A Guerra Colonial em Portugal ocorreu entre 1961 e 1974, quando Portugal travou guerras para defender suas colônias em Angola, Guiné e Moçambique contra movimentos de independência. A guerra causou milhares de mortes e feridos entre soldados portugueses e resultou no isolamento de Portugal. Após a Revolução dos Cravos em 1974, o novo governo português decidiu acabar com a guerra e conceder a independência às colônias.
1. 100 Anos da Implantação da República em Portugal E.B 2/3 José Maria dos Santos Guerra colonial (Guiné, Angola e Moçambique) Ana Sofia nº 2 Andreia Sofia nº 5 Área de Projecto – 8º A
2. Guerra colonial A Guerra Colonial também era chamada de Guerra do ultramar (chamada assim pelos Portugueses até ao 25 de Abril), os africanos chamavam-lhe Guerra de Libertação. Em Portugal era também chamada de Guerra de África. O inicio da guerra deu-se em Angola no dia 4 de Fevereiro de 1961 nos distritos de Zaire, Uíje e Quanza-Norte (mais tarde chamado de Zona Sublevada [revoltada/ agitada] do Norte). Terminou em Portugal, a 25 de Abril de 1974 (Revolução dos Cravos). Esta guerra decorreu nas colonial portuguesas em Moçambique, Angola e Guiné. Embarque das tropas portuguesas durante a guerra colonial.
3. Causas da Guerra Pela parte Portuguesa, a guerra era sustentada pelo princípio político da defesa daquilo que era considerado território nacional (colónias). Pela parte dos Movimentos de Libertação de Guiné, Angola e Moçambique, a guerra justificava-se pelo princípio de independência, internacionalmente apoiado e incentivado à luta. A Guerra Colonial iniciou devido ás colónias portuguesas (Guiné, Moçambique e Angola), querem tornar-se independentes, e não querem ter nada haver com Portugal. Estiveram em confronto as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos Movimentos de Libertação de cada umas das colónias.
4. O que é a Guerra Colonial? A Guerra Colonial foi a guerra que Portugal travou em África (Moçambique, Guiné e Angola) entre 1961 e 1974. Após a II Guerra Mundial todos os países europeus foram concedendo a independência aos seus territórios na Ásia e em África (por vezes usando a força), menos Portugal. Em 1955, a ONU (Organização das Nações Unidas), onde foi recomendado ao governo tornar as suas colónias independentes, mas Portugal não aceitou. Para contornar a situação, Portugal declarou as colónias como “províncias ultramarinas” e concedeu a cidadania aos seus habitantes. Mas, esta medida foi recusada pela ONU. Então, as colónias continuavam a pertencer a Portugal.
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6. Meios de transporte - Aéreos As linhas aéreas começaram a funcionar em 1947, utilizando os aviões Dakota da TAP. Mais tarde utilizavam-se os aviões DC-4 Skymaster, sendo estes trocados pelos Constellation. Em 1955 utilizavam-se os Super Constellation, que transportavam 83 passageiros para Angola em menos de 24 horas. Só em 1965 é que estes aparelhos foram substituídos na TAP pelos Boeing 707. DC-4 Skymaster Constellation
7. Meios de transporte Houve vários meios de transporte utilizados: “Dakota (DC-3)” “Boeing 707 - 320C” Barco chamado “Vera Cruz”. A bordo num dos primeiros navios de transporte. “Super Constellation” Navio “Niassa”.
8. Cronologia 1961 4 Fev. - Ataque a uma prisão e a uma esquadra da polícia em Luanda (Angola) por forças do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), marcando este ataque como início oficial da guerra de libertação e independência de Angola. 30 Jun. - Primeiro comunicado oficial das Forças Armadas, referindo a morte de 50 militares entre 4 de Fevereiro e 30 de Junho em Angola. 1963 23 Jan. -Início dos confrontos na Guiné, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da Guiné, pelo PAIGC (Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde).
9. Cronologia 1971 16 Fev. - Ataque de grande importância, pelas forças do MPLA ao quartel de Caripande, no Leste de Angola, com morteiros (imagem de cima), lança-granadas-foguete (espécie de arma explosiva, imagem de baixo) e armas automáticas. 1973 24 Set. - Declarada a independência a Guiné-Bissau, mas oficialmente só foi reconhecida por Portugal em 10 Set. de 1974 (quase um ano depois). 25 Abril - Revolução dos cravos. 1975 25 Jun. - Independência de Moçambique. 11 Nov. - Independência de Angola.
10. Nas artes Cinema e teatro No cinema português, a Guerra Colonial, não teve um acompanhamento directo, quer em actualidades, quer em reportagens, por dois motivos óbvios: a influência da censura e a pouca importância da televisão. Também, em contrapartida, o documentarismo foi proibido nos países africanos envolvidos, especialmente Angola e Moçambique. Por outro lado, a Guerra Colonial, desde meados da década de 1960, nesta área esteve repleta da cinematografia lusitana (cinema português), explorando sobretudo os conflitos individuais. Por exemplo, um documentário longo, produzido pelo Serviço de Informação Pública das Forças Armadas foi: Angola na Guerra e no Progresso (1971, Quirino Simões), baseado em Aquelas Longas Horas, de Manuel Barão da Cunha, com um resumo dos acontecimentos desde 1961. Documentário da RTP.
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12. Literatura Livro sobre a guerra colonial Ao contrário da escrita literária portuguesa noutras ocasiões, a Guerra Colonial contribuiu significativamente para a produção portuguesa. Cerca de 60 romances foram escritos com a guerra colonial como tema, e outros 200 exemplares, com a guerra colonial como subtema. A literatura sobre os acontecimentos da guerra colonial, formam a única corrente mais profunda sobre a guerra. Com efeito, as produções tenderam a dramatizar, como é o caso de “Jornada de África” de Manuel Alegre, que tem oposição à produção literária dos africanos lusófonos relativamente à sua guerra de libertação. Mas houve um exemplo marcante da literatura imparcial portuguesa, foi a de António Lobo Antunes, “Os Cus de Judas” e “Fado Alexandrino”. A literatura técnica sobre a arte militar, teve também importantes publicações sobre a experiência de combate por parte de fuzileiros, comandantes, fugitivos e elementos dos corpos auxiliares.
13. Fim da guerra O descontentamento por parte dos populares e dos próprios soldados era bastante grande. As três frentes de guerra (Angola, Moçambique e Guiné) provocaram fortes abalos nas finanças do Estado, desgastando também as forças armadas, e ao mesmo tempo, colocava Portugal cada vez mais isolado no panorama político mundial. Depois do 25 de Abril de 1974 o regime de Marcello Caetano caiu e a politica mudou bastante: uma nova medida do governo era acabar com a Guerra Colonial.
14. Consequências A nível humano, as consequências foram trágicas: 1.400.000 homens mobilizados, 9.000 mortos e cerca de 30.000 feridos, além de 140.000 ex-combatentes sofrendo distúrbios pós-guerra. A acrescentar a estes números ainda há (não contabilizadas) as vítimas civis de ambas as partes. Inevitavelmente, o demorado processo de descolonização esteve na origem de um dos mais importantes fenómenos sociais da nossa história: o regresso e integração em Portugal, dos cerca de 500.000 retornados vindos, na sua maioria, de Angola e Moçambique.