial da Juventude celebrado durante o seu pontificado, reuniu milhões de jovens de todo o mundo. Durante este tempo, seus cuidados para com a família foram expressos nos Encontros Mundiais das Famílias, que ele começou em 1994. “ Os jovens estão ameaçados... pelo mau uso das técnicas de propaganda, que estimulam a inclinação natural deles para evitar o trabalho duro, ao prometer a satisfação imediata de cada desejo. ” A Jornada Mundial da Juventude é um evento temático popular da fé católica internacional voltado para jovens, esse evento foi iniciado pelo Papa João Paulo II.
  • 23. Oração pelas almas dos mortos Perante cerca de 20 mil pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse (no contexto orativo católico) : "A oração pelas almas dos fiéis defuntos não deve ser interrompida, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo". Diplomacia A mediação pontifícia de João Paulo II permitiu que o Chile e a Argentina chegassem a um acordo no conflito sobre os seus limites territoriais na região austral (Canal de Beagle) que ameaçava levar os dois países à guerra. Em 22 de dezembro de 1978 o Papa enviou o cardeal italiano Antonio Samoré ao governo dos dois países como emissário pessoal o que levou a assinatura dos Acordos de Montevidéu, no Palácio Taranco, a 18 de Janeiro de 1979 - através do qual os dois Estados recorreram formalmente à mediação do papa - e à conclusão do dissentimento sobre a Região Austral, com a assinatura do Tratado de Paz e Amizade assinado diante do papa, na Capela Paulina (Vaticano), no dia 29 de novembro de 1984. Papel na queda do comunismo João Paulo II foi creditado como sendo fundamental para derrubar o comunismo no Central e no Leste Europeu, por ser a inspiração espiritual por trás de sua queda, e um catalisador para "uma revolução pacífica" na Polônia. Lech Wałęsa, o fundador do ‘Solidariedade’, credita João Paulo II como dando aos poloneses a coragem de se levantar. De acordo com Wałęsa, "Antes de seu pontificado, o mundo estava dividido em blocos. Em Warsaw, em 1979, ele O presidente russo Vladimir Putin se encontra com o Papa João Paulo II
  • 24. simplesmente disse: 'Não tenha medo', e depois orou: 'Deixe o seu Espírito descer alterar a imagem da terra... esta terra'." A correspondência do presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan com o Papa revela "um contínuo esforço para assegurar o apoio do Vaticano às políticas norte-americanas. Talvez o mais surpreendente, os documentos mostram que, por volta de 1984, o Papa não acreditava que o governo comunista polonês poderia ser mudado." Em dezembro de 1989, João Paulo II reuniu-se com líder soviético Mikhail Gorbachev no Vaticano e cada um expressou o seu respeito e admiração para com o outro. Gorbachev certa vez disse ‘O colapso da Cortina de Ferro teria sido impossível sem João Paulo II’. No funeral de João Paulo II, Mikhail Gorbachev disse: "A devoção do Papa aos seus seguidores é um exemplo notável para todos nós" Em fevereiro de 2004, Papa João Paulo II foi nomeado para o Prêmio Nobel da Paz em homenagem ao trabalho de sua vida na oposição ao comunismo e ajudando a remodelar o mundo. O presidente George W. Bush presenteou o Papa com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil dos EUA, durante uma cerimônia no Vaticano, em 4 de junho de 2004. O presidente leu a citação que acompanhou a medalha, que reconhece o "filho desta Polônia" cujo "apoio aos princípios de paz e liberdade inspirou milhões e ajudou a derrubar o comunismo e a tirania." Depois de receber o prêmio, João Paulo II disse, "Que o desejo de liberdade, paz, um mundo mais humano simbolizado por esta medalha inspire homens e mulheres de boa vontade em todo tempo e lugar." Em relação a a política mundial, pouco antes de sua morte, a BBC disse, referindo-se a uma frase de Mikhail Gorbachev: "O Papa — disse Gorbachev a sua esposa Raisa— é a autoridade moral mais importante do mundo e é eslavo". O entendimento entre as duas personalidades sem dúvida facilitou o caminho para a democracia no bloco oriental". Nas palavras do General Wojciech Jaruzelski, último líder na Polônia comunista, a visita de João Paulo II a Polônia em 1979, foi o "detonador" das mudanças. Por ocasião de sua morte, o Presidente doParlamento Europeu, o socialista Josep Borrell, escreveu: "Me inclino com respeito ante a memória dessa grande personalidade que marcou de forma determinante a historia do último quarto de século. (...) Impunha respeito pela clareza de suas opiniões e pela sinceridade de seus esforços contínuos a favor da justiça, a paz e do respeito da dignidade e dos direitos humanos. Ninguém vai esquecer os gestos de abertura e diálogo dirigidos aos representantes das outras religiões, particularmente durante as reuniões de Assis. A história lembrará do esforço decisivo de João Paulo II na
  • 25. recondução dos Países da Europa Central e Oriental para a democracia e a liberdade. Lembrará, também, sua atividade, muitas vezes discreta, a favor do diálogo entre os povos e os Estados em conflito e pela retomada das negociaciações entre os Países do Oriente Médio". O chanceler alemão, Gerhard Schröder, declarou que o Papa tinha "influenciado a integração pacífica da Europa em muitos aspectos. Por seus esforços e sua personalidade impressionante, mudou o nosso mundo". Ele também enfatiza seu compromisso com os direitos humanos: "Seu compromisso como Pontífice não era apenas difundir o Evangelho, mas transformar o Papado romano no porta-voz dos direitos humanos" —de acordo com um artigo da CNN, citando Marco Politi, autor do livro His Holiness. O equilíbrio de sua vida do ponto de vista religioso e pessoal, delineou o então Cardeal Ratzinger, futuro papa Bento XVI, no funeral de João Paulo II: "'Siga-me', disse o Senhor ressuscitado para Pedro, como sua última palavra a este discípulo escolhido para apascentar o seu rebanho. 'Siga-me', esta palavra de Cristo pode ser considerada a chave para compreender a mensagem que vem da vida do nosso saudoso e amado papa João Paulo II". “ Varsóvia, Moscovo, Budapeste, Berlim, Praga, Sofia e Bucareste foram etapas duma longa peregrinação em direção à liberdade. É admirável que nestes eventos, povos inteiros falaram – mulheres, jovens, homens, venceram o medo, sua sede irreprimível de liberdade aceleraram os acontecimentos, fez desabar as paredes e abriram os portões. ” — Papa João Paulo II (1989) Visitas papais Durante o seu pontificado, o papa João Paulo II viajou para 129 países, contabilizando mais de 1,1 milhões de quilômetros viajados. Ele consistentemente atraía grandes multidões em suas viagens, algumas contando entre as maiores já reunidas na história, como a do Jornada Mundial da Juventude de 1995, em Manila, nas Filipinas, que reuniu cerca de 5 milhões de pessoas. Alguns sugeriram que esta pode ter sido a maior reunião católica da história, porém sem conseguir prová-lo. As primeiras visitas oficiais de João Paulo II foram para a República Dominicana e para o México, em janeiro de 1979, e para a Polônia, em 1979, onde multidões o rodearam. Esta primeira visita à Polônia serviu para elevar o espírito da nação e catalisou a formação do Movimento Solidariedade em
  • 26. 1980, que trouxe de volta a liberdade e os direitos humanos para a sua terra natal. Enquanto que algumas de suas viagens (como a feita aos Estados Unidos e à Terra Santa) foram para lugares previamente visitados por Paulo VI, João Paulo II se tornou o primeiro papa a visitar a Casa Branca em sua viagem de outubro de 1979 aos Estados Unidos, onde ele foi recebido calorosamente pelo presidente Jimmy Carter. Ele viajou para lugares que nenhum outro papa havia jamais visitado antes, sendo o primeiro papa a visitar o México, em janeiro de 1979, e Irlanda, no mesmo ano. Ele foi ainda o primeiro papa em exercício a visitar o Reino Unido, em 1982, onde ele se encontrou com a rainha Isabel II, Governadora Suprema da Igreja de Inglaterra (a Igreja Anglicana, que se separou da Igreja Católica no reinado de Henrique VIII, mais de 400 anos antes). Ele visitou o Haiti em 1983, onde ele discursou em crioulo para milhares de empobrecidos fiéis que o esperavam no aeroporto, sua mensagem, "A situação precisa mudar no Haiti", se referindo à disparidade entre os ricos e pobres, foi recebida com um estrondoso aplauso. Em 2000, ele foi o primeiro papa moderno a visitar o Egito, onde ele se encontrou com o papa copta, Shenouda III (da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria, que se separou da Igreja Ortodoxa após o Concílio de Calcedônia, em 451) e o patriarca grego ortodoxo de Alexandria ( da Igreja Ortodoxa Grega de Alexandria, separada da Igreja Católica no Grande Cisma do Oriente, em 1054). Ele foi o primeiro papa católico a visitar e rezar numa mesquita islâmica, em Damasco, na Síria, em 2001. Ele visitou a Mesquita dos Omíadas, uma antiga igreja cristã onde se acredita estar enterrado São João Batista (que também é um profeta no Islã), onde fez um discurso pedindo aos cristãos, muçulmanos e judeus que trabalhassem juntos. Em março de 2000, enquanto visitava Jerusalém, João Paulo II se tornou o primeiro papa da história a visitar e rezar no Muro das Lamentações. Em setembro de 2001, durante os ataques de 11 de setembro, ele viajou ao Cazaquistão, onde foi recebido por uma audiência majoritariamente muçulmana, e para a Armênia, para participar da celebração dos 1700 anos de cristianismo na nação.
  • 27. Mapa indicando o s países onde João Paulo II visitou. “ Hoje, pela primeira vez na história, um bispo de Roma pisou em solo inglês. Esta bela terra, que já foi um entreposto distante do mundo pagão, se tornou, através da pregação do Evangelho, uma parte amada e abençoada do vinhedo cristão ” — Papa João Paulo II, em sua visita à Inglaterra em 1982, Viagens pelo mundo do Papa João Paulo II: 1979 N DATA PAÍSES 01 25 de janeiro–1 República Dominicana e México 9 + visitas 8 visitas 7 visitas 5 visitas 4 visitas 3 visitas 2 visitas 1 visitas 0 visita
  • 28. de fevereiro 02 2–10 de junho Polônia 03 29 de setembro– 7 de outubro Irlanda e Estados Unidos 04 28–30 de novembro Turquia 1980 05 2–12 de maio Zaire, República do Congo, Quênia,Gana, República do Alto Volta eCosta do Marfim 06 30 de maio–2 de junho França 07 30 de junho–12 de julho Brasil 08 15–19 de novembro Alemanha Ocidental 1981 09 16–27 de fevereiro Filipinas, Guam, e Japão 1982 10 12–19 de fevereiro Nigéria, Benim, Gabão, e Guiné Equatorial 11 Maio 12–15 Portugal (incluindo Fátima) 12 28 de maio–2 de junho Grã-Bretanha 13 10–13 de junho Argentina 14 15 de junho Suíça 15 29 de agosto San Marino 16 31 de outubro–9 de novembro Espanha
  • 29. 1983 17 Março 2–10 Costa Rica, Nicarágua, Panamá, El Salvador, Guatemala, Belize,Honduras e Haiti 18 16–23 de junho Polônia 19 14–15 de agosto Lourdes (França) 20 10–13 de setembro Áustria 1984 21 2–12 de maio Coreia do Sul, Papua-Nova Guiné,Ilhas Salomão, Tailândia 22 12–17 de junho Suíça 23 9–20 de setembro Canadá 24 10–12 de outubro Espanha, República Dominicana,Porto Rico 1985 25 26 de janeiro–6 de fevereiro Venezuela, Equador, Peru, Trinidad e Tobago 26 11–21 de maio Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo 27 8–19 de agosto Togo, Costa do Marfim, Camarões,República Centro Africana, Zaire,Quênia, Marrocos 28 8 de setembro Liechtenstein 1986 29 1–10 de fevereiro Índia 30 1–8 de julho Colômbia, Santa Lúcia 31 4–7 de outubro França 32 19 de novembro– 1 de dezembro Austrália, Nova Zelândia, Bangladesh, Fiji, Singapura,Seychelles
  • 30. 1987 33 31 de março–13 de abril Uruguai, Chile, Argentina 34 30 de abril–4 de maio Alemanha Ocidental 35 8–14 de junho Polônia 36 10–20 de setembro Estados Unidos e Canadá 1988 37 7–18 de maio Uruguai, Bolívia, Peru, Paraguai 38 23–27 de junho Áustria 39 10–19 de setembro Zimbabwe, Botswana, Lesoto,Suazilândia, Moçambique, através daÁfrica do Sul 40 8–11 de outubro França 1989 41 28 de abril–6 de maio Madagascar, Reunião, Zâmbia, eMalawi 42 1–10 de junho Noruega, Islândia, Finlândia,Dinamarca, Suécia 43 19–21 de agosto Espanha 44 6–16 de outubro Coreia do Sul, Indonésia, Timor-Leste,Maurício 1990 45 45. 25 de janeiro–1 de fevereiro Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mali,Burkina Faso, Chade 46 21–22 de abril Checoslováquia 47 6–13 de maio México, Curação 48 25–27 de maio Malta 49 1–10 de setembro Tanzânia, Ruanda, Burundi, Costa do Marfim
  • 31. 1991 50 10–13 de maio Portugal 51 1–9 de junho Polônia 52 13–20 de agosto Polônia, Hungria 53 12–21 de outubro Brasil 1992 54 19–26 de fevereiro Senegal, Gâmbia, Guiné 55 4–10 de junho Angola, São Tomé e Príncipe 56 9–14 de outubro República Dominicana 1993 57 3–10 de fevereiro Benim, Uganda, Sudão 58 25 de abril Albânia 59 12–17 de junho Espanha 60 9–16 de agosto Jamaica, México, Estados Unidos 61 4–10 de setembro Lituânia, Letônia, Estônia 1994 62 10–11 de setembro Croácia 1995 63 12–21 de janeiro Filipinas, Austrália, Papua-Nova Guiné, Sri Lanka 64 20–22 de maio República Checa, Polônia 65 3–4 de junho Bélgica 66 30 de junho Eslováquia 67 14–20 de setembro Camarões, Quênia, África do Sul
  • 32. 68 4–8 de outubro Estados Unidos 1996 69 5–12 de fevereiro Guatemala, El Salvador, Nicarágua,Venezuela 70 14 de abril Tunísia 71 Maio 17–19 Eslovênia 72 21–23 de junho Alemanha 73 6–7 de setembro Hungria 74 19–22 de setembro França 1997 75 12–13 de abril Sarajevo, Bósnia e Herzegovina 76 25–27 de abril República Checa 77 10–11 de maio Líbano 78 31 de maio–10 de junho Polônia 79 21–24 de agosto França 80 2–5 de outubro Brasil 1998 81 21–25 de janeiro Cuba 82 21–23 de março Nigéria 83 19–21 de junho Áustria 84 2–4 de outubro Croácia 1999 85 22–25 de janeiro Cidade do México no México Janeiro 26–27 Saint Louis, Missouri 86 7–9 de maio Romênia 87 5–17 de junho Polônia
  • 33. 88 19 de setembro Eslovênia 89 5–9 de novembro Nova Deli (Índia) e Tbilisi (Geórgia) 2000 90 24–26 de fevereiro Egito 91 20–26 de março Jordânia, Israel e Palestina 92 12–13 de maio Fátima em Portugal 2001 93 4–5 de maio Atenas em Grécia 5–6 de maio Síria 8–9 de maio Malta 94 23–27 de junho Ucrânia 95 22–27 de setembro Armênia e Cazaquistão 2002 96 22–26 de maio Azerbaijão e Bulgária 97 23 de julho–1 de agosto Canadá, Guatemala, e México 98 16–19 de agosto Polônia 2003 99 3–4 de maio Espanha 100 5–9 de junho Croácia 101 22 de junho Bósnia e Herzegovina 102 Setembro 11-14 Eslováquia 2004 103 5-6 de junho Suíça
  • 34. 104 14-15 de agosto Lourdes (França) Visitas ao Brasil O papa João Paulo II esteve no Brasil quatro vezes, sendo três delas oficiais e uma delas, porém, permaneceu apenas no aeroporto, quando ia para a Argentina em 1982, onde fez um rápido discurso durante a escala de seu voo no Rio de Janeiro. Na primeira, chegou ao meio-dia de 30 de junho de 1980, foi recebido pelo general João Batista Figueiredo, percorreu treze cidades em apenas doze dias, percorrendo um total de 30 000 quilômetros. Durante 12 dias João Paulo II percorreu as cidades de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Aparecida do Norte, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Recife, Salvador, Belém, Teresina e Fortaleza. Essa visita foi marcada pela expectativa dos brasileiros em receber pela primeira vez um Papa no país e pela beatificação do jesuíta espanhol José de Anchieta, fundador da cidade de São Paulo. O Papa participou do X Congresso Eucarístico Nacional, realizado entre 30 de junho a 12 de julho 1980, em Fortaleza, no Ceará. Durante a visita, bancos e repartições públicas fecharam, teatros atrasaram os espetáculos e os esquemas rodoviários foram alterados. Essa foi uma das maiores movimentações populares já registradas no Brasil. Em pleno regime militar, defendeu a justiça social, liberdade sindical, reforma agrária, direitos humanos e educação sexual. Mas também condenou a Teologia da Libertação e o aborto. Destacou-se, na primeira visita, a música "A bênção, João de Deus", composta para a ocasião por Péricles de Barros. A outra visita foi entre 12 e 21 de outubro de 1991, sendo recebido em Brasília pelo então presidente Fernando Collor de Mello, visitou a Irmã Dulce, em Salvador, percorreu dez capitais e fez 31 pronunciamentos, beatificou Madre Paulina e na ocasião para um público de 60 mil pessoas, o papa afirmou durante a homilia: "Soube ela converter todas as suas palavras e ações num contínuo ato de louvor a Deus. Sua conformidade com a vontade de Deus levou-a a uma constante renúncia de si mesma, não recusando qualquer sacrifício para cumprir os desígnios divinos". O Papa abordou a questão indígena, a reprovação do uso João Paulo II com o cantor Roberto Carlos a 5 de Outubro de 1997, na sua quarta visita ao Brasil.
  • 35. de anticoncepcionais, o problema da divisão de terras, a família e a condenação do divórcio. A visita também foi marcada pelo fato de um menino de rua de 12 anos, descalço e vestido humildemente, ter ultrapassado barreira de segurança, em Goiânia, e ter se jogado nos braços do Papa, que retribuiu o carinho com um longo abraço. Esteve também no Brasil entre 2 e 6 de outubro de 1997, foi recebido pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Nessa visita o Papa participou do II Encontro Mundial com as Famílias, realizado na cidade do Rio de Janeiro, ficando por quatro dias na cidade. Em seus discursos, João Paulo II condenou o divórcio, o aborto e os métodos contraceptivos. Ele abençoou o Rio de Janeiro aos pés do Cristo Redentor. Em visita à cidade do Rio de Janeiro declarou: "Se Deus é brasileiro, o papa é carioca". Nas três visitas oficiais de João Paulo II ao Brasil, tanto o Vaticano como os Correios editaram selos comemorativos para homenagear a passagem do pontífice no país. Ao todo foram impressos oito selos pela Casa da Moeda do Brasil. Um deles em homenagem póstuma, em 2005. Visitas a Portugal João Paulo II visitou Portugal 3 vezes: em 1982, 1991 e 2000 foram visitas apostólicas e em 1983 fez escala em Lisboa onde discursou. A primeira visita, de 12 a 15 de maio de 1982, ocorreu um ano após o atentado de que foi vítima em 13 de Maio de 1981. No primeiro dia de visita, João Paulo II acabou sendo ferido na segunda tentativa de assassinato quando Juan María Fernández y Krohn o tentou esfaquear com uma baioneta, onde o papa acabou sendo ferido. Nessa visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior em plena Praça de São Pedro no altar de Nossa Senhora de Fátima. Ainda hoje a mesma bala se encontra na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima. Em 14 de maio, visitou o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal, em Vila Viçosa. Na manhã de 15 de maio, visitou o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, e, à tarde, viajou de helicóptero até o Porto, onde presidiu uma missa celebrada junto à Câmara Municipal, na Avenida dos Aliados. Para comemorar sua visita o CTT Correios de Portugal lançou uma emissão de selos intitulada “Visita de S.S. o Papa João Paulo II a Portugal de 12 a 15 de Maio de 1982”. Em 2 de março de 1983 fez uma escala em Lisboa, por volta da meia-noite, em viagem com destino a América Central e na ocasião uma multidão de pessoas
  • 36. o aguardava, sendo que o papa fez uma pequena homília invocando a sua "Fé e Devoção a Nossa Senhora de Fátima". De 10 a 13 de maio de 1991, esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, e novamente em Fátima. Um dos pontos mais altos foi o encontro com os jovens realizado no Estádio do Restelo, em Lisboa, em 10 de maio. A sua última visita, em que beatificou os pastorinhos de Fátima, Jacinta Marto e Francisco, teve lugar em 12 e 13 de maio de 2000, em Fátima e sobre eles disse o seguinte: "grande era, no pequeno Francisco, o desejo de reparar as ofensas dos pecadores, esforçando-se por ser bom e oferecendo sacrifícios e oração. E Jacinta sua irmã, quase dois anos mais nova que ele, vivia animada pelos mesmos sentimentos". Nesta peregrinação, João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fátima o anel com o lema “Totus Tuus” que o cardeal Wiszinski lhe havia ofertado no início do seu pontificado. Também teve a revelação do "Terceiro segredo de Fátima que estava relacionado com o atentado de João Paulo II. Para assinalar esta data os CTT Correios de Portugal fizeram uma emissão de selos intitulada "Visita a Portugal de Sua Santidade o Papa João Paulo II". 1a VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II 30/06 À 12/07 DE 1980
  • 37.
  • 38.
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  • 40.
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  • 45.
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  • 47. Num encontro emocionante, em julho de 1980, em Pernambuco, João Paulo II chamou o arcebispo de Olinda e Recife de ''irmão dos pobres e meu irmão'', diante da multidão reunida para a celebração de uma missa campal. "Em vez de me passar um pito, por eu não estar usando o solidéu, o Santo Padre tirou o seu da cabeça e segurou numa das mãos", contava sorridente. Em 15 de agosto de 1981 Daniel Militão era criança quando encontrou o Papa João Paulo II pela primeira vez, em um evento no Colégio Santo Américo, em São Paulo, em 1980 Ao ver que Daniel estava relutante em entregar as flores, João Paulo II pegou o menino no colo
  • 48. 2a VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II DE 12 À 21/10 DE 1991
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  • 53. Papa João Paulo II plantando pé de pau-brasil 3a VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II 02/10 À 06/10 DE 1997 pé de pau-brasil plantado pelo Papa João Paulo II
  • 54.
  • 55.
  • 56. Em 1997, no Rio de Janeiro, João Paulo II é surpreendido por um homem vestido com uniforme da Polícia Militar que se ajoelha com um papel nas mãos, enquanto ele desfilava no chamado "papamóvel". Removido por seguranças, o fiel gritava "eu quero falar com o Papa, eu quero falar com o Papa".
  • 57.
  • 58. Frei Galvão Santo Antônio de Sant'Ana Galvão Frei Galvão em pintura de artista desconhecido (circa 1850). Frei Franciscano Nascimento 10 de maio de 1739 em Guaratinguetá Morte 23 de dezembro de 1822 (83 anos) emSão Paulo Veneração por Igreja Católica Beatificação 8 de abril de 1997, Vaticano por João Paulo II Canonização 11 de maio de 2007, São Paulo porBento XVI
  • 59. Principaltemplo Mosteiro da Luz Festa litúrgica 25 de outubro1 Portal dos Santos Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, OFM, mais conhecido como Frei Galvão (Guaratinguetá, 10 de maio de 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade brasileiro. Uma das figuras religiosas mais conhecidas do Brasil, famoso por seus supostos poderes de cura, Galvão foi canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, tornando-se o primeiro santo nascido no Brasil. No geral, é o segundo santo católico brasileiro, já que a ítalo-brasileira Santa Paulina havia sido canonizada por João Paulo II em 2002. Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres. Biografia Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739 na freguesia de Santo Antônio de Guaratinguetá, na capitania de São Paulo. Era o quarto de dez ou onze filhos de uma família profundamente religiosa de elevado status social e político. Seu pai, o portuguêsAntônio Galvão de França, era o capitão-mor da vila. Natural de Faro e ativo no mundo do comércio, França pertencia à Ordem Terceira de São Francisco e era conhecido por sua generosidade. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros e membro da família do famosobandeirante Fernão Dias Pais, conhecido como o "caçador de esmeraldas". Ela morreria prematuramente em 1755, aos 38 anos. Também conhecida por sua generosidade, Isabel teria doado todas suas roupas aos pobres à época de sua morte. Galvão passou toda sua infância na casa que se situava na esquina da Rua do Hospital com a Rua do Teatro (atualmente Ruas Frei Galvão e Frei Lucas, respectivamente). O local foi demolido e recentemente reconstruído.7 Aos 13 anos, Galvão foi enviado pelos pais ao seminário jesuíta Colégio de Belém, localizado em Cachoeira, na Bahia, com a finalidade de estudar ciências humanas. Seu irmão José já se encontrava no local. No Colégio de Belém, que freqüentou de 1752 a 1756, Galvão fez grandes progressos nos estudos sociais e na prática cristã. Ele aspirava se tornar um padre jesuíta, mas a perseguição anti- jesuíta liderada por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal,
  • 60. fez com que ele se mudasse para um convento franciscano em Taubaté, seguindo o conselho do pai. Aos 21 anos, em 15 de abril de 1760, Galvão desistiu do futuro promissor – visto a influência de sua família na sociedade – e se tornou umnoviço no Convento de São Boaventura de Macacu, em Itaboraí, Rio de Janeiro. Lá, ele adotou o nome religioso de Antônio de Sant'Ana Galvão em homenagem à devoção de sua família a Santa Ana. Durante o noviciado, Galvão se tornou conhecido por sua piedade, zelo e virtudes exemplares. Galvão fez sua profissão solene em 16 de abril de 1761, assumindo o voto de defender o título de "Imaculada" da Virgem Maria, ainda considerada uma doutrina polêmica à época.8 Em 11 de julho de 1762, Galvão foi ordenado sacerdote e transferido para o Convento de São Francisco na cidade de São Paulo, onde continuou seus estudos em teologia e filosofia. Durante a jornada do Rio de Janeiro para São Paulo, fez uma breve parada em Guaratinguetá para celebrar sua primeira missa, realizada na Matriz de Santo Antônio, onde ele havia sido batizado. Em 1768, ele foi nomeado confessor, pregador e porteiro do convento, considerado um cargo importante naquela época. Se destacou de tal forma que a Câmara Municipal lhe considerou o "novo esplendor do Convento". Em 1770, foi convidado para fazer parte da Academia Paulistana de Letras. Na segunda sessão literária, realizada em março de 1770, Galvão declamou com sucesso, em latim, dezesseis peças de sua autoria, todas dedicadas a Santa Ana. Declamou também dois hinos, uma ode, um ritmo e doze epigramas. Suas composições são bem metrificadas e dotadas de profundo sentimento religioso e patriótico. De 1769 a 1770, atuou como confessor no Recolhimento de Santa Teresa, casa que abrigava devotas de Teresa de Ávila na cidade de São Paulo. Lá, ele Monumento em homenagem a Frei Galvão em sua cidade natal, Guaratinguetá.
  • 61. conheceu a Irmã Helena Maria do Espírito Santo, uma freira penitente que afirmava ter visões onde Jesus lhe pedia para fundar um novo Recolhimento. Galvão, o confessor dela, estudou essas mensagens e se consultou com os outros religiosos, que as reconheceram como válidas e sobrenaturais. Galvão ajudou a criar o novo Recolhimento, chamado Nossa Senhora da Luz, que foi fundado em 2 de fevereiro de 1774 na mesma cidade. Era baseado na Ordem da Imaculada Conceição, e se tornou um lar para meninas que desejavam viver uma vida religiosa sem fazer votos. Com a morte repentina da irmã Helena em 23 de fevereiro de 1775, Galvão se tornou o novo diretor do instituto, atuando como novo líder espiritual das irmãs. Naquela época, uma mudança no governo da província de São Paulo trouxe um líder que ordenou o fechamento do convento. Galvão aceitou a decisão, mas as freiras se recusaram a abandonar o local e, devido à pressão popular e aos esforços do Bispo, o convento foi logo reaberto. Posteriormente, com o crescente número de novas irmãs, a construção de mais espaço de convivência se tornou necessária. Galvão demorou 28 anos para construir um novo convento e uma igreja, sendo esta última inaugurada em 15 de agosto de 1802. Além das obras de construção e dos deveres dentro e fora de sua Ordem, Galvão se comprometeu também com a formação das irmãs.8 Os estatutos que ele escreveu para elas eram um guia para a vida interior e para a disciplina religiosa. Quando as coisas pareciam estar mais calmas, uma outra intervenção do governo trouxe uma nova provação para Galvão. O capitão-mor sentenciou um soldado à morte por ter ofendido a seu filho levemente, e o sacerdote foi obrigado a se exilar por ter defendido o soldado. Mais uma vez, a pressão popular conseguiu revogar a ordem contra o padre. Imagem de Frei Galvão na Catedral de Santo Antônio, em Guaratinguetá.
  • 62. Em 1781, Galvão foi nomeado mestre dos noviços em Macacu. Entretanto, as irmãs e o Bispo de São Paulo, Manuel da Ressurreição, recorreram ao superior provincial, escrevendo-lhe que "nenhum dos habitantes desta cidade será capaz de suportar a ausência deste religioso por um único momento". Como resultado, ele foi mandado de volta para São Paulo.8 Mais tarde, em 1798, Galvão foi nomeado guardião do Convento de São Francisco, sendo reeleito em 1801. Em 1808, Galvão teria instituído a devoção a Nossa Senhora das Brotas em Piraí do Sul durante viagem missionária ao Paraná. Galvão, ao chegar às margens do rio Piraí, teria decidido passar alguns dias no povoado, se hospedando na casa de Ana Rosa Maria da Conceição. Antes de ir embora, deixou de presente a ela uma estampa de Nossa Senhora das Barracas. Ana Rosa colocou a lembrança numa moldura de madeira e fazia suas orações diante da imagem. Ficou viúva, se casou de novo e se mudou de endereço. Durante a mudança, a estampa se perdeu. Algum tempo depois, passando por uma região onde havia ocorrido um incêndio, ela encontrou o quadro entre as cinzas e os brotos da vegetação. A moldura havia se queimado, mas a imagem estava apenas chamuscada. O fato foi interpretado como um milagre e a notícia se espalhou pelo povoado. Como o povo já não se lembrava do nome original da imagem, rebatizaram-na de Nossa Senhora das Brotas e erigiram uma capela em sua homenagem. Em 1811, fundou o Convento de Santa Clara em Sorocaba. Onze meses depois, retornou ao Convento de São Francisco, na cidade de São Paulo. Em sua velhice, obteve permissão do Bispo Mateus de Abreu Pereira e de seu tutor para ficar no Recolhimento que ajudara a criar. Veio a falecer naquele local em 23 de dezembro de 1822. Galvão foi sepultado na igreja do Recolhimento, sendo o seu túmulo até hoje um destino de peregrinação de fiéis que teriam obtido favores devido a sua intercessão. Na época de seu enterro, sua fama de santo já havia se espalhado por todo Brasil, sendo que os frequentadores de seu velório, desejosos em guardar uma relíquia sua, foram cortando pedaços de seu hábito, que ficou reduzido até a altura dos joelhos de Galvão. Como ele possuía somente aquele hábito, foi sepultado com o de outro frade, que ficou igualmente curto. A primeira lápide do túmulo de Galvão teria tido o mesmo destino de sua batina, sendo pouco a pouco Convento de Nossa Senhora da Luz em 1867, 45 anos após a morte de Galvão.
  • 63. levada pelos devotos. As pedras da lápide eram colocadas em copos com água para tratar os enfermos. Em 1929, o Convento de Nossa Senhora da Luz tornou-se um mosteiro, sendo incorporado à Ordem da Imaculada Conceição. A edificação, atualmente chamada de Mosteiro da Luz, foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. No local também está localizado o Museu de Arte Sacra de São Paulo, que abriga um dos mais representativos acervos do patrimônio sacro brasileiro, originalmente reunido por Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo. Misticismo Frei Galvão era um homem de muita e intensa oração, sendo alguns fenômenos místicos atribuídos a ele, como telepatia, premonição e levitação. Casos de bilocação também foram famosos durante sua vida; segundo relatos ele se fazia presente em dois lugares diferentes ao mesmo tempo para cuidar de enfermos ou moribundos que clamavam por sua ajuda. Também era procurado pelo seu alegado poder de curar doenças numa época em que os recursos médicos eram escassos. Numa dessas ocasiões, escreveu num pedaço de papel uma frase em latim do Ofício de Nossa Senhora ("Após o parto, permaneceste virgem: Ó Mãe de Deus, intercedei por nós"). Em seguida, enrolou o papel no formato de uma pílula e deu-o a uma jovem cujas fortes cólicas renais estavam colocando sua vida em risco. Depois que ela tomou a pílula a dor cessou imediatamente e ela expeliu uma grande quantidade de cálculo renal. Em outra ocasião, um homem pediu a Galvão que ajudasse sua esposa, que estava passando por um parto difícil. Galvão fez com que ela tomasse a pílula de papel, e a criança nasceu rapidamente, sem maiores complicações. A história das pílulas se espalhou rapidamente e Galvão teve que ensinar às irmãs do Recolhimento como fabricá-las, o que elas fazem até os dias de hoje. Elas são distribuídas gratuitamente para cerca de 300 fiéis diariamente.
  • 64. Em 25 de outubro de 1998, Galvão se tornou o primeiro religioso nascido no Brasil a ser beatificado pelo Vaticano, tendo sido declarado Venerável um ano antes, em 8 de março de 1997. Em 11 de maio de 2007, durante a visita de cinco dias do Papa Bento XVI ao Brasil, se tornou a primeira pessoa nascida no Brasil a ser canonizada pela Igreja Católica. A cerimônia de mais de duas horas, realizada ao ar livre no Aeroporto Militar Campo de Marte, perto docentro de São Paulo, reuniu cerca de 800 mil pessoas, segundo estimativas oficiais. Galvão foi o primeiro santo que o Papa Bento XVI canonizou numa cerimônia realizada fora da Cidade do Vaticano. Sua elevação ao status de santo veio depois que a Igreja concluiu que ele havia realizado pelo menos dois milagres. De acordo com a Igreja, as histórias de Sandra Grossi de Almeida e Daniella Cristina da Silva são evidências da intercessão divina de Galvão. Após tomar uma das pílulas de papel em 1999, Almeida – que possui uma malformação uterina que deveria impossibilitar que ela carregasse um feto no útero por mais de quatro meses – deu à luz a Enzo. As pílulas de Galvão, de acordo com a Igreja, Papa Bento XVI celebrando a missa sagrada durante a Canonização de Frei Galvão em São Paulo em 11 de Maio de 2007. Papa João Paulo II celebrando a missa sagrada durante a Beatificação de Frei Galvão no Vaticano em 25 de Outubro de 1998.
  • 65. também seriam responsáveis pela cura, em 1990, de Daniella Cristina da Silva, uma menina de quatro anos de idade que sofria de hepatite considerada incurável pelos médicos. Apesar da popularidade das pílulas entre os católicos brasileiros, médicos e até mesmo alguns membros do clero consideram-nas como meros placebos. A orientação da Igreja é que somente pacientes em estado terminal devam tomá-las. Casa de Frei Galvão Rota Franciscana Convento de Nossa Senhora da Luz Bento XVI celebrando Missa Bento XVI celebrando Missa Convento de Nossa Senhora da Luz
  • 66. Amabile Lucia Visintainer Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus Nascimento 16 de dezembro de 1865 em Vigolo Vattaro Morte 9 de julho de 1942 (76 anos) em São Paulo, Brasil Veneração por Igreja Católica Beatificação 18 de Outubro de 1991, Florianópolis,Brasil por Papa João Paulo II Canonização 19 de maio de 2002, Vaticano por Papa João Paulo II Principaltemplo Santuário Santa Paulina, em Nova Trento,Brasil Festa litúrgica 9 de Julho Portal dos Santos Amabile Lucia Visintainer, hoje Santa Paulina, (Vigolo Vattaro, 16 de dezembro de 1865 — São Paulo, 9 de julho de 1942) foi uma religiosa tirolesa canonizada em 19 de Maio de 2002 pelo Papa João Paulo II. Santa Paulina é considerada uma santa ítalo-brasileira, embora, na verdade, seja austro-brasileira porque nasceu austríaca, quando toda a região do Tirol pertencia ao Império Austro-húngaro. Atualmente, sua terra natal, Vigolo Vattaro pertence à Itália.
  • 67. Biografia Filha de Napoleone Visintainer (Wiesenteiner) e Anna Pianezzer, nasce numa família de poucas posses que em 1875 emigrou para o Brasilcomo muitos outros tiroleses italianos oriundos do atual Trentino (Tirolo Italiano), estabelecendo-se na localidade catarinense de Nova Trento. Desde muito cedo, actuante nos serviços religiosos da sua paróquia, emite os votos em 1895 e torna-se Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Amábile dá início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição,na atual Irmandade Santa Casa de Bragança Paulista, . Em 1903 deixa Nova Trento e, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, ocupa-se de crianças órfãs e de ex- escravos abandonados. A partir de 1918 passa a ter uma vida muito reservada, dedicando-se à oração e à vida contemplativa. Em 1938 já demonstrava sérios problemas de saúde causados pela diabetes até que lhe foi amputado o braço direito. Passou os últimos meses de sua vida cega, vindo a falecer em 9 de julho de 1942. Em 18 de Outubro de 1991 foi beatificada pelo Papa João Paulo II por ocasião da sua visita a Florianópolis. Foi por fim canonizada em 19 de maio de 2002 pelo mesmo Papa, recebendo oficialmente o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. É considerada a primeira santa brasileira, mesmo não tendo nascido no Brasil. Santuário de Santa Paulina, localizado em Nova Trento,SC, vista da rampa de acesso ao santuáro.
  • 68. Vigollo Vattaro para O paese de Vigollo e uma graça, cheio de casa antigas e vielas, tudo muito verde e de uma paz imensa. conheca a casa onde nasceu a Madre Paulina. A casa onde nasceu a madre foi toda reformada e hoje possui três andares, mas o subsolo onde a família vivia foi mantido. As freiras que cuidam do lugar estavam em peregrinação, então quem nos recebeu foi uma senhora muito simpática. Bem idosa, mas de uma boa vontade e mobilidade imensas.
  • 69. A família habitava pequenas peças feitas de pedra e sem janelas. Durante o inverno eles dividiam o espaço com os animais, já que essa era a única maneira de sobrevivem devido ao frio. Nós visitamos o lugar na primavera e estava bem frio lá embaixo. Não consigo imaginar como era no inverno. A foto abaixo e do lugar onde nasceu a santa, sem seguida a foto de uma camisola e dos fios de ceda produzidos por ela. Imagens da casa que hoje serve de oratório e pequeno santuário Madre Paulina imigrou para o Brasil com nove anos de idade em 1875 e estabelecendo-se em Nova Trento. Toda a vida de irmã foi voltada a caridade, e sua canonização aconteceu somente em 1965. Madre Paulina e a primeira santa Brasileira.
  • 70. Confira alguns dos fatos marcantes na vida de Santa Madre Paulina. Cerca de 30 mil pessoas assistiram em Roma à cerimônia de canonização da Madre Paulina em 18 de Outubro de 1991 Amábile Lúcia Visintainer foi canonizada pelo Papa João Paulo II Em 18 de Outubro de 1991 . Italiana, ela viveu grande parte da vida na cidade de Nova Trento, no Vale do Rio Tijucas, em Santa Catarina. Na mesma cidade, ainda vivem os descendentes da Santa Madre Paulina
  • 71. que conservam a admiração pela religiosa. Nas imagens abaixo, alguns dos momentos importantes relacionados à Santa Paulina. — 1865: nasce em 16 de dezembro, no norte da Itália, e recebe o nome de Amábile Lúcia Visintainer. — Em outubro de 1875: vem para o Brasil com a família para morar na localidade de Vígolo, em Nova Trento, Santa Catarina. — 1887: com a morte da mãe, tem que cuidar da família até o pai casar novamente. Desde pequena ajuda na Paróquia de Nova Trento e colabora, com um grupo de jovens, para comprar a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, que está na gruta do Santuário. — Em 12 de Julho de 1890, com a amiga Virginia Rosa Nicolodi, dá início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de uma doente em fase terminal num casebre doado por Beniamino Gallotti. Em 1891, junta-se à irmã Teresa Anna Maule. — 1894: o trio funda a Congregação e recebe um terreno e uma casa de madeira de João Valle e Francisco Sgrott como doação. — 07 de dezembro de 1895 – Amábile faz seus votos religiosos e passa a ser conhecida como Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus, a Madre Paulina. — 02 de fevereiro de1903: Santa Paulina é eleita, pelas irmãs, Superiora Geral. No mesmo ano, deixa Nova Trento para cuidar dos ex-escravos idosos e órfãos, no São Paulo. — 24 de agosto de 1909: a Congregação cresce em Santa Catarina e São Paulo. As Irmãs assumem a missão evangelizadora na educação, na catequese, no cuidado aos idosos, doentes e crianças órfãs. Santa Paulina é deposta do cargo de Superiora Geral pela autoridade eclesiástica e enviada para Bragança Paulista a fim de cuidar de asilados. — Setembro de 1909, em Bragança Paulista, a Madre Paulina trabalha como lavadeira, faxineira e enfermeira, cuidando de doentes e inválidos.
  • 72. — 1918: é chamada a viver na Casa Geral, em São Paulo, onde ajuda na elaboração da História da Congregação. Acompanha e abençoa as Irmãs que partem em missão para novas fundações. — 19 de maio de 1933 – Recebe o Decreto de louvor de sua obra, concedido pelo Papa Pio XI. — 18 de março de 1938 – O braço direito da Madre, que era diabética, é amputado. — Em 9 de julho de 1942, morre aos 77 anos, na Casa Geral em São Paulo, com fama de santidade, pois viveu as virtudes de fé, esperança e caridade — 1965: em 3 de setembro inicia-se o processo de canonização. — 23 de setembro de 1966 – Eluíza Rosa de Souza (Imbituba-SC) sobrevive a uma hemorragia interna e choque irreversível. Em seu peito foi colocado um pedaço de roupa de Madre Paulina e ela foi curada. — 18 de outubro de 1991 – Madre Paulina é Beatificada, em Florianópolis, por João Paulo II. — 5 de junho de 1992 – Iza Bruna Vieira de Souza nasce com um tumor da cabeça. Operada, sofre convulsões cerebrais e, aparentemente, sem chance de sobreviver. A avó coloca um retrato de Madre Paulina perto da menina. Em 24 horas, depois de ser batizada, a menina recupera a saúde. — 19 de maio de 2002 – Madre Paulina é Canonizada, na Praça de São Pedro, e passa a ser chamada de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. — No dia 17 de outubro de 1991 - O Papa João Paulo II desembarca no Aeroporto Hercílio Luz para a beatifização da Madre Paulina —1988 é construída em Nova Trento a réplica do casebre de Amábile e Virginia. Chamada de Casebre, lá estão guardados documentos do nascimento, batismo, crisma de Santa Paulina, além da certidão de casamento de seus pais da Santa
  • 73. — 1991: a beatificação de Santa Paulina, proclamada pelo Papa João Paulo II, ocorre no dia 18 de outubro, em Florianópolis — 2002: a canonização ocorre no dia 19 de maio, em Roma. Madre Paulina está incluída na lista das Santas e Santos da Igreja Católica. Nem mesmo a chuva fina afastou a multidao de 30 mil pessoas reunida na Praca de Sao Pedro para assistir a canonizacao de cinco novos santos da Igreja Catolica entre eles a Madre Paulina do Coracao Agonizante de Jesus — 8 de setembro de 2002: O então candidato à presidência Ciro Gomes e a namorada Patrícia Pillar fazem uma visita ao Santuário de Santa Paulina — 2006: Obras da catedral do Santuário em Nova Trento
  • 74. — 2007: A catarinense Eluiza Rosa de Souza, de 65 anos, viaja a São Paulo para ver o Papa Bento XVI. A aposentada de Imbituba já tinha visto o Papa João Paulo II de perto em três oportunidades, inclusive no Vaticano. Ela foi uma das primeiras pessoas a receber um milagre de Santa Paulina. —2006: Inauguração da Catedral do Santuário da Santa Paulina. Hoje, o Santuário é um parque ecológico, com estrutura para o turismo. —2010: Jogadores e comissão do Avaí visitam o santuário de Santa Paulina em Nova Trento para pagar promessa de permanencia na série A do Campeonato Brasileiro de futebol.
  • 75. Processos de Beatificação e Canonização Para a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a comemoração dos 10 anos de Canonização (em 2012) faz recordar todo o processo de beatificação e canonização de Santa Paulina. O primeiro milagre foi registrado em Imbituba (SC), no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita e duradoura de Eluíza Rosa de Souza, que possuía uma doença complexa: a morte intra-uterina do feto e sua retenção por alguns meses; extração com instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque irreversível. O caso foi discutido e, posteriormente, o Santo Padre ratificou em decreto aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos. Já o segundo milagre comprovado ocorreu com a menina Iza Bruna Vieira de Souza, de Rio Branco (AC). Ela nasceu com má formação cerebral, diagnosticada como “meningoencefalocele occipital de grande porte”. No 5º dia de vida, foi submetida, embora anêmica, a uma cirurgia e, depois de 24 horas, apresentou crises convulsivas e parada cardiorrespiratória. A avó da menina, Zaira Darub de Oliveira rezou à Madre Paulina durante toda a gestação da filha e também durante o período no Hospital. A menina Iza Bruna foi batizada no próprio Hospital, dentro do balão de oxigênio, e logo se recuperou. A cura foi atestada pelo Santo Padre e, no dia 19 de maio de 2002, o Papa João Paulo II canonizou Santa Paulina, reconhecendo suas virtudes em grau heróico: humildade, caridade, fé, simplicidade, vida de oração, entre outras.
  • 76. casa onde nasceu Madre Paulina casa onde nasceu Madre Paulina casa onde nasceu Madre Paulina Vigolo Vattaro Trentino, Itália Vigolo Vattaro Trentino, Itália
  • 77. Interior da casa onde nasceu Madre Paulina Vigolo Vattaro Trentino, Itália Interior da casa onde nasceu Madre Paulina Casebre onde Amébile e Virginia acolhiam doentes no início da congregação. Nova Trento, SC
  • 78. Beatificação de Madre Paulina Interior do Santuário Santuário de Santa Paulina Iza Bruna, com 9 anos, recebe a hóstia do Papa, durante a missa de canonização no Vaticano Santa Paulina Santuário de Santa Paulina
  • 79. Jornada Mundial da Juventude 28ª Jornada Mundial da Juventude Bandeira oficial do evento frente à Catedral de Aachen, Alemanha. Primeira edição 1986 Edição atual 2013 Período 23 a 28 de julho Local(is) Rio de Janeiro Gênero Católico Ingresso pago, contribuições econômicas Idealizado por João Paulo II Realização Arquidiocese do Rio de Janeiro, Setor Juventude da CNBB e Pontifício Conselho para os Leigos Página oficial http://rio2013.com/
  • 80. Jornada Mundial da Juventude é um evento religioso criado pelo Papa João Paulo II em 1985, que consiste na reunião de milhões de pessoascatólicas, sobretudo jovens. O evento é celebrado a cada dois ou três anos, numa cidade escolhida para celebrar a grande jornada em que participam pessoas do mundo inteiro. Nos anos intermédios, as Jornadas são vividas localmente, no Domingo de Ramos, pelas dioceses ao redor do mundo. Para cada Jornada, o Papa sugere um tema. Durante as JMJ, acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e shows. Tudo isso em diversas línguas. Em sua última edição, em Madrid em 2011, reuniu cerca de três milhões de jovens. Apesar de ser proposta pela Igreja Católica, é um convite a todos os jovens do mundo. Para João Paulo II, "…a esperança de um mundo melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próximo." A História das Jornadas A Jornada Mundial da Juventude foi celebrada pela primeira vez, de maneira oficial, no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. A partir de 1987 e depois, a cada dois anos, como regra geral, organiza-se a Jornada Mundial da Juventude em algum lugar determinado do mundo. Em 1987, os jovens foram convocados a Buenos Aires, onde 1 milhão de participantes escutaram as seguintes palavras do Papa: "Repito ante vós o que venho dizendo desde o primeiro dia do meu pontificado: que vós sois a esperança do Papa, a esperança da Igreja." (…) Dois anos depois, 600 mil jovens foram em peregrinação à cidade espanhola de Santiago de Compostela. Em 1991, 1 500 000 participantes participaram da Jornada no santuário mariano da cidade polonesa de Czestochowa e o Papa João Paulo II foi o primeiro Papa a falar em Esperanto. Depois da queda do Muro de Berlim, essa foi a primeira ocasião em que os jovens do Leste Europeu puderam participar sem problemas do evento. Meio milhão de jovens encontraram o Papa João Paulo II em 1993, na cidade americana de Denver. Diante do impressionante cenário das Montanhas Rochosas.
  • 81. O maior encontro de todos os tempos teve lugar em 1995, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Manila nas Filipinas, 4 milhões de jovens aplaudiram o Papa que evocava a relação com o próximo. Em 1997, foram muitos jovens que responderam ao convite do Papa para a Jornada em Paris, que terminou com um evento reunindo quase um milhão de pessoas. O Jubileu do ano 2000 converteu-se também no jubileu das Jornadas Mundiais da Juventude. Cerca de 2,5 milhões de jovens (segundo a imprensa local) reuniram-se em Roma para um novo mega-encontro com o Papa. A cidade canadense de Toronto foi o palco do encontro de 2002 onde 800 mil pessoas encontraram-se para a última Jornada com o peregrino João Paulo II. O Papa lembrou a todos que o espírito jovem é algo que não pode ser sufocado: "Vós sois jovens e o Papa é idoso, e ter 82 ou 83 anos não é a mesma coisa que ter 22 ou 23. Todavia, ele continua a identificar-se plenamente com as vossas esperanças e as vossas aspirações. Juventude de espírito, juventude de espírito! Embora eu tenha vivido no meio de muitas trevas, sob duros regimes totalitários, tive suficientes motivos para me convencer de maneira inabalável de que nenhuma dificuldade e nenhum temor é tão grande a ponto de poder sufocar completamente a esperança que jorra sem cessar no coração dos jovens." A Jornada entre os dias 16 e 21 de Agosto de 2005 em Colónia na Alemanha (XX Jornada Mundial da Juventude, XX Weltjugendtag Köln 2005 em alemão), foi a primeira após a morte do Papa João Paulo II. O evento foi presidido pelo Papa Bento XVI na que foi a primeira viagem internacional do seu pontificado, e em que mais de um milhão de jovens se ajoelharam junto com o Papa navigília de 20 de agosto. Nem a variedade de linguâs, culturas, distanciaram os jovens um dos outros. Em 15 de julho de 2008, em Sydney na Austrália, iniciou-se a XXIII Jornada Mundial da Juventude sob o tema: "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas" (At 1, 8). Em 20 de julho, na missa de encerramento, o Papa convocou os jovens do mundo todo para a XXVI Jornada Mundial da Juventude de 2011 em Madrid naEspanha. No ultimo dia da Jornada Mundial da Juventude em Madrid o papa Bento XVI anunciou a cidade brasileira do Rio de Janeiro como proxima sede do mega evento católico em 2013.
  • 82. Internacional Ano Data Sede Público Tema Hino Missa 1984 15 de Abril Roma, Vaticano 300,000 Ano Santo da Redenção: Uma festa de esperança Resta Qui Con Noi [Italiano]  Santa Missa realizada na Piazza San Pietro  Papa João Paulo II confia a Cruz da JMJ a Juventude. 1985 31 de Março Roma, Vaticano 300,000 Ano Internacional da Juventude  Santa Missa realizada na Piazza San Pietro 1987 11 de Abril–12 Buenos Aires, Argentina 1,000,000 "Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor" (1 Jo 4:16) Un Nuevo Sol [Espanhol]  Primeira JMJ fora da Europa 1989 15 de Agosto– 20 Santiago de Compostela, Espanha 400,000 “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6) Somos Los Jóvenes [Espanhol]  Missa de Encerramento realizada no Monte do Gozo 1991 10 de Agosto– 15 Częstochow a, Polónia 1,600,000 “Vocês receberam o Espírito que os adota como filhos" (Rm8:15) Abba Ojcze [ Polonês Italiano Espanhol]  Missa de Encerramento realizada no Jasna Góra 1993 10 de Agosto– 15 Denver, Estados Unidos 500,000 Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente ( Jn10:10) (We Are) One Body [Inglês]  Missa de Encerramento realizada no Cherry Creek State Park  Primeira JMJ na América do Norte 1995 10 de Janeiro –15 Manila, Filipinas 5,000,000 “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio" (Jo20:21) Tell the World of His Love [Inglês]  Missa de Encerramento realizada no Luneta Park  Recorde Mundial de
  • 83. maior público em um encontro com o Papa  Primeira JMJ na Ásia 1997 19 de Agosto– 24 Paris, França 2 1,200,000 “Mestre, onde moras? Vinde e vereis" ( Jo 1:38-39) Maître Et Seigneur [Françês]  Missa de Encerramento realizada no Longchamp Racecourse 2000 15 de Agosto– 20 Roma, Vaticano Itália 2,000,000 “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1:14) Emmanuel [Italiano Ingês Françês Espanhol]  Missa de Encerramento realizada no Tor Vergata  Realizada pela ocasião do Jubileu de 2000 2002 23 de Julho– 28 Toronto, Canadá 800,000 “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo" (Mt5:13-14) Lumière Du Monde/Light Of The World [ Francês Inglês Espanhol Italiano]  Missa de Encerramento realizada no Parque Downsview  Última JMJ com a presença do Papa João Paulo II  Primeira JMJ no Canadá 2005 16 de Agosto– 21 Colônia, Alemanha 1,200,000 "Viemos adorá-lo" (Mt 2:2) Venimus Adorare Eum [ Alemão Latin Francês Espanhol Inglês Italiano]  Missa de Encerramento realizada em Marienfeld  Primeira JMJ com a presence do Papa Bento XVI 2008 15 de Julho– 20 Sydney, Austrália 400,000 "Recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós, e sereis minhas Receive The Power [ Inglês Italiano Espanhol Francês]  Missa de Encerramento realizada noRandwick Racecourse
  • 84. testemunhas " (Ac 1:8)  Primeira JMJ na Oceania e segunda no Hemisfério Sul 2011 16 de Agosto– 21 Madrid, Espanha 1,400,000 - 2,000,000 ” Enraizados e edificados em Cristo... firmes na fé” (Col2:7) Firmes en la Fe [ Espanhol Inglês Francês Italiano Alemão Polaco]  Missa de Encerramento realizada noAeroporto Cuatro Vientos  Espanha se torna o primeiro país (fora do Vaticano/Itália) a sediar a JMJ duas vezes. 2013 23 de Julho– 28 Rio de Janeiro, Brasil TBD "Ide e fazei discípulos entre todas as nações”!(Mt 28:19) "Esperança do Amanhecer"  Missa de Encerramento realizada no Campos da Fé  JMJ retorna à América do Sul depois de mais de duas décadas.... 1 - Attendance numbers reflect the total number at the closing Mass which includes many locals who attended only that one event. Unless otherwise referenced, the numbers are quoted from the USCCB website. 2 - This lists languages used in the main international version of the anthem. Local versions of the anthem in other languages (and alternate versions) may have also been produced. 1 - Números de atendimento refletir o número total no missa de encerramento que inclui muitos locals que assistiram só que uma evento. Salvo disposição em contrário referenciada, os números são cotados a partir de o website USCCB. 2 - Este listas de línguas usado em o principal versão internacional do o hino. Versões locais de o hino em outros idiomas (e as versões alternados) também pode ter sido produzido.
  • 85. História da Cruz da JMJ (A Cruz e o Ícone das Jornadas) A Cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo. A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião: "Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção". (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 2004). Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Levaram a cruz ao Centro São Lourenço, que se converteria em sua morada habitual durante os períodos em que ela não estivesse peregrinando pelo mundo. Desde 1984, a Cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e agora na Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994 a Cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do pais sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento. O Ícone de Nossa Senhora Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a Cruz da JMJ: o Ícone de Nossa Senhora, "Salus Populi Romani", uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no ocidente, Santa Maria Maior.